quinta-feira, 23 de novembro de 2023
Passagem para a Índia
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
Quinteto da Morte
Titulo Original: The Ladykillers
Ano de Produção: 1955
País: Inglaterra
Estúdio: Ealing Studios
Direção: Alexander MacKendrick
Roteiro: William Rose
Elenco: Alec Guinness, Cecil Parker, Herbert Lom, Peter Sellers, Alan Ruck, Jack Warner
Sinopse:
Um grupo de criminosos planeja um ousado roubo. Para isso usam a casa de uma simpática senhora que acredita que todos eles são músicos de orquestra. Fingindo serem apenas artistas que vivem por amor à arte, eles acabam encontrando uma série de problemas operacionais para levar em frente seu plano. Diante dos acontecimentos a questão primordial acaba sendo: matar ou não a adorável velhinha?
Comentários:
De forma geral gostei bastante da proposta dessa deliciosa comédia de humor negro. O elenco é simplesmente magistral, contando com alguns dos mais talentosos atores ingleses daquela geração. Sir Alec Guiness domina cada cena em que surge, ora cinicamente ingênuo, ora diabolicamente perverso. Outro destaque vem com Peter Sellers. Aqui ele está em um personagem um tanto fora de seu padrão costumeiro. Seu papel acaba resvalando para aquele tipo de humor que nos faz rir, mas com uma certa dose de culpa interior pelas coisas que acontecem durante a trama. Mesmo assim basta apenas embarcar na excelente proposta do filme para se divertir bastante. O humor negro inglês é uma marca registrada. Não é de hoje, nem de um passado mais recente, que ele já se destaca. De certa maneira é um aspecto bem peculiar e típico da cultura britânica. Os assuntos mais mórbidos (como planejar matar uma senhora inocente) pode sempre render os risos mais nervosos e hilariantes. Enfim, é uma boa pedida para ver um filme que os ingleses conhecem muito bem, bem de acordo com senso de humor. Em 2004 houve um remake americano intitulado "Matadores de Velhinha" dirigido pelos irmãos Coen e com Tom Hanks no papel principal. Embora bem realizado, não conseguiu ter o mesmo brilho desse original. Afinal o elenco reunido nessa primeira versão seria simplesmente impossível de superar.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
A Ponte do Rio Kwai
O outro personagem central do filme é interpretado pelo ator William Holden. Ele dá vida a um oficial da Marinha americana que também está feito prisioneiro de Saito. Ao contrário do Coronel Nicholson porém ele quer mesmo é colocar em prática um ousado plano de fuga para escapar daquele inferno. O Rio Kwai se situava na Birmânia, um pequeno país do sudeste asiático, assolado por doenças tropicais. A maioria dos prisioneiros acabavam morrendo de doenças típicas daquelas florestas, o que aumentava ainda mais o desespero de ser um prisioneiro de guerra do Japão. David Lean não mostra impaciência e nem pressa em desenvolver a trama de seu filme. Esse cineasta se caracterizou por tecer uma narrativa bem sofisticada para todos os filmes que dirigiu. Esse aqui não é exceção.
O curioso é que o personagem de Guiness acaba desenvolvendo um sentimento dúbio para com os japoneses. demonstrando a eles não apenas a fibra do soldado inglês como também sua capacidade de vencer desafios nos momentos mais conturbados. Em suas próprias palavras ele quer humilhar os japoneses construindo uma ponte firme e forte que dure gerações. Isso acaba deixando seus colegas oficiais meio que surpresos, já que construir uma ponte tecnicamente perfeita seria também ajudar, mesmo que de forma indireta, o inimigo! O clímax, a cena final, explora excepcionalmente bem essa dualidade pois o Coronel de Guiness fica dividido em cumprir as ordens de destruir a ponte ou ao contrário disso preservar aquela obra que para ele se torna motivo de orgulho pessoal. Como se pode perceber Lean nunca era óbvio com seus personagens, procurando sempre extrair uma personalidade complexa de cada um deles. Coisa de gênio da sétima arte realmente. "The Bridge on the River Kwai" é mais uma prova de seu talento e legado inigualáveis.
