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domingo, 23 de outubro de 2022

Homeland - Sexta Temporada

Homeland - Sexta Temporada
Essa temporada de Homeland foi exibida originalmente nos Estados Unidos entre os meses de janeiro a abril de 2017. Contou com 12 episódios no total. O elenco principal foi mantido, mas houve mudanças na direção dos episódios. No geral, essa série teve, ao todo, 8 temporadas. Então vamos lá, vou comentar cada um dos episódios dessa temporada, conforme for assistindo aos mesmos. Segue abaixo os comentários.

Homeland 6.01 - Fair Game
A principal mudança vem na nova postura da protagonista. Carrie Mathison, nas primeiras temporadas era uma agente da CIA combatendo o terrorismo no Oriente Médio. Na temporada anterior, ela se tornou empregada de um milionário cujo objetivo era angariar fundos para refugiados. Agora ela está na linha de frente na proteção de pessoas acusadas injustamente de atos de terrorismo. Entre seus principais clientes, como não poderia deixar de ser, estão muçulmanos que são acusados de envolvimento com terrorismo Internacional na Europa e nos Estados Unidos. Pessoas, muitas vezes pobres e sem recursos, para se defenderem adequadamente na justiça. Outro destaque vem da situação do agente Peter Quinn. Ele conseguiu sobreviver, mas está com sequelas graves. Mal consegue andar e tem problemas de cognição. Mesmo assim, muito doente, ainda se envolve em conspirações. Que mais cedo ou mais tarde, vai colocá-lo em confronto com Carrie Mathison. Vamos ver no que tudo isso vai dar. / Homeland 6.01 - Fair Game (Estados Unidos, 2017) Direção: Keith Gordon / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Elizabeth Marvel.

Homeland 6.02 - The Man in the Basement
Carrie leva o ex-agente para morar em sua casa. Ele está muito debilitado desde que foi envenenado com aquele gás tóxico na temporada anterior. Precisa tomar muitos remédios, caso contrário tem muitas convulsões perigosas e violentas. Ele se recusa a tomar os remédios que precisa e acaba tendo um ataque em um mercadinho do bairro. Carrie também precisa defender um jovem que está sendo acusado de terrorismo. Ele recebeu dinheiro de uma organização apontada como incentivadora de atos terroristas contra o ocidente. Se fizer acordo, ele vai pegar uma pena de 7 anos de prisão. Se não fizer um acordo, vai acabar correndo o risco de ser preso para o resto de sua vida. E Carrie finalmente é surpreendida quando descobre que a recém eleita presidente dos Estados Unidos quer contar com ela para organizar o serviço de inteligência do governo para o exterior. Carrie indica Saul para resolver certos problemas e fica lisonjeada pelas intenções da presidente eleita. / Homeland 6.02 - The Man in the Basement (Estados Unidos, 2017) Direção: Keith Gordon / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Elizabeth Marvel.

Homeland 6.03 - The Covenant
Do ponto de vista internacional existe situação mais perigosa do que iranianos comprando material nuclear de coreanos do norte? Vemos isso aqui nesse episódio quando Saul encurrala um agente Iraniano. Ele buscou apoio material e logístico para a construção da bomba atômica do Irã, algo que os americanos vêm tentando impedir há muitas décadas. E o tal sujeito também parece ter ligações com a ditadura comunista da Coreia do Norte. Ele é emboscado enquanto saía com uma garota de programa do ocidente. Depois é colocado contra a parede para contar tudo o que sabe. E diz que, na realidade, está apenas negociando armas de alta precisão e longo alcance com os russos. O ódio contra os Americanos sempre uniu russos e iranianos. São aliados internacionais. Em relação a Carrie, ela tem uma má notícia para dar a aquele rapaz que foi preso por terrorismo. Por uma falha dela, ele vai passar provavelmente muitos anos dentro de uma cela de prisão. / Homeland 6.03 - The Covenant (Estados Unidos, 2017) Direção: Lesli Linka Glatter  / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Elizabeth Marvel.

Homeland 6.05 
Um atentado terrorista acontece em Nova Iorque. Muitos problemas para Carrie pois o sujeito que estava no carro que explodiu era um de seus clientes. A imprensa vai na casa dele e o ex-agente que está lá com sua filha reage. Tiros são trocados e o apartamento de Carrie é invadida pela polícia. Confusão completa. Felizmente para todos não há baixas e nem mortos, mas o ex-agente da CIA com graves problemas mentais vai para a prisão.

Homeland 6.11 
A recém eleita presidente dos Estados Unidos vira alvo de uma campanha de fake news e desinformação, inclusive a morte de seu filho no campo de batalha é usada como uma arma para destruir sua reputação. O rapaz é acusado de ter sido um covarde, o que deixa a presidente furiosa com o desrespeito contra sua memória. Na outra linha narrativa Carrie e o ex-agente Quinn investem contra um homem que poderia ter começado tudo, todos os atos terroristas. Carrie invade a casa desse suspeito, mas as coisas fogem do controle e ele é morto por Quinn. Isso poderá trazer graves desdobramentos legais para eles. 

Homeland 6.12 
Esse é o último episódio da sexta temporada. E como termina a série Homeland? Pois bem, aqui temos um grande atentado contra a vida da nova presidente dos Estados Unidos. Ela é alvo de uma rede de fake news nas redes sociais que desperta um grande movimento popular pedindo sua cabeça. Uma manipulação como a que esses populistas de extrema-direita promovem nos Estados Unidos e Brasil. De qualquer forma outro evento marcante desse episódio é a morte do agente Quinn. Ele morre dirigindo um carro onde está a presidente. Ao ser fuzilado não lhe resta mais nenhuma esperança. Ele morre ao volante, baleado e sangrando. Um triste fim para um dos personagens mais relevantes e importantes da série. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Adoráveis Mulheres

Não importa a época histórica, as mulheres sempre amadurecem emocionalmente muito mais cedo do que os homens. Faz parte da natureza humana. Enquanto os garotos ainda estão envolvidos em brincadeiras infantis, as meninas já começam a se interessar romanticamente por outros rapazes, estimulando muito cedo em suas vidas uma personalidade romântica e sensitiva, mesmo que muitas vezes isso surja apenas dentro da mente delas, de forma bem reservada e íntima. Uma prova disso temos aqui nesse "Little Women". O roteiro foi baseado em um clássico da literatura americana escrito pela autora Louisa May Alcott. O que trouxe longevidade para esse texto foi sua sensibilidade em captar parte do universo feminino para suas páginas. Embora muitos não percebam isso, o fato é que o mundo das mulheres, mesmo das adolescentes, é muito mais rico em nuances sentimentais do que se imagina. As jovens, mesmo em tenra idade, já estão prontas para o amor e as emoções que envolvem esse precioso sentimento humano. 

Além disso o coração da mulher sempre guarda pequenos e grandes mistérios em seu interior. Para explorar esse aspecto da vida delas a história mostra a vida de um grupo de irmãs em um tempo particularmente complicado da história americana, quando a nação ficou dividida pela guerra civil. É um filme feito para elas, especialmente realizado para o público feminino. Também é bastante indicado para você assistir ao lado da namorada pois o roteiro levanta questões interessantes que certamente darão origem a um bom bate papo depois da exibição. Afinal de contas nada é mais estimulante e prazeroso do que a companhia de mulheres inteligentes e cultas que saibam manter uma excelente conversação sobre artes em geral. Assim o filme servirá como estimulante para bons momentos ao lado da pessoa amada. 

