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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Transação Perigosa

Título no Brasil: Transação Perigosa
Título Original: Cash Out
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: BondIt Media Capital
Direção: Randall Emmett
Roteiro: Dipo Oseni, Doug Richardson
Elenco: John Travolta, Kristin Davis, Lukas Haas

Sinopse:
Mason Goddard (Travolta) é um criminoso profissional. Depois de uma complicada operação de roubos de carros que valem milhões, ele precisa ajudar seu próprio irmão que resolveu se envolver em um roubo a banco, mas sem ter um plano bem elaborado para tanto. Mason precisa tirar ele de lá com vida e quem sabe sair com alguns milhões de dólares dessa operação. 

Comentários:
O ator John Travolta segue na ativa. Depois da perda do filho e da esposa, a atriz Kelly Preston, ele segue sua carreira em frente, agora também produzindo seus filmes. Tudo isso deve ser parabenizado. Agora verdade também seja dita. O John Travolta não é mais relevante para a indústria do cinema. Ele tem feito alguns filmes bem fraquinhos, fitas de ação bem genéricas. Esse é um caso bem nessa linha. O filme, se encarado com baixas expectativas, até pode divertir. Tem aquela pegada com um pouco de humor e tudo mais. Travolta até se esforça em se empenhar no filme. Ele andou fazendo algumas visitas ao Brasil e isso talvez explique porque a trilha sonora conte com algumas músicas brasileiras. No geral é um filme simples, que procura seguir uma determinada linha de filmes de ação. Diverte sem maiores pretensões. O Travolta está mantendo sua carreira viva com fitas como essa. Só não se sabe até quando. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

O Justiceiro

Título no Brasil: O Justiceiro
Título Original: The Punisher
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films, Marvel Enterprises
Direção: Jonathan Hensleigh
Roteiro: Jonathan Hensleigh, Michael France
Elenco: Thomas Jane, John Travolta, Ben Foster, Samantha Mathis

Sinopse:
Frank Castel (Thomas Jane) acaba tendo que lidar com a morte de sua esposa e filha. Inconformado pela falta de resultados por parte das autoridades resolve ele mesmo trazer justiça para as ruas da América. Disposto a varrer o crime da sociedade assume a identidade do Justiceiro, para isso porém terá que passar por cima de vilões ricos e poderosos, como o infame Howard Saint (John Travolta), que apesar do nome não tem nada de santo.

Comentários:
Esse personagem de segundo escalão da Marvel ainda não encontrou seu filme definitivo e olha que não foi por falta de tentativas. Embora muitos não gostem devo admitir que até gosto da versão realizada em 1998 com Dolph Lundgren no papel do justiceiro Frank Castle. O problema é que naquela época ainda não havia a moda da transposição dos personagens Marvel para o mundo do cinema. O filme é modesto mas bom, temos que admitir. Já esse aqui contou com um orçamento bem mais generoso, a ponto inclusive de ter um elenco de apoio de luxo com John Travolta brincando de vilão e Ben Foster, ótimo ator, dando uma canja com seu talento. Até achei acertado a escolha de Thomas Jane como o Justiceiro. Ele até pode não ser muito forte fisicamente mas tem cara de durão e poucos amigos, algo conveniente para seu personagem. O filme certamente poderia ter sido bem melhor, com um roteiro mais caprichado e menos apelações em relação aos clichês do gênero mas do jeito que ficou até que não está tão mal, vale a pena dar uma espiada.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

A Cor da Fúria

Título no Brasil: A Cor da Fúria
Título Original: White Man's Burden
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Desmond Nakano
Roteiro: Desmond Nakano
Elenco: John Travolta, Harry Belafonte, Kelly Lynch, Margaret Avery, Tom Bower, Andrew Lawrence

Sinopse:
Em uma América com claras mudanças dentro da sociedade, onde afro-americanos e americanos brancos inverteram os papéis culturais, um operário branco sequestra um dono de fábrica negro por demiti-lo.

Comentários:
O filme tem bom elenco. Tanto John Travolta como Harry Belafonte estão muito bem em seus papéis. O roteiro subverteu o que geralmente acontece dentro de uma sociedade racista como a dos Estados Unidos. Travolta é o homem branco, operário, pobre, em situação complicada. Belafonte é o executivo negro, rico e bem sucedido. E quando ele demite o operário Travolta, as coisas fogem do controle. Mesmo sendo bem intencionado no quadro geral, um roteiro como esse iria levantar muitas polêmicas se fosse lançado nos dias atuais. Será que a questão racial seria entendida e interpretada de forma correta? Eu penso que haveria, sim, algum tipo de mal entendido, e isso iria trazer muitos problemas para essa produção. De qualquer forma, o filme vale a pena. Não acredito que atores desse tipo iriam se envolver em algo que estaria de alguma forma e até mesmo de forma subliminar exaltando qualquer tipo de discurso de racismo reverso, como foi cogitado em seu lançamento original.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de setembro de 2022

A Vida Por Um Fio

Esse filme traz John Travolta interpretando o chefe de um grupo de eletricitários que trabalham em linhas de alta tensão. Ele tem um grupo de trabalhadores sem muita experiência em mãos, o que dificulta ainda mais o seu serviço. Para piorar, uma grande tempestade surge no Horizonte. E uma tempestade traz inúmeros problemas para o ramo da eletricidade, como todos podemos prever. Na vida pessoal ele também tem problemas. A Filha está apaixonada e grávida de um dos membros de sua equipe. E ele não gosta nada do tal sujeito. Essa é a sinopse básica desse novo filme que me chamou atenção por alguns motivos. Eu não me lembro de ter assistido algum filme antes cujos protagonistas eram eletricitários. Esse tipo de trabalho é considerado o quarto mais letal da sociedade Americana. 

