domingo, 3 de setembro de 2023
Império dos Discos
segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
Somos Todos Iguais
O roteiro assim explora essa aproximação entre um casal de brancos, de classe rica, com um homem negro, já idoso, que vive como sem-teto. Aliás o filme tem esse grande mérito que é chamar a atenção para a condição dos pobres que vivem pelas ruas das grandes cidades. É um problema que aumenta a cada dia nos Estados Unidos. Apesar de ser a maior economia do mundo, o país não consegue muitas vezes dar a dignidade mínima necessária que cada ser humano merece. Muitos brasileiros inclusive se espantam quando visitam os Estados Unidos e descobrem que há centenas de milhares de pessoas vivendo pelas ruas das grandes cidades. Um retrato da miséria que não se consegue mais esconder dos turistas. Tudo muito triste. Assista ao filme e veja uma história bonita de ajuda ao próximo. É uma bela lição de vida!
Somos Todos Iguais (Same Kind of Different as Me, Estados Unidos, 2017) Direção: Michael Carney / Roteiro: Ron Hall, Michael Carney / Elenco: Greg Kinnear, Renée Zellweger, Djimon Hounsou, Jon Voight / Sinopse: O filme conta a história real de um casal de brancos ricos que decide ajudar pessoas pobres que vivem pelas ruas, um problema social cada vez maior que atinge as cidades norte-americanas.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Um Amor Verdadeiro
Título Original: One True Thing
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Carl Franklin
Roteiro: Karen Croner
Elenco: Meryl Streep, Renée Zellweger, William Hurt, Tom Everett Scott, Lauren Graham, Nicky Katt
Sinopse:
Baseado na novela escrita por Anna Quindlen, o filme "Um Amor Verdadeiro" conta a história da jornalista Ellen Gulden (Renée Zellweger), uma mulher bem sucedida na carreira que precisa retornar à velha casa dos pais porque sua mãe Kate (Meryl Streep) está morrendo de um câncer agressivo que lhe dará poucas semanas de vida. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Meryl Streep).
Comentários:
Excelente drama que tem um elenco excepcionalmente bom. Tudo gira em torno de uma família que precisa passar seu passado a limpo por causa da mãe que está partindo. Ela foi diagnosticada com um câncer maligno. Esse papel da matriarca que se vai foi interpretada pela excelente e oscarizada Meryl Streep. Ela está graciosa e insuperável nesse personagem complicado, que apenas grandes atrizes teriam coragem de interpretar. Renée Zellweger é a filha que vê seu chão desaparecer da noite para o dia. Ele sempre teve problemas de relacionamento com sua mãe e agora precisa endireitar tudo, no pouco tempo de vida que resta dela. Um filme sensível, muito triste em diversos aspectos e ao mesmo assim grande cinema. Revendo deu saudades de um tempo em que o cinema americano investia bem mais nesses dramas edificantes da alma humana. São filmes que nos fazem crescer como seres humanos. Um espetáculo cinematográfico em todos os sentidos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Globo de Ouro 2020
Na categoria ator coadjuvante (que estava mais acirrada do que a de ator principal) o premiado foi Brad Pitt por "Era uma Vez em… Hollywood". Não era o meu preferido, mas não fiquei chateado por sua premiação. Ele está de fato muito bem no filme de Tarantino. Pelo visto dar uma surra em Bruce Lee foi um negócio e tanto para ele. O ator, que só havia sido premiado antes por "Doze Macacos" ficou claramente tocado pela premiação. Até se viu pedindo desculpas aos demais concorrentes que ele chamou de "Deuses da atuação". O bom e velho Pitt merece, tenho que dizer.
E por falar em Quentin Tarantino ele levou prêmios importantes na noite. O Globo de Ouro de Melhor Roteiro prova mais uma vez que o diretor é mesmo o rei das referências da cultura pop. Seu filme aliás é mais um exemplo disso. Só achei que deixaram de dizer algumas palavras em memória da atriz Sharon Tate. Ela não foi lembrada nos discursos e nem nas entrevistas. Furo complicado de entender. Russell Crowe foi premiado por "The Loudest Voice", porém ele não compareceu na cerimônia. O ator está na Austrália, tentando ajudar no desastre natural que se abate sobre seu país. Mandou um texto de conscientização sobre as mudanças climáticas globais. Foi algo bem conveniente.
