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Napoleão
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
Êxodo: Deuses e Reis
quinta-feira, 13 de julho de 2023
Casa Gucci
domingo, 21 de maio de 2023
Tormenta
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Um Bom Ano
Título Original: A Good Year
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Scott Free Productions
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Marc Klein
Elenco: Russell Crowe, Freddie Highmore, Albert Finney, Abbie Cornish, Patrick Kennedy, Richard Coyle
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Peter Mayle, o filme "Um Bom Ano" conta a história de Max Skinner (Russell Crowe), um corretor britânico de investimentos, que recebe como herança de seu tio, um vinhedo, que fez parte de sua infância. Nesse lugar ele descobre um novo estilo de vida, novos valores, uma outra visão do mundo.
Comentários:
Esse filme eu vejo como o filme em que Russell Crowe finalmente assumiu sua idade. Até então ele vinha ainda bancando o herói dos filmes de ação. Aqui sob a batuta de Ridley Scott, ele finalmente conseguiu relaxar mais, assumindo os cabelos brancos e até mesmo a barriga grande, mostrada sem problemas em diversas cenas. E o filme é muito bom. Tem um clima mesmo bem relax, valorizando a vida simples do campo. O personagem de Russell Crowe simboliza de certo modo o capitalista selvagem dos grandes centros urbanos, o sujeito que só pensa em ganhar muito dinheiro com investimentos na bolsa de valores e que de repente se vê em um lugar onde isso definitivamente não é o mais importante para ser feliz. As pessoas que moram na região onde fica o vinhedo que ele herdou do tio, são pessoas simples, mas muito mais felizes do que ele já encontrou no mundo das altas finanças, onde a ganância fala mais alto. Aliás esse é o grande ponto de vista desse roteiro, sua mensagem, vamos colocar nesses termos. A mensagem de que a vida vale por si mesma, pelos pequenos momentos, pelos bons sentimentos e não por aquilo que você tem em sua conta bancária.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
Os Vigaristas
Sua filha, que ele não vê há anos, aparece. Agora precisa morar com ele. Mas como viver ao lado de um trambiqueiro que sempre precisa estar fugindo de uma cidade para outra? Pior, como conciliar sua parceria com outro vigarista experiente, tendo a tiracolo uma garota, menor de idade? Até que Roy (Cage) percebe que pode usar a menina para "sofisticar" seus futuros golpes, afinal quem desconfiaria de uma jovem como aquela? O filme tem um cinismo ímpar e se desenvolve bem. Não é um roteiro maldoso, que vanglorie criminosos, não, apenas diverte com seus personagens cinicamente calhordas. Enfim, mais um bom filme dirigido pelo sempre interessante Ridley Scott, que aqui saiu um pouco de seu estilo habitual de fazer cinema.
Os Vigaristas (Matchstick Men, Estados Unidos, 2003) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Nicholas Griffin, baseado no romance escrito por Eric Garcia / Elenco: Nicolas Cage, Alison Lohman, Sam Rockwell, Bruce Altman / Sinopse: Roy Waller (Cage) é um vigarista que é surpreendido com a chegada de sua filha. Como conciliar sua vida bandida com uma garota como aquela? Bom, isso vai complicar tudo, até o dia em que ele chega na conclusão que ela pode sim lhe ajudar em seus golpes.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 1 de junho de 2018
Alien - O Oitavo Passageiro
O que estaria acontecendo? Uma mensagem de socorro foi captada, vindo de um planeta desconhecido. Dentro do protocolo espacial é sempre necessário responder a chamadas como essa! Erro fatal. Um parte dos astronautas pousam no planeta e encontram uma estranha nave alienígena. Dentro dela um ser desconhecido, com o peito aberto, como se algo tivesse saído violentamente de lá! Ao sondar o lugar encontram mais coisas estranhas. Ovos, com carapaça de couro, trazendo um estranha forma de vida dentro. Uma sucessão de erros só poderia acabar em uma matança sem igual.