Adoráveis Mulheres (Little Women, Estados Unidos, 1994) Direção: Gillian Armstrong / Roteiro: Robin Swicord, baseado na novela escrita por Louisa May Alcott / Elenco: Susan Sarandon, Winona Ryder, Kirsten Dunst, Claire Danes, Christian Bale, Eric Stoltz, Gabriel Byrne  / Sinopse: O filme mostra a história atemporal de um grupo de mulheres em busca da felicidade e do amor,  Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Winona Ryder), Melhor Figurino e Melhor Música (Thomas Newman) 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 29 de junho de 2021

Homeland - Quinta Temporada

Homeland - Quinta Temporada
A quinta temporada da série "Homeland" contou com 12 episódios que foram originalmente exibidos entre os meses de outubro a dezembro de 2015. Nessa nova temporada houve mudanças interessantes no roteiro e na história. A principal delas é que a agente Carrie Mathison (Claire Danes) resolveu sair da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos. Com uma filha pequena para criar ela decidiu procurar por um novo estilo de vida, se arriscando menos, preferindo a segurança de trabalhar na iniciativa privada. Só que como disse uma personagem no primeiro episódio dessa temporada, Carrie pode até ter deixado a CIA, mas a CIA jamais deixará ela completamente. Segue abaixo comentários sobre todos os episódios dessa temporada.

Homeland 5.01 - Separation Anxiety
Vida nova, emprego novo. Carrie Mathison largou seu trabalho como agente da CIA e entrou em uma fundação de um bilionário europeu. Ela agora está morando em Berlim, onde vai levando sua vida numa certa tranquilidade, com direito a participar de festinhas infantis ao lado de sua filha. Só que o sossego não dura muito. Seu patrão coloca na cabeça que quer ir até um acampamento de refugiados no Líbano, uma região perigosa controlada pelo grupo terrorista Hezbollah. Carrie que agora trabalha em sua segurança acha uma péssima ideia, nada mais perigoso do que ir até o Oriente Médio, ainda mais em um lugar controlado por extremistas. Só que é a tal coisa, se o patrão quer, ela tem que arranjar um jeito. E acaba tentando entrar em contato com um braço do grupo islâmico em Berlim, algo perigoso e fora do protocolo de segurança. E a CIA? Bom, há agentes da agência em Berlim também e eles precisam contornar uma crise pois um hacker invadiu seus sistemas e roubou documentos secretos. Um verdadeiro caos de inteligência internacional. / Homeland 5.01 - Separation Anxiety (Estados Unidos, 2015) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Chip Johannessen, Ted Mann / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Sebastian Koch. 

Homeland 5.02 - The Tradition of Hospitality
Definitivamente hospitalidade não é encontrada quando o milionário, patrão de Carrie Mathison decide viajar até um campo de refugiados em Beirute, no Líbano. Começa bem, ele discursa, fala que pretende ajudar os refugiados da guerra da Síria e tudo mais, só que a calma e a cordialidade dura pouco. Logo surge um rapaz estranho, andando com um casaco escuro, de cara fechada. Um dos membros da equipe de segurança percebe sua movimentação e o alarme dispara. Era um homem-bomba. Felizmente para todos os envolvidos ninguém sai ferido, a não ser o terrorista, que morre com um tiro na cabeça. O milionário consegue sair são e salvo e logo entra em um avião. Já Carrie decide ficar no Líbano para descobrir que o que diabos havia acontecido. E ela fica sabendo que na verdade ela era o alvo e não o milionário americano. Alguém que sua cabeça, custe o que custar! / Homeland 5.02 - The Tradition of Hospitality (Estados Unidos, 2015) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Alex Gansa / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Sebastian Koch. 

Homeland 5.04 - Why Is This Night Different?
A ex-agente da CIA Carrie descobre, estarrecida, que quem está tentando matá-la é justamente a própria CIA. E pior do que isso, ela descobre também que Saul, seu antigo amigo na agência, foi quem ordenou que ela fosse assassinada. Em meu ponto de vista uma retaliação de Saul. Quem se lembra daquele episódio em que Carrie decidiu deixar Saul ser pego pelos terroristas, ficando à própria sorte? Pois é, meus caros, ao que tudo indica Saul apenas está dando o troco, já que naquela ocasião só não morreu por pura sorte. Além disso devemos entender que Carrie é um arquivo vivo de operações nem sempre legais da CIA. Assim quem agora controla a inteligência pensa que é melhor que ela esteja morta do que viva. Jogo sujo por todo lado. / Homeland 5.04 - Why Is This Night Different? (Estados Unidos, 2015) Direção: John David Coles / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Sebastian Koch.

Homeland 5.05 - Better Call Saul
A vida de Madison virou um inferno. Sair da CIA pode mesmo ser uma péssima ideia pois ela passa a ser alvo e provavelmente seus ex-aliados da própria agência de inteligência do governo americano estejam por trás das tentativas de matá-la. Saul, em especial, parece estar por trás de todas as conspirações para acabar com sua vida. E nesse episódio quem tenta sobreviver mesmo é o agente Quinn. Sangrando, com um grande ferimento na barriga que já está infeccionando, ele precisa ir para um hospital, mas como? Ele não pode se dar a esse luxo, então Carrie pede a um amigo com formação em saúde para que tente salvar sua vida ou ao menos amenizar toda a sujeira de seu sério ferimento. A coisa, pelo visto, anda feia mesmo! Ah e antes que me esqueça, o nome desse episódio "Better Call Saul" é uma gozação com outra série desse mesmo nome. Ficou divertida a referência. / Homeland 5.05 - Better Call Saul (Estados Unidos, 2015) Direção: Michael Offer / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Sebastian Koch. 

Homeland 5.06 - Parabiosis
Dentro da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, alguns passam a desconfiar seriamente de Saul. Ele passa a ser seguido por agentes que vão catalogando cada um de seus passos. As suspeitas seriam de que ele estaria envolvido de alguma forma com o serviço secreto israelense. Saul é judeu e não seria a primeira vez que ele teria ligações não oficiais com os agentes israelenses. Estaria ele ligado de alguma forma com a explosão do avião que matou um importante militar do exército da Síria? Enquanto isso Carrie também tenta sobreviver. De peruca preta ela decide descobrir quem estaria tentando matá-la. Suspeitos é que não faltariam. Um bom episódio da série. / Homeland 5.06 - Parabiosis (Estados Unidos, 2015) Direção: Alex Graves / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Sebastian Koch.

Homeland 5.07 - Oriole
Para a agente Carrie o que importa no momento é descobrir o que estaria acontecendo, quem estaria tentando matá-la. Ela emtão recebe a preciosa ajuda de Saul. Ele entrega a ela todos os arquivos vazados da CIA. Depois de ler parte do material ela então vai até  a Holanda em busca de respostas, só que nada será tão fácil como ela pensa. O que Carrie nem desconfia é que há uma agente dupla por trás de tudo, Já Saul decide sair fora, sendo resgatado pelo serviço secreto de Israel. Prevenir é a melhor saída para seus problemas com a CIA. Em relação a ele parece não haver mais volta.  / Homeland 5.07 - Oriole (Estados Unidos, 2015) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Sebastian Koch.

