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quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Infinity - Um Amor Sem Limites

Infinity - Um Amor Sem Limites
Filme muito bom que assisti na década de 1990 e adorei, dando nota máxima. Conta a história do cientista e físico Richard Feynman. Em sua época ele foi considerado um gênio da ciência, sendo agraciado com o Prêmio Nobel de Física por suas descobertas nesse campo do saber humano. Também foi reconhecido por ter participado do projeto Manhattan que acabou dando origem ao programa nuclear dos Estados Unidos e a fabricação da primeira bomba atômica. Todos esses aspectos são relevantes na história desse cientista, mas o filme em si, embora não coloque esses dados importantes de sua biografia inteiramente de lado, investe muito mais em sua história pessoal, em seu lado humano. 

Assim o roteiro conta sua história desde a infância, quando motivado pelo pai, ele se apaixonou pelos estudos da ciência. Acabou se formando com distinção na área e decidiu se casar com o amor de sua infância. Tudo ia muito bem no script de um projeto pessoal de vitória tanto no aspecto profissional, como também pessoal e emocional. Só que o destino também traz surpresas desagradáveis. A sua amada esposa foi diagnosticada com uma doença grave, o que fez Richard Feynman lutar bravamente para salvar sua vida. Diz a famosa frase de Einstein que Deus não joga dados com o Universo. Bem, em algumas histórias chego a pensar que isso não é inteiramente verdade. 

Infinity - Um Amor Sem Limites (Infinity, Estados Unidos, 1996) Direção: Matthew Broderick / Roteiro: Ralph Leighton, Patricia Broderick / Elenco: Matthew Broderick, Patricia Arquette, Jeffrey Force / Sinopse: O filme conta a história de Richard Feynman, cientista e físico norte-americano que lutou pela vida de sua esposa após ela ser diagnosticada com uma doença grave e sem cura. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

O Pentelho

Título no Brasil: O Pentelho
Título Original: The Cable Guy
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ben Stiller
Roteiro: Lou Holtz Jr.
Elenco: Jim Carrey, Matthew Broderick, Jack Black, Ben Stiller, Leslie Mann, Eric Roberts

Sinopse:
Após pedir pelos serviços de instalação de sua TV a cabo, Steven M. Kovacs (Matthew Broderick) se vê envolvido em problemas com o rapaz que foi até sua casa fazer o serviço. O tal sujeito parece um tanto estranho e esquisito, mostrando sinais de comportamento psicótico e constrangedor. Agora ele vai tentar arranjar um jeito de tirar esse sujeito pentelho de sua vida, de uma vez por todas!

Comentários:
Esse filme é meio esquisito, vamos falar a verdade. Numa rápida olhada parece ser mais uma daquelas comédias malucas do Jim Carrey, mas olhando com mais atenção esse roteiro tem muito mais nuances de suspense e insanidade do que se pode perceber à primeira vista. E é justamente isso que o deixa fora do habitual na filmografia do ator e comediante canadense. Há um aspecto de insanidade e desconforto em cada cena. Vamos colocar as cartas na mesa, esse personagem do Carrey é um psicótico e nem sempre seus atos são divertidos ou engraçados. Há um elemento de psicopatia violenta aqui, por mais incrível que isso possa parecer. Talvez por isso o filme tenha sido bastante criticado na época de seu lançamento original. Não que Jim Carrey fosse se importar com isso. Ganhando milhões de dólares por filme, ele continuou na mesma, com muitas caretas e exageros. 

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de junho de 2023

O Círculo do Vício

Título no Brasil: O Círculo do Vício
Título Original: Mrs. Parker and the Vicious Circle
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Fine Line Features
Direção: Alan Rudolph
Roteiro: Alan Rudolph, Randy Sue Coburn
Elenco: Jennifer Jason Leigh, Campbell Scott, Matthew Broderick, Peter Gallagher, Jennifer Beals, Andrew McCarthy

Sinopse:
Dorothy Parker se lembra do apogeu de seu círculo de amigos, cuja sagacidade, como a dela, era alimentada pelo álcool, tudo flertando com o desespero pessoal de cada um. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Jennifer Jason Leigh).

Comentários:
Dorothy Parker foi escritora, poetisa, dramaturga e crítica de arte. Ela foi um nome importante na história da arte nos Estados Unidos. Era feminista e progressista. Uma mulher independente em um tempo em que as mulheres não tinham Liberdade. Esse filme é muito bem produzido e conta com ótima fotografia. O elenco também se destaca. É realmente impressionante a quantidade de bons atores que estão em papéis coadjuvantes. A atriz principal Jennifer Jason Leigh conseguiu imprimir tons da personalidade real da protagonista de forma leve e até mesmo divertida. O roteiro é bem escrito, embora apresente um certo moralismo inadequado para a história que está contando. No quadro geral é um filme muito bom que merece inclusive ser reconhecido mais pelos admiradores da obra dessa escritora à frente de seu tempo. Dorothy Parker igualmente merece ser descoberta pelas novas gerações.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de outubro de 2022

Roubo nas Alturas

Título no Brasil: Roubo nas Alturas
Título Original: Tower Heist
Ano de Lançamento: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures 
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Adam Cooper, Bill Collage
Elenco: Eddie Murphy, Ben Stiller, Casey Affleck, Matthew Broderick, Alan Alda, Michael Peña

Sinopse:
Um grupo de ex-empregados de um prédio para ricaços de Manhattan em Nova Iorque, decidi fazer um roubo bem elaborado de um apartamento onde mora um vigarista de Wall Street. Eles querem recuperar o dinheiro de um fundo de pensão dos empregados que foi roubado por esse mesmo criminoso. E um roubo desses não vai ser uma coisa fácil de se realizar, ainda mais sabendo que eles vão ter que tirar uma Ferrari de alto valor da cobertura do prédio.