John Hurt é o primeiro a se dar mal. Direto dos ovos uma criatura gruda em seu capacete. Ele fica em coma, mas depois de algum tempo volta ao normal. Nem adianta celebrar, porque justamente na hora da refeição da tripulação o pior acontece. A cena é clássica, com Hurt em agonia, enquanto um alien sai de sua barriga. Apesar dos efeitos analógicos da época estarem envelhecidos, o impacto ainda se mantém presente. Depois disso o monstro está livre. A parte que grudou em seu capacete era apenas uma forma parasitária, que usa o corpo do organismo parasitado, para reproduzir. O verdadeiro predador só surge depois, de dentro do corpo humano. Como eu disse, tudo já está no filme, o design da criatura (que nunca foi mudado), sua fases de reprodução e, é claro, o banho de sangue. Sim, Alien é um filme de ficção, mas também de terror, terror sangrento.
Sigourney Weaver interpreta Ripley. Logo no comecinho do filme ela é apenas uma coadjuvante dentro da tripulação. O verdadeiro comandante é o capitão Dallas. Só que ela logo mostra sua força quando bate de frente com o chefe de ciências, que na verdade é um dos maiores vilões do filme. Afinal nem um ser humano ele é, mas sim um parente próximo dos replicantes de "Blade Runner". Conforme o filme avança, a Ripley vai se tornando mais forte, mais resistente e mais importante dentro dos acontecimentos. O filme é dela, mas o diretor a deixou numa certa sombra até o momento certo. Toque de mestre. Assim Alien não perdeu seu charme inicial, mesmo sabendo que ele foi lançado há muito tempo, em 1978. O suspense e a forma como Ridley Scott conta sua história é o grande diferencial. Não é à toa que esse é considerado por muitos o melhor filme da série. Eu não ousaria discordar dessa opinião.
Pablo Aluísio.
sábado, 12 de maio de 2018
Todo o Dinheiro do Mundo
No geral é um filme frio. O único sinal de maior emoção vem da atriz Michelle Williams que interpreta a sofrida mãe do garoto sequestrado. Mais um papel de coitadinha em lágrima de Michelle! Desde que o marido dela, o ator Heath Ledger, morreu de uma overdose de drogas em 2008, os estúdios não sabem oferecer outro tipo de papel para a loira. Uma pena porque é boa atriz. Já em termos de atuação acontece o esperado. O filme é completamente roubado nesse quesito pelo veterano Christopher Plummer. Seu bilionário é um sujeito mais do que frio, é gélido, embora tente passar uma imagem simpática. O típico ricaço materialista que não está se importando em conservar muitos valores humanos. Enquanto o neto está sendo torturado em um cativeiro pelos sequestradores, que inclusive arrancam uma de suas orelhas para enviar pelo correio, o velho bilionário está se deliciando em comprar mais uma obra de arte da renascença! Essa inspirada interpretação valeu a Christopher Plummer mais uma indicação ao Oscar. Com 88 anos de idade ele acabou entrando para o Guiness Book como o ator mais velho a concorrer ao maior prêmio do cinema! Um reconhecimento merecido por seu trabalho de atuação nessa película.
Todo o Dinheiro do Mundo (All the Money in the World, Estados Unidos, Itália, 2017) Direção: Ridley Scott / Roteiro: David Scarpa, baseado no livro escrito por John Pearson / Elenco: Christopher Plummer, Michelle Williams, Mark Wahlberg, Romain Duris, Timothy Hutton, Charlie Plummer / Sinopse: John Paul Getty III (Charlie Plummer), o neto de um magnata do petróleo americano, é sequestrado em Roma. Os criminosos passam a exigir 17 milhões de dólares por sua vida, mas o velho bilionário não parece muito empenhado em pagar o resgate. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Christopher Plummer). Igualmente indicado na mesma categoria no Globo de Ouro, além de ser indicado também nas categorias de Melhor Atriz (Michelle Williams) e Melhor Direção (Ridley Scott).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Hannibal
A história é péssima. O que era sutil e elegante no primeiro filme aqui se tornou apenas grotesco. Anthony Hopkins continua perfeito em sua caracterização, mas como já escrevi, a trama não ajuda. Provavelmente o escritor Thomas Harris estava com alguma crise de criatividade quando começou a escrever esse enredo. Provavelmente pressionado pelas editoras, que cobiçavam novamente obter ótimas vendas, ele acabou escrevendo qualquer coisa, estragando de certa maneira sua própria criação. O que sobrou foi apenas uma cópia pálida e mal feita do livro original. Nem o talentoso David Mamet salvou o roteiro de ser um desastre! Diante de tudo isso o diretor Ridley Scott até tentou fazer algo, usando inclusive de uma bonita fotografia (a cargo do diretor de fotografia John Mathieson), mas no final todo esse esforço acabou sendo em vão. Fui assistir ao filme no cinema e fiquei decepcionado na época. O tempo também não ajudou em nada. Numa revisão anos depois não melhorou em nada. É uma decepção pura e simples. Apenas isso.
