Título Original: The Man Who Loved Cat Dancing
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Richard C. Sarafian
Roteiro: Marilyn Durham, Eleanor Perry
Elenco: Burt Reynolds, Sarah Miles, Lee J. Cobb
Sinopse:
Catherine Crocker (Sarah Miles) é uma jovem esposa que após uma briga com o marido decide viajar sozinha pelo deserto. Má ideia. Logo ela acaba sequestrada por um grupo de bandoleiros e assaltantes de trens e bancos comandados por Jay Grobart (Burt Reynolds), ex-tenente da cavalaria que agora ganha a vida praticando crimes no velho oeste americano. A convivência entre ambos acabará criando uma relação de amor e ódio entre eles.
Comentários:
Um bom western que anda meio esquecido. Foi lançado em um dos momentos mais bem sucedidos da carreira de Burt Reynolds, que nos anos seguintes conseguiria se tornar um dos atores mais bem pagos de Hollywood, colecionando sucessos de bilheteria. Aqui ele contracena com a atriz inglesa Sarah Miles (que havia sido indicada ao Oscar dois anos antes por "A Filha de Ryan"). A diferença cultural entre um fora-da-lei do oeste selvagem, seus modos rudes e diretos e uma dama britânica de modos finos e elegantes mantém o interesse do filme até o fim. Se os opostos se atraem ou não, no final não importa muito, pois o roteiro procurava se desenvolver justamente em cima desse verdadeiro choque cultural existente entre o casal. Bem produzido, contando com um elenco de apoio muito bom - incluindo aí o sempre competente Lee J. Cobb - o filme marca uma época em que os faroestes procuravam por outros caminhos, não se apoiando apenas em tiroteios e cenas de ação, mas também no desenvolvimento maior dos personagens em cena, valorizando cada menor detalhe do lado mais humano de suas personalidades. E isso certamente ajuda muito no resultado final. Enfim, temos aqui um bom western que inclusive chegou a ser lançado no Brasil no mercado de vídeo VHS durante os anos 1980 pelo selo Video Arte.
Pablo Aluísio.
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terça-feira, 2 de janeiro de 2024
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
Golpe Baixo
Título Original: The Longest Yard
Ano de Lançamento: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Aldrich
Roteiro: Tracy Keenan Wynn, Albert S. Ruddy
Elenco: Burt Reynolds, Eddie Albert, Ed Lauter, Michael Conrad, James Hampton, Harry Caesar
Sinopse
Um popular e excelente jogador de futebol americano acaba indo parar na prisão estadual. Uma vez lá, decide entrar para o time dos prisioneiros, o que muda a rotina da penitenciária e também a forma como a mídia lida com essa questão. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor Edição (Michael Luciano).
Comentários:
Esse filme foi lançado em uma época em que o Burt Reynolds era considerado um verdadeiro astro em Hollywood. Ele era apontado pelo público feminino como o mais másculo e viril galã do cinema americano! E os produtores, sabendo disso, apelavam, colocando Burt sem camisa e em poses provocantes em praticamente todos os posters de seus filmes! De qualquer forma, o fato é que essa é uma boa película em sua filmografia. Tem boa história, bom ritmo e principalmente uma edição de primeira, que inclusive foi indicada ao Oscar. Não fez muito sucesso no Brasil porque o público brasileiro nunca gostou de filmes com futebol americano, mesmo que no caso aqui esse fosse um detalhe meio secundário. Já na televisão o filme virou um campeão de reprises, principalmente na Sessão da Tarde, em plenos anos 80. Enfim, um bom passatempo, nada demais, mas que acabou rendendo um remake anos depois. Quem diria...
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de março de 2021
Cidade Ardente
Título no Brasil: Cidade Ardente
Título Original: City Heat
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Benjamin
Roteiro: Blake Edwards
Elenco: Clint Eastwood, Burt Reynolds, Jane Alexander, Madeline Kahn, Rip Torn, Irene Cara
Sinopse:
O investigador particular Mike Murphy (Burt Reynolds) e o tenente da polícia Speer (Clint Eastwood), antes parceiros, agora inimigos ferrenhos, relutantemente se unem para investigar um assassinato. Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria de pior ator (Burt Reynolds).
Comentários:
A ideia inicial era boa, realmente boa. Reunir em um mesmo filme os astros Clint Eastwood e Burt Reynolds. Tinha tudo para dar certo. Só que o estúdio escolheu o roteiro errado e o diretor errado para conduzir essa união de grandes astros de filmes de ação. O roteirista era Blake Edwards, conhecido por seus filmes ao estilo comédia pastelão. O diretor era Richard Benjamin, mais conhecido por suas comédias familiares. O que esses dois tinham a ver com Clint Eastwood? Nada, absolutamente nada. Por isso o resultado ficou fraco demais. Nunca foi a praia de Clint tentar fazer comédia. Aliás essa coisa de colocar atores conhecidos por interpretar personagens durões em filmes de ação para fazer comédia nunca deu certo em Hollywood, em época nenhuma. Sempre vira um constrangimento, uma vergonha alheia. E por essa razão esse filme afundou feito o Titanic. Foi massacrado pela crítica da época e o público ignorou completamente. Fracasso comercial, foi a primeira e única tentativa de Clint Eastwood em seguir por esse caminho. Pelo visto ele percebeu que era uma tremenda furada.
Pablo Aluísio.
Título Original: City Heat
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Benjamin
Roteiro: Blake Edwards
Elenco: Clint Eastwood, Burt Reynolds, Jane Alexander, Madeline Kahn, Rip Torn, Irene Cara
Sinopse:
O investigador particular Mike Murphy (Burt Reynolds) e o tenente da polícia Speer (Clint Eastwood), antes parceiros, agora inimigos ferrenhos, relutantemente se unem para investigar um assassinato. Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria de pior ator (Burt Reynolds).
