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terça-feira, 20 de junho de 2023

Operação Canadá

Título no Brasil: Operação Canadá
Título Original: Canadian Bacon
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar 
Direção: Michael Moore
Roteiro: Michael Moore
Elenco: John Candy, Alan Alda, Jim Belushi, Rhea Perlman, Kevin Pollak, Stanley Anderson

Sinopse:
O presidente dos Estados Unidos, com baixo índice nas pesquisas de opinião, é convencido a aumentar sua popularidade ao tentar iniciar uma guerra fria contra o Canadá.

Comentários:
Esse foi o último filme da carreira do ator John Candy. Ele morreria logo depois. Problemas de obesidade minaram seu coração. E é uma pena que um ator tão competente, um comediante tão talentoso, tenha se despedido do cinema com um filme tão ruim. Infelizmente, essa é constatação. Operação Canadá não tem muita graça. A maioria das piadas são feitas em cima da conhecida pacatez e pacifismo dos canadenses. Como fazer uma guerra fria com esse tipo de pessoa? Simplesmente, não dá. Talvez os americanos que morem nos estados que fazem Fronteira com o Canadá achem alguma graça dessas piadas. Para o resto do mundo, isso não tem a menor importância ou graça.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de outubro de 2022

Roubo nas Alturas

Título no Brasil: Roubo nas Alturas
Título Original: Tower Heist
Ano de Lançamento: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures 
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Adam Cooper, Bill Collage
Elenco: Eddie Murphy, Ben Stiller, Casey Affleck, Matthew Broderick, Alan Alda, Michael Peña

Sinopse:
Um grupo de ex-empregados de um prédio para ricaços de Manhattan em Nova Iorque, decidi fazer um roubo bem elaborado de um apartamento onde mora um vigarista de Wall Street. Eles querem recuperar o dinheiro de um fundo de pensão dos empregados que foi roubado por esse mesmo criminoso. E um roubo desses não vai ser uma coisa fácil de se realizar, ainda mais sabendo que eles vão ter que tirar uma Ferrari de alto valor da cobertura do prédio.

Comentários:
Pelo elenco que apresenta esse filme poderia ser confundido com uma comédia. Afinal, os dois protagonistas são comediantes de carteirinha. Embora o filme tenha realmente um pouco de humor, o fato é que temos aqui um filme que foca muito mais na ação. Ação essa que se desenvolve através de um roubo feito por amadores de um edifício para pessoas muito ricas de Nova Iorque. Sim, é um filme de roubo. Embora nesse caso aqui seja um filme estrelado por atores especializados em comédias. Nesse quesito de fazer rir quem se sai melhor?  Eddie Murphy, claro. Ele interpreta um ladrão pé de chinelo, que é o único com experiência na criminalidade entre o grupo. Os demais são pessoas sem nenhum tipo de malícia para o mundo do crime. Alguns são verdadeiros panacas. O filme é bom e muito bem-produzido, mas no quesito humor realmente deixa a desejar. De qualquer forma o filme funciona e olha que nem é preciso muita boa vontade para se interessar pela história. O fato de se tentar baixar um carro milionário de uma cobertura de um prédio como aquele, no meio de uma parada do dia da Ação de Graças, torna tudo ainda mais interessante. Enfim, um filme que não decepciona e que até que cumpre bem aquilo a que se propõe.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

História de um Casamento

Para surpresa de muitos, esse filme acabou sendo o campeão em indicações no Globo de Ouro desse ano. E como esse prêmio é uma espécie de prévia do próprio Oscar é bem provável que ele também receba uma chuva de indicações para concorrer na grande noite do cinema. Penso que o roteiro, mais focado nas relações humanas, foi o grande diferencial. A própria Academia anda cansada de filmes cheios de efeitos visuais e pouco coração, pouco sentimento. Assim essa produção, com estilo de filme antigo, lá da década de 1970, acabou conquistando a simpatia de grande parte da crítica dos Estados Unidos. Curiosamente seu título é um pouco equivocado. Seria mais fiel ao que se vê na tela se o filme se chamasse "A História do fim de um casamento", porque é exatamente disso que se trata. Quando o filme começa já encontramos o casal formado por Charlie (Adam Driver) e Nicole (Scarlett Johansson) em plena crise. Eles estão se consultando com um daqueles especialistas em reconciliação conjugal, algo que no final acaba não dando certo. O caminho então passa a ser o divórcio. Inicialmente eles concordam em partir para um divórcio amigável, sem advogados, tudo feito na base da amizade que ainda os une. Além disso há um filho em jogo, uma criança que não precisa pagar pelos erros dos pais. O melhor divórcio é aquele feito de forma pacífica, nisso todos parecem concordar.