Hannibal (Estados Unidos, 2001) Direção: Ridley Scott / Roteiro: David Mamet e Steven Zaillian, baseados na obra original escrita por Thomas Harris / Elenco: Anthony Hopkins, Julianne Moore, Gary Oldman, Ray Liotta / Sinopse: De volta às ruas e exilado, bem distante, para evitar ser preso novamente por seus crimes, o médico e psicopata Dr. Hannibal Lecter (Hopkins) resolve se reconectar novamente com a agente Clarice Starling (Julianne Moore), criando um estranho vínculo entre ambos. Filme lançado posteriormente no box "The Hannibal Lecter Anthology" em DVD, com cenas adicionais.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de julho de 2017
Taboo
Taboo 1.01 - Episode #1.1 Nova série, uma parceria entre o canal inglês BBC e a Scott Free Productions, a produtora do diretor Ridley Scott. A estória se passa nos tempos da guerra de independência dos Estados Unidos. Depois de ser dado como morto durante uma expedição na África, o explorador e aventureiro James Keziah Delaney (Tom Hardy) ressurge em Londres para o funeral de seu pai. O velho trabalhou por anos para a Companhia das Índias orientais e numa dessas viagens ele acabou comprando um vasto território nas colônias americanas, um pedaço de terra que agora ganha especial importância por causa da guerra entre os revolucionários do novo mundo e o império britânico.
Acontece que com a morte de seu pai, James Delaney acaba herdando tudo. Isso o coloca na mira da companhia que precisa ter em mãos o controle sobre aquela propriedade de qualquer jeito. Essa nova série "Taboo" já me causou boa impressão desde esse primeiro episódio. A reconstituição de época é muito boa e o clima é de puro realismo. O personagem de Tom Hardy é um sujeito que carrega um certo mistério sobre si mesmo. Ninguém sabe ao certo como ele sobreviveu ao naufrágio de seu barco anos atrás, uma tragédia que custou a vida de todos os marinheiros. O que se sabe porém com certeza é que ele é um sujeito durão, casca grossa, que não está nada disposto a abrir mão de sua herança em prol da companhia pelo qual seu pai trabalhou. A Londres que surge nesse episódio também foi muito bem recriada, escura, suja, lotada da pior escória da sociedade. Apenas sujeitos como Delaney conseguiriam sobreviver em tamanha podridão. É sórdido, é cruel, é Taboo, uma nova série para acompanhar com olhos de lince./ Taboo 1.01 - Episode #1.1 (Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Estúdio: British Broadcasting Corporation (BBC) / Direção: Kristoffer Nyholm / Roteiro: Steven Knight, Tom Hardy / Elenco: Tom Hardy, Leo Bill, Oona Chaplin, Richard Dixon, Edward Fox, Jonathan Pryce, Nicholas Woodeson.
Taboo 1.02 - Episode #1.2
Por fim assisti também a mais um episódio de "Taboo". Essa série se passa na época da guerra de independência dos Estados Unidos. Ingleses e colonos brigam pelas terras da América. James Keziah Delaney (Tom Hardy) herda terras importantes de seu pai. Uma propriedade na fronteira que a Companhia das Índias Ocidentais cobiça. Já que ele não quer vender aquele lugar a solução encontrada é a velha execução na calada da noite. Na última cena Delaney é atacado por um desconhecido e leva uma facada, mas antes consegue também cortar a garganta de seu opositor. O sangue acaba jorrando. Eram tempos bem brutais... / Taboo 1.02 - Episode #1.2 (Estados Unidos, 2017) Direção: Kristoffer Nyholm / Roteiro: Steven Knight, Tom Hardy / Elenco: Tom Hardy, Leo Bill, Jessie Buckley.