Homeland 5.08 - All About Allison
Esse episódio é provavelmente o mais importante da temporada. E a razão é simples, ele explica tudo o que está acontecendo. Nos episódios anteriores Carrie Mathison apenas tentou se manter viva. Com muito custo ela descobre que os russos estão atrás dela. E qual seria a razão? Bom, nesse episódio, em um longo flashback, descobrimos que lá atrás, no passado, Carrie se envolveu em um caso que era da agente Allison Carr. E esse caso envolvia um informante local chamado "acrobata". Só que por trás de tudo houve também um caso de corrupção que os russos tiveram acesso. Com isso ficaram com Allison sob seu comando, pois ela caiu em uma armadilha, ficando nas mãos da inteligência russa. Agora ela estaria trabalhando não apenas para a CIA, mas para os russos também. E uma informação das mais importantes teria caído nas mãos de Carrie, embora nem ela tenha plena consciência de qual informação os russos estariam tentando esconder. Enfim, um episódio vital na série, deixando tudo o que era obscuro muito mais claro. /  Homeland 5.08 - All About Allison (Estados Unidos, 2015) Direção: Daniel Attias / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Sebastian Koch. 

Homeland 5.09 - The Litvinov Ruse
Chegou a hora da verdade para Allison Carr. Após a descoberta de sua ligação com o serviço de inteligência russo, ela precisa correr para não ser presa. Uma falsa informação é plantada e ela fica desesperada. Sai em direção ao seu contato russo em Berlim. Enquanto foge a CIA, com Saul e Carrie monitoram tudo. É uma fuga pela ruas da cidade, para não ser presa por traição. Nesse episódio também temos provavelmente o fim do agente Peter Quinn. Capturado, ele é levado para uma sala para ser envenenado com gás Sarin. Será que vai sobreviver? / Homeland 5.09 - The Litvinov Ruse (Estados Unidos, 2015) Direção: Tucker Gates / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Miranda Otto, Rupert Friend, Mandy Patinkin. 

Homeland 5.10 - New Normal
O agente Peter Quinn não morreu! Essa é a principal informação que você deve saber desse episódio. Mas como não morreu? Ele foi colocado em uma sala isolada com o gás mortal Sarin! Pois é, um dos terroristas, o mais jovem que chegou a ter uma certa aproximação com Quinn, lhe aplicou um soro antes dele ser levado para respirar o gás! Carrie e outra agente conseguem localizar o lugar onde ele foi submetido a essa situação mortal e localizam ele, agonizando no chão! O roteiro da série assim perdeu uma boa chance de criar mais tensão na série, afinal a morte de um personagem tão central iria mesmo agitar as coisas na série. Pena que os roteiristas não pensaram desse modo. Pelo visto ele vai sobreviver, sua vida está por um fio, mas ele vai ficar bem nos próximos episódios. Assim presumo. / Homeland 5.10 - New Normal (Estados Unidos, 2015) Direção: Daniel Attias / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Sebastian Koch. 

Homeland 5.11 - Our Man in Damascus
A quinta temporada vai chegando ao seu final. Esse é o penúltimo episódio. Como era de se esperar o clímax virá em um atentado terrorista em Berlim. Clima tenso. Carrie e Saul tentam fazer o agente Quiin falar o que sabe, mas ele está muito mal. A agente dupla Allison Carr finge que trabalha para a CIA, mas faz o jogo mesmo da KGB. Ela continua traindo a todos do Ocidente. Ela recebe ordens de Moscou para que o atentado siga em frente. Os russos querem que ele aconteça mesmo. Não faça nada para parar os terroristas muçulmanos. Algo terrível. A verdade é que no caso dela não tem volta, então arma uma cena falsa, como se tivesse ocorrido uma troca de tiros. Na verdade ela matou seu colega de CIA e depois deu um tiro no sujeito que teria informações sobre os planos terroristas. É uma agente que joga para os russos, definitivamente. O desfecho, se vai ou não se concretizar o atentado, ficou para o último episódio. / Homeland 5.11 - Our Man in Damascus (Estados Unidos, 2015) Direção: Seith Mann / Roteiro: Seith Mann / Elenco: Claire Danes, Miranda Otto, Mandy Patinkin. 

Homeland 5.12 - A False Glimmer
Como termina a série Homeland? Ou melhor colocando... como termina a quinta temporada de Homeland? Com muita tensão e com a ajuda de um terrorista resignado, Carrie consegue impedir o atentado terrorista com gás em Berlim. As coisas são paradas no último segundo, por um triz. Na vida pessoal ela é dispensada pelo namorado justamente por causa da vida que leva. Um dia de cada vez, sempre correndo risco de vida. Já Saul arma contra Allison, a agente dupla, traidora da CIA. Ela é encurralada numa floresta, estava dentro do porta-malas de um carro com agente russos. Todos são metralhados de forma impiedosa. No mundo do serviço secreto as coisas funcionam assim, traição é pago com a própria vida. Outro fato marcante desse último episódio é a morte de Peter Quinn. Ele não resiste. Após a exposição ao gás sarin ele até teve uma sobrevida, mas não há como continuar. Sofre um derrame e morre pouco depois. É o fim de um dos principais personagens da série. Por fim, nas últimas cenas, Saul pede a Carrie que ela volte para a CIA. Será que ela vai retornar? Só saberemos mesmo na próxima temporada. Até lá! / Homeland 5.12 - A False Glimmer (Estados Unidos, 2015) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Liz Flahive / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Miranda Otto, Mandy Patinkin.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Homeland - Quarta Temporada

Homeland - Quarta Temporada
A Quarta temporada da série Homeland foi exibida entre os meses de outubro a dezembro de 2014. No total foram produzidos e exibidos 12 episódios dessa temporada, sempre pela canal Showtime. Nessa temporada 4 os personagens passam a ser ainda mais desenvolvidos, principalmente em relação à protagonista Carrie Mathison, em excelente interpretação da talentosa atriz Claire Danes que realmente fez um trabalho primoroso em todas as temporadas. Pode-se dizer que ela realmente levou essa série com seu trabalho. Abaixo seguem comentários sobre os episódios. Os demais serão disponibilizados aos poucos, conforme for assistindo. Boa leitura.

Homeland 4.01 - The Drone Queen
Danos colaterais. É assim que as forças americanas denominam de modo em geral a morte de civis em ataques contra alvos importantes na luta contra o terror. E é justamente isso que ocorre com uma missão de ataque chefiada por Carrie Mathison (Claire Danes). Ela agora comanda uma unidade da CIA no Afeganistão. Seu objetivo é localizar os líderes terroristas que ainda estão vivos. Quando uma informação quente lhe chega em mãos, dando a localização de um infame jihadista, ela não pensa muito e dá ordens para que dois caças americanos F-15 bombardeiem o local. O que Carrie não sabia é que está sendo realizado um casamento na casa, com muitas mulheres e crianças presentes. Bomba no alvo e... danos colaterais. Dezenas de civis morrem no ataque. Tudo ficaria por isso mesmo se um jovem estudante de medicina sobrevivente das bombas americanas não colocasse cenas do casamento no Youtube. Óbvio que dando rosto às vítimas tudo se torna um grande escândalo na mídia e um sério problema de relações públicas para o governo americano. O título do episódio, "The Drone Queen", se refere a um apelido que Mathison ganha de sua equipe no bolo de seu aniversário. Ela coordena o ataque, mata civis e depois sem maiores problemas sopra as velinhas de seu bolo, sem culpas, receios ou sentimentos pelos que morreram. O tipo de comportamento que a CIA espera de seus agentes. / Homeland 4.01 - The Drone Queen (EUA, 2014) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Alex Gansa, Howard Gordon / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniadi.

