terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Guardiões da Galáxia

Título no Brasil: Guardiões da Galáxia
Título Original: Guardians of the Galaxy
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios, Columbia Pictures
Direção: James Gunn
Roteiro: James Gunn, Nicole Perlman
Elenco: Chris Pratt, Vin Diesel, Bradley Cooper, Josh Brolin, Glenn Close, John C. Reilly

Sinopse:
Um grupo formado por seres de diversos planetas da galáxia se une contra o terrível Ronan (Lee Pace) que está em busca de uma poderosa partícula que fez parte da origem do universo. Adaptação para o cinema dos personagem criados em quadrinhos por Stan Lee. Filme indicado aos prêmios Annie Awards e Black Reel Awards.

Comentários:
Não achei tão excepcional como muitos diziam. Na verdade temos aqui uma adaptação correta dos quadrinhos e nada muito além disso. É fato que de uma forma ou outra está ocorrendo uma certa saturação em filmes adaptados de HQs, então quando o espectador se depara com um filme que seja pelo menos bem realizado, tentando ser o mais fiel possível ao material original, se cria um certo exagero em relação aos méritos cinematográficos do mesmo. O roteiro é bem centrado, porém não foge muito da velha fórmula de heróis tentando salvar o mundo (no caso aqui a galáxia). Para a Marvel sem dúvida é um excelente investimento já que esses personagens não são tão populares do público em geral como um Homem-Aranha ou um Thor. Na verdade esse grupo de estranhos seres só é mais conhecido mesmo dentro do universo dos fãs de quadrinhos. A sorte para os roteiristas do filme é que Stan Lee (sempre ele, o maior criador de heróis da Marvel), deu personalidades marcantes para todos os membros do grupo. 

Peter Quill (Chris Pratt) é o único terráqueo da trupe. Sequestrado quando ainda garoto em plenos anos 80, logo após a morte de sua mãe, ele passa seus dias enfrentando vilões enquanto ouve música oitentista em seu velho walkman (quem se lembra dessa velharia?). Rocket Raccoon (Bradley Cooper) é um mercenário durão que tem um inegável talento com máquinas, porém como é apenas um guaxinim precisa de alguém com força bruta ao seu lado, função desempenhada por Groot, que mais parece uma árvore ambulante. Os vilões também são bacanas, com destaque para Ronan e Thanos (tão conhecido vilão do universo Marvel). O filme tem um excelente elenco, mas infelizmente a imensa maioria dos atores está desperdiçada. Josh Brolin, Glenn Close e John C. Reilly praticamente não servem para nada. Para ser bem sincero nem deveriam estar aqui. Fora isso muitos efeitos especiais e uma direção de arte que se não chega a ser brilhante pelo menos se mostra certeira. Pelas expectativas criadas fiquei com um leve sabor de decepção após o fim da exibição. De fato "Guardiões da Galáxia" é uma boa aventura, divertida, porém passa muito longe de ser uma obra prima.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Drácula 2000

Título no Brasil: Drácula 2000
Título Original: Dracula 2000
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Patrick Lussier
Roteiro: Joel Soisson, Patrick Lussier
Elenco: Gerard Butler, Justine Waddell, Jonny Lee Miller

Sinopse:
Um grupo de ladrões e saqueadores invade uma câmara há muito soterrada com a expectativa de encontrar pinturas valiosas, mas em vez disso eles liberam um vampiro secular, sedento por sangue humano depois de ficar séculos aprisionado. Livre, ele agora resolve partir para a cidade de Nova Orleans para encontrar a filha seu inimigo do passado, Mary Van Helsing. E agora, quem poderá parar a sede de vingança dessa milenar e sanguinária criatura da noite?

Comentários:
Havia uma comunidade no Orkut chamada "Drácula 2000 é um desrespeito!" que sempre achei muito criativa e divertida - e olha que contava com mais de dois mil membros! Criada no lançamento do filme mostrava bem do que esse filme se tratava. De fato é um desrespeito, tanto em relação aos fãs do famoso personagem como em relação ao próprio público espectador que pagava para assistir algo assim, tão sem qualidade. Infelizmente eu fui um dos que paguei para ver esse filme muito fraquinho que pegava carona no livro de Bram Stoker mas que ficava à léguas de distância de ter a mesma qualidade. Gerard Butler, quem diria, dá vida a um Drácula sem qualquer charme ou relevância. Idem para o grande ator Christopher Plummer encarnando um inexpressivo Abraham Van Helsing! Lamento por esses bons atores, afinal ter que depois justificar o fato de ter participado de algo tão obtuso não deve ser fácil. E pensar que Wes Craven emprestou seu nome e prestígio para divulgar isso! Em suma, esqueça! Você é fã do Drácula? Então procure por dezenas de outros filmes bem melhores do que esse! Não vá perder seu precioso tempo com esse equívoco!

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Premonição 2

Título no Brasil: Premonição 2
Título Original: Final Destination 2
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: David R. Ellis
Roteiro: J. Mackye Gruber (screenplay), Eric Bress
Elenco: A.J. Cook, Ali Larter, Tony Todd

Sinopse:
Kimberly Corman (A.J. Cook) sobrevive a um acidente de carro onde muitas pessoas morrem tragicamente. Mesmo com inúmeras dificuldades ela acaba salvando pessoas que estavam prestes a morrer. Ao interferir no caminho natural dos acontecimentos ela acaba, sem saber, a se envolver em campos misteriosos que a mente humana não compreende perfeitamente. Agora todos os que ela salvou deverão de uma forma ou outra encontrar seu fim.

Comentários:
Segundo filme da franquia Premonição que mantém a mesma estrutura de roteiro e argumento do primeiro filme. Da safra mais recente de séries de terror no cinema essa "Final Destination" tem se revelado das mais lucrativas, enchendo os bolsos dos executivos da New Line. Algumas soluções do roteiro são até bem boladas, embora outras soem extremamente forçadas e algumas até mesmo sem nexo. Curiosamente o filme não tem um vilão psicopata ou assassino que saia com facão nas mãos matando a galerinha jovem. Talvez esse seja o grande diferencial do filme. O vilão, se é assim que podemos chamar, é a própria morte, entidade que ganha traços de personalidade ao se ver contrariada em seu serviço de ceifar vidas. Quando a jovem Kimberly salva alguém de morrer e cumprir seu destino a própria morte arranja uma nova maneira de acabar com a vida dos que foram salvos por ela. Seria uma espécie de acerto de contas do destino. De uma forma ou outra, embora pareça uma ideia simples, a franquia acabou caindo no gosto dos fãs de terror a ponto inclusive de ter sido indicado ao Saturn Award como melhor filme de terror no ano de seu lançamento. Agora na TV você terá mais uma boa oportunidade para conferir se o filme merece mesmo todo esse sucesso de crítica e público.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Resident Evil 4 - Recomeço

Título no Brasil: Resident Evil 4 - Recomeço
Título Original: Resident Evil - Afterlife
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Constantin Film Produktion
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Paul W.S. Anderson
Elenco: Milla Jovovich, Ali Larter, Wentworth Miller

Sinopse:
O mundo está devastado. Um vírus se espalhou entre as populações das grandes cidades transformando todos em mortos-vivos. Alice (Milla Jovovic) segue em frente na sua luta por sua sobrevivência e pela cura da terrível infecção viral. A Corporação Umbrella continua com seus planos de dominação enquanto Alice parte rumo em direção a uma suposta comunidade de rebeldes numa Los Angeles em ruínas. Indicado ao People's Choice Awards na categoria "Melhor Filme de Terror".

Comentários:
Não adianta procurar muita lógica em franquias comerciais de sucesso e quando elas são do gênero Sci-fi a coisa fica ainda pior. Aconteceu com "Aliens" e "Sexta-Feira 13" e acontece agora com "Resident Evil". Quando você pensa que a estória acabou, que chegou ao fim, os produtores logo tiram da cartola um novo "recomeço"! Os filmes da série "Resident Evil" sempre foram extremamente lucrativos então é de se esperar que de tempos em tempos venham a aparecer novas continuações. Nenhuma novidade sobre isso. O que muda são os efeitos digitais (cada vez mais bem realizados tecnicamente) e as situações de ação. Esse ficou conhecido por causa do uso de câmeras especiais desenvolvidas por James Cameron e cia que dão mais profundidade nas cenas de lutas e quedas - fácil de perceber isso quando dois personagens caem em um túnel high-tech. A produção que custou 60 milhões de dólares também se destaca pela boa computação gráfica nas cenas com aviões antigos, ao estilo segunda guerra mundial. Na dúvida pode conferir sem receios.

Pablo Aluísio.

Psicose II

Título no Brasil: Psicose II
Título Original: Psycho II
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Richard Franklin
Roteiro: Tom Holland, Robert Bloch
Elenco: Anthony Perkins, Vera Miles, Meg Tilly

Sinopse:
Depois de ficar duas décadas numa instituição para doentes mentais violentos, Norman Bates (Anthony Perkins) finalmente ganha a liberdade. De volta às ruas ele retorna imediatamente para o Bates Motel, agora um lugar praticamente abandonado. Sua casa está praticamente em ruínas e os quartos do motel viraram ponto de venda de drogas e prostituição. Procurando por algum dinheiro para levantar novamente seu estabelecimento, Norman decide arranjar emprego em uma lanchonete. Após conhecer a garçonete Mary Loomis (Meg Tilly) ele começa a sentir que talvez seus fantasmas do passado não tenham ido embora como todos pensavam.

