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terça-feira, 12 de março de 2024

Caçada Humana

Caçada Humana
Existe críticos que classificam esse filme como um western. Bom, eu não concordaria com esse tipo de visão. Não é um filme passado nos séculos XVIII e XIX e nem conta uma história sobre a colonização do Oeste Selvagem. Na realidade é um filme passado nos anos 60, mostrando a ebulição social que ocorria dentro da sociedade norte-americana naquele período histórico. Marlon Brando está excelente como um xerife de uma pequena cidade do sul. O ator que sempre foi um liberal e um progressista de carteirinha, usou esse papel para de certa forma denunciar o racismo, a corrupção e até mesmo a mentalidade fascista de homens da lei que imperavam naquele momento. Brando usa seu papel para mostrar o tipo mais asqueroso possível. E nesse processo certamente sentiu um grande prazer em denunciar no cinema esse tipo de facínora fardado. 

Jane Fonda era jovem e linda quando realizou esse filme. Realmente ela estava na sua melhor forma, ainda colhendo os frutos de sua juventude. Já era, mesmo naquela idade, uma boa atriz, mas vamos convir que não conseguia fazer frente ao talento de Brando. Quando eles contracenam no filme isso fica bem claro. Brando parece uma força da natureza em sua atuação, já ela parece estar meio assustada e isso não era bem uma característica de sua personagem. Há claramente um desnível de atuação entre eles dois. O resto do elenco é excelente, contando inclusive com jovens atores que iriam virar astros em Hollywood como o próprio Robert Redford! Enfim, esse pode ser considerado um dos bons filmes de Brando naquela fase em que sua carreira estava em baixa em termos de bilheteria. Não fez o sucesso esperado e nem conseguiu dar um alívio para Brando no aspecto puramente comercial, mas é sem dúvida um grande filme de sua carreira. 

Caçada Humana (The Chase, Estados Unidos, 1966) Direção: Arthur Penn / Roteiro: Arthur Penn, Horton Foote / Elenco: Marlon Brando, Jane Fonda, Robert Redford, Angie Dickinson, Robert Duvall, James Fox, Jocelyn Brando / Sinopse: Numa pequena cidade sulista dos Estados Unidos, um xerife violento e brutal caça um fugitivo da justiça. E essa caçada se torna a maior de suas obsessões pessoais. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Cicatrizes D'Alma

Cicatrizes D'Alma
O que você faria se a jovem e bela esposa de um grande amigo se apaixonasse por você? Teria um caso com ela, mesmo sabendo que sua esposa, envelhecida e traumatizada por um grave acidente, seria deixada de lado? E o respeito conjugal? Esse filme dos anos 60 investe principalmente nessa questão, nesse dilema ético envolvendo dois casais. Os maridos são amigos de longa data, mas a esposa de um deles quer o outro, quer pular a cerca, afinal como se diz no ditado popular a grama do vizinho é sempre mais verde e mais bonita. E as coisas pioram ainda mais quando os dois potenciais adúlteros partem para uma viagem na romântica e ensolarada Grécia, das muitas ilhas paradisíacas. 

Esse filme foi rodado ainda no começo da carreira da atriz Jane Fonda. Ela era bem jovem e... linda! Curiosamente surpreendeu aos produtores quando apareceu no primeiro dia de filmagem com os cabelos pintados de preto e em corte mais conservador. Logo ela, que tinha cristalizado sua imagem como a loírissma diva espacial Barbarella! Foi uma forma de, ainda bem moça, tentar ser levada mais à sério em sua carreira. O filme, de qualquer forma, não agradou muito a crítica da época. Foi taxado de moralista e até mesmo babaca. Quem diria que Hanói Jane iria se envolver em algo assim logo nos seus primeiros dias de Hollywood...

Cicatrizes D'Alma (In the Cool of the Day, Estados Unidos, 1963) Direção: Robert Stevens / Roteiro: Meade Roberts, Susan Ertz / Elenco: Peter Finch, Jane Fonda, Angela Lansbury / Sinopse: Homem mais velho, já coroa, se apaixona pela esposa jovem e gata de um de seus melhores amigos, mesmo sendo ele casado há muitos anos com uma mulher com vários problemas emocionais. 

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de julho de 2023

Klute, O Passado Condena

Klute, O Passado Condena
Nesse filme uma bela e jovem Jane Fonda interpreta uma prostituta de Nova Iorque. Ela foi para a grande cidade em busca de trabalho como modelo ou atriz. Só que os testes nem sempre deram certo e o grande número de jovens mulheres como ela, com os mesmos sonhos, torna tudo muito mais complicado. A saída para sobreviver foi então se tornar uma garota de programa de luxo atendendo homens velhos, ricos e solitários. E tudo corria com uma certa normalidade até que um de seus clientes desaparece sem deixar vestígios. Um engenheiro da Pensilvânia que vai para Nova Iorque e desaparece do mapa. A polícia não tem respostas para o caso. Os familiares então contratam um detetive, John Klute (Donald Sutherland), para investigar. Descobre que o desaparecido gostava de contratar prostitutas. Mas as coisas se complicam ainda mais quando algumas delas são encontradas assassinadas. O que estaria por trás desses crimes e desses eventos trágicos?