Em termos de atrizes também surgiram surpresas. Renée Zellweger venceu por "Judy – Muito Além do Arco-Íris". É uma espécie de retorno após uma fase muito ruim na carreira e na vida pessoal. Achei sua aparência bem melhor. Ela passou por uma série de cirurgias de reconstrução de seu antigo rosto e os resultados ficaram bons. Não é a mesma loirinha do passado, mas pelo menos agora podemos reconhecer ela de novo! Laura Dern foi também premiada como atriz coadjuvante por "História de um Casamento". Ela interpretou a advogada da esposa no filme. Essa produção também derrapou feio na premiação. E era o segundo filme favorito da noite, ao lado de Scorsese. Por fim tivemos homenagens a Tom Hanks (um sujeito muito bacana, com uma filmografia espetacular) e Ellen DeGeneres (que sempre considerei muito forçada e sem graça). Assim tivemos uma noite de erros e acertos. Nada muito diferente do que acontece também no Oscar.
Pablo Aluísio.
domingo, 5 de janeiro de 2020
Judy: Muito Além do Arco-Íris
A pequena Judy não escapou de nada disso. Ela passou a vida tentando superar seus traumas do passado. Até mesmo na hora de se alimentar ela sofria com isso. Extremamente magra, beirando a subnutrição, ela tinha medo até mesmo de comer uma fatia de bolo em seu aniversário. O uso de pílulas, também incentivado pelos estúdios por anos, a acompanhou até o fim da vida. Ela ficou viciada. Misturando tudo com bebidas, o resultado era desastroso. Mesmo assim, com tantas adversidades, ela procurava manter a dignidade. Afinal era um ser humano e merecia respeito por isso, mesmo quando tropeçava em suas apresentações.
No filme encontramos Judy já nos últimos meses de sua conturbada existência. Ela tinha perdido todo o glamour do passado. O fracasso arranhava seu prestígio e sua fama. Ela se apresentava em pequenas boates nos Estados Unidos, em troca de cachês medíocres. Para piorar não tinha onde morar e disputava com o ex-marido a guarda de seus dois filhos pequenos. Uma situação muito triste para uma grande estrela. E pensar que aquela Judy que havia estrelado um dos grandes filmes da história tinha que passar por todas aquelas humilhações. Um alívio acabou vindo da Inglaterra. Por lá ela ainda era valorizada, mesmo que por fãs saudosistas de seu passado. Assim acabou aceitando o convite para fazer uma série de shows em Londres. O problema é que nem todas as apresentações foram bem sucedidas. Em muitas ocasiões surgia no palco embriagada, drogada e sem noção do que estava acontecendo. Todos, de sua banda ao público presente, ficavam constrangidos.
Renée Zellweger, se entrega ao seu papel. Ela cortou os cabelos, pintou de preto e perdeu peso de forma impressionante. Para chegar na magreza de Judy Garland ela precisou passar por um regime radical. E o resultado ficou de impressionar. A Judy era uma mulher franzina, magra ao extremo. No final da vida tinha um aspecto doentio. A Renée Zellweger, no começo da sua carreira, era o oposto disso. Era uma loira texana, bochechuda, inclusive cheinha de corpo. Combinar esses dois tipos exigiu dela um esforço físico absurdo. Hollywood gosta desse tipo de coisa, então não é de se admirar que ela venha a ser premiada também no Oscar. Quem sabe. No geral é um bom filme, bem realizado. Só não espere por um final feliz. Essa é uma história triste, melancólica mesmo. A Judy teve uma vida extremamente complicada, com muitos momentos depressivos. Resgatar sua vida não foi uma tarefa simples. Espero que o filme também sirva de incentivo para que todos venham a conhecer seu trabalho. Ela foi muito talentosa e seus filmes clássicos acabaram imortalizando o seu lado mais importante, a da grande artista que um dia ela foi.
Judy: Muito Além do Arco-Íris (Judy, Inglaterra, 2019) Direção: Rupert Goold / Roteiro: Rupert Goold, baseado no livro "End of the Rainbow" de Peter Quilter / Elenco: Renée Zellweger, Jessie Buckley, Finn Wittrock, Richard Cordery / Sinopse: O filme recria os últimos meses de vida da atriz e cantora Judy Garland (Renée Zellweger). Ela vai até Londres, participar de uma série de shows e acaba se envolvendo com um homem mais jovem. Porém o abuso de bebidas e drogas acabam ofuscando o brilho de seu talento. Filme premiado no Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Renée Zellweger).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 29 de outubro de 2019
Tudo por Você
O pior é que a personagem de Renée Zellweger nunca foi uma boa mãe, nunca foi presente na vida dos filhos. Na estrada eles finalmente acabam desenvolvendo um relacionamento emocional completo, com as idas e vindas da mãe fora dos padrões. O mais interessante nesse filme é que ele conta na verdade a história da família do ator George Hamilton (que inclusive é um dos produtores do filme). Ele quis na verdade imortalizar a história da própria mãe que passou por diversas dificuldades antes de ir parar em Los Angeles, cidade onde a família finalmente encontrou um meio de vida para sobreviver. Justamente a carreira de George que desde muito jovem começou a fazer filmes em Hollywood.