Comentários:
A continuação do famoso clássico de Alfred Hitchcock até que não decepciona. Claro que na época muitos reclamaram, afinal levar adiante uma história que parecia fechada soava como oportunismo barato. A questão é que nos anos 80 as sequências estavam na moda e os estúdios não deixariam passar a chance de faturar com um nome comercial tão forte como o de "Psicose". Anthony Perkins retornou para o papel que tanto o consagrou e isso foi o que de melhor poderia ter acontecido com essa produção. O roteiro não é tão violento como muitos esperavam e toma certas liberdades com o enredo original, dando explicações diferentes ou alternativas para o que acompanhamos no clássico de Hitchcock. Em uma década de filmes excessivamente violentos o novo Psicose também procurou ser mais sutil, sem utilizar dos banhos de sangue como o público da época estava acostumado. Longe de ser um "Sexta-Feira 13" da vida, "Psicose II" apostava mais na inteligência do espectador. O resultado é muito interessante, que se não chega aos pés do filme original pelo menos passa longe de decepcionar a quem estava curioso em ver como tudo se desenrolaria. Vale a pena ser conhecido certamente.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O Lobisomem

Título no Brasil: O Lobisomem
Título Original: The Wolfman
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Relativity Media
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Andrew Kevin Walker, David Self
Elenco: Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt

Sinopse:
A infância de Lawrence Talbot terminou na noite em que sua mãe morreu. Depois disso ele deixa a aldeia vitoriana de Blackmoor em direção ao futuro. Muitos anos depois retorna porque o corpo de seu irmão foi brutalmente assassinado e ele quer encontrar o verdadeiro assassino que fez aquela monstruosidade. Após algumas investigações descobre um terrível destino reservado para si mesmo. O fato é que alguém ou alguma coisa com uma força descomunal e insaciável sede de sangue está matando os aldeões. Um inspetor da Scotland Yard é então enviado para a região e descobre algo além da imaginação.

Comentários:
A intenção fica clara logo nos primeiros momentos. É uma tentativa de homenagear o clássico "O Lobisomem" da década de 1940. O enredo é praticamente o mesmo, só que melhor desenvolvido. Os personagens são os mesmos e clima do filme original foi recriado com as técnicas modernas. Não gosto de remakes mas esse filme sinceramente achei bem intencionado em seus propósitos. Some-se a isso a bela direção de arte (realmente de primeira classe) e um bom elenco e você terá no mínimo uma diversão honesta. Perceba que a maquiagem procurou resgatar o design do monstro mostrado no primeiro filme. Esse também é outro ponto positivo pois os realizadores poderiam muito bem partir para algo diferente, mais exagerado, um monstro digital, por exemplo. Ao invés disso optaram sabiamente por uma técnica mais analógica o que acabou trazendo mais realismo para as cenas dessa produção. Também gostei de todo o elenco, sem exceções. Benicio Del Toro tem o tipo ideal para seu papel, um sujeito de traços marcantes que esconde algo sinistro em sua vida pessoal. Anthony Hopkins também está ótimo, incorporando maneirismos que nos lembram sutilmente de feras selvagens e por fim temos Emily Blunt, muito bem equilibrada entre a beleza e a força de sua personagem. Dessa maneira "The Wolfman" é sem a menor sombra de dúvida uma ótima diversão, esqueça os críticos mal humorados e se divirta.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O Imperador

Título no Brasil: O Imperador
Título Original: Outcast
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, China, França
Estúdio: Notorious Films, Golden Village Pictures
Direção: Nick Powell
Roteiro: James Dormer
Elenco: Hayden Christensen, Nicolas Cage, Yifei Liu, Andy On
 
Sinopse:
Oriente Médio. Século XII. Jacob (Hayden Christensen) é um cavaleiro cristão lutando nas cruzadas que acaba se decepcionando com a causa. Desiludido e em crise de fé, ele decide ir embora para terras longínquas, indo parar no extremo oriente, na China. Lá acaba se viciando em ópio e entra numa disputa sucessória entre dois jovens príncipes após a morte do chefe do clã da região. Tentando manter todos salvos, Jacob acaba se envolvendo em inúmeras aventuras onde poderá contar apenas com sua habilidade com a espada.

Comentários:
Tentei muito gostar desse filme. O tema me chamou logo a atenção, numa aventura explorando cruzadas, disputas pelo trono no período medieval chinês e tudo mais. Não adiantou minha boa vontade porque realmente é uma fitinha muito fraca, derivativa e sem novidades. Os clichês obviamente estão por todos os lados e as cenas de ação dão sono, cheguei até mesmo a bocejar (um péssimo sinal). O resultado ruim só veio confirmar a maré baixa que atinge as carreiras de Hayden Christensen e Nicolas Cage. Em relação ao Christensen devo dizer que ele nunca me convenceu. Já o considerava medíocre na segunda trilogia de "Star Wars" e até hoje ele não conseguiu mudar minha opinião com suas atuações ridículas em filmes igualmente ruins. Para piorar seu personagem é chato até dizer chega. Na metade do tempo surge gemendo de dor e na outra se apresenta chapado de ópio! Como torcer por alguém assim? Já Cage segue seu purgatório cinematográfico. Se você (ainda) consegue gostar de seu trabalho depois de tantos abacaxis vai um aviso: sua participação no filme é mínima e insignificante. Ele surge apenas em momentos pontuais, declama meia dúzia de palavras e some de uma vez. Péssimo. No final "Outcast" não funciona como filme histórico e nem muito menos como película de ação. Lamento dizer, mas é de fato uma tremenda perda de tempo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Homens de Honra

Título no Brasil: Homens de Honra
Título Original: Men of Honor
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: George Tillman Jr.
Roteiro: Scott Marshall Smith
Elenco: Cuba Gooding Jr., Robert De Niro, Charlize Theron, Powers Boothe
 
Sinopse:
O enredo gira em torno da história de Carl Brashear (Cuba Gooding Jr), um marinheiro que está determinado a se tornar o primeiro negro a entrar no esquadrão de elite da Marinha americana, algo que será muito complicado de alcançar por causa do inegável racismo reinante entre os oficiais e demais companheiros de farda. Billy Sunday (Robert De Niro), seu instrutor, irá modificar até mesmo sua mentalidade  retrógrada diante da força de vontade de seu subordinado. Filme indicado ao Grammy Awards na categoria de Melhor Trilha Sonora incidental.

Comentários:
Considero um filme apenas razoável, com roteiro sem grandes novidades trazendo um claro e óbvio tom de ufanismo no que diz respeito aos valores sacrossantos do militarismo americano. Provavelmente o maior problema do filme provenha de seu elenco. Como se sabe o ator Cuba Gooding Jr venceu um Oscar muito cedo em sua carreira. Por essa razão todos esperavam muito por parte dele, mas sinceramente falando ele até hoje só deu mancada na escolha dos filmes que realizou. Nesse "Men of Honor" seus maiores defeitos ficam extremamente evidentes. O rapaz é esforçado, mas lhe falta talento mesmo. Em filmes mais leves, comédias ou fitas de ação, ele até segura bem a onda, porém quando é exigido em tramas mais densamente tramáticas a coisa toda desanda, ganhando ares de tragicomédia. Aqui isso fica muito claro. Quando seu personagem precisa enfrentar momentos dramáticos tudo o que Cuba consegue é fitar o horizonte tentando passar alguma profundidade ao espectador! Lamentável, até porque tudo se torna em vão pois a sensação de vazio é direta e óbvia demais para ignorar. Ele passa a impressão de que simplesmente não sabe o que fazer em cena. Para falar a verdade em determinadas momentos temos mesmo que segurar o riso por causa de seus limitadíssimos dotes dramáticos, uma vergonha! Robert De Niro poderia até mesmo salvar o filme no quesito atuação, mas seu personagem é muito coadjuvante para fazer alguma diferença. Nem a beleza da maravilhosa Charlize Theron escapa da mediocridade reinante. Assim o que sobra no final é uma mera patriotada com carência enorme de boas atuações.

Pablo Aluísio.

Um Segredo entre Nós

Título no Brasil: Um Segredo entre Nós
Título Original: Fireflies in the Garden
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Senator Entertainment Co
Direção: Dennis Lee
Roteiro: Robert Frost, Dennis Lee
Elenco: Ryan Reynolds, Willem Dafoe, Julia Roberts, Emily Watson, Carrie-Anne Moss, Hayden Panettiere

Sinopse:
Michael Taylor (Ryan Reynolds) é um escritor de romances que retorna para casa após um longo tempo para participar das festividades de graduação de sua irmã. Sua volta porém não será fácil, pois além das memórias de traumas passados (como o pai abusivo e uma mãe com problemas de relacionamento) ele ainda terá que lidar com uma morte dolorosa dentro de sua família, uma tragédia que precisa ser superada por todos. Filme indicado ao Young Artist Awards na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Chase Ellison).

