quinta-feira, 31 de agosto de 2023

É Fada!

Título no Brasil: É Fada!
Título Original: É Fada!
Ano de Lançamento: 2016
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Cris D'Amato
Roteiro: Fernando Ceylão, Sylvio Gonçalves
Elenco: Kéfera Buchmann, Klara Castanho, Silvio Guindane

Sinopse:
Uma adolescente vive os problemas típicos de sua idade. Ela acabou de mudar para uma escola onde não conhece ninguém e ainda tem de aturar os problemas de seus pais que estão divorciados e vivem brigando. Para ajudar na situação surge então uma fada bem diferente! 

Comentários:
Nem vou aqui escrever culpando a youtuber Kéfera Buchmann pelo fato do filme ser ruim. Não é culpa dela. A moça é esforçada e tem carisma, caso contrario não teria milhões de membros em seu canal no Youtube. O problema desse filme é técnico mesmo! Além do roteiro ser muito ruim, com pulos na história que demonstram claramente que o troço foi mal escrito, ainda apresenta aquele velho problema de som que persegue o cinema nacional há anos! Fico impressionado como os diretores e técnicos brasileiros ainda não consertaram isso. E como grande parte do elenco é de adolescentes, cuja dicção é aquela coisa que não dá para entender nada do que dizem, ainda temos que aguentar esse amadorismo na produção do filme. Enfim, existem filmes bem mais bem feitos por aí, inclusive filmes para adolescentes. Esse aqui é inegavelmente muito fraquinho. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

The Witcher: Lenda do Lobo

Título no Brasil: The Witcher: Lenda do Lobo
Título Original: The Witcher: Nightmare of the Wolf
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Kwang Il Han
Roteiro: Beau DeMayo, Andrzej Sapkowski
Elenco: Theo James, Mary McDonnell, Lara Pulver

Sinopse:
Um jovem órfão, cujos pais foram mortos em uma emboscada numa floresta sinistra, começa a aprender as lições para se tornar um grande bruxo ao crescer. O tempo passa e anos depois ele reencontra uma antiga paixão do passado. Haveria ainda tempo para revitalizar esse antigo sentimento há muito tempo adormecido? 

Comentários:
Até que é uma boa animação, na verdade sendo mais um produto do universo expandido da popular série The Witcher. É curioso que aqui temos contada a história do passado da série. Sim, é um Prequel, com tudo de bom ou ruim que isso possa parecer. Só não indicaria muito para crianças bem pequenas porque apesar da animação ser ambientada em um mundo de fantasia tudo me pareceu bem violento, principalmente nas cenas em que monstros são enfrentados pelos personagens principais. E de bom mesmo destaco o elo emocional entre o bruxo e uma antiga paixão do passado. O roteiro valoriza esse relacionamento antigo em bom uso de flashbacks. Não é algo que se vê todo dia nesse tipo de produção. No mais, tudo é tecnicamente muito bem realizado. Penso que os fãs da série original não terão do que reclamar. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Comboio

Título no Brasil: Comboio
Título Original: Convoy
Ano de Lançamento: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: Bill Norton
Elenco: Kris Kristofferson, Ernest Borgnine, Ali MacGraw, Burt Young, Madge Sinclair, Franklyn Ajaye

Sinopse:
Um motorista de caminhão, rebelde e turrão, decide liderar um movimento de paralização das estradas no sul dos Estados Unidos contra um xerife corrupto. A sua força de liderança desperta diversos problemas, levando autoridades policiais a um verdadeiro enfrentamento contra ele e seus colegas de profissão. 

Comentários:
Quando se trata de "Comboio" eu me lembro imediatamente das inúmeras reprises do filme na antiga Sessão da Tarde dos anos 80. Era quase impossível não esbarrar em uma exibição do filme naquela época. No Brasil, por essa razão, o filme ficou por demais conhecido. Nos Estados Unidos a recepção não foi tão boa. A crítica norte-americana não deixou de tecer críticas ao roteiro, que de certa maneira era bem fraco mesmo. Curiosamente eu gosto bastante da atuação do cantor country Kris Kristofferson. Tudo bem, ele realmente não teve uma carreira das mais consistentes no cinema, mas inegavelmente fez bons filmes que até hoje são lembrados. Ja para o diretor Sam Peckinpah, esse filme não foi uma boa experiência. Tão respeitado pelos críticos, acabou sendo acusado de ter feito seu filme mais fraco em anos, o que não deixava de ser uma verdade. De qualquer forma deixo a dica, para rever ou conhecer pela primeira vez essa película. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

A Espada de um Bravo

Título no Brasil: A Espada de um Bravo
Título Original: Kidnapped
Ano de Lançamento: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Productions
Direção: Robert Stevenson
Roteiro: Robert Stevenson, Robert Louis Stevenson
Elenco: Peter Finch, Peter O'Toole, James MacArthur, Bernard Lee, Andrew Cruickshank

Sinopse:
Na Escócia, em 1751, o jovem David Balfour é transportado a bordo de um navio onde conhece o rebelde jacobita Alan Breck Stewart, com quem foge para as Terras Altas da Escócia,  esquivando-se e combatendo os casacas vermelhas, como eram conhecidos os soldados do exército imperial inglês.

Comentários: 
Filme da Disney que ficou bem conhecido através dos anos não apenas por causa de seu sucesso entre o público infanto-juvenil em seu lançamento, como também por ter sido o filme de estreia de Peter O'Toole no cinema. E foi uma belo cartão de visitas pois o filme ainda hoje é lembrado em listas de melhores filmes sobre navios antigos, piratas e corsários. Agora, apesar da presença marcante do futuro Lawrence da Arábia, não podemos deixar de tecer todos os elogios para Peter Finch. Que grande ator ele foi! Com dicção perfeita, sua forte presença domina da primeira à última cena. Quando ele entrava na sequência, realmente não sobrava mais espaço para nenhum outro ator do elenco. Esteve simplesmente maravilhoso nessa produção. Palmas para Finch!

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de agosto de 2023

Antonieta

Título no Brasil: Antonieta
Título Original: Antonieta
Ano de Lançamento: 1982
País: França, Espanha
Estúdio: Gaumont International
Direção: Carlos Saura
Roteiro: Jean-Claude Carrière, Carlos Saura
Elenco: Isabelle Adjani, Hanna Schygulla, Ignacio López Tarso, Gonzalo Vega, Diana Bracho, Edward Clark

Sinopse:
Uma pesquisadora e historiadora decide escrever um livro sobre mortes trágicas envolvendo mulheres ao longo do tempo. E a história de uma jovem francesa chamada Antonieta (Isabelle Adjani) lhe chama muito atenção. Ela teria se matado na igreja de Notre Dame em Paris no ano de 1931. Qual seria a sua história de vida e o que a teria levado a tirar sua própria vida?

Comentários:
Quando assisto a filmes como esse fico me perguntando, onde estão os grandes filmes românticos e clássicos da atualidade? O cinema perdeu sua capacidade de ser inteligente, elegante e charmoso? Pois é, as respostas parecem até óbvias, mas eu talvez não queira ser tão pessimista. Pois bem, aqui temos além do bom roteiro sofisticado um plus para os estetas de plantão. A presença da maravilhosa atriz Isabelle Adjani, no auge de sua beleza inconfundível. Aliás nos anos 80 a Isabelle Adjani era sem dúvida considerada uma das mais belas atrizes do cinema mundial e foi muito popular, inclusive entre cinéfilos americanos, apesar dela nunca ter emplacada em Hollywood. Aconteceu muito na história do cinema, nem toda estrela estrangeira conseguiu romper a cortina que separava a indústria cinematográfica do Tio Sam do resto do mundo. 