Temos aqui um bom filme da década de 1970. A direção foi do ótimo cineasta Alan J. Pakula. O elenco está todo ótimo. Jane Fonda, jovem e linda, com um penteado moderno, se destaca. O papai Henry Fonda não gostou muito de ver sua filha nesse papel, mas para ela era antes de tudo um grande desafio interpretar uma profissional do sexo. Conhecida por ser uma ativista de direitos humanos e uma progressista em suas opiniões políticas, ela encontrou um belo desafio nesse papel. Não cai na vulgaridade, mesmo em certos diálogos mais fortes e tem boa atuação nas cenas mais ousadas. E ela levou o Oscar por esse trabalho! Uma premiação que surpreendeu muita gente na época. De qualquer forma merece todos os elogios. O mesmo vale para o eterno esquisitão Donald Sutherland no papel do detetive meio estranho. Por fim Roy Scheider surge como um cafetão violento e explorador da personagem de Jane. Um trio de talento que sustentaria qualquer filme, vamos ser sinceros. Enfim, tudo em seus devidos lugares. Um filme que sem dúvida merece recomendação. Bom momento da filmografia de suspense policial dos anos 70. 

Klute, O Passado Condena (Klute, Estados Unidos, 1971) Direção: Alan J. Pakula / Roteiro: Andy Lewis, David E. Lewis / Elenco: Jane Fonda, Donald Sutherland, Roy Scheider, Charles Cioffi / Sinopse: Uma jovem prostituta de Nova Iorque vira alvo de investigação de um detetive particular após o desaparecimento de um de seus clientes. E a morte de outras profissionais do sexo levam a crer que há uma rede de crimes por trás de tudo. Filme premiado com o Oscar de melhor atriz (Jane Fonda). 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Pelos Bairros do Vício

Título no Brasil: Pelos Bairros do Vício
Título Original: Walk on the Wild Side
Ano de Produção: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: Famous Artists Productions
Direção: Edward Dmytryk
Roteiro: Nelson Algren
Elenco: Jane Fonda, Laurence Harvey, Capucine, Anne Baxter, Barbara Stanwyck, Joanna Moore, Richard Rust

Sinopse:
Na Doll House, um bordel de Nova Orleans dos anos 1930, Hallie é a principal atração tanto para os clientes quanto para Jo, a madame. Sua vida confortável, embora tediosa, é interrompida pela chegada à cidade de Dove Linkhorn, seu verdadeiro amor de três anos antes, que agora está procurando por ela.

Comentários:
Um dos primeiros filmes da carreira de uma jovem e bela Jane Fonda. O tema é espinhoso, mostrando a realidade de prostitutas de New Orleans. Elas procuram deixar seu passado para trás, mas o que fazer quando o passado vem atrás delas? O roteiro foi baseado em um romance chamado "Walk on the Wild Side". Embora o filme seja tecnicamente um drama romântico, há também espaço para um certo humor. Bem realizado, acabou sendo indicado ao Oscar na categoria de melhor música original, a bela "Walk on the Wild Side", escrita por Elmer Bernstein e Mack David. Em termos de elenco o destaque realmente vai para elas. As atrizes dominam da primeira à última cena. Além de Jane Fonda, o maior atrativo em meu ponto de vista, ainda há a talentosa veterana Barbara Stanwyck como a madame dona do bordel. Que grande talento tinha essa atriz! Enfim, vale a pena conhecer esse bom filme dos anos 60.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Barbarella

Para um jovem dos dias atuais esse filme vai parecer bem estranho, com visual kitsch. Porém é inegável que essa produção de Sci-Fi lisérgico e psicodélico dos anos 60 fez muito a cabeça daqueles garotos que a assistiram pela primeira vez. O curioso é que para gostar e entender completamente "Barbarella" deve-se olhar para o passado e não para o futuro onde supostamente seu enredo se passa. Isso porque tudo nesse filme nos remete aos anos 60 mesmo. Desde os figurinos, cabelos, o estilo do roteiro, etc. Como eu já escrevi essa ficção está mais para uma viagem de ácido lisérgico do que para uma viagem espacial em um futuro não determinado. Assim esses astronautas não fazem muito sentido, a não ser que estivessem em uma viagem de LSD.

E qual é a história que esse filme nos conta? A jovem e bela Barbarella enfrenta um vilão cósmico que deseja destruir o universo. Clichê total, não é mesmo? Ignore, assista ao filme com o olhar da contracultura dos anos 60 e entenda sua proposta. E, como não poderia deixar de ser, aprecie a beleza da atriz Jane Fonda, bem jovem, muito bonita, em suas roupas espaciais nada tecnológicas. Ela se destacou dentro daquela geração justamente por levantar bandeiras progressistas, o que causou enormes brigas com sua famoso pai, Henry Fonda. Então é isso, fica a dica dessa viagem espacial muito louca, tudo turbinado com a mentalidade psicodélica daqueles anos revolucionários.

Barbarella (Barbarella, França, Itália, 1968) Direção: Roger Vadim / Roteiro:  Jean-Claude Forest / Elenco: Jane Fonda, John Phillip Law, Anita Pallenberg / Sinopse: Barbarella (Jane Fonda), uma astronauta do século 41, sai para encontrar e deter o cientista malvado Durand Durand, cujo Raio Positrônico ameaça trazer o mal de volta à galáxia.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Raízes da Ambição

Através das lentes do diretor Alan J. Pakula, o drama, Raízes da Ambição (Comes a Horseman - 1978) conta a história da fazendeira Ella Connors (Jane Fonda) que em 1945 e com o fim da Segunda Guerra Mundial, tenta a qualquer custo defender suas terras do assédio do fazendeiro e pecuarista, Jacob Ewing, um sujeito pilantra, inescrupuloso e que fará de tudo para comprar todas as terras de Connors como forma de acertar contas com o passado que um dia envolveu os dois fazendeiros.