O filme foi bancado por uma fundação que ajuda os familiares de trabalhadores do ramo elétrico que morrem em serviço. É uma história simples, com o roteiro até muito cheio de clichês, mas que cumpre bem seu papel. O filme é, de certa forma, uma homenagem a esses trabalhadores que morreram. Tecnicamente, é bem quadrado. Do elenco, eu tive uma surpresa ao ver uma envelhecida atriz Sharon Stone, interpretando uma mulher com problemas de alcoolismo. Ela está amargurada com a vida e nada feliz em saber que vai ser avó. Levei um tempo para reconhecer a outrora bela Sharon Stone nesse filme. E fiquei pasmo como o tempo passa. Enfim, um drama que, se não surpreende, pelo menos cumpre bem seu papel de homenagear esses trabalhadores. Em uma história simples, passa sua mensagem.

A Vida Por Um Fio (Life on the Line, Estados Unidos, 2015) Direção: David Hackl / Roteiro: Chad Dubea, Primo Brown / Elenco: John Travolta, Sharon Stone, Kate Bosworth, Devon Sawa / Sinopse: Uma equipe de homens que fazem o trabalho de consertar a rede elétrica é atingida por uma tempestade repentina e mortal.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de janeiro de 2022

Uma Canção de Amor para Bobby Long

Título no Brasil: Uma Canção de Amor para Bobby Long
Título Original: A Love Song for Bobby Long
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Shainee Gabel
Roteiro: Shainee Gabel, Ronald Everett Capps
Elenco: John Travolta, Scarlett Johansson, Gabriel Macht, Deborah Kara Unger, Dane Rhodes, David Jensen

Sinopse:
Após ser informada da morte de sua mãe, a jovem Pursy Will (Scarlett Johansson) decide retornar para New Orleans. Na antiga casa da mãe acaba encontrando Bobby Long (John Travolta), que tem sérios problemas com alcoolismo e Lawson Pines (Gabriel Macht) que pode vir a se tornar seu novo namorado.

Comentários:
Gostei do filme. Essa história apresenta uma boa galeria de personagens bem construídos. Uma jovem Scarlett Johansson interpreta uma garota que ainda tenta encontrar um caminho em sua vida. De volta em New Orleans ela quer se despedir, dar o último adeus para sua mãe que faleceu. Para sua surpresa acaba aprendendo lições preciosas de vida com um tipo incomum. O personagem Bobby Long, interpretado por John Travolta, parece ser apenas um bêbado vulgar que já acorda pensando em encher a cara. Um tipo inútil, mas que no fundo tem muito a passar, principalmente para quem ainda está começando na vida. Travolta, de cabelos grisalhos, surpreende nesse papel. Ele está muito bem em seu trabalho de atuação, calando de certa forma seus críticos habituais. Além da boa mensagem do roteiro, que deixa claro que a vida não teve ser levada tão à sério, pois é efêmera, o filme ainda apresenta uma ótima trilha sonora recheada de country music de qualidade. Enfim, bom drama, com história bem trabalhada, resultando tudo em um filme que vale a pena assistir. Das mais simples histórias se pode tirar grandes lições de vida. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Segredos do Poder

Bill Clinton foi presidente dos Estados Unidos durante praticamente todos os anos 90. Nesse filme sua figura foi ironizada. Clinton gostava de passar uma imagem jovial ao povo americano. Gostava de tocar sax usando óculos escuros e tinha uma queda por mulheres de todos os tipos. Em "Segredos do Poder" John Travolta interpreta um político chamado Jack Stanton. Ele é um porcalhão, um cafajeste imoral, que usa e abusa do seu poder para sair com o maior número de mulheres que encontra pela frente. Um caipira bonachão, não muito ético e com um cinismo absurdo que lhe traz até mesmo um certo carisma, ou seja, o próprio retrato de Bill Clinton. Esse é também, curiosamente, uma das melhores atuações da carreira de Travolta, justamente porque ele deixou a vergonha de lado para dar vida a esse escroque político com seguidores.

Embora não se assuma como uma biografia não autorizada do presidente Clinton, o filme era óbvio nesse sentido, a ponto inclusive de ter sido criticado pelo próprio Partido Democrata. A "piada" incomodou o alto escalão do poder, quem diria. Só por essa razão já valeria a pena conferir essa divertida e demolidora crítica ao mundo político americano. Ironicamente o cinema americano que sempre foi tão alinhado ao Partido Democrata tornava alvo um de seus principais políticos, o que causou surpresas na época. Afinal era de se esperar que Hollywood procurasse sempre demolir políticos Republicanos, conservadores, mas Democratas? Era uma surpresa geral mesmo. O filme é bom, entretanto com o passar dos anos muitas das bem boladas piadas do roteiro simplesmente se perderam. Uma pena.