A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai, Estados Unidos, Inglaterra, 1957) Direção: David Lean / Roteiro: Carl Foreman, baseado no livro de Pierre Boulle / Elenco: William Holden, Alec Guinness, Sessue Hayakawa, Jack Hawkins / Sinopse: Um grupo de prisioneiros ingleses durante a II Guerra Mundial é levado pelos japoneses até uma floresta da Birmânia com o objetivo de construir uma ponte que será usada pelas tropas imperiais. Logo começa a haver um choque de personalidades entre o Coronel Inglês Nicholson (Guiness) e o Coronel japonês, o disciplinador Saito (Hayakawa). Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Alec Guinness), Melhor Direção (David Lean), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia (Jack Hildyard), Melhor Edição (Peter Taylor) e Melhor Música (Malcolm Arnold). Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Sessue Hayakawa). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Fiime - Drama, Melhor Ator (Alec Guinness) e Melhor Direção (David Lean).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
Doutor Jivago
Título Original: Doctor Zhivago
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: David Lean
Roteiro: Robert Bolt
Elenco: Omar Sharif, Julie Christie, Geraldine Chaplin, Rod Steiger, Alec Guinness, Tom Courtenay
Sinopse:
Baseado no famoso romance escrito por Boris Pasternak, o filme "Dr. Jivago" conta a história de um jovem médico russo, membro da burguesia, que vê seu mundo mudar completamente com a chegada da Revolução Russa. Depois que os Bolcheviques tomam o poder nada mais seria como no passado.
Comentários:
O cineasta David Lean foi um dos grandes mestres da sétima arte em seu tempo. Nesse filme ele aceitou o convite da MGM para transformar em cinema um best-seller maravilhoso que contava a história da revolução russa sob a perspectiva de um homem, um médico, que via as antigas estruturas da nação em que vivia serem modificadas praticamente da noite para o dia. O Dr. Jivago (em ótima interpretação do talentoso ator Omar Sharif) era um bom homem, que inclusive acreditava em certos valores dos novos tempos revolucionários, mas que com o tempo iria também presenciando os absurdos cometidos pelos comunistas que, ávidos de poder, cometiam todo tipo de atrocidades contra o seu próprio povo. Esse é um filme grandioso, épico, como era de praxe na obra do grande Lean. A reconstituição histórica é perfeita, tudo em harmonia com um roteiro primoroso e uma produção classe A. Sem dúvida esse filme é uma das grandes obras primas da história do cinema norte-americano. Simplesmente imperdível.
Pablo Aluísio.
sábado, 24 de abril de 2021
O Resgate do Titanic
Título Original: Raise the Titanic
Ano de Produção: 1980
País: Inglaterra
Estúdio: ITC Films
Direção: Jerry Jameson
Roteiro: Adam Kennedy, Eric Hughes
Elenco: Jason Robards, Alec Guinness, Richard Jordan, David Selby, Anne Archer, Bo Brundin
Sinopse:
Um grupo de pesquisadores se une a uma equipe especializada em mergulho em águas profundas para tentar localizar o Titanic, afundando em abril de 1912 após colidir com um iceberg no Atlântico Norte. A missão, considerada pioneira, começa então a enfrentar inúmeras dificuldades.
Comentários:
Então você pensava que o filme de James Cameron havia sido o primeiro a tratar esse tema? Melhor repensar seus conceitos cinéfilos, meu caro. Esse filme do começo dos anos 80 já trazia todos os elementos que Cameron depois iria utilizar novamente em seu blockbuster de 200 milhões de dólares. Revendo esse "O Resgate do Titanic", filme inglês muito bom, fiquei com a clara sensação de que o diretor James Cameron não apenas assistiu a essa produção, como também, na cara de pau, roubou vários elementos de seu roteiro. Algo que beira o plágio mesmo. Claro que no começo dos anos 80 não havia ainda a tecnologia necessária para se fazer um filme tão grandioso como "Titanic", mas os elementos, a ideia central, já era essa mesma vista nesse filme. Com um bom elenco em cena, com destaque para Sir Alec Guinness, esse filme merece ser redescoberto não apenas pelos cinéfilos, como também pelos que se interessam pelo tema envolvendo esse colosso dos mares que foi a pique após bater em uma gigantesca pedra de gelo nos mares gelados do norte. O TItanic era, segundo seu próprio construtor, um "navio que nem Deus poderia afundar". Deu no que deu.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de novembro de 2019
Lawrence da Arábia
O curioso é que tudo estava pronto para Marlon Brando estrelar o filme. O roteiro foi pensado nele e o ator já tinha até mesmo concordado em analisar o convite, só que na última hora ele desistiu. O motivo foi frívolo. Brando afirmou que David Lean levava tanto tempo para filmar que ele provavelmente iria morrer seco no meio do deserto. Foi uma pena, mas ao mesmo tempo uma jogada do destino, porque atualmente ninguém consegue imaginar o personagem histórico sendo interpretado por outro ator. Peter O'Toole fez um trabalho tão fantástico que ele ficou para sempre marcado como o Lawrence da Arábia. E ao seu lado, no elenco, não faltaram outros nomes geniais como Alec Guinness, Anthony Quinn e Omar Sharif . Ou em outros termos, o filme também trazia a nata dos grandes atores da época.