Taboo 1.06 - Episode #1.6
A série "Taboo" vai ficando cada vez mais violenta a cada novo episódio. Como se viu nos episódios anteriores o quase insano James Keziah Delaney (Tom Hardy) resolveu fabricar pólvora numa velha propriedade nos arredores de Londres. Isso era algo proibido pela coroa na época. Delaney porém não quer saber disso. Ele quer levantar dinheiro, vendendo a pólvora para os republicanos, ao mesmo tempo em que lucra para investir na sua nova expedição com seu barco recentemente comprado em um leilão. A Londres vitoriana que surge em "Taboo" passa longe dos cartões postais. Tudo é muito sórdido, sujo, escuro pela poluição das primeiras fábricas ao redor da cidade. Além disso há muita violência e morte pelos becos e ruelas miseráveis da cidade grande. Tom Hardy, que produz e atua na série parece adorar seu personagem, principalmente pelo seu lado místico e sombrio. Nesse episódio inclusive há uma curiosa cena quando ele tem visões de sua própria mãe morta - uma espécie de alma enviada do inferno que tenta afogá-lo nas águas sujas do pântano. Não é definitivamente algo para os mais fracos! / Taboo 1.06 - Episode #1.6 (Inglaterra, 2016) Direção: Anders Engström / Roteiro: Steven Knight, Tom Hardy / Elenco: Tom Hardy, Leo Bill, Jessie Buckley.
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de maio de 2017
Alien: Covenant
O enredo é banal até dizer chega! Acompanhamos a longa viagem de uma nave de colonização chamada Covenant. Ela está levando mais de dois mil colonos para um planeta distante, bem parecido com a Terra. O único tripulante a bordo que não está em casulo e hibernação é um ser sintético denominado Walter (Michael Fassbender), Tudo transcorre muito bem, até que a nave passa por uma tempestade estelar e aí as coisas começam a dar bem errado. Para evitar um desastre maior o próprio sistema da espaçonave desperta a tripulação. O capitão está morto e um novo comandante, sem muita experiência de comando, assume. Ele é inseguro e não conta com a confiança dos demais tripulantes. Pior do que isso, ele comete um erro fatal ao desviar a nave, indo para um planeta próximo, onde um sinal foi detectado. Inicialmente o lugar parece muito adequado para a vida dos seres humanos, só que algumas coisas estranhas chamam a atenção. Entre elas a completa ausência de formas de vida. Nem pássaros, nem insetos, nada parece viver ali. O que teria acontecido?
Lendo esse pequeno resumo da estória você logo perceberá que a trama não tem nada de original. Esse tipo de enredo já foi usado à exaustão em centenas de outros filmes ao longo dos anos. E se você já viu pelo menos um filme dessa franquia Aliens já sabe que tudo é mero pretexto para criar o clima do surgimento das criaturas alienígenas. Infelizmente isso é basicamente tudo. Não existem grandes novas ideias no roteiro e nem há nada de muito interessante acontecendo. Talvez a única coisa realmente boa seja um duelo intelectual que nasce do encontro entre dois sintéticos, do mesmo modelo, mas de gerações diferentes. O mais velho criou uma consciência própria, com forte personalidade. Já o mais novo é mais isento de emoções e não contesta a superioridade dos seres humanos. Ambos são interpretados por Michael Fassbender, e vamos convir que ele está muito bem em cena. Acabou salvando o filme no quesito atuação porque o resto do elenco é bem fraco e todos os demais personagens passem longe de serem interessantes. As personagens femininas passam o tempo todo dando gritos e com cara de choro. Deu saudades da Tenente Ripley! Confesso que fiquei entediado em vários momentos, pois o roteiro tem problemas de ritmo. Some-se a isso a falta de novidades e a ausência de uma trama mais interessante e você terá realmente um quadro completo do tamanho da decepção.