Segredos do Poder (Primary Colors, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, 1998) Direção: Mike Nichols / Roteiro: Joe Klein, Elaine May / Elenco: John Travolta, Emma Thompson, Kathy Bates, Billy Bob Thornton, Diane Ladd / Sinopse: Sátira em tom de comédia em cima da figura do presidente dos Estados Unidos Bill Clinton. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Kathy Bates) e Melhor Roteiro Adaptado.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de setembro de 2021

Embalos a Dois

Título no Brasil: Embalos a Dois
Título Original: Two of a Kind
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Herzfeld
Roteiro: John Herzfeld
Elenco: John Travolta, Olivia Newton-John, Charles Durning, Oliver Reed, Beatrice Straight, Scatman Crothers

Sinopse:
Deus decide que é hora de eliminar mais uma vez a humanidade para recomeçar do zero. Seus anjos mais próximos porém não concordam muito com isso e o convencem a esperar um pouco. Deus então concorda em esperar, mas impõe uma condição: achar dois seres humanos ainda decentes no mundo para mudar sua decisão.

Comentários:
Filme que reuniu novamente a dupla que tanto sucesso fez em Grease, John Travolta e Olivia Newton-John. Só que ao contrário do filme anterior, musical passado nos anos 50 com muitos topetes e brilhantina, esse aqui procurava trazer o casal para um roteiro mais moderno e atual. Eu pessoalmente sempre achei a Olivia Newton-John uma graça. Simpática, bonita e boa cantora (sim, gravou vários discos, inclusive de country and western), gosto realmente de seu estilo e a acho muito carismática. Já o John Travolta é aquela coisa, um canastrão boa pinta que se deu bem no mundo do cinema. O sucesso de Travolta sempre me pareceu uma sucessão de escolhas certas, pois bem no começo da carreira ele teve uma sorte incrível, estrelando os filmes certos nos momentos certos. Por essa época o ator já não fazia tanto sucesso e colecionava fracassos comerciais, por isso a tentativa de se unir com Olivia novamente para ver se algo dava certo. Não deu. O filme é fraco e hoje em dia está bem esquecido. Vale por alguns poucos bons momentos e por uma trilha sonora datada, mas saborosamente nostálgica (e cheia de sintetizadores). O roteiro não tem o menor sentido, mas fazer o quê? Só recomendo aos que viveram aquela época e desejam recordar. Aos demais não vejo muito interesse.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O Nome do Jogo

Título no Brasil: O Nome do Jogo
Título Original: Get Shorty
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Scott Frank
Elenco: John Travolta, Gene Hackman, Rene Russo, Danny DeVito, Dennis Farina, Delroy Lindo

Sinopse:
O mafioso Chili Palmer (John Travolta) é enviado até Los Angeles para cobrar uma dívida de um produtor de cinema. Em Hollywood ele acaba se encantando com o clima do lugar e coloca na cabeça que sua história poderia virar um filme de sucesso! Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor ator - musical ou comédia (John Travolta). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - comédia ou musical e melhor roteiro adaptado (Scott Frank).

Comentários:
Pois é, esse filme é do tempo em que o John Travolta era premiado como melhor ator em festivais de cinema bem importantes. Hoje em dia ele está em plena decadência, nem me lembro mais do último filme que assisti com Travolta. O tempo passou e ele deixou de ser relevante para o mundo do cinema. De qualquer maneira sua atuação como o mafioso  Chili Palmer é bem inspirada. Travolta sempre teve uma tendência ao exagero, a cair na caricatura, mas aqui até esse aspecto caiu bem no personagem. O filme é assumidamente uma paródia, uma comédia com os antigos filmes de máfia e gangsters. A trilha sonora é um dos pontos altos, recheada de hits. A atriz Rene Russo caprichou na maquiagem e figurino e fotografou muito bonita no filme. Por fim há um elenco de apoio classe A contando com Gene Hackman e o pequeno Danny DeVito. Bom filme, não é nenhuma obra-prima da sétima arte, mas certamente agrada a quem curte filmes com roteiros de referência à velha Hollywood.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

No Vale da Violência

A primeira coisa que notei quando esse faroeste começou, foi o fato dele ter sido produzido pela companhia Blumhouse Productions. Essa empresa é especializada na produção de filmes de terror. Pelo visto estão ampliando o leque de gêneros, apostando agora no bom e velho western. Bom saber disso. Pois bem, "No Vale da Violência" tem várias referências dos filmes clássicos, principalmente aos das décadas de 1960 e 1970. O roteiro aposta novamente na figura do estranho sem nome (alguém aí lembrou de Clint Eastwood?), aquele sujeito sem passado e sem nome que chega numa cidadezinha do velho oeste. Acompanhado apenas pelo seu cão, o forasteiro interpretado por Ethan Hawke chega nesse lugar desolado. A maioria da população foi embora após o fim do carimbo de prata e tudo o que ficou para trás se resume em uma cidadela decadente e abandonada. Após entrar no saloon o desconhecido acaba topando por mero acaso com o valentão da cidade, um homem violento chamado Gilly (James Ransone). Ele é filho do xerife e se acha o rei do gatilho, mas no fundo não passa mesmo de um imbecil. Ao provocar o recém chegado forasteiro acontece o que todos já esperavam, ele leva uma tremenda surra na rua principal da cidade.