Comentários:
Pelo elenco que apresenta esse filme poderia ser confundido com uma comédia. Afinal, os dois protagonistas são comediantes de carteirinha. Embora o filme tenha realmente um pouco de humor, o fato é que temos aqui um filme que foca muito mais na ação. Ação essa que se desenvolve através de um roubo feito por amadores de um edifício para pessoas muito ricas de Nova Iorque. Sim, é um filme de roubo. Embora nesse caso aqui seja um filme estrelado por atores especializados em comédias. Nesse quesito de fazer rir quem se sai melhor?  Eddie Murphy, claro. Ele interpreta um ladrão pé de chinelo, que é o único com experiência na criminalidade entre o grupo. Os demais são pessoas sem nenhum tipo de malícia para o mundo do crime. Alguns são verdadeiros panacas. O filme é bom e muito bem-produzido, mas no quesito humor realmente deixa a desejar. De qualquer forma o filme funciona e olha que nem é preciso muita boa vontade para se interessar pela história. O fato de se tentar baixar um carro milionário de uma cobertura de um prédio como aquele, no meio de uma parada do dia da Ação de Graças, torna tudo ainda mais interessante. Enfim, um filme que não decepciona e que até que cumpre bem aquilo a que se propõe.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de novembro de 2021

O Rei Leão

A Disney renasceu em suas animações para o cinema com o lançamento de "A Pequena Sereia" em 1989, mas o auge dessa fase de renascimento foi certamente a chegada de "O Rei Leão" nos cinemas em 1994. Só para se ter uma pequena ideia do capricho que essa animação teve, basta dizer que a Disney contratou 29 roteiristas (isso mesmo que você leu!) para criar o que os produtores chamavam de "A obra-prima da década no mundo da animação". Não há dúvidas que tanto esforço resultou em um filme realmente acima da média, já considerado um clássico nos dias de hoje. Há um toque de Rei Lear e até mesmo Hamlet na estória de um clã de leões africanos. Estão lá todos os personagens centrais que fizeram da obra de Shakespeare imortal. Há o pai valoroso e íntegro, o filho que deseja seguir seus passos e o invejoso membro da família real que só quer tomar a coroa para si mesmo. O elenco que fez as vozes do personagem também se destaca, em especial Jeremy Irons que faz a voz do vilão Scar.

É curioso porque os animadores resolveram mudar o método de trabalho, preferindo filmar antes os atores em estúdio declamando suas falas para só a partir daí criarem os desenhos que seriam usados no filme. De certa maneira "O Rei Leão" é a última grande animação ao estilo tradicional dos estúdios Disney. Marcou merecidamente toda uma geração de crianças (e até mesmo adultos). Na minha opinião é realmente o grande filme da Disney em sua retomada rumo ao sucesso absoluto de crítica e público.

O Rei Leão (The Lion King, Estados Unidos, 1994) Direção: Roger Allers, Rob Minkoff / Roteiro: Irene Mecchi, Jonathan Roberts, entre outros / Elenco: Matthew Broderick, James Earl Jones, Jeremy Irons, Nathan Lane, Whoopi Goldberg, Rowan Atkinson, Jonathan Taylor Thomas / Sinopse: A história de um leão e seu filho que no futuro deverá honrar sua família. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Música Original ("Can You Feel the Love Tonight" de Elton John) e Melhor Trilha Sonora. Também vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Comédia ou Musical.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

O Fantástico Mundo do Dr. Kellogg

Você certamente achou o nome Kellogg familiar. Pois é, ele é provavelmente o nome de cereal que você consome todas as manhãs durante seu breakfast. O filme é sobre a história do criador de toda essa indústria, o Dr. John Harvey Kellogg (Anthony Hopkins). Ele era um sujeito estranho, para não dizer bizarro. Com jeitão de cientista maluco ele não tinha medo de criar as mais estranhas invenções. Casualmente acertou em cheio ao criar o famoso e popular cereal para crianças comerem no café da manhã, mas isso era apenas uma faceta de sua personalidade mais do que criativa (e sim, meio louca também). Para celebrar a biografia desse homem foi realizado esse curioso (e divertido) filme estrelado pelo mestre Anthony Hopkins. Aqui ele usou e abusou de uma maquiagem pesada para ficar parecido com o Kellogg da vida real. 

O roteiro não se propõe a ser uma comédia, como foi erroneamente vendido no Brasil, mas sim um filme normal que acima de tudo conta a história de um homem que poderia ser qualificado como tudo, menos como... normal! Com bonita direção de arte e produção classe A temos certamente um bom filme, valorizado ainda mais pelo personagem central, que muitos ainda hoje desconhecem completamente. Some-se a isso o fato de ter sido dirigido por Alan Parker, um dos meus cineastas preferidos, e você entenderá porque recomendo a produção sem reservas. 