Com uma excelente produção, ótima reconstituição de época, o filme só erra mesmo com o número de filhos. Na realidade eram três jovens e não dois, como mostrado aqui. Os roteiristas decidiram que seria melhor para contar a história do filme. Não faz mal, ainda assim "Tudo por Você" é um bom resgate de um tempo que ficou no passado, mas que deixou saudades em muita gente que viveu aquela época. E para quem gosta dos filmes de George Hamilton e seu eterno bronzeado, fica a dica dessa colorida produção que conta parte importante de sua história.
Tudo por Você (My One and Only, Estados Unidos, 2009) Direção: Richard Loncraine / Roteiro: Charlie Peters / Elenco: Renée Zellweger, Kevin Bacon, Logan Lerman, Mark Rendall / Sinopse: Depois de sofrer todos os tipos de traição por parte do marido músico, jovem esposa decide pegar os dois filhos adolescentes e ir embora, procurando por um novo destino em sua vida. Filme premiado no Berlin International Film Festival.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Um Preço Acima dos Rubis
O tema do filme gira em torno de uma jovem mulher da comunidade judaica. Renée Zellweger interpreta Sonia Horowitz. Ela faz parte de uma uma família de judeus ortodoxos. Costumes fechados, rígidos, extremamente conservadores e tradicionais. No fundo ela sempre almejou por maior liberdade, mas como conseguir isso no meio daqueles parentes de costumes tão limitadores? Procurando por um pouco de independência pessoal, ela acaba indo trabalhar na joalheria do cunhado, ao mesmo tempo em que começa a se interessar por um homem latino, fora de seu meio social. Filme muito bom, embora, como já frisei, um pouco pesado, com forte carga dramática. Mesmo assim gostei bastante, principalmente pelos figurinos, pela direção de arte e reconstituição histórica. É um filme do tempo em que a Renée Zellweger ainda não tinha feito o grande erro de sua vida.
Um Preço Acima dos Rubis (A Price Above Rubies, Estados Unidos, 1998) Direção: Boaz Yakin / Roteiro: Boaz Yakin / Elenco: Renée Zellweger, Christopher Eccleston, Julianna Margulies / Sinopse: Jovem judia, nascida e criada numa comunidade fechada de judeus ortodoxos, sonha em ter mais liberdade e independência. Após ir trabalhar na joalheria de um parente acaba se apaixonando por um jovem artista latino. Filme indicado ao prêmio de melhor direção no Deauville Film Festival e melhor atriz (Renée Zellweger) no New York Film Critics Circle Awards.
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de abril de 2018
Chicago
O enredo e a trama são apenas alegorias de uma chicago dos anos 30 infestada de gangsters. Mero pretexto para números musicais cada vez mais bem elaborados. O curioso é que conseguiram unir uma estorinha de crimes, assassinatos passionais, com a beleza dos musicais da velha escola. Acredito que em certos momentos ficou um pouco desfocado, essa coisa de uma mulher matar seu marido mulherengo e na cena seguinte sair dançando e cantando por aí. Mas é a tal coisa, isso é algo típico de musicais americanos, é necessário entrar no espírito desse tipo de filme. No mais penso que "Chicago" foi importante pois se tornou um verdadeiro ponto de revitalização para esse tipo de produção. Depois de seu sucesso de público e crítica vieram outros filmes contemporâneos na mesma linha, sendo um dos mais bem sucedidos o mais recente "La-La-Land".