Homeland 4.02 - Trylon and Perisphere
Ser mãe e agente da CIA ao mesmo tempo pode ser um problema e tanto. É justamente isso que Carrie Mathison (Claire Danes) acaba descobrindo nesse episódio. Depois do desastroso bombardeio com drones numa festa de casamento no Afeganistão ela e sua agência estão na mira da imprensa internacional. O episódio anterior acabou com o linchamento pela população de um agente (ao que indica duplo) da CIA. Ele foi responsabilizado pelo ataque e pagou caro, muito caro por seus atos. No meio do furacão Carrie é então enviada de volta aos Estados Unidos, algo que ela não queria. O motivo? Voltar ao lar significa ter que lidar com seu filho, algo que ela não leva o menor jeito e para falar a verdade também não quer levar. O bebezinho está aos cuidados de sua irmã que inclusive já está perdendo a paciência, afinal de contas a decisão de ter um filho implica também assumir responsabilidades, algo que Carrie não deseja. Em um momento ao lado do garotinho ela inclusive confessa que o único motivo de sua existência era o amor que sentia por seu pai, algo que passou e ficou no passado. A cena mais perturbadora acontece quando Carrie está dando um banho na criança. Fica claro que vem uma ideia assustadora em sua cabeça - uma das melhores sequências dessa quarta temporada. É ver para crer! / Homeland 4.02 - Trylon and Perisphere (EUA, 2014) Direção: Keith Gordon / Roteiro: Alex Gansa, Howard Gordon / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniadi.

Homeland 4.03 - Shalwar Kameez
Pouca gente sabe, mas "Homeland" é baseada na série israelense "Prisoners of War", escrita e criada pelo roteirista e produtor Gideon Raff. De uma forma ou outra, conforme a temporada avança, o remake americano vai trilhando por caminhos próprios. A saga segue com novos personagens e tramas independentes da série original que lhe deu origem. Pois bem, aqui temos mais novidades surgindo. A agente da CIA Carrie Mathison (Claire Danes) tem tanta ojeriza em ser mãe que se viu até mesmo chantageando o diretor de sua agência para arranjar uma nova transferência para o Afeganistão, bem longe das obrigações maternais. Assim ela retorna ao front da guerra ao terrorismo internacional. Lá descobre que precisa também ter jogo de cintura com a nova embaixadora americana na região, uma mulher firme e dura, mas também justa em suas decisões. O quadro no Afeganistão não é dos melhores. Após o linchamento do agente Sandy, Carrie procura por pistas que possam levar aos verdadeiros culpados pelo crime. Uma imagem postada no Youtube parece trazer uma luz sobre isso. Nela um sujeito misterioso parece falar com alguém, como se estivesse coordenando o ataque. Ele se mostra a chave para desvendar esse cruel jogo de espionagem. Provavelmente seja um membro do serviço secreto do Paquistão, mas isso só será desvendado melhor com o tempo e isso Carrie parece ter de sobra. / Homeland 4.03 - Shalwar Kameez (EUA, 2014) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Gideon Raff, Alex Gansa / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniad.

Homeland 4.04 - Iron in the Fire
Não há como escapar da conclusão de que "Homeland" já foi bem melhor antes. Nessa quarta temporada já vejo sinais claros de desgaste e saturação. Como vimos no primeiro episódio o estopim de tudo o que vem acontecendo foi o ataque de drones comandado por Carrie Mathison (Claire Danes) numa festa de casamento no Paquistão. Muitos civis morreram e o caso foi parar na imprensa, comprometendo publicamente a CIA. Depois disso um agente importante da agência americana de inteligência foi morto e agora Carrie reúne provas suficientes de que a inteligência Paquistanesa estaria envolvida no assassinato do agente Sandy. O único sobrevivente do ataque de drones pode ser uma chave na revelação desse mistério, mas o rapaz, que é estudante de medicina na universidade da cidade, parece estar envolvido com tráfico de remédios do hospital onde trabalha. Mais estranho do que isso, seu tio, o terrorista que deveria ter sido morto no ataque dos drones, parece estar vivo e atuante pelas ruas! A trama não traz maiores atrativos em minha opinião. O pior mesmo vem da cena final quando Carrie toma uma atitude que sinceramente seria motivo suficiente para sua demissão sumária da CIA. Além dessa cena ter sido muito forçada e gratuita, não consegui mesmo encontrar qualquer justificativa para ela. Talvez nos próximos episódios isso venha a se tornar mais claro... quem sabe! Por enquanto a solução encontrada pelos roteiristas definitivamente não me agradou. / Homeland 4.04 - Iron in the Fire (EUA, 2014) Direção: Michael Offer / Roteiro: Alex Gansa, Howard Gordon / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniadi.

Homeland 4.05 - About a Boy
Sinceramente tenho considerado essa quarta temporada de "Homeland" como a pior até agora. Parece que os roteiristas estão sem ideias novas. De todas as novidades da trama a pior é o envolvimento sexual da agente do FBI Carrie Mathison (Claire Danes) com um jovem paquistanês que teria escapado de um ataque de drones ordenado por ela própria. O garoto é sobrinho de um terrorista procurado que provavelmente não tenha morrido no ataque como supõe a agência de inteligência americana. As cenas de Carrie com o rapaz são tão absurdas como inverossímeis, tanto do ponto de vista dela como dele. Não há razão para algo assim, mesmo que Carrie seja completamente desequilibrada em vários momentos da série. Considerei tudo apelativo demais, uma tentativa descarada de levantar a audiência da série nos Estados Unidos (pois de fato "Homeland" perdeu muitos espectadores nos últimos anos). O personagem de Saul Berenson (Mandy Patinkin) que também era uma das melhores coisas da série foi colocado para escanteio, revelando outro erro dos roteiristas. Nesse episódio surge uma promessa que ele volte a ter a importância de antes, principalmente quando se vê cercado por agentes secretos do Paquistão em um aeroporto. Por fim enquanto Carrie se vê envolvida em seu love affair juvenil a CIA acaba perdendo ótimas oportunidades de capturar terroristas perigosos porque ela afinal está na cama com seu novo casinho! Convenhamos, é muita bobagem mesmo. Espero que "Homeland" melhore daqui em diante. / Homeland 4.05 - About a Boy (EUA, 2014) Direção: Charlotte Sieling / Roteiro: Gideon Raff, Alex Gansa / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniadi.