O Fantástico Mundo do Dr. Kellogg (The Road to Wellville, EUA, 1994) Direção: Alan Parker / Roteiro: Alan Parker, baseado no livro escrito por T. Coraghessan Boyle / Elenco: Anthony Hopkins, Bridget Fonda, Matthew Broderick / Sinopse: Era uma vez um homem que revolucionou a indústria de alimentos nos Estudos Unidos. Filme indicado aos prêmios da Chicago Film Critics Association, British Society of Cinematographers e CFCA. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Mulheres Perfeitas

Imagine uma cidade onde todas as mulheres parecem perfeitas. Donas de casa impecáveis, resolvidas emocionalmente, felizes, bem cuidadas, com o cabelo arrumado e a maquiagem sempre maravilhosa. Nada de reclamações ou bobagens feministas. É nesse mundo completamente nos eixos que de repente uma nova garota chega. Todas as esposas são exemplares, todas se encaixam naquele modelo que todo homem sonha para si, que almeja um dia encontrar. Em Stepford todas as mulheres são exemplares. Lindas, bonitas, grandes donas de casa e nem um pouco feministas ou descontentes. Mas afinal, o que estaria acontecendo de errado por lá? Esse filme "Mulheres Perfeitas" passou em branco quando foi lançado nos cinemas mas revisto hoje em dia soa bem curioso. Classificar o filme como uma ficção não seria muito correto, embora seu desfecho mostre claros sinais de tratar-se de uma produção com sabor Sci-fi. No fundo é uma crítica ao próprio machismo, que sempre espera um ser perfeito na companheira que escolheu como esposa. Como pessoas perfeitas não existem, o tom surreal da produção serve como denúncia e sátira ao mesmo tempo.

O filme foi estrelado pela atriz Nicole Kidman que está mais bonita do que nunca. Usando uma maquiagem e um figurino que imita o estilo das pin-ups americanas dos anos 50 ela se destaca por sua beleza impressionante (ela fica muito bem nesse estilo retrô). "The Stepford Wives" foi dirigido por Frank Oz. Muitos certamente não se lembrarão assim de nome, mas os fãs de "Star Wars" não esquecem o fato dele ter sido a voz do mestre Jedi Yoda em cinco dos seis filmes da franquia. O que poucos sabem é que ele, além de ser um ator e animador bem produtivo (mais de 100 filmes no currículo), também sempre se revelou um diretor talentoso, bastando lembrar de "A Pequena Loja dos Horrores" (remake em tom de musical com a famosa planta carnívora) e "A Cartada Final" (o último filme da carreira de Marlon Brando). Infelizmente "Mulheres Perfeitas" não fez sucesso. O público americano não gostou da proposta do filme, isso porém não o impede de ser revisto com outros olhos hoje em dia. É uma produção curiosa, diria até ousada, que vale a pena ser redescoberta.

Mulheres Perfeitas (The Stepford Wives, Estados Unidos, 2004) Estúdio: Paramount Pictures, DreamWorks SKG / Direção: Frank Oz / Roteiro: Ira Levin, Paul Rudnick / Elenco: Nicole Kidman, Bette Midler, Matthew Broderick / As mulheres de uma cidade no interior dos Estados Unidos parecem perfeitas! São lindas, companheiras, fazem todo o serviço de dona de casa sem reclamar, dão apoio aos maridos. Certamente algo não parece muito certo ou normal!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Mundo Maravilhoso

Para Ben Singer (Matthew Broderick) o mundo é tudo, menos maravilhoso. Ele tinha um sonho de fazer sucesso como cantor e compositor, mas com o fim das gravadoras seu sonho foi por água abaixo. Acaba trabalhando como revisor de roteiros de comédias para a TV, algo nada empolgante. Vive em um quartinho com um imigrante do Senegal, com quem divide as despesas. A sua filha, fruto de um casamento que já afundou, não gosta dele, acha um cara esquisito, que só fala coisas negativas. E como se tudo isso não fosse ruim o bastante ele acaba sendo demitido e pior... seu colega de quarto entra em coma diabético, ou seja, só desgraça acontece em sua vida, pelo visto.

O auge da carreira do ator Matthew Broderick foi nos anos 80. Ele era um jovem ator de sorte, acabou estrelando sucessos no cinema como "Curtindo a vida adoidado" e "O Feitiço de Áquila". Depois com o tempo sua carreira foi entrando pelo cano. Tentou teatro e até teve uma fase bem promissora nos palcos. Penso que houve uma certa identificação com o personagem desse filme. O roteiro até que é muito bom, mas desliza um pouco quando tenta promover uma espécie de redenção na vida do protagonista, o colocando como par romântico da irmã senegalesa de seu colega de quarto. Achei um romance sem química, forçado, que leva o roteiro por caminhos manjados. É um clichê que não precisava acontecer em um filme que ia até bem, trilhando um caminho mais realista.