Hoje em dia a figura de T.E. Lawrence é mais controversa do que quando o filme foi lançado. Esse inglês foi de tudo um pouco, arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata. Para a mentalidade atual revisionista ele seria apenas um personagem a mais no jogo de dominação colonial do império britânico no Oriente Médio. Essa visão progressista mais crítica porém não se sustenta muito em meu ponto de vista. Até porque ele também foi um excelente escritor. Basta ler poucas linhas de seu mais conhecido livro, "Os Sete Pilares da Sabedoria", para bem entender isso. Porém deixando de lado essa visão mais política, o fato inegável é que o filme "Lawrence of Arabia" é mesmo cinema em seu estado mais grandioso, em sua mais pura essência. Um dos maiores clássicos da história do cinema de todos os tempos. Maior até mesmo que seu próprio protagonista.
Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, Inglaterra, 1962) Direção: David Lean / Roteiro: Robert Bolt / Elenco: Peter O'Toole, Alec Guinness, Anthony Quinn, Omar Sharif, José Ferrer / Sinopse: O filme conta a história real do oficial britânico Thomas Edward Lawrence (1888 - 1945), um homem que teve grande importância no período colonial do império britânico no Oriente Médio. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção (David Lean), Melhor Trilha Sonora (Maurice Jarre), Melhor Edição (Anne V. Coates), Melhor Som (John Cox), Melhor Direção de Arte (John Box, John Stoll, Dario Simoni) e Melhor Fotografia (Freddie Young).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de maio de 2019
As Oito Vítimas
Isso enfureceu sua família que a deserdou de sua herança. Sem recursos e vivendo na pobreza, o jovem foi criando um grande ressentimento com o que fizeram com sua mãe no passado. Depois de uma série de empregos como vendedor de roupas, Louis (Dennis Price) decide que é hora de se vingar da família D'Ascoyne. Estudando a linha de sucessão de seus parentes descobre que há oito pessoas entre ele e seu tão cobiçado título de Duque. Assim começa a planejar e executar seus crimes. Um detalhe interessante no elenco é que o grande ator Alec Guinness interpreta todas as pessoas da família de nobres D'Ascoyne; Até mesmo as damas são interpretadas por ele. Que grande talento! Apenas com a ajuda de uma maquiagem até discreta ele interpretou nesse filme tipos diversos, como o jovem nobre escapista, o banqueiro, o Duque rico e insensível, etc. Todas facetas de um mesmo ator, aqui esbanjado talento e naturalidade. O filme, como não poderia deixar de ser, tem também uma clara linha do típico humor negro inglês, o que só ajuda ainda mais em seu resultado final que considerei realmente ótimo. Assista se ainda não conhece a fita.
As Oito Vítimas (Kind Hearts and Coronets, Inglaterra, 1949) Direção: Robert Hamer / Roteiro: Robert Hamer, baseado na novela escrita por Roy Horniman / Elenco: Dennis Price, Alec Guinness, Valerie Hobson, Joan Greenwood / Sinopse: Rapaz pobre, mas descendente de uma família de nobres aristocratas, decide matar todos os familiares que estão em sua linha de sucessão ao título de Duque. Assim cada um membro da família D'Ascoyne que está em seu caminho passa a ser eliminado numa série de crimes bem planejados. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme inglês do ano.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de abril de 2019
Doutor Jivago
Um dos grandes méritos do texto de "Doutor Jivago" é que ele procura captar as terríveis mudanças nas vidas das pessoas comuns quando houve aquela grande ruptura dentro da sociedade russa. O que era para ser um novo regime, baseado na liberdade e distribuição de riquezas logo se tornou tão brutal e infame quanto o próprio sistema czarista que derrubou. Usando de força militar o governo dito comunista destruiu direitos individuais, violou inúmeras vezes os direitos humanos e impôs sua visão de Estado máximo com uma brutalidade poucas vezes vista na história da humanidade. Ao mostrar um jovem médico tentando sobreviver ao lado de sua família no meio daquele caos revolucionário a mensagem de Boris Pasternak se mostra cristalina. Nenhum sistema sobrevive sem respeitar o ser humano como tal. Como exposto várias vezes no filme, a ideologia comunista não admitia mais qualquer traço de individualidade, onde o homem se tornava apenas instrumento estatal sem qualquer vontade própria. Assim o personagem Jivago é tirado de sua família, de forma forçada e arbitrária, para seguir com os fanáticos partidários vermelhos ao front, onde homens morriam ao relento, no gelo do inverno russo, em combates sem sentidos ou objetivos contra o chamado exército branco.
