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domingo, 12 de outubro de 2025

Os Filmes de Brad Pitt - Parte 2

Entrevista com o Vampiro
O primeiro filme de terror da carreira de Tom Cruise. Aqui ele interpreta Lestat, um dos personagens mais disputados em Hollywood na época. Baseado no famoso livro da escritora Anne Rice o filme era considerado êxito certo por causa da popularidade dos livros nos quais era baseado. A produção porém foi conturbada para o ator. Logo no começo ele teve que enfrentar a oposição da própria Anne Rice que o achava totalmente inadequado para o papel. Fato que ela revelou publicamente, colocando em dúvida a capacidade de Cruise em fazer seu famoso personagem vampiro com a sofisticação necessária. Além de ter que lidar com Rice, Cruise ainda encontrou problemas dentro do próprio set. Ele não se deu bem com seu parceiro em cena, Brad Pitt. Ambos começaram a disputar entre si para ver quem roubaria o filme de quem. O diretor Neil Jordan, que vinha do sucesso cult "Traídos Pelo Desejo" não conseguiu se impor aos astros em plena guerra de egos inflados.

No final, apesar dos problemas o filme se tornou um grande sucesso e Cruise, para surpresa de todos, recebeu diversos elogios por sua caracterização de Lestat de Lioncourt. Para coroar ainda mais o bom momento a própria Rice acabou dando o braço a torcer e se desculpou (também publicamente) por ter criticado Cruise antes mesmo de ver seu trabalho em cena. O filme também foi bem recebido pela crítica em geral que considerou a adaptação correta e em bom tom. De certa forma a produção acabaria revivendo o mito do vampiro no cinema o que iria desandar nos tempos atuais onde os seres noturnos parecem estar em todos os lugares: seriados de TV, franquias de sucesso no cinema, jogos de videogame, best sellers, etc. Anne Rice pode ser considerada a verdadeira responsável por essa onda de vampirismo na cultura pop que vivemos atualmente. Ela trouxe o velho monstro de volta à moda. Se isso foi bom ou ruim já é tema para outro tipo de discussão.

Entrevista Com o Vampiro (Interview With the Vampire, Estados Unidos, 1994) Direção: Neil Jordan / Roteiro: Neil Jordan, Michael Cristofer, Anne Rice / Elenco: Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Christian Slater, Kirsten Dunst, Stephen Rea / Sinopse: "Entrevista Com o Vampiro" foi baaseado no famoso livro de mesmo nome da autora Anne Rice. Nele acompanhamos Louis (Brad Pitt), um vampiro secular que resolve contar sua história para um jovem repórter (Christian Slater).

Lendas da Paixão
Depois das complicadas filmagens de “Entrevista com o Vampiro” (onde se fala na boca pequena que Brad Pitt e Tom Cruise não se deram nada bem) o agora astro Pitt embarcou em uma produção feita justamente para faturar em cima de sua notoriedade como celebridade e símbolo sexual. É algo que se repete em tempos em tempos em Hollywood. A cada geração surge um ator com look impecável que logo cai nas graças do público feminino. Inicialmente os estúdios correm para aproveitar e faturar muito em cima de seu visual, criando filmes bonitos de se ver, com ótima produção e temas supostamente edificantes (de preferência com muito romance). Depois esse novo astro começa a se cansar de ser visto apenas como um rostinho bonito feito sob medida para interpretar personagens galãs e tenta partir para outra. Com Brad Pitt a cartilha foi seguida à risca. No começo ele era apenas um jovem bonito, com longos cabelos loiros que enfeitiçava as mulheres. Depois tentou ganhar status de ator sério em produções mais ousadas como “Clube da Luta” ou “Os 12 Macacos”.

Esse “Lendas da Paixão” faz parte da fase em que Brad Pitt era apenas um rostinho bonito em evidência nas páginas das revistas femininas. De fato foi o primeiro filme em que se apoiou completamente em seu nome como apelo junto às platéias do sexo oposto. O roteiro não é grande coisa mas temos uma produção bonita, com tomadas ao estilo cartão postal e um elenco de apoio de peso (com direito à presença do grande ator Anthony Hopkins) para dar um suporte e status de filme importante. Particularmente nunca fui fã de “Lendas da Paixão”. Acho que realmente se trata de um filme um tanto quanto vazio em suas qualidades cinematográficas. Obviamente que não faço parte do público a que essa produção se destina mas de um modo em geral acho um produto que não marca, e que por isso envelheceu um pouco precocemente. Foi importante para Brad Pitt em um momento da carreira dele em que tinha que provar que poderia segurar um filme desse porte sozinho, como grande chamariz de bilheteria, mas fora isso não penso que tenha sido algo que contribuiu para seu desenvolvimento como ator – algo que faria brilhantemente nos anos seguintes, aceitando participar de filmes interessantes e relevantes. Já para quem está atrás do lado galã do ator penso que “Lendas da Paixão” é de fato o produto ideal. Se é isso que você busca só posso mesmo desejar uma boa sessão.

Lendas da Paixão (Legends of the Fall, Estados Unidos, 1994) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Susan Shilliday, William D. Wittliff / Elenco: Brad Pitt, Anthony Hopkins, Aidan Quinn / Sinopse: “Lendas da Paixão” narra a saga de uma família tipicamente americana durante os conturbados eventos históricos que se abateram sobre a nação durante o começo do século XX.

Brad Pitt e as Lendas da Paixão
Revi "Lendas da Paixão". Quando o filme foi lançado originalmente em 1994 tive a oportunidade de assistir nos cinemas. Digo que não fiquei particularmente impressionado. Ficou aquela sensação de se tratar de um "novelão" americano, com muito sentimentalismo fora do tom. Hoje em dia me soou bem melhor. Talvez o cinema atual esteja tão sem inspiração que até um filme dos anos 90 que não me impressionou muito no passado, agora se torne bem melhor.

A palavra "saga" pode inclusive ser bem usada aqui. A história é justamente a saga de uma família de três irmãos. O pai (interpretado por Anthony Hopkins) foi um coronel do exército americano durante as chamadas guerras indígenas. Ele ficou tão perplexo com a forma que o governo tratou os nativos que pediu baixa e foi viver numa fazenda no sopé da montanha com seus filhos pequenos. A esposa não aguentou a austeridade daquela vida e foi embora. Assim os meninos foram criados soltos, no meio daquela natureza exuberante.

O protagonista real do filme é justamente um dos filhos, o mais selvagem e indomável deles, chamado Tristan (em boa atuação de Brad Pitt). Ele conhece a futura esposa de seu irmão mais novo e até fica interessada por ela, mas se contém. Tudo muda quando os irmãos vão para a Europa, lutar na I Guerra Mundial. O caçula morre metralhado em um arame farpado e mesmo Tristan tendo feito tudo para protegê-lo não consegue salvar sua vida. De volta aos Estados Unidos ele finalmente se casa com aquela que iria se casar com seu irmão. Porém é um daqueles personagens trágicos, que não consegue lidar nem consigo mesmo. Por isso após alguns meses ganha o mundo, indo trabalhar em veleiros que viajam pelos mais distantes oceanos.

Assim Brad Pitt teve a oportunidade de interpretar um personagem com várias facetas em sua personalidade ao mesmo tempo... herói trágico, homem indomável, amante perfeito, cheio de sentimentos e angústias pessoais que não conseguia mais lidar. Claro que o papel caía como uma luva para ele. Com longos cabelos loiros ele fotografou muito bem nas tomadas, o que fez aumentar e muito seu fã clube feminino na época. Ele era considerado um dos grandes galãs do cinema, rivalizando com Tom Cruise. O interessante é que Pitt sobreviveu bem ao tempo, teve uma carreira produtiva, com muitos bons filmes e não caiu na armadilha de ser apenas um rostinho bonito no cinema com prazo de validade. Hoje ele está com 55 anos de idade, bem longe do jovem que vemos nesse filme. Porém o tempo lhe fez bem, pois ele sem dúvida amadureceu bastante como ator. Esse "Lendas da Paixão" é um bom exemplo do tempo em que ele efetivamente se tornou um grande astro em Hollywood.

Seven
Filmes sobre psicopatas geralmente costumam ser muito bons, principalmente quando o roteiro explora a mente desses assassinos de forma inteligente e original. É uma longa tradição em Hollywood a produção desse tipo de filme, basta lembrar do clássico “Psicose” do mestre Hitchcock para entender bem esse aspecto. Aqui em “Seven – Os Sete Crimes Capitais” temos um exemplo mais recente de uma obra cinematográfica que aborda o tema de forma maravilhosamente bem executada. Embora conte em seu elenco com um jovem Brad Pitt a verdade pura e simples é que a grande estrela de “Seven” é seu roteiro muito bem trabalhado e estruturado. Na trama um serial killer mata suas vítimas com requintes de crueldade, tentando reviver nas mortes os chamados sete pecados capitais, a saber: Luxúria, Gula, Preguiça, Ira, Inveja, Cobiça e Vaidade. Em cada assassinato o psicopata deixa sua marca, numa clara tentativa de punir suas vitimas por serem pecadores desses sete pecados capitais.

Para investigar as mortes é designada uma dupla de policiais, formada pelo veterano tenente William Somerset (Morgan Freeman) e pelo novato detetive David Mills (Brad Pitt), jovem e explosivo tira com sede de novas experiências. O roteiro, muito bem escrito, explora um dos tipos de serial killers mais interessantes que existem para a dramaturgia, os chamados “assassinos religiosos” que geralmente encontram base para seus crimes em textos litúrgicos, onde imprimem uma interpretação mais do que pessoal ao que lêem nesses livros. A direção de arte é um dos grandes trunfos de “Seven” pois todas as cenas dos crimes mais parecem quadros macabros da mente do assassino. No fundo é apenas uma das várias assinaturas que o cineasta David Fincher vai deixando pelo caminho. Um dos últimos diretores realmente autorais do cinema americano da atualidade, Fincher faria sua obra prima alguns anos depois em “Clube da Luta”. Assim fica a recomendação de “Seven” um filme inteligente e perturbador nas medidas certas. Grande momento do chamado filão de filmes sobre assassinos em série.