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de agosto de 2023

Os Melhores Exércitos da Segunda Guerra Mundial

1. Exército Vermelho (União Soviética)
Não era o mais bem treinado e nem o mais bem equipado. Quando a guerra começou havia muita desorganização militar dentro do exército vermelho. Entretanto leva o titulo de melhor exército por ter tido as maiores vitórias no campo de batalha. Além de vencer sozinho o exército alemão dentro de seu próprio território, o exército vermelho também foi o primeiro a cruzar as fronteiras da Alemanha e o primeiro a chegar em Berlim. Também merece o título de melhor exército da guerra por ter libertado primeiro os terríveis campos de concentração da Europa. Os russos lutaram bravamente nessa guerra. No total morreram mais de 26 milhões de russos na guerra. Ela é chamada ainda hoje de "A grande guerra patriótica" na Rússia. 

2. U.S. Army (Estados Unidos)
Era sem dúvida o exército mais bem preparado e equipado da guerra. Os Estados Unidos contavam com a vantagem de ter seu terrítorio bem longe dos principais campos de batalha. Os americanos também contavam com o apoio da forte indústria de seu país, sempre pronta a produzir cada vez mais equipamentos militares. O exército americano teve grandes vitorias na guerra, inclusive com a bem sucedida invasão da França no Dia D e o enfrentamento direto contra o exército japonês no Pacífico Sul. Seu principal comandante, o general Dwight D. Eisenhower, iria se tornar presidente do país após o fim da guerra. 

3. Wehrmacht (Alemanha)
Eles perderam a guerra, mas isso não significa que as forças armadas da Alemanha fossem ruins ou fracas. Muito pelo contrário. No começo do conflito obtiveram grandes vitórias no campo de combate, inclusive com a invasão de vários países, chegando ao ponto de dominar a França em apenas algumas semanas. O problema da Wehrmacht era realmente de liderança. Hitler era um homem incapaz de tomar boas decisões do ponto de vista estratégico. Cercado de fanáticos e puxa-sacos ele tomou muitas decisões desastrosas para o exército alemão durante a guerra. Não é de se admirar que os principais generais alemães não gostavam dele e nem do nazismo, E o exército regular tampouco se dava brm com as tropas SS de soldados fanáticos por Hitler. 

4. British Army (Inglaterra)
Impossível negar a importância do exército britânico durante a guerra. Durante muito tempo o avanço da Alemanha Nazista contou apenas com a feroz resistência do Reino Unido. Os ingleses jamais desistiram de combater os alemães, mesmo nos piores momentos da guerra, quando Londres passou a sofrer diversos ataques durante a chamada Batalha da Inglaterra. As forças armadas inglesas não tinham todo o potencial bélico e militar dos alemães, mas tinham a força de vontade e o patriotismo necessários para vencerem a guerra. No final sua vitória foi uma exemplo de que nunca se pode desistir, mesmo diante de um inimigo muito mais poderoso. 

5. Exército Imperial (Japão)
O Japão tinha um formidável exército quando começou a segunda guerra mundial. Eram tropas bem treinadas e armadas inclusive com armas tradicionais, como espadas e sabres. Eles lutaram bravamente na chamada batalha do Pacífico. E mesmo quando se viam sem situações terríveis ainda conseguiam lutar por sua honra, até o fim. Os americanos consideravam os japoneses fanáticos por causa da adoração que tinham por seu imperador. Por isso era complicado enfrentar o exército imperial durante a guerra, no campo de batalha. Só desistiram da luta quando os americanos jogaram duas bombas atômicas sobre duas importantes cidades japonesas. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Marighella

Marighella
Lançado bem no meio do furor da polarização política, esse filme despertou ódios e paixões na mesma medida. Quem era de esquerda, adorou. Quem era de direita, odiou. Algo normal de acontecer pois esse tipo de filme desperta mesmo esse tipo de sentimento mais exarcebado. As cores da ideologia que cada espectador certamente influenciaram na percepção individual sobre o filme, não tem jeito. Há muito viés político envolvido. Tentando deixar tudo isso de lado, devo dizer que considerei o filme mais duro, seco e árido do que podeia imaginar. É um filme que vai direto ao ponto e não perde tempo com firulas, nem mesmo com a busca de narrativas cinematográficas mais bem elaboradas. O personagem principal é posto em cena e a luta começa. Assim mesmo, sem rodeios. 

Do ponto de vista histórico o filme perde por não ter o cuidado de explicar direito ao público mais jovem a história de seu protagonista ou de suas motivações. Quando o filme começa ele já está totalmente imerso na luta contra o regime militar no Brasil. E o uso da violência e de práticas criminosas, como roubo de bancos, por exemplo, não são questionados ou descartados pelo guerrilheiro urbano e seu grupo. O filme é tão duro e seco que praticamente não tem trilha sonora e isso me surpreendeu. Afinal, os anos 60 foram mais do que ricos em termos musicais. No final de tudo há pouca humanização da figura de Marighella. A impressão que tive foi que esse filme foi produzido com sangue nos olhos por parte de seus realizadores. E isso obviamente passou para a tela. Em certos aspectos esse filme tem mesmo muita raiva incontida em sua natureza cinematográfica. 

Marighella (Brasil, 2019) Direção: Wagner Moura / Roteiro: Felipe Braga, Wagner Moura, Mário Magalhães / Elenco: Seu Jorge, Bruno Gagliasso, Herson Capri, Bella Camero, Adriana Esteves, Luiz Carlos Vasconcelos / Sinopse: O filme mostra a luta do guerrilheiro urbano Marighella contra as forças de repressão do regime militar brasileiro durante a década de 1960. Baseado em fatos históricos reais. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Chappie

Título no Brasil: Chappie
Título Original: Chappie
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp, Terri Tatchell
Elenco: Hugh Jackman, Sigourney Weaver, Sharlto Copley, Dev Patel, Jose Pablo Cantillo, Brandon Auret

Sinopse:
Em um futuro não muito distante, um especialista em inteligência artificial recupera os restos de um robô policial destruído em combate e implanta nele uma nova ferramenta avançada dessa tecnologia. Só que o robô acaba indo parar nas mãos erradas, em uma quadrilha de criminosos que estão com planos de usá-lo em assaltos pela cidade. 

Comentários:
Esse filme tem muitos elementos de Robocop, tantos que em determinados momentos fiquei até mesmo constrangido com as semelhanças. Poderia inclusive rolar algum processo de plágio se os produtores da franquia original assim quisessem. Embora seja um filme Sci-fi até muito bem realizado e redondinho, algumas coisas me incomodaram, entre elas a personalidade do protagonista robótico. Como foi implantado nele uma ferramenta de inteligência artificial que vai aprendendo aos poucos com os seres humanos com quem convive, ele é praticamente um adolescente. E isso cria uma personalidade nele um tanto boboca, irritante e infantilizada, que depois de um tempo, ao percebermos que ele não evolui tão rapidamente assim, se torna aborrecido e um tanto repetitivo. Tudo bem, deu para perceber que foi uma forma do roteiro criar um vínculo emocional com o público juvenil, mas não precisavam exagerar tanto na dose da estupidez. Enfim, no ranger dos dentes, ainda prefiro mesmo o produto original, o Robocop casca-grossa dos anos 80. Esse Chappie aborrescente logo se torna bem chatinho. 

Pablo Aluísio.

Sereia Predadora

Título no Brasil: Sereia Predadora
Título Original: Siren
Ano de Lançamento: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Big Picture Casting
Direção: Gregg Bishop
Roteiro: Ben Collins, Luke Piotrowski
Elenco: Chase Williamson, Hannah Fierman, Justin Welborn, Hayes Mercure, Michael Aaron Milligan, Lindsey Garrett

Sinopse:
Um grupo de amigos decide celebrar a festa de despedida de solteiro de um deles. Vão para uma boate de striptease e depois são convidados para um clube de adultos mais seletivo e exclusivo. Acabam caindo numa armadilha mortal, entrando em um bordel obscuro que esconde aprisionada uma estranha criatura sedenta por sangue humano. 