Comentários:
Nem sempre há como realizar dramas sobre temas pesados de forma pueril ou superficial demais. Sou da opinião de que certos temas, principalmente relacionados à morte ou perda de pessoas queridas precisam ser enfrentados de frente, sem paliativos. O problema dessa produção foi que a atriz Julia Roberts impôs mudanças impertinentes e inoportunas no roteiro para que o filme não ficasse tão barra pesada. Nesse processo de estrelismo ela acabou mesmo foi destruindo as possibilidades de termos uma pequena obra prima em mãos. Esse aliás é o lado mais danoso de certas estrelas de Hollywood. Ao invés de se limitarem a atuar, se metem em aspectos cinematográficos que não entendem ou que simplesmente não possuem qualificações para se envolverem. A insuportabilidade do modo de ser de Julia Roberts já é bem conhecida pelos estúdios, mas aqui ela rompeu todos os limites do bom senso, estragando um roteiro que poderia render muito, muito mais. O resto do elenco também não melhora muito a situação. Ryan Reynolds não tem talento e a profundidade necessária para encarar um papel desses. Emily Watson parece perdida sem encontrar um bom termo com os demais membros do elenco. O único que escapa mesmo é o sempre correto Willem Dafoe que acaba sendo a única peça desse xadrez bagunçado que parece fazer algum sentido. Não é um filme ruim, mas sim equivocado por suas escolhas. De certa maneira o que temos aqui é realmente uma trama excelente que foi simplesmente desperdiçada. Mesmo assim, com um pouco de boa vontade, pode vir a funcionar em uma noite sem mais nada de interessante para fazer. Só não espere encontrar pela frente um filme maravilhoso, algo que ele definitivamente não é.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Assassinato em Primeiro Grau

Título no Brasil: Assassinato em Primeiro Grau
Título Original: Murder in the First
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Warner Bros
Direção: Marc Rocco
Roteiro: Dan Gordon
Elenco: Christian Slater, Kevin Bacon, Gary Oldman, William H. Macy

Sinopse:
Um adolescente de apenas 17 anos comete um pequeno roubo de uma quantia irrisória (apenas 5 dólares) mas acaba preso e condenado com uma pena pesada. Por ser indisciplinado acaba sendo levado para o "buraco", uma solitária por mais de 3 anos. Ao sair acaba demonstrando não estar bem mentalmente e acaba matando um outro preso. Agora um advogado corajoso tentará provar que os maus tratos que sofreu na prisão o enlouqueceram completamente. Filme indicado ao prêmio do Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Ator (Kevin Bacon).

Comentários:
Para quem gosta de filmes que lidam com temas mais sérios e relevantes esse "Murder in the First" é uma grande pedida. O roteiro é até simples, mas por trás dessa simplicidade se debatem aspectos importantes do sistema penal e prisional americano. Hoje em dia, com o eterno debate da maioridade penal no Brasil, o filme se torna ainda mais interessante. Até que ponto um sistema que puna um criminoso que comete um roubo de quantia irrisória é válido? E qual é a vantagem de um sistema penal que não consegue punir absolutamente ninguém como no caso Brasil? Na verdade se formos analisar friamente temos aqui uma situação de 8 ou 80. Após assistir a essa obra será impossível não parar para refletir sobre todas as nuances e detalhes dessa questão. No elenco temos um grupo maravilhoso de atores a começar pelo sempre correto e eficiente Gary Oldman. Kevin Bacon emplaca mais um bom personagem e finalmente William H. Macy praticamente quase rouba o filme dos demais. Fica assim a dica. A história de um sobrevivente de um sistema penal brutal.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Godzilla

Título no Brasil: Godzilla
Título Original: Godzilla
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Warner Bros., Legendary Pictures
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Max Borenstein, Dave Callaham
Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Bryan Cranston, Ken Watanabe
 
Sinopse:
Um acidente nuclear numa usina japonesa desencadeia uma série de eventos literalmente monstruosos quando uma estranha criatura desperta de seu sono milenar, alimentado pela radiação emitida pela explosão dos reatores. Agora a humanidade precisa lutar para sobreviver a um verdadeiro desastre de proporções épicas! Filme indicado aos prêmios da Teen Choice Awards, Golden Trailer Awards e World Soundtrack Awards.

Comentários:
Se há algo a elogiar nessa segunda tentativa de levar Godzilla para Hollywood foi a opção dos roteiristas em seguir os passos dos filmes originais do monstro no Japão. Assim temos não apenas uma criatura gigantesca destruindo as cidades, mas três deles, sendo dois formando um casal que deseja infestar o planeta com suas crias. Outro fato curioso é a forma como o próprio Godzilla é encarado, não como um destruidor de mundos, mas sim como uma resposta da natureza para manter seu equilíbrio. Isso porém não salva o filme de apresentar muitos problemas, sendo o pior deles justamente aquilo que todos esperavam ser o maior mérito da produção: seus efeitos especiais. As cenas em que Godzilla enfrenta os dois MUTOS são de certa forma bem decepcionantes. No meio de uma fotografia excessivamente escura pouco se vê da luta, atrapalhada ainda mais por um jogo exagerado de sombras e fumaças. De que adianta gastar 160 milhões de dólares em um filme de monstros se o espectador tem que fazer uma força incrível para ver os bichanos? Além disso o design dos inimigos de Godzilla é bem desengonçado e mal feito. O roteiro é dos mais simples e curiosamente o protagonista (interpretado pelo ator Aaron Taylor-Johnson) não faz a menor diferença dentro da trama. O único nome digno de nota no elenco é Bryan Cranston, mas o ator que realizou um maravilhoso trabalho no papel de Walter White na série "Breaking Bad" tem pouco a fazer a não ser se tornar um mero coadjuvante de luxo. Pior se sai Ken Watanabe que passa o filme inteiro com a mesma expressão facial (de boca aberta, espantado com o tamanho do Godzilla). Dessa maneira, com tantos problemas, não há outra conclusão a se chegar pois definitivamente não foi dessa vez que o mais famoso monstro Made in Japan conseguiu um filme à altura em Hollywood.

Pablo Aluísio.

Godzilla (1998)

Título no Brasil: Godzilla
Título Original: Godzilla
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures, Columbia Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Dean Devlln, Roland Emmerich
Elenco: Matthew Broderick, Jean Reno, Maria Pitillo, Kevin Dunn

Sinopse:
O cientista Dr. Niko Tatopoulos (Matthew Broderick) precisa lidar com uma nova criatura radioativa completamente desconhecida da ciência até então. Uma espécie de dinossauro monstruoso (muitas vezes maior e mais poderoso do que os dinossauros originais da pré-história) que ameaça a civilização humana. Filme vencedor da categoria de Melhores Efeitos Especiais da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films. Também indicado nas categorias de Melhor Filme - Fantasia e Melhor Direção.

Comentários:
Definitivamente não dá mais para encarar os filmes assinados por Roland Emmerich. Ele faz parte de uma escola (formada ainda por Michael Bay e James Cameron) onde tudo o que parece importar são efeitos especiais de última geração. Não há preocupação em desenvolver nenhum personagem e nem elaborar um roteiro mais decente. Tudo bem que no caso de Godzilla o que se esperava mesmo é ver o gigante monstruoso colocando abaixo uma cidade inteira de papelão, mas convenhamos que por se tratar de um filme americano com orçamento generoso era de se esperar um pouco mais. Outro aspecto complicado de entender é esse elenco. Tanto Matthew Broderick como Jean Reno são atores que precisam de bom material para apresentar um melhor trabalho. Não que eles sejam ruins para um filme como esse, na verdade é justamente o contrário, são bons demais para um script tão raso como o que vemos aqui. Assim o que sobra são apenas os efeitos digitais e nesse aspecto temos que dar o braço a torcer e elogiar. Aliás não apenas as cenas recriadas em computador, mas também os efeitos sonoros, são de fato realmente excelentes. Quando Godzilla adentra a cidade, destruindo prédios inteiros com apenas o rastro de sua cauda ficamos com aquela sensação de que, bem, o dinheiro que pagamos pela entrada de cinema não foi totalmente jogado fora. Mesmo assim por ser uma releitura americana do famoso monstro era de se esperar mais, muito mais. Do jeito que está temos apenas uma primeira e mal sucedida tentativa de trazer a criatura japonesa para os cinemas ocidentais.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Star Wars Episódio II - Ataque dos Clones (2002)

Título no Brasil: Star Wars Episódio II - Ataque dos Clones
Título Original: Star Wars Episode II - Attack of the Clones
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Lucasfilm, Twentieth Century Fox
Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas
Elenco: Hayden Christensen, Natalie Portman, Ewan McGregor, Christopher Lee, Samuel L. Jackson, Frank Oz, Rose Byrne