Seven – Os Sete Crimes Capitais (Se7en, Estados Unidos, 1995) Direção: David Fincher / Roteiro: Andrew Kevin Walker / Elenco: Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow / Sinopse: Assassino em Série começa a executar suas vítimas usando como modelo os sete pecados capitais. Cada um dos crimes procura reproduzir as sete infrações religiosas. Para descobrir a autoria dos assassinatos dois policiais, um veterano e um novato, entram em campo.

Seven - Os Sete Crimes Capitais
Assisti "Seven" apenas uma vez, há mais de vinte anos, quando o filme chegou nas telas de cinema do Brasil. Claro que gostei bastante. O roteiro era muito bem escrito, uma bem bolada fita policial sobre um assassino em série que matava suas vítimas de acordo com os Sete Pecados Capitais. Os tiras que vão tentar resolver o caso formam uma dupla improvável. O mais velho deles, interpretado por Morgan Freeman, está às portas da aposentadoria. Ele tem apenas mais uma semana de trabalho. Seu novo parceiro é um jovem detetive, na pele de Brad Pitt, que chega para trabalhar ao lado do veterano. O primeiro crime é revelado quando eles encontram um homem absurdamente obeso, com o rosto afundando em um prato de macarrão. Ele teria sido morto por praticar o pecado da gula. A segunda vítima é um advogado, um sujeito que ganha a vida defendendo criminosos, estupradores e assassinos. Ganha a vida mentindo, para deixar nas ruas esses psicopatas, tudo por causa de dinheiro. Seria o pecado da ganância. Depois surge uma modelo, uma mulher extremamente bonita, mas vaidosa ao extremo, apaixonada por si mesma. Ela morre em uma cena de crime muito parecida com a morte de Marilyn Monroe, numa cama de lençóis brancos, segurando um telefone. O cerco vai se fechando e sobram apenas dois pecados: ira e inveja. Esses dois pecados capitais vão ser decisivos na cena final, quando os detetives entram em um jogo armado pelo serial killer. Um final realmente arrebatador - dependendo, é claro, do seu ponto de vista.

O diretor David Fincher criou uma espécie de filme noir moderno. As ruas são sujas, está sempre chovendo (com ecos de "Blade Runner") e tanto o assassino como suas vítimas vivem em ambientes decadentes, imundos. O personagem de Pitt é impulsivo, algumas vezes violento, e não pensa muito antes de agir. O extremo oposto de Freeman, sempre racional, tentando descobrir os próximos passos do assassino. É curioso essa diferença entre eles pois apesar de ser um clichê dos filmes de duplas policiais, até que funciona muito bem. Gwyneth Paltrow, que interpreta a esposa do tira de Brad Pitt, está no filme por motivos óbvios. Ela era namorada do astro galã na época, causando sensação nas revistas de fofocas. O estúdio então pensou que seria uma boa promoção colocá-la no elenco.

Por fim cabe ressaltar o papel de Kevin Spacey no filme. Ele é o vilão, o serial killer dos sete pecados capitais. Hoje em dia Spacey caiu em desgraça por causa das várias acusações de assédio sexual (inclusive contra menores de idade). Algo que provavelmente vai destruir sua carreira. Não deixa de ser uma grande pena porque ele sempre foi um grande ator, como bem demonstrado aqui nesse Se7en. Ele demora praticamente dois terços do filme para aparecer, mas quando finalmente surge na tela acaba roubando as atenções. A cena final, com eles no deserto, no meio daquelas grandes estações de energia, é um primor de ironia e humor negro (sem tentar ser engraçado, é bom frisar). No fim de tudo Morgan Freeman fala uma frase de Ernest Hemingway, que apesar dele próprio não acreditar muito nela, fecha com chave de ouro esse roteiro acima da média. Um grand finale, sem dúvida.

Seven: Os Sete Crimes Capitais (Se7en, Estados Unidos, 1995) Direção: David Fincher / Roteiro: Andrew Kevin Walker / Elenco: Morgan Freeman, Brad Pitt, Kevin Spacey, Gwyneth Paltrow / Sinopse: Dois policias tentam descobrir a identidade de um assassino em série que mata suas vítimas de acordo com os sete pecados capitais (gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja). Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição (Richard Francis-Bruce). Também indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Roteiro Original (Andrew Kevin Walker).

Os 12 Macacos
Em se tratando de Terry Gilliam ninguém realmente poderia esperar por uma ficção comum, do tipo que se vê por ai todos os dias. A principal característica desse cineasta sempre foi a criação de um universo próprio, com um visual surreal (diria até psicodélico), tudo embalado por uma direção de arte sui generis, completamente fora dos padrões convencionais. Para quem havia dirigido verdadeiros delírios cinematográficos como "Brazil: O Filme" e "As Aventuras do Barão de Münchausen" não era mesmo de se esperar algo diferente. O curioso é que o projeto original passou pelas mãos do também criativo diretor Luc Besson, mas esse acabou indicando Terry Gilliam para a direção. A Universal ficou um pouco receosa pois o diretor não tinha muita experiência em trabalhar com filmes Sci-Fi. O receio porém não se confirmou. Temos aqui o que para muitos críticos foi um dos filmes de ficção mais inventivos, originais e criativos dos anos 1990. 

Com um visual que beira a insanidade, o que combinou muito bem com a proposta do diretor, o que se viu foi uma daquelas produções que ficaram na mente por muitos anos. O curioso é que um filme tão inovador em termos estéticos acabou sendo estrelado por dois astros do lado mais comercial de Hollwyood. Tanto Bruce Willis como Brad Pitt eram nomes fora de rota para um filme tão inovador como esse. Acabaram participando de um grande projeto, em especial Brad Pitt, que interpretava um sujeito louco, dado a acessos de fúria e insanidade completa. Essa atuação aliás marcou o ponto de virada na carreira do ator que deixou de ser um mero galã de Hollywood para ser um verdadeiro ator (no sentido estrito da palavra), disposto a alcançar maiores desafios. Em suma, se ainda não assistiu a essa pequena obra prima Sci-Fi chamada "Twelve Monkeys" corra para ver. No mínimo você terá uma experiência diferente do que está acostumado a assistir. 

Os 12 Macacos (Twelve Monkeys, Estados Unidos, 1995) Estúdio: Universal Pictures / Direção: Terry Gilliam / Roteiro: Chris Marker, David Webb Peoples / Elenco: Bruce Willis, Brad Pitt, Madeleine Stowe, Michael Chance, Jon Seda, Vernon Campbell / Sinopse: Em um futuro sombrio, com o planeta devastado por doenças terríveis, um homem é enviado para o passado com o objetivo de colher informações sobre um vírus letal que se espalhou por toda a humanidade. De volta ao tempo ele acaba encontrando as origens da epidemia que devastou a população mundial ao mesmo tempo em que esbarra com os tipos mais insanos que já viu em sua vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (Brad Pitt) e Melhor Figurino (Julie Weiss). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Brad Pitt).

Os 12 Macacos
Quem acompanha cinema há bastante tempo já sabe que, em se tratando do diretor Terry Gilliam, não há espaços para banalidades ou lugares comuns em sua obra. Terry Gilliam é aquele tipo de cineasta empenhado em dar cor e sabor muito peculiares em tudo que dirige. Seus filmes fogem do comum, a direção de arte é praticamente barroca e os roteiros não se rendem a clichês baratos. Nesse aspecto "Twelve Monkeys" é uma de suas películas mais curiosas e interessantes. Tudo bem que se trata de um remake americano para o filme "La Jetée", e isso poderia comprometer sua originalidade. 

Gilliam porém passa por cima desse rótulo e consegue criar com suas ferramentas cinematográficas algo próprio, quase autoral. O roteiro é inteligente e intrigante e por isso muitos não vão conseguir captar todas as nuances de uma trama surreal e complexa. O elenco, cheio de estrelas, acaba surpreendendo também, principalmente Brad Pitt que joga fora sua imagem de galã e se transforma, inclusive fisicamente, para dar corpo ao seu personagem esquisito, bizarro e transtornado. "Os 12 Macacos" é de fato uma das últimas ficções realmente inteligentes do cinema americano.

Os 12 Macacos (Twelve Monkeys, Estados Unidos, 1995) Estúdio: Universal Pictures / Direção: Terry Gilliam / Roteiro: Chris Marker, David Webb Peoples / Elenco: Bruce Willis, Madeleine Stowe, Brad Pitt / Sinopse: O ano é 2035. A Terra está devastada por um vírus que matou grande parte da humanidade. Para tentar entender o que se passou um explorador, James Cole (Bruce Willis), é enviado ao passado para tentar conter a proliferação da epidemia que se transformaria na danação da raça humana. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt) e Melhor Figurino. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt). Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de  Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt), Melhor Figurino e Melhor Filme de Ficção.

Sleepers: A Vingança Adormecida 
Em 1996 um jovem astro em ascensão chamado Brad Pitt atuou em um filme com o título de "Sleepers: A Vingança Adormecida", Dirigido pelo cineasta Barry Levinson, o filme contava com um grande elenco, cheio de astros, entre eles Robert De Niro, Kevin Bacon e Dustin Hoffman. No meio de tanta gente famosa, ficou um pouco mesmo complicado se destacar. É um filme bem interessante, mostrando quatro amigos de infância que foram detidos ainda na juventude, por onde sofreram todos os tipos de abusos e agressões. Muitos anos depois se reúnem e decidem se vingar de quem os violentou no passado. 