Comentários:
A criatura desse filme, a tal sereia do título, na realidade não é uma sereia. Está mais para Lilith, a mitológica figura do judaísmo antigo que dizia-se ser a primeira mulher de Adão. Na realidade um demônio que tentou dominar o tal primeiro homem criado por Deus. Hoje virou símbolo do feminismo. Sua única característica de sereia é seu canto, que hipnotiza e deixa paralisadas suas potencias vítimas. Mas deixemos esses aspectos lendários de lado. O filme em si é um tanto fraquinho. O roteiro cria uma história base para que o monstro venha a aparecer, tocando o terror em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos. Os efeitos digitais não são fartos, não aparecem a todo momento, mas devo dizer que são bem inseridos dentro da trama.  O design da criatura até que é bem realizado. No mais é apenas um exemplar a somar entre tantas outras produções que acabam não se destacando, caindo no anonimato de tantos filmes de terror lançados todos os anos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Cuidado Com Quem Chama

Título no Brasil: Cuidado Com Quem Chama
Título Original: Host
Ano de Lançamento: 2020
País: Reino Unido
Estúdio: Shadowhouse Films
Direção: Rob Savage
Roteiro: Gemma Hurley, Rob Savage
Elenco: Haley Bishop, Jemma Moore, Emma Louise Webb, Radina Drandova, Caroline Ward

Sinopse:
Durante a pandemia um grupo de amigas decide se reunir virtualmente no Zoom. Para tornar tudo ainda mais interessante e divertido, elas chamam uma médium para a sessão. Querem entrar em contato com pessoas mortas. Só que aquilo que começa quase como uma brincadeira toma rumos inesperados e perigosos para todas elas. 

Comentários:
A premissa é boa, não há como negar. Com a popularização das lives o formato inovador desse filme de terror inglês nem despertará tanta surpresa assim, ainda mais nessa nova geração que já cresceu com o Youtube. A questão é que nem sempre uma boa ideia inicial garante a realização de um bom filme em seu desenvolvimento, no desenrolar da história. Esse é o problema mais fácil de detectar aqui. O que começa muito bem logo desanda para o genérico. O tal ente espiritual que surge na sessão poderia ter sido mais bem trabalhado trazendo sua história ou motivação para o que vai acontecer depois. Só que isso inexiste nesse roteiro. Ele é apenas identificado como um demônio e nada mais. Um diabo genérico, sem maiores detalhes. Depois de tantas décadas de filmes de terror um cinéfilo mais experiente não vai certamente se contentar com tão pouco. Foi exatamente o meu caso ao assistir a esse filme. Enfim, boa ideia que ficou pelo meio do caminho. 

Pablo Aluísio.

Arquivo 2 - Assassino Imortal

Título no Brasil: Arquivo 2 - Assassino Imortal
Título Original: The X Files - Squeeze
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Harry Longstreet
Roteiro: Glen Morgan/ James Wong
Elenco: David Duchovny, Gillian Anderson, Mitch Pileggi, 
William B. Davis, Bruce Harwood, Dean Haglund

Sinopse:
Os agentes do FBI Mulder e Scully Enfrentam um estranho assassino chamado Eugene Tooms, um ser mutante capaz de esticar seu corpo pra passar por espaços apertados. Tooms hiberna por 30 anos após comer fígados de seres humanos. Como se poderá parar e deter essa estranha criatura, um ser desconhecido da ciência em geral?

Comentários:
A série Arquivo X fez tanto sucesso na época que vários de seus episódios começaram a ser lançados em compilações para o mercado de fitas VHS. Esse foi um caso. A produtora, que tinha os direitos e produzia a série, começou a colocar em nosso mercado essas mesmas fitas que eram lançadas nos Estados Unidos. Geralmente compilava de 2 a 3 episódios que tinham uma linha narrativa em comum. A coisa toda era editada para se parecer com um longa metragem. E funcionava muito bem, como podemos ver nesse caso aqui. O personagem do vilão fez muito sucesso na primeira temporada da série nos Estados Unidos. Um tipo de mutante canibal, como era de praxe nos roteiros de Arquivo X. Muito bem roteirizado e produzido, é uma amostra ideal para quem não conhece essa que foi uma das séries mais populares do mundo na década de 1990. Já para quem assistiu na época, tudo vai soar como uma bela nostalgia de uma década que já se foi há muito tempo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Cavaleiros de Aço

Título no Brasil: Cavaleiros de Aço
Título Original: Knightriders
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: United Film Distribution Company
Direção: George A. Romero
Roteiro: George A. Romero
Elenco: Ed Harris, Gary Lahti, Tom Savini, Christine Forrest, Patricia Tallman, John Amplas

Sinopse:
O filme mostra a vida na estrada de um grupo de artistas, atores e atletas que trabalham em um espetáculo circense que mistura as lendas do Rei Arthur com motos possantes e corridas de alta velocidade. Ao chegarem em uma pequena cidade onde vão se apresentar logo entram em choque com o xerife local. 

Comentários:
Só posso dizer uma coisa: que filme legal! Nos anos 70 um show de motos estrelado pelo motociclista e maluco de plantão Evel Knievel se tornou bem popular nos Estados Unidos. E esse foi o pontapé inicial desse roteiro muito fora dos padrões escrito pelo "Rei dos Zumbis" George Romero. Só que aqui ele deixou o terror podreira de lado para um tipo de filme que seria mais comercial nos cinemas. O elenco tinha de tudo, desde o talentoso Ed Harris (ainda tinha cabelo na época!) a coelhinhas de Playboy tentando ganhar um lugar ao sol em Hollywood! Deu certo, o filme é bem divertido mesmo. Além disso procura desenvolver os personagens que no fundo sao pessoas meio perdidas em busca de um propósito na vida. Enquanto nao encontram, elas sobem em suas motos para uma série de loucuras pelas estradas dos Estados Unidos. E todo mundo vestido de cavaleiro medieval! Quer coisa mais legal que isso?

Pablo Aluísio.

O Abismo Negro

Título no Brasil: O Abismo Negro
Título Original: The Black Hole
Ano de Lançamento: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Productions
Direção: Gary Nelson
Roteiro: Jeb Rosebrook
Elenco: Maximilian Schell, Anthony Perkins, Ernest Borgnine, Roddy McDowall, Robert Forster

Sinopse:
Uma nave exploratória da Terra, a USS Palomino, descobre um buraco negro com uma nave perdida, a USS Cygnus, fora de seu horizonte de eventos. Então, uma equipe de astronautas é enviada para investigar o que estaria acontecendo.

Comentários:
Um filme infanto juvenil produzido pela Disney para a garotada dos anos 70. Nada muito especial. O roteiro bebe diretamente das antigas produções de ficção científica dos anos 50. Só que, claro, tudo atualizado para não ficar muito datado para a geração da discoteca. Tem uma direção de arte bonita que me fez lembrar, inclusive dessas antigas produções de matinê. Só que na tentativa de ser nostálgico, o filme acaba ficando meio repetitivo. O roteiro, assim se mostra extremamente fraco e sem direção. Ainda assim, é um produto Disney. Como tal, tem o seu nível de qualidade. Hoje em dia é bem complicado de achar. Virou um item raro. Peça de colecionador. Foi lançado no Brasil em VHS, na época, durante os anos 80.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Crônicas de Marlon Brando - Parte 31

Crônicas de Marlon Brando - Parte 31
Em 1972 Brando desistiu de Hollywood. Ele havia acabado de ser consagrado com o Oscar por "O Poderoso Chefão", mas estava farto da capital do cinema. Então decidiu fazer algo que poucos esperavam. Pegou um avião e foi para a Europa. Queria fazer um filme europeu, dirigido pelo cineasta Bernardo Bertolucci. O que atraiu o ator foi a proposta de como esse filme seria realizado. O roteiro seria mínimo, no máximo uma situação básica envolvendo o encontro de um homem e uma mulher em Paris. Eles não sabiam nada um do outro e tinham um relacionamento ora doentio, ora explosivo, com muita vibração de natureza sexual. 

Naquela altura Brando dizia que não tinha mais paciência em decorar textos e falas. Ele queria apenas atuar improvisando, tirando os diálogos de sua mente. O que surgisse em sua mente, ele falaria em cena e isso era tudo. Brando sequer pensava no que iria dizer, apenas iria falar de forma completamente livre o que pensava. Era uma proposta muito ousada e fora dos padrões. Em Hollywood, com tanto profissionalismo, isso jamais seria aceito. 