Doutor Jivago (Doctor Zhivago, EUA, Itália, Espanha, 1965) Direção: David Lean / Roteiro: Robert Bolt, baseado na obra de Boris Pasternak / Elenco: Omar Sharif, Julie Christie, Geraldine Chaplin, Rod Steiger, Alec Guinness, Tom Courtenay, Siobhan McKenna, Ralph Richardson / Sinopse: O filme narra os dramas de um jovem casal que tanta levar em frente seu amor em meio ao caos da Revolução Russa. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora. Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Tom Courtenay), Melhor Edição e Melhor Som. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor (David Lean), Melhor Ator - Drama (Omar Sharif), Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora. Vencedor do Grammy de Melhor Trilha Sonora. Indicado a Palma de Ouro em Cannes.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
Cromwell, O Homem de Ferro
Título Original: Cromwell
Ano de Produção: 1970
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ken Hughes
Roteiro: Ken Hughes
Elenco: Richard Harris, Alec Guinness, Robert Morley, Dorothy Tutin, Timothy Dalton, Frank Finlay
Sinopse:
Durante o tirânico reinado do Rei Charles 'Stuart' I (Alec Guinness) um corajoso político chamado Oliver Cromwell (Richard Harris) decide liderar um movimento em prol de um parlamento livre, forte e imune às ameaças do poder monárquico. Para isso contará também com o apoio do povo da Inglaterra.
Comentários:
Épico histórico que resgata a biografia de uma das figuras mais importantes da história da Inglaterra, o parlamentar e rebelde Oliver Cromwell. Ele foi responsável por colocar em dúvida o sistema absolutista inglês, onde a vontade do rei era lei e todos os direitos dependiam única e exclusivamente de sua vontade pessoal. Não havia direitos fundamentais aos cidadãos comuns do reino. Com Cromwell de fato nasceu a chamada monarquia constitucional ou parlamentar, onde o parlamento ganhava maior importância e poder representando justamente a vontade de todo o povo. Além de trazer um roteiro muito bem escrito, com bela produção (o filme chegou a vencer o Oscar de melhor figurino) o filme ainda tinha dois monstros da arte de representar. Um deles era Sir Alec Guinness. Não poderia haver escolha melhor para representar a aristocracia em toda a sua soberba e prepotência. Já o protagonista era interpretado por outro grande ator, o mestre Richard Harris. Com tantos talentos desfilando na tela o resultado não poderia ser outro. Eis aqui um dos mais bonitos e bem realizados clássicos que já tive o prazer de assistir.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 22 de maio de 2018
A Queda do Império Romano
Título Original: The Fall of the Roman Empire
Ano de Produção: 1964
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Anthony Mann
Roteiro: Ben Barzman, Basilio Franchina
Elenco: Alec Guinness, Sophia Loren, Christopher Plummer, Omar Sharif, James Mason, Stephen Boyd
Sinopse:
Maior império que o mundo já conheceu, o Império Romano começa a entrar em colapso por causa de problemas internos ao qual o filme explora muito bem: invasões de povos bárbaros, corrupção, brigas internas, politicagem e um Imperador frívolo que negligencia a administração do Império em razão de sua obsessão por lutas de gladiadores. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora (Dimitri Tiomkin). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora original incidental (Dimitri Tiomkin).
Comentários:
Belo filme épico! Esse "A Queda do Império Romano" tem uma das mais ricas produções que já vi. Na época não existia possibilidade de fazer nada virtual, tudo tinha que realmente existir. Assim tudo o que se vê na tela é real e impressiona o espectador!. São multidões de figurantes em cena. Acredito que seja o filme com o maior número de figurantes da história, cenários maravilhosos, figurinos deslumbrantes e tudo o que não poderia faltar em um filme épico como esse. Como produção o filme é realmente nota dez. Bonito de se ver, traz alguns problemas pontuais. Acredito que o diretor Anthony Mann se perdeu com o tamanho da produção. O filme tem três horas de duração, mas o enredo fica disperso, sem foco. Mesmo com todo esse tempo ele não conseguiu contar direito a sua história. Em muitos momentos se percebe que a direção está mais preocupada em explorar os cenários luxuosos do que investir nos personagens do filme. Na minha opinião esse é o típico caso em que a direção foi engolida pela produção do filme. Muito luxo e beleza, porém pouco trabalho de direção para os personagens que desfilam pela tela. Nenhum deles chega a ser bem desenvolvido, infelizmente.