O xerife do lugar, pai do sujeito que apanha até dizer chega, é interpretado por John Travolta. Com perna de pau (pois ele perdeu a sua durante a guerra civil), o velho e cansado homem da lei é até um sujeito polido. Ele logo descobre que o cavaleiro desconhecido provavelmente seja um militar do exército americano por causa de seu rifle e outros instrumentos que carrega em sua sela de cavalo. Por isso evita maiores confusões. Assim o personagem de Ethan Hawke simplesmente aceita a sugestão de ir embora da cidade, sem problemas. Tudo estaria acertado se o filho do xerife (sempre agindo como um perfeito estúpido) não fosse atrás do pistoleiro no meio do deserto, dando origem a um verdadeiro banho de sangue na cidade. "No Vale da Violência" é um bom filme de western. Há elementos em seu roteiro que certamente vão agradar aos fãs do estilo. Minha única crítica mais consistente a esse filme vem da escolha do protagonista. O ator Ethan Hawke não me pareceu muito adequado a esse papel. Ele tem um estilo de interpretação mais fragilizado, mais sutil, ele próprio não tem o aspecto físico que um pistoleiro como esse exige. Melhor se sai Travolta, com seu xerife durão, mas justo. No final a diversão se torna garantida, principalmente quando todos resolvem acertar suas contas pelas ruas daquele lugar esquecido por Deus. Está bem recomendado se você gosta de filmes de faroeste.

No Vale da Violência (In a Valley of Violence, Estados Unidos, 2016) Direção: Ti West / Roteiro: Ti West / Elenco: Ethan Hawke, John Travolta, Taissa Farmiga, James Ransone / Sinopse: Um forasteiro chega numa velha cidade do oeste americano e acaba entrando em atrito com o filho do xerife, dando origem a uma rixa sanguinária e brutal.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Fanático

Esse é o mais recente filme do ator John Travolta. Ele interpreta um homem com problemas mentais, possivelmente autismo (o roteiro nunca deixa claro) que ganha a vida pelas ruas sujas de Los Angeles. Fanático por cinema, ele nutre uma grande admiração pelo astro de filmes de ação Hunter Dunbar (Devon Sawa). Quando descobre que ele vai fazer uma sessão de autógrafos numa loja perto de sua casa, ele praticamente enlouquece pela chance de conhecer pessoalmente seu ídolo. E aí vem aquela situação delicada quando o fã conhece seu ídolo e descobre que ele é no fundo um babaca arrogante que não tem respeito por ninguém e nem por nada. Como Moose (Travolta) sofre de um transtorno mental ele perde a noção das coisas e começa a perseguir o ator.

Descobre onde ele mora por por um aplicativo de celular e vai até à sua casa. Se torna um stalker (perseguidor), infernizando a vida do ator que idolatra. E aí as coisas definitivamente começam a sair do controle. O filme ainda não tem título nacional, mas poderia se chamar "O Fã", seria melhor do que "O Fanático", embora ambas as expressões fossem adequados, já que o autista de Travolta pode ser enquadrado tranquilamente nas duas categorias. Ora ele age como um fã normal, como qualquer outro, ora perde a noção das coisas e passa a ser um fanático sem senso de realidade, não respeitando os limites que devem ser impostos principalmente em relação à privacidade de seu grande ídolo das telas.

John Travolta aliás se esforça bastante para interpretar bem seu papel. Ele usa roupas esquisitas, anda de monociclo pelas ruas da cidade e tem um comportamento bem estranho. Para ganhar a vida interpreta um policial inglês na calçada da fama de Hollywood, para ganhar alguns trocados dos turistas. O filme tem um clima melancólico e até sombrio, mas o roteiro não vai até as últimas consequências. Um freio é puxado quando as coisas começam a ficar violentas demais. Outro aspecto interessante é que inicialmente pensei se tratar de uma adaptação de quadrinhos, pois pontuais sequências de desenho animado são vistos entre as cenas. Porém isso não procede. É de fato um roteiro original que acabou me agradando em sua proposta geral.

Fanático (The Fanatic, Estados Unidos, 2019) Direção: Fred Durst / Roteiro: Fred Durst / Elenco: John Travolta, Devon Sawa, Ana Golja, Jacob Grodnik / Sinopse: Moose (Travolta) é um homem com problemas mentais que passa a perseguir o ator Hunter Dunbar (Devon Sawa). Ele é um astro de filmes de ação que reage muito mal à aproximação de seu admirador, criando uma tensão e um clima de violência que pode explodir a qualquer momento.

Pablo Aluísio.

Cowboy do Asfalto

Dar uma visão do cowboy americano da atualidade – essa era a proposta desse “Cowboy do Asfalto”, produção estrelada por John Travolta no auge de sua carreira. No filme acompanhamos as mudanças pelas quais passa Bud Davis (John Travolta), um rapaz do interior que se muda para a cidade grande em busca de novas oportunidades. E lá que seu tio vai lhe dar uma mão na busca de um emprego e um novo lugar para morar. Recém chegado logo começa a trabalhar numa refinaria como operário. Com os trocados que ganha durante a semana no trabalho duro o jovem Bud vai para os bailes de música country no fim de semana.