Sentindo-se muito sozinha e desprotegida diante de Ewing e seus capangas, Connors contrata Frank, um misto de cowboy e vaqueiro que chega à fazenda como seu ajudante. No entanto acabam se envolvendo amorosamente.

O excelente triunvirato dos "jotas" - Jane Fonda, Jason Robards e James Caan, funciona dentro de uma simbiose perfeita, tanto no poder da atração quanto na força e no ódio da repulsa. Fonda, no papel de uma linda e amargurada fazendeira; Robards no papel de um bandidão imoral e Caan como dublê de cowboy e amante. Juntos, em atuações extraordinárias,  pintam uma aquarela árida, dramática e cruel de um filme excelente.

Raízes da Ambição (Comes a Horseman, Estados Unidos, 1978) Direção: Alan J. Pakula / Roteiro:  Dennis Lynton Clark / Elenco: James Caan, Jane Fonda, Jason Robards, George Grizzard, Richard Farnsworth / Estúdio: United Artists / Sinopse: Ella Connors é uma mulher solteira que é pressionada a vender sua fazenda de gado falida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Richard Farnsworth).

Telmo Vilela.

domingo, 8 de março de 2020

A Manhã Seguinte

Título no Brasil: A Manhã Seguinte
Título Original: The Morning After
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Lorimar Productions
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: James Cresson
Elenco: Jane Fonda, Jeff Bridges, Raul Julia, Kathy Bates, Diane Salinger, Geoffrey Scott

Sinopse:
Alex Sternbergen (Jane Fonda) é uma atriz decadente e alcoólatra que certa manhã acorda ao lado de um homem desconhecido. Pior do que isso, ele está morto, foi assassinado. Quem o matou? E qual seria a ligação de Alex com o crime? Sua vida estaria em perigo? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Jane Fonda).

Comentários:
Thriller de suspense dos anos 80 que surpreende pelo bom roteiro. Poderia ser facilmente um projeto a ser dirigido por Brian De Palma que nessa época estava em plena forma. Só que o filme acabou sendo indicado para ser dirigido pelo estiloso Sidney Lumet. Ele trouxe um certo charme europeu ao filme, o que ajudou a construir todo o clima de suspense que o roteiro exigia. O elenco do filme é muito bom, com o melhor que havia dentro da indústria cinematográfica da época. Jane Fonda, por exemplo, dispensa maiores apresentações. Ela estava muito popular nos anos 80 por causa de seus vídeos de ginástica. Essas fitas VHS vendiam milhões de cópias e a atriz, que já era muito famosa desde os anos 60, se tornou uma mulher mais rica do que já era. Ela foi indicada ao Oscar por esse papel, algo que foi muito bem-vindo porque ela estava mesmo procurando melhorar nesse aspecto em seus filmes. Jeff Bridges, sempre eficiente, contava ainda com um elenco coadjuvante de primeira linha, com nomes como Raul Julia e Kathy Bates. O roteiro só derrapava um pouco no final, já que a conclusão da história não chegou a agradar a todos. De minha parte não vi problema. Esse é certamente um dos bons filmes desse estilo na década de 1980. Vale a pena assistir.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Stanley & Iris

Título no Brasil: Stanley & Iris
Título Original: Stanley & Iris
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Martin Ritt
Roteiro: Harriet Frank Jr, baseado no romance de Pat Barker
Elenco: Jane Fonda, Robert De Niro, Swoosie Kurtz, Martha Plimpton, Harley Cross, Jamey Sheridan

Sinopse:
Iris King (Jane Fonda) é uma víúva que após a morte do marido decide levar a vida em frente, o que não é fácil pois ela tem muitos problemas financeiros. Stanley Cox (Robert De Niro) é o cozinheiro iletrado que se aproxima dela nesse momento complicado de sua vida, nascendo daí um relacionamento muito especial.

Comentários:
Antes de trabalhar em um dos maiores filmes de sua carreira (Os Bons Companheiros), o ator Robert De Niro aceitou o convite para atuar nesse filme bem mais leve e romântico chamado "Stanley & Iris". O roteiro não era grande coisa, mas De Niro não resistiu à possibilidade de atuar ao lado de Jane Fonda, uma atriz que ele sempre admirou, além de ter ideias políticas bem próximas das dele. Isso em uma época em que De Niro procurava ser bem discreto em termos de política (algo que hoje em dia ele passa longe de ser). O filme tem uma fotografia meio opaca, típica de filmes românticos da época em que foi lançado. Ao meu ver esse visual ficou absurdamente datado com o passar dos anos. Dizem que foi uma exigência da própria Jane Fonda para esconder as marcas do tempo em seu rosto. Ela certamente não queria parecer velha em uma tela de cinema. Em termos comerciais o filme teve uma bilheteria bem modesta. Chegou a ser lançado no mercado brasileiro, a ser exibido em nossos cinemas, mas em poucas salas pelo país. A crítica recebeu o filme friamente, embora tenha mantido o respeito por causa do elenco. Provavelmente se fossem outros atores as críticas teriam sido mais duras. De qualquer forma considero o filme bem convencional. Vale por ver Fonda e De Niro atuando juntos e nada muito além disso.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Cavaleiro Elétrico