Chicago (Chicago, Estados Unidos, 2002) Direção: Rob Marshall / Roteiro: Bill Condon, Bob Fosse / Elenco: Renée Zellweger, Catherine Zeta-Jones, Richard Gere, Queen Latifah, John C. Reilly / Sinopse: Após matar seu marido, a dançarina e cantora Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones) precisa recomeçar sua vida. Ela contrata o advogado Billy Flynn (Gere) para lhe defender nos tribunais. O criminalista também está defendendo outro caso passional envolvendo a jovem starlet Roxie Hart (Renée Zellweger), o que causa um frenesi na mídia sensacionalista. Filme vencedor de seis Oscars nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Catherine Zeta-Jones), Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Edição e Melhor Som. Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Melhor Atriz (Renée Zellweger) e Melhor Ator (Richard Gere).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Appaloosa - Uma Cidade Sem Lei
Foi justamente essa decisão de realizar um faroeste mais contemplativo que incomodou a alguns fãs de western. O filme tem seu próprio ritmo, menos ágil e menos frenético. O elenco é liderado por um trio muito interessante. O primeiro é o próprio Ed Harris que incorpora perfeitamente as nuances psicológicas de seu personagem. É um homem durão que percebe que seu tempo provavelmente já acabou. Ao seu lado brilha também o talentoso Viggo Mortensen, que passa muito vigor e tensão sexual com a situação vivida por seu papel. Por fim a bela Renee Zellweger, que já havia se dado muito bem no velho oeste com o sucesso de público e crítica "Cold Mountain". Ela novamente está bem carismática em cena mas é forçoso reconhecer que o excesso de botox que ela desfila em cada cena causa um certo desconforto pois obviamente isso seria impossível de acontecer com uma mulher do século XIX. No geral é um bom filme, que pede um pouco de cumplicidade do espectador, em aceitar seu ritmo mais lento e contemplativo. Se você não se incomodar com isso certamente irá se divertir com a proposta de Ed Harris em seu filme.
Appaloosa - Uma Cidade Sem Lei (Appaloosa, Estados Unidos, 2008) Direção: Ed Harris / Roteiro: Ed Harris, Robert Knott / Elenco: Ed Harris, Renée Zellweger, Viggo Mortensen, Jeremy Irons, Lance Henriksen / Sinopse: Dupla é contratada como xerifes numa isolada cidade do velho oeste com problemas de lei e ordem. Ambos porém acabam se apaixonando pela mesma mulher criando muitas tensões entre eles.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Procura-se uma Noiva
Título Original: The Bachelor
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Gary Sinyor
Roteiro: Roi Cooper Megrue, Jean C. Havez
Elenco: Renée Zellweger, Chris O'Donnell, Peter Ustinov, Mariah Carey, Brooke Shields, Artie Lange
Sinopse:
Para não perder uma herança fabulosa, Jimmie Shannon (Chris O'Donnell) precisa desesperadamente arranjar uma noiva, mesmo estando apaixonado por Anne Arden (Renée Zellweger), a garota certa para ele se casar, mas que enfrenta problemas em seu relacionamento mais do que complicado.
Comentários:
Não há muito o que esperar de comédias românticas americanas. Geralmente elas são bem bobinhas, até porque o romantismo disfarçado de humor não nega suas origens mais piegas. Dentro do grande gênero em que se classificam todas as comédias românticas existe ainda um nicho muito específico sobre casamentos e noivas. Esses filmes geralmente conseguem se tornar ainda piores do que as mais comuns. Esse "Procura-se uma Noiva" vai bem por esse caminho. O filme só não é um desperdício completo de tempo e dinheiro porque tem Renée Zellweger ainda em sua fase mais gracinha, quando ela ainda mantinha seu rosto natural, bem antes de estragar tudo com um monte de plásticas mal sucedidas. O "Robin" Chris O'Donnell não acrescenta muito, até porque sempre o achei muito genérico. Melhor é o elenco de apoio que conta com veteranos como Peter Ustinov e a eterna adolescente de "A Lagoa Azul" Brooke Shields (aquele tipo de mulher que sempre é bonita, mesmo com os anos passados). Ah e antes que me esqueça a cantora Mariah Carey também tem uma pontinha, algo que vai agradar suas fãs mais ardorosas. Então é isso, uma comédia romântica sobre casamentos, tão descartável como bolo de noiva feito em padaria.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de agosto de 2017
O Bebê de Bridget Jones
Aliás por se tratar de uma comédia era de se esperar que fosse ao menos engraçado. Esse é outro problema sério dessa produção. O filme não tem graça nenhuma. É muito chato! A personagem Bridget Jones inclusive perde toda a sua essência, se transformando numa mulher cheia de complexos, tentando se casar, ter um filho, ou seja, seguir aquela velha ladainha imposta pela sociedade às mulheres, como se uma mulher não pudesse ser feliz solteira e sem filhos! Assim ela começa a agir como uma adolescente meio boboca e fica grávida, mas sem saber quem seria exatamente o pai de seu filho. Os candidatos são o seu antigo namorado Mark Darcy (Colin Firth) que inclusive está casado ou o bonitão Jack (Patrick Dempsey) que ela acabou de conhecer em um festival de música. E basicamente é isso. Nada muito bem bolado, nada muito original, apenas a saturação de uma série de filmes que já deu o que tinha que dar após todos esses anos. Para piorar o péssimo roteiro ainda temos que lidar com a mudança radical do rosto de Renée Zellweger e o fato dela ter perdido grande parte de suas expressões faciais após tantas plásticas. Um desastre! Enfim, uma situação constrangedora e nada divertida, para dizer o mínimo.