Comentários:
A ideia inicial era boa, realmente boa. Reunir em um mesmo filme os astros Clint Eastwood e Burt Reynolds. Tinha tudo para dar certo. Só que o estúdio escolheu o roteiro errado e o diretor errado para conduzir essa união de grandes astros de filmes de ação. O roteirista era Blake Edwards, conhecido por seus filmes ao estilo comédia pastelão. O diretor era Richard Benjamin, mais conhecido por suas comédias familiares. O que esses dois tinham a ver com Clint Eastwood? Nada, absolutamente nada. Por isso o resultado ficou fraco demais. Nunca foi a praia de Clint tentar fazer comédia. Aliás essa coisa de colocar atores conhecidos por interpretar personagens durões em filmes de ação para fazer comédia nunca deu certo em Hollywood, em época nenhuma. Sempre vira um constrangimento, uma vergonha alheia. E por essa razão esse filme afundou feito o Titanic. Foi massacrado pela crítica da época e o público ignorou completamente. Fracasso comercial, foi a primeira e única tentativa de Clint Eastwood em seguir por esse caminho. Pelo visto ele percebeu que era uma tremenda furada.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de julho de 2020
Desta Vez te Agarro
Título no Brasil: Desta Vez te Agarro
Título Original: Smokey and the Bandit II
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Hal Needham
Roteiro: Hal Needham
Elenco: Burt Reynolds, Jackie Gleason, Jerry Reed, Dom DeLuise, Sally Field, Paul Williams
Sinopse:
O destemido Bandit (Burt Reynolds) faz outra corrida com seu carrão envenenado, agora rompendo todos os limites, transportando um elefante da Flórida para o Texas. E mais uma vez acaba sendo perseguido pelo xerife Buford T. Justice (Jackie Gleason) que jura pegá-lo nas estradas.
Comentários:
Continuação de Agarra-me se Puderes (1977). É a tal coisa, se o primeiro fez sucesso, rendeu ótima bilheteria, por que iriam desperddiçar a chance de levar a franquia em frente? E as coisas não iriam parar por aqui pois um terceiro filme seria realizado alguns anos depois, Agora Você Não Escapa (1983). A bem da verdade nenhum desses filmes foi grande coisa, mas eram produções adoradas pelo público que ia ao cinema nos anos 1970, 1980. O Burt Reynolds era um astro nessa época, lotando cinemas e causando alvoroço por onde passava. Esse filme em especial não tem grande diferença do primeiro a não ser um enorme elefante (isso mesmo, um elefante) que o protagonista tenta levar de um estado para o outro. E ele tem apenas 3 dias para cumprir essa verdadeira façanha. Enfim, assista e mate saudades das antigas sessões da tarde. É coisa antiga, mas que ainda diverte. E misturando com nostalgia funciona ainda melhor.
Pablo Aluísio.
Título Original: Smokey and the Bandit II
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Hal Needham
Roteiro: Hal Needham
Elenco: Burt Reynolds, Jackie Gleason, Jerry Reed, Dom DeLuise, Sally Field, Paul Williams
Sinopse:
O destemido Bandit (Burt Reynolds) faz outra corrida com seu carrão envenenado, agora rompendo todos os limites, transportando um elefante da Flórida para o Texas. E mais uma vez acaba sendo perseguido pelo xerife Buford T. Justice (Jackie Gleason) que jura pegá-lo nas estradas.
Comentários:
Continuação de Agarra-me se Puderes (1977). É a tal coisa, se o primeiro fez sucesso, rendeu ótima bilheteria, por que iriam desperddiçar a chance de levar a franquia em frente? E as coisas não iriam parar por aqui pois um terceiro filme seria realizado alguns anos depois, Agora Você Não Escapa (1983). A bem da verdade nenhum desses filmes foi grande coisa, mas eram produções adoradas pelo público que ia ao cinema nos anos 1970, 1980. O Burt Reynolds era um astro nessa época, lotando cinemas e causando alvoroço por onde passava. Esse filme em especial não tem grande diferença do primeiro a não ser um enorme elefante (isso mesmo, um elefante) que o protagonista tenta levar de um estado para o outro. E ele tem apenas 3 dias para cumprir essa verdadeira façanha. Enfim, assista e mate saudades das antigas sessões da tarde. É coisa antiga, mas que ainda diverte. E misturando com nostalgia funciona ainda melhor.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo, mas Tinha Medo de Perguntar
Título no Brasil: Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo, mas Tinha Medo de Perguntar
Título Original: Everything You Always Wanted to Know About Sex * But Were Afraid to Ask
Ano de Produção: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Gene Wilder, John Carradine, Tony Randall, Burt Reynolds, Anthony Quayle
Sinopse:
Woody Allen interpreta diversos personagens (Victor / Fabrizio / The Fool / Sperm) que vão surgindo em várias sequências relativamente independentes e muito divertidas. O fio de ligação entre elas vem de perguntas, dúvidas, que todos têm sobre o sexo! De onde surgem os bebês? O que é masturbação? etc.
Comentários:
Da série "Os maiores títulos de filmes da história", daqueles que eram impossíveis de colocar nas marquises dos cinemas da época. Sim, "Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo, mas Tinha Medo de Perguntar" já era divertido no título. "Um absurdo!" - muitos disseram em seu lançamento. Na verdade aqui Woody Allen realizou um de seus filmes mais engraçados. O que serviu de inspiração foi um livro de sexologia que ele comprou em Nova Iorque. Era algo didático, mas o nome do livro era pura apelação. Assim Allen decidiu que iria fazer uma adaptação para o cinema, mas não uma adaptação qualquer e sim uma sátira, um sucessão de gags irônicas sobre as principais dúvidas que as pessoas tinham sobre sexo. Assim cada pergunta abre uma brecha para uma sequência de pura nonsense, puro absurdo do humor mais insano. De certa forma esse filme acabou virando um estigma, um modelo, de filme que prioriza mais o humor puro do que as conversas do tipo "cabeça", que iriam ser comuns nos seus filmes seguintes. Duas sequências se destacam no roteiro. Na primeira, sempre lembrada até hoje, o próprio Woody Allen interpreta um esperma, pronto para nadar e tentar vencer a prova, a corrida para entrar no óvulo. Enquanto ele se prepara aparecem várias inseguranças. Em outra, muito divertida, ele é perseguido por um seio feminino gigante pelas ruas da cidade. Assim cada dúvida é estopim para mais uma sequência, sem seguir uma história narrativa linear. Quem ganha é o espectador. O riso (inteligente) se torna fácil e farto.