O contraste é que não faltaram bons atores para os papéis principais. O elenco apresenta por isso altos e baixos. Entre as interpretações de grande categoria o filme traz Alec Guiness, perfeito na pele do Imperador Marco Aurélio. Suas cenas são excelentes, inclusive um inspirado monólogo de grande impacto. Christopher Plummer como o Imperador Comodus também está acima da média. Já do lado ruim no quesito de elenco temos uma Sophia Loren muito bonita, mas canastrona até o último fio de cabelo encaracolado e um Livius (o mocinho do filme) muito inexpressivo, interpretado por um apagado Stephen Boyd. Ele é tão sem graça que quase coloca todo o filme a perder. E pensar que esse papel seria do grande Charlton Heston. Por fim temos um roteiro que não consegue dar conta de um período histórico tão complexo e cheio de detalhes importantes. O texto toma grandes liberdades com a história real dos imperadores retratados no filme. Certamente não é historicamente correto e acredito inclusive que essa nunca foi a intenção dos roteiristas. Muita coisa se perdeu em nome de uma dramaticidade maior nos momentos mais importantes do filme. De qualquer forma consegue, aos trancos e barrancos, prender a atenção do espectador.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de maio de 2017
A Morte Não Manda Aviso
Título Original: The Quiller Memorandum
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Michael Anderson
Roteiro: Trevor Dudley Smith, Harold Pinter
Elenco: George Segal, Alec Guinness, Max von Sydow, Senta Berger, George Sanders
Sinopse:
Cortina de ferro, em pleno auge da guerra fria. Depois do assassinato de uma agente inglês em Berlim, um novo agente chamado Quiller (George Segal) é enviado para investigar. Segundo seu superior no departamento de inteligência, o comandante Pol (Alec Guinness), há um grupo de neonazistas operando na cidade alemã. Eles seriam liderador por uma figura misteriosa e desconhecida, que usaria o codinome Oktober (Max von Sydow). Caberá então a Quiller descobrir onde atua e como se coordena essa organização de criminosos nazistas. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado (Harold Pinter), Melhor Edição (Frederick Wilson) e Melhor Direção de Arte (Maurice Carter).
Comentários:
As adaptações dos livros de James Bond ao cinema fizeram escola. Depois delas um nova onda de filmes inspirados no famoso agente inglês foi lançado nos cinemas durante a década de 1960. Tentando pegar carona no sucesso de 007 tivemos filmes como esse "The Quiller Memorandum" estreando nas telas. É, como se pode perceber, mais um filme de espionagem, com agentes britânicos tentando colocar as mãos em um líder de uma verdadeira seita de neonazistas no pós-guerra em Berlim. Nada é muito discutido sobre o fato da ideologia nazista ter sobrevivido ao caos do fim da II Guerra Mundial. O que parece ter interessado mais aos realizadores do filme foi justamente o clima de mistério e suspense que atravessa todo o enredo. No elenco há dois excepcionais atores em papéis secundários. O primeiro deles é o grande Sir Alec Guinness, que interpreta o chefe do setor de inteligência inglesa em Berlim. Ele tem poucas cenas, praticamente apenas duas, mas como sempre rouba o show, dando um ar um tanto afetado ao seu personagem. Max von Sydow, outro fabuloso talento, é o vilão do filme. Usando uma postura de fina elegância, bons modos e educação prussiana, ele se mostra a melhor coisa do filme, tanto em termos de atuação, como de personagem. Curiosamente o protagonista, o agente Quiller interpretado por George Segal, é fraco, uma mera imitação pálida de Bond. Melhor para o espectador é prestar atenção na beldade austríaca Senta Berger. Ele é uma nazista charmosa e sensual que seduz o agente britânico, o manipulando completamente. Com um roteiro extremamente simples ao meu ver (onde o agente apenas localiza o esconderijo dos criminosos, é feito refém e tenta sobreviver), o filme "The Quiller Memorandum" não chegou a me impressionar. Tem boa fotografia, um elenco de apoio acima da média, mas no plano geral não consegue ser uma grande obra prima do gênero espionagem internacional. No fundo é apenas uma boa fita para diversão e esquecimento logo em seguida. Não passou definitivamente no teste do tempo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
A Ponte do Rio Kwai
Título Original: The Bridge on the River Kwai
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Horizon Pictures
Direção: David Lean
Roteiro: Carl Foreman, Michael Wilson
Elenco: William Holden, Alec Guinness, Jack Hawkins, Sessue Hayakawa, James Donald
Sinopse:
Com roteiro baseado na novela histórica de Pierre Boulle, o filme "A Ponte do Rio Kwai" conta a história de um grupo de militares ingleses e americanos, feitos prisioneiros pelos japoneses durante a II Guerra Mundial que são forçados a construir uma ponte no Rio Kwai.