Alien: Covenant (Idem, Estados Unidos, 2017) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Jack Paglen, John Logan, baseados nos personagens criados por Dan O'Bannon e Ronald Shusett / Elenco: Michael Fassbender, Katherine Waterston, Billy Crudup / Sinopse: O jovem capitão de uma nave colonizadora decide sair de sua rota para investigar um sinal de rádio que foi enviado de um planeta próximo. Ao chegar lá ele descobre que a nave Prometheus, desaparecida há anos, caiu naquele distante mundo. O pior porém ele descobrirá depois, quando uma criatura desconhecida começa a devorar todos os seus tripulantes.
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de abril de 2017
Blade Runner 2049
Já a presença de Harrison Ford no elenco infelizmente não quer dizer muita coisa. Embora ele tenha estrelado o filme original, aquela era uma época diferente em sua carreira. Dos anos 90 para cá a presença de Ford não traz mais nenhuma garantia que o filme seja bom ou promissor. Ele atuou em muitos filmes caça-níqueis, alguns deles até constrangedores. Por isso não me anima nada vê-lo no trailer. Agora pior mesmo é saber que Ridley Scott não estará na direção. Ele apenas será o produtor executivo desse novo filme. Isso pode ser um sinal ruim.
O estúdio resolveu entregar a direção para o canadense Denis Villeneuve. E quem é ele? Bom, em termos de ficção ele dirigiu um filme recente que foi extremamente elogiado pela crítica, "A Chegada". Também dirigiu o bom " Sicario: Terra de Ninguém". Assim como Ryan ele não costuma participar de projetos meramente oportunistas. Assim, no final dessa balança de expectativas, temos coisa boas e ruins nos dois lados. Se o filme vai ser mesmo um marco ou apenas um blockbuster que pediu emprestado o nome de um clássico, só o tempo dirá. O filme tem data de estreia marcada para outubro.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de abril de 2017
Alien: Covenant
Alien: Covenant (Alien: Covenant, Estados Unidos, 2017) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: Ridley Scott / Roteiro: Ronald Shusett / Elenco: Michael Fassbender, Katherine Waterston, Billy Crudup / Custo de produção: 97 milhões de dólares / Data de Estreia: 17 de maio de 2017 / Sinopse: Mais um exemplar da franquia cinematográfica de sucesso "Aliens".
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Perdido em Marte
Título Original: The Martian
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Drew Goddard, Andy Weir
Elenco: Matt Damon, Jessica Chastain, Jeff Daniels, Sean Bean, Michael Peña, Chiwetel Ejiofor, Kristen Wiig
Sinopse:
Durante uma expedição ao planeta vermelho Marte, um astronauta americano chamado Mark Watney (Matt Damon) é deixado para trás por sua tripulação após a nave exploradora ser atingida por uma imensa tempestade de areia. Dado como morto, ele precisa sobreviver no inóspito planeta contando apenas com recursos limitados de água, comida e oxigênio. Seu objetivo é ficar vivo até a chegada de uma improvável missão de resgate. Roteiro baseado no livro de ficção de Andy Weir.
Comentários:
Pessoalmente eu não gosto da tecnologia 3D. Em minha opinião ela atrapalha mais do que ajuda ao espectador na imersão do que se vê na tela. Há filmes porém que valem a pena o esforço. "The Martian" é um deles. A riqueza de detalhes do mundo marciano fica bem melhor em 3D, o que já era de se imaginar. Além disso esse é um filme que conta com ótimos efeitos visuais que podem ser bem apreciados nesse formato. O roteiro também me agradou bastante principalmente pela escolha de seguir por um caminho mais centrado na ciência. Certamente há boas cenas de ação e aventura, mas esse não é ponto focal da história. A premissa básica se concentra em um astronauta esquecido em Marte e a maneira que ele deverá encontrar para sobreviver em um mundo tão estéril e hostil como aquele. Sua salvação acaba vindo do fato dele ser um especialista em botânica, assim seu conhecimento é usado nas inúmeras tentativas de se criar uma pequena horta de alimentos dentro da base espacial a que fica recluso. Como Marte anda na moda por causa das várias missões robóticas que a NASA tem enviado para lá, o diretor Ridley Scott contou com a opinião de vários especialistas, cientistas que estão procurando há anos soluções para problemas que serão enfrentados numa futura viagem a Marte. Talvez o público mais jovem possa até vir a se aborrecer com o ritmo do filme por causa disso, mas quem estiver em busca de um filme inteligente e mais coerente sobre o que possivelmente venha a acontecer com uma viagem tripulada naquele planeta certamente vai gostar do resultado.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Thelma & Louise
Não é complicado de entender que a fórmula e o segredo do filme se concentram justamente nisso, nessa situação de dar um basta a uma vida de fachada, infeliz e reprimida, para finalmente buscar o que se deseja, sair pelo mundo em busca de aventuras e ser feliz de uma vez por todas. Some-se a isso a bela atuação da dupla Susan Sarandon e Geena Davis e você entenderá porque afinal o filme fez tanto sucesso. De quebra ainda trouxe um jovem Brad Pitt, ainda desconhecida na época, como um cowboy sensual que seduz uma delas. Que mulher não ficaria extasiada com algo assim? A sociedade muitas vezes massacra a posição da mulher, geralmente a colocando numa situação de submissão e repressão. O enredo de "Thelma & Louise" funcionava justamente como uma válvula de escape para tudo isso. Olhando sob esse ponto de vista realmente o resultado foi acima das expectativas.