Pablo Aluísio.
Título Original: Everything You Always Wanted to Know About Sex * But Were Afraid to Ask
Ano de Produção: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Gene Wilder, John Carradine, Tony Randall, Burt Reynolds, Anthony Quayle
Sinopse:
Woody Allen interpreta diversos personagens (Victor / Fabrizio / The Fool / Sperm) que vão surgindo em várias sequências relativamente independentes e muito divertidas. O fio de ligação entre elas vem de perguntas, dúvidas, que todos têm sobre o sexo! De onde surgem os bebês? O que é masturbação? etc.
Comentários:
Da série "Os maiores títulos de filmes da história", daqueles que eram impossíveis de colocar nas marquises dos cinemas da época. Sim, "Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo, mas Tinha Medo de Perguntar" já era divertido no título. "Um absurdo!" - muitos disseram em seu lançamento. Na verdade aqui Woody Allen realizou um de seus filmes mais engraçados. O que serviu de inspiração foi um livro de sexologia que ele comprou em Nova Iorque. Era algo didático, mas o nome do livro era pura apelação. Assim Allen decidiu que iria fazer uma adaptação para o cinema, mas não uma adaptação qualquer e sim uma sátira, um sucessão de gags irônicas sobre as principais dúvidas que as pessoas tinham sobre sexo. Assim cada pergunta abre uma brecha para uma sequência de pura nonsense, puro absurdo do humor mais insano. De certa forma esse filme acabou virando um estigma, um modelo, de filme que prioriza mais o humor puro do que as conversas do tipo "cabeça", que iriam ser comuns nos seus filmes seguintes. Duas sequências se destacam no roteiro. Na primeira, sempre lembrada até hoje, o próprio Woody Allen interpreta um esperma, pronto para nadar e tentar vencer a prova, a corrida para entrar no óvulo. Enquanto ele se prepara aparecem várias inseguranças. Em outra, muito divertida, ele é perseguido por um seio feminino gigante pelas ruas da cidade. Assim cada dúvida é estopim para mais uma sequência, sem seguir uma história narrativa linear. Quem ganha é o espectador. O riso (inteligente) se torna fácil e farto.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Crime e Paixão
Título no Brasil: Crime e Paixão
Título Original: Hustle
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Aldrich
Roteiro: Steve Shagan
Elenco: Burt Reynolds, Catherine Deneuve, Ernest Borgnine, Ben Johnson, Paul Winfield, Eileen Brennan
Sinopse:
Após a morte suspeita de uma bela e jovem garota de Los Angeles, o departamento de polícia da cidade escala um detetive para investigar o caso. Oficialmente o caso aponta para um suposto suídidio, mas será que isso realmente aconteceu? O que ele descobre acaba deixando todos surpresos.
Comentários:
Durante os anos 70 a carreira do ator Burt Reynolds no cinema foi uma sucessão de filmes de sucesso. Ele parecia se tornar o "astro da década" com seu estilo mais machão, com bigode e camisa aberta. Hoje em dia esse tipo de imagem soa até bem brega, mas naquela década do disco fazia muito sucesso, principalmente entre as mulheres. No fim da vida (ele faleceu em 2018) sua história se tornou um pouco trágica. Ele fez plásticas mal sucedidas, que deformaram seu rosto e o antigo astro entrou numa maré baixa, fazendo filmes bem ruins. Esqueça esse final melancólico de trajetória pessoal e procure curtir esse "Crime e Paixão". Certo, ficou um pouco datado pelo tempo, mas o curioso é que até funciona bem hoje em dia como diversão nostálgica. Burt Reynolds estava tão em alta que até o estúdio Paramount decidiu importar uma estrela da Europa para contracenar com ele. Usando vestidos generosos em decotes, a linda Catherine Deneuve é sem dúvida uma das boas razões para rever essa produção.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hustle
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Aldrich
Roteiro: Steve Shagan
Elenco: Burt Reynolds, Catherine Deneuve, Ernest Borgnine, Ben Johnson, Paul Winfield, Eileen Brennan
Sinopse:
Após a morte suspeita de uma bela e jovem garota de Los Angeles, o departamento de polícia da cidade escala um detetive para investigar o caso. Oficialmente o caso aponta para um suposto suídidio, mas será que isso realmente aconteceu? O que ele descobre acaba deixando todos surpresos.
Comentários:
Durante os anos 70 a carreira do ator Burt Reynolds no cinema foi uma sucessão de filmes de sucesso. Ele parecia se tornar o "astro da década" com seu estilo mais machão, com bigode e camisa aberta. Hoje em dia esse tipo de imagem soa até bem brega, mas naquela década do disco fazia muito sucesso, principalmente entre as mulheres. No fim da vida (ele faleceu em 2018) sua história se tornou um pouco trágica. Ele fez plásticas mal sucedidas, que deformaram seu rosto e o antigo astro entrou numa maré baixa, fazendo filmes bem ruins. Esqueça esse final melancólico de trajetória pessoal e procure curtir esse "Crime e Paixão". Certo, ficou um pouco datado pelo tempo, mas o curioso é que até funciona bem hoje em dia como diversão nostálgica. Burt Reynolds estava tão em alta que até o estúdio Paramount decidiu importar uma estrela da Europa para contracenar com ele. Usando vestidos generosos em decotes, a linda Catherine Deneuve é sem dúvida uma das boas razões para rever essa produção.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de abril de 2018
Mafiosos em Apuros
O elenco é bom, mas o filme não decola em nenhum momento. Eu gosto bastante do tipo de humor que Richard Dreyfuss faz (ou fazia já que ele hoje em dia está praticamente aposentado). O problema é que sem um bom diretor por trás, nada funciona direito. O diretor Michael Dinner é muito fraco, burocrático, praticamente sem personalidade. Assim o Richard Dreyfuss fez o que quis. Sem amarras caiu em mil e uma armadilhas, exagerando nos cacoetes, afundando em seus próprios maneirismos.