O filme não fez tanto sucesso, apesar dos nomes envolvidos, mas é um dos melhores da filmografia do ator, principalmente pelo seu roteiro, muito bem escrito. Além disso foi por demais interessante para Pitt atuar com tantos nomes consagrados de Hollywood ao mesmo tempo. Como ele mesmo disse em entrevista foi um "verdadeiro aprendizado". Provavelmente não fez o sucesso devido por causa do tema pesado. De qualquer forma deixo a dica desse excelente drama dos anos 90. 

Sleepers: A Vingança Adormecida (Sleepers, Estados Unidos, 1996) Estúdio: Polygram Filmed Entertainment / Direção: Barry Levinson / Roteiro: Lorenzo Carcaterra, Barry Levinson / Elenco: Robert De Niro, Kevin Bacon, Brad Pitt, Dustin Hoffman, Minnie Driver, Vittorio Gassman / Sinopse: Depois de muitos anos, quatro amigos de infância e juventude se reencontram. As lembranças se tornam dolorosas porque eles na época cometeram um crime, foram presos e brutalizados na prisão. Superar tudo no presente será um novo desafio. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (John Williams). 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Os Filmes de Brad Pitt - Parte 1

Thelma & Louise
Existem filmes que nascem pequenos e despretensiosos e depois ganham a simpatia do público, se tornando grandes sucessos de bilheteria. Com o passar dos anos acabam também sendo considerados pequenas obras cultuadas, elevando seu status, se transformando em cult movies. Um exemplo perfeito disso temos aqui com "Thelma & Louise". A Warner bancou a realização do filme, porém jamais apostou muito nele. Foi lançado discretamente nos Estados Unidos e ganhou poucas resenhas significativas nas revistas de cinema da época. O público (especialmente o feminino) porém adorou o filme e assim começou uma propaganda boca a boca que acabou se refletindo nas bilheterias, tornando "Thelma & Louise" o grande campeão de venda de ingressos daquela temporada. O que explicaria esse tipo de fenômeno? Em minha forma de ver a situação o filme caiu nas graças do espectador porque explorava algo que diz respeito a muitas mulheres pelo mundo afora. As duas personagens principais são esposas frustradas, atoladas em casamentos ruins e relacionamentos destrutivos, que procuram encontrar uma saída para essa encruzilhada que se tornou suas vidas. Para elas o que deveria ser a felicidade de um casamento perfeito acabou se transformando em algo insuportável de tolerar. Então elas simplesmente pegam um carro e caem na estrada, procurando pela liberdade que sempre desejaram.

Não é complicado de entender que a fórmula e o segredo do filme se concentram justamente nisso, nessa situação de dar um basta a uma vida de fachada, infeliz e reprimida, para finalmente buscar o que se deseja, sair pelo mundo em busca de aventuras e ser feliz de uma vez por todas. Some-se a isso a bela atuação da dupla Susan Sarandon e Geena Davis e você entenderá porque afinal o filme fez tanto sucesso. De quebra ainda trouxe um jovem Brad Pitt, ainda desconhecida na época, como um cowboy sensual que seduz uma delas. Que mulher não ficaria extasiada com algo assim? A sociedade muitas vezes massacra a posição da mulher, geralmente a colocando numa situação de submissão e repressão. O enredo de "Thelma & Louise" funcionava justamente como uma válvula de escape para tudo isso. Olhando sob esse ponto de vista realmente o resultado foi acima das expectativas.

Thelma & Louise (Thelma & Louise, Estados Unidos, 1991) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Callie Khouri / Elenco: Susan Sarandon, Geena Davis, Harvey Keitel, Brad Pitt, Michael Madsen / Sinopse: Thelma (Geena Davis) e Louise (Susan Sarandon) são duas amigas que resolvem dar uma guinada na vida. Cansadas de seus relacionamentos ruins e doentios elas resolvem pegar a estrada, buscando por aventuras na rota 66. Filme vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original (Callie Khouri). Também indicado na categorias de Melhor Atriz (Susan Sarandon e Geena Davis, ambas indicadas), Direção, Fotografia e Edição. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro.

Johnny Suede
Depois de chamar a atenção com "Thelma & Louise" os produtores lançaram no mercado um estranho filme que Brad Pitt havia estrelado chamado "Johnny Suede". Esse filme chegou a ser lançado no Brasil, em VHS, mas pouquíssimas pessoas assistiram. Era uma produção nonsense, com pretensões de se tornar cult, trazendo Pitt interpretando um personagem com um imenso topete (de fazer inveja a Elvis e James Dean). O roteiro era fraco e o filme como um todo não fazia muito sentido. Mesmo assim, visando principalmente ganhar algum proveito em cima da fama do ator, acabou sendo lançado, mas sem causar maior interesse tanto do público como da crítica. 

Tive a oportunidade de assistir ao filme na época, em VHS. Pelo que me consta jamais foi lançado em nossos cinemas. Afinal nesse tempo Pitt não era conhecido, poucos tinham ouvido falar em seu nome, além disso o filme não tinha a menor chance de fazer sucesso comercial em nosso cinemas, primeiro por ser esquisito demais. Segundo por não ter nenhum grande nome popular em seu elenco. Assim acabou passando em brancas nuvens realmente. Só os mais antenados assistiram. 

Johnny Suede (Johnny Suede, Estados Unidos, 1991) Direção: Tom DiCillo / Roteiro: Tom DiCillo / Elenco: Brad Pitt, Richard Boes, Cheryl Costa / Sinopse: Jovem músico desconhecido sonha em se tornar uma estrela de rock ao estilo anos 50, cantando Rockabilly. Só que realizar esse sonho não vai ser nada fácil como ele bem vai descobrir. 

Mundo Proibido
Em 1992 Brad Pitt estrelou outro filme que era bem fora dos padrões chamado "Mundo Proibido". Essa produção misturava cenas com atores reais e desenhos animados. Era de certa forma uma nova versão mais pobre e sem os mesmos recursos do sucesso "Uma Cilada Para Roger Rabitt". A protagonista era uma versão animada da atriz Kim Basinger, que fazia de tudo para copiar a sensual Jessica Rabbit. O filme não deu certo, foi fracasso de público e crítica, justamente por não ser nada original. Nem o clima de fim noir, que o diretor tentou imprimir à direção de arte, ajudou. Hoje em dia é uma produção que poucos conhecem, sendo praticamente desconhecida.

De minha parte realmente tenho poucos elogios a tecer sobre essa animação. A Kim animada era bem mais bonita e sensual do que a Kim do mundo real. Os cartunistas não foram econômicos em lhes dar muitas curvas e sensualidade. O fato porém é que Kim Basinger, apesar de ser uma atriz popular na época, não tinha todo esse cacife para virar desenho animado de sucesso. Ela não era assim tão mundialmente conhecida. Dessa maneira o filme realmente não aconteceu e só circulou entre poucas pessoas, no mercado de vídeos VHS dos anos 90. 

Mundo Proibido (Cool World, Estados Unidos, 1992) Direção: Ralph Bakshi / Roteiro: Michael Grais, Mark Victor / Elenco: Gabriel Byrne, Kim Basinger, Brad Pitt, Janni Brenn / Sinopse: Uma personagem de história em quadrinhos quer viver no mundo real e para isso não mede esforços, chegando a seduzir seu próprio criador. 

Nada é Para Sempre
No Estado americano de Montana, no começo do século XX, dois jovens crescem e enfrentam as adversidades da vida adulta. São filhos do reverendo Maclean (Tom Skerritt). Paul (Brad Pitt) é impulsivo, rebelde e aventureiro. Norman (Craig Sheffer) apenas deseja seguir os passos de seu pai. O estouro da I Guerra Mundial trará grandes modificações no seio familiar. Eu poderia escrever um texto bem longo sobre essa produção dirigida por Robert Redford mas isso iria ser desnecessário porque o filme pode ser resumido numa frase simples: "Nada é Para Sempre" é um filme bonito. Isso mesmo. A produção não é apenas bonita por ter sido filmada numa das reservas naturais mais belas dos Estados Unidos, o que resultou numa fotografia de encher os olhos. Ele é bonito porque tem um roteiro com muito lirismo, nostalgia e saudosismo. 

Baseado em fatos reais o filme se apóia nas ternas lembranças de Norman Maclean, um professor em idade avançada que vai recordando os anos de sua juventude ao lado de seu irmão e seus pais. Como pano de fundo as pescarias que faziam juntos, com o rio servindo como um símbolo da própria vida que passa por nós! Tudo muito suave, relembrado com muita ternura. Embora seja estrelado pelo ator Craig Sheffer, o filme acabou sendo um dos primeiros de repercussão do jovem Brad Pitt. Ainda meio desconhecido dentro da indústria Brad mostra muita desenvoltura e boa disposição no papel de Paul, o filho caçula dos Macleans. Interessante notar que mesmo em um filme dirigido por Redford o praticamente novato Pitt não se intimidou e aparece bem à vontade, num sinal do grande astro que ele iria se transformar dentro de alguns anos. Esse papel causou suspiros em suas jovens fãs no começo dos anos 90 pois Brad estava no auge da juventude e beleza. Como se isso não bastasse o filme ainda é agraciado por uma das melhores trilhas incidentais que já ouvi. "Nada é Para Sempre" é isso, bonito como sua fotografia, belo como o lirismo de seu roteiro e um colírio para os olhos por suas lindas paisagens naturais. Se ainda não assistiu fica a dica, sendo você um amante da beleza ou não. 