Mundo Maravilhoso (Wonderful World, Estados Unidos, 2009) Direção: Joshua Goldin / Roteiro: Joshua Goldin / Elenco: Matthew Broderick, Sanaa Lathan, Michael Kenneth Williams, Philip Baker Hall / Sinopse:  Ben Singer (Matthew Broderick) é um artista frustrado e fracassado que tenta um novo caminho na vida. Só que isso não é fácil diante das derrotas que vai colecionando em seu dia a dia.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Tempo de Glória

A guerra civil americana foi uma das mais devastadoras da história daquele país. Mais americanos morreram nessa guerra do que na I e na II Guerra Mundial juntas. Como se cantava numa famosa canção da época,aquele era um conflito onde irmão matava irmão, sem perdão. “Tempo de Glória” é um dos melhores filmes que retrataram aquele momento histórico. Como se sabe, um dos motivos que levaram o Sul a se rebelar contra a federação americana foi a abolição da escravidão. Naquela época os Estados Unidos estavam divididos não apenas politicamente, mas ideologicamente também. Havia o norte urbano e industrial, baseado na mão de obra operária livre e o sul rural, atrasado, dependente das extensas plantações de algodão, onde imperava a mão de obra escrava negra. Quando a abolição da escravidão foi proclamada, o sul procurou romper com a federação para a formação de estados independentes, confederados, que tivessem a liberdade de continuar ou não unidos de acordo com seus interesses políticos. Com a recusa do norte em aceitar essa situação, a guerra explodiu. “Tempo de Glória” se passa durante a Guerra Civil e mostra um dos primeiros batalhões formados exclusivamente por soldados negros, comandados por oficiais brancos. É a história daqueles que lutavam não apenas pela União, mas também por sua própria liberdade. É um filme historicamente bastante correto e humano que merece ser revisto sempre que possível. Além disso traz uma história real que merece ser conhecida pelas novas gerações.

O elenco é surpreendentemente excepcional. Matthew Broderick abandona seus personagens adolescentes em comédias juvenis (como "Curtindo a vida adoidado") para viver o primeiro grande papel adulto de sua carreira. Aqui ele interpreta o Coronel Robert Gould Shaw, o comandante do primeiro regimento formado por homens negros na Guerra da Secessão. O curioso em sua personalidade é que Shaw se sente bastante confuso com a incumbência de liderar os negros, sem se definir se isso era uma grande honra ou um tipo de punição por algo que tenha desagradado seus superiores. Porém conforme a guerra avança, ele vai descobrindo o real valor de todos aqueles homens que eram tão bravos quanto os melhores soldados brancos. Percebe-se nitidamente sua luta interna contra seus próprios preconceitos. E o fato dele superar isso e crescer como ser humano é um dos grandes méritos desse roteiro.

Outro destaque de peso do elenco é a presença do sempre competente e talentoso Denzel Washington. Esse faz parte daquele seleto grupo de atores que conseguem passar uma dignidade acima da média. Basta adentrar o set para percebermos que ali está um homem de valor, acima de tudo. É isso é basicamente o que seu personagem pede dentro do roteiro. Seu trabalho foi devidamente reconhecido e ele foi premiado com o Oscar de melhor ator coadjuvante. Morgan Freeman é outro ator excepcional em cena. Só o fato de termos esses dois grandes talentos já justificaria a importância do filme em si. Dois grandes profissionais da arte de representar. No final a conclusão que chegamos sobre tudo o que aconteceu durante a Guerra Civil americana é a de que não se pode parar os progressos da humanidade. A roda da história gira para frente e esse movimento não pode ser detido. A escravidão era um absurdo dentro daquele momento histórico em que os Estados Unidos viviam e qualquer um que a defendesse seria derrotado. “Tempo de Glória” mostra esse aspecto excepcionalmente bem. Um filme histórico que entretém e ensina ao mesmo tempo. Simplesmente obrigatório a todos que queiram entender os mecanismos e os preconceitos de todos aqueles homens que lutaram dentro daquela terrível guerra.

Tempo de Glória (Glory, Estados Unidos, 1989) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Marshall Herskovitz, Kevin Jarre / Elenco: Matthew Broderick, Denzel Washington, Morgan Freeman, Cary Elwes, Cliff De Young, Jane Alexander./ Sinopse: "Tempo de Glória" conta a história real do 54º Regimento de Massachusets, o primeiro batalhão do exército americano formado apenas por soldados negros. Sob o comando do Coronel Robert Gould Shaw (Matthew Broderick) o regimento lutou na Guerra Civil americana. Filme premiado com o Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Denzel Washington), Melhor Direção de Fotografia (Freddie Francis) e Melhos Som (Donald O. Mitchell, Gregg Rudloff).

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Ao Pó Voltará

Título no Brasil: Ao Pó Voltará
Título Original: To Dust
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: King Bee Productions
Direção: Shawn Snyder
Roteiro: Jason Begue, Shawn Snyder
Elenco: Géza Röhrig, Matthew Broderick, Sammy Voit, Ben Hammer, Marceline Hugot, Larry Owens

Sinopse:
O judeu ortodoxo Shmuel (Géza Röhrig) fica arrasado com a morte de sua esposa. Sem encontrar respostas concretas em sua religião, ele decide procurar um professor universitário de ciências, o Dr. Albert (Matthew Broderick), que apos certa hesitação resolve lhe ajudar. Filme premiado no Tribeca Film Festival.