“Cavaleiro Elétrico” conta a estória do cowboy de rodeios Sonny Steele (Robert Redford). Envelhecido e entregue ao alcoolismo o velho campeão vive agora uma rotina de desilusão e falta de esperanças. Contratado por uma agência de publicidade ele se limita a fazer aparições em eventos e shows apenas para promover a marca que lhe paga seu salário. De Cowboy e campeão passa a condição de um mero garoto-propaganda! Obviamente que tudo isso acaba mexendo com sua cabeça. Longe das competições e da glória só lhe resta agora viver do passado em um presente inglório e sem perspectivas. Seu destino porém muda quando ele fica indignado pelo tratamento dado a um cavalo puro sangue de 12 milhões de dólares. O animal é sistematicamente drogado e espancado para agir de acordo com o que exige o show. Procurando por redenção decide então jogar tudo para o alto com o objetivo de libertar o cavalo e o devolver para a natureza selvagem. Seu plano é levar o cavalo para os campos sem fim do estado americano de Utah! E não é complicado entender a razão. O animal de certa forma acaba se tornando seu próprio espelho, pois o velho cowboy também não suporta mais aquela rotina massacrante dos rodeios falsos de Las Vegas, da roupas espalhafatosas e ridículas e do circo que se cria ao seu redor.

Como se pode perceber o filme é uma homenagem ao espírito e estilo de vida dos cowboys americanos (os verdadeiros, não os falsos do mundo do entretenimento). O personagem interpretado por Robert Redford demonstra muito bem isso. Ele simplesmente não agüenta mais viver em um mundo completamente falso que tenta imitar de forma patética a figura mitológica do cowboy real. Vestindo um figurino absurdo e desconfortável (uma das roupas chega a ser toda enfeitada com luzinhas de natal), ele chega ao seu limite. Após dar um basta em tudo ganha o campo aberto, a natureza, ao lado do cavalo que ele deseja devolver para a liberdade em seu meio natural.

Obviamente por se tratar de um animal tão valioso ele logo se torna um procurado da justiça e da lei. Robert Redford encarna com perfeição o chamado “homem de Marlboro”. Ao seu lado também em estado de graça surge Jane Fonda, que vive uma jornalista que fica completamente intrigada pela estória toda de Sonny e o cavalo Rising Star. No fundo “Cavaleiro Elétrico” trata sobre o valor da liberdade e da impossibilidade de sermos o que não somos. Um argumento muito sensível e verdadeiro que merece ser redescoberto pelas novas gerações de cinéfilos.

Cavaleiro Elétrico (The Electric Horseman, EUA, 1979) Direção: Sydney Pollack / Roteiro: Robert Garland, Paul Gaer / Elenco: Robert Redford, Jane Fonda, Valerie Perrine, Willie Nelson, John Saxon / Sinopse: Velho cowboy (Robert Redford) sobrevive como garoto-propaganda em eventos de Las Vegas até decidir libertar um cavalo puro sangue. Perseguido pela polícia e autoridades ele ganha o campo aberto ao lado de uma jornalista (Jane Fonda) para libertar o animal.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Agnes de Deus

Título no Brasil: Agnes de Deus
Título Original: Agnes of God
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Norman Jewison
Roteiro: John Pielmeier
Elenco: Jane Fonda, Anne Bancroft, Meg Tilly, Anne Pitoniak, Winston Rekert, Guy Hoffmann

Sinopse:
Quando um recém-nascido é encontrado morto, envolto em lençóis ensangüentados, no quarto de uma jovem noviça, a psiquiatra Martha Livingston (Jane Fonda) é chamada para determinar o que teria acontecido dentro do convento. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Anne Bancroft), Atriz Coadjuvante (Meg Tilly) e Melhor Música incidental (Georges Delerue).

Comentários:
Um excelente filme que apesar de ter sido indicado ao Oscar e ter colecionado indicações em outros prêmios importantes na época, pouco chamou atenção do público em geral. Realmente a produção foi considerada um dos fracassos comerciais de 1985. Não importa. O que é relevante chamar a atenção é que o diretor Norman Jewison conseguiu realizar um filme muito bom, com ótimo desenvolvimento do enredo, tudo embalado em um clima de suspense que chega a causar mal estar no espectador. O roteiro também discute, mesmo que de forma sutil, sobre certos dogmas que imperam entre o clero católico e a forma que isso influencia na mente das pessoas envolvidas. Jane Fonda, como sempre, se destaca. Ela sempre teve um ativismo político bem forte em sua vida pessoal e quando isso possível também levava temas interessantes para serem discutidos nos filmes em que atuou. Esse "Agnes de Deus" é bem representativo nesse aspecto. Um filme que discute temas importantes, mesmo que de forma apenas subliminar.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Dívida de Sangue

Título no Brasil: Dívida de Sangue
Título Original: Cat Ballou
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Elliot Silverstein
Roteiro: Walter Newman, Frank Pierson
Elenco: Jane Fonda, Lee Marvin, Michael Callan, Nat 'King' Cole
  
Sinopse:
A jovem e educada Catherine Ballou (Jane Fonda) retorna para sua cidade natal, Wolf City, após longos anos estudando fora. Seu pai, um pequeno fazendeiro da região, anda ameaçado por bandidos e pistoleiros. Após sua morte ela decide reunir um grupo para se vingar de seu assassinato. Contrata o famoso pistoleiro Kid Shelleen (Lee Marvin), mas logo descobre que ele não faz jus ao seu nome e nem à sua fama, pois passa os seus dias completamente embriagado, mal se sustentando na sela de seu cavalo. Desesperada, Catherine resolve então  assumir a identidade de Cat Ballou, a musa e rainha dos Foras-da-Lei. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Lee Marvin). Também indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Música e Melhor Canção Original ("The Ballad of Cat Ballou" de autoria de Jerry Livingston e Mack David). 