Nada é Para Sempre (A River Runs Through It, Estados Unidos, 1992) Direção: Robert Redford / Roteiro: Richard Friedenberg baseado no livro de Norman Maclean / Elenco: Craig Sheffer, Brad Pitt, Tom Skerritt / Sinopse: No Estado americano de Montana, no começo do século XX, dois jovens crescem e enfrentam as adversidades da vida adulta. São filhos do reverendo Maclean (Tom Skerritt). Paul (Brad Pitt) é impulsivo, rebelde e aventureiro. Norman (Craig Sheffer) apenas deseja seguir os passos de seu pai. O estouro da I Guerra Mundial trará grandes modificações no seio familiar. 

Kalifornia
Poucos ainda se recordam hoje em dia desse que foi um dos primeiros filmes de Brad Pitt a ganhar maior repercussão. De fato até aquele momento o ator só tinha se destacado mesmo com sua pontinha em "Thelma e Louise" e depois no drama nostálgico "Nada é Para Sempre", uma emocional volta ao passado dirigido pelo sempre correto Robert Redford na direção. "Kalifornia" destoa de todos os seus trabalhos anteriores. O filme é de complicada classificação pois passeia com êxito por diferentes gêneros cinematográficos. É extremamente violento e impactante mas isso não lhe tira o foco do aspecto mais humanos dos personagens insanos. A trama investe num tipo que tem se tornado comum nos últimos anos - a dos fãs de Serial Killers. Existe todo um nicho específico para os que gostam de conhecer as histórias desses assassinos em série. Há vasta literatura sobre o assunto e milhares de sites que possuem como temática a vida desses psicopatas. O tema, apesar de assustador e terrível, já entrou definitivamente dentro da cultura pop.

Pois bem, no filme acompanhamos um casal de jornalistas que resolvem visitar os locais históricos por onde passaram os mais famosos assassinos da história dos EUA; Brian Kessler (David Duchovny) e Carrie Laughlin (Michelle Forbes) formam o casal que decide embarcar nessa estranha viagem. Para dividir os custos da viagem resolvem colocar um anúncio nos jornais convidando pessoas que se interessem pelo assunto e que queiram fazer a mesma excursão. Quem responde aos anúncios é o casal formado por Adele Corners (Juliette Lewis) e Early Grayce (Brad Pitt). Ela é uma mulher submissa ao irascível marido, Early que não parece ter o juízo no lugar. O que não sabem é que ele próprio é um psicopata violento, com acessos de fúria e violência. A viagem que parecia ser um tanto inusitada acaba virando um terror completo para todos os envolvidos. Kalifornia causou certa polêmica em seu lançamento justamente porque há um viés de apologia à vida desses assassinos. Não penso que seja o caso, na realidade se trata de um bem orquestrado road movie com muitas cenas de suspense e tensão. Uma boa amostra do cinema mais ousado da década de 90. Procure conhecer, vai valer a pena.

Kalifornia - Uma Viagem ao Inferno (Kalifornia, Estados Unidos, 1993) Direção: Dominic Sena / Roteiro: Stephen Levy, Tim Metcalfe / Elenco: Brad Pitt, Juliette Lewis, Kathy Larson,  David Duchovny / Sinopse: Casal resolve conhecer os lugares históricos onde viveram os principais psicopatas dos Estados Unidos. Para dividir as despesas resolve viajar com um outro casal. O problema é que eles não serão bons companheiros de viagem.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

F1: O Filme

F1: O Filme
A Fórmula 1 está aí há muitas décadas. É a categoria mais prestigiada do automobilismo mundial. Só que apesar de tudo isso ainda não fizeram um excelente filme sobre esse esporte. Esse novo "F1: O Filme" ainda não é o filme definitivo sobre Fórmula 1, mas devo dizer que fizeram um bom trabalho. É um bom filme. O roteiro não tem lá muita originalidade, temos que admitir, mas ainda assim é um daqueles filmes que prendem nossa atenção. Aliás filmes sobre corridas em geral formam um dos nichos cinematográficos mais antigos que existem. Até o Charles Chaplin fez o seu filme de corridas, então novidade nenhuma. Ainda assim conseguiram fazer um filme legal de um tema que já foi feito e refeito pelo cinema ao longo de todos esses anos. 

O personagem de Brat Pitt nesse filme reúne em torno de si alguns velhos clichês. É o piloto veterano que no passado foi considerado uma grande promessa, com grande potencial para ser o novo campeão. Só que o destino tem seus caprichos e ele acabou saindo da pista (literalmente falando!). Então os anos se passaram, muita coisa aconteceu e eis que ele ganha uma segunda chance de pilotar um carro de fórmula 1. Equipe pequena, um tanto desorganizada, quase fechando as portas, mas nesse tipo de filme sabemos bem o que isso vai significar no final. As cenas de corridas, como era de esperar, são muito bem realizadas. Edição nota 10. Algumas coisas no enredo não serão engolidas facilmente por quem gosta de F1, como por exemplo, largar em última posição e chegar em primeiro no final. Só que esse tipo de coisa eu desconsidero. Não vejo como defeito. Afinal estamos falando de cinema e a fantasia faz parte da sétima arte desde sempre, desde sua criação. De uma maneira ou outra, assista ao filme. Como pura diversão esse F1 vale bastante a pena. 

F1: O Filme (F1, Estados Unidos, 2025) Direção: Joseph Kosinski / Roteiro: Joseph Kosinski, Ehren Kruger / Elenco: Brad Pitt, Javier Bardem, Damson Idris, Kerry Condon / Sinopse: Nesse filme o ator Brat Pitt interpreta um piloto veterano. No passado, nos anos 90, ele quase morreu em grave acidente na Fórmula 1. O tempo passou e agora, já bastante veterano, ganha uma nova chance para mostrar seu valor nas pistas da principal categoria do automobilismo ao redor do mundo. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Mundo Proibido

Mundo Proibido
Em 1992 Brad Pitt estrelou outro filme que era bem fora dos padrões chamado "Mundo Proibido". Essa produção misturava cenas com atores reais e desenhos animados. Era de certa forma uma nova versão mais pobre e sem os mesmos recursos do sucesso "Uma Cilada Para Roger Rabitt". A protagonista era uma versão animada da atriz Kim Basinger, que fazia de tudo para copiar a sensual Jessica Rabbit. O filme não deu certo, foi fracasso de público e crítica, justamente por não ser nada original. Nem o clima de fim noir, que o diretor tentou imprimir à direção de arte, ajudou. Hoje em dia é uma produção que poucos conhecem, sendo praticamente desconhecida.

De minha parte realmente tenho poucos elogios a tecer sobre essa animação. A Kim animada era bem mais bonita e sensual do que a Kim do mundo real. Os cartunistas não foram econômicos em lhes dar muitas curvas e sensualidade. O fato porém é que Kim Basinger, apesar de ser uma atriz popular na época, não tinha todo esse cacife para virar desenho animado de sucesso. Ela não era assim tão mundialmente conhecida. Dessa maneira o filme realmente não aconteceu e só circulou entre poucas pessoas, no mercado de vídeos VHS dos anos 90. 

Mundo Proibido (Cool World, Estados Unidos, 1992) Direção: Ralph Bakshi / Roteiro: Michael Grais, Mark Victor / Elenco: Gabriel Byrne, Kim Basinger, Brad Pitt, Janni Brenn / Sinopse: Uma personagem de história em quadrinhos quer viver no mundo real e para isso não mede esforços, chegando a seduzir seu próprio criador.

Pablo Aluísio. 

domingo, 23 de março de 2025

Novos Livros de Cinema: Brad Pitt e Leonardo DiCaprio

Novos Livros de Cinema: Brad Pitt e Leonardo DiCaprio
Dando prosseguimento em nossas publicações, colocamos à venda nesse mês de março mais dois títulos para nossa coleção de cinema. Os livros dessa vez detalham as carreiras e os filmes de Brad Pitt e Leonardo DiCaprio. Edições caprichadas, com muitas informações. Segue abaixo os detalhes e os links para adquirir esses novos livros sobre cinema. 

Leonardo DiCaprio
Os filmes do ator ao longo de sua carreira. Dados e curiosidades sobre esse ícone do cinema mundial. Você é fã de Leonardo DiCaprio e gosta de seus filmes? Venha conhecer mais sobre ele no cinema, tanto como ator, mas também como produtor de uma lista de filmes interessantes. Compre o Livro clicando abaixo nos links!



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Brad Pitt
Uma análise dos filmes e da carreira do ator Brad Pitt, com informações, resenhas, fichas técnicas dos filmes e principais informações. Além disso esse livro também traz informações sobre sua vida pessoal e amorosa. Gosta do Brad Pitt? Então esse é o seu livro!  Compre o Livro clicando abaixo nos links!



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Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 19 de março de 2025

Johnny Suede

Johnny Suede
Depois de chamar a atenção com "Thelma & Louise" os produtores lançaram no mercado um estranho filme que Brad Pitt havia estrelado chamado "Johnny Suede". Esse filme chegou a ser lançado no Brasil, em VHS, mas pouquíssimas pessoas assistiram. Era uma produção nonsense, com pretensões de se tornar cult, trazendo Pitt interpretando um personagem com um imenso topete (de fazer inveja a Elvis e James Dean). O roteiro era fraco e o filme como um todo não fazia muito sentido. Mesmo assim, visando principalmente ganhar algum proveito em cima da fama do ator, acabou sendo lançado, mas sem causar maior interesse tanto do público como da crítica. 