Comentários:
Esse é sempre lembrado como um dos maiores filmes de guerra já feitos. E com razão. "A Ponte do Rio Kwai" é um filme maravilhoso que captou muito bem a mentalidade dos ingleses durante a guerra. E são levados a construírem uma ponte estratégia e aceitam o desafio com disciplina, empenho e eficácia, tudo para demonstrar aos japoneses o seu valor como soldados e principalmente como homens de verdade. A música tema assobiada é até hoje facilmente reconhecível, mas o mérito maior vai não apenas ao elenco maravilhoso, mas também ao cineasta David Lean, um mestte da sétima arte. Ele foi sem dúvida um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. Deixo aqui meus respeitos e meus aplausos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
A Ponte do Rior Kwai
No filme o roteiro parte da mesma premissa, só que a figura de Toosey foi transformado no personagem do Coronel Nicholson (em ótima interpretação do grande Alec Guinness). Oficial britânico orgulhoso e determinado ele resolve enfrentar os abusos do comandante japonês Saito (Sessue Hayakawa), A convenção de Genebra é um tratado internacional que rege as relações entre prisioneiros de guerra e é baseado nesse documento jurídico que Nicholson resolve se apoiar para enfrentar as arbitrariedades de Saito. Claro que isso dá origem a uma série de atritos entre eles, levando Nicholson a pagar caro por suas opiniões, porém com uma fibra absoluta ele resolve não ceder às torturas e pressões que sofre.
No começo da produção o produtor Sam Spiegel queria que uma maquete fosse usada para reproduzir a famosa ponte do Rio Kwai, mas o diretor David Lean, extremamente perfeccionista, recusou a sugestão. Assim uma ponte real, tal como a que realmente existiu, foi erguida de verdade a um custo recorde na época de 250 mil dólares. E tudo para depois ser destruída na apoteótica cena final quando ela finalmente é dinamitada por ingleses. O tempo mostrou que Lean estava totalmente certo em suas decisões já que a cena ainda hoje surpreende e o faz simplesmente por ser real, com um trem de verdade despencando nas águas do Rio Kwai.
Um fato histórico interessante é que a construção da ponte real durante a II Guerra Mundial foi mais trágica do que os acontecimentos vistos no filme. No total morreram 12 mil prisioneiros de guerra em sua construção. Ela levou não dois meses para ser erguida, como vemos no filme, mas oito meses. As doenças tropicais mataram muitos homens, além da conhecida brutalidade do exército japonês. Um verdadeiro inferno na Terra que foi recriado com raro brilhantismo por David Lean, um diretor que sempre mereceu ser chamado de mestre da sétima arte. É certamente um dos filmes clássicos de guerra mais imperdíveis da história. Por essa razão se ainda não viu, não deixe de completar essa lacuna em sua cultura cinematográfica.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de abril de 2016
Guerra nas Estrelas
Título Original: Star Wars
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas
Elenco: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, Alec Guinness, Peter Cushing
Sinopse:
Luke Skywalker (Mark Hamill) é um jovem que mora em um pequeno e desértico planeta do universo. Sua vida é banal e sem grandes emoções até que tudo muda ao se envolver na guerra que está sendo travada entre forças rebeldes e o poderoso império intergalático que deseja dominar todo o universo. Ao lado do aventureiro e mercenário Han Solo (Harrison Ford) ele parte para libertar a Princesa Leia Organa (Carrie Fisher) das mãos do terrível e cruel Darth Vader (David Prowse) na estrela da morte.