Em uma dessas noites ele acaba conhecendo Sissy (Debra Winger), uma garota que adora o universo country. Depois de uma paixão avassaladora resolvem dar o grande passo de suas vidas, se casando de forma até prematura. O que parecia ser um belo caminho a trilhar em suas vidas infelizmente logo começa a ruir com os problemas do cotidiano. Falta de grana e meios para se viver melhor. A grande chance de dar a volta por cima acaba vindo em torno de uma competição esportiva de montaria ao touro mecânico, que promete pagar um belo prêmio ao último cowboy que conseguir ficar firme na montaria até o apito final.

“Cowboy do Asfalto” é interessante porque conseguiu captar a vida de dois jovens comuns que apaixonados vivem as incertezas do casamento. Durante a semana eles pegam pesado no batente, geralmente em empregos desgastantes e sem nenhum atrativo, mas extravasam suas frustrações durante o fim de semana quando se vestem como vaqueiros do interior, dançam e se divertem ao som de muita música country, participando de competições do gênero como a montaria no touro mecânico.

John Travolta, bem jovem e cheio de maneirismos, repete de certa forma seu tipo de interpretação que havia desenvolvido em filmes como “Grease” e “Os Embalos de Sábado à Noite”. A única novidade é o universo country ao seu redor. Melhor se sai Debra Winger como a jovem que só quer ser feliz ao lado do amor de sua vida. O filme tem muita música, dança (como era de se esperar de um filme com John Travolta naquela época) e romance. Revendo hoje em dia o filme ganha muito no aspecto nostalgia (principalmente para quem foi jovem nas décadas de 70 e 80) e por isso vale ser revisto. Ah e antes que me esqueça: a trilha sonora de “Cowboy do Asfalto” é um prato cheio para quem gosta de música country, inclusive com a participação de muitos cantores famosos na época. Se você é fã do estilo não deixe de ver.

Cowboy do Asfalto (Urban Cowboy, EUA, 1980) Direção: James Bridges / Roteiro: Aaron Latham, James Bridges / Elenco: John Travolta, Debra Winger, Scott Glenn / Sinopse: O filme narra os problemas e o romance de um casal de jovens que vivem em uma grande cidade americana mas que procuram preservar as suas origens dentro do universo country.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

A Senha: Swordfish

A partir dos anos 90 o mundo virtual foi ocupando cada vez mais espaço, até chegar no cinema com força total. Os roteiros procuravam explorar histórias que aconteciam dentro desse universo. Um dos primeiros filmes a explorar esse, digamos, novo nicho cinematográfico, foi esse "A Senha: Swordfish". No enredo um criminoso internacional contratava um hacker para entrar em um sistema super protegido. O objetivo? Roubar alguns bilhões (sim, bilhões) de dólares do sistema financeiro mundial. Claro que ao lado da linguagem própria para a geração nerd havia ainda bastante cenas de ação no mundo real para um público mais comum, que não estivesse tão ligado naquela linguagem de informática e programação.

O filme no geral é apenas OK. Tem certamente um bom elenco, mas o roteiro e seu desenvolvimento não é lá grande coisa. Fitas como essa, que aproveitam o calor de um momento acabam ficando tremendamente datadas em pouco tempo. Como o mundo da informática voa a cada ano imagine o choque de um jovem espectador ao ver esse filme hoje em dia, produzido já há tanto tempo, explorando justamente esse meio. Os computadores, programas, etc, se mostram completamente ultrapassados. Como não se sustenta apenas como filme, "A Senha: Swordfish" acabou virando uma velharia, mais cedo do que se poderia imaginar.

A Senha: Swordfish (Swordfish, Estados Unidos, 2001) Direção: Dominic Sena / Roteiro: Skip Woods / Elenco: John Travolta, Hugh Jackman, Halle Berry, Don Cheadle, Sam Shepard / Sinopse: Criminoso internacional contrata hacker para invadir sistema, onde espera-se possam roubar bilhões de dólares do sistema financeiro. Filme indicado ao BET Awards na categoria de Melhor Atriz (Halle Berry).

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de agosto de 2019

Olha Quem Está Falando

Título no Brasil: Olha Quem Está Falando
Título Original: Look Who's Talking
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio:  TriStar Pictures,
Direção: Amy Heckerling
Roteiro: Amy Heckerling
Elenco: John Travolta, Kirstie Alley, Bruce Willis, Olympia Dukakis, George Segal, Jason Schaller

Sinopse:
Um casal jovem acaba recebendo a visita da cegonha de surpresa! Assim nasce o bebezinho Mikey (na voz de Bruce Willis) que passa a compartilhar com o espectador os seus pensamentos e visões do novo mundo que se abre ao seu redor.

Comentários:
Foi um dos filmes mais lucrativos dos anos 80. Custou a bagatela de 7 milhões de dólares e nas bilheterias faturou mais de 460 milhões de dólares! Números que realmente surpreendem. E qual era o segredo do sucesso? Simples, colocar os pensamentos de um bebezinho na voz irônica e mordaz de Bruce Willis. Claro, nada de muita acidez, a tônica aqui era meio bobinha mesmo, um típico produto "family friendly", feito para toda a família. Para John Travolta foi um alívio, pois o ator vinha colecionando fracassos por duas décadas e então surgiu esse sucesso estrondoso na carreira. Ele deve ter levantado as mãos aos céus agradecendo a Deus. Caso ficasse mais alguns anos na baixa sua carreira seguramente chegaria ao fim. E Bruce Willis, bem, ele não precisou fazer muitos esforços. Seu trabalho de dublagem foi muito bem feito, porém como ele mesmo disse depois não levou mais de três dias para ficar pronto. Alvo certo, dinheiro no bolso de todo mundo, a má notícia só veio pelo fato de que uma continuação bem ruinzinha iria ser realizada. Essa porém é uma outra história que depois contaremos por aqui. E sobre esse primeiro filme, bom, a coisa pode ser resumida em apenas poucas palavras: bobinho, mas simpático.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Violação de Conduta