Tive a oportunidade de assistir ao filme na época, em VHS. Pelo que me consta jamais foi lançado em nossos cinemas. Afinal nesse tempo Pitt não era conhecido, poucos tinham ouvido falar em seu nome, além disso o filme não tinha a menor chance de fazer sucesso comercial em nosso cinemas, primeiro por ser esquisito demais. Segundo por não ter nenhum grande nome popular em seu elenco. Assim acabou passando em brancas nuvens realmente. Só os mais antenados assistiram. 

Johnny Suede (Johnny Suede, Estados Unidos, 1991) Direção: Tom DiCillo / Roteiro: Tom DiCillo / Elenco: Brad Pitt, Richard Boes, Cheryl Costa / Sinopse: Jovem músico desconhecido sonha em se tornar uma estrela de rock ao estilo anos 50, cantando Rockabilly. Só que realizar esse sonho não vai ser nada fácil como ele bem vai descobrir. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 8 de março de 2025

Os Amores de Brad Pitt

Os Amores de Brad Pitt
Considerado pelas mulheres dos anos 90 como o homem mais lindo de Hollywood, era mesmo de esperar que Brad Pitt se tornasse o alvo preferido de todos os jornais de fofocas do planeta. Cada novo relacionamento amoroso era capa de revista! Um verdadeiro superstar dos tabloides! 

Os amores de Brad Pitt foram capas e capas de revistas por todos esses anos. Vendiam muito e ele fez sua parte, conquistando novas belas garotas a cada mês. Só que seus casos com mulheres sem fama não poderiam ser comparados com as estrelas. E quando Pitt começava a namorar uma atriz famosa as revistas (e as fofocas) explodiam! Não se falava de outra coisa!

Eu sempre fui muito mais interessado no que ele fazia no cinema, nas suas atuações, mas o mundo das celebridades era impossível de ignorar. E quando Brad Pitt anunciou que estava namorando firme com a atriz Gwyneth Paltrow o mundo literalmente parou! Eu achava interessante esse caso. Eram dois profissionais da atuação de que gostava. Eram loiros, jovens, bonitos e ricos! Claro que a imprensa se fartou em cada pequeno detalhe que encontrava. Os lugares que o casal frequentava, o que eles comiam, se tinham brigado ou não, ou qual era o motivo. Ah, o mundo das futilidades! Tem gente que adora mesmo!

Esse primeiro caso amoroso terminou meio mal para o Brad Pitt. Um fotógrafo do tipo paparazzi flagrou ele na varanda de uma cobertura fazendo brincadeiras eróticas com a Gwyneth Paltrow. Nu, com o pênis no meio das pernas, Pitt parecia rebolar e dançar para a namorada, que caía na gargalhada! Nem preciso dizer que foi um escândalo um tanto constrangedor para todos os envolvidos quando as fotos foram publicadas nos jornais, no dia seguinte. E pelo visto isso esfriou o relacionamento entre os pombinhos!

Depois de Gwyneth Paltrow veio o namoro com Jennifer Aniston. Você que é jovem não tem a menor ideia do estouro que foi esse relacionamento no meio da imprensa. Não se falava de outra coisa, também pudera, ela era a estrela do programa mais visto da TV americana da época, o megasucesso Friends. De certa maneira era naquele momento a namoradinha da América! 

Então namorar o galã número 1 de Hollywood foi mesmo explosivo! E quando Pitt apareceu em Friends para uma participação especial a audiência bateu todos os recordes! E depois de cinco anos, tudo acompanhado com olhos de lince pela imprensa, finalmente eles se casaram em 2000. Parecia o final perfeito e feliz para a década de 1990 do casal. Eles tinham chegado lá, no topo absoluto do sucesso na vida profissional e amorosa! Era o casal mais famoso e bem sucedido do mundo! A cerimônia de casamento foi um grande evento, com congestionamento de helicópteros, onde todo mundo queria ver pelo menos uma foto do momento feliz do casal! 

Só que, como todos sabemos, esse era o mundo real e não uma história de uma comédia romântica de Hollywood. Assim após cinco anos de casamento a coisa toda parecia ter parado no marasmo. A velha paixão, por parte dele, parecia ter esfriado! Digo por parte dele porque em meu ponto de vista a Jennifer Aniston sempre o amou demais! Acredito inclusive que ela o ama até os dias de hoje! 

Infelizmente para Jennifer Aniston, o Pitt acabaria se apaixonando pela Angelina Jolie. Eles estavam filmando um filme que eu pessoalmente acho bem ruinzinho chamado Sr. e Sra. Smith. Uma comédia de ação meio boboca. Bom, se o filme era ruim, o casal pareceu não se importar muito e começou a se pegar pra valer nos bastidores. Assim que começaram as filmagens a boataria se espalhou por Hollywood. Pitt, um homem casado, estava tendo um ardoroso romance com Jolie, que também era casada! Os jornais sensacionalistas foram à loucura! O namoro deles ganhou até nome, "Brangelina"! 

E isso me surpreendeu muito na época. Não havia duas mulheres mais diferentes em Hollywood do que Angelina Jolie e Jennifer Aniston. Enquanto Aniston fazia o estilo de garota legal, aquela vizinha muito simpática e bonita que você almejava namorar de mãos dadas, a Jolie era o extremo oposto. Era uma mulher de muita atitude, vamp, sensual, uma autêntica devoradora de homens... fossem eles casados ou não!

A Jennifer Aniston até tentou salvar o casamento, mas a humilhação pública foi demais! Ela largou o amor de sua vida, que se foi para sempre para então se casar com Jolie, um casamento que não iria se revelar feliz, terminando em um verdadeiro barraco jurídico nos tribunais, com acusações para todos os lados, fazendo com que o responsável de relações públicas do ator tivesse que trabalhar em dobro para abafar as partes mais picantes e destrutivas para sua carreira!

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Brad Pitt e as Lendas da Paixão

Revi "Lendas da Paixão". Quando o filme foi lançado originalmente em 1994 tive a oportunidade de assistir nos cinemas. Digo que não fiquei particularmente impressionado. Ficou aquela sensação de se tratar de um "novelão" americano, com muito sentimentalismo fora do tom. Hoje em dia me soou bem melhor. Talvez o cinema atual esteja tão sem inspiração que até um filme dos anos 90 que não me impressionou muito no passado, agora se torne bem melhor.

A palavra "saga" pode inclusive ser bem usada aqui. A história é justamente a saga de uma família de três irmãos. O pai (interpretado por Anthony Hopkins) foi um coronel do exército americano durante as chamadas guerras indígenas. Ele ficou tão perplexo com a forma que o governo tratou os nativos que pediu baixa e foi viver numa fazenda no sopé da montanha com seus filhos pequenos. A esposa não aguentou a austeridade daquela vida e foi embora. Assim os meninos foram criados soltos, no meio daquela natureza exuberante.

O protagonista real do filme é justamente um dos filhos, o mais selvagem e indomável deles, chamado Tristan (em boa atuação de Brad Pitt). Ele conhece a futura esposa de seu irmão mais novo e até fica interessada por ela, mas se contém. Tudo muda quando os irmãos vão para a Europa, lutar na I Guerra Mundial. O caçula morre metralhado em um arame farpado e mesmo Tristan tendo feito tudo para protegê-lo não consegue salvar sua vida. De volta aos Estados Unidos ele finalmente se casa com aquela que iria se casar com seu irmão. Porém é um daqueles personagens trágicos, que não consegue lidar nem consigo mesmo. Por isso após alguns meses ganha o mundo, indo trabalhar em veleiros que viajam pelos mais distantes oceanos.

Assim Brad Pitt teve a oportunidade de interpretar um personagem com várias facetas em sua personalidade ao mesmo tempo... herói trágico, homem indomável, amante perfeito, cheio de sentimentos e angústias pessoais que não conseguia mais lidar. Claro que o papel caía como uma luva para ele. Com longos cabelos loiros ele fotografou muito bem nas tomadas, o que fez aumentar e muito seu fã clube feminino na época. Ele era considerado um dos grandes galãs do cinema, rivalizando com Tom Cruise. O interessante é que Pitt sobreviveu bem ao tempo, teve uma carreira produtiva, com muitos bons filmes e não caiu na armadilha de ser apenas um rostinho bonito no cinema com prazo de validade. Hoje ele está com 55 anos de idade, bem longe do jovem que vemos nesse filme. Porém o tempo lhe fez bem, pois ele sem dúvida amadureceu bastante como ator. Esse "Lendas da Paixão" é um bom exemplo do tempo em que ele efetivamente se tornou um grande astro em Hollywood.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de outubro de 2023

Sleepers: A Vingança Adormecida

Título no Brasil: Sleepers: A Vingança Adormecida 
Título Original: Sleepers
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Filmed Entertainment
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Lorenzo Carcaterra, Barry Levinson
Elenco: Robert De Niro, Kevin Bacon, Brad Pitt, Dustin Hoffman, Minnie Driver, Vittorio Gassman

Sinopse:
Depois de muitos anos, quatro amigos de infância e juventude se reencontram. As lembranças se tornam dolorosas porque eles na época cometeram um crime, foram presos e brutalizados na prisão. Superar tudo no presente será um novo desafio. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (John Williams). 