Legal mesmo seria rever Burt Reynolds em forma, novamente em uma boa comédia. Pouca gente sabe, mas ele chegou a ser um dos dez atores mais bem pagos de Hollywood nos anos 70, principalmente por causa de "Agarra-me se Puderes" e suas continuações. O tempo passou e a carreira declinou. Depois de várias plásticas (péssimas, por sinal) tentou uma reviravolta, mas nunca conseguiu. Nesse filme esquecível aqui ele também não voltou a se achar em cena. Enfim, tudo pode ser resumido mesmo na primeira linha dessa resenha. É um filme com bom elenco que simplesmente não funciona. Uma pena...
Mafiosos em Apuros (The Crew, Estados Unidos, 2000) Direção: Michael Dinner / Roteiro: Barry Fanaro / Elenco: Richard Dreyfuss, Burt Reynolds, Dan Hedaya, Carrie-Anne Moss, Jennifer Tilly / Sinopse: Grupo de mafiosos do passado, aposentados e vivendo em um retiro para idosos de Palm Beach, na Flórida, decidem forjar um crime para que os imóveis onde moram sejam desvalorizados, evitando assim que sejam despejados do lugar.
Pablo Aluísio.
Legal mesmo seria rever Burt Reynolds em forma, novamente em uma boa comédia. Pouca gente sabe, mas ele chegou a ser um dos dez atores mais bem pagos de Hollywood nos anos 70, principalmente por causa de "Agarra-me se Puderes" e suas continuações. O tempo passou e a carreira declinou. Depois de várias plásticas (péssimas, por sinal) tentou uma reviravolta, mas nunca conseguiu. Nesse filme esquecível aqui ele também não voltou a se achar em cena. Enfim, tudo pode ser resumido mesmo na primeira linha dessa resenha. É um filme com bom elenco que simplesmente não funciona. Uma pena...
Mafiosos em Apuros (The Crew, Estados Unidos, 2000) Direção: Michael Dinner / Roteiro: Barry Fanaro / Elenco: Richard Dreyfuss, Burt Reynolds, Dan Hedaya, Carrie-Anne Moss, Jennifer Tilly / Sinopse: Grupo de mafiosos do passado, aposentados e vivendo em um retiro para idosos de Palm Beach, na Flórida, decidem forjar um crime para que os imóveis onde moram sejam desvalorizados, evitando assim que sejam despejados do lugar.
Pablo Aluísio.
domingo, 18 de setembro de 2016
Joe, o Pistoleiro Implacável
Título no Brasil: Joe, o Pistoleiro Implacável
Título Original: Navajo Joe
Ano de Produção: 1966
País: Itália, Espanha
Estúdio: Dino de Laurentiis Cinematografica
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Ugo Pirro, Piero Regnoli
Elenco: Burt Reynolds, Aldo Sambrell, Nicoletta Machiavelli, Fernando Rey, Tanya Lopert
Sinopse:
Após um brutal massacre envolvendo todos os seus familiares e amigos de sua tribo, o nativo conhecido apenas como Navajo Joe (Burt Reynolds) resolve partir para uma vingança sangrenta, procurando todos os responsáveis pelas mortes de todas aquelas mulheres, idosos e crianças inocentes. Seu sede de justiça e vingança não tardará a ser saciada.
Comentários:
Um western spaghetti estrelado pelo ator Burt Reynolds? Pois é, no mínimo curioso. Outro aspecto que chama a atenção é que o filme foi dirigido pelo mestre Sergio Corbucci, considerado um dos cineastas mais talentosos dessa fase do cinema europeu. Esse aliás foi seu segundo filme a ser rodado depois do grande sucesso de "Django" um ano antes. Ele vinha da realização de outro sucesso chamado "Ringo e Sua Pistola de Ouro", estrelado por Mark Damon e por essa razão havia uma certa expectativa nessa produção. "Navajo Joe" tem uma produção bem melhor do que a dos filmes anteriores. Isso porque Sergio Corbucci assinou com os estúdios pertencentes ao mega produtor Dino de Laurentiis. Todos os cinéfilos bem sabem que Dino podia ter muitos defeitos, mas realizar filmes pobres certamente não era um deles. Laurentiis, já por essa época, tinha fama de não economizar nos custos de suas produções e isso se faz sentir bem em "Navajo Joe". Um exemplo disso vem inclusive da própria contratação do astro americano Burt Reynolds, que na época era considerado um futuro e potencial superstar do cinema americano - algo que se confirmaria na década seguinte, durante os anos 70. Então basicamente é isso. Um filme italiano de faroeste, todo rodado nos desertos da Espanha, estrelado por um ator americano e dirigido por um verdadeiro artesão do spaghetti western. São boas qualificações que por si só já justificam assistir ao filme. Boa diversão.
Pablo Aluísio.
Título Original: Navajo Joe
Ano de Produção: 1966
País: Itália, Espanha
Estúdio: Dino de Laurentiis Cinematografica
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Ugo Pirro, Piero Regnoli
Elenco: Burt Reynolds, Aldo Sambrell, Nicoletta Machiavelli, Fernando Rey, Tanya Lopert
Sinopse:
Após um brutal massacre envolvendo todos os seus familiares e amigos de sua tribo, o nativo conhecido apenas como Navajo Joe (Burt Reynolds) resolve partir para uma vingança sangrenta, procurando todos os responsáveis pelas mortes de todas aquelas mulheres, idosos e crianças inocentes. Seu sede de justiça e vingança não tardará a ser saciada.