Comentários:
Passa longe de ser um western convencional. Se trata na realidade de uma comédia musical muito divertida que procura brincar com todo o bom humor com os clichês dos filmes de faroeste. O enredo pode ser descrito até mesmo como cartunesco ou uma peça de teatro bufa. Há inclusive elementos bem teatrais em seu desenvolvimento, como os dois cantores (ou seriam menestréis?) que vão contando a divertida história da pistoleira e fora da lei Cat Ballou. É claro que o espectador não deve levar nada, mas absolutamente nada mesmo, à sério, pois tudo se desenvolve nesse divertido tom de farsa meio maluca. Em termos de elenco temos dois destaques absolutos. O primeiro, como não poderia deixar de ser, vem da preciosa presença da maravilhosa e linda Jane Fonda. Ainda bem jovem, ela demonstra ter um timing incrível para o humor. Sua personagem começa como uma jovem inocente, recém saída de uma escola para moças de fino trato. De volta à fazenda do pai, um sujeito tosco e rude, ela precisa mudar sua forma de ser, principalmente depois que entende que ele anda ameaçado por pessoas inescrupulosas que desejam tomar suas terras. Depois da morte de seu querido pai, não há outra maneira a não ser cair no mundo do crime, assaltando um trem com um belo carregamento de ouro para o pagamento de trabalhadores da estrada de ferro. Jane, na flor da idade, era belíssima. Seu pai, o grande Henry Fonda, provavelmente teve orgulho dessa sua atuação. 

O outro grande ponto de destaque desse elenco vem com o fantástico Lee Marvin. O ator, que se notabilizou pelos personagens maus e vilões em filmes de western, deixou a vaidade pessoal de lado a abraçou a comédia escrachada com um brilhantismo digno de aplausos. Ele interpreta dois pistoleiros. Um é o vilão, um sujeito mal encarado e sempre disposto a matar, desde que lhe paguem bem. Todo vestido com um figurino negro, lembra os antigos personagens de Marvin nos filmes de Randolph Scott. O outro é uma lenda das publicações baratas, Shelleen Kid. Se nos pequenos panfletos (que eram bem populares na época) ele surgia como um herói sem máculas, na vida real não passava de um  alcoólatra, caindo pelos cantos, implorando por mais uma dose de whisky barato. Lee Marvin transformou seu papel em um pateta e está muito divertido em sua caracterização, a ponto inclusive de ter sido premiado com o Oscar por sua atuação, em um reconhecimento mais do que merecido. Por fim e não menos importante é bom ressaltar a presença da lenda da música americana Nat 'King' Cole, intercalando o divertido enredo com seu talento maravilhoso, cantando as músicas do filme. Em suma, uma comédia divertida, bem humorada, para se assistir com extrema leveza. Se você gosta de faroestes e não se importa que transformem alguns clichês do gênero em uma piada engraçada, certamente vai gostar do resultado. O importante é relaxar e se divertir o máximo possível.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de março de 2015

Descalços no Parque

Título no Brasil: Descalços no Parque
Título Original: Barefoot in the Park
Ano de Produção: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Gene Saks
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Robert Redford, Jane Fonda, Charles Boyer, Mildred Natwick 
  
Sinopse:
Um jovem casal recém-casado se muda para um pequeno e frio apartamento em Nova Iorque. Ele, Paul Bratter (Robert Redford), é um advogado em começo de carreira, conservador e presunçoso. Ela, Corie Bratter (Jane Fonda), acaba sendo o extremo oposto dele, uma jovem com ideias liberais, espírito livre e independente, que gosta de fazer tudo o que lhe traga prazer e aventura. Mesmo sendo tão diferentes vão morar juntos nesse prédio localizado no Washington Square Park, onde aprenderão a viver a dura rotina de um casamento. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Mildred Natwick). Também indicado ao Bafta Awards na categoria de Melhor Atriz (Jane Fonda).

Comentários:
Baseado numa peça teatral escrita pelo ótimo Neil Simon, "Barefoot in the Park" é um clássico romântico que se desenvolve na rotina desse casal que, aos poucos, vai descobrindo as delícias e torturas de se viver sob um mesmo teto. Além de possuírem personalidades conflitantes (a ponto inclusive de pararmos para perguntar como se apaixonaram!), eles precisam contornar os pequenos problemas do dia a dia, a rotina maçante e enervante de ter que conviver no cotidiano. Costuma-se dizer que nada é mais eficaz para se destruir um relacionamento e uma paixão do que o próprio casamento! Ironias à parte, o que vale mesmo aqui é a ótima atuação tanto de Robert Redford como de Jane Fonda (interpretando uma personagem que diga-se de passagem é quase uma caricatura de si mesmo, de sua vida real). Ambos estavam jovens e adoráveis e a excelente química deles funciona perfeitamente bem. Só não recomendo o filme para pessoas que não gostam muito de tramas passadas quase que inteiramente dentro de ambientes fechados, com muitos diálogos e jeitão de peça de teatro. O filme é bem isso, por essa razão se esse não for o seu tipo de filme é melhor esquecer. Não que se trate de algo chato, pelo contrário, o humor de Neil Simon alivia bastante esse aspecto, mas o estilo teatral realmente se impõe em vários momentos. No mais, para quem gosta de boas atuações e bom cinema, "Descalços no Parque" é uma ótima pedida para se assistir a dois, mesmo que isso acabe dando margem para intermináveis discussões sobre seu próprio relacionamento amoroso depois com sua companheira.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sete Dias Sem Fim