O Bebê de Bridget Jones (Bridget Jones's Baby, Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Sharon Maguire / Roteiro: Helen Fielding, Dan Mazer / Elenco: Renée Zellweger, Colin Firth, Patrick Dempsey, Emma Thompson / Sinopse: Bridget Joens (Renée Zellweger) descobre que está grávida, mas ao mesmo tempo não tem certeza sobre quem seria o pai da criança. Aos 42 anos de idade e cheia de dúvidas sobre seu futuro, ela tenta descobrir a paternidade da maneira menos escandalosa possível, algo que pelo seu histórico não será nada fácil de acontecer.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Versões de um Crime
Esse é apenas o segundo filme da diretora, nascida em Memphis, Courtney Hunt. Apesar da sua pouca experiência é de se reconhecer que seu primeiro filme "Rio Congelado" é muito bom, um drama humano sobre as pessoas pobres que vivem em estados em crise econômica dos Estados Unidos. Aqui ela mudou radicalmente seu foco, deixando a denúncia social para realizar um filme mais convencional em sua estrutura. A boa notícia é que a diretora conseguiu realizar um bom filme. A produção não é excelente, ficando na média de, digamos, um telefilme bem produzido. Não há grandes cenas bem elaboradas com bonita fotografia, mas a força do roteiro acaba compensando esse tipo de coisa. Em termos de elenco até que gostei da atuação de Keanu Reeves, logo ele que sempre costuma ser tão criticado. Esse filme porém me chamou muito a atenção pois foi o primeiro que assisti de Renée Zellweger após sua tão falada cirurgia plástica. Levei até um certo tempo para reconhecê-la pois realmente virou uma outra pessoa de tão diferente que está. Aquela graciosidade texana de seus filmes antigos ficaram definitivamente no passado. Não gostei de seu visual. Realmente mais uma bela atriz que obcecada pela juventude eterna acabou estragando sua beleza. Uma pena.
Versões de um Crime (The Whole Truth, Estados Unidos, 2016) Direção: Courtney Hunt / Roteiro: Courtney Hunt / Elenco: Keanu Reeves, Renée Zellweger, Jim Belushi, Gugu Mbatha-Raw, Gabriel Basso / Sinopse: O jovem advogado Ramsey (Reeves) precisa livrar o garoto Mike (Basso) da acusação de ter matado seu próprio pai durante uma briga, algo que definitivamente não será nada fácil pois não faltam provas de sua autoria nesse crime chocante.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Renée Zellweger
O interessante é que a Renée Zellweger nunca foi uma atriz do tipo gostosona ou glamorosa demais. Ela se parecia mais com aquilo que os americanos gostam de chamar de "Girl Next Door", ou seja, a menina bonitinha que mora ao lado, na casa vizinha. E ela realmente era uma graça, com uma certa timidez no olhar, um sorrisinho meio torto, meio constrangido. E depois de várias comédias românticas pouco conhecidas ela finalmente alcançou o sucesso (merecido) com aquela série de filmes da Bridget Jones - que sinceramente falando nem são os meus preferidos, já que quando esses filmes chegaram no cinema eu já curtia a Renée Zellweger há anos.