Comentários:
Em 1996 um jovem astro em ascensão chamado Brad Pitt atuou em um filme com o título de "Sleepers: A Vingança Adormecida", Dirigido pelo cineasta Barry Levinson, o filme contava com um grande elenco, cheio de astros, entre eles Robert De Niro, Kevin Bacon e Dustin Hoffman. No meio de tanta gente famosa, ficou um pouco mesmo complicado se destacar. É um filme bem interessante, mostrando quatro amigos de infância que foram detidos ainda na juventude, por onde sofreram todos os tipos de abusos e agressões. Muitos anos depois se reúnem e decidem se vingar de quem os violentou no passado. O filme não fez tanto sucesso, apesar dos nomes envolvidos, mas é um dos melhores da filmografia do ator, principalmente pelo seu roteiro, muito bem escrito. Além disso foi por demais interessante para Pitt atuar com tantos nomes consagrados de Hollywood ao mesmo tempo. Como ele mesmo disse em entrevista foi um "verdadeiro aprendizado". Provavelmente não fez o sucesso devido por causa do tema pesado. De qualquer forma deixo a dica desse excelente drama dos anos 90. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Babilônia

Babilônia
Esse filme se propôs a ser uma crônica de Hollywood na virada dos anos 1920 a 1930, justamente naquela fase em que morria o cinema mudo e surgia o cinema falado com o sucesso do filme "O Cantor de Jazz". Nesse processo muitas carreiras desapareceram. O ator Brad Pitt interpreta um galã da era muda que vê sua carreira afundar no cinema falado. Ele era apenas um homem bonito e não tinha nenhum talento para atuar. Quando falou seus primeiros diálogos no cinema o público riu de sua falta de talento. Já Margot Robbie dá vida a uma típica starlet. Bonita, sensual e dançarina, ela também se dá muito bem nos filmes mudos. Só que era vulgar e tinha péssima dicção. Outra que viu sua carreira afundar quando abriu a boca em um filme sonoro. É a mesma história que foi contada no clássico musical "Cantando na Chuva" e o roteiro não ignora isso. Pelo contrário, nas cenas finais faz um excelente elo entre esses dois filmes. 

Eu gostei de "Babilônia" de modo geral, mas devo deixar algumas ressalvas. É um filme bem longo com mais de 3 horas de duração. Então o espectador deve reservar um tempo com calma e paciência para assisti-lo. Também se revela bem histérico em certos momentos como a grande festa e orgia das cenas iniciais e a festa com esnobes da Califórnia lá pela terça parte final do filme. Essa última cena aliás passa dos limites, caindo em um aspecto grotesco que deveria ter sido evitado. De qualquer forma o personagem de Brad Pitt vale muito a pena. Há uma cena em que ele se encontra com uma jornalista que havia escrito uma reportagem ofensiva a ele. O que ela diz ao Pitt é de certa forma a essência da imortalidade do cinema. Ótimo diálogo. Então é isso. Um filme com seus altos e baixos, mas que no conjunto da obra me agradou bastante.

Babilônia (Babylon, Estados Unidos, 2022) Direção: Damien Chazelle / Roteiro: Damien Chazelle / Elenco: Brad Pitt, Margot Robbie, Jean Smart, Olivia Wilde / Sinopse: O filme conta a história de um ator e uma atriz de sucesso do cinema mudo que acabam presenciando o fim de suas carreiras com a chegada do cinema sonoro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor design de produção, melhor figurino e melhor música original. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Trem-Bala

Esse filme teve uma certa repercussão quando chegou aos cinemas. A crítica, de modo em geral, até gostou. O público foi conferir, o que rendeu uma boa bilheteria. Brad Pitt ainda é um grande chamariz de bilheteria. De minha parte achei o filme apenas apropriado, regular, nada demais. O estilo tenta imitar Tarantino, mas fracassa monumentalmente nesse objetivo. O filme mostra um grupo de assassinos e criminosos disputando uma mala com milhões de dólares dentro de um trem-bala no Japão. Brad Pitt interpreta um criminoso que tem, pelo menos a primeira vista, um objetivo simples, roubar a tal mala e descer na próximo parada. Só que a mala está sendo protegida por dois assassinos profissionais. Então o jogo vira meio do avesso, se tornando um banho de sangue. 

O filme exagera nas cenas de ação e assume aquele tom excessivo, que eu muitas vezes não suporto muito bem. Os personagens são fracamente desenvolvidos, até porque o que importa aqui é ação. São tipos clichês apenas. Também há toques de humor, mas em piadas que eu não considerei particularmente engraçadas, só deslocadas no contexto do filme, de uma forma em geral. Brad Pitt está no controle remoto. Como parece ser o seu modo de operar e atuar nos seus últimos filmes. Parece que perdeu a vontade de fazer bons filmes ou se importar com o que está atuando. Parece estar sempre no controle remoto, o que é uma pena. Deixou de ser um ator em busca de desafios, de bons roteiros, de filmes relevantes. Hoje em dia, também atuando como produtor, só aposta no banal e no previsível. 

Trem-Bala (Bullet Train, Estados Unidos, 2022) Direção: David Leitch / Roteiro: Zak Olkewicz, Kôtarô Isaka / Elenco: Brad Pitt, Michael Shannon, Sandra Bullock, Joey King, Aaron Taylor-Johnson / Sinopse: O filme mostra um grupo de assassinos e criminosos disputando uma mala com milhões de dólares dentro de um trem-bala no Japão.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Cidade Perdida

Fica fácil perceber de que fonte esse roteiro bebe. Basta lembrar de dois filmes bem simbólicos dos anos 80. Estou me referindo a "A Jóia do Nilo" e "Tudo por um Esmeralda". Foram dois sucessos daquela década. Esse filme tenta repetir a mesma fórmula. Mas sem grande êxito. A coisa toda de se misturar ação com boas doses de humor, personagens engraçados e aventura. Tem que ter um certo talento para fazer bem esse tipo de produto. No enredo, uma escritora de romances bregas de aventuras decide lançar um novo livro. Ela está, na verdade, esgotada criativamente. Só que a editora está sempre em busca de novos lançamentos para ganhar dinheiro, Claro. O livro é lançado e ela acaba sendo sequestrada por um personagem caricato. Um vilão interpretado pelo próprio Harry Potter. Quem poderia imaginar? 

Curiosamente, seu parceiro não passa de uma fraude. É um modelo que posa de herói para as capas de seus livrinhos açucarados e piegas. Brad Pitt também está no filme. Na realidade, ele fez uma troca de gentilezas com a Sandra Bullock. Ela participou de uma produção em que ele estava envolvido. E ele fez essa participação especial como retribuição. Seu personagem poderia render muito, mas como logo desaparece, fica uma sensação de desperdício no ar. Poderia ser uma edição bem divertida na história. O filme, então, é isso! Não espere nada de muito relevante. Na verdade, é uma tentativa de retomar um subgênero que andava meio esquecido. Só que para falar a verdade, eu ainda prefiro os filmes originais. Esse aqui não chega nem perto daqueles dos anos 80.

Cidade Perdida (The Lost City, Estados Unidos, 2022) Direção: Aaron Nee, Adam Nee / Roteiro: Oren Uziel, Dana Fox / Elenco: Sandra Bullock, Channing Tatum, Daniel Radcliffe, Brad Pitt / Sinopse: Uma escritora de livros românticos bregas é levada até uma ilha distante para ajudar na busca de um artefato arqueológico que supostamente valeria milhões de dólares.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Inimigo Íntimo

Rory Devaney (Brad Pitt) é um jovem irlandês ligado ao grupo terrorista IRA (Exército Republicano Irlandês, muito ativo na época) que vai até Nova Iorque com o objetivo de comprar armamento pesado para a luta de sua organização dentro da Irlanda. Uma vez lá acaba se hospedando com uma falsa identidade na casa de um policial, Tom O'Meara (Harrison Ford), que em pouco tempo começa a desconfiar das suas atividades em solo americano. Bom, como é de esperar em Hollywood a intenção dos produtores ao realizar esse filme foi unir dois astros do cinema, campeões de bilheteria na época, o jovem Pitt e o veterano Ford. Claro que era uma boa ideia do ponto de vista comercial. Além disso seria bem interessante unir duas gerações de atores em apenas um filme. A questão é que se você é um cinéfilo experiente sabe logo de antemão que nem sempre um elenco famoso garante um excelente filme. É bem o caso desse "Inimigo Íntimo".

Apesar do argumento interessante o resultado é bem morno e mediano, nada memorável. Provavelmente a indefinição sobre qual rumo a seguir tenha prejudicado o resultado final. O roteiro ora valoriza o lado mais dramático de sua história, com ênfase nas relações humanas, ora tenta ser um filme de ação com baixo teor de adrenalina. Sem saber direito para onde ir, acaba aborrecendo ambos os públicos. Os fãs de filmes de ação acharam tudo sem sal e o público acostumado com dramas acabou achando tudo mal desenvolvido. Some-se a isso a atuação preguiçosa de Harrison Ford e os ataques de estrelismo de Brat Pitt e você entenderá porque uma boa iniciativa acabou mesmo ficando pelo meio do caminho.

Inimigo Íntimo (The Devil's Own, Estados Unidos, 1997) Direção: Alan J. Pakula / Roteiro: Kevin Jarre, David Aaron Cohen / Elenco: Harrison Ford, Brad Pitt, Margaret Colin / Sinopse: Dois homens, com origens em comum, acabam descobrindo que estão em lados opostos da lei. Enquanto um é um policial dedicado, o outro está envolvido em atividades terroristas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Jogo de Espiões

Quando Brad Pitt começou a realmente fazer sucesso no cinema ele logo foi comparado a Robert Redford. Ambos, diziam os críticos, eram parecidos fisicamente e seguiam um mesmo estilo de personagem. Pessoalmente eu nunca achei, mas como parecia ser uma boa ideia reunir a dupla em um filme a Universal Pictures aceitou pagar os cachês milionários dos atores para que eles estrelassem esse "Spy Game". É interessante notar que quando o filme foi lançado havia um certo pensamento de que filmes sobre espiões estavam fora de moda, ultrapassados. Até porque poucos anos antes o muro de Berlim havia caído e não tinha mais muito sentido apostar nesse tipo de roteiro. Foi talvez esse o maior problema enfrentado pelo filme quando chegou aos cinemas.