Como você deve saber o John Travolta é um homem muito rico. Rico a ponto de ter um avião Boeing particular. Tudo fruto de seu trabalho no cinema, além da grande capacidade de fazer muitos filmes ao longo da carreira. Com tantos títulos na filmografia alguns filmes, até mesmo os bons, acabam sendo esquecidos. Um exemplo é esse "Basic" que nunca mais vi sendo exibido em lugar nenhum, nem nas emissoras de TV a cabo. Uma pena porque é um bom filme, que merecia ser mais conhecido.

É a tal coisa, se você gosta de filmes sobre CIA, missões não autorizadas, o lado oculto do governo americano, certamente vai gostar dessa fita. O enredo gira todo em torno de uma missão mal explicada e mal executada por espiões e militares dos Estados Unidos nas distantes selvas do Panamá. Apenas alguns sobrevivem. Nas investigações sobre o que teria acontecido são revelados segredos sórdidos que muitas pessoas poderosas gostariam de ver escondidas para sempre. Bom roteiro, trama inteligente e John Travolta em cena garantem a diversão e o entretenimento.

Violação de Conduta (Basic, Estados Unidos, 2003) Direção: John McTiernan / Roteiro: James Vanderbilt / Elenco: John Travolta, Samuel L. Jackson, Connie Nielsen / Sinopse: Uma investigação interna tenta descobrir o que teria acontecido durante uma operação militar dos Estados Unidos no Panamá. Alguns militares morreram e os que sobreviveram não parecem dispostos a revelarem nada.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Gotti

O filme foi massacrado pela crítica nos Estados Unidos e Europa. Alguns críticos chegaram a dizer que se tratava do pior filme sobre máfia já feito! Um exagero. Tudo bem que "Gotti" passa longe de ser uma obra prima, mas até que tem seus momentos. O interessante de tudo - pelo menos no meu caso pessoal - é que eu me lembro bastante da figura desse chefão mafioso John Gotti. Ele era figurinha fácil nos telejornais da época. Durante os anos 80 ele se tornou praticamente uma celebridade, o que em se tratando de um líder do crime organizado não era bem uma boa ideia a se seguir.

John Gotti adorava a mídia, sempre debochando das autoridades. Chegou a ser chamado de "Don Teflon" porque nenhuma acusação conseguia grudar nele, o levando a ser absolvido inúmeras vezes. Processado por anos e anos, só caiu na malha do FBI porque cometeu o erro de ficar deslumbrado com seu próprio poder dentro da máfia. Vindo de baixo, subiu ao topo do comando da família Gambino de Nova Iorque ao executar o chefão anterior, Paul "Big Paul" Castellano. Quebrando o código de honra que deveria ser seguido pelos membros da cosa nostra acabou virando alvo não apenas dos federais, mas também dos demais membros de famílias rivais.

John Travolta faz o possível para encarnar John Gotti. Em minha opinião a maquiagem ficou um pouco esquisita. Ele também exagera em certos momentos, adotando uma postura quase de caricatura. Mesmo assim ainda consegue sobreviver ao vexame. O roteiro também falha por ser mal estruturado. Com idas e vindas no tempo, acaba se tornando um pouco cansativo para o público em geral. De qualquer forma há bons momentos, como a recriação do assassinato do chefão Castellano em frente a um restaurante de Nova Iorque. Enquanto o rival é executado, Gotti vai assistindo a cena, curtindo todos os detalhes sangrentos. Em suma, apesar de não ser um grande filme até que "Gotti" se torna interessante, justamente por causa de seu protagonista, talvez o último grande chefão mafioso da história. 

Gotti (Estados Unidos, 2018) Direção: Kevin Connolly / Roteiro: Lem Dobbs, Leo Rossi / Elenco: John Travolta, Spencer Rocco Lofranco, Kelly Preston / Sinopse: Durante a década de 1980 um mafioso de escalão menor, John Gotti (Travolta), decide executar o chefão de seu bando, o líder da infame família Gambino de Nova Iorque. Com sua morte ele assume o controle da quadrilha, mas ao mesmo tempo passa a ser alvo do FBI e das famílias rivais, dando começo a uma sangrenta luta pelo poder dentro da cosa nostra.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Cowboy do Asfalto

Dar uma visão do cowboy americano da atualidade – essa é a proposta desse “Cowboy do Asfalto”, produção estrelada por John Travolta no auge de sua carreira. No filme acompanhamos as mudanças pelas quais passa Bud Davis (John Travolta), um rapaz do interior que se muda para a cidade grande em busca de novas oportunidades. E lá que seu tio vai lhe dar uma mão na busca de um emprego e um novo lugar para morar. Recém chegado logo começa a trabalhar numa refinaria como operário. Com os trocados que ganha durante a semana no trabalho duro o jovem Bud vai para os bailes de música country no fim de semana. Em uma dessas noites ele acaba conhecendo Sissy (Debra Winger), uma garota que adora o universo country. Depois de uma paixão avassaladora resolvem dar o grande passo de suas vidas, se casando de forma até prematura. O que parecia ser um belo caminho a trilhar em suas vidas infelizmente logo começa a ruir com os problemas do cotidiano. Falta de grana e meios para se viver melhor. A grande chance de dar a volta por cima acaba vindo em torno de uma competição esportiva de montaria ao touro mecânico, que promete pagar um belo prêmio ao último cowboy que conseguir ficar firme na montaria até o apito final.