Comentários:
O que eu poderia dizer sobre esse filme? Bom, a minha primeira impressão é de que ele tem um enredo estranho, muito estranho... No começo o espectador pensa que o roteiro vai explorar a dualidade entre religião e ciência, com um diálogo entre um cientista e um judeu ortodoxo. O assunto seria a mortalidade, porém o filme muda e vai para um caminho bem surreal. O judeu fica obcecado com o processo de decomposição dos corpos humanos. E isso em seu momento de luto, pois acabou de perder sua esposa. O professor interpretado por Matthew Broderick tenta ajudar ele a entender o processo que acontece nos corpos após a morte, usando para isso... um porco morto! E quando você pensa que não vai haver mais espaço para bizarrices o enredo segue em frente, indo mais fundo na estranheza. A cena final é de um absurdo que vai deixar muita gente de cabelo em pé! Afinal era de se esperar de uma pessoa religiosa que ela se preocupasse com a alma da esposa falecida e não apenas com seu corpo dentro de uma cova. É aquele tipo de filme mais indicado para cinéfilos que estejam em busca de algo completamente fora do convencional, dos padrões. Algo que mescla humor negro com curiosidade mórbida em relação ao que acontece com o cadáver após a morte. Bizarrice em alto grau.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de março de 2019

A Lente do Amor

Título no Brasil: A Lente do Amor
Título Original: Addicted to Love
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Griffin Dunne
Roteiro: Robert Gordon
Elenco: Meg Ryan, Matthew Broderick, Kelly Preston, Nesbitt Blaisdell, Maureen Stapleton, Dominick Dunne
  
Sinopse:
Dois jovens desprezados e desiludidos no amor por seus respectivos ex-namorados resolvem se unir para se vingarem deles, bolando várias situações comprometedoras para suas ex-paixões. Um deles é um astrônomo disposto a tudo para se vingar daquela que partiu seu coração. A outra é uma garota que não consegue superar o fim de seu relacionamento. O destino porém ensinará a eles que esse definitivamente não é o caminho para esquecer uma experiência ruim no campo afetivo. 

Comentários:
Nas décadas de 80 e 90 a atriz Meg Ryan foi a namoradinha da América, estrelando vários filmes como esse, comédias românticas de grande sucesso de bilheteria. Curiosamente aqui ela foi dirigida pelo ator Griffin Dunne em sua estreia na direção. De modo em geral ele conseguiu realizar até um filme redondinho e bem feito, porém suas pretensões de ser uma espécie de Woody Allen da comédia romântica não se concretizaram. Na época em que esse filme foi lançado ele foi acusado, entre outras coisas, de ter um roteiro muito bizarro por se apoiar em situações de crueldade (emocional) contra os antigos amores dos protagonistas do filme. Isso se deve exatamente pelo fato deles procuraram por vingança por terem sido abandonados. Conforme a trama vai avançando as situações vão ficando mais pesadas e em algum momento o espectador acaba se perguntando se há realmente algo a rir daquele tipo de coisa. De qualquer modo o filme - embora um pouco envelhecido prematuramente nos dias de hoje - diverte. Ele tem um viés de humor negro que nem sempre combina, porém se você for um pouco menos exigente certamente vai ao menos dar algumas risadinhas amarelas das maldades armadas pela dupla central (que convenhamos não passam de dois mal amados)!.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Eleição

Título no Brasil: Eleição
Título Original: Election
Ano de Produção:1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Alexander Payne
Roteiro: Tom Perrotta, Alexander Payne
Elenco: Matthew Broderick, Reese Witherspoon, Chris Klein, Jessica Campbell, Mark Harelik, Phil Reeves

Sinopse:
A vida do professor Jim McAllister (Matthew Broderick) se torna bem complicada quando ele resolve organizar as eleições estudantis em uma escola de ensino médio (High School, nos Estados Unidos). Uma das candidatas, a aluna Tracy Flick (Reese Witherspoon), se torna obcecada em vencer, transformando a vida de Jim em um verdadeiro inferno, ao estilo escolar!

Comentários:
Gostei bastante desse filme juvenil que conta com um elenco muito bom, a começar pela presença de Matthew Broderick. Na década anterior ele ficou conhecido por estrelar "Curtindo a Vida Adoidado", considerado por muitos como o melhor de seu estilo. Aqui ele volta para a escola, mas não como aluno que mata aulas, mas sim como um jovem professor que precisa lidar com a maluquinha aluna interpretada por Reese Witherspoon. Poucas vezes a vi em um papel tão adequado, já que Reese tem esse tipo mesmo, a de ser obcecada em vencer de qualquer jeito. Na própria carreira de atriz em Hollywood ela é bem conhecida por ter esse tipo de personalidade. Ainda bem jovenzinha, ela já demonstrava ter um talento diferenciado. Então tudo caiu como uma luva. O filme é bem produzido, dirigido e roteirizado e conseguiu para surpresa geral arrancar uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor roteiro Adaptado. Quem diria que uma comédia juvenil iria tão longe, em uma categoria tão nobre da Academia? Pois é... Foi algo bem surpreendente mesmo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ladyhawke - O Feitiço de Áquila