Thelma & Louise (Thelma & Louise, Estados Unidos, 1991) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Callie Khouri / Elenco: Susan Sarandon, Geena Davis, Harvey Keitel, Brad Pitt, Michael Madsen / Sinopse: Thelma (Geena Davis) e Louise (Susan Sarandon) são duas amigas que resolvem dar uma guinada na vida. Cansadas de seus relacionamentos ruins e doentios elas resolvem pegar a estrada, buscando por aventuras na rota 66. Filme vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original (Callie Khouri). Também indicado na categorias de Melhor Atriz (Susan Sarandon e Geena Davis, ambas indicadas), Direção, Fotografia e Edição. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Perdido em Marte
O filme tem problemas de lógica. Aqui vai alguns furos do roteiro - e contém spoilers. Em resumo: Matt Damon e seu eterno jeito de adolescente baby face fica em Marte após uma tempestade épica. Seus companheiros de missão vão embora e ele fica para trás, enterrado na areia. Pior do que isso, sua barriga foi perfurada por um pedaço de metal. Bom, sabemos que naquele ambiente radioativo isso seria morte certa, mas vamos relevar, afinal de contas ele se recupera bem rapidinho (absurdo 1). Seguindo em frente... Ele volta ferido para a estação e lá encontra tudo o que precisa para sobreviver, menos comida que tem em estoque limitado. Para viver até que uma missão de resgate venha lhe salvar ele precisa fazer como Quincas Borba e plantar batatas numa hortinha improvisada dentro da estação (absurdo 2: aquela terra cheia de radiação jamais seria adequada para a germinação de qualquer tipo de alimento viável). Embora esteja em uma estação espacial de última tecnologia ele não tem como se comunicar com a Terra (absurdo 3, que nunca é explicado direito, como um equipamento daquele não possui um único rádio primitivo?). Para achar um modo de comunicação ele então vai atrás de uma antiga sonda, a Mars Pathfinder (absurdo 4 - como ele achou um equipamento pequeno daqueles em um planeta daquela dimensão?). Por fim no momento do resgate ele entra em órbita com uma nave adaptada, sem nariz (é sério!) e com uma lona cobrindo tudo (absurdo dos absurdos, não merece nem comentários). No final fica aquela sensação de ter visto algo que parece sério, mas não é! Parece científico, mas também não é! Pelo menos parece divertido... e pelo menos nesse ponto é de fato mesmo. Se eu gostei do filme? Bom, depende do que você espera ver. Se for apenas para levar a gurizada para o cinema até que não chega a dar dor de barriga. Agora se você estiver em busca de algo bom de verdade é melhor desistir de Marte porque no cinema americano o planeta vermelho realmente não dá muito certo mesmo. Melhor os produtores tentarem algo em Plutão da próxima vez...