Comentários:
Um western spaghetti estrelado pelo ator Burt Reynolds? Pois é, no mínimo curioso. Outro aspecto que chama a atenção é que o filme foi dirigido pelo mestre Sergio Corbucci, considerado um dos cineastas mais talentosos dessa fase do cinema europeu. Esse aliás foi seu segundo filme a ser rodado depois do grande sucesso de "Django" um ano antes. Ele vinha da realização de outro sucesso chamado "Ringo e Sua Pistola de Ouro", estrelado por Mark Damon e por essa razão havia uma certa expectativa nessa produção. "Navajo Joe" tem uma produção bem melhor do que a dos filmes anteriores. Isso porque Sergio Corbucci assinou com os estúdios pertencentes ao mega produtor Dino de Laurentiis. Todos os cinéfilos bem sabem que Dino podia ter muitos defeitos, mas realizar filmes pobres certamente não era um deles. Laurentiis, já por essa época, tinha fama de não economizar nos custos de suas produções e isso se faz sentir bem em "Navajo Joe". Um exemplo disso vem inclusive da própria contratação do astro americano Burt Reynolds, que na época era considerado um futuro e potencial superstar do cinema americano - algo que se confirmaria na década seguinte, durante os anos 70. Então basicamente é isso. Um filme italiano de faroeste, todo rodado nos desertos da Espanha, estrelado por um ator americano e dirigido por um verdadeiro artesão do spaghetti western. São boas qualificações que por si só já justificam assistir ao filme. Boa diversão.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Malone
Voltemos aos anos 80. Eu me recordo desse filme lançado em VHS, mas pegando poeira nas prateleiras das locadoras de vídeo. Acontece que o Burt Reynolds já era considerado um ator fora de moda nos anos 80. Ele foi um grande astro do cinema americano nos anos 70. Seus filmes, principalmente aqueles do Bandit, fizeram muito sucesso de bilheteria. Só que ele tinha um visual muito anos 70 mesmo, com aquele estilo meio brega, bigodão, peito cabeludo em camisas abertas. Aquela coisa toda. Quando a década virou, ele ficou para trás.
Esse era um filme policial lançado nos anos 80. O roteiro foi considerado bobo, até infantil por algumas resenhas. E o Burt Reynolds já não funcionava mais como herói de filmes de ação. Havia uma nova geração de atores e ele era considerado um cara do passado. Pelo menos ele ainda não tinha destruído seu rosto com cirurgias plásticas pavorosas. A partir daí eu sinceramente passei a ter pena dele.
Malone, o Justiceiro (Malone, Estados Unidos, 1987) Direção: Harley Cokeliss / Roteiro: Christopher Frank / Burt ReynoldsCliff Robertson, Kenneth McMillan / Sinopse: Um policial descobre um plano de um vilão insano que deseja dominar os Estados Unidos, partindo de uma pequena cidade na montanha.
Pablo Aluísio.
Esse era um filme policial lançado nos anos 80. O roteiro foi considerado bobo, até infantil por algumas resenhas. E o Burt Reynolds já não funcionava mais como herói de filmes de ação. Havia uma nova geração de atores e ele era considerado um cara do passado. Pelo menos ele ainda não tinha destruído seu rosto com cirurgias plásticas pavorosas. A partir daí eu sinceramente passei a ter pena dele.
Malone, o Justiceiro (Malone, Estados Unidos, 1987) Direção: Harley Cokeliss / Roteiro: Christopher Frank / Burt ReynoldsCliff Robertson, Kenneth McMillan / Sinopse: Um policial descobre um plano de um vilão insano que deseja dominar os Estados Unidos, partindo de uma pequena cidade na montanha.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Um Tira de Aluguel
Título no Brasil: Um Tira de Aluguel
Título Original: Rent-a-Cop
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Kings Road Entertainment
Direção: Jerry London
Roteiro: Michael Blodgett, Dennis Shryack
Elenco: Burt Reynolds, Liza Minnelli, James Remar, Richard Masur, Dionne Warwick, Bernie Casey
Sinopse:
Tony Church (Burt Reynolds) é um ex-policial durão, atualmente desempregado, que se une a uma prostituta para desbaratar uma perigosa quadrilha que explora mulheres para a prostituição e outros crimes de natureza sexual.
Comentários:
Eu me recordo, puxando pelas minhas lembranças mais antigas, de ver esse filme em cartaz em um cinema popular da minha cidade chamado Plaza. Realmente o filme passava para o mesmo público que curtia os filmes de porrada pura do Chuck Norris. E ele foi produzido em uma época já decadente da carreira do ator Burt Reynolds, embora ele naquela fase ainda não tivesse destruído seu rosto com opereções plásticas simplesmente desastrosas. E o que dizer de Liza Minnelli? Pobre Liza, ter que participar de um filme tão fraco como esse... mas enfim, é a vida de altos e baixos de qualquer artista. Então é isso, um filme de ação dos anos 80, com um astro dos anos 70, já em plena fase de decadência artística e comercial.
Pablo Aluísio.
Título Original: Rent-a-Cop
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Kings Road Entertainment
Direção: Jerry London
Roteiro: Michael Blodgett, Dennis Shryack
Elenco: Burt Reynolds, Liza Minnelli, James Remar, Richard Masur, Dionne Warwick, Bernie Casey
Sinopse:
Tony Church (Burt Reynolds) é um ex-policial durão, atualmente desempregado, que se une a uma prostituta para desbaratar uma perigosa quadrilha que explora mulheres para a prostituição e outros crimes de natureza sexual.