Um casal de amantes acaba sofrendo uma maldição que os impede de se encontrar pois ambos viram animais selvagens em momentos diferentes do dia. Para quebrar o feitiço agora eles contam com a colaboração de Gaston (Matthew Broderick), um jovem acostumado a aplicar pequenos e grandes golpes por onde passa. Na década de 1980 tivemos uma safra de filmes ótima entre os anos de 1985 e 1986. Se tiver dúvidas procure por qualquer lista de produções lançadas nesses dois anos. Você certamente ficará surpreso com a quantidade de bons filmes lançados nessas duas temporadas. "O Feitiço de Áquila" também faz parte do que de melhor foi feito naqueles anos. Um misto muito bem realizado que combinava um enredo profundamente romântico com o clima de fábulas medievais. O enredo por si só já era muito bem escrito, mostrando a impossibilidade de duas pessoas que se amavam de se encontrar por causa de uma maldição que lhes havia sido imposta. Sob direção do excelente Richard Donner o elenco trazia três ótimos atores como protagonistas.

Poucas vezes Michelle Pfeiffer esteve tão bela como nessa produção. Jovem e com uma pele alva e delicada que só tornou sua personagem ainda mais enigmática, ela aqui encontrou um veículo perfeito para aquele momento em que vivia na carreira. Rutger Hauer havia brilhado em "Blade Runner" e estava em um momento de ascensão na carreira, algo que infelizmente não duraria muitos anos. Contrabalanceando o romantismo reinante entre esses dois atores, surgindo muitas vezes como alívio cômico o cast se completava com um jovem Matthew Broderick! Com todas as peças em seus lugares não é de se admirar portanto que o filme até hoje seja considerado um cult movie dos anos 1980. Romantismo à toda prova.

Ladyhawke - O Feitiço de Áquila (Ladyhawke, Estados Unidos, 1985) Direção: Richard Donner / Roteiro: Edward Khmara / Elenco: Matthew Broderick, Rutger Hauer, Michelle Pfeiffer / Sinopse: O filme conta a história de um amor medieval impossível de se concretizar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som e Melhores Efeitos Sonoros. Vencedor do Saturn Awards (da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films) nas categorias de Melhor Filme - Fantasia e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Godzilla (1998)

Título no Brasil: Godzilla
Título Original: Godzilla
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures, Columbia Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Dean Devlln, Roland Emmerich
Elenco: Matthew Broderick, Jean Reno, Maria Pitillo, Kevin Dunn

Sinopse:
O cientista Dr. Niko Tatopoulos (Matthew Broderick) precisa lidar com uma nova criatura radioativa completamente desconhecida da ciência até então. Uma espécie de dinossauro monstruoso (muitas vezes maior e mais poderoso do que os dinossauros originais da pré-história) que ameaça a civilização humana. Filme vencedor da categoria de Melhores Efeitos Especiais da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films. Também indicado nas categorias de Melhor Filme - Fantasia e Melhor Direção.

Comentários:
Definitivamente não dá mais para encarar os filmes assinados por Roland Emmerich. Ele faz parte de uma escola (formada ainda por Michael Bay e James Cameron) onde tudo o que parece importar são efeitos especiais de última geração. Não há preocupação em desenvolver nenhum personagem e nem elaborar um roteiro mais decente. Tudo bem que no caso de Godzilla o que se esperava mesmo é ver o gigante monstruoso colocando abaixo uma cidade inteira de papelão, mas convenhamos que por se tratar de um filme americano com orçamento generoso era de se esperar um pouco mais. Outro aspecto complicado de entender é esse elenco. Tanto Matthew Broderick como Jean Reno são atores que precisam de bom material para apresentar um melhor trabalho. Não que eles sejam ruins para um filme como esse, na verdade é justamente o contrário, são bons demais para um script tão raso como o que vemos aqui. Assim o que sobra são apenas os efeitos digitais e nesse aspecto temos que dar o braço a torcer e elogiar. Aliás não apenas as cenas recriadas em computador, mas também os efeitos sonoros, são de fato realmente excelentes. Quando Godzilla adentra a cidade, destruindo prédios inteiros com apenas o rastro de sua cauda ficamos com aquela sensação de que, bem, o dinheiro que pagamos pela entrada de cinema não foi totalmente jogado fora. Mesmo assim por ser uma releitura americana do famoso monstro era de se esperar mais, muito mais. Do jeito que está temos apenas uma primeira e mal sucedida tentativa de trazer a criatura japonesa para os cinemas ocidentais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Projeto Secreto - Macacos

Título no Brasil: Projeto Secreto - Macacos
Título Original: Project X
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jonathan Kaplan
Roteiro: Lawrence Lasker, Stanley Weiser
Elenco: Matthew Broderick, Helen Hunt, William Sadler

Sinopse:
Jimmy Garrett (Matthew Broderick) é um jovem designado para cuidar de um grupo de chimpanzés que são utilizados em um programa militar secreto denominado "Project X". Sua convivência com os animais acaba criando um vínculo emocional com eles. Não demora muito e Garrett começa a pensar em uma maneira de os tirar de lá.