Perdido em Marte (The Martian, Estados Unidos, 2015) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Drew Goddard / Elenco: Matt Damon, Jessica Chastain, Kristen Wiig / Sinopse: Um astronauta fica perdido em Marte durante uma expedição. E ele terá que sobreviver de alguma forma. Sua plantação de batatas pode significar vida ou morte naquele distante e hostil planeta.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
1492 - A Conquista do Paraíso
Título Original: 1492 - Conquest of Paradise
Ano de Produção: 1992
País: França, Espanha
Estúdio: Gaumont, Légende Entreprises, France 3 Cinéma
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Rose Bosch
Elenco: Gérard Depardieu, Armand Assante, Sigourney Weaver, Frank Langella
Sinopse:
Cristovão Colombo (Gérard Depardieu) é um aventureiro e navegador que tem uma ideia que ele considera genial. Para atingir as cobiçadas Índias orientais bastaria navegar na direção oposta, ou seja para o ocidente, pois Colombo tinha plena certeza e convicção que a Terra seria na realidade redonda e não plana como era acreditado em sua época. Para dar suporte a sua ousada expedição porém Colombo precisa antes convencer o casal de monarcas Isabel e Fernando para financiar sua volta ao mundo pelos oceanos.
Comentários:
Em 1992 o mundo celebrou os 500 anos da chegada de Cristovão Colombo no Novo Mundo. Sua visão à frente de seu tempo, sua coragem e determinação pessoal, certamente daria origem a um grande filme. "1492 - Conquest of Paradise" porém se mostra apenas razoável, o que me deixou realmente perplexo na época que o assisti pela primeira vez, uma vez que a direção havia sido entregue para o genial Ridley Scott. Mas afinal de contas o que deu errado? Olhando-se para trás podemos compreender que nem sempre um grande evento histórico dá origem a grandes filmes. O maior problema desse épico é justamente sua falta de vocação para ser um filme épico ao velho estilo, com cenas deslumbrantes e momentos impactantes. Scott não soube muito bem posicionar sua história. O clímax do enredo deveria ter sido a chegada de Colombo na América, ao colocar seus pés triunfantes numa praia selvagem de águas cristalinas, porém o cineasta perdeu uma boa oportunidade de ser conciso e eficiente e acabou se alongando demais na história, indo um pouco longe demais. Detalhes históricos demais envolvendo política e intrigas palacianas também prejudicaram o impacto que a obra deveria ter. Claro que Ridley Scott continuou com seu talento para realizar grandes imagens, porém até isso acabou sendo pulverizado por um texto que explora aspectos demais para apenas um filme (talvez se fosse uma série a coisa seria melhor digerida e desenvolvida). Do jeito que ficou a fita se tornou em muitos momentos entediante, o que é simplesmente inadmissível de acontecer em um enredo de aventuras como esse. Talvez em uma próxima ocasião acertem a mão, fazendo jus ao legado histórico dessa grande figura chamada Cristovão Colombo.
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de fevereiro de 2015
Perigo na Noite
Título Original: Someone to Watch Over Me
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Howard Franklin
Elenco: Tom Berenger, Mimi Rogers, Lorraine Bracco
Sinopse:
Mike Keegan (Tom Berenger) é um detetive do departamento de homicídios que acaba se apaixonando por uma testemunha de um crime brutal. Ela é a socialite Claire Gregory (Mimi Rogers), uma mulher rica e elegante, mas também sensual, que acaba abalando Keegan pois além de haver um choque de interesses na investigação que ele realiza há um aspecto em sua vida pessoal que poderá fazer tudo a perder, pois ele é casado. Filme indicado no Festival Fantasporto na categoria de Melhor Direção. Também indicado ao prêmio da American Society of Cinematographers.