Título no Brasil: Sete Dias Sem Fim
Título Original: This Is Where I Leave You
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Jonathan Tropper
Elenco: Jason Bateman, Tina Fey, Jane Fonda, Rose Byrne, Timothy Olyphant, Connie Britton

Sinopse:
Judd Altman (Jason Bateman) acredita estar vivendo um dos momentos mais felizes de sua vida. Ele trabalha no que gosta, numa estação de rádio de sucesso, e tem um casamento feliz e duradouro. E é justamente no dia de aniversário de seu matrimônio que ele decide chegar mais cedo em seu apartamento para fazer uma surpresa para sua querida esposa. O que ele encontra porém é sua própria mulher transando com seu chefe do trabalho! De repente tudo o que ele considerava perfeito em sua vida desmorona em questão de segundos. Como se isso não fosse horrível o suficiente, seu pai morre e ele tem que lidar novamente com sua família formada por pessoas bem complicadas de se conviver. 

Comentários:
O roteiro de "Sete Dias Sem Fim" se baseia em grande parte numa antiga tradição da religião judaica em que a família de um ente querido recentemente falecido precisa guardar sete dias de luto, onde todos os seus familiares devem conviver sob um mesmo teto durante esse período de tempo. Na teoria seria uma forma de relembrar os bons momentos do passado e entrar em reflexão sobre a própria existência e sua aproximação com Deus em uma hora triste, de perda. Nem precisa dizer que a família Altman do filme é bem disfuncional e que essa convivência por uma semana irá despertar não um sentimento religioso e reflexivo, mas velhas histórias e traumas entre todos os familiares, como aliás acontece com todas as famílias do mundo, diga-se de passagem. O roteiro é muito bom, desenvolvendo todos os personagens da melhor maneira possível. Assim temos a matriarca interpretada por Jane Fonda. Ela é uma mulher bem resolvida que inclusive se revela mais liberal do que seus próprios filhos. Depois da morte do marido resolve assumir um aspecto escondido de sua vida pessoal que vai causar imensa surpresa em todos. Tina Fey também se destaca como a irmã que não consegue ser muito feliz em seu casamento pois o tempo deixou marcas de indiferença em seu relacionamento com o marido. 

De uma forma ou outra o roteiro se concentra mesmo na vida conturbada de Judd Altman (Jason Bateman). Ele é aquele típico cara que nunca teve coragem de assumir algum risco maior em sua vida, andando sempre na linha, pensando que agindo assim teria controle absoluto sobre ela. Quando seu casamento desmorona e ele fica desempregado da noite para o dia, acaba reencontrado por acaso com Penny Moore (Rose Byrne) que ele conhece desde a juventude. Ela sempre foi apaixonada perdidamente por ele, dando razão ao velho ditado que afirma ser inesquecível o primeiro amor de nossas vidas. Agora que Judd está à beira do divórcio ela pensa ter chegado finalmente sua grande chance de realizar aquele romance que ela idealizou por tantos anos. A trilha sonora da aproximação de ambos acaba sendo, imagine você, um velho sucesso da cantora Cyndi Lauper! (os saudosistas dos anos 80 vão sentir um aperto no peito!). Enfim, um bom drama, com pequenas nuances de humor negro que vai levar muita gente a pensar sobre a vida. Até porque o Maine não é tão distante como muitos pensam! (Quem assistir entenderá do que estamos escrevendo).

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de agosto de 2014

A Síndrome da China

Título no Brasil: A Síndrome da China
Título Original: The China Syndrome
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: James Bridges
Roteiro: Mike Gray, T.S. Cook
Elenco: Jane Fonda, Jack Lemmon, Michael Douglas

Sinopse:
Durante uma reportagem investigativa a jornalista Kimberly Wells (Jane Fonda) e seu cinegrafista Richard Adams (Michael Douglas) descobrem uma série de falhas de segurança numa usina nuclear. Jack Godell (Jack Lemmon), um engenheiro da usina, decide colaborar com eles para mostrar os riscos que todos correm por causa dos inúmeros problemas na usina. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Jack Lemmon), Melhor Atriz Coadjuvante (Jane Fonda), Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte. Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Ator (Jack Lemmon) e Melhor Atriz (Jane Fonda).

Comentários:
Hoje em dia a carreira de Michael Douglas está resumida em comediazinhas bobas que tentam fazer graça de sua idade. Pois bem, o tempo cobra seu preço. Em nada lembra o jovem ator engajado politicamente do começo de sua carreira, não apenas como intérprete mas também como produtor. Nos anos 1970 ele ainda estava tentando sair da sombra de seu pai, o grande Kirk Douglas, e procurava por um caminho próprio. Para sua sorte caiu em suas mãos o script de "The China Syndrome", um texto que denunciava os perigos da energia nuclear e a falta de cuidado que existia dentro das inúmeras usinas nucleares espalhadas pelo território americano. Ele achou ótimo aquele texto e resolveu ele próprio produzir o filme. Por uma ironia do destino poucas semanas antes da produção ser lançada nos cinemas ocorreu um desastre real numa usina americana, o que trouxe uma publicidade extra para a película que logo se transformaria em um sucesso de público e crítica. Além de Douglas ainda temos a presença de dois nomes de expressão na história do cinema no elenco, Jane Fonda (a liberal que sempre procurava por temas intrigantes no campo político) e Jack Lemmon (que surge em um papel atípico, bem longe de suas comédias sofisticadas). Assim deixamos a dica dessa produção que causou grande impacto em seu lançamento mas que hoje em dia anda pouco lembrada, infelizmente.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A Sogra