Comentários:
Eu me recordo, puxando pelas minhas lembranças mais antigas, de ver esse filme em cartaz em um cinema popular da minha cidade chamado Plaza. Realmente o filme passava para o mesmo público que curtia os filmes de porrada pura do Chuck Norris. E ele foi produzido em uma época já decadente da carreira do ator Burt Reynolds, embora ele naquela fase ainda não tivesse destruído seu rosto com opereções plásticas simplesmente desastrosas. E o que dizer de Liza Minnelli? Pobre Liza, ter que participar de um filme tão fraco como esse... mas enfim, é a vida de altos e baixos de qualquer artista. Então é isso, um filme de ação dos anos 80, com um astro dos anos 70, já em plena fase de decadência artística e comercial.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Os Gatões - Uma Nova Balada
Título no Brasil: Os Gatões - Uma Nova Balada
Título Original: The Dukes of Hazzard
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jay Chandrasekhar
Roteiro: John O'Brien
Elenco: Seann William Scott, Johnny Knoxville, Jessica Simpson, Burt Reynolds
Sinopse:
(Seann Williams Scott) e Luke (Johnny Knoxville) são dois irmãos caipirões do sul dos Estados Unidos que decidem se unir à sua prima gostosona Daisy (Jessica Simpson) e ao tio casca grossa Jesse (Willie Nelson) para salvar a sua querida cidade natal, Hazzard, que está caindo nas garras de um sujeito corrupto e sem ética, Hogg (Burt Reynolds).
Comentários:
Esse tipo de filme sempre me lembrou as antigas produções estreladas por Burt Reynolds nos anos 70. É aquele tipo de filme que nunca se leva à sério e é dirigido para um nicho mais popularesco do mercado americano, encontrando seu público ideal nos estados do Sul - por isso há tantas referências simpáticas para a caipirada de lá! Na verdade é um remake de uma série de TV dos anos 70 (óbvio!) que tenta manter o velho espírito da coisa. Claro que se trata de uma bobagem, um besteirol sem tamanho, mas que no final das contas foi salvo pelo bom humor e por ser assumidamente um produto idiota - percebam que quando isso acontece geralmente a mediocridade reinante acaba se salvando e o mais importante de tudo, se justificando. Para os marmanjos de plantão o elenco traz a bela Jessica Simpson, que faz o estilo loira brega e vulgar, muito popular entre os americanos. Ela até dá uma canja com a canção "These Boots Are Made For Walkin" que fez sucesso nas rádios ianques. Diante de tudo isso, já está bom demais da conta. Veja, desligue o cérebro e procure se divertir, de preferência tomando uma cerveja gelada.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Dukes of Hazzard
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jay Chandrasekhar
Roteiro: John O'Brien
Elenco: Seann William Scott, Johnny Knoxville, Jessica Simpson, Burt Reynolds
Sinopse:
(Seann Williams Scott) e Luke (Johnny Knoxville) são dois irmãos caipirões do sul dos Estados Unidos que decidem se unir à sua prima gostosona Daisy (Jessica Simpson) e ao tio casca grossa Jesse (Willie Nelson) para salvar a sua querida cidade natal, Hazzard, que está caindo nas garras de um sujeito corrupto e sem ética, Hogg (Burt Reynolds).
Comentários:
Esse tipo de filme sempre me lembrou as antigas produções estreladas por Burt Reynolds nos anos 70. É aquele tipo de filme que nunca se leva à sério e é dirigido para um nicho mais popularesco do mercado americano, encontrando seu público ideal nos estados do Sul - por isso há tantas referências simpáticas para a caipirada de lá! Na verdade é um remake de uma série de TV dos anos 70 (óbvio!) que tenta manter o velho espírito da coisa. Claro que se trata de uma bobagem, um besteirol sem tamanho, mas que no final das contas foi salvo pelo bom humor e por ser assumidamente um produto idiota - percebam que quando isso acontece geralmente a mediocridade reinante acaba se salvando e o mais importante de tudo, se justificando. Para os marmanjos de plantão o elenco traz a bela Jessica Simpson, que faz o estilo loira brega e vulgar, muito popular entre os americanos. Ela até dá uma canja com a canção "These Boots Are Made For Walkin" que fez sucesso nas rádios ianques. Diante de tudo isso, já está bom demais da conta. Veja, desligue o cérebro e procure se divertir, de preferência tomando uma cerveja gelada.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
A Melhor Casa Suspeita do Texas
Título no Brasil: A Melhor Casa Suspeita do Texas
Título Original: The Best Little Whorehouse in Texas
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, RKO Pictures
Direção: Colin Higgins
Roteiro: Larry L. King, Peter Masterson
Elenco: Burt Reynolds, Dolly Parton, Dom DeLuise
Sinopse:
Por 150 anos um simpático bordel, o "Rancho das galinhas", funcionou tranquilamente nos arredores da pequena cidadezinha de Lanville, no Texas. De propriedade de Mona Stangley (Dolly Parton), que inclusive tem um caso com o xerife local (Burt Reynolds), as coisas caminhavam muito bem para ela e suas garotas. A convivência pacífica entre o estabelecimento e os moradores da cidade porém é colocada abaixo por um apresentador de TV moralista, Melvin P. (Dom DeLuise), que lidera uma campanha para fechar o rancho em nome dos mais "altos valores morais"!
Comentários:
"A Melhor Casa Suspeita do Texas" é uma adaptação para o cinema da famosa peça teatral. Com muita música, cenas cômicas e bom humor o enredo logo cativa o espectador. A famosa cantora country e atriz Dolly Parton é um dos grandes atrativos do filme, pois empresta sua bonita voz para as várias canções da trilha sonora. Burt Reynolds, naquela época no auge da carreira, traz seu conhecido carisma para o papel do xerife machão que não leva desaforos para casa. Fechando o trio principal do elenco temos um afetado (e hilário) Dom DeLuise, que na TV posa de defensor dos bons costumes, mas que na vida privada tem segredos a esconder. Todos estão muito bem em seus respectivos personagens, que são, em última análise, caricaturas divertidas de tipos bem conhecidos da sociedade Texana da época.