Pela primeira vez depois de tantos anos de carreira, Brando iria ter a liberdade que tanto procurava. Nem precisa dizer que Brando adorou a experiência. Essa atuação livre, dizia ele, seria o futuro do cinema. Claro que ele estava errado sobre isso, mas na época tudo soava muito empolgante. Bernardo Bertolucci apenas dava uma direção básica, informando a Brando o que seu personagem estava fazendo naquela cena. Depois desse tipo de instrução simples, Brando tinha carta branca para fazer o que quisesse, inclusive coisas perturbadoras. 

Ele havia sido colocado para trabalhar com uma jovem atriz chamada Maria Schneider. "Eu quero trabalhar com uma amadora, sem experiência nenhuma no cinema" - havia dito ao diretor. E assim foi feito. Até hoje as pessoas lembram desse filme "O Último Tango em Paris" por causa da tão falada cena da manteiga, mas isso é uma lenda apenas. Dizia-se que Brando havia mesmo feito sexo selvagem com Maria, só que na realidade tudo foi apenas sexo simulado. Alguns anos depois acusações de abuso sexual foram levantadas contra o ator, mas se estivesse vivo, ele certamente iria rir desse tipo de coisa. Em uma entrevista, ainda nos anos 70, ele explicaria a cena dizendo que jamais havia feito sexo de verdade com Maria Schneider. Rindo, ele deu de ombros, explicando: "Imagine... eu nem sequer tirei minhas calças nessa cena!".

Pablo Aluísio. 

Cicatrizes D'Alma

Cicatrizes D'Alma
O que você faria se a jovem e bela esposa de um grande amigo se apaixonasse por você? Teria um caso com ela, mesmo sabendo que sua esposa, envelhecida e traumatizada por um grave acidente, seria deixada de lado? E o respeito conjugal? Esse filme dos anos 60 investe principalmente nessa questão, nesse dilema ético envolvendo dois casais. Os maridos são amigos de longa data, mas a esposa de um deles quer o outro, quer pular a cerca, afinal como se diz no ditado popular a grama do vizinho é sempre mais verde e mais bonita. E as coisas pioram ainda mais quando os dois potenciais adúlteros partem para uma viagem na romântica e ensolarada Grécia, das muitas ilhas paradisíacas. 

Esse filme foi rodado ainda no começo da carreira da atriz Jane Fonda. Ela era bem jovem e... linda! Curiosamente surpreendeu aos produtores quando apareceu no primeiro dia de filmagem com os cabelos pintados de preto e em corte mais conservador. Logo ela, que tinha cristalizado sua imagem como a loírissma diva espacial Barbarella! Foi uma forma de, ainda bem moça, tentar ser levada mais à sério em sua carreira. O filme, de qualquer forma, não agradou muito a crítica da época. Foi taxado de moralista e até mesmo babaca. Quem diria que Hanói Jane iria se envolver em algo assim logo nos seus primeiros dias de Hollywood...

Cicatrizes D'Alma (In the Cool of the Day, Estados Unidos, 1963) Direção: Robert Stevens / Roteiro: Meade Roberts, Susan Ertz / Elenco: Peter Finch, Jane Fonda, Angela Lansbury / Sinopse: Homem mais velho, já coroa, se apaixona pela esposa jovem e gata de um de seus melhores amigos, mesmo sendo ele casado há muitos anos com uma mulher com vários problemas emocionais. 

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de agosto de 2023

O Jovem Ditador

Título no Brasil: O Jovem Ditador
Título Original: Il giovane Mussolini
Ano de Lançamento: 1993
País: Itália 
Estúdio: Rai 2
Direção: Gianluigi Calderone
Roteiro: Domenico Rafele
Elenco: Antonio Banderas, Toni Bertorelli, Valentina Lainati, Luca Zingaretti, Anna Geislerová, Susanne Lothar

Sinopse:
Esse filme conta a história da juventude do futuro ditador Benito Mussolini. Inicialmente ele se envolve na luta dos socialistas em seu país natal. Depois de brigar com os principais líderes do movimento comunista italiano, ele então decide fundar sua própria ideologia ao qual denomina de fascismo, pregando discursos de ódio e violência. E os antigos amigos de luta se tornam seus maiores inimigos.  

Comentários:
Esse filme foi lançado em VHS na época no Brasil. Cheguei a locar a fita. Na verdade era uma edição que compilava os episódios da série italiana original, pois foi assim que ela chegou ao público europeu. É um bom produto, valorizado pela boa atuação do ator Antonio Banderas que soube capturar muito bem os anos iniciais desse infame líder político. Talvez sua única falha tenha sido humanizar demais o ditador, uma vez que na verdade histórica ele era um sujeito brutal e violento. Basta lembrar que ele foi um dos mais ferrenhos aliados de Hitler e do nazismo durante a II Guerra Mundial. Era um sujeito sem nenhuma ética ou caráter pessoal. De qualquer maneira fica o aviso histórico. O fascismo está aí, ainda na ordem do dia, ainda seduzindo pessoas com seus discursos de ódio e violência, se alastrando em muitos países, inclusive no Brasil nos dias atuais. Quem não conhece a história fica condenado a repeti-la, com os mesmos erros originais perigosos do passado, 

Pablo Aluísio.

Arquivo 4 - A Colônia

Título no Brasil: Arquivo 4 - A Colônia
Título Original: Colony
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox Television
Direção: Nick Marck
Roteiro: Chris Carter
Elenco: David Duchovny, Gillian Anderson, Peter Donat, 
Brian Thompson, Dana Gladstone, Megan Leitch

Sinopse:
Mulder e Scully decidem investigar quando recebem anonimamente três obituários de jornais de três homens que parecem ser idênticos. Todos trabalhavam em clínicas de aborto e não eram irmãos. E isso seria apenas a ponta do iceberg de um grande mistério.

Comentários:
Fita VHS trazendo mais episódios da série Arquivo X. Na década de 1990, a distribuidora lançou várias dessas coletâneas em nosso mercado de locadoras. A série era exibida na TV Record, mas fazia tanto sucesso que os fãs queriam ter também itens como esse. E realmente a qualidade era acima da média. Como podemos ver nesse episódio duplo, que é considerado até hoje como um dos melhores de toda a série. Faz parte da segunda temporada que, sinceramente falando, foi o auge de Arquivo X. Não tinha o nervosismo da estreia da primeira temporada e nem havia começado a saturar como iria acontecer nas temporadas posteriores. E mesmo hoje, em uma revisão, a série consegue se manter muito bem. Sem dúvida, uma produção de qualidade da TV norte-americana nos anos 90. Não havia nada melhor do que isso sendo exibido na época. Essa é a verdade dos fatos.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de agosto de 2023

Peaky Blinders - Segunda Temporada

Peaky Blinders - Segunda Temporada
Terminei de assistir ontem à segunda temporada da série Peaky Blinders. Temporada curta, com apenas seis episódios. Esse é o caminho que as séries mais bem produzidas andam seguindo nos últimos tempos. No máximo dez episódios. Muito melhor para o espectador. Pois bem, aqui temos uma mudança nos caminhos da gangue Peaky Blinders. O seu líder, Thomas Shelby, agora tem contatos com a coroa inglesa. Certos serviços sujos precisam ser feitos, coisas à margem da lei. Agentes oficiais não poderiam fazer esse tipo de coisa, então nesse campo cinzento entram os Peaky Blinders. Em troca recebem certos favores, principalmente na área comercial envolvendo importação e exportação de produtos. 

E o que acontece no final de Peaky Blinders? O serviço sujo da vez é eliminar um militar envolvido com questões do IRA, o Exército Revolucionário irlandês, bem conhecido no passado por causa de suas táticas terroristas e de violência extrema. E tudo será feito durante uma corrida tradicional de cavalos onde até mesmo o Rei da Inglaterra estará presente. Questão delicada, envolvendo até mesmo pontos de segurança nacional. Enquanto todos apostam e acompanham o Derby, Thomas Shelby tem que matar seu alvo, de forma segura e limpa. 