Infelizmente como nada é para sempre ela perdeu esse frescor dos primeiros anos. Com a fama em Hollywood ela se rendeu perigosamente para o mundo das intervenções plásticas extremas. Para que isso? Era uma loirinha das mais graciosas, para que mexer na estética facial que era justamente um de seus maiores atrativos? E eu fui percebendo essas mudanças justamente pelos filmes. Pior é que foram tantas cirurgias que em uma de suas últimas aparições as pessoas nem a reconheceram direito. Que pecado! Ela também emagreceu demais, tentando se adaptar as medidas de vestidos dos tapetes vermelhos, em números impossíveis. Gostava muito mais quando era aquela loira até bochechuda do Texas. Perdeu muito de seus belos atributos físicos dos tempos em que era a melhor "Girl Next Door" do cinema.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Abaixo o Amor
"Down with Love" é bem divertido, inclusive tive a oportunidade de conferir no cinema, mas falha justamente em um dos pontos que deveriam ser o forte de seu roteiro: a sofisticação. Em determinados momentos o filme escolhe o lado mais vulgar, algo que seria impensável nas comédias dos anos 60 que tenta recriar. Renée Zellweger desfila com um fino figurino - que acaba se tornando uma das melhores coisas do filme, mas também decepciona com o excesso de botox na face. Algo que o diretor deveria ter corrigido já que isso não existia na época em que a história do filme se passa. Quando ela aparece com rosto inchado em cena logo ficamos com aquela sensação de superficialidade que estraga em parte o charme dessa comédia vintage. Apesar de tudo ainda vale conhecer.
Abaixo o Amor (Down with Love, Estados Unidos, 2003) Direção: Peyton Reed / roteiro: Eve Ahlert, Dennis Drake / Elenco: Ewan McGregor, Renée Zellweger, David Hyde Pierce / Sinopse: Um filme dos dias atuais com o estilo das antigas comédias românticas dos anos 1960. Filme vencedor do Phoenix Film Critics Society Awards na categoria de Melhor Figurino.
Pablo Aluísio.
Eu, Eu Mesmo e Irene
Só mesmo o amor para justificar ela em um papel tão, digamos assim, sem importância. Hoje em dia ela anda em baixa, principalmente depois de uma intervenção plástica que praticamente destruiu sua fisionomia. Isso porém pouca importa para os fãs de Carrey que pelo menos nessa fita não tiveram o que reclamar pois o ator deitou e rolou com seu papel, a de um homem com problemas de múltipla personalidade. Atualmente praticamente esquecida a fita ainda mantém um certo charme, pois algumas gags são realmente bem divertidas, engraçadas e resistiram ao teste do tempo. Além do mais os melhores filmes de Carrey sempre foram aqueles em que ele foi menos pretensioso. O descompromisso com algo mais sério sempre foi o segredo de seu sucesso. Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao Teen Choice Awards na categoria de Melhor Ator (Jim Carrey).
Eu, Eu Mesmo e Irene (Me, Myself & Irene, Estados Unidos, 2000) Direção: Bobby Farrelly, Peter Farrelly / Roteiro: Peter Farrelly, Mike Cerrone / Elenco: Jim Carrey, Renée Zellweger, Anthony Anderson / Sinopse: Um relacionamento muito doido envolvendo uma garota bonita e um sujeito com um parafuso a menos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
A Enfermeira Betty
Claro que tudo sob um viés bem humorado, investindo em um tipo de linguagem mais nonsense, tudo valorizado ainda mais pelo bom elenco de apoio que contou inclusive com gente talentosa como Morgan Freeman e Chris Rock (que aqui está em seu tipo habitual, bem exagerado e fora de controle, diria até histriônico). Ainda linda no começo de sua carreira, com olhar e jeito joviais e bem longe das plásticas que destruíram sua feição original, Renée Zellweger brilhou com seu trabalho a ponto inclusive de também levar o Globo de Ouro para casa. Um feito e tanto para uma jovem atriz texana que naquela altura do campeonato ninguém ainda conhecia direito. Depois desse momento as portas da indústria do cinema iriam se abrir definitivamente para a atriz - pena que o excesso de luzes e fama tenha de certa maneira tirado o seu bom senso com o passar dos anos. De uma forma ou outra a magia do cinema está aí para preservar Zellwegger em um tempo em que ela não passava de uma jovem starlet buscando seu lugar ao sol.