Só que esse começo amistoso dura pouco. Logo ela contrata uma advogada especialista em divórcios, uma profissional que vai tentar arrancar tudo do ex-marido. E esse, se vendo pressionado contra a parede, parte para o contra-ataque, contratando um advogado ainda mais combativo. E aí, o que era para ser algo feito sem traumas, acaba virando uma guerra, com acusações vindas de todos os lados, brigas e ressentimentos. Mostra bem a metamorfose que costuma acontecer com casais em processo de divórcio, onde os antigos amantes acabam se transformando nos piores inimigos. Bem escrito, com roteiro bem estruturado e um elenco de primeira, o filme inegavelmente agrada. Agora, teria mesmo condições de angariar tantas indicações? Olha, isso é mais sintoma de um cinema atual em crise de originalidade do que qualquer outra coisa. Basta surgir um filme mais inteligente, mais dramático, para causar maior impacto. É um sinal dos tempos em que vivemos.

História de um Casamento (Marriage Story, Estados Unidos, 2019) Direção: Noah Baumbach / Roteiro: Noah Baumbach / Elenco: Adam Driver, Scarlett Johansson, Laura Dern, Ray Liotta, Alan Alda / Sinopse: Casal formado por um atriz e um diretor de teatro de Nova Iorque começa a enfrentar a barra de ter que lidar com um divórcio. Além do custo emocional surgem também inúmeros problemas financeiros para superar essa fase de grandes transtornos pessoais. Filme indicado ao Globo de Ouro em diversas categorias, entre elas Melhor Atriz (Scarlett Johansson), Melhor Ator (Adam Driver), Melhor Roteiro e Melhor Filme - Drama.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

O Aviador

Revi esse filme do grande Martin Scorsese. OK, rever pura e simplesmente a versão original seria algo meio óbvio. Assim procurei por essa versão especial, estendida, com quase três horas de duração. Como se sabe muitos diretores precisam fazer cortes para que seus filmes sejam comercialmente viáveis. Depois, mais tarde, eles finalmente fazem seu corte pessoal, acrescentando cenas deletadas, etc. Se você só viu a primeira versão, a original, não precisa se preocupar muito. As mudanças são pontuais. Algumas cenas duram mais, possuem maiores linhas de diálogo, mas é só. A narrativa segue a primeira espinha dorsal que Scorsese criou para seu filme que chegou aos cinemas em 2004. Como sabemos o roteiro conta a história real do bilionário Howard Hughes. Ele foi um dos homens mais ricos do mundo em sua época, mas sofria de diversos transtornos mentais. A riqueza acabou sendo sua ruína, pois sendo poderoso e intocável não se deixava passar por tratamentos psiquiátricos. Em razão disso foi ficando cada vez mais doido com o passar dos anos, criando uma rotina sombria, onde passava o tempo todo trancado dentro de uma sala escura, onde eram exibidos seus velhos filmes (ele também havia sido produtor e diretor em Hollywood). Obcecado por germes e bactérias, não conseguia mais viver como um homem normal, geralmente ficava sem roupas, urinando em garrafas, as mesmas que traziam leite, um dos poucos alimentos que admitia consumir. Não admitia ver mais ninguém e falava com seus subordinados através de uma porta trancada.