Assistindo a essa produção do começo dos anos 1980 não pude deixar de pensar em como seria complicado fazer um filme como esse nos dias atuais. Afinal de contas em tempos tão politicamente corretos não seria nada fácil vender um filme simpático e bem humorado que retratasse uma autêntica "Whorehouse" americana, tudo feito até com leveza, sem culpas e remorsos. Certamente iriam aparecer os famosos patrulheiros de costumes e coisas do tipo para aporrinhar os produtores (tal como aparece no enredo do filme). Ainda bem que nos anos 80 as coisas eram bem diferentes, o que é um alívio para o espectador, pois aqui temos uma divertida comédia musical, ambientada no bom e velho Texas, com muito humor e diálogos picantes e engraçados. Uma bem humorada história envolvendo apresentadores de TVs oportunistas, xerifes durões, políticos corruptos (como sempre) e simpáticas moças que vivem numa casa pra lá de suspeita. Assista e tenha uma boa diversão!
Pablo Aluísio.
Título Original: The Best Little Whorehouse in Texas
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, RKO Pictures
Direção: Colin Higgins
Roteiro: Larry L. King, Peter Masterson
Elenco: Burt Reynolds, Dolly Parton, Dom DeLuise
Sinopse:
Por 150 anos um simpático bordel, o "Rancho das galinhas", funcionou tranquilamente nos arredores da pequena cidadezinha de Lanville, no Texas. De propriedade de Mona Stangley (Dolly Parton), que inclusive tem um caso com o xerife local (Burt Reynolds), as coisas caminhavam muito bem para ela e suas garotas. A convivência pacífica entre o estabelecimento e os moradores da cidade porém é colocada abaixo por um apresentador de TV moralista, Melvin P. (Dom DeLuise), que lidera uma campanha para fechar o rancho em nome dos mais "altos valores morais"!
Comentários:
"A Melhor Casa Suspeita do Texas" é uma adaptação para o cinema da famosa peça teatral. Com muita música, cenas cômicas e bom humor o enredo logo cativa o espectador. A famosa cantora country e atriz Dolly Parton é um dos grandes atrativos do filme, pois empresta sua bonita voz para as várias canções da trilha sonora. Burt Reynolds, naquela época no auge da carreira, traz seu conhecido carisma para o papel do xerife machão que não leva desaforos para casa. Fechando o trio principal do elenco temos um afetado (e hilário) Dom DeLuise, que na TV posa de defensor dos bons costumes, mas que na vida privada tem segredos a esconder. Todos estão muito bem em seus respectivos personagens, que são, em última análise, caricaturas divertidas de tipos bem conhecidos da sociedade Texana da época.
Assistindo a essa produção do começo dos anos 1980 não pude deixar de pensar em como seria complicado fazer um filme como esse nos dias atuais. Afinal de contas em tempos tão politicamente corretos não seria nada fácil vender um filme simpático e bem humorado que retratasse uma autêntica "Whorehouse" americana, tudo feito até com leveza, sem culpas e remorsos. Certamente iriam aparecer os famosos patrulheiros de costumes e coisas do tipo para aporrinhar os produtores (tal como aparece no enredo do filme). Ainda bem que nos anos 80 as coisas eram bem diferentes, o que é um alívio para o espectador, pois aqui temos uma divertida comédia musical, ambientada no bom e velho Texas, com muito humor e diálogos picantes e engraçados. Uma bem humorada história envolvendo apresentadores de TVs oportunistas, xerifes durões, políticos corruptos (como sempre) e simpáticas moças que vivem numa casa pra lá de suspeita. Assista e tenha uma boa diversão!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Alta Velocidade
O curioso de tudo é que durante o lançamento do filme Stallone afirmou a jornalistas brasileiros que tinha a intenção quando escreveu o roteiro de dar um personagem para o campeão brasileiro Ayrton Senna fazer sua estréia em Hollywood mas que com sua morte resolveu reescrever grande parte do material, tornando tudo muito mais fantasioso, para tentar emplacar um sucesso com o público jovem que ia aos cinemas naquela época. Ao que tudo indica o primeiro esboço era mais pé no chão e realista. Que pena que Stallone tenha mudado de ideia pois sinceramente o tom desse "Alta Velocidade" definitivamente não agradou a ninguém, nem a crítica que malhou impiedosamente e nem o público que deixou as salas de cinemas vazias e depois deixou a fita pegando poeira nas locadoras, sem dó e nem piedade. Pelo resultado do que vemos aqui isso tudo foi mais do que merecido.
Alta Velocidade (Driven, Estados Unidos, 2001) Direção: Renny Harlin / Roteiro: Sylvester Stallone, Jan Skrentny, Neal Tabachnick / Elenco: Sylvester Stallone, Kip Pardue, Til Schweiger, Burt Reynolds / Sinopse: Corredor veterano das pistas de Fórmula Indy precisa ensinar a jovem novato e ousado os segredos de um campeão nas pistas.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Striptease
A trajetória da atriz Demi Moore é das mais interessantes. Nascida em uma família de classe média baixa ela conseguiu abrir caminho na carreira estrelando comédias juvenis e depois conseguiu fazer a complicada transição para a carreira adulta. Sempre foi considerada uma das mais belas atrizes de Hollywood e também das mais complicadas. Além de seu velho problema com drogas Demi teve uma vida sentimental das mais agitadas. A atriz se envolveu com vários atores famosos ao longo de sua vida e foi freqüentadora assídua das páginas de fofocas das revistas especializadas nesse tipo de assunto. Seu maior sucesso de bilheteria foi “Ghost”, um filme produzido pelo braço adulto da Disney que teve enorme êxito comercial. Depois disso o cachê de Demi, que já não era barato subiu às alturas e ela se tornou um nome realmente poderoso na capital do cinema. Infelizmente depois de “Ghost” sua carreira entrou em parafuso. Os cachês milionários não mais se refletiam em sucessos imediatos, pelo contrário, muitos de suas novas produções foram ignoradas ou então se tornaram grandes fracassos comerciais e de crítica. Para colocar um freio nessa onda de azar, Demi Moore resolveu radicalizar (para alguns ela apelou mesmo, simples assim). A atriz, louca por um grande sucesso, resolveu aparecer nua em cena (ou quase isso). O filme obviamente era baseado e pensado em seu apelo sexual. Logo no pôster Demi aparecia completamente nua (ela já tinha causado polêmica antes aparecendo nua e grávida na capa da revista Vanity Fair, mas agora era diferente).