Comentários:
Recentemente no Brasil um grupo de ativistas pela causa dos direitos dos animais invadiu um laboratório de testes e salvou vários filhotes da raça Beagle. Esse fato, amplamente noticiado na imprensa, me lembrou imediatamente desse filme, "Projeto Secreto - Macacos". O enredo tem o mesmo objetivo, denunciar os abusos que são cometidos contra animais que são expostos a experimentos científicos. O personagem de Broderick é um sujeito que acaba se envolvendo justamente nesse tipo de situação, só que no seu caso a coisa é ainda mais barra pesada pois se trata de animais usados em testes de armas militares. Além do sempre carisma presente em Matthew Broderick, o filme ainda se destaca pela bela presença da atriz Helen Hunt e da direção segura de Jonathan Kaplan. Os animais do filme também são extremamente bem treinados, tornando a situação explorada pelo roteiro ainda mais comovente. Enfim deixo a dica caso você seja um ecologista ou não! Em ambos os casos a película certamente valerá a pena!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Jogos de Guerra

Título no Brasil: Jogos de Guerra
Título Original: WarGames
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Badham
Roteiro: Lawrence Lasker, Walter F. Parkes
Elenco: Matthew Broderick, Ally Sheedy, John Wood

Sinopse:
David (Matthew Broderick) é um jovem com muito talento para o mundo da informática que acaba descobrindo uma maneira de entrar no computador central do sistema de segurança do governo americano. Uma vez lá, ele percebe que se quiser poderá até mesmo dar origem a uma guerra nuclear entre União Soviética e Estados Unidos. Filme indicado aos Oscars de Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia e Melhor Som.

Comentários:
Um clássico da guerra fria. Assim de forma bem singela poderíamos definir esse "WarGames", um filme que captou como poucos o clima de paranóia que estava no ar durante os anos do governo Reagan. Por décadas o mundo viveu o temor de presenciar uma guerra nuclear entre as duas maiores potências militares da época. Agora imagine se tudo acontecesse por causa de um adolescente, que adentrasse o sistema de defesa, e começasse uma guerra real a partir da invasão dos computadores de alta segurança do Pentágono! Afinal de contas o mundo informatizado ainda dava pequenos passos nos anos 1980. Curiosamente o evento mostrado no filme, embora seja mera ficção, quase aconteceu de fato durante uma invasão ao mesmo sistema mostrado no filme. Isso aliado a um bom roteiro e a um clima muito bem recriado garante o interesse em "WarGames" mesmo nos dias de hoje. Foi o primeiro filme de repercussão de um ainda quase adolescente Matthew Broderick que, apesar da pouca idade, já dava sinais de que se tornaria um astro nos anos que viriam. Um bom resumo de uma época que já não existe mais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Os Produtores

Título no Brasil: Os Produtores
Título Original: The Producers
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Columbia Pictures
Direção: Susan Stroman
Roteiro: Mel Brooks, Thomas Meehan
Elenco: Nathan Lane, Matthew Broderick, Uma Thurman, Will Ferrell

Sinopse:
Depois de mais um fracasso nos palcos, um produtor de teatro, Max Bialystock (Nathan Lane), resolve armar um golpe ao lado de seu contador (interpretado por Broderick) para ganhar muito dinheiro com a grana dos investidores da peça. O golpe porém só dará certo se a peça fracassar completamente, mas para surpresa de todos o musical chamado "Primavera para Hitler" acaba se tornando um enorme sucesso de público! Filme Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Musical ou comédia, Melhor ator (Nathan Lane), Melhor Ator Coadjuvante (Will Ferrell) e Melhor Trilha Sonora Original.

Comentários:
Nem tudo o que dá certo na Broadway funciona no cinema. Tiro essa conclusão após assistir a esse "The Producers" que é considerado um dos maiores sucessos de público e crítica nos palcos de Nova Iorque. A adaptação para o cinema foi realizada por praticamente os mesmos responsáveis pela peça que estava em cartaz na mesma época em que o filme foi produzido mas o charme se foi... O que pode ter acontecido? Acredito que são linguagens que nem sempre se completam perfeitamente. Na Broadway provavelmente seja mesmo um arraso, as músicas, o roteiro com aquela doce farsa que funciona muito bem ao vivo mas nas telas a coisa toda ficou plastificada demais, sem vida, sem encanto. Certamente essa minha opinião vai ser considerada ácida por muitas pessoas que gostam de musicais e provavelmente tenham gostado do resultado dessa adaptação. Eu particularmente não curti. Da próxima vez tentarei ver nos palcos para ver se lá também ainda funciona.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Ladyhawke - O Feitiço de Áquila

Título no Brasil: Ladyhawke - O Feitiço de Áquila
Título Original: Ladyhawke
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Donner
Roteiro: Tom Mankiewicz, Edward Khmara, Michael Thomas
Elenco: Matthew Broderick, Rutger Hauer, Michelle Pfeiffer

Sinopse: 
Na Idade Média um casal que se ama vive o drama de estarem sempre juntos mas eternamente separados. Isabeau (Michelle Pfeiffer) é uma linda mulher, fruto do desejo de muitos homens, inclusive do Bispo de Áquila (John Wood). Ele a deseja ardentemente mas ela não o ama e sim um cavaleiro errante, Etienne Navarre (Rutger Hauer). Inconformado pela rejeição o Bispo então resolve lançar uma terrível maldição sobre o casal, de dia a bela Isabeau toma a forma de uma águia e de noite seu amado se transforma em um lobo, assim jamais conseguem se encontrar em sua forma humana. Para ajudar e tentar encontrar uma saída para a maldição os apaixonados começam a contar com a ajuda de Phillipe Gaston (Matthew Broderick), o único que conseguiu fugir das garras de Áquila!