O destaque em termos de elenco vai para o ator Cillian Murphy que interpreta o personagem Thomas Shelby. Ele poderia ser qualquer jovem inteligente e bem sucedido no mundo dos negócios se não tivesse nascido naquele meio social violento. E seu maior objetivo é sair da sarjeta do submundo do crime para legalizar as atividades ilegais de seu grupo. Algo parecido com o Michael Corleone da saga "O Poderoso Chefão". Penso que seria inclusive um ótimo executivo de uma multinacional, se não estivesse atolado no mundo do crime.  

Outro destaque vem com o ator Sam Neill que interpreta seu rival, o policial, comandante e depois agente de inteligência do governo inglês, o Inspetor Chester Campbell. Um cargo importante que inclusive entra em contato direto com o primeiro-ministro inglês Winston Churchill. Mas não se engane, também é um sujeito que sabe jogar sujo, ignorando a lei completamente quando pensa ser necessário. Já Tom Hardy está bem mal aproveitado. Poderiam abrir maior espaço para ele. Enfim, temos aqui uma das melhores séries para seguir nesse momento, com todas as temporadas disponíveis na Netflix. Não deixe de assistir. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Yellowstone - Terceira Temporada

Yellowstone - Terceira Temporada
Ontem terminei de assistir à terceira temporada da série. Temporada curtinha, com poucos episódios, como tem que ser em minha opinião. Antes de qualquer coisa é importante dizer que a série continua sendo ainda uma das melhores coisas para se assistir na TV. Sobre isso, não tenho nenhuma dúvida. Entretanto há sinais de desgaste. Os roteiros dessa terceira temporada não avançam, se limitando muitas vezes a repetir a mesma história das temporadas anteriores. 

O rancheiro John Dutton interpretado por Kevin Costner, o grande patriarca da família, está sempre às voltas com pessoas que querem tomar suas terras. Nas temporadas anteriores suas terras seriam usadas para um grande complexo turístico. Agora seria a construção de um aeroporto. Mudam as temporadas, mas a série segue na mesma em termos de enredo. Um pouco mais de criatividade e mudanças narrativas cairiam muito bem. 

Os personagens até que foram bem melhor trabalhados nessa temporada. Fruto de uma certa pressão dos demais atores que os interpretam pois não queriam viver sempre à sombra de Kevin Costner. Assim sua filha Beth Dutton está quase se casando com o capataz do rancho e o filho Jamie Dutton descobriu que foi adotado e vai conhecer seu pai verdadeiro. Agora fraco mesmo achei o final, aquele mostrado no último episódio. 

E o que acontece no final de Yellowstone? Se ainda não assistiu não continue lendo o texto. O personagem de Kevin Costner é literalmente fuzilado enquanto ajuda uma mãe e seu filho na estrada, após o pneu de seu carro furar. Ora, qualquer pessoa morreria com aquilo, mas nos últimos segundos os roteiristas puxaram o clichê do celular que o salva do tiro fatal. Isso é o que eu chamo de um "roteirada" na cara de pau! 

Erraram duas vezes. Primeiro em colocar a salvação do John em algo tão batido como isso. Depois em deixar claro que ele teria sobrevivido. Esses roteiristas não sabiam que o suspense é a chave do segredo para segurar o espectador para a próxima temporada? Vai viver ou vai morrer? Era assim que os estúdios seguravam o público nos antigos seriados de matinê nos cinemas. É uma coisa mais do que velha e tradicional. Os roteiristas não conhecem a figura do "gancho". Pois é! De qualquer forma vou ver a quarta temporada. Espero que haja mudanças e a série mude para melhor. 

Pablo Aluísio.

Chicago Fire - Terceira Temporada

Chicago Fire - Terceira Temporada
Existe uma trilogia de séries filmadas em Chicago atualmente. Chicago Fire, Chicago PD e Chicago Med. A primeira sobre bombeitos, a segunda sobre tiras e a terceira sobre médicos. Três tradições da televisão americana. A primeira delas foi Chicago Fire de onde todas as outras surgiram. São boas séries, mas também são bem convencionais, produzidas para serem exibidas na TV aberta nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, se eu não estou enganado, elas são exibidas pelo canal a cabo da Universal. 

Pois bem, cheguei no final dessa terceira temporada de Chicago Fire. É uma temporada muito longa, com 22 episódios, por isso o desgaste no espectador chega, mais cedo ou mais tarde. Muita gente abandona no meio do caminho. Pensando nisso os roteiristas bolaram uma forma de que cada episódio tenha sua autonomia, enquanto segue um tênue fio narrativo que liga todas as histórias de uma temporada. 

Aqui temos além do feijão com arroz dos salvamentos e incêndios, que fazem o dia a dia dos bombeiros, uma pequena história envolvendo mafiosos e um club de strip-tease onde um dos tenentes vai fazer um serviço extra. E há maior desenvolvimento também do personagem Severide, o queridinho das fãs pois o ator Taylor Kinney é considerado gato demais pelo público feminino americano. Ele cai em desgraça a ponto de perder sua patente. E tudo por uma amizade tóxica. Essa amizade do símbolo sexual da série também me deixou muito suspeito de que ele na verdade tenha suas quedas pelo mesmo sexo. Vai saber... Cada um com suas próprias escolhas. 

Mas enfim, gostei dessa temporada. Não sei se vou seguir assistindo, talvez sim, talvez não. A série foi prejudicada pela pandemia e os produtores resolveram parar as filmagens recentemente. Pode ser que seja cancelada. Não tem problema, afinal são 239 episódios divididos em 11 temporadas. Quem gosta da série vai ter material para assistir por muitos anos ainda pela frente... Boa sorte! 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Keith Richards: Under the Influence

Keith Richards: Under the Influence
Esse é uma espécie de documentário musical mostrando um lado do guitarrista dos Rolling Stones que muita gente nem conhece. Em sua curta duração, que se consome basicamente em uma grande entrevista informal, Keith Richards desfila seu amor ao Blues dos Estados Unidos. Também fala dos pioneiros do rock como Elvis Presley e Chuck Berry. Sobre o primeiro, o inglês diz que ele foi o grande influenciador de toda uma geração de jovens ingleses que decidiram se dedicar a ser roqueiros e músicos. Colocando aí nesse baú não apenas os Stones, mas também os Beatles e toda aquela geração de grandes nomes pioneiros do rock inglês. 

Sobre Chuck Berry, bem, o Keith Richards não tem apenas boas lembranças. Ele recorda como foi complicado trabalhar com Berry nos anos 80, em um especial que celebrava justamente a importância e a carreira desse pioneiro do rock. Richards lembra que o músico era nervoso, uma pilha e estava sempre pronto a dizer desaforos contra todos ao seu redor, até contra ele mesmo que estava ali por admiração ao legado de Chuck Berry, mas que no fundo ficou bem decepcionado com seu modo de trabalhar e agir com os colegas de profissão. Berry era vulgar, foi isso o que transpareceu das lembranças de Richards. Então é isso, gostei. Um item bem interessante para quem aprecia e história do rock. Já para quem é fã dos Rolling Stones esse é um filme realmente obrigatório. 

Keith Richards: Under the Influence (Estados Unidos, 2015) Direção: Morgan Neville / Roteiro: Morgan Neville / Elenco: Keith Richards, Anthony DeCurtis, Steve Jordan / Sinopse: Ao longo de uma extensa entrevista o guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards relembra sua jornada ao longo de todos os anos, colocando em relevo os artistas e gêneros musicais que deram origem à sua própria musicalidade. 

Pablo Aluísio.

Robôs Assassinos

Robôs Assassinos 
Quando se pensa em um título como esse; logo vem à mente algum filme B dos anos 80 sobre máquinas mortais. Não é nada disso. Esse é mais um bom documentário do selo "Explorando o Desconhecido" que mostra uma realidade que saiu dos antigos livros de ficção para o mundo real, o atual mundo em que vivemos. Já existem muitos robôs assassinos lutando em guerras como a da Ucrânia contra a Rússia. O próprio drone de guerra já faz parte dessa categoria. São máquinas construídas e utilizadas para matar o inimigo no campo de batalha. São extremamente eficientes em suas missões, como aliás temos visto todos os dias nos campos de batalha da Ucrânia. 