“Cowboy dos Asfalto” é interessante porque conseguiu captar a vida de dois jovens comuns que apaixonados vivem as incertezas do casamento. Durante a semana eles pegam pesado no batente, geralmente em empregos desgastantes e sem nenhum atrativo mas extravasam suas frustrações durante o fim de semana quando se vestem como vaqueiros do interior, dançam e se divertem ao som de muita música country, participando de competições do gênero como a montaria no touro mecânico. Travolta, cheio de maneirismos, repete de certa forma seu tipo de interpretação que havia desenvolvido em filmes como “Grease” e “Os Embalos de Sábado à Noite”. A única novidade é o universo country ao seu redor. Melhor se sai Debra Winger como a jovem que só quer ser feliz ao lado do amor de sua vida. O filme tem muita música, dança (como era de se esperar de um filme com John Travolta naquela época) e romance. Revendo hoje em dia o filme ganha muito no aspecto nostalgia (principalmente para quem foi jovem nas décadas de 70 e 80) e por isso vale ser revisto. Ah e antes que me esqueça: a trilha sonora de “Cowboy do Asfalto” é um prato cheio para quem gosta de música country, inclusive com a participação de muitos cantores famosos na época. Se você é fã do estilo não deixe de ver.

Cowboy do Asfalto (Urban Cowboy, EUA, 1980) Direção: James Bridges / Roteiro: Aaron Latham, James Bridges / Elenco: John Travolta, Debra Winger, Scott Glenn / Sinopse: O filme narra os problemas e o romance de um casal de jovens que vivem em uma grande cidade americana mas que procuram preservar as suas origens dentro do universo country.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

A Reconquista

Título no Brasil: A Reconquista
Título Original: Battlefield Earth
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Roger Christian
Roteiro: Corey Mandell, J.D. Shapiro
Elenco: John Travolta, Forest Whitaker, Barry Pepper, Michael Byrne, Kim Coates, Sabine Karsenti

Sinopse:
Em um futuro distante o planeta Terra é invadido por uma raça de aliens gigantes que planejam escravizar toda a humanidade. Após a invasão devastadora, um grupo de humanos resolve então formar um grupo de resistência rebelde contra os seres espaciais. Filme vencedor de sete "prêmios" no Framboesa de Ouro, entre eles o de pior filme, pior ator (John Travolta), pior ator coadjuvante (Forest Whitaker) e pior diretor (Roger Christian).

Comentários:
Essa estranha ficção foi o maior fracasso comercial da carreira do ator John Travolta. Como se sabe ele faz parte de uma seita americana chamada Cientologia. A esquisita doutrina religiosa deles prega que o mundo foi colonizado por seres espaciais com três metros de altura! Baseando-se nisso o ator convenceu a Warner Bros a investir mais de 70 milhões de dólares na produção desse filme. Massacrado pela crítica americana, não rendeu praticamente nada nas bilheterias. Existem fracassos no cinema que são bem merecidos. Esse é um caso desses. Não há outro veredito, pois o filme é muito, muito ruim. Como se não bastasse o roteiro cheio de clichês por todos os lados temos ainda que aguentar o estranho visual de Travolta e companhia, tentando se passar por alienígenas gigantes com cabelos rastafaris! É demais da conta, vamos convir. Pior de tudo é que os efeitos especiais não convencem muito, deixando tudo cair rapidamente no tédio e no ridículo. Com tanta ruindade junta acabou vencendo um prêmio Framboesa de Ouro especial de "Pior filme da década!". Não precisa dizer mais nada! Provavelmente se exista um filme que Mr. Travolta quer esquecer em sua longa filmografia seguramente é esse! Uma bomba espacial de proporções épicas!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de março de 2017

A Filha do General

Título no Brasil: A Filha do General
Título Original: The General's Daughter
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Simon West
Roteiro: Christopher Bertolini
Elenco: John Travolta, Madeleine Stowe, Timothy Hutton, James Woods, James Cromwell
  
Sinopse:
Após a morte misteriosa de uma capitã, filha de um figurão militar, o tenente Paul Brenner (John Travolta) é designado por seu comandante para descobrir a autoria do crime e as razões do assassinato. Ao lado da advogada Sara Sunhill (Madeleine Stowe), o tenente vai desvendando toda a complexa rede que envolve a morte da jovem militar. O que ele acaba descobrindo é algo muito mais surpreendente do que ele poderia inicialmente supor.