O filme obviamente foca nos primeiros anos de Hughes, quando ele era, digamos assim, mais normal. Namorando estrelas do cinema, comprando companhias aéreas e fechando grandes contratos com a força aérea, ele foi ficando cada vez mais rico a cada ano, enquanto a loucura ia também dominando sua mente. No filme já surgem os primeiros sintomas, com a obsessão de lavar as mãos até arrancar sangue, do pavor de tocar em outras pessoas, e da paranoia, representado pelas escutas que mandava instalar nas casas e telefones das mulheres com quem se relacionava. Depois de alguns anos virou um doido varrido e seu nome também virou sinônimo de milionário excêntrico e anormal. Leonardo DiCaprio interpreta o louco, mas não levou o Oscar. A velha maldição que o perseguiu por anos e anos. Quem se saiu melhor foi sua colega de cena, Cate Blanchett. Sinceramente falando não achei grande coisa sua interpretação. Ela interpreta a atriz Katharine Hepburn. Com cabelos naturais loiros (Hepburn tinha cabelos pretos) ela em pouco lembra a famosa estrela. Não merecia ter levado o Oscar. Quem merecia vencer mesmo era o diretor Martin Scorsese. Mestre em contar histórias, ele recriou nos mínimos detalhes os grandes momentos de Hughes. Só faltou mesmo mostrar o fim de sua vida, quando ele se tornou um homem completamente insano, afundado em sua própria loucura sem limites.

O Aviador (The Aviator, Estados Unidos, 2004) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: John Logan / Elenco: Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kate Beckinsale, John C. Reilly, Alec Baldwin, Alan Alda, Ian Holm / Sinopse: O filme conta a história do milionário Howard Hughes (DiCaprio). Investidor e construtor de aviões, acabou sucumbindo a uma grave doença mental em seus últimos anos. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett), Melhor Fotografia (Robert Richardson), Melhor figurino (Sandy Powell) e Melhor Direção de Arte (Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo). 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O Quarto Poder

Título no Brasil: O Quarto Poder
Título Original: Mad City
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Costa-Gavras
Roteiro: Tom Matthews
Elenco: John Travolta, Dustin Hoffman, Alan Alda
  
Sinopse:
John Brackett (Dustin Hoffman) é um repórter decadente que ao visitar um museu para uma matéria de rotina acaba tirando a sorte grande. Acontece que o guarda do local, Sam (John Travolta) se revolta ao ser demitido e acaba ameaçando a diretora do museu. Mais do que isso, acidentalmente ele dispara sua arma dentro do lugar. Era tudo o que Brackett precisava para fazer uma reportagem extremamente sensacionalista, chamando a atenção de todo o país.

Comentários:
Essa denominação "Quarto Poder" geralmente é usada para designar os órgãos de imprensa, ou seja, a mídia. Assim foi bem feliz esse título nacional desse filme originalmente chamado "Mad City" (Cidade Louca, em inglês). O roteiro é obviamente uma crítica aos meios de comunicação que geralmente exageram nas matérias jornalísticas, aumentando em muito o real impacto do que está acontecendo. É curioso porque esse filme foi realizado antes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, onde acontecimentos assim, de ameaças e terror, eram relativamente bem raros dentro dos Estados Unidos. Depois de 11/9 situações como essa mostrada no filme dificilmente chamariam a atenção de toda a nação como acontece nesse roteiro. No máximo seria tratado como um evento de criminalidade meramente local. Embora até apresente uma boa ideia o fato é que logo o filme se torna cansativo, principalmente porque o antes aclamado diretor Costa-Gavras não parece ir a fundo em praticamente nada, ficando apenas na superficialidade. Assim o cineasta acaba confirmando uma velha máxima que dizia que grande diretores estrangeiros geralmente se tornam medíocres quando vão para Hollywood. A máquina da indústria cinematográfica americana geralmente engole todos eles, sem dó e nem piedade. Enfim, temos aqui um filme até bem banal, apesar dos nomes envolvidos. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Todos Dizem Eu Te Amo

Título no Brasil: Todos Dizem Eu Te Amo
Título Original: Everyone Says I Love You
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax, Magnolia Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Goldie Hawn, Julia Roberts, Drew Barrymore, Edward Norton, Alan Alda
  