Título no Brasil: A Sogra
Título Original: Monster-in-Law
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Robert Luketic
Roteiro: Anya Kochoff
Elenco: Jennifer Lopez, Michael Vartan, Jane Fonda

Sinopse:
Tudo o que Charlotte 'Charlie' Cantilini (Jennifer Lopez) deseja é encontrar o amor de sua vida, se casar e ser feliz. E ela parece ter encontrado o cara ideal, o Dr. Kevin Fields (Michael Vartan), o sonho de toda mulher como ela. O problema é que nem tudo é perfeito na vida, e sua futura sogra, Viola Fields (Jane Fonda) será um osso duro de roer! Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria de Pior Atriz (Jennifer Lopez).

Comentários:
Até os grandes mitos do cinema precisam fazer alguma bobagem durante sua carreira, principalmente depois que a idade chega e os convites vão ficando cada vez mais raros. Esse poderia ser o caso de Jane Fonda mas milionária como ela é (fruto de seus casamentos e uma série bem sucedida de fitas de ginástica), fica complicado entender porque aceitou participar de uma comédia romântica tão banal como essa! Talvez o ego fale mais alto e ela queira mostrar para Hollywood que ainda consegue atrair bilheteria ou talvez seja apenas uma fuga ao tédio de se viver sem fazer nada, quem sabe! O que podemos saber porém é que esse filme é dos mais banais, sem maiores atrativos, uma bobagem moderna que não encanta, não empolga e se rende aos piores clichês e preconceitos pois acaba transformando a figura da sogra em uma verdadeira megera, uma bruxa sem vassouras (ok, existem sogras intoleráveis, mas nem todas são assim e generalizações são sempre condenáveis). Assim tudo o que sobra para o cinéfilo, amante da sétima arte, é ver uma figura tão marcante como Fonda afundar ao lado de gente medíocre como Jennifer Lopez em um filme que todo mundo já esqueceu!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Raízes da Ambição

Título no Brasil: Raízes da Ambição
Título Original: Comes a Horseman
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: Dennis Lynton Clark
Elenco: James Caan, Jane Fonda, Jason Robards, George Grizzard,  Mark Harmon

Sinopse:
Na década de 40 uma jovem fazendeira, Ella (Jane Fonda), tenta se defender de fazendeiros inescrupulosos que tencionam tomar suas terras. Como proteção contrata um cowboy (James Caan) que acaba conquistando seu coração.

Comentários:
Através das lentes do diretor Alan J. Pakula, o drama, Raízes da Ambição (Comes a Horseman - 1978) conta a história da fazendeira Ella Connors (Jane Fonda) que em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, tenta a qualquer custo defender suas terras do assédio do fazendeiro e pecuarista, Jacob Ewing (Jason Robards). Um sujeito pilantra e inescrupuloso que fará de tudo comprar todas as terras de Connors como forma de acertar contas com o passado que um dia envolveu os dois fazendeiros. Sentindo-se muito sozinha e desprotegida diante de Ewing e seus capangas, Connors contrata Frank (James Caan) um misto de cowboy e vaqueiro que chega à fazenda como seu ajudante. No entanto acabam se envolvendo amorosamente. O excelente triunvirato dos "jotas" - Jane Fonda, Jason Robards e James Caan, funciona dentro de uma simbiose praticamente perfeita. Tanto no poder da atração quanto na força e no ódio da repulsa. Fonda, no papel de uma linda e amargurada fazendeira. Robards no papel de um bandidão imoral e Caan como dublê de cowboy e amante. Juntos, os três, em atuações extraordinárias, pintam uma aquarela ressequida, árida, dramática e cruel de um ótimo filme.

Telmo Vilela Jr.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O Mordomo da Casa Branca

Título no Brasil: O Mordomo da Casa Branca
Título Original: The Butler
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Follow Through Productions
Direção: Lee Daniels
Roteiro: Danny Strong, Wil Haygood
Elenco: Forest Whitaker, Oprah Winfrey, John Cusack, Mariah Carey, Vanessa Redgrave, Cuba Gooding Jr, James Marsden, Alan Rickman, Jane Fonda

Sinopse: 
Baseado em fatos reais o filme conta a história de Cecil Gaines (Forest Whitaker), pobre e negro, nascido em um dos estados sulistas mais racistas dos Estados Unidos. Após testemunhar seu pai ser morto por um branco que não sofreu qualquer condenação por esse assassinato, ele começa a aprender uma nova profissão, a de serviçal na fazenda rural onde mora. Conforme os anos passam ele começa a melhorar de vida, inclusive trabalhando em grandes hotéis, até ser admitido para ser mordomo na Casa Branca, exercendo essa função por mais de 30 anos.

