sexta-feira, 10 de novembro de 2023
Onde Eu Moro
quinta-feira, 9 de novembro de 2023
Contrato de Risco
Amor por Acidente
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
Elvis Presley - On Stage, February 1970 - Parte 1
Frank Sinatra - Songs for Young Lovers
terça-feira, 7 de novembro de 2023
Alan Ladd - Rajadas de Ódio
O protagonista se chama Johnny MacKay. Alan Ladd interpreta o papel desse homem que é designado pessoalmente pelo presidente Grant para pacificar uma região onde apaches liderados pelo chefe tribal "Capitão Jack" (Charles Bronso) estão em pé de guerra contra os brancos que ousam atravessar seus territórios. Logo na viagem sua diligência é atacada por guerreiros justamente desse grupo, o que o coloca, em primeira mão, logo a par da situação.
Esse tipo de personagem, que procura usar mais a diplomacia do que as armas, caiu muito bem para Alan Ladd, O astro que ficou imortalizado para sempre por causa de "Os Brutos Também Amam", segue na sua mesma linha de trabalho, interpretando bons homens, pessoas sutis, de boa índole. Seu contraposto vem na figura do líder Apache, na pele de um Charles Bronson completamente convincente como índio. Seu rosto quadrado e suas feições de nativo combinavam perfeitamente com o papel que estava interpretando. Assim os dois personagens dominam bem o filme, sendo um o oposto do outro. Enquanto Ladd é pura sofisticação e bom senso, Bronson é pura alma de pele vermelha, coração em fúria. No saldo final desse duelo de personalidades nasce um grande filme de western. Não deixe de assistir.
Rajadas de Ódio (Drum Beat, EUA, 1954) Direção: Delmer Daves / Roteiro: Delmer Daves / Elenco: Alan Ladd, Charles Bronson, Audrey Dalton, Marisa Pavan / Sinopse: Na trama somos apresentados a Johnny MacKay (Alan Ladd) que é enviado pelo presidente Grant para uma região remota do Oeste com o objetivo de pacificar o local. Para isso ele deve usar de todos os meios diplomáticos possíveis, inclusive procurando pessoalmente o chefe rebelde conhecido como "Capitão Jack" (Charles Bronson).
Pablo Aluísio.
Viva Villa!
Título Original: Viva Villa!
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Jack Conway, Howard Hawks
Roteiro: Ben Hecht, Edgecumb Pinchon
Elenco: Wallace Beery, Fay Wray, Leo Carrillo
Sinopse:
Nesta biografia romanceada, o jovem Pancho Villa foge para as montanhas depois de matar um justiceiro em vingança pela morte de seu pai. Em 1910 ele encontra pela primeira vez e faz amizade com um repórter americano chamado Johnny Sykes. Depois de uma reunião com o visionário Francisco Madero ocorre finalmente a transformação de Villa, de um bandido vingativo e fugitivo, ele passa a ser considerado um general revolucionário. Fazendo da melodia "La Cucaracha" seu hino, seus exércitos varrem todo o interior do México.
Comentários:
Filme que tenta mostrar aspectos da história do líder revolucionário Pancho Villa, aqui muito bem interpretado pelo ator Wallace Beery. O Villa da história real era um sujeito indigesto, assassino e vilão em essência que matava sem remorsos todos aqueles que ousassem cruzar seu caminho. Sujo e violento era uma figura deplorável em todos os aspectos. Obviamente que Hollywood deu uma suavizada em sua rudeza e tentou explicar o fenômeno de sua popularidade, colocando a "culpa" em um jornalista americano pouco ético e sem senso de limite para seu próprio sensacionalismo jornalístico. Um dos maiores pecados dessa produção é sua visão bem preconceituosa do povo mexicano, que surge sempre retratado como analfabeto, camponês e até mesmo estúpido. Mesmo assim, se você conseguir deixar de lado todos esses problemas, poderá até se divertir com o lado mais agitado do filme, recheado de batalhas e conflitos sangrentos. Sob esse aspecto sim, "Viva Villa" é um ótimo programa cinematográfico.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 6 de novembro de 2023
As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 34
Os dois se conheceram meio ao acaso. Di Maggio viu uma foto de Marilyn em uma revista e ficou impressionado pela beleza da atriz. Usou de seus contatos no meio cinematográfico para conhecê-la a qualquer custo. Informada ela não deu muita bola, afinal não acompanhava beisebol e pouco sabia sobre Di Maggio. Após alguns desencontros resolveram se encontrar. Foi um jantar formal, com Joe sempre receoso em tudo ir por água abaixo. Curiosamente apesar da diferença de personalidades acabaram se entrosando. Marilyn há muito almejava encontrar seu par ideal para quem sabe formar uma família de verdade (algo que realmente nunca teve em vida). Finalmente depois de vários encontros finalmente foram para a "terceira base" (uma gíria bem em voga nos EUA). Se deram muito bem sob os lençóis. Tão bem que esse acabou sendo realmente o elo que sempre os mantinham juntos.
Em um impulso típico da atriz acabaram se casando. Di Maggio finalmente tinha seu grande prêmio, a mulher de seus sonhos. Ele tinha sua própria ideia do que seria um casamento ideal e para falar a verdade Marilyn bem se esforçou para corresponder a esses anseios do marido. Se tornou praticamente uma dona de casa. Fazia a comida de Joe enquanto esse ficava na sala assistindo seus faroestes preferidos na TV. Até suportou o bando de amigos beberrões do marido que sempre os visitavam para beber, jogar cartas e contar piadas machistas. Imaginem a cena: um monte de italianos ao redor de uma mesa de bridge sendo servidos com salgadinhos e cerveja por um dos maiores símbolos sexuais do mundo. Olhando bem de perto realmente não havia como dar certo uma coisa dessas. Marilyn já tinha tido uma experiência assim com seu primeiro marido. O fato puro e simples era que ela na realidade queria voltar aos sets de filmagem o mais rápido possível.
