Outro grande clássico da filmografia do diretor Frank Capra. Ao lado de "A Felicidade não se Compra" é considerada uma obra-prima do cineasta. Lançado em plena grande depressão trazia aquele tipo de otimismo que era bem característico nos filmes de Capra. A história mostra James Stewart (bem jovem) interpretando o filho único de um milionário de Wall Street. O pai quer ver o filho como novo presidente de seu grupo financeiro, mas o filho tem uma outra visão de mundo. Ele está apaixonado por uma moça muito carismática e bonita que trabalha como secretária. Claro que o preconceito social dos pais dele (principalmente de sua mãe) chega forte contra esse namoro. E as coisas só pioram quando eles conhecem a família da jovem. São pessoas completamente diferentes, que priorizam outros valores, que não ligam para dinheiro ou poder, mas apenas para sua felicidade.
Frank Capra passa inúmeras mensagens subliminares ao contar essa história que parece simples. É simples apenas no exterior, pois em sua essência passa mensagens importantes, como por exemplo, o valor da própria felicidade, a busca por algo que se gosta e não necessariamente por aquilo que vai lhe fazer rico e a rejeição da ganância como valor principal de uma vida. A família da jovem assim se contrapõe diretamente contra a família do personagem de James Stewart. Enquanto os seus pais são preconceituosos e gananciosos, a família dela é feita de pessoas que são felizes e isso é seguramente o mais importante. Em suma, um filme realmente muito bom que ajudou o povo norte-americano a passar pelas agruras e dificuldades da grande depressão naquele momento histórico terrível para os Estados Unidos.
Do Mundo Nada se Leva (You Can't Take It with You, Estados Unidos, 1938) Direção: Frank Capra / Roteiro: Robert Riskin, George S. Kaufman / Elenco: Jean Arthur, James Stewart, Lionel Barrymore / Sinopse: O amor entre o filho de um milionário de Wall Street e uma jovem secretária precisa superar o preconceito social que sofre o casal apaixonado. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme e melhor direção.
Pablo Aluísio.