Homeland 4.06 - From A to B and Back Again
Essa quarta temporada vinha se arrastando há tempos, mas finalmente surgiu um bom episódio. É foi justamente esse! Como se sabe a agente Carrie Mathison (Claire Danes) quer descobrir o paradeiro de um perigoso jihadista paquistanês que erroneamente havia sido dado como morto após o ataque de um drone numa festa de casamento. Nesse episódio finalmente seu sobrinho (com o qual Carrie precisou se relacionar para ganhar sua confiança) confirma que o tio está vivo e escondido. Carrie então arma um verdadeiro teatro para: a) convencer o jovem que ela foi brutalmente sequestrada e agredida por membros da agência de inteligência do Paquistão e b) levar o rapaz a finalmente ir atrás do seu tio nas montanhas em busca de proteção. Uma armadilha muito bem bolada que me fez lembrar dos bons tempos da série (em sua primeira e segunda temporadas). Pois bem, o plano de Carrie dá muito certo, o tio e o sobrinho finalmente se encontram no meio do deserto enquanto a CIA observa tudo através de um drone. Quando ela está prestes a autorizar o bombardeio surge de dentro de um dos carros ele mesmo, Saul (Mandy Patinkin), o ex-diretor da CIA que havia desaparecido desde que foi capturado no aeroporto quando tentava voltar para os Estados Unidos. O jogo assim vira mais uma vez, só que para o lado dos fundamentalistas islâmicos. Dessa quarta temporada, como já frisei, é seguramente o melhor episódio, com todas as doses certas de suspense e tensão. Muito bom, excelente na verdade. "Homeland" prova assim que ainda tem fôlego para seguir em frente. / Homeland 4.06 - From A to B and Back Again (EUA, 2014) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro:  Gideon Raff, Alex Gansa / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniadi.

Homeland 4.07 - Redux
Saul Berenson está nas mãos de terroristas paquistaneses, gente do Talibã. Haissam Haqqani usa ele como escudo. Como sabe que a CIA não vai explodir seu carro com um drone, decide ir visitar sua família que não vê há anos. Sempre com Saul ao lado, no banco de trás do carro. É sua segurança que não vai explodir pelos ares de uma hora para outra. Enquanto isso Carrie Mathison vai perdendo completamente o controle. Trocaram suas pílulas, o que faz com que fique sem remédio. E ela começa a surtar de vez, agindo de forma não normal. As coisas só pioram e ela chega a ter alucinações, pensando ter encontrado Brody de novo! Por fim as coisas vão de mal a pior entre a diplomacia americana e paquistanesa. O diretor da CIA joga na cara do embaixador do Paquistão que eles ajudam terroristas. E o clima fica tenso entre todos. / Homeland 4.07 - Redux (Estados Unidos, 2014) Direção: Lesli Linka Glatter / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniadi. 

Homeland 4.08 - Halfway to a Donut
É um tempo de caos na vida da agente Carrie Mathison. Depois de surtar por falta de seus medicamentos, ela acorda na casa de um oficial do serviço de inteligência do Paquistão. Saia justa. Depois de recuperada volta ao trabalho. Autoridades americanas e paquistanesas discutem os termos de um acordo onde Saul será trocado por alguns prisioneiros do Talibã que estão em prisões americanas. A negociação é tensa e nesse meio tempo Saul consegue fugir de seu cativeiro. Ele foge pelo meio do deserto e vai parar numa cidadezinha onde pretende encontrar um morador que é contato dos americanos, só que as coisas acabam não dando muito certo. Ele é traído por quem mais confiava. / Homeland 4.08 (Estados Unidos, 2014) Direção: Carl Franklin / Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniadi. 

Homeland 4.09 - There's Something Else Going On
Nesse episódio, muito bom por sinal, a agente Carrie Mathison precisa coordenar a troca de Saul Berenson por cinco terroristas que estavam nas mãos dos americanos. Só membros importantes do Talibã, terroristas perigosos, alguns envolvidos até mesmo com o tráfico de drogas internacional. A troca, apesar de toda a tensão envolvida, até que é feita, mas depois, quando o seu grupo retorna para a embaixada, há um ataque violento aos carros. Pior do que isso, os fuzileiros navais dos Estados Unidos são todos enviados para o local de ataque, deixando a embaixada desprotegida. Quando o episódio acaba, um grupo de terroristas invade o lugar. A tensão pelo visto só vai aumentar. A conclusão só virá no décimo episódio. / Homeland 4.09 - There's Something Else Going On (Estados Unidos, 2014) Direção: Seith Mann / Roteiro: Gideon Raff, Howard Gordon / Elenco:  Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniadi. 

Homeland 4.10 - 13 Hours in Islamabad
Um massacre! É isso o que acontece quando um grupo terrorista invade a embaixada americana no Paquistão. No total 36 pessoas são mortas! Pior do que isso, uma agenda contendo todas as informações sobre agentes americanos e colaboradores paquistaneses caem nas mãos dos terroristas. O presidente dos Estados Unidos então toma uma decisão crucial e decide fechar a embaixada, cortando relações diplomáticas com as autoridades do Paquistão. Enquanto os americanos vão fazendo as malas, se preparando para ir embora de vez daquele país, a agente Carrie Mathison pede mais cinco dias. Ela quer localizar o agente Peter Quinn que ao que tudo indica surtou, saindo pelas ruas da cidade em busca de uma vingança pessoal. / Homeland 4.10 - 13 Hours in Islamabad (Estados Unidos, 2014) Direção: Daniel Attias / Roteiro: Gideon Raff, Alex Gansa / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Nazanin Boniad. 

Homeland 4.11 - Krieg Nicht Lieb
Carrie Mathison vai atrás de Peter Quinn. Acaba encontrando ele quando esse visitava a ex-namorada alemã que trabalha na embaixada da Alemanha no Paquistão. A conversa é tensa, mas Quinn não abre mão de seus planos. Ele fabrica uma bomba para explodir na frente da casa onde está escondido Haissam Haqqani. Os problemas são muitos, inclusive ter que lidar com uma manifestação por lá. Valeria a pena matar dezenas de milhares de inocentes só para liquidar um terrorista? No lado pessoal Carrie recebe uma chamada de sua irmã lhe informando que seu pai morreu. Em uma situação tão complicada como a que Carrie vive, aquilo é um stress a mais para se lidar. / Homeland 4.11 - Krieg Nicht Lieb (Estados Unidos, 2014) Direção: Clark Johnson / Roteiro: Gideon Raff, Howard Gordon / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Laila Robins. 

Homeland 4.12 - Long Time Coming  
Último episódio da temporada. E como termina a série "Homeland"? Esse é um episódio bem diferenciado, onde o foco vai para a vida pessoal da agente Carrie Mathison (Claire Danes). Ela retorna aos Estados Unidos para o funeral do pai. E o retorno ao lar paterno também traz problemas familiares que ela acreditava estar há muitos anos superados. Sua mãe, que abandonou a família quando ela tinha 15 anos também surge na casa para o enterro do ex-marido. Carrie a hostiliza assim que a reencontra. Fica cega de fúria e raiva. O choque entre as duas é dolorido. Depois Carrie se arrepende de seu comportamento e vai atrás da mãe. Descobre que ela tem um filho de 15 anos de idade (seu meio-irmão que não conhecia) e que ela fugiu de casa no passado porque havia engravidado de um amante. Com vergonha da situação decidiu sumir sem deixar rastros. Situação mais do que delicada. Enquanto ela tenta corrigir as feridas e traumas do passado, Peter Quinn (Rupert Friend) é levado para uma nova missão no Paquistão. E tudo com o apoio se Saul. Será que Carrie também vai embarcar nessa nova empreitada não oficial da CIA? / Homeland 4.12 - Long Time Coming (Estados Unidos, 2014) Direção: Lesli Linka Glatter /  Roteiro: Gideon Raff / Elenco: Claire Danes, Rupert Friend, Laila Robins.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de setembro de 2016