Sinopse:
Dez anos depois dos eventos do primeiro episódio, Anakin Skywalker (Hayden Christensen) compartilha um romance proibido com Padmé (Natalie Portman), enquanto Obi-Wan (Ewan McGregor) investiga uma tentativa de assassinato contra um importante senador, descobrindo a existência de um exército de clones. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Filme vencedor do Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Não chega a ser tão ruim como o episódio I, mas também não é nenhuma maravilha. Na verdade colocando as cartas na mesa temos que admitir que essa segunda trilogia "Star Wars" no cinema deixou bastante a desejar. Talvez as expectativas tenham chegado nas alturas ou talvez George Lucas tenha mesmo esquecido de escrever boas estórias se confiando apenas nas maravilhas da tecnologia digital. O que podemos afirmar com certeza é que esses novos filmes muitas vezes caíram na mais pura e simples bobagem. Até mesmo personagens cativantes e marcantes como o mestre Yoda perderam a graça. Se na trilogia original ele era um velhinho sábio e cheio de boas lições, aqui ele dá saltos e rodopios no ar enquanto enfrenta seus inimigos (em cenas que muitas vezes se tornam cômicas, tamanho o absurdo das situações sem noção). De bom mesmo apenas momentos proporcionados pelo elenco que de fato é muito bom. Curiosamente muitos atores se queixaram depois da falta de uma boa direção nesse quesito por parte de Lucas. Realmente ele nunca foi um bom diretor de atuação, preferindo se dedicar apenas na sala de montagem e efeitos especiais. Mesmo sendo um omisso no set o elenco conseguiu ainda arrancar alguns dos momentos realmente bons desse filme, com destaque para a bela Natalie Portman e do esforçado Ewan McGregor que conseguiu transformar seu Obi-Wan Kenobi em um personagem mais marcante do que da trilogia original. Péssimo mesmo apenas o medíocre Hayden Christensen como Anakin Skywalker. É de se admirar que com um ator tão fraco se conseguiu levar em frente essa série. De qualquer forma a saga "Star Wars" seguirá em frente breve, esperamos que com melhores resultados.

Pablo Aluísio.

Star Wars: Stormtrooper

Star Wars: Stormtrooper
Imagem icônica de um soldado imperial do universo "Star Wars". O design desse personagem foi criado pelo próprio George Lucas. Ele queria uma imagem funcional e ao mesmo tempo marcante, afinal "Guerra nas Estrelas" sempre teve como um dos seus principais méritos a criação de todo um universo próprio, com naves espaciais, soldados e criaturas dos mais diversos tipos e conceitos. 

Sobre o soldado ainda vale a pena citar algumas curiosidades. A primeira é que o próprio George Lucas chegou a vestir uma armadura dessas no primeiro filme. A ideia era economizar o custo no pagamento de extras. Outro aspecto interessante é que nos filmes seguintes, principalmente na segunda trilogia, houve uma inovações de design do Stormtrooper. Até que ficou legal, mas nada superar mesmo o prototipo do primeiro soldado. Também com a expansão do universo Star Wars outras categorias foram criadas. O soldado genérico da foto ficou fazendo parte de apenas algumas unidades do império, sendo que batedores, tropas especiais e oficiais apresentavam outro design. E na segunda trilogia eles foram meio que substituídos por clones que nos filmes eram exterminados facilmente, fazendo com que parecessem bem frágeis e descartáveis, o que fez com que na terceira trilogia os bons e velhos soldados brancos do império voltassem aos filmes do cinema. Melhor assim, os fãs obviamente agradeceram. 

Pablo Aluísio.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Assassinato nos Estados Unidos

Título no Brasil: Assassinato nos Estados Unidos
Título Original: Assassination
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group, Golan-Globus Productions
Direção: Peter R. Hunt
Roteiro: Richard Sale
Elenco: Charles Bronson, Jill Ireland, Stephen Elliott

Sinopse:
Jay Killion (Charles Bronson) é um agente do serviço secreto designado para proteger a integridade física da primeira dama dos Estados Unidos, Lara Royce (Jill Ireland). Inicialmente ela não se dá muito bem com os métodos rigorosos de Killion mas, após sofrer inúmeros atentados contra sua vida, começa a entender a importância de sua presença ao seu lado. Para Killion o que realmente importa é manter a primeira dama viva e cumprir sua missão.

Comentários:
Faleceu no último dia 8 de agosto o produtor e diretor israelense Menahem Golan (1929 - 2014). Os mais jovens certamente não sabem a importância dele no cinema de ação da indústria americana. Ele criou nos anos 80 uma companhia que se tornaria ícone dos fãs desse estilo de filme, a Cannon Group, que se notabilizou pelos filmes populares de ação que eram lançados em série. No total Golan produziu mais de 200 filmes e dirigiu 45 películas, números robustos que mostram sua importância para o gênero. Estamos sempre falando dele por aqui, já que muitas de suas produções são ícones para os amantes de uma boa fita de ação. Assim aproveitamos a oportunidade para relembrar de uma de suas parcerias mais interessantes, que se deu justamente com o ator Charles Bronson, que já estava na fase final de sua longa e produtiva carreira. Esse "Assassination" foi produzido justamente por Golan, e era mais uma fita estrelada por Bronson, que aqui surge ao lado de sua esposa, Jill Ireland. Uma produção que anda meio esquecida, mas que vale muito a pena rever por trazer todas as principais características dos filmes de ação dos anos 80, tudo embalada por um bom roteiro. Além disso conta com o carisma durão de Bronson, em mais um sucesso de bilheteria. Assim fica aqui nossa homenagem a Menahem Golan e a tudo que ele representou dentro do cinema americano dos anos 80.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Dez Minutos Para Morrer

Título no Brasil: Dez Minutos Para Morrer
Título Original: 10 to Midnight
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: William Roberts
Elenco: Charles Bronson, Lisa Eilbacher, Andrew Stevens

Sinopse:
Charles Bronson interpreta Leo Kessler, um detetive do departamento de polícia de Los Angeles que se depara com um caso incomum: a morte de dezenas de jovens mulheres em sua jurisdição. Ao que tudo indica se trata mesmo de uma sucessão de crimes cometidos por um novo serial killer atuando em sua região. A caçada policial será das mais complicadas de sua carreira.

Comentários:
Eu considero esse um dos filmes mais subestimados dos anos 1980. Lançado no Brasil pela Globo Vídeo em VHS, a fita era surpreendemente bem realizada. Esqueça os filmes de pura ação de Charles Bronson na Cannon, pois aqui temos um roteiro bem trabalhado, com uma trama de mistério que prende a atenção do começo ao fim, envolvendo um serial killer sedutor, especializado em matar mulheres desavisadas que caíam em sua lábia e charme. De fato o irregular cineasta J. Lee Thompson acabou realizando um de seus melhores trabalhos. Bronson está em seu tipo habitual, a do sujeito durão que precisa caçar um psicopata perigoso mas que consegue ao mesmo tempo trazer alguma complexidade psicológica maior ao seu personagem, o que reforça o que foi dito antes, a de que o grande mérito do filme vem mesmo de seu roteiro, muito bem escrito, que merece ser redescoberto não apenas pelos fãs em geral de filmes de ação e psicopatas mas também e principalmente pelos admiradores do trabalho do ator Charles Bronson, aqui em um dos melhores momentos de sua carreira no cinema.

Pablo Aluísio.

Desejo de Matar V

Título no Brasil: Desejo de Matar V
Título Original: Death Wish V - The Face of Death
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: 21st Century Film Corporation
Direção: Allan A. Goldstein
Roteiro: Brian Garfield, Michael Colleary
Elenco: Charles Bronson, Lesley-Anne Down, Michael Parks

Sinopse:
Paul Kersey (Charles Bronson) continua tentando levar sua vida em frente. Após um período calmo em Nova York ele acaba se envolvendo com a ex-mulher de um brutal mafioso local, Tommy O'Shea, que não se conforma em ver sua ex-esposa nos braços de outro homem. Assim ele arma uma emboscada para cima dela, algo que Kersey não deixará passar em branco.

Comentários:
Quando todos pensavam que a saga do justiceiro urbano Paul Kersey (Charles Bronson) havia chegado ao fim no quarto filme da franquia, eis que surge a quinta aventura do vingador!!! Incrível mas os roteiristas ainda conseguiram tirar leite dessa pedra. O envelhecido Charles Bronson já caminhava para o fim de sua carreira, mas ainda conseguiu justificar a existência do filme afirmando que havia sido realizado apenas para celebrar os vinte anos do lançamento do primeiro filme, que ele considerava um dos mais significativos de sua vida, pois o alçou a estrela principal de seus filmes - afinal Bronson foi por anos e anos mero coadjuvante em Hollywood antes dele finalmente se tornar o astro dos filmes em que trabalhava. "Death Wish V - The Face of Death" também marcou a despedida de Bronson dos cinemas. Ela ainda faria pequenas aparições em telefilmes (como "Family of Cops"), mas no cinema nunca mais voltaria a participar de nenhuma outra produção. Por essa razão resolveu se despedir com aquele personagem que havia moldado toda a sua persona nas telas. Infelizmente, verdade seja dita, "Desejo de Matar V" não é um grande filme. É repetitivo, banal e clichê. Mesmo assim como foi o canto de cisne de Bronson merece ao menos ser assistido uma vez na vida, como última despedida do ator da sétima arte.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Guerreiro Americano

Título no Brasil: Guerreiro Americano
Título Original: American Ninja
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: Sam Firstenberg
Roteiro: Paul De Mielche, Avi Kleinberger
Elenco: Michael Dudikoff, Steve James, Judie Aronson

Sinopse:
Depois de viver uma vida desagregada, um juiz dá uma opção para Joe T. Armstrong (Michael Dudikoff), onde ele terá que decidir se quer ir para a prisão ou para o alistamento militar. Assim ele acaba entrando no exército americano. Perito em artes marciais Joe finalmente encontra o campo ideal para mostrar toda sua arte e destreza.