E o mais assustador de tudo é saber que muitos robôs já estão na guerra e usando a Inteligência Artificial para tomar suas próprias decisões, sem a interferências de seres humanos. Alguns drones náuticos da Ucrânia, que inclusive afundaram navios de guerra da Rússia, estão agindo de forma completamente independente do comando de seres humanos. Eles mesmos decidem se vão destruir uma ponte ou atacar um navio russo. Pois é, o mundo de "O Exterminador do Futuro" já é uma realidade. Só espero que as máquinas não cheguem na conclusão que o ser humano é a fonte de todo o mal e que deve ser eliminado da face da Terra. 

Explorando o Desconhecido: Robôs Assassinos (Killer Robots, Estados Unidos, 2023) Direção: Jesse Sweet / Roteiro: Jesse Sweet / Elenco: Max Tegmark, Nick Bilton, Andrew Yang / Sinopse: Documentário que mostra os avanços da alta tecnologia que usa robôs assassinos baseados em inteligência artificial nos campos de guerra pelo mundo afora. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Caverna de Ossos

Caverna de Ossos 
Antes que um Homo Sapiens andasse sobre a Terra, existiram diversas outras espécies de homens ancestrais, muitos deles ainda na transição do macaco para o ser humano, tal como o conhecemos hoje. Esse documentário da Netflix resgata uma expedição arqueológica feita em uma grande caverna no continente africano, na África do Sul, onde se encontraram ossos de um desses antepassados do Sapiens. Ainda era uma forma de vida muito primitiva, com aparência mais de um macaco do que de um homem, mas já tinha características importantes que iríamos herdar com a evolução das espécies. 

Uma delas foi o cuidado com seus mortos. Os cientistas descobriram que esses primatas antigos enterravam seus mortos com todo o respeito e consideração. Havia inclusive sinais de rituais fúnebres. Nada assemelhado com outros animais que simplesmente abandonavam seu mortos pelo meio do caminho. Um claro sinal de humanidade. Esse cuidado indicava acima de tudo que esse ser primitivo já tinha consciência de sua própria mortalidade. E isso, concordam os arqueólogos, também poderia ser um sinal do surgimento da cultura humana. Artes nas paredes, em forma geométricas, também foram encontradas nessa caverna. Trocando tudo isso em miúdos, esse Homo ancestral já trazia consigo muitas das mais valiosas características que seriam herdadas pelo Homo Sapiens. Era o começo de todo um conjunto de valores que iriam dar origem ao nosso modo de pensar e agir. 

Caverna de Ossos (Estados Unidos, 2023) Direção: Mark Mannucci / Roteiro: Mark Mannucci / Elenco: Lee Berger, Agusin Fuentes, Keneiloe Molopyane / Sinopse: Equipe de arqueólogos encontra uma série de ossos de um homem primitivo que teria vivido há milhares de anos numa grande caverna na África do Sul. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Asteroid City

Asteroid City
Existem pessoas que amam o cinema de Wes Anderson e outros que odeiam. Não parece haver meio termo. Bom, eu fico nesse espaço, nem idolatro e nem esculacho. Primeiro vejo o filme. Alguns gostei, outros não. Normal. O problema é que esse aqui se enquadra nos filmes chatos e absurdamente pretensiosos do Wes Anderson. E coloca chato nisso! Que filme irritante! As cenas não parecem seguir uma lógica narrativa, não muito bem delimitada. O roteiro tenta recriar a mente de um escritor de teatro que está montando sua nova peça. Ele só tem alguns elementos definidos, nada muito claro ou coerente. E o filme vai nessa mesma linha. Tem, em vários momentos, a iniciativa de tentar um humor baseado na fina ironia. Ok, tudo bem. Entretanto devo dizer... é um tipo de humor dos mais chatos que já vi na minha vida. Ruim demais até mesmo para chegar ao final do filme. Wes Anderson está afundado em sua própria egotrip. Essa é a verdade! 

Ao que tudo indica, a constante babação da crítica americana em relação aos seus filmes subiu à cabeça de Wes Anderson. Ele perdeu os limites, as estribeiras. Como tudo que faz é recebido pela crítica especializada como a segunda vinda do Messias, ele chegou na conclusão que pode fazer qualquer coisa que os elogios descabelados virão. E todo mundo vai ficar muito intrigado, satisfeito, mesmo que vários deles não tenham entendido nadica de nada. Pura tolice. O filme é ruim, não tem como negar. Eu achei o mais irritante de sua filmografia. No fim do primeiro ato já pensava em abandonar o filme no meio do caminho. Foi um verdadeiro sacrifício chegar ao fim. Os cacoetes cults de Wes Anderson atingiram os picos do Everest aqui. Masturbação completa de seu ego! O diretor está absolutamente deslumbrado consigo mesmo. Seria bom voltar para o Planeta Terra e parar de encher tanto o nosso saco! 

Asteroid City (Estados Unidos, 2023) Direção: Wes Anderson / Roteiro: Wes Anderson, Roman Coppola / Elenco: Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Tom Hanks, Edward Norton, Bryan Cranston / Sinopse: Um grupo de pessoas aleatórias, que não possuem nada em comum, vão parar no meio de uma pequena cidade do deserto chamada Asteroid City. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Demônios de São Petersburgo

Demônios de São Petersburgo
Quando jovem, o escritor Fyodor Dostoyevsky acabou se envolvendo com um grupo revolucionário russo que lutava contra a monarquia. Eles queriam derrubar o regime Romanov. Não deu certo. Dostoyevsky foi preso e enviado para a congelante Sibéria onde amargou dez anos numa prisão de trabalhos forçados. A história desse filme começa quando encontramos Dostoyevsky já na velhice. Ele luta pela sobrevivência, sempre sendo explorado por editores gananciosos que no fundo querem apenas controlar seus direitos autorais. Desde sempre escritores são explorados, infelizmente esse é um capítulo que se repete ao longo da história. Para facilitar e agilizar seu novo romance ele então contrata uma jovem secretária. Enquanto ele dita, ela vai escrevendo a história. E ele fica emocionalmente envolvido com ela, pra variar...

Seu mundo vira do avesso novamente quando um jovem surge em seu caminho. O rapaz tem os mesmos ideais que tinha o jovem Dostoyevsky, só que os anos de experiência na prisão quebraram sua alma. Mesmo assim, sem refletir muito e indo pelos valores que ele tanta prezava em seus tempos de juventude, o velho Dostoyevsky acaba se envolvendo um pouco demais nessa nova luta revolucionária. Bom filme, valorizado pelo bom desempenho dos atores e por um detalhe que não deve passar em branco para quem for assistir essa produção cinematográfica. A trilha sonora foi assinada pelo talentoso Ennio Morricone. Mais simbólico do que isso para quem ama cinema, impossível. 

Demônios de São Petersburgo (I demoni di San Pietroburgo, Rússia, Itália, 2008) Direção: Giuliano Montaldo / Roteiro:Andrey Konchalovskiy, Paolo Serbandini, Monica Zapelli / Elenco: Predrag 'Miki' Manojlovic, Carolina Crescentini, Roberto Herlitzka / Sinopse: Na velhice o escritor Dostoyevsky encontra um grupo de jovens revolucionários e isso novamente acende seus ideais dos tempos de sua própria juventude. 

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de agosto de 2023

Sem Fôlego

Título no Brasil: Sem Fôlego
Título Original: Brooklyn Boogie
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Paul Auster, Wayne Wang
Roteiro: Paul Auster, Wayne Wang
Elenco: Harvey Keitel, Lou Reed, Michael J. Fox, Roseanne Barr, Lily Tomlin, Jim Jarmusch

Sinopse:
Uma pequena loja de cigarros do bairro no Brooklyn em Nova Iorque vira palco de encontros entre pessoas que moram nessa região da grande cidade norte-americana. Indicado ao American Comedy Awards.