A Enfermeira Betty (Nurse Betty, Estados Unidos, 2000) Direção: Neil LaBute / Roteiro: John C. Richards / Elenco: Renée Zellweger, Morgan Freeman, Chris Rock, Greg Kinnear./ Sinopse: A história de uma mulher comum que trabalha como enfermeira e que tem seus sonhos e suas aspirações de vida.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Cold Mountain
O projeto original tencionava ser estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman. Como eles tinham muitos problemas pessoais envolvidos, Cruise desistiu do filme, ficando apenas Nicole que sinceramente acreditava no bom roteiro. Seu objetivo era voltar ao topo, quem sabe até vencer um Oscar, pois seu papel era suficientemente forte e complexo para tal. Curiosamente ela acabou sendo esnobada pela Academia que resolveu premiar Renée Zellweger com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Uma premiação controvertida pois em nenhum momento gostei plenamente de seu trabalho. O fato é que ela definitivamente confundiu um pouco o tipo de produção que participava. Sua personagem, a irascível Ruby, caiu na caricatura. Renée Zellweger surge exagerada em cena, com muitas caras e bocas e um sotaque completamente exagerado, beirando a fanfarronice. Quando ela foi premiada não fiquei menos do que surpreso. Em minha opinião Nicole Kidman está muito melhor. Ela certamente continua com aquela classe que lhe é inerente. Enquanto sua partner exagera para aparecer ela surge com fina delicadeza. Já Jude Law é o tipo de ator que nunca me agradou completamente. No saldo final "Cold Mountain" é sim um bom filme, que diverte mas que ficou no meio do caminho para se tornar uma obra importante. Enfim, entre mortos e feridos "Cold Mountain" apesar de não ser brilhante mantém um certo status. Vale a pena conhecer.
Cold Mountain (Cold Mountain, Estados Unidos, 2003) Direção: Anthony Minghella / Roteiro: Anthony Minghella / Elenco: Nicole Kidman, Renée Zellweger, Jude Law, Natalie Portman, Philip Seymour Hoffman, Giovanni Ribisi, Ray Winstone./ Sinopse: Durante a Guerra Civil duas mulheres tentam sobreviver ao caos reinante. Tentando levar a propriedade de seu pai em frente, a bela e jovem Ada (Nicole Kidman) e sua parceira Ruby (Renée Zellwegger) enfrentarão muitos desafios juntas. Vencedor do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Renée Zellwegger, contando ainda com indicações para Melhor Ator (Jude Law), Fotografia, Edição, Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Scarlet Tide" por Elvis Costello e "You Will Be My Ain True Love" por Sting);
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Recém-Chegada
Título Original: New in Town
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Jonas Elmer
Roteiro: Ken Rance, C. Jay Cox
Elenco: Renée Zellweger, Harry Connick Jr., Siobhan Fallon
Sinopse:
Lucy Hill (Renée Zellweger) é uma executiva de Miami que é enviada para uma distante fábrica de alimentos na fria Minnesota para demitir funcionários e melhorar a eficiência e o lucro da empresa por lá. Uma vez na cidade ela acaba se envolvendo emocionalmente com os empregados, inclusive começando a ter um caso amoroso com um viúvo da região e isso acaba tornando seu trabalho muito mais complicado.
Comentários:
O marketing desse filme foi bastante equivocado. Ele foi vendido como uma espécie de comédia romântica estrelada pela texana Renée Zellweger, mas na verdade está mais para drama romântico. Certamente há pequenos momentos de humor - como na caçada aos patos onde a personagem de Renée Zellweger passa por alguns apuros - mas essas cenas não são o centro e o foco do filme. De certa maneira o roteiro lida com uma situação que iria se tornar muito comum dentro da economia americana, o fechamento de empresas e o desemprego em massa que isso causaria, arruinando as economias de pequenas cidades do interior. Com a crise muitas dessas localidades se viram sem a principal fonte de renda e empregos, transformando tudo em um desastre social. A executiva interpretada por Zellweger acaba tentando salvar o trabalho daquela gente mas isso obviamente lhe traz muitos problemas com seus superiores. Um filme relativamente bom, valorizado pelo tema interessante e até pela boas atuações (até o cantor Harry Connick Jr se sai bem). Se não chega a se tornar memorável, pelo menos mostra que tem alma e coração.
Pablo Aluísio.
sábado, 24 de janeiro de 2015
O Amor não tem Regras
Título Original: Leatherheads
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Clooney
Roteiro: Duncan Brantley, Rick Reilly
Elenco: George Clooney, Renée Zellweger, John Krasinski
Sinopse:
Dodge Connelly (George Clooney) é um veterano jogador de futebol americano que não está em seus melhores dias. Seu time está decadente, colecionando derrotas e para piorar o único patrocinador resolve dar no pé. Com a equipe à beira da falência Dodge pensa em uma forma de levantar a bola do time fora dos campos. Pensando em um golpe de marketing ele traz para jogar no grupo o herói da primeira guerra mundial Carter Rutherford (John Krasinski). A intenção é chamar a atenção da imprensa em geral. Para cobrir esse golpe publicitário a jornalista Lexie Littleton (Renée Zellweger) é enviada com a missão de descobrir o que de fato está acontecendo.