Feriados em Família

Título no Brasil: Feriados em Família
Título Original: Home for the Holidays
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jodie Foster
Roteiro: Chris Radant, W.D. Richter
Elenco: Holly Hunter, Anne Bancroft, Robert Downey Jr, Charles Durning, Geraldine Chaplin, Steve Guttenberg, Dylan McDermott, Emily Ann Lloyd, Claire Danes
  
Sinopse:
A vida de Claudia Larson (Holly Hunter) parece estar desmoronando. Ele acabou de ser demitida do trabalho no museu de Chicago. Sua filha está apaixonada e quer ir morar com o namorado (que não tem emprego e nem meios de sustentá-la). Para piorar ela precisa se reunir com seus familiares para a noite do dia de ação de graças, algo que ela não tem a menor vontade de fazer pois sabe que será julgada por todos os seus familiares presentes. Um verdadeiro terror! Filme indicado aos prêmios GLAAD Media Awards e Young Artist Awards.

Comentários:
Mais um drama familiar (com toques de humor) enfocando o feriado do dia de ação de graças (um dos mais populares nos Estados Unidos). Como é comum nesse tipo de filme vemos uma típica família americana tendo que se reunir novamente (muitas vezes contra a própria vontade de seus membros) para uma noite de confraternização, que na maioria das vezes termina numa grande e descontrolada lavagem de roupa suja entre todos eles. Assim temos pais magoados com os filhos, irmãos que se odeiam, tios inconvenientes e por aí vai. O filme é bem feito, bem atuado, com ótimo elenco (há no mínimo uma meia dúzia de atores conhecidos em cena), mas para quem gosta de cinema o grande atrativo mesmo é o fato de que foi dirigido por Jodie Foster. Esse foi o terceiro filme da atriz como cineasta (antes ela havia assinado a direção de "Galeria do Terror" e "Mentes Que Brilham"). A conclusão que se chega após assistir ao filme é que Jodie Foster se saiu muito bem atrás das câmeras, extraindo um excelente resultado de todo o elenco (afinal atores e atrizes se entendem melhor entre si). Na época de lançamento Jodie Foster declarou que se apaixonou pela estória após ler o pequeno conto que lhe deu origem (escrito por Chris Radant) em uma revista de Chicago. Acabou realizando um dos melhores filmes de sua filmografia, embora ela própria não atue na produção.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Homeland - Terceira Temporada

Homeland - Terceira Temporada
A Terceira temporada da série Homeland foi exibida entre os meses de setembro a dezembro de 2013. No total foram produzidos e exibidos 12 episódios dessa temporada, sempre pela canal Showtime. Infelizmente escrevi apenas um review dessa temporada que passo a disponibilizar abaixo. Para ler sobre as demais temporadas basta clicar no link abaixo, na parte "marcadores" do blog, na palavra Homeland. Assim tudo o que foi escrito sobre a série em nosso blog irá aparecer. Boa leitura.

Homeland - 3.12 - The Star
Episódio final da terceira temporada. Gosto muito de "Homeland" porém em minha visão acredito que a série aos poucos começa a se desgastar. Os episódios dessa temporada provam isso. Após tantos problemas a CIA usar novamente Nicholas Brody (Damian Lewis) para ir ao Irã como agente infiltrado me soou como algo muito forçado, completamente fora da realidade, ainda mais depois que Brody foi acusado de ter participado diretamente do atentado que jogou a sede da CIA pelos ares. Some-se a isso o fato de Saul Berenson (Mandy Patinkin) estar dando as últimas cartas como diretor e você entenderá que muito provavelmente a série entrará em uma verdadeira sinuca, encurralada sem ter para onde ir. De qualquer maneira esse episódio também demonstrou que os roteiristas vão procurar por novos caminhos daqui para frente pois um personagem essencial em "Homeland" deu adeus à série. Afinal de contas as próximas tramas não poderão mais girar apenas em torno dele. Por fim acredito que Claire Danes deve suavizar um pouco mais sua interpretação pois anda muito exagerada, a ponto de causar desconforto no espectador. Calma Claire, já percebemos que sua personagem Carrie Mathison tem problemas mentais e psicológicos, não precisa exagerar tanto!

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Romeu + Julieta

Título no Brasil: Romeu + Julieta
Título Original: Romeo + Juliet
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Craig Pearce, baseado na obra de William Shakespeare
Elenco: Leonardo DiCaprio, Claire Danes, John Leguizamo
  
Sinopse:
Romeu (Leonardo DiCaprio) ama Julieta (Claire Danes), mas não conseguem ficar felizes e em paz pois pertencem a duas famílias que simplesmente se detestam e se odeiam. Como superar todas as adversidades em nome de um grande amor como aquele? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte (Catherine Martin e Brigitte Broch). Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Direção, Design de Produção e Roteiro Adaptado.

Comentários:
Desde essa época o Leonardo DiCaprio sonhava com o Oscar de melhor ator (e lá se vão vinte anos de puro desespero por um prêmio que parece não chegar nunca!). Enfim... voltemos ao filme. A premissa é básica: trazer a obra do grande e imortal William Shakespeare para o público jovem. E como fazer isso? Transformando tudo em um videoclip, ou melhor explicando, usar a linguagem dos videoclips para atrair a atenção da juventude dos anos 90 (que não parava de assistir a MTV). Como se trata também de uma das obras mais populares do dramaturgo inglês era de se esperar que fluísse às mil maravilhas. Não foi bem isso que aconteceu. A verdade é que o diretor Baz Luhrmann é um pretensioso arrogante que pensa estar sempre revolucionando o cinema com seus filmes. Menos. Ele fez um filme muito colorido, bonitinho e simpático, mas a despeito disso também esvaziou muito a obra que lhe deu origem. Na ânsia de soar moderninho demais tudo o que Baz Luhrmann conseguiu no final das contas foi ser muito, mas muito chato! O filme nunca me convenceu e nem agradou. Há excessos de modernices que aborrecem. Além disso Leonardo DiCaprio parece estar mais preocupado em aparecer bonitinho em cena, como se estivesse posando para uma revista de adolescentes entediadas, do que em atuar realmente bem. Assim não há como salvar o filme. O bardo merecia coisa muito melhor (além do devido respeito, é claro). E o Leo ficou novamente a ver navios. Oscar que é bom... nada!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Homeland

Título no Brasil: Homeland
Título Original: Homeland
Ano de Produção: 2011 - 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime
Direção: Michael Cuesta, Lesli Linka Glatter
Roteiro: Henry Bromell, William Bromell
Elenco: Claire Danes, Damian Lewis, Morena Baccarin

Sinopse: 
Após ficar longos anos prisioneiro de grupos radicais islâmicos o fuzileiro naval Nicholas Brody (Damian Lewis) retorna aos Estados Unidos mudado. Resgatado por tropas americanas e recebido em seu país como um herói na guerra contra o terrorismo ele esconde um segredo. Convertido ao islamismo se torna peça chave de retaliação contra os altos escalões do governo americano. Para investigar a ligação de Brody com grupos terroristas a CIA envia a agente Carrie Mathison (Claire Danes) para o caso. Ela porém acaba descobrindo muito mais embaixo de toda a imagem ufanista construída em torno de Brody.