Comentários:
Filmes como esse fizeram a fama da companhia cinematográfica Miramax. A empresa se propunha a fazer um tipo de cinema mais independente, mais intelectualizado. Em poucas palavras, um tipo de cinema mais cult. A força vinha do diálogos, das improvisações dos atores, do clima mais descontraído. E tudo isso você encontrará nessa produção. Como era uma proposta muito interessante para a época, nomes conhecidos de Hollywood acabaram aceitando fazer parte desse elenco. É o tipo de filme mais indicado para cinéfilos e mais indicado ainda para quem é de Nova Iorque. Isso porque a grande protagonista do filme é justamente a própria cidade. Os personagens debatem, discutem, contam casos aleatórios, curiosos, tudo o que faz Nova Iorque ser a big apple. As boas atuações e uma direção inspirada garantem a qualidade do filme. Certamente é um bom filme para quem gosta do cinema independente norte-americano.

Pablo Aluísio.

Dois Espiões e um Bebê

Título no Brasil: Dois Espiões e um Bebê
Título Original: Undercover Blues
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Herbert Ross
Roteiro: Ian Abrams
Elenco: Kathleen Turner, Dennis Quaid, Stanley Tucci, Fiona Shaw, Larry Miller, Tom Arnold

Sinopse:
Uma dupla de ex-espiões, marido e mulher, chega a Nova Orleans em licença maternidade com sua filha. Lá eles são incomodados por assaltantes, a polícia e seu chefe do FBI, que quer que eles façam apenas mais um trabalho.

Comentários:
Nos anos 90 houve uma modinha de filmes com bebês. Isso foi causado basicamente pelo sucesso de bilheteria de dois filmes, "3 solteirões e um bebê" e "Olha quem está falando". Depois dos milhões de dólares arrecadados nos cinemas, todos os estúdios correram para lançar seu filme com bebês fofinhos. Esse foi um deles e segue basicamente na mesma linha. A diferença é que essa produção oportunista é muito ruim. Se os outros filmes já eram bobinhos, esse aqui extrapolou todos os limites. Não apenas bobinho, mas também chato demais. A única coisa que salva é a presença de Kathleen Turner. Ela ainda estava na sua fase de mulher bonita. Muito atraente. Pena que o papel era tão idiota que até sua beleza foi estragada na tela. Quando um filme é ruim, pouca coisa consegue se salvar.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de agosto de 2023

Disputa em Família

Título no Brasil: Disputa em Família
Título Original: Steal Big Steal Little
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Andrew Davis
Elenco: Andy Garcia, Alan Arkin, Rachel Ticotin, Joe Pantoliano, David Ogden Stiers, Holland Taylor

Sinopse:
Ruben e Robby são irmãos gêmeos, adotados por Mona, uma das mulheres mais ricas - e excêntricas - de Santa Bárbara. Ruben é dedicado a Mona, mas Robby é mais dedicado ao dinheiro dela. Quando ela morre os irmãos começam uma disputa por sua herança. 

Comentários:
Bom, se você gosta do ator Andy Garcia então esse é certamente seu filme, isso por uma razão bem simples: Ele interpreta papel duplo, a de dois irmãos que acabam disputando com unhas e dentes a enorme riqueza deixada em herança por sua mãe adotiva. O filme obviamente com um roteiro desses tem doses fartas de bom humor e principalmente de humor negro. No final das contas quem sai ganhando é o espectador pelo bom trabalho de Andy Garcia (principalmente) e de todo o elenco secundário. Eu sempre achei que ele foi subestimado na sua carreira em Hollywood, provavelmente por ter origens latinas, pois é fato que o preconceito sempre existiu dentro da sociedade norte-americana. De qualquer forma esse é seguramente um bom filme dos anos 90 que assisti em VHS naqueles tempos das locadoras de vídeo. 

Pablo Aluísio.

Fiel, mas nem Tanto

Título no Brasil: Fiel, mas nem Tanto
Título Origina: Faithful
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Paul Mazursky
Roteiro: Paul Mazursky
Elenco: Cher, Chazz Palminteri, Ryan O'Neal, Amber Smith, Paul Mazursky, Mark Nassar

Sinopse:
Uma dona de casa deprimida cujo marido está tendo um caso com sua amante pensa em suicídio, mas muda de ideia quando enfrenta a morte por um assassino contratado por ele para matá-la. Depois disso ela quer dar a volta por cima e parte para cima do marido infiel, afinal paciência e compaixão tem limites! Que o mais forte sobreviva! 

Comentários:
Justiça seja feita, a cantora Cher ate que fez bons filmes em Hollywood. Mas como todo artista que tenta fazer a transição do mundo da música para o mundo do cinema, isso nem sempre a livrou de pagar micos cinematográficos. Esse filme aqui não chega a ser um momento de vergonha dela no cinema, mas é inegavelmente uma comédia bem fraquinha, tanto que quase ninguém lembra mais da existência dessa produção. Assisti na época, alugando a fita em VHS pois o filme não foi lançado comercialmente nos cinemas brasileiros. Com muito força vale como passatempo ligeiro. De uma forma ou outra uma coisa é inegável: é o filme mais fraco da carreira do bom diretor Paul Mazursky.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Expedição ao Ártico

Expedição ao Ártico
Filme baseado numa história real que aconteceu no século XIX. Uma expedição russa foi enviada até os confins do Ártico com objetivos estritamente científicos. Eles teriam que colocar marcos de medição em grandes colinas para medir a esfera de curvatura do planeta Terra. Só que ir naquele deserto gelado e inóspito era para poucos! Havia muitos perigos e desafios. Era realmente uma verdadeira aventura de sobrevivência. E havia também uma certa tensão política com os suecos que também disputavam a posse de grandes porções de território naqueles domínios do Polo Norte. 

O cinema russo atualmente é muito bom, muito bem produzido. Se não fosse pela língua russa o espectador poderia pensar muito bem estar assistindo a um filme norte-americano ou europeu. Produção realmente excelente! Claro, isso foi antes dos embargos econômicos promovidos pelo Ocidente após a invasão russa na Ucrânia, mas de qualquer modo, quando as coisas estavam normais, os cineastas russos não tinham mesmo do que reclamar contra o governo de Putin. Como grande parte do dinheiro dessas produções contavam com dinheiro público, o apoio do Kremlin era fundamental. Mas enfim, o que vale a pena salientar é que os filmes são bons e para o espectador isso é o mais importante. 

Expedição ao Ártico (Arkhipelag, Rússia, 2021) Direção: Alexey Telnov / Roteiro: Mikhail Malakhov, Alexey Telnov / Elenco: Dmitriy Palamarchuk, Marina Petrenko, Andrey Merzlikin / Sinopse: Uma equipe russa é enviada para o Ártico para medir a curvatura do planeta Terra e nessa expedição enfrenta todos os tipos de desafios e aventuras. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Transformers: O Despertar das Feras

Transformers: O Despertar das Feras
Sempre que a indústria de brinquedos nos Estados Unidos lança uma nova linha, uma nova coleção dos bonecos Transformers, um novo filme dessa franquia chega aos cinemas. Os filmes assim se tornaram peças de promoção dos brinquedos e esses, por sua vez, ajudam a vender entradas de cinema. Uma indústria ajuda à outra nesse processo de publicidade cruzada. Até aí tudo bem, faz parte do jogo capitalista de vendas. Só que dessa vez o incansável Michael Bay jogou a toalha e decidiu que não iria mais dirigir esse novo filme, algo que pegou muita gente de surpresa em Hollywood porque ele topa qualquer parada. Steven Spielberg continua como produtor executivo, mas sem muito envolvimento pessoal. O velhinho está quase aposentado. 

E o que sobra depois de tudo isso? Um filme de rotina, banal, dessa franquia. O roteiro é duplamente convencional, naquela coisa de seres robóticos chegando ao planeta Terra para destruir tudo. Como se a humanidade precisasse de ajuda externa para fazer isso que promove todos os dias com guerras, aquecimento global, poluição industrial, etc. De novo mesmo apenas a presença da cultura woke no filme, pois o protagonista é um jovem latino de periferia. A outra garota é negra e assim por diante. Só faltou a representatividade trans. E claro, não podemos esquecer, agora os robôs do espaço se transformam em bestas selvagens, como gorilas, aves de rapina e até mesmo rinocerontes brancos. Aquela coisa toda de vender novos brinquedos no verão. Boas vendas, enfim...