Sinopse:
O filme conta a estória da vida amorosa e sentimental de uma típica família de Nova Iorque. Holden (Edward Norton) e Skylar (Drew Barrymore) formam um jovem casal de Manhattan que tenta superar seus problemas. Os pais de Skylar, Bob (Alan Alda) e Steffi (Goldie Hawn), apesar dos anos de casamento também sentem que o relacionamento está chegando em um momento delicado. Joe (Woody Allen) é o ex-marido de Steffi. Ele decide viajar até Veneza em busca de um novo recomeço em sua vida na parte mais bela e romântica da Europa. Lá acaba conhecendo a americana Von (Julia Roberts), que se relaciona rapidamente com ele, tentando esquecer seu casamento em crise. E isso é apenas o começo de uma grande e complicada rede de relacionamentos familiares e pessoais de cada um.

Comentários:
Embora eu goste dessa fase relativamente mais recente da carreira do diretor Woody Allen, o fato é que ainda prefiro muito mais seus filmes mais antigos, principalmente os que foram realizados durante as décadas de 1970 e 1980. Eram filmes mais honestos, verdadeiros. Parece que depois que largou seu antigo produtor Allen se tornou muito comercial, apelando para elencos numerosos, cheios de astros do cinema, para atrair o público. O problema é que nenhum desses filmes conseguiu desenvolver de forma satisfatória seus personagens. Allen precisou criar tantos papéis, para encaixar tantos astros e estrelas de Hollywood, que tudo acabou ficando vazio, falso, plastificado. Outro aspecto é que Allen deixou uma de suas marcas características de lado, a dos longos e bem elaborados diálogos, para contar estorinhas bem fracas, onde o aspecto existencial sequer passa perto. Tudo para agradar um público maior. Nesse processo esqueceu seus antigos admiradores, se tornou quase um diretor como outro qualquer, banal e focado apenas em fazer grandes bilheterias. Sim, essa é a fase em que Allen vendeu a alma em busca de um sucesso fugaz e irrelevante. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Comédia ou Musical.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Ponte dos Espiões

Quando um espião russo é preso nos Estados Unidos acusado por espionagem internacional, o Estado designa o advogado James B. Donovan (Tom Hanks) para lhe defender no tribunal. A sociedade americana exige a pena de morte para o soviético pois em pleno auge da guerra fria os ânimos estavam mais do que exaltados. Donovan porém pensa diferente. Ele não está disposto a apenas cumprir meras formalidades processuais, mas sim defender realmente seu cliente. Isso acaba lhe trazendo uma série de problemas, tanto do ponto de vista profissional como pessoal, já que sua família passa também a ser ameaçada. Esse é o novo filme de Steven Spielberg. Longe de seu auge criativo e artístico, Spielberg tem se empenhado em contar boas histórias ultimamente. Aqui ele dividiu claramente seu filme em dois atos bem delimitados. No primeiro acompanhamos o advogado Donovan tentando defender o espião russo em plena paranoia da guerra fria. No segundo ato o mesmo personagem precisa trocar o espião que salvou da pena capital por um piloto americano preso na União Soviética após ter seu avião abatido nos céus da Rússia. Assim o espectador na verdade acaba assistindo dois filmes em um só, começando como um drama de tribunal e terminando como um filme de espionagem dos tempos da cortina de ferro.

Steven Spielberg realizou um filme um tanto burocrático em minha visão. A primeira parte, por exemplo, poderia ter sido muito mais bem desenvolvida. Nela os profissionais do direito poderão acompanhar a aplicação de fundamentos processuais importantes na prática como o princípio do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e finalmente da teoria em sede probatória, tão conhecida entre nós advogados, da prova ilícita por derivação (frutos da árvore envenenada ou “Fruits of the poisonous tree”). Pena que Spielberg não pareça muito empenhado em desenvolver essas questões o que daria um excelente argumento para todo o filme em si. Já na segunda parte o diretor também fica pelo meio do caminho. Ele perde muito tempo com as negociações de troca de espiões, tornando a duração do filme muito excessiva. Há um claro exagero nesse aspecto que no final não acrescenta muito. Para piorar essa falta de um corte melhor acaba o tornando o filme meio cansativo em sua parte final. Some-se a isso o pouco interesse das novas gerações sobre um quadro geopolítico que já não mais existe e você entenderá que o diretor perdeu mesmo a chance de realizar um excelente drama de tribunal (que deveria se concentrar apenas nisso, realçando valores jurídicos e democráticos dos mais importantes). De qualquer forma, como Spielberg ainda é um dos mais influentes cineastas de Hollywood, ele conseguiu meio à força arrancar seis indicações ao Oscar, mas sinceramente falando terá poucas chances na noite de premiação. Até porque o filme, embora correto, não é nem de longe comparado com as suas grandes obra primas do passado.