Comentários:
A produtora Cannon fez a festa dos fãs de filmes de arte marciais nos anos 80. A dupla de produtores Golan-Globus apostou na realização de filmes baratos, que fossem dirigidos para um público bem popular. Embora o sucesso nos cinemas fosse desejado o que eles queriam mesmo era o êxito comercial no mercado de vídeo onde certamente encontrariam o seu público consumidor. E foi justamente isso que aconteceu. Por aqui muitos dos filmes da Cannon foram lançados pelo selo América Vídeo, em fitas com embalagens azuis bem chamativas que fizeram muito sucesso nas locadoras espalhadas pelo país. Esse "American Ninja" fez a festa de muita gente nos 80´s, revitalizando dentro do mercado americano os chamados filmes de Ninjas, assassinos profissionais que usavam de sua perícia em artes marciais para derrotar seus inimigos. Tudo feito de forma direta, sem firulas, indo direto na veia de quem gostava desse tipo de produção. Filmado nas Filipinas, para amenizar custos, a fita acabou gerando várias sequências depois. Prato cheio para os nostálgicos dessa época. 

Pablo Aluísio.

Contato Mortal

Título no Brasil: Contato Mortal
Título Original: Black Eagle
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Magus Productions
Direção: Eric Karson
Roteiro: Shimon Arama, Michael Gonzales
Elenco: Shô Kosugi, Jean-Claude Van Damme, Doran Clark

Sinopse:
Um agente da CIA é designado para resgatar um aparelho vital para o serviço secreto que estava em um avião militar que caiu nas águas do Mar Mediterrâneo. O problema é que os soviéticos também estão atrás do objeto que lhes será muito útil no mundo da espionagem internacional. Um duelo de artes marciais entre agentes decidirá com quem ficará o tal aparelho de espionagem.

Comentários:
Filme de artes marciais realizado bem no comecinho da carreira do ator Jean-Claude Van Damme, que na época sequer era um astro conhecido, mas apenas um bom lutador que aspirava uma chance no mundo do cinema. Aqui ele interpreta o vilão, um agente da KGB que vai lutar contra o protagonista - Shô Kosugi, lutador famoso no Japão - pela posse do tal objeto. No geral é um pequeno filme, de baixo orçamento (apenas três milhões de dólares, um pechincha no mundo do cinema americano) que serviu apenas para chamar atenção para Jean-Claude Van Damme, que começava ainda a despontar entre os fãs dos filmes de ação. Não espere nada além de boas coreografias de lutas, pois como cinema em si "Black Eagle" é bem fraco e irrelevante.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Dia dos Mortos

Título no Brasil: Dia dos Mortos
Título Original: Day of the Dead
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: United Film Distribution Company
Direção: George A. Romero
Roteiro: George A. Romero
Elenco: Lori Cardille, Terry Alexander, Joseph Pilato

Sinopse:
Um grupo de sobreviventes de um mundo dizimado por uma terrível praga que transforma a todos em zumbis se refugia em um subterrâneo, enquanto um cientista tenta desesperadamente descobrir uma cura para aquela estranha e desconhecida doença. Filme premiado na categoria Melhor Maquiagem no Saturn Award (Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films).

Comentários:
O grande mestre dos filmes de Zumbis foi mesmo o diretor George A. Romero. Na verdade o próprio gênero em si pode ser creditado a ele. Seu filme "A Noite dos Mortos-Vivos" de 1968 é considerado o grande clássico e o grande precursor desse tipo de filme de terror. De fato basta assistir a qualquer filme de Romero para entender que mesmo após tantos anos nada de novo ou original foi adicionado ao estilo. Na verdade ele é o grande original, praticamente o inventor dos filmes com mortos-vivos. Esse "Day of the Dead" já é uma produção de uma fase mais avançada de sua carreira. Lançado em meados dos anos 1980 o filme já conta com uma melhor produção, com mais e melhores efeitos especiais, alguns inclusive de primeira linha, embora o estilo cru tão típico dos filmes do cineasta ainda esteja lá. A premissa é conceitual, ou seja, segue de perto todos os roteiros de praticamente todos os filmes anteriores de Romero, o que para seus fãs não faz grande diferença já que era justamente isso que todos eles esperavam encontrar.

Pablo Aluísio.

O Solar Maldito

Título no Brasil: O Solar Maldito
Título Original: House of Usher
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Roger Corman
Roteiro: Richard Matheson
Elenco: Vincent Price, Mark Damon, Myrna Fahey

Sinopse:
Após uma longa viagem, Philip (Mark Damon) chega à mansão Usher em busca de sua amada, Madeline (Myrna Fahey). Ao chegar, no entanto, ele descobre que Madeline e seu irmão Roderick Usher (Vincent Price) foram atingidos por uma misteriosa doença: os sentidos de Roderick tornaram-se dolorosamente agudos, enquanto Madeline ficou catatônica. Naquela noite, Roderick diz a seu convidado de uma antiga maldição da família Usher: sempre que há mais de um filho Usher, todos os irmãos ficam enlouquecidos e sofrem mortes horríveis. À medida que os dias passam, os efeitos da maldição parecem se confirmar.

Comentários:
Para um fã do universo fantástico nada seria mais adequado, com um trio e tanto nos créditos. O roteiro foi baseado na obra do soturno Edgar Allan Poe, com direção de Roger Corman e liderando o elenco o cultuado Vincent Price! Só isso já seria motivo suficiente para assistir ao filme. Some-se a isso o nostálgico e muito charmoso clima vintage e você terá uma pequena obra prima em mãos. Price está novamente soberbo em sua caracterização típica, a do sujeito sinistro com gestos e figurino nobres. Para contracenar com ele o estúdio escalou o galã Mark Damon, nada talentoso, e a atriz Myrna Fahey cuja beleza me lembrou muito Elizabeth Taylor em seus anos de auge. A direção de arte também chama a atenção com suas enormes casas sinistras envoltas em eterna neblina e os cenários góticos. Até as catacumbas são bem feitas. O filme ganharia muito se fosse preto e branco, para combinar bem mais com o enredo macabro, mas mesmo colorido funciona muito bem. Um pequeno clássico de terror que não pode faltar em sua coleção.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Tubarão de Malibu

Título no Brasil: Tubarão de Malibu
Título Original: Malibu Shark Attack
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Insight Film Studios
Direção: David Lister
Roteiro: Keith Shaw
Elenco: Renee Bowen, Remi Broadway, Joel Amos Byrnes

Sinopse:
Após um tsunami seis tubarões pré-históricos são libertados e entram no oceano Pacífico, se dirigindo para a praia de Malibu, famoso point de verão da costa oeste dos Estados Unidos. Imensos e vorazes, eles logo começam a atacar os seres humanos que encontram pela frente! Apenas um pequeno grupo de salva-vidas corajosos se dispõe a enfrentar essa terrível ameaça mortal dos mares!

Comentários:
Mais um telefilme de tubarão para a tv a cabo. Esse aqui segue a linha absurda e tosca dos últimos filmes que estão sendo lançados. A questão é que com o avanço da computação gráfica e seu acesso mais fácil os produtores de filmes trashs acabaram encontrando a ferramenta ideal. Basta criar meia dúzia de cenas no computador, contratar um pequeno grupo de atores - todos desconhecidos - e pronto, está feito mais um filme com tubarões malvadões. Para não ficar tudo repetido eles vão mudando o design dos bichos. Aqui o estilo é totalmente caricato pois os tubarões possuem um visual de Frankestein dos mares, com dentes para fora, cegos e com jeito de devoradores vorazes. Mas não vá se animando, tudo é bem mal feito, nada animador. A única coisa boa vem do elenco, pois as duas atrizes são gatinhas, loirinhas de olhos azuis, que vão deixar a experiência de assistir esse abacaxi menos trágica.

Pablo Aluísio.

Vampiro das Estrelas

Título no Brasil: Vampiro das Estrelas
Título Original: Not of This Earth
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Miracle Pictures, Pacific Trust
Direção: Jim Wynorski
Roteiro: R.J. Robertson, Jim Wynorski
Elenco: Traci Lords, Arthur Roberts, Lenny Juliano

Sinopse:
Uma civilização extraterrestre precisa de sangue humano para seu planeta e por isso envia um de seus membros para roubar esse importante recurso natural dos humanos. Seus planos porém esbarram numa astuta enfermeira que fará de tudo para atrapalhar e e lutar contra a ameaça alienígena.