Comentários:
"Homeland" é outra ótima série atualmente em cartaz na TV americana. Produzida pelo canal Showtime (o mesmo de "Dexter"), o seriado se tornou uma febre conquistando até mesmo a audiência do presidente Obama. Eu sou fã assumido. No momento estou começando a conferir a terceira temporada. Todos os personagens já estão bem delimitados e as peças do grande xadrez que formam a trama de "Homeland" já estão sobre a mesa. A interpretação da agente bipolar vivida por Claire Danes é um achado. Ela realmente incorpora os maneirismos, os olhares perdidos e os desafios pelos quais uma pessoa em sua condição passa. Nessa nova temporada temos mais um grande ator adicionado no elenco, o sempre ótimo F. Murray Abraham. Ele havia aparecido timidamente nos últimos episódios da temporada anterior mas agora assume um papel melhor já que depois do grande atentado que fechou a segunda temporada vários personagens foram simplesmente eliminados! Para quem pensa que a guerra contra o terrorismo é algo simples de entender, com vilões e mocinhos bem definidos, "Homeland" é uma ótima pedida.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

As Horas

Três linhas narrativas. Três excelentes atrizes. Um grande filme. Assim poderia resumir esse maravilhoso “As Horas”. Na trama acompanhamos três estórias envolvendo três mulheres em épocas diferentes mas com algo em comum: a impossibilidade de alcançar a verdadeira felicidade. Na primeira estória surge a figura da consagrada autora Virginia Woolf (interpretada com maestria por Nicole Kidman, perfeita, no papel que lhe valeu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor atriz). Grande talento nas letras ela vive um drama em sua vida pessoal. Sofrendo de uma forte depressão e outros problemas mentais não consegue mais ter o controle sobre sua própria vida. Ela é casada com um homem que parece estar disposto a fazer tudo por sua felicidade mas essa parece cada vez mais distante e inatingível. A vida perdeu o próprio sentido de ser. Enquanto escreve seu grande livro, “Mrs Dalloway” (publicado em 1925), ela vai afundando em seus próprios dramas pessoais até que resolve tomar uma atitude extrema. Na segunda estória, passada na década de 50, conhecemos Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa infeliz com a rotina de um casamento frustrante e banalizado. O marido a ama e tenta agradar mas ela, muito tímida e sempre melancólica, não consegue encontrar mais motivações para seguir em frente. Lendo “Mrs Dalloway” ela acaba se identificando com a forma de ver o mundo da protagonista do famoso romance.
   
A terceira e última linha narrativa de “As Horas” traz o espectador para a Nova Iorque dos dias atuais. É lá que vive a bem sucedida editora de livros Clarissa Vaughan (Meryl Streep). Ela tem um relacionamento estável com outra mulher há longos dez anos mas parece incapaz de esquecer o grande amor de sua vida, o escritor Richard (Ed Harris) que está morrendo de AIDS lentamente. Embora tenha uma vida complicada com agenda cheia ela não perde a oportunidade de visitá-lo, afinal ele é o amor platônico, idealizado, nunca superado de sua vida sentimental. Ela almeja organizar uma grande festa para trazer o prazer de viver novamente a Richard, mas esse, vendo o final se aproximando, tem outros planos. “As Horas” é um filme sensível mas também doloroso, pesado, não recomendado para pessoas que tenham algum tipo de depressão. O seu texto não procura amenizar o espectador nem trazer algum tipo de falsa esperança para as vidas frustrantes de seus personagens. No fundo todos parecem estar mergulhados na mesma melancolia de viver da personagem principal do livro de Virginia Woolf. São mulheres vivendo em tempos diferentes mas que compartilham o mesmo sentimento de frustração, infelicidade e falta de perspectivas em suas vidas. A falta da realização pessoal, a impossibilidade de alcançar uma existência plena são os temas centrais desse filme realmente marcante. Uma obra prima do cinema que merece todos os elogios e prêmios que recebeu em seu lançamento.

As Horas (The Hours, Estados Unidos, Inglaterra, 2002) Direção: Stephen Daldry / Roteiro: David Hare, baseado no livro de Michael Cunningham / Elenco:  Meryl Streep, Julianne Moore, Nicole Kidman, Ed Harris, Toni Collette, Claire Danes, Jeff Daniels / Sinopse: Três mulheres vivendo em épocas diferentes passam pelo drama de não conseguir alcançar a verdadeira felicidade.  Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Nicole Kidman). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris), Melhor Atriz Coadjuvante (Julianne Moore), Melhor Figurino, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme Drama e Melhor Atriz Drama (Nicole Kidman).

Pablo Aluísio

quarta-feira, 6 de março de 2013

Justiça a Qualquer Preço

Nos Estados Unidos os prisioneiros de alta periculosidade são acompanhados e passam por um programa de vigília por parte do Estado após deixarem a prisão. Essa é a principal função do agente Errol (Richard Gere), acompanhar, visitar e principalmente vigiar ex-presidiários que cumpriram pena por crimes sexuais. Nas vésperas de sua aposentadoria ele recebe também a incumbência de treinar uma nova policial que irá exercer essa função daqui em diante. Ela é Allison (Claire Danes) que logo descobre que seu parceiro é na verdade um tira durão que usa e abusa de métodos ilegais para manter na linha criminosos perigosos. No começo ela até tenta ignorar a brutalidade do agente Errol mas as coisas saem do controle quando novos crimes são cometidos e o experiente policial passa a desconfiar de um antigo presidiário que agora está nas ruas, livre. Adotando uma postura de fazer justiça com as próprias mãos ele então sai no encalço do ex-detento sem ligar muito para as leis e as regras éticas que norteiam e regulam seu serviço. Essa atitude o levará a entrar em choque com a nova agente.

“Justiça a Qualquer Preço” é mais uma tentativa de levantar a carreira de Richard Gere. O ator de tantos filmes bons e interessantes em sua longa filmografia não parece disposto a se aposentar (ao contrário de seu personagem aqui que está farto de anos e anos de convívio com a pior escória do sistema prisional). A boa notícia é que o filme não é ruim e Gere segura dignamente as pontas. Ao seu lado surge Claire Danes, uma atriz de que gosto muito. Ela inclusive atualmente passa pela melhor fase de sua carreira com a série de grande sucesso “Homeland”. Claire é muito talentosa e na série demonstra bem isso em um papel particularmente complicado (a de uma agente da CIA Bipolar). Já aqui em “Justiça a Qualquer Preço” ela não tem a mesma oportunidade de mostrar todo o seu talento mas está novamente atuante bem. O filme foi dirigido por um cineasta importado de Hong-Kong, famoso centro oriental de filmes de ação. Lau Wai-keung (que assina a direção como Andrew Lau) tem tentado desde então acertar no mercado americano. Como se trata de uma produção tipicamente de estúdio ele não tem muita oportunidade de alcançar vôos mais altos mas de qualquer forma entregou um bom produto, um filme policial movimentado e bem realizado que apesar de não ser muito inovador em nada entretém e diverte. Para uma noite particularmente tediosa e sem coisa melhor para assistir até que “Justiça a Qualquer Preço” pode se tornar um bom passatempo.