Comentários:
Ao longo da carreira o ator John Travolta participou de alguns filmes marcantes, outros nem tanto, verdadeiras bombas. É um ator irregular. Esse "A Filha do General" fica no meio termo pois até teve um certo sucesso, sendo bem sucedido comercialmente no mercado de vídeo VHS - já que nos cinemas apresentou uma bilheteria modesta. O que vale aqui, o seu principal mérito, vem do roteiro, mais claramente falando, de sua trama. É aquele tipo de história que começa levando o espectador para um lado, depois para outro, tudo para no final surgir aquela grande reviravolta que ninguém esperava! Em alguns momentos esse tipo de maniqueísmo do roteirista fica um pouco cansativo, mas se você conseguir superar isso pode vir a se divertir. O diretor inglês Simon West é especialista nesse tipo de filme pois já dirigiu produções como "Con Air - A Rota da Fuga", "Lara Croft: Tomb Raider" e "Os Mercenários 2". É considerado um cineasta muito bom no gênero ação. Por isso deixamos, mesmo com certas reservas, a dica desse bom filme estrelado por John Travolta. Vale uma espiada.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de março de 2017

A Qualquer Preço

Título no Brasil: A Qualquer Preço
Título Original: A Civil Action
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Steven Zaillian
Roteiro: Jonathan Harr, Steven Zaillian
Elenco: John Travolta, Robert Duvall, Kathleen Quinlan, William H. Macy, John Lithgow, James Gandolfini
  
Sinopse:
O importante para o advogado Jan Schlittman (John Travolta) é realizar acordos lucrativos em ações judiciais, não procurar por justiça. Ele quer o caminho mais fácil, rápido e financeiramente recompensador. As coisas mudam porém quando Jan é contratado por um grupo de famílias que foram prejudicadas por causa do vazamento tóxico causada por uma grande empresa. Duas crianças morreram por causa disso. A situação sensibiliza o advogado, que agora sim procurará lutar por justiça a qualquer preço. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall) e Melhor Fotografia (Conrad L. Hall).

Comentários:
Muito bom esse filme baseado em fatos reais. O primeiro grande mérito desse roteiro é desmascarar e colocar por terra aquela velha imagem romântica (e um tanto boba) que os brasileiros imaginam do sistema judiciário americano. Tanto lá, como aqui, temos uma situação em que poder financeiro fala mais alto. Na ação civil que faz parte da espinha dorsal desse roteiro (por isso o filme se chama originalmente "A Civil Action") vemos a luta de um advogado comum contra uma corporação rica e influente dentro do sistema. Famílias inteiras foram prejudicadas, duas crianças morreram intoxicadas por causa da irresponsabilidade dessa mesma empresa, mas nem isso comove os senhores de toga do sistema judicial dos Estados Unidos. Uma boa amostra que a corrupção, os interesses escusos e outros descaminhos, também fazem parte da justiça americana (que os brasileiros inocentemente pensam ser perfeita e isenta de máculas). John Travolta poucas vezes esteve tão bem em um filme, mas quem acaba roubando o show nesse elenco é o veterano e talentoso Robert Duvall, que merecidamente recebeu mais uma indicação ao Oscar por sua atuação! E se você pensa que apenas esses dois nomes chamam a atenção no elenco está bem enganado, o luxuoso elenco de apoio traz ainda atores excelentes como, por exemplo, William H. Macy, John Lithgow e James Gandolfini. Em suma um filme de tribunal bem acima da média, mostrando toda a sordidez que se pode encontrar pelos tribunais da vida. Muito recomendado.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O Quarto Poder

Título no Brasil: O Quarto Poder
Título Original: Mad City
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Costa-Gavras
Roteiro: Tom Matthews
Elenco: John Travolta, Dustin Hoffman, Alan Alda
  
Sinopse:
John Brackett (Dustin Hoffman) é um repórter decadente que ao visitar um museu para uma matéria de rotina acaba tirando a sorte grande. Acontece que o guarda do local, Sam (John Travolta) se revolta ao ser demitido e acaba ameaçando a diretora do museu. Mais do que isso, acidentalmente ele dispara sua arma dentro do lugar. Era tudo o que Brackett precisava para fazer uma reportagem extremamente sensacionalista, chamando a atenção de todo o país.

Comentários:
Essa denominação "Quarto Poder" geralmente é usada para designar os órgãos de imprensa, ou seja, a mídia. Assim foi bem feliz esse título nacional desse filme originalmente chamado "Mad City" (Cidade Louca, em inglês). O roteiro é obviamente uma crítica aos meios de comunicação que geralmente exageram nas matérias jornalísticas, aumentando em muito o real impacto do que está acontecendo. É curioso porque esse filme foi realizado antes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, onde acontecimentos assim, de ameaças e terror, eram relativamente bem raros dentro dos Estados Unidos. Depois de 11/9 situações como essa mostrada no filme dificilmente chamariam a atenção de toda a nação como acontece nesse roteiro. No máximo seria tratado como um evento de criminalidade meramente local. Embora até apresente uma boa ideia o fato é que logo o filme se torna cansativo, principalmente porque o antes aclamado diretor Costa-Gavras não parece ir a fundo em praticamente nada, ficando apenas na superficialidade. Assim o cineasta acaba confirmando uma velha máxima que dizia que grande diretores estrangeiros geralmente se tornam medíocres quando vão para Hollywood. A máquina da indústria cinematográfica americana geralmente engole todos eles, sem dó e nem piedade. Enfim, temos aqui um filme até bem banal, apesar dos nomes envolvidos. 

Pablo Aluísio.