Comentários:
Filme que tem causado grande repercussão nos Estados Unidos. Não é para menos já que conta a história do homem que vê sua vida passando, servindo como mordomo da Casa Branca, ao mesmo tempo em que vai testemunhando as mudanças sociais pelas quais passa a sociedade americana. Ele chega na Casa Branca durante a presidência de Dwight D. Eisenhower, ainda nos anos 1950, e só se aposenta durante os anos presidenciais do republicano Ronald Reagan. O roteiro é extremamente bem escrito e mostra nos dois filhos de Cecil o destino de muitos jovens negros daquela época. Um deles se torna ativista, entra para os Panteras Negras e começa a lutar pelos direitos civis dos negros. O outro resolve ir por um caminho diferente e se torna soldado do exército americano durante a Guerra do Vietnã. Com isso a família de Cecil acaba sendo um alegoria do que foi toda a história dos negros americanos durante aqueles anos turbulentos.

Conforme a imprensa dos EUA revelou recentemente alguns eventos mostrados no filme são meramente ficcionais mas isso em nada diminui a ótima qualidade cinematográfica desse "O Mordomo da Casa Branca". Em termos de elenco o espectador encontrará uma galeria de estrelas mas como não poderia ser diferente quem rouba todas as atenções é mesmo o ator Forest Whitaker no papel principal. Ele tem uma atuação magistral mostrando o mordomo Cecil desde sua juventude até seus dias de velhice e aposentadoria. A apresentadora de TV Oprah Winfrey interpreta sua esposa e se saí muito bem. Embora não sejam parecidos fisicamente com os personagens que interpretam os atores John Cusack (Nixon), James Marsden (Kennedy) e Alan Rickman (Reagan) conseguem trazer para o filme a essência dos presidentes que interpretam. A direção também é muito bem realizada, procurando nunca cair na pieguice mas sem perder a emoção em nenhum momento. Enfim, grande filme, bela mensagem e uma forma muito didática e agradável de contar parte da história americana do século XX. Seja você ativista ou não, assista, pois é uma excelente obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Raízes da Ambição

Através das lentes do diretor Alan J. Pakula, o drama, Raízes da Ambição (Comes a Horseman - 1978) conta a história da fazendeira Ella Connors (Jane Fonda) que em 1945 e com o fim da Segunda Guerra Mundial, tenta a qualquer custo defender suas terras do assédio do fazendeiro e pecuarista, Jacob Ewing, um sujeito pilantra, inescrupuloso e que fará de tudo para comprar todas as terras de Connors como forma de acertar contas com o passado que um dia envolveu os dois fazendeiros. Sentindo-se muito sozinha e desprotegida diante de Ewing e seus capangas, Connors contrata Frank, um misto de cowboy e vaqueiro que chega à fazenda como seu ajudante. No entanto acabam se envolvendo amorosamente.

O excelente triunvirato dos "jotas" - Jane Fonda, Jason Robards e James Caan, funciona dentro de uma simbiose perfeita, tanto no poder da atração quanto na força e no ódio da repulsa. Fonda, no papel de uma linda e amargurada fazendeira; Robards no papel de um bandidão imoral e Caan como dublê de cowboy e amante. Juntos, em atuações extraordinárias,  pintam uma aquarela árida, dramática e cruel de um filme excelente.

Raízes da Ambição (Comes a Horseman, Estados Unidos, 1978) Direção: Alan J. Pakula / Roteiro:  Dennis Lynton Clark / Elenco: James Caan, Jane Fonda, Jason Robards, George Grizzard, Richard Farnsworth / Estúdio: United Artists / Sinopse: Ella Connors é uma mulher solteira que é pressionada a vender sua fazenda de gado falida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Richard Farnsworth).

Telmo Vilela.

sábado, 14 de abril de 2007

Até os Fortes Vacilam

Título no Brasil: Até os Fortes Vacilam
Título Original: Tall Story
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joshua Logan
Roteiro: Julius J. Epstein, Howard Lindsay
Elenco: Anthony Perkins, Jane Fonda, Ray Walston, Marc Connelly, Anne Jackson, Murray Hamilton

Sinopse:
Ray Blent (Anthony Perkins) é um desportista da liga universitária que só tem um desejo em sua vida: se formar e se tornar um bom jogador de basquete. Seus planos mudam quando entra em cena June Ryder (Jane Fonda), também estudante como ele. Esperta e manipuladora, ela acaba se envolvendo numa maneira peculiar de ganhar uma bela bolada de forma rápido e fácil, levando Ray a entrar num esquema de subornos envolvendo manipulação de jogos em casas de apostas. Sua escolha porém trará consequências imprevisíveis para todos os envolvidos.

Comentários:
Um curioso filme dirigido pelo veterano cineasta Joshua Logan que contou em seu elenco com um bom time de atores liderados pela casal Anthony Perkins e Jane Fonda. Curiosamente "Tall Story" foi lançado no mesmo ano do grande filme da carreira de Perkins, o clássico absoluto do mestre do suspense Alfred Hitchcock, "Psicose". Os personagens são até levemente parecidos; claro que o universitário interpretado por Perkins aqui não é um psicopata mas ele surge tão tímido e inseguro como o clássico Norman Bates. Ao contrário do título nacional o Ray Blent de Anthony Perkins não é um forte mas sim um fraco, um sujeito que sucumbe à beleza de uma bonita garota, entrando em um esquema enrolado de corrupção esportiva. Já Jane Fonda está linda em cena, bem jovem e esbanjando carisma. Esse foi seu primeiro filme, arranjado pelo pai, Henry Fonda, que inicialmente não queria que ela seguisse a carreira de atriz mas que depois viu que nada poderia fazer contra sua vontade. Já que não tinha como mudar seu ponto de vista o jeito foi ajudar. Sua estréia é das mais simpáticas, embora o enredo seja levemente bobinho.

Pablo Aluísio.