Comentários:
Não deu muito certo essa tentativa do ator e diretor George Clooney em realizar um filme com sabor dos antigos clássicos. A história passada na década de 1920 não conseguiu atrair o público. A crítica também não gostou, achando o resultado muito artificial e desprovido de maior importância. Penso um pouco diferente. Certamente "Leatherheads" não é nenhuma obra prima mas sua tentativa de fazer algo diferente, que saia do lugar comum do que vemos atualmente nas telas, é por demais válida. Além disso o roteiro ao velho estilo cativa os cinéfilos mais tradicionalistas. Outro aspecto positivo vem da bela produção com ótimos figurinos e uma bela trilha sonora repleta de grandes clássicos da música americana da época. Em relação ao elenco duas constatações. George Clooney como Dodge Connelly está muito bem, ideal em sua caracterização mas sua partner, Renée Zellweger, está completamente fora do tom certo. Verdade seja dita, a Renée é excelente para interpretar mulheres que não se encaixam muito bem em seu meio social (como Bridget Jones, por exemplo) mas para dar vida a mulheres com glamour não dá. Não é a praia dela. Elegância e estilo nascem com a mulher, algumas possuem isso e outras simplesmente não. Assim o que acabamos vendo é um filme irregular, que tem lá seus momentos, mas que também não é o desastre todo que disseram nos jornais na época de seu lançamento. Vale assistir pelo menos uma vez na vida.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
A Luta Pela Esperança
Título no Brasil: A Luta Pela Esperança
Título Original: Cinderella Man
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Miramax
Direção: Ron Howard
Roteiro: Cliff Hollingsworth, Akiva Goldsman
Elenco: Russell Crowe, Renée Zellweger, Paul Giamatti, Craig Bierko
Sinopse:
Com história baseada em fatos reais o filme "A Luta Pela Esperança" conta as dificuldades pelas quais passam Jim Braddock (Russell Crowe) e sua esposa Mae (Renée Zellweger), um casal que luta pela sobrevivência durante os anos da grande depressão da economia americana. Ele tenciona se tornar um lutador de boxe de sucesso, mas as derrotas e os fracassos estão sempre presentes em sua trajetória. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição, Melhor Maquiagem e Melhor Ator Coadjuvante (Paul Giamatti). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Russell Crowe) e Melhor Ator Coadjuvante (Paul Giamatti).
Comentários:
Muita gente boa não gostou do clima depressivo desse filme. Alegaram que o enredo era muito baixo astral, com um final mordaz. Eu penso de outra maneira. Acredito que a atual infantilização do cinema americano tem prejudicado dramas mais sérios e centrados como esse. O realismo do mundo real, das dificuldades financeiras e da pobreza precisam ser explorados pelo cinema, caso contrário teremos apenas fantasia e mais fantasia, transformando a sétima arte em um labirinto de hedonismo desenfreado. A realidade social deve sempre ser explorada nas telas, afinal como arte o cinema também tem muito a contribuir com a conscientização da sociedade como um todo. Além disso não podemos ignorar que os grandes clássicos da história foram moldados em torno de histórias reais de luta pela sobrevivência de seus principais personagens.
Dito isso também temos que reconhecer que temos aqui em mãos um belo roteiro e uma reconstituição sublime de época, tudo aliado a excelentes interpretações. O personagem Jim Braddock se mostrou muito adequado para Russell Crowe. Ele é do tipo rude, mas de bom coração. Renée Zellweger, por outro lado, já demonstrava que suas obsessões com plásticas começavam a prejudicar seu trabalho, afinal de contas como tornar verossímil uma caracterização de dona de casa dos anos 1930 aparecendo na tela com os lábios cheios de botox?! Hoje inclusive ela está simplesmente irreconhecível pois fez uma plástica desastrosa ano passado que descaracterizou suas feições, a transformando praticamente em outra pessoa! Melhor se sai Paul Giamatti, um grande ator, de muitos recursos, geralmente roubando as atenções para si por causa de suas inspiradas atuações. Deixando tudo isso de lado temos que reconhecer que "Cinderella Man" é de fato uma ótima opção que agradará aos mais conscientes que estejam em busca de algo mais em termos de conteúdo e profundidade.
Pablo Aluísio.