Comentários:
É seguramente um dos filmes mais influentes da história do cinema em todos os tempos. Muitos não param para pensar sobre isso, mas tudo o que você assiste hoje em dia em termos de blockbusters e filmes de fantasia e pura diversão, tem ligação direta com "Star Wars". Lançado no distante verão de 1977, o filme causou tanto impacto na cultura pop que mudou até mesmo a face do cinema americano após seu lançamento. Esse tipo de produção havia sido deixada de lado desde os anos 1950, pois Hollywood após essa década resolveu investir mesmo em dramas socialmente mais conscientes. "Star Wars" trouxe assim de volta o gosto pelo cinema como pura diversão, aventura e universos fantásticos. George Lucas soube com raro brilhantismo reunir tudo o que tinha visto em sua infância e adolescência para criar um mundo completamente novo, uma realidade que deixou o mundo surpreendido na época por causa da criatividade, da originalidade e dos maravilhosos efeitos especiais, além da própria trama, que se revelava como uma saga muito bem orquestrada que sintetizava diversas mitologias da cultura universal. Um espetáculo realmente.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de julho de 2013
O Retorno de Jedi
O diretor de “O Retorno de Jedi” foi Richard Marquand (que dirigiu entre outros o clássico “O Buraco da Agulha”). Aqui Lucas dá seqüência as aventuras de Luke Skywalker, Darth Vader, Princesa Leia, Han Solo e todos os demais personagens da mitologia. Curiosamente também investiu bastante nos “ursinhos” Ewoks, figuras que mais pareciam brinquedos de pelúcia, decisão que não agradou a todos os fãs da franquia. De qualquer maneira é sem dúvida um roteiro extremamente bem trabalhado, com ótimas seqüências de ação (como a perseguição no meio da floresta) e um ótimo clímax para a complicada relação entre Luke e seu pai, o vilão e ícone Vader. Como não poderia deixar de ser o filme fez bastante sucesso de público entrando naquela ocasião na seleta lista das dez maiores bilheterias da história do cinema americano. Apesar do clima de desfecho e fim a saga foi em frente, mas não nas telas de cinema. As aventuras de Luke e cia foram brilhantemente desenvolvidos em livros bem escritos e bem idealizados (material que certamente será usado agora pela Disney). No cinema George Lucas retomaria Star Wars anos depois mas para contar a história de Darth Vader em seus anos de infância e juventude, voltando para os primórdios da saga da família de Luke Skywalker, mas isso é definitivamente assunto para uma outra oportunidade.
O Retorno de Jedi (Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi, Estados Unidos, 1983) Direção: Richard Marquand / Roteiro: Lawrence Kasdan, George Lucas / Elenco: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, Billy Dee Williams, Frank Oz, David Prowse, Alec Guinness / Sinopse: Luke Skywalker (Mark Hamill) segue com sua luta contra as forças do Império. Depois de ser treinado pelo mestre Yoda (Oz) ele parte para o confronto final contra o vilão Darth Vader (Prowse) na nova Estrela da Morte.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Guerra Nas Estrelas
A saga "Star Wars" teve início quando na segunda metade da década de 70 surgiu esse filme nos cinemas americanos. É curioso porque "Guerra nas Estrelas" foi considerado inovador e revolucionário em sua época mas olhando bem veremos que não é bem assim. Na verdade essa produção era de certa forma uma releitura dos antigos filmes de ficção da década de 50, época considerada de ouro para o gênero. Já nos anos 70 a chamada "ficção de aventura", categoria no qual se enquadra "Star Wars", era considerada uma coisa fora de moda, ultrapassada. Como então George Lucas conseguiu requentar uma velha fórmula dando ares de coisa nova, revolucionária? Basicamente por dois motivos: Primeiro porque soube revitalizar antigos mitos e deu a eles todo um design renovado, com efeitos especiais (esses sim) realmente revolucionários. A mitologia do jovem escolhido para enfrentar um império do mal não é novo, faz parte de muitas estórias contadas ao longo da civilização, o que mudou aqui realmente foi a roupagem nova e moderna. George Lucas nesse sentido foi realmente genial. A segunda questão que fez "Star Wars" ser o sucesso que foi se baseia no resgate do cinema como diversão pura, algo que havia sido deixado de lado naqueles anos.
Os filmes de maneira em geral procuravam mostrar problemas sociais, dramas profundos, questões pertinentes. Com "Star Wars" não havia essa preocupação, o filme era diversão pela diversão apenas. O público que lotou os cinemas para assistir "Guerra Nas Estrelas" queria apenas se divertir e o filme de George Lucas era perfeito para isso. Quando a Fox deu autorização para a realização do filme mal sabia o que estava por vir. George Lucas era praticamente um novato com apenas um sucesso em sua filmografia, a comédia nostálgica "American Grafitti" e nada mais. No elenco não havia nenhuma grande estrela a não ser o veterano Alec Guiness, às portas de sua aposentadoria. Fora isso havia um carpinteiro (Harrison Ford), uma beldade filha de celebridades (Carrie Fisher) e um desconhecido no papel central (Mark Hamill). De orçamento apertado ninguém no set sabia que estaria naquele momento revolucionando nada. Em uma de suas biografias ficamos sabendo, por exemplo, que Alec Guiness não conseguia entender nada do que se passava na estória, apenas declamava suas falas por puro profissionalismo. O resultado final porém deixou todos surpresos, exceto talvez George Lucas que sabia estar usando de uma fórmula antiga mas que ainda poderia cair nas graças do público. Olhando para trás podemos entender que "Guerra nas Estrelas" também se tornou um divisor de águas. A partir de seu sucesso o cinema americano começou a sofrer um processo de juvenilização de suas produções. Na década de 70 imperava no cinema os grandes filmes de temáticas dramáticas como "O Poderoso Chefão", "Taxi Driver", etc. Depois de "Star Wars" os estúdios começaram a investir em filmes para um público mais jovem, infanto-juvenil. Não é para menos que os anos que viriam seriam os dourados para diretores ao estilo "Peter Pan" como Steven Spielberg e o próprio George Lucas. Se isso foi bom ou ruim já é tema para outra discussão. De qualquer modo "Star Wars" é um marco na história do cinema. Um filme que realmente revolucionou o modo de se fazer cinema nas décadas seguintes.