A bilheteria foi morna e a repercussão nada animadora. A trama gira em torno de um agente da CIA veterano, Nathan Muir (Robert Redford), que é convocado pelo serviço de inteligência para salvar a vida do jovem espião Tom Bishop (Brad Pitt), que foi seu pupilo no passado. A "amizade" que os une é do tipo amor e ódio pois o personagem de Redford não consegue confiar plenamente em Pitt. Com uso de flashbacks em seu desenrolar o filme só se prejudica mesmo por sua falta de ritmo. Como escrevi naquela época o público não parecia mais interessado em jogos de espiões dos tempos da guerra fria. Muito provavelmente se o filme tivesse sido lançado antes, uns três anos antes, teria melhor sorte, quem sabe...

Jogo de Espiões (Spy Game, Estados Unidos, 2001) Direção: Tony Scott  / Roteiro: Michael Frost Beckner / Elenco: Robert Redford, Brad Pitt, Catherine McCormack, Marianne Jean-Baptiste / Sinopse: Um espião veterano é escalado para ajudar um episáo bem mais jovem, porém ao que tudo indica há mais interesses escusos em jogo, mesmo que muitos não saibam.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford

Olhando para trás descobrimos que na realidade existiram dois Jesse James. O primeiro é fruto da imaginação de dezenas de escritores do século XIX que escrevendo pequenos livros de bolso criaram todo um mito em torno de seu nome. Esse é o Jesse James do imaginário popular, das aventuras mirabolantes e dos feitos épicos. É um personagem de literatura barata. O outro Jesse James é o real, da história. Esse era basicamente um pistoleiro, ladrão de bancos e assaltante de trens. Um sujeito frio, paranoico e martirizado pela constante perseguição que lhe era feita pelos homens da lei na época. Em sua longa trajetória nas telas de cinema, os dois lados de Jesse James raramente se encontraram. Ou ele era retratado de acordo com o personagem de literatura, de ficção, ou ele surgia em filmes numa visão mais realista. O grande mérito dessa produção enfocando Jesse James é que pela primeira vez tomamos consciência dessa dualidade envolvendo seu nome. Isso é bem claro na caracterização de Robert Ford. No começo da história ele é apenas um garoto deslumbrado em fazer parte do bando de Jesse James (naquele momento uma sombra do que era antes, pois todos os membros originais de sua gangue ou estavam mortos ou presos). Bob Ford espera encontrar o Jesse James que lia em seus livros de bolso (aos quais colecionava e adorava). O que encontra porém é apenas um homem frio, bipolar, cismado, que não confia em absolutamente ninguém.

Não tenho receio de afirmar que esse é o filme mais fiel aos acontecimentos históricos já feito sobre Jesse James. Mostrando os últimos momentos do criminoso, vamos acompanhando o caos em que se transformou sua vida. Com a cabeça a prêmio, procurado em vários Estados, mudando de cidade constantemente com sua família, James é apenas um pedaço do que um dia foi. Para piorar, ao seu lado agora, não estão mais seus antigos homens de confiança, mas sim garotos novatos como Bob Ford, pessoas aos quais ele não consegue confiar. A relação de Robert Ford e Jesse James aliás é uma das melhores coisas de todo o filme. Acompanhamos a decepção de Ford, na realidade um fã, com seu ídolo Jesse James. O que começa com desapontamento e decepção, acaba indo para algo bem mais complexo o que culminará nos acontecimentos trágicos que já conhecemos da história do famoso pistoleiro. Os trinta minutos finais do filme são vitais para quem gosta de história do velho oeste pois reconstituem com riqueza de detalhes a morte de Jesse James. Um primor de reconstituição histórica.

A produção aliás é toda do mais alto nível, o uso de bonita fotografia traz muito valor para o resultado final, usando da natureza para criar um clima de fina melancolia e falta de esperança. A produção concorreu aos Oscar de Melhor Fotografia e Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck). Para ser sincero deveria ter vencido ambos, pois tanto a atuação de Casey quanto a linda fotografia são realmente impecáveis. Em poucas palavras, “O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford” é uma aula de história que não se aprende na escola. Simplesmente obrigatório para fãs de western.

O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, Estados Unidos, 2007) Direção: Andrew Dominik / Roteiro: Andrew Dominik / Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Mary-Louise Parker, Zooey Deschanel, Sam Shepard, Sam Rockwell / Sinopse: Após uma vida de crimes, os irmãos Jesse e Frank James desistem de continuar com seus assaltos a trem e a bancos. Frank se retira e vai morar em outra cidade. Jesse James (Brad Pitt) porém decide executar um último grande assalto ao lado de um grupo de jovens e novatos, entre eles os irmãos Ford. O mais jovem deles, Bob Ford (Casey Affleck) é um fã confesso do famoso pistoleiro. Mal sabiam o que o destino lhes reservavam.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Globo de Ouro 2020

Tradicionalmente se diz que o Globo de Ouro é a prévia do Oscar. Bom, se isso se confirmar esse ano teremos algumas surpresas na premiação da Academia. Isso porque o filme vencedor da noite, na principal categoria de Melhor Filme - Drama, foi "1917" de Sam Mendes. Levou também o cobiçado prêmio de Melhor Direção. Quem estava esperando por isso? Praticamente ninguém. Até porque o filme nem havia estreado nos Estados Unidos ainda. Todos estavam esperando pela consagração de "O Irlandês", mas o filme de Scorsese decepcionou completamente na noite. Em termos de Globo de Ouro todo o seu elenco e equipe ficaram a ver navios. Robert De Niro ficou visivelmente aborrecido com isso tudo. O que não causou surpresa nenhuma (e assim espero que seja repetido no Oscar) foi a premiação de Joaquin Phoenix por "Coringa". Merecido demais. Mesmo competindo com outros gênios da atuação (Jonathan Pryce, por "Dois Papas" era o segundo mais cotado), não houve como deixar de premia-lo. Ele está excepcional no filme inspirado no vilão da DC Comics. Aliás que não façam uma continuação porque com um filme como esse não há a menor necessidade. É uma obra-prima cinematográfica.

Na categoria ator coadjuvante (que estava mais acirrada do que a de ator principal) o premiado foi Brad Pitt por "Era uma Vez em… Hollywood". Não era o meu preferido, mas não fiquei chateado por sua premiação. Ele está de fato muito bem no filme de Tarantino. Pelo visto dar uma surra em Bruce Lee foi um negócio e tanto para ele. O ator, que só havia sido premiado antes por "Doze Macacos" ficou claramente tocado pela premiação. Até se viu pedindo desculpas aos demais concorrentes que ele chamou de "Deuses da atuação". O bom e velho Pitt merece, tenho que dizer.

E por falar em Quentin Tarantino ele levou prêmios importantes na noite. O Globo de Ouro de Melhor Roteiro prova mais uma vez que o diretor é mesmo o rei das referências da cultura pop. Seu filme aliás é mais um exemplo disso. Só achei que deixaram de dizer algumas palavras em memória da atriz Sharon Tate. Ela não foi lembrada nos discursos e nem nas entrevistas. Furo complicado de entender. Russell Crowe foi premiado por "The Loudest Voice", porém ele não compareceu na cerimônia. O ator está na Austrália, tentando ajudar no desastre natural que se abate sobre seu país. Mandou um texto de conscientização sobre as mudanças climáticas globais. Foi algo bem conveniente.

Em termos de atrizes também surgiram surpresas.  Renée Zellweger venceu por "Judy – Muito Além do Arco-Íris". É uma espécie de retorno após uma fase muito ruim na carreira e na vida pessoal. Achei sua aparência bem melhor. Ela passou por uma série de cirurgias de reconstrução de seu antigo rosto e os resultados ficaram bons. Não é a mesma loirinha do passado, mas pelo menos agora podemos reconhecer ela de novo! Laura Dern foi também premiada como atriz coadjuvante por "História de um Casamento". Ela interpretou a advogada da esposa no filme. Essa produção também derrapou feio na premiação. E era o segundo filme favorito da noite, ao lado de Scorsese. Por fim tivemos homenagens a Tom Hanks (um sujeito muito bacana, com uma filmografia espetacular) e Ellen DeGeneres (que sempre considerei muito forçada e sem graça). Assim tivemos uma noite de erros e acertos. Nada muito diferente do que acontece também no Oscar.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Ad Astra: Rumo às Estrelas

Após sofrer um acidente numa torre de transmissão, o astronauta Roy McBride (Brad Pitt) é designado para uma nova missão. Ele deve partir para Marte, onde se tentará uma comunicação com seu pai. o veterano explorador espacial H. Clifford McBride (Tommy Lee Jones). Há muitos anos ele desapareceu, juntamente com sua nave e tripulação, enquanto explorava o sistema solar externo, perto de planetas como Júpiter, Saturno e Netuno. Interferências magnéticas vindas dessa região levam a crer que sejam de sua missão. Assim Roy parte para Marte, sem nem ao menos saber o que realmente lhe espera. Pois bem, esse é o novo filme do ator Brad Pitt. È curioso que ele tenha optado por esse tema, um filme de ficção, exploração espacial, etc. Claro que um filme com essa temática iria sofrer de alguma forma diversas influências do passado, como o do maior clássico do gênero, "2001 - Uma Odisseia no Espaço". O ritmo lento em determinados momentos, a contemplação do universo infinito, tudo é fruto dessa inspiração da obra-prima de Stanley Kubrick. Não é uma forma de narrativa usual nos dias de hoje. Por isso parte do público estranhou o ritmo mais devagar do filme. Para muitos isso o transformou em um filme bem chato e cansativo. Em determinados momentos devo dar razão a essas pessoas. De fato o filme apresenta problemas de ritmo e edição. Tentar imitar Kubrick não é fácil, é algo para poucos cineastas.