Comentários:
Nessa produção o cineasta Ridley Scott resolveu aproveitar novamente a estética visual que havia utilizado em seu clássico "Blade Runner". Uma forma de trazer um pouco do cinema noir clássico para os nossos dias. O filme assim se revela bem interessante do ponto de vista da fotografia e da direção de arte. Infelizmente no resto não se sai tão bem. O romance entre o tira e a testemunha que deveria proteger fica no meio tom entre o chato e o previsível. O ator Tom Berenger, que vinha em um ótimo momento na carreira após o sucesso de "Platoon" de Oliver Stone, nem sempre se mostra em cena como a decisão acertada para esse papel. Ele funciona plenamente nas cenas de ação e tiros, porém nos momentos mais dramáticos e sensuais falha consideravelmente. Fruto de sua imagem nas telas, a do sujeito durão, no limite, prestes a explodir em fúria. Esse tipo de coisa não combina muito bem com um policial investigador caindo de amores por alguém. De qualquer maneira o filme ainda vale a pena, principalmente por causa do talento de Ridley Scott, que sempre conseguiu transformar suas películas em verdadeiras obras de arte visuais.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de abril de 2014
Cruzada
Título Original: Kingdom of Heaven
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Ridley Scott
Roteiro: William Monahan
Elenco: Orlando Bloom, Eva Green, Liam Neeson, Jeremy Irons, Liam Neeson, Alexander Siddig
Sinopse:
Produção de 130 milhões de dólares que recria o contexto histórico das grandes cruzadas quando a Igreja, unida aos nobres europeus da idade média, resolveram libertar Jerusalém e a Terra Santa das mãos dos muçulmanos infiéis. Para isso foi formado um exército que rumou em direção à cidade onde travou-se uma verdadeira batalha pela posse da região.
Comentários:
Muita gente não gostou desse "Cruzada". Eu até entendo a razão. Afinal de contas o filme era dirigido por Ridley Scott e só esse fato já levava muitos a pensarem que teríamos pela frente algo parecido com "Gladiador" ou até mesmo "Falcão Negro em Perigo". Trocando em miúdos, muitos pensaram que iriam assistir a um filme com muita adrenalina, só que passada na Idade Média. Quando chegaram ao cinema se depararam com um roteiro cheio de detalhes, mostrando intrigas políticas envolvendo os cruzados. Certamente não é aquele tipo de produção que você vai ver os cavaleiros templários em batalhas sem fim contra os muçulmanos. Há uma preocupação legítima do roteiro em explicar o contexto histórico onde tudo se desenvolveu. Talvez por essa razão muita gente achou o filme simplesmente chato. Não foi o meu caso. Gosto bastante de história e ver um texto assim tão caprichoso em mostrar aqueles eventos me deixou muito satisfeito - e até surpreendido! O filme só não é uma obra prima por causa do elenco que tem suas falhas. Tentaram alçar o inexpressivo Orlando Bloom ao estrelato mas aqui ele prova porque nunca virou um astro. Ainda bem que temos atores do porte de um Jeremy Irons para salvar tudo do mero ordinário. É um filme diferente de Ridley Scott mas muito bom no saldo final, apesar de certos tropeços. Vale a pena conferir.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de março de 2014
Hannibal
Título Original: Hannibal
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Universal Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Thomas Harris, David Mamet
Elenco: Anthony Hopkins, Julianne Moore, Gary Oldman
Sinopse:
A continuação da saga de Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), o canibal assassino. Ele agora está na Itália, trabalhando como curador em um museu. Clarice Starling (Julianne Moore), a agente do FBI a quem ele ajudou a prender um assassino em série, foi colocada no comando de uma operação, mas quando um de seus homens é encurralado ela precisa assumir todas as responsabilidades. Para piorar uma das vítimas de Lecter resolve usar a agente para atrair o famoso psicopata de volta aos Estados Unidos. O jogo de vida ou morte está prestes a começar.
Comentários:
Esse foi o segundo filme com o famoso personagem interpretado pelo ótimo ator Anthony Hopkins. As expectativas eram grandes, afinal "O Silêncio dos Inocentes" tinha sido tão bom, tão bem recebido pela crítica e público. O que poderia dar errado? Pois é, deu errado mesmo. Esse segundo filme não é bom. Em minha opinião aliás é bem ruim, não tenho receios de dizer. Entretanto não culpo os realizadores do filme, os atores, roteiristas, etc. Eu culpo o autor do livro original. A história já era ruim no livro - então o filme estava mesmo condenado. Se o material original é ruim, o que fazer? Não tem salvação. Há inclusive uma cena do Dr. Lecter praticamente fazendo uma refeição no cérebro aberto de uma vítima que me fez cair a ficha sobre a ruindade de tudo. Esse é um daqueles filmes que decepcionara muito quem esperava por um bom segundo filme. Ruim mesmo!
Pablo Aluísio.