Comentários:
Maravilhosa fantasia dos anos 80 que mexeu bastante com o coração dos mais românticos. "Ladyhawke" é até hoje considerado um dos melhores romances do cinema americano. Seu diferencial é que tudo se passa em um enredo de realismo fantástico muito bem escrito, cortesia do ótimo roteirista Tom Mankiewicz que já havia escrito alguns excelentes roteiros antes, entre eles os dos filmes "Superman- o Filme" e "Superman II" e de três aventuras de James Bond ("Os Diamantes São Eternos", "Viva e Deixe Morrer" e "007 Contra o Homem da Pistola de Ouro"). Some-se a isso a ótima fase pela qual vinha passando o excelente cineasta Richard Donner e você entenderá porque temos aqui uma fantasia oitentista que até hoje cativa e agrada ao público. O elenco é fantástico, com a linda (estava mais maravilhosa do que nunca) Michelle Pfeiffer e Matthew Broderick, sempre carismático. Rutger Hauer antes de decair na carreira também estava extremamente enigmático. Excelente direção de arte e reconstituição de época completam o quadro desse romance sui generis, especialmente recomendado para os apaixonados de plantão. Se é o seu caso não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Metido em Encrencas

Título no Brasil: Metido em Encrencas
Título Original: Biloxi Blues
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Matthew Broderick, Christopher Walken, Matt Mulhern

Sinopse: 
Eugene Morris Jerome (Matthew Broderick) é um jovem judeu de Nova Iorque que se alista no exército americano bem nas vésperas do fim da Segunda Guerra Mundial. Enviado para um centro de treinamento em Biloxi, no Mississippi, ele começa a anotar tudo o que acontece ao seu redor em seu diário pessoal, relatando experiências, impressões e pensamentos dos soldados e oficiais que fazem parte de seu pelotão.

Comentários:
Um dos melhores textos de Neil Simon ganha uma ótima adaptação para o cinema sob direção do não menos talentoso Mike Nichols, cineasta de outros excelentes filmes como por exemplo "A Difícil Arte de Amar" com Jack Nicholson, "A Primeira Noite de um Homem", pequeno clássico com Dustin Hoffman e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" que capturou em filme uma das mais inspiradas atuações de Liz Taylor. O tom aqui nesse "Biloxi Blues" é de nostalgia, saudade, pois o personagem principal Jerome (Broderick) vai ao longo do filme, em narrações, contando sua história na época em que serviu o exército americano. Na verdade o personagem nada mais é do que um alter ego do próprio Neil Simon que afirma que quase tudo do que se vê na tela aconteceu realmente de fato. Em termos de elenco, embora Broderick esteja como sempre muito bem, o destaque vai mesmo para Christopher Walken como um sargento de treinamento com ares de psicopatia. Sua cena final ao lado de Broderick, quando ele armado coloca o recruta numa situação mais do que delicada, já vale o filme inteiro. Assim fica a recomendação desse excelente drama militar. Esqueça o péssimo título nacional e assista sem receios.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um Natal Brilhante

Título no Brasil: Um Natal Brilhante
Título Original: Deck the Halls
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Whitesell
Roteiro: Matt Corman, Chris Ord
Elenco: Matthew Broderick, Danny DeVito, Kristin Chenoweth

Sinopse: 
Steve Finch (Matthew Broderick) é louco pelo natal. Na verdade essa é a época do ano mais feliz em sua vida e ele não faz a menor questão de esconder isso, tanto que cultiva uma infinidade de tradições natalinas, alguma bem absurdas. Seu fanatismo do natal é tamanho que ele chega até mesmo a incomodar sua família. Seu otimismo porém começa a ser abalada quando um novo vizinho se muda para a casa ao lado. Buddy Hall (Danny DeVito) é o extremo oposto de Steve. Não demora muito para que ambos entrem numa rivalidade sem limites, uma rixa completamente maluca.

Comentários:
Já que é natal vamos falar sobre alguns filmes natalinos, em especial os que serão exibidos amanhã pela Rede Globo em uma maratona que vai pela madrugada adentro com três filmes cujo tema não poderia ser outro, a festa de natal. "Um Natal Brilhante" é o primeiro deles. Se trata de uma comédia de costumes, um subgênero divertido que sempre rende bons momentos no cinema. A intenção é de sempre satirizar o chamado American Way of Life, com seus maridos suburbanos meio idiotizados, seus filhos disfuncionais e suas esposas no fundo bem frustradas sobre tudo. É um tipo de humor que nasce das pequenas banalidades da vida. Esse aqui porém é dos mais leves, coisa bem família mesmo, sem qualquer tipo de ousadia maior com o americano médio que sempre é o alvo preferido desse tipo de fita. O destaque vai para o bom elenco onde se merecem citar as boas atuações de Matthew Broderick e Danny DeVito, ambos muito bem em seus respectivos papéis, o de um pai meio abobalhado e o de um sujeito baixinho e invocado. Vale a espiada depois da ceia e da Missa do Galo.

Pablo Aluísio.