Porém o mais estranho é que esse estilo Kubrick foi misturado com momentos absurdos, principalmente para quem entende pelo menos um pouquinho de cosmologia. Vou citar um exemplo disso. Em determinado momento o personagem de Brad Pitt precisa passar pelos anéis de Netuno. E o que ele faz para sobreviver a isso? Usa uma placa de metal para se defender das milhares de rochas que orbitam o gigante gasoso. Ora, no mundo real o astronauta seria destroçado pelos anéis em poucos segundos, pois é impossível sobreviver naquela região do cosmos. Porém o que se vê no filme é um momento digno de desenhos animados da Hanna-Barbera. Outro fato fora de noção é a própria viagem até Netuno. Isso levaria anos, mesmo na melhor astronave. No final parece que Pitt leva apenas alguns dias para se chegar lá! E as bobagens do roteiro não param por aí, seguem em frente. Então fica algo contraditório, pois ao mesmo tempo em que o filme tenta se levar à sério também apresenta momentos absurdos que deixarão qualquer cientista de cabelos em pé. Por isso o filme fica apenas no meio do caminho. Não chega em nenhum momento a agradar completamente, pelo menos no meu caso foi exatamente isso que aconteceu.

Ad Astra: Rumo às Estrelas (Ad Astra, Estados Unidos, 2019) Direção: James Gray / Roteiro: James Gray, Ethan Gross / Elenco: Brad Pitt, Tommy Lee Jones, Ruth Negga / Sinopse: Para tentar entrar em contato com seu pai, o astronauta Roy McBride (Brad Pitt) é enviado até Marte, o planeta vermelho. A intenção é que ele mande uma massagem para seu velho, que foi dado como desaparecido alguns anos antes, numa missão de exploração dos mais distantes planetas do sistema solar.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Era Uma Vez em... Hollywood

Quando eu soube que o novo filme de Quentin Tarantino iria ter como tema o assassinato da atriz Sharon Tate naquele trágico crime envolvendo membros da seita de Charles Manson, fiquei completamente desanimado. Não acredito que coisas assim devem ser resgatados do passado pelo cinema. Algumas histórias são tão horríveis que os mortos devem ser deixados em paz. Porém o que não levei em conta é que Tarantino não deve ser subestimado. Ele realmente nunca faria um filme banal sobre aquilo tudo que aconteceu. Ele encontraria uma maneira original de explorar esse tema tão espinhoso. E eis que fui surpreendido completamente por esse filme quando o assisti. De fato é algo muito bem desenvolvido. Em seu roteiro Tarantino misturou pessoas reais, que existiram mesmo, com personagens puramente de ficção. E criativo como ele é, não poderia dar em outra coisa. Os personagens de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt são referências da cultura pop. Uma miscelânea de tipos que eram bem comuns na Hollywood dos anos 60. O ator de seriados de faroeste interpretado por DiCaprio é uma ótima criação. Com ecos de Clint Eastwood e outros atores de segundo escalão da época, ele retrata bem aquele tipo de ator que nunca conseguiu se tornar um astro em Hollywood. Vivendo de seriados popularescos, o que lhe sobra em determinado momento é ir para Roma filmar faroestes do tipo Western Spaghetti. Produções B, bem ruins e mal feitas.

Brad Pitt é o dublê desempregado que mora em um trailer. Para sobreviver ele se torna uma espécie de assistente pessoal e "faz-tudo" para o ator decadente de DiCaprio. As melhores cenas do filme inclusive estão com ele. Na visita ao rancho onde a "família Manson" vivia e no clímax final que é puro nonsense criativo. Margot Robbie está um pouco em segundo plano, apesar de interpretar Sharon Tate. Isso foi consequência do próprio roteiro que vai girando ao largo, na periferia dos acontecimentos. E sua Sharon é bem retratada no roteiro. Uma mocinha bonita, mas meio cabeça de vento, que passava o dia ouvindo música. Não tinha mesmo muita coisa na cabeça. Era uma starlet dos anos 60, nada mais.

Por fim tenho que tecer breves comentários sobre o final do filme, mas isso sem entregar nenhuma surpresa, que afinal de contas é o grande trunfo desse novo Tarantino. Conforme o filme foi se desenvolvendo eu fui gostando de praticamente tudo. Dos personagens, da ambientação anos 60, de tudo. Acontece que na meia hora final chega o momento da verdade. Eu não queria ver de novo a matança de Sharon Tate e seus amigos. Aí Tarantino foi mesmo um mestre. Saiu completamente do lugar comum, criou sua própria realidade paralela. Genial. Não é à toa que o filme é quase uma fábula, um faz de conta. A realidade foi tão trágica... por que não ir por outro caminho? Ao fazer isso Tarantino acabou criando uma pequena obra-prima. Palmas para ele.

Era Uma Vez em... Hollywood (Once Upon a Time... in Hollywood, Estados Unidos, Inglaterra, China, 2019) Direção: Quentin Tarantino / Roteiro: Quentin Tarantino / Elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Emile Hirsch, Al Pacino, Dakota Fanning, Timothy Olyphant, Bruce Dern, Luke Perry / Sinopse: Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator de segundo escalão em Hollywood. Decadente, ele aceita ir para Roma filmar filmes de western spaghetti. Cliff Booth (Brad Pitt) é um dublê desempregado que trabalha para Dalton como seu assistente pessoal. Eles não sabem, mas vão fazer parte de um dos eventos mais trágicos da história de Hollywood... ou quase isso!

Pablo Aluísio. 

 

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Babel

Título no Brasil: Babel
Título Original: Babel
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Alejandro G. Iñárritu
Roteiro: Guillermo Arriaga
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Adriana Barraza, Rinko Kikuchi, Gael García Bernal, Peter Wight,

Sinopse:
Um atentado terrorista atinge a vida de vários turistas estrangeiros no Marrocos, colocando em evidência o caos político e social daquele país. São quatro histórias que se encontram nesse trágico acontecimento. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, roteiro, direção, atriz coadjuvante (Adriana Barraza e  Rinko Kikuchi) e edição.

Comentários:
O roteiro segue o estilo mosaico, ou seja, vários personagens com histórias diferentes e independentes são contadas ao longo do filme, para depois todos se encontrarem numa mesma situação limite, criando assim o clímax do filme. O ator Brad Pitt decidiu apoiar o projeto do diretor Alejandro G. Iñárritu, nesse que pode ser considerado seu primeiro grande filme em Hollywood. O resultado ficou interessante, diria regular, mas não excepcional. Roteiros que seguem essa linha podem deixar o enredo tão fluido que pode despertar a falta de interesse no público. O ponto que une todos os personagens é um ônibus cheio de turistas no Marrocos. Um tiro é disparado, pessoas se ferem, o veículo sai da estrada. Dentro há um grupo de pessoas cujas histórias o roteiro vai contar aos poucos. Tive a oportunidade de assistir no cinema e embora seja um bom filme, não me empolgou muito. Concorreu ao Oscar de melhor filme do ano (o que me pareceu um exagero), mas não venceu. Com sete indicações acabou levando uma estatueta por uma categoria dita secundária, melhor trilha sonora incidental, para o maestro Gustavo Santaolalla. Brad Pitt ficou um pouco decepcionado porque foi indicado ao Globo de Ouro de melhor ator. Ele tinha chances de vencer, mas saiu de mãos vazias. De qualquer maneira é um filme que merece ser conhecido e assistido, nem que seja pelo menos uma vez.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford

Título no Brasil: O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
Título Original: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Dominik
Roteiro: Andrew Dominik, Ron Hansen
Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Sam Shepard, Mary-Louise Parker, Sam Rockwell, Jeremy Renner

Sinopse:
Após uma vida dedicada ao crime, roubando bancos e ferrovias, o pistoleiro Jesse James (Brad Pitt) procura por algum tipo de redenção, mesmo sabendo que poderá ser morto a qualquer momento, uma vez que sua cabeça se encontra à prêmio por todo o Oeste. O que ele nem desconfia é que seu assassino pode estar mais próximo do que ele poderia imaginar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck) e Melhor Fotografia (Roger Deakins).

Comentários:
Essa produção parte de uma nova safra de filmes de western que procuram pela objetividade da verdade histórica. Os roteiros são de certa maneira despidos do romantismo que imperou no gênero durante os anos 50 e 60 e parte para uma abordagem mais fiel aos fatos históricos. É aquele tipo de filme que conta inclusive com uma equipe de historiadores e especialistas para que nada do que se vê na tela esteja em desacordo com o que de fato aconteceu no passado. Por isso nem sempre será uma unanimidade entre os fãs de faroeste, principalmente os que preferem os filmes mais antigos que abraçavam a mitologia do velho oeste de uma forma mais romanceada. De minha parte gostei muito dessa nova visão. O Jesse James já foi tema de dezenas e dezenas de filmes antes, porém nunca havia se debruçado sobre sua história com tanta fidelidade. Há um clima de melancolia e falta de esperança no ar, porém tudo resultando em um belo espetáculo cinematográfico. Gosto muito do produto final. É bem realizado e muito honesto em suas propostas. Tem uma excelente reconstituição de época e um roteiro que investe bastante nas nuances psicológicas entre Jesse James e Robert Ford, o homem que iria passar para a história como o assassino de James. Curiosamente ele foi saudado como um valente, um herói, mas depois com o passar dos anos ficou evidenciado que ele agiu mesmo como um covarde. Assista ao filme e entenda os motivos.

Pablo Aluísio.