Comentários:
Trash por trash esse aqui se destaca por ser assumidamente péssimo. Pense bem, o diretor Jim Wynorski assinou coisas como "A Volta do Monstro do Pântano" e "O Devorador de Ossos", então filmes desse estilo são sua especialidade. Aqui ele se inspirou em outro clássico do gênero chamado "Emissário de Outro Mundo", de Roger Corman. O roteiro segue seus passos e é tão obtuso quanto o filme original. No elenco quem se destaca é Traci Lords, aquela garota que colocou o mercado adulto em pânico após estrelar uma série de filmes eróticos quando ainda era menor de idade. Muitos produtores foram presos por isso. Depois da confusão ela entrou para o cinema convencional, ou quase isso, estrelando pequenas produções Z como essa. Enfim, se você tiver curiosidade de assistir um trash feito nos anos 80 com jeitão de produção com marcianos dos anos 50, eis aqui está uma boa dica (ruim) para o fim de semana.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Love, Marilyn

Esse ótimo documentário "Love, Marilyn" está sendo exibido pela TV a cabo brasileira, no canal HBO. Eu indico por várias razões. Uma delas, a principal, é que toda a linha de diálogos foi escrita em cima de textos esparsos que Marilyn deixou em vida. Quem dá voz aos pensamentos mais íntimos da atriz são atores de ponta em Hollywood tais como Elizabeth Banks, Glenn Close, Ellen Burstyn e até Lindsay Lohan! Isso porém não é tudo. As opiniões de escritores, diretores e demais pessoas que conviveram com a atriz também surge em cena, interpretados por atores do naipe de um F. Murray Abraham, Ben Foster e Adrien Brody. Tudo de muito bom gosto e sofisticação.

A Marilyn Monroe que surge desses escritos revela uma personalidade complexa e dúbia. Ora escreve como uma garotinha inocente e assustada, ora como uma garota esperta, inteligente e astuta. Não me admira que seja assim. Pessoas que conviveram com Marilyn pessoalmente afirmam que isso era um traço muito claro de seu modo de ser. Ela poderia ir do choro ao ódio, da inocência completa à simulação, em questão de segundos. Além disso era capaz de passar a perna em sujeitos que eram ditos e considerados verdadeiros intelectuais, enquanto que ela, com sua imagem de "loira burra" se mostrava sagaz!

O que poucas pessoas sabem é que Marilyn na verdade não era apenas uma leitora voraz mas uma escritora também. Ela tinha sempre ao lado um caderninho ou uma agenda onde escrevia coisas que achava importantes, seja um lembrete sobre algo do dia a dia, seja uma frase inteligente que ouvira. Depois começou a criar o hábito de também escrever seus próprios pensamentos e é justamente em cima deles que o filme foi construído. Também temos que elogiar e louvar o trabalho desses grandes nomes do teatro e cinema americanos que participaram desse documentário. Estão em grande forma. Até a celebridade Lindsay Lohan está bem, vejam só!  Enfim, tudo do melhor bom gosto embalado com ótimo conteúdo. Não vá perder!

Love, Marilyn (Idem, EUA, 2012) Direção: Liz Garbus /  Roteiro: Liz Garbus / Elenco: F. Murray Abraham, Elizabeth Banks, Adrien Brody, Glenn Close, Ellen Burstyn, Lindsay Lohan, Ben Foster / Sinopse: Documentário em que atores e atrizes famosos de Hollywood da atualidade contam e dão voz a pensamentos e escritos de Marilyn Monroe.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Ligeiramente Grávidos

Título no Brasil: Ligeiramente Grávidos
Título Original: Knocked Up
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Judd Apatow
Roteiro: Judd Apatow
Elenco: Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd

Sinopse:
O filme narra a estória do casal improvável formado por Allison Scott (Katherine Heigl) e Ben Stone (Seth Rogen). Eles se conhecem de forma casual e após passarem uma noite juntos tudo parece terminar por ali mesmo. Afinal tudo não passara de uma aventura de uma noite apenas. Para surpresa de Allison porém ela fica grávida desse encontro fugaz, o que irá mudar completamente sua vida dali por diante.

Comentários:
Comédia romântica que fez bastante sucesso em seu lançamento. O roteiro brinca com as consequências indesejáveis de um mero encontro casual. Dois adultos resolvem passar a noite juntos e nada mais, só que ela fica grávida! Como agora levar em frente um relacionamento de duas pessoas tão diferentes? Allison (Katherine Heigl) é determinada, tem ambições de vida e deseja vencer na carreira. Ben (Rogen) é, em última análise, um "meninão", um sujeito que apesar da idade nunca cresceu de fato, preferindo passar o dia de bobeira, fumando maconha na frente da TV, rindo de programas estúpidos. Allison é loira e linda, Ben é um debochado fanfarrão, pouco preocupado em construir uma vida profissional ou algo parecido. Apesar do tema interessante, que enfoca casais incompátiveis que precisam viver juntos por circunstâncias alheias, o roteiro nunca avança muito na questão, preferindo se contentar em fazer humor sobre tudo o que acontece e das diferenças de personalidade dos personagens principais. Também é bastante ingênuo ao apostar que uma união assim daria certo (não se engane, na vida real isso jamais iria longe!). O que sobra no final das contas é a beleza da atriz Katherine Heigl e o estilo de humor grosseirão de Seth Rogen, que definitivamente não é para todos os públicos. 

Pablo Aluísio.

Maluca Paixão

Título no Brasil: Maluca Paixão
Título Original: All About Steve
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Radar Pictures
Direção: Phil Traill
Roteiro: Kim Barker
Elenco: Sandra Bullock, Bradley Cooper, Thomas Haden Church

Sinopse:
Mary Horowitz (Sandra Bullock) é uma solteirona que vive de fazer palavras cruzadas para um jornal de sua cidade. Seus pais querem que ela se case e para isso armam um encontro dela com o cinegrafista bonitão Steve (Bradley Cooper). O que era para ser um encontro meramente casual acaba virando a cabeça da moça, que fica literalmente obcecada por Steve, indo atrás dele pelo país afora! Perseguição pouca é bobagem!

Comentários:
Foi tão massacrado essa comédia em seu lançamento que pensei que seria um abacaxi fenomenal. Ok, é uma bobeirinha mesmo, mas vamos ser sinceros, uma bobagem até divertida! Claro que ninguém deve ir assistir a filmes como esse esperando uma obra de arte cinematográfica, pelo contrário, você tem que ir sabendo bem o que vai encontrar: roteiro sem noção, atores que parecem se divertir mas do que atuar e aquelas coisas bem bobocas de comédias americanas. Aqui eu destaco o personagem do repórter canastrão que sonha um dia ser âncora de um grande jornal na emissora em que trabalha, ao mesmo tempo que é enviado para cobrir as notícias mais ridículas e constrangedoras (como a garotinha que nasceu com três pernas!). Uma das cenas mais ridicularmente engraçadas do filme é protagonizada justamente por ele, Hartman (Thomas Haden Church), quando um cavalo cai no chão e ele pensa que ele foi abatido por tiros! É tão nonsense que fará você rir mesmo, acredite! Enfim, o filme é uma abobrinha daquelas! Sandra Bullock foi vencedora do Framboesa de Ouro de pior atriz por esse filme e seguindo a "filosofia" sem noção de todo o filme foi lá pegar seu "prêmio"! Quer coisa mais divertida do que essa?

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cinco Anos de Noivado

Título no Brasil: Cinco Anos de Noivado
Título Original: The Five-Year Engagement
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Relativity Media
Direção: Nicholas Stoller
Roteiro: Jason Segel, Nicholas Stoller
Elenco: Emily Blunt, Jason Segel, Kevin Hart, Alison Brie, Rhys Ifans

Sinopse:
O filme mostra a conturbada estória do casal formado por Violet (Emily Blunt) e Tom (Jason Segel). Eles certamente são apaixonados, se adoram e tudo mais, como manda a cartilha dos pombinhos que se amam. O problema é que nunca conseguem se casar, ficando em um eterno noivado que parece não ter fim. Sempre que estão prestes a se casar algo acontece e tudo vai por água abaixo. Agora, perto de completar cinco anos de noivado a noiva Violet está completamente desesperada para colocar um fim no tormento e vai tentar se casar de todo jeito, seja da maneira que for...

Comentários:
Embora hoje em dia o casamento seja visto por muitos como algo cafona e ultrapassado, o fato é que para muitas mulheres ele ainda é um sonho a se realizar (muitas vezes a todo custo). Como é tradicional, entre o namoro e o casamento, surge aquela fase de noivado, onde o casal supostamente firma compromisso perante a sociedade. Assim o noivado é claramente um momento de transição dentro do relacionamento, o passo que antecede a subida ao altar para o casamento, esse sim (espera-se) definitivo. O noivado é obviamente algo para ser rápido e não durar anos e anos... é justamente em cima disso que essa comédia romântica “Cinco Anos de Noivado” se desenvolve. A questão é que essas comédias românticas sobre casamento parecem nunca sair de moda, todos os anos são produzidas várias delas, provando que são comercialmente muito bem sucedidas. Essa aqui pelo menos conta com algumas novidades dignas de nota como a presença de Emily Blunt no elenco. Ela não é uma atriz comum nesse tipo de filme. O ator Jason Segel é completamente sem sal e não acrescenta muito, o que é uma pena pois Emily Blunt parece interessada em cena. Ela obviamente acreditou na produção mas não encontrou um bom parceiro para isso. Provavelmente Segel só tenha sido escalado por ser também autor do roteiro. Enfim, “Cinco Anos de Noivado” serve como diversão ligeira para mulheres que já não agüentam mais a indecisão de seus companheiros que nunca transformam a fase de noivado em casamento. Caso seja o seu caso passe para ele, quem sabe assim o tal sujeito não se toca e resolve a situação de uma vez por todas.