Justiça a Qualquer Preço (The Flock, Estados Unidos, 2007) Direção: Andrew Lau / Roteiro: Hans Bauer, Craig Mitchell / Elenco: Richard Gere, Claire Danes, Ed Ackerman, Dwayne L. Barnes, Josh Berry, Frank Bond, Twink Caplan, Blake Catherwood / Sinopse: Agente veterano (Richard Gere) tem que lidar com criminosos violentos que acabam de deixar a prisão ao mesmo tempo em que ensina o ofício para uma agente novata (Claire Danes) que está chegando para lhe substituir após sua aposentadoria.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Homem Que Fazia Chover

Poucos gostos são tão amargos quanto o da injustiça. Só quem foi injustiçado em sua vida sabe o que sente e o quanto dói passar por isso. O pior é quando a injustiça vem do sistema judiciário que foi criado justamente para evitar isso. "O Homem Que Fazia Chover" é o último grande filme da carreira de Francis Ford Coppola. Hoje em dia o grande mestre está mais empenhado em fazer fortuna com sua vinícola do que em produzir grandes obras primas. Esporadicamente ele lança um ou outro pequeno filme no mercado, muitas vezes indo direto para o mercado de vídeo mas na época em que dirigiu "O Homem Que Fazia Chover" ainda estava em plena forma, num pico de criatividade artística admirável. A trama mostra o primeiro caso da vida de Rudy Baylor (Matt Damon), jovem advogado recém saído da faculdade. Ele é contratado por um casal para defender os interesses de seu pequeno filho que sofre de Leucemia e precisa de dinheiro para se submeter a uma cirurgia de transplante de medula óssea. O problema é que a seguradora que administra o plano de saúde do garoto simplesmente não aceita pagar por esse procedimento. Rudy então terá que lutar como um titã para ganhar a ação e salvar a vida do garoto que está com os dias contados caso não realize a cirurgia. A trama é baseada no livro de John Grisham, autor consagrado de best sellers cujos livros já renderam excelentes filmes. Advogado de profissão ele conhece como poucos as trilhas sinuosas do sistema judiciário americano.

A essência do filme é mostrar a luta de um idealista advogado contra o poder econômico da empresa de seguros que fará de tudo para não pagar as despesas do garotinho doente. É cruel mas é a mais pura verdade - inclusive no Brasil onde esse tipo de situação tem se tornado comum nos tribunais. Eu realmente fico pasmo com a falta de humanidade de certos setores e empresas que se recusam, muitas vezes sem base legal nenhuma, a arcar com procedimentos caros e custosos. O pior é saber que dentro dos atalhos da lei e do poder judiciário existe a possibilidade de algo assim sair impune, sem salvação para os que estão doentes em estado de necessidade. Até que ponto vai a desumanidade dos executivos dessas empresas? Será que conseguem mesmo dormir à noite? Não possuem a menor consciência que seus atos são errados e colocam em risco a vida de muitas pessoas doentes? Eu nunca canso de me surpreender com a falta de caráter desse tipo de gente. Francis Ford Coppola, como sempre, dá show de direção. O filme tem um clima de sordidez fria que gela o sangue. Quem já teve a oportunidade de participar de alguma ação judicial vai se identificar. É um ambiente muitas vezes sórdido onde empresas poderosas defendem seus interesses escusos com pleno apoio dos magistrados - muitos deles corrompidos. E o cidadão onde fica nisso? Fica oprimido, sem chances de ver a justiça sendo feita. Roteiro, atuações e argumentos provam que quando quer Francis Ford Coppola é realmente um gênio na arte de dirigir. Uma produção que faz refletir e pensar sobre os descaminhos que um cidadão pode enfrentar ao tentar alcançar a justiça pelos meios oficiais. 

O Homem Que Fazia Chover (The Rainmaker, Estados Unidos, 1997) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Francis Ford Coppola baseado no livro de John Grisham / Elenco: Matt Damon, Danny DeVito, Claire Danes, Jon Voight, Mary Kay Place, Dean Stockwell, Teresa Wright, Virginia Madsen, Mickey Rourke / Sinopse: Advogado recém formado luta contra uma poderosa seguradora que se recusa a pagar o que deve para que a família de um jovem doente realize um tratamento médico do qual sua vida depende. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante pela atuação de Jon Voight.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas

Após o enorme sucesso de "Exterminador do Futuro 2" uma continuação era considerada certa. O que não se contava era que a franquia iria novamente encontrar problemas nos anos que viriam que fariam que o Terminator só voltasse às telas somente 12 anos depois do segundo filme! É curioso mas o que parece é que as aventuras dos bastidores dessa franquia pareciam mais agitadas que os próprios filmes. Problemas de direitos autorais, brigas judiciais, acusações e atritos se tornaram constante e a franquia foi ficando cada vez mais distante de ganhar um novo filme. De fato o projeto só ganhou força após o próprio Schwarzenegger entrar na briga e lutar para que uma nova produção fosse realizada. E qual era a razão dele querer tanto voltar ao papel que o consagrou? Simples, Schwarzenegger estava desesperado por um novo sucesso, um novo estouro nas bilheterias que recuperassem seu status de grande astro. Seus últimos filmes derrapavam nas bilheterias mostrando que o ator já não tinha o mesmo poder e cacife para garantir grandes sucessos. Além da carreira ir mal sua própria saúde inspirava cuidados (ele havia se afastado por um período das telas para se submeter a uma delicada cirurgia cardíaca). Os tempos eram outros e o ator sabia que esse era um projeto que serviria como tábua de salvação.

O problema básico de "O Exterminador do Futuro 2" é a ausência muito sentida de James Cameron na direção. Ele já havia dito ao final do filme anterior que aquele universo não lhe atrairia de novo para novos filmes. Com os problemas de bastidores a coisa ficou ainda pior. Assim ele não quis se envolver na direção dessa continuação. O escolhido para substituí-lo foi Jonathan Mostow, um nome menor em Hollywood. Sem a personalidade forte de Cameron no controle dos trabalhos o filme foi moldado e modificado ao bel prazer dos executivos do estúdio e aí a coisa desandou de vez. O filme é muito fraco. Apesar da produção cara "Exterminador do Futuro 3" jamais consegue superar aquela sensação de estarmos vendo uma produção caça níquel, sem nada de novo a dizer. O roteiro é basicamente o mesmo do filme anterior, sem novidades. A Exterminadora feminina T-X (Kristanna Loken) não empolga, nem tem carisma e é derivativa demais. Schwarzenegger também surge no controle remoto cheio de frases feitas que não são nem divertidas e nem novas - tudo soando como um prato requentado indigesto. O filme quase soterra de vez a franquia mas ainda não seria dessa vez que o Terminator seria destruído de vez nas telas de cinema. Novos sopros iriam surgir na série.

O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (Terminator 3: The Rise Of The Machines, Estados Unidos, 2003) Direção de Jonathan Mostow / Roteiro: Gale Anne Hurd / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Claire Danes, Nick Stahl, Kristanna Loken / Sinopse: Já adulto John Connor (Nick Stahl) é novamente perseguido por exterminadores vindos do futuro. Agora ele é alvo de uma exterminadora de modelo T-X que tenta assassiná-lo antes que ele lidere uma força de rebeldes contra a rebelião das máquinas no futuro.

Pablo Aluísio.