Guerra Nas Estrelas (Star Wars, Estados Unidos, 1977) Direção: George Lucas / Roteiro: George Lucas / Elenco: Mark Hamill, Harrison Ford, Alec Guinness, Carrie Fisher, Peter Cushing, Anthony Daniels, Kenny Baker, David Prowse / Sinopse: Luke Skywalker (Mark Hamill) é um jovem habitante de um planeta distante que parte em uma aventura contra um império do mal comandado pelo lado negro da força.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
A Ponte do Rio Kwai
Título Original: The Bridge on the River Kwai
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Horizon Pictures
Direção: David Lean
Roteiro: Carl Foreman, Michael Wilson
Elenco: William Holden, Alec Guinness, Jack Hawkins, Sessue Hayakawa, James Donald
Sinopse:
Com roteiro baseado na novela histórica de Pierre Boulle, o filme "A Ponte do Rio Kwai" conta a história de um grupo de militares ingleses e americanos, feitos prisioneiros pelos japoneses durante a II Guerra Mundial que são forçados a construir uma ponte no Rio Kwai.
Comentários:
Esse é sempre lembrado como um dos maiores filmes de guerra já feitos. E com razão. "A Ponte do Rio Kwai" é um filme maravilhoso que captou muito bem a mentalidade dos ingleses durante a guerra. E são levados a construírem uma ponte estratégia e aceitam o desafio com disciplina, empenho e eficácia, tudo para demonstrar aos japoneses o seu valor como soldados e principalmente como homens de verdade. A música tema assobiada é até hoje facilmente reconhecível, mas o mérito maior vai não apenas ao elenco maravilhoso, mas também ao cineasta David Lean, um mestte da sétima arte. Ele foi sem dúvida um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. Deixo aqui meus respeitos e meus aplausos.
Pablo Aluísio.
sábado, 12 de maio de 2007
A Queda do Império Romano

Direção: Acredito que o diretor Anthony Mann se perdeu com o tamanho da produção. O filme tem três horas de duração mas o enredo fica disperso, sem foco. Mesmo com todo esse tempo ele não conseguiu contar direito a história. Em muitos momentos se percebe que a direção está mais preocupada em explorar os cenários luxuosos do que investir nos personagens do filme. Na minha opinião esse é o típico caso em que a direção foi engolida pela produção do filme.
Elenco: Tem altos e baixos. Entre as interpretações de grande categoria o filme traz Alec Guiness perfeito na pele do Imperador Marco Aurélio. Suas cenas são excelentes, inclusive um inspirado monólogo de grande impacto. Christopher Plummer como o Imperador Comodus também está acima da média. Já do lado ruim no quesito de elenco temos uma Sophia Loren muito bonita mas canastrona até o último fio de cabelo encaracolado e um Livius (o mocinho do filme) muito xoxo interpretado por Stephen Boyd. Ele é tão sem graça que quase coloca todo o filme a perder. E pensar que esse papel seria do Charlton Heston.
Roteiro: Toma grandes liberdades com a história real dos Imperadores retratados no filme. Certamente não é historicamente correto e acredito inclusive que essa nunca foi a intenção dos roteiristas. De qualquer forma consegue, aos trancos e barrancos, prender a atenção do espectador.
A Queda do Império Romano (The Fall of the Roman Empire, Estados Unidos, 1964) Direção de Anthony Mann / Com Alec Guinness, Sophia Loren, Christopher Plummer, Omar Sharif, James Mason e Stephen Boyd / Sinopse: Maior império que o mundo já conheceu o Império Romano começa a entrar em colapso por causa de problemas internos ao qual o filme explora muito bem: corrupção, brigas internas, politicagem e um Imperador frívolo que negligencia a administração do Império em razão de sua obsessão por lutas de gladiadores.
Pablo Aluísio