Assim após alguns meses Marilyn finalmente retornou aos braços de seu público. Lá estava ela em plena Nova Iorque filmando as famosas cenas do vestido levantado em "O Pecado Mora ao Lado". Di Maggio que já havia tido vários atritos com ela por causa dos roteiros dos filmes que fazia ficou discretamente posicionado atrás das câmeras, meio na surdina. Marilyn obviamente nem tomou conhecimento da presença do marido no local. Di Maggio franziu a testa. O que viu lhe deixou profundamente irritado. Marilyn com as saias esvoaçantes, deixando muito pouco para a imaginação dos homens no local. Rindo e se divertindo ela acabou adorando as cenas. A volta para casa foi tumultuada. Joe pediu explicações - Marilyn retrucou. Depois de muita gritaria finalmente aconteceu o que selou o fim do casamento. Joe Di Maggio, o herói americano, agrediu Marilyn. Ela já tinha suportado muita coisa de Joe mas isso não. Era o fim. Em pouco tempo Monroe pediu o divórcio e se foi. Di Maggio ficou arrasado. Ele ainda tentou várias e várias vezes reatar seu relacionamento mas Marilyn, que quase virou um dia uma típica dona de casa italiana, caiu fora para sempre. Era o fim do casamento dos sonhos da grande nação ianque.
O casamento da estrela e do herói do esporte acabou definitivamente, mas não a paixão de Di Maggio. Ao longo dos anos ele virou literalmente um chiclete no saldo alto da atriz. Sempre pronto a tentar uma reconciliação. Engoliu seu tradicional orgulho italiano e se prestou a passar por verdadeiras humilhações públicas. Marilyn nunca voltou atrás e parece não ter se arrependido disso. Mas como diz o velho ditado o mundo dá voltas. Após diversos fracassos amorosos Marilyn encontrou seu destino no quarto de sua casa em Hollywood. Na cama sozinha ela ainda tentou fazer uma última chamada mas o efeito das pílulas que tomou foram fortes demais. Ela apagou. Em suas últimas semanas Marilyn Monroe estava arrasada. Tinha sido despedida da Fox após inúmeros atrasos e faltas no set de seu último filme. Tentara e fracassara em seu romance duplo com os irmãos Kennedy. Abandonada e ferida Marilyn se afogou em tristeza e depressão. Para alguns uma morte acidental, para outros suicídio e como todo conto de fadas Made in USA esse também teve sua pitada de teorias da conspiração. Teria Marilyn sido assassinada pelo FBI ou pela CIA? Hoje, passado tantos anos isso realmente não importa mais.
No apagar das luzes do mito eterno foi Di Maggio quem acabou sendo o responsável por seu funeral. Afastou da cerimônia as pessoas que ele acreditava terem sido danosas a Marilyn (como Frank Sinatra, por exemplo). Providenciou uma despedida simples e respeitosa, com os poucos verdadeiros amigos da atriz. No final se mostrou inconsolável de uma dor que jamais iria se cicatrizar. Ao longo dos anos Di Maggio recusou milhões de dólares para escrever sua auto biografia. Certa vez confidenciou a um amigo próximo que jamais o faria, porque sabia que a imprensa queria mesmo era saber sobre a vida de Marilyn Monroe e ele certamente não a trairia nesse ponto. Enquanto viveu ele mandou depositar diariamente um ramalhete de flores na lápide da amada. Era uma forma de provar que jamais a esqueceria. No final seu amor por Marilyn mostrou-se realmente eterno e incondicional pois cumpriu sua promessa de nada declarar sobre sua amada. Morreu em 1999 sem falar uma linha sequer sobre seus anos ao lado da atriz mais famosa da história do cinema. O amor realmente desconhece as razões de sua própria existência.
Pablo Aluísio.
Assassinato por Decreto
Para quem só conhecer o personagem Sherlock Holmes pela nova franquia que está nos cinemas é bom frisar que esse aqui segue a linha bem mais conservadora, o que pessoalmente acredito ser um ponto muito positivo. Sherlock usa o figurino tradicional, seu parceiro Dr Watson é um senhor bem mais velho (ao contrário dos galãs que andam escalando para esse papel ultimamente como Jude Law) e o filme tem um estilo bem mais intelectual (Sherlock soluciona tudo com dedução e pouca ação, como é bem do feitio dos livros originais sobre o personagem). O filme foi feito no final dos anos 70 mas tem cara de filme oitentista mesmo. Até a fotografia antecipa o cinema da década que viria. Um ótimo programa para quem é fã do famoso personagem da literatura. Indicado para quem quiser conhecer o verdadeiro Sherlock Holmes.
Assassinato por Decreto (Murder by Decree, Estados Unidos, Inglaterra, 1979) Direção de Bob Clark / Roteiro: John Hopkins baseado na obra de Sir Arthur Conan Doyle / Elenco: Christopher Plummer, James Mason, Donald Sutherland, Genevieve Bujold, Susan Clark, David Hemmings, John Gielgud, Anthony Quayle. / Sinopse: Sherlock Holmes é chamado para investigar série de assassinatos, tendo como principal suspeito Jack, o Estripador. Christopher Plummer e James Mason em excelentes performances nos papéis de Holmes e Dr. Watson, respectivamente.
Pablo Aluísio