Pablo Aluísio.

Voando Alto

Título no Brasil: Voando Alto
Título Original: View from the Top
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Bruno Barreto
Roteiro: Eric Wald
Elenco: Gwyneth Paltrow, Christina Applegate, Kelly Preston

Sinopse:
O sonho de Donna Jensen (Gwyneth Paltrow) é se tornar comissária de bordo pois ela entende que essa é a melhor profissão do mundo, muito glamourosa e chic, cruzando os céus do mundo, conhecendo inúmeros países e tudo mais. Para isso ela decide reunir todos os esforços para se tornar uma aeromoça bem sucedida, mas assim que entra na escola de formação começa a conhecer as dificuldades da função, entre elas ter que conviver com concorrentes que jogam sujo como Christine (Christina Applegate).

Comentários:
Uma tentativa de transformar Gwyneth Paltrow em uma estrela pop. Só que não deu certo. Na verdade esse filme dirigido pelo brasileiro Bruno Barreto é muito frio, gélido e sem emoção. Parece uma balinha de drops daquelas refrescantes que você chupa e depois gospe fora. Não alimenta, não é nutritivo do ponto de vista cultural, não é nada no final das contas. Aliás me admira muito que a Miramax, que sempre primou por filmes relevantes e pertinentes, tenha produzido uma bobeirinha desse quilate. O roteiro é tão destituído de carga dramática que o bocejo logo se impõe. A única coisa boa que leva o espectador (pelo menos o espectador masculino hetero) a segurar as pontas até o final é o trio de lindas (e loiras) atrizes. Não acho a Gwyneth Paltrow muito sexy mas a Kelly Preston sem dúvida é uma beldade (pena que seja casada com o dúbio Travolta). A Christina Applegate obviamente já teve dias melhores quando era adolescente e linda na sitcom de bobagens "Um Amor de Família". Hoje em dia ainda é uma mulher interessante mas os anos de beleza estonteante ficaram para trás. Em suma, aqui temos realmente uma comédia de costumes inofensiva.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Superman & Shazam!

Título no Brasil: Superman & Shazam!
Título Original: Superman / Shazam! - The Return of Black Adam
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Entertainment
Direção: Joaquim Dos Santos
Roteiro: Michael Jelenic
Elenco: Zach Callison, James Garner, Josh Keaton

Sinopse:
São quatro estórias independentes com alguns personagens da galeria da DC Comics, entre eles o Superman, Capitão Marvel, Spectre, Arqueiro Verde e Jonah Hex. Todos os episódios fazem parte da série animada DC Showcase.

Comentários:
DVD que foi lançado nos Estados Unidos trazendo quatro episódios, com em média 15 minutos cada. No primeiro acompanhamos o surgimento do Capitão Marvel, na realidade um garoto de boa índole que ganha poderes especiais de um mago ancestral chamado Shazam! Ele terá que enfrentar um vilão chamado Adão Negro que está disposto a destruir o planeta. Ao seu lado contará com a ajuda muito preciosa do Superman. Na segunda estória um produtor rico e famoso é morto misteriosamente. Para vingar sua morte surge um estranho ser espiritual chamado Spectre que não vai descansar enquanto não levar a alma de todos os envolvidos no crime para o inferno. A terceira estória conta com o Arqueiro Verde, que tentará salvar uma princesa da morte, pois todos querem sua cabeça para assim evitar que ela suba ao trono como a nova rainha de um país distante. Finalizando o DVD o espectador é levado ao velho oeste onde encontra o infame pistoleiro Jonah Hex que enfrentará uma prostituta especialista em matar seus clientes para roubá-los. No geral são animações muito boas, com um belo primor técnico, típico dos lançamentos da Warner / DC. Vale a pena ter na sua coleção.

Pablo Aluísio.

O Que Será de Nozes?

Título no Brasil: O Que Será de Nozes?
Título Original: The Nut Job
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Canadá, Coréia do Sul
Estúdio: Gulfstream Pictures
Direção: Peter Lepeniotis
Roteiro: Lorne Cameron, Peter Lepeniotis,
Elenco: Will Arnett, Brendan Fraser, Liam Neeson, Katherine Heigl 

Sinopse:
Surly (Will Arnett) é um esquilo esperto, mas individualista, que após uma confusão com um carrinho em seu parque acaba ocasionando a destruição de todo o depósito de comida dos bichinhos da região onde mora. Banido do parque ele precisa agora se virar na cidade grande, algo que não será nada fácil. Filme indicado ao prêmio da Canadian Cinema Editors Awards na categoria melhor edição em animação.

Comentários:
Essa pequena animação, uma produção conjunta entre três países - Estados Unidos, Canadá e Coréia do Sul - surpreende não por sua qualidade técnica ou pelo roteiro, mas sim pelo quarteto de astros do cinema americano que reuniu! Imagine ouvir dublando os esquilos esse grupo de atores e atrizes populares de Hollywood, a começar pelos comediantes Will Arnett (bastante conhecido nos Estados Unidos pelo programa Saturday Night Live), Brendan Fraser (nosso velho conhecido da franquia "A Múmia" e tantos outros filmes). Completando temos o herói de ação Liam Neeson (complicado entender o que estaria fazendo aqui) e Katherine Heigl (estrela de Grey´s Anatomy, tentando se agarrar ao cinema após alguns fracassos em seu gênero preferido, a das comédias românticas). Alguns observadores mais cínicos poderia até dizer que todos eles estão de alguma forma em declínio na carreira, mas isso seria apenas parte da verdade uma vez que participar de animações no mercado americano não é sinônimo de decadência artística. De uma forma ou outra, se concentrando apenas no filme em si, temos que chamar a atenção para o fato de que não é das animações mais inspiradas ou talentosas. O traço lembra animações tradicionais mais antigas, embora tenha sido realizado por computação gráfica. No geral o resultado final se mostra apenas mediano.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cherry Tree

Título Original: Cherry Tree
Título no Brasil: Ainda não definido
Ano de Produção: 2015
País: Irlanda
Estúdio: Irish Film Board
Direção: David Keating
Roteiro: Brendan McCarthy
Elenco: Naomi Battrick, Anna Walton, Patrick Gibson, Sam Hazeldine
  
Sinopse:
A vida da jovem adolescente Faith (Naomi Battrick) desaba quando ela descobre que seu pai está sofrendo de um raro tipo de câncer que só lhe dará mais três meses de vida. Desesperada ela procura por alguma saída. Essa vem pela sua professora de educação física Sissy (Anna Walton). Adepta de magia negra e rituais de bruxaria, Sissy oferece para sua aluna Faith a cura para seu paí. Isso porém terá que ter uma contrapartida, um pacto macabro com o próprio senhor das trevas.

Comentários:
Filme de terror irlandês sobre bruxas. Bruxas modernas, é bom frisar. A estória se passa em um velho vilarejo do interior da Irlanda. O lugar tem a fama de ter sido no passado um centro de adoração a Satã. Havia uma irmandade de bruxas que realizava sacrifícios à sombra de uma velha árvore cerejeira. Isso porém foi séculos atrás. Agora a região está mais desenvolvida e moderna. Isso não significa que adeptas desses antigos rituais pagãos tenham deixado de lado suas crenças. De tempos em tempos elas voltam à ativa. Agora encontram uma pessoa ideal, justamente a garota Faith. Ela só tem 16 anos, tem um pai condenado pela medicina e o mais importante de tudo: ainda é virgem. O diretor David Keating e o roteirista Brendan McCarthy parecem ter algum tipo de obsessão com lacraias. Esse inseto peçonhento (do gênero Scolopendra) é usado o tempo todo nos rituais de magia negra. O filme como um todo é apenas na média (na verdade um pouquinho abaixo dela). Há uma falta de desenvolvimento dos personagens, procurando-se ao invés disso investir mais nas cenas de rituais. Há uma ou outra locação mais interessante, como uma velha casa com um enorme porão medieval, mas nada muito além disso. Não chega a assustar e nem causar medo. Vale apenas como curiosidade por ser uma produção irlandesa, algo que não estamos muito acostumados a assistir no Brasil. Sim, tem algumas boas ideias, mas no geral não chega em nenhum momento a inovar.

Pablo Aluísio.