Transformers: O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts, Estados Unidos, 2023) Direção: Steven Caple Jr / Roteiro: / Elenco: Joby Harold, Darnell Metayer / Sinopse: Um novo grupo de transformers chega ao Planeta Terra. Eles veneram um ser que consideram um deus e que só se satisfaz com a destruição de planetas no universo. Caberá aos transformers que vivem na Terra defender nosso planeta da destruição completa. 

Pablo Aluísio.

Outubro Negro

Título no Brasil: Outubro Negro
Título Original: Cover-Up
Ano de Lançamento: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Capitol Films
Direção: Manny Coto
Roteiro: William Tannen
Elenco: Dolph Lundgren, Louis Gossett Jr, Lisa Berkley, John Finn, Ofer Lehavi, Bruce Daniel Diker

Sinopse:
Despachado para investigar um misterioso e fatal ataque a uma base naval dos EUA no exterior, Mike Anderson (Dolph Lundgren), um jornalista investigativo e ex-fuzileiro naval dos EUA, encontra-se de volta a um terreno familiar. O instinto o faz questionar a explicação oficial da CIA que cita um grupo terrorista desconhecido chamado Outubro Negro. 

Comentários:
Depois do sucesso do filme Rocky 4, o ator Dolph Lundgren lutou para ter sua própria carreira no cinema. Desde os anos 80, ele vem estrelando uma série de filmes de ação ao estilo B. Não são grandes produções, mas de maneira geral, seu público gosta do que assiste, tanto que ele está aí há muitos anos, atuando nesse tipo de produção. Esse filme aqui, lançado nos anos 90, chegou nas locadoras brasileiras. Dentro de seu subgênero, até que não é um filme ruim, pelo contrário, tem suas qualidades. O roteiro procura explorar uma situação mais complexa do que estamos acostumados em ver em filmes de pura ação dos anos 90. O personagem de Dolph Lundgren, por exemplo, é um jornalista, então ele pensa mais antes de agir. Um filme que se tornou até um sucesso mediano quando foi lançado no mercado brasileiro. E fez sucesso no leste europeu.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Sobrenatural: A Porta Vermelha

Sobrenatural: A Porta Vermelha
Uma boa novidade para os fãs de terror que apreciam essa franquia "Sobrenatural". Foi lançado um novo filme e ele é bom, nada mal. Aliás a série de filmes "Insidious" não decaiu ao longo de todos esses anos. O primeiro filme é de 2010 e de lá pra cá não houve nenhum filme realmente muito ruim, daqueles que dão arrependimento de ter assistido. Ao contrário disso, os filmes dessa marca vão mantendo um certo padrão de qualidade, que se não chega a entrar na categoria de filmes excelentes, pelo menos se mantém ali na faixa de bons filmes de terror da atualidade. Nesse novo filme temos uma novidade, o ator Patrick Wilson assumiu a direção e entregou um filme bem redondinho, praticamente sem falhas. Pelo visto ele assumirá a responsabilidade e o controle artistíco da franquia daqui em diante. 

Ele interpreta o mesmo personagem, o pai daquela família que foi vítima de eventos sobrenaturais no passado. Lembram do filho dele, no primeiro filme? Pois é, o garoto cresceu e agora está entrando na universidade. É bom desenhista e entra numa escola de artes bem prestigiada. Só que a nova vida de universitário começa mal, com ele tendo alucinações, visões e pesadelos. Algo que logo começa a interferir em sua arte. Ele não lembra do que lhe aconteceu aos 10 anos de idade, mas sua família, obviamente, lembra de tudo o que sofreram. O pai assim se torna um guardião de proteção contra novos ataques vindos do além. É de se elogiar a tentativa do roteiro de sempre abraçar um certo tipo de suspense psicológico. Em tempois atuais onde filmes de terror estão sempre exagerando na dose de efeitos visuais gratuitos e desnecessários, não deixa de ser algo muito bem-vindo. 

Sobrenatural: A Porta Vermelha (Insidious: The Red Door, Estados Unidos, 2023) Direção: Patrick Wilson / Roteiro: Leigh Whannell, Scott Teems / Elenco: Ty Simpkins, Patrick Wilson, Rose Byrne / Sinopse: O garoto de 10 anos de idade do primeiro filme que sofreu todos aqueles ataques sobrenaturais cresceu. Está entrando na universidade, mas pelo visto os antigos demônios do passado estão de volta na sua vida. 

Pablo Aluísio.

Os Demônios da Noite

Título no Brasil: Os Demônios da Noite
Título Original: Tales from the Crypt: Demon Knight
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ernest R. Dickerson
Roteiro: Mark Bishop
Elenco: Billy Zane, William Sadler, Jada Pinkett Smith, Brenda Bakke, CCH Pounder, Dick Miller

Sinopse:
Brayker é um homem que carrega a última das sete chaves, recipientes especiais que continham o sangue de Cristo e que foram espalhados pelo universo para impedir que as forças do mal assumissem o controle. Se o Demônio conhecido como o Colecionador obtiver a última chave, o universo cairá no caos.

Comentários:
Assisti nos anos 90, em VHS. Não gostei muito. Em minha opinião, esse filme que faz parte da marca e da franquia "Tales from the Crypt", perde por ser muito fraco. Eu estava acostumado alugar fitas da série "Tales from the Crypt" em que vinham 3 histórias diferentes. Então era fácil você gostar de pelo menos uma delas. Não houve isso aqui, é apenas um filme mais previsível mesmo. Não é dos melhores, nem em termos de história e nem em termos de roteiro. Essa coisa toda de sangue de Cristo, quando exageram na fantasia, se torna algo chato. E tem que ter uma certa sutileza para lidar com temas como mitologia e religião. Caso contrário, toda a questão fica muito boba e sem muita noção. Apenas uma perseguição sem fim. E esse demônio da fita chamado O Colecionador não é dos mais assustadores. Assim, o conjunto da obra realmente não me agradou no passado e não me agrada ainda hoje, no presente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Sangue da Terra

Sangue da Terra
Depois do grande sucesso de público e crítica do filme "Matar ou Morrer", o ator Gary Cooper hesitou bastante em voltar ao gênero western. Afinal aquele tinha sido um filme tão marcante que ele só voltaria ao universo do velho oeste se surgisse um roteiro realmente excepcional, acima da média. Em 1953 ele voltaria a vestir seu figurino de cowboy nesse bom filme intitulado "Sangue da Terra". Não era um western psicológico como havia sido "Matar ou Morrer", onde o brilhante roteiro explorava a tensão e o suspense de um único evento, onde um corajoso xerife se via sozinho para defender uma pequena cidade de uma quadrilha de criminosos e foras-da-lei. 

Ese roteiro era bem mais expansivo na história que contava. Mostrava as lutas de um grupo de fazendeiros do Texas que descobriam o ouro negro, o petróleo, em suas terras. Claro que isso despertava a inveja e a cobiça de outros, inclusive bandoleiros e bandidos de todas as ordens que fariam de tudo para expulsar aqueles homens de suas propriedades milionárias. Até mesmo explosivos de grande potência eram usados para destruir as plataformas de extração de petróleo. E quando a lei falhava não existia outro modo a não ser armar seus homens e partir para o acerto de contas pessoal, a vingança privada. Bom filme, com Cooper completamente à vontade em seu papel. Poucos atores foram tão simbólicos dessa era de ouro do western norte-americano como ele. 

Sangue da Terra (Blowing Wild, Estados Unidos, 1953) Direção: Hugo Fregonese / Roteiro: Philip Yordan / Elenco: Gary Cooper, Barbara Stanwyck, Ruth Roman / Sinopse: No Texas do século XIX homens violentos e bravos fazendeiros disputam a posse de grandes propriedades e terras onde foi descoberto petróleo. Apenas os mais fortes e mais bravos irão sobreviver a esse conflito armado. 

Pablo Aluísio.