Ponte de Espiões (Bridge of Spies, Estados Unidos, Alemanha, 2015) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Ethan Coen, Joel Coen, Matt Charman / Elenco: Tom Hanks, Mark Rylance, Alan Alda, Austin Stowell / Sinopse: James B. Donovan (Tom Hanks) é um advogado americano designado para defender um espião russo em plena guerra fria. Na outra linha narrativa uma avião de espionagem U2 é abatido nos céus da União Soviética, detonando uma crise diplomática entre as duas nações. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Roteiro, Melhor Ator Coadjuvante (Mark Rylance), Design de Produção, Música e Mixagem de Som.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Uma Longa Jornada

Título no Brasil: Uma Longa Jornada
Título Original: The Longest Ride
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: George Tillman Jr
Roteiro: Nicholas Sparks, Craig Bolotin
Elenco: Scott Eastwood, Britt Robertson, Alan Alda
  
Sinopse:
Sophia (Robertson) e Luke (Eastwood) não poderiam ser mais diferentes. Ele é um cowboy de rodeios, nascido e criado no estado rural de North Carolina, um sujeito que deseja ser o maior campeão de montarias de touros bravos de sua região. Ela é uma garota universitária e estudiosa de New Jersey que sonha em ir para Nova Iorque para trabalhar no ramo que mais ama, a das artes plásticas. Mesmo sendo tão diferentes entre si, assim que se encontram surge uma atração irresistível entre eles. Um caso de amor como nos velhos tempos.

Comentários:
Filme romântico que aposta na máxima de que os opostos se atraem. Se isso vale para as leis do universo certamente vale também para os relacionamentos humanos. Sophia é uma jovem sofisticada que adora artes e deseja ter uma carreira em Nova Iorque. Luke é um sujeito rústico, que vive de rodeio em rodeio, um cowboy dos tempos modernos. Nem precisa explicar que o rapaz é meio chucro, um matutão mesmo. Pessoas tão diferentes assim poderiam dar certo juntos? O filme não se contenta em contar apenas uma história de amor, mas duas. Isso acontece porque quando retornam de seu primeiro encontro Sophia e Luke acabam salvando um senhor idoso da morte no meio da estrada. Seu carro havia perdido a direção e ele estava prestes a morrer após o acidente. Após salvar sua vida, Sophia começa a se interessar pela história do senhor e assim através de flashbacks o roteiro volta ao passado para mostrar como ele teria conhecida sua esposa na década de 1940, os primeiros encontros, o namoro e as dificuldades de um casamento problemático pelo fato deles não poderem ter filhos. Ao mesmo tempo em que vai lendo as antigas cartas de amor de Ira (em boa atuação do ator veterano Alan Alda) ela vai tentando se acertar com seu namorado vaqueiro. No geral se trata de um bom romance, valorizado por uma trilha sonora com muita country music. Talvez seu único grande defeito seja a excessiva duração. Como precisa contar duas histórias de amor ao mesmo tempo a coisa toda acaba ficando um pouco alongada demais. Além disso a história do senhor Ira nem é tão interessante assim para se perder tanto tempo. Um corte mais enxuto faria muito bem ao filme como um todo. Mesmo assim não chega a se tornar enfadonho, tedioso ou nada parecido. No fundo é uma boa fita romântica para se assistir ao lado da namorada, entre beijinhos e pipoca. Vale pela diversão e pelos bons momentos a dois.

Pablo Aluísio.