Os Gatões - Uma Nova Balada

Título no Brasil: Os Gatões - Uma Nova Balada
Título Original: The Dukes of Hazzard
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jay Chandrasekhar
Roteiro: John O'Brien
Elenco: Seann William Scott, Johnny Knoxville, Jessica Simpson, Burt Reynolds

Sinopse:
(Seann Williams Scott) e Luke (Johnny Knoxville) são dois irmãos caipirões do sul dos Estados Unidos que decidem se unir à sua prima gostosona Daisy (Jessica Simpson) e ao tio casca grossa Jesse (Willie Nelson) para salvar a sua querida cidade natal, Hazzard, que está caindo nas garras de um sujeito corrupto e sem ética, Hogg (Burt Reynolds).

Comentários:
Esse tipo de filme sempre me lembrou as antigas produções estreladas por Burt Reynolds nos anos 70. É aquele tipo de filme que nunca se leva à sério e é dirigido para um nicho mais popularesco do mercado americano, encontrando seu público ideal nos estados do Sul - por isso há tantas referências simpáticas para a caipirada de lá! Na verdade é um remake de uma série de TV dos anos 70 (óbvio!) que tenta manter o velho espírito da coisa. Claro que se trata de uma bobagem, um besteirol sem tamanho, mas que no final das contas foi salvo pelo bom humor e por ser assumidamente um produto idiota - percebam que quando isso acontece geralmente a mediocridade reinante acaba se salvando e o mais importante de tudo, se justificando. Para os marmanjos de plantão o elenco traz a bela Jessica Simpson, que faz o estilo loira brega e vulgar, muito popular entre os americanos. Ela até dá uma canja com a canção "These Boots Are Made For Walkin" que fez sucesso nas rádios ianques. Diante de tudo isso, já está bom demais da conta. Veja, desligue o cérebro e procure se divertir, de preferência tomando uma cerveja gelada.

Pablo Aluísio.

Tim Maia

Título no Brasil: Tim Maia
Título Original: Tim Maia
Ano de Produção: 2014
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Mauro Lima
Roteiro: Mauro Lima, Antônia Pellegrino
Elenco: Robson Nunes, Babu Santana, Alinne Moraes

Sinopse:
Cinebiografia do cantor brasileiro Tim Maia. Nascido numa humilde família da zona norte do Rio de Janeiro ele sonhava desde muito jovem em se tornar um cantor de rock. No final dos anos 1950 decide ir embora para os Estados Unidos, onde passa por inúmeras dificuldades financeiras. O lado bom e positivo vem do fato de ter tido contato direto com a soul music negra daquele país. De volta ao Brasil vai atrás de seu antigo parceiro de banda, o cantor Roberto Carlos, que estava se tornando o ídolo musical mais popular das paradas de sucesso. Com a ajuda de Roberto, Tim finalmente encontra o caminho da fama, do sucesso e da fortuna.

Comentários:
Como li o livro "Vale Tudo" escrito por Nelson Motta fico bem à vontade para analisar esse filme. Obviamente que toda cinebiografia se torna superficial pois é impossível retratar em um filme toda uma vida, principalmente de artistas. Geralmente um aspecto ou outro se torna o principal foco desse tipo de filme. Aqui o diretor e seu roteirista optaram por mostrar o lado doidão de Tim Maia. Assim o espectador encontrará um sujeito completamente obsessivo pela frente, uma pessoa que parecia cheirar, fumar e consumir todos os tipos de drogas, com muito excesso! Tudo bem que o Tim Maia de fato era usuário de drogas, o problema é que o filme não parece sair disso. Ele certamente tinha esse lado em sua vida, mas não era o único. O verdadeiro Tim Maia também era uma pessoa generosa, que levava crianças órfãs para passarem o domingo em sua mansão, brincando na piscina. Também ajudava outros artistas com problemas financeiros. Nada disso surge na tela. Essa coisa meio infantilóide de se focar apenas em um lado louco da vida do cantor algumas vezes se torna cansativa. O livro do Nelson Motta é muito bem escrito, fazendo com que o leitor não queira largar suas páginas e mostra esse lado das drogas também, mas igualmente mostra outras facetas de Tim, como seu jeito bem humorado de ser e outros aspectos de sua personalidade. O filme porém se mostra muito obcecado em mostrar apenas um lado mais sensacionalista e o menos lisonjeiro, diga-se de passagem. Além disso por questões dramáticas o roteiro cortou várias mulheres da vida de Tim, procurando concentrar aspectos de várias delas em apenas uma figura, a da Janaína (Alinne Moraes). No saldo geral porém "Tim Maia" ainda se mostra um bom filme, meio unilateral, é verdade, mas mesmo assim um bom programa. Deveria haver um cuidado melhor, principalmente na apresentação de suas melhores canções, mas ainda que se deixe levar por esses pequenos defeitos, vale a pena assistir e conhecer

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Ele Não Está Tão a Fim de Você

Título no Brasil: Ele Não Está Tão a Fim de Você
Título Original: He's Just Not That Into You
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Ken Kwapis
Roteiro: Abby Kohn, Marc Silverstein
Elenco: Jennifer Aniston, Jennifer Connelly, Morgan Lily

Sinopse:
Gigi Haim está começando a ficar desesperada pois os anos passaram e ela ainda não encontrou seu príncipe encantado. Seu último relacionamento foi com o agente imobiliário Conor Barry. O problema é que ela ficou esperando por seu telefonema seguinte e nada aconteceu! Ele simplesmente não ligou mais. Sem pensar direito Gigi decide então partir para o tudo ou nada em sua vida amorosa, mas será que isso realmente valerá a pena? Filme indicado aos prêmios People's Choice Awards e Teen Choice Awards.

Comentários:
Comédia romântica bem mediana (estou sendo gentil e generoso, entenda bem) que foi produzida pela atriz Drew Barrymore. Eu certamente não tinha planos de ir conferir esse filme no cinema, mas me recordo que a programação estava tão ruim na ocasião que acabei conferindo na telona (para depois pintar aquele leve sentimento de arrependimento e dinheiro perdido). O problema das comédias românticas americanas é que elas deixaram de surpreender. Como tem um público certo e cativo os roteiristas nem se importam em arriscar muito, apostando cada vez mais em fórmulas já testadas antes (e que hoje em dia soam completamente saturadas). Assim as personagens que vão surgindo na tela são estereótipos e clichês de mulheres: a desesperada que morre de medo de não casar, a gostosona que faz de gato e sapato os homens, a insegura, a romântica e por aí vai. Tudo bem chato e repetitivo.Talvez traga algum interesse para a mulherada, já para os homens será mesmo uma má ideia, afinal comédias românticas já são complicadas de suportar, imagine as sem originalidade ou imaginação.

Pablo Aluísio.

Uma Cilada Para Roger Rabbit

Título no Brasil: Uma Cilada Para Roger Rabbit
Título Original: Who Framed Roger Rabbit
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Gary K. Wolf, Jeffrey Price
Elenco: Bob Hoskins, Christopher Lloyd, Kathleen Turner, Charles Fleischer, Joanna Cassidy

Sinopse:
Anos 1940. Embora Roger Rabbit (Charles Fleischer) seja um dos grandes astros de seu estúdio de animação, ele não se sente feliz. Ultimamente anda depressivo e triste por causa de seu conturbado relacionamento com Jessica Rabbit (Kathleen Turner). Para contornar toda essa situação o estúdio resolve contratar os serviços de um detetive particular, Eddie Valiant (Bob Hoskins), o que dará origem a inúmeras confusões. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhores Efeitos Especiais, Melhores Efeitos Sonoros e Melhor Edição.

Comentários:
Hoje em dia pode até ser visto apenas como uma divertida mistura de animação com atores reais, mas o fato é que esse filme foi um marco e tanto em termos de avanços tecnológicos na época. Nunca, em nenhum período histórico do cinema, havia se conseguido chegar em tamanha perfeição técnica, fruto da entrada da tecnologia digital na produção de filmes. Outro fato que chama bastante a atenção foi a união - pela primeira e única vez na história - de praticamente todos os grandes estúdios de animação de Hollywood para a realização de apenas um filme. Todos eles cederam os direitos de seus personagens e assim o espectador é presenteado com uma vasta galeria de personagens da Disney, da Warner, da MGM clássica e tantos outros que desfilam pela tela. A supervisão foi dada ao genial cartunista Richard Williams, o criador da Pantera cor de rosa. A Academia inclusive lhe concedeu um prêmio especial por esse trabalho e pelo conjunto de sua obra que é realmente maravilhosa. Curiosamente o enredo procura explorar uma estória de detetives numa Hollywood dos anos 1940, onde havia charme e glamour em abundância diante das telas e muita decadência e crime por trás delas. Um exemplo perfeito disso pode ser encontrado na personagem de Jessica Rabbit, tão sensual e perigosa como uma mulher fatal dos filmes noir daquela década. A personagem dublada com sensualidade á flor da pele pela atriz Kathleen Turner acabou fazendo mais sucesso que o próprio coelho protagonista. Inicialmente a animação seria dirigida pelo próprio Steven Spielberg, mas no último momento ele resolveu deixar a direção a cargo de seu pupilo Robert Zemeckis. Com ótimo elenco, primazia técnica e um roteiro saborosamente nostálgico, "Who Framed Roger Rabbit" é realmente uma das melhores animações de todos os tempos.

Pablo Aluísio.