Embora não fosse mais nenhuma garotinha no auge da forma física, Demi resolveu encarar uma dieta e uma série de exercícios que a deixava realmente em excelente forma física. Como ninguém nesse mundo consegue ser uma unanimidade ela também foi criticada por isso pois surge em cena muito musculosa e até masculinizada para alguns. Bobagem, ela está muito bem nesse quesito, o problema é que isso apenas não justifica a existência de um filme. A verdade é que apesar de todo seu marketing “caliente”, o filme é muito fraco em tudo. O roteiro é mal escrito (chega a parecer uma chanchada barata), o elenco está mal e o argumento praticamente inexiste. Burt Reynolds foi resgatado do ostracismo mas se mostra uma escolha equivocada. Ele não empolga, não cativa e está pessoalmente repugnante em suas aparições. Outro problema de “Striptease” é que ele falha justamente em sua maior proposta: a de ser uma obra sensual e eroticamente interessante. Muito pelo contrário, tudo soa morno nesse aspecto. Demi Moore não está particularmente sedutora e nem sensual. Seu tão falado striptease é tão sem graça, tão rápido, que o espectador sente-se literalmente enganado. Digo isso por experiência própria pois fui um dos (poucos) que pagaram para ver o filme no cinema. Obviamente me dei mal. O resultado foi pífio e “Striptease” naufragou nas bilheterias, também pudera, era realmente muito ruim. Se ainda não viu esqueça, não fará a menor diferença em sua vida de cinéfilo.
Striptease (Striptease, Estados Unidos, 1996) Direção: Andrew Bergman / Roteiro: Andrew Bergman baseado na novela de Carl Hiaasen / Elenco: Demi Moore, Burt Reynolds, Armand Assante / Sinopse: Erin (Demi Moore) perde o emprego de secretária no FBI em razão dos problemas legais envolvendo seu marido. Os problemas a partir daí se sucedem, sem emprego ela perde a custódia de sua filha. Sem alternativas começa a apelar para sua beleza física, se tornando stripper. Nessa nova função ela conhecerá figurões e pessoas influentes mas também se envolverá em novos problemas por causa de sua nova “profissão”. Vencedor de seis categorias no Framboesa de ouro: Pior Filme, Pior Diretor, Pior Atriz (Demi Moore), Pior Roteiro, Pior Dupla (Demi Moore e Burt Reynolds) e Pior Trilha Sonora.
Pablo Aluísio.
Embora não fosse mais nenhuma garotinha no auge da forma física, Demi resolveu encarar uma dieta e uma série de exercícios que a deixava realmente em excelente forma física. Como ninguém nesse mundo consegue ser uma unanimidade ela também foi criticada por isso pois surge em cena muito musculosa e até masculinizada para alguns. Bobagem, ela está muito bem nesse quesito, o problema é que isso apenas não justifica a existência de um filme. A verdade é que apesar de todo seu marketing “caliente”, o filme é muito fraco em tudo. O roteiro é mal escrito (chega a parecer uma chanchada barata), o elenco está mal e o argumento praticamente inexiste. Burt Reynolds foi resgatado do ostracismo mas se mostra uma escolha equivocada. Ele não empolga, não cativa e está pessoalmente repugnante em suas aparições. Outro problema de “Striptease” é que ele falha justamente em sua maior proposta: a de ser uma obra sensual e eroticamente interessante. Muito pelo contrário, tudo soa morno nesse aspecto. Demi Moore não está particularmente sedutora e nem sensual. Seu tão falado striptease é tão sem graça, tão rápido, que o espectador sente-se literalmente enganado. Digo isso por experiência própria pois fui um dos (poucos) que pagaram para ver o filme no cinema. Obviamente me dei mal. O resultado foi pífio e “Striptease” naufragou nas bilheterias, também pudera, era realmente muito ruim. Se ainda não viu esqueça, não fará a menor diferença em sua vida de cinéfilo.
Striptease (Striptease, Estados Unidos, 1996) Direção: Andrew Bergman / Roteiro: Andrew Bergman baseado na novela de Carl Hiaasen / Elenco: Demi Moore, Burt Reynolds, Armand Assante / Sinopse: Erin (Demi Moore) perde o emprego de secretária no FBI em razão dos problemas legais envolvendo seu marido. Os problemas a partir daí se sucedem, sem emprego ela perde a custódia de sua filha. Sem alternativas começa a apelar para sua beleza física, se tornando stripper. Nessa nova função ela conhecerá figurões e pessoas influentes mas também se envolverá em novos problemas por causa de sua nova “profissão”. Vencedor de seis categorias no Framboesa de ouro: Pior Filme, Pior Diretor, Pior Atriz (Demi Moore), Pior Roteiro, Pior Dupla (Demi Moore e Burt Reynolds) e Pior Trilha Sonora.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Boogie Nights
Bom filme. A estória foi levemente baseada na vida do ator pornô John Holmes. Após um breve período de fama e dinheiro ele se viu na sarjeta quando o mercado adulto americano se profissionalizou e ele passou a ser visto apenas como uma aberração de mal gosto. Sem dinheiro, acabou se envolvendo com tráfico de drogas e morreu de AIDS na década de 80. Mas não se preocupe, nada disso é mostrado no filme que se focaliza mais nos primeiros anos da carreira desse astro pornô. Além do mais "Boogie Nights" não se propõe a ser uma cinebiografia mas apenas um retrato da indústria em seus primórdios. O resultado é um filme misto, com várias licenças poéticas, sendo meio verídico e meio ficção. Para quem quiser conhecer a barra pesada nua e crua da vida de Holmes aconselho a assistir "Crimes em Wonderland" com Val Kilmer no papel principal. Voltando a "Boogie Nights" o interessante aqui é realmente conhecer, mesmo que superficialmente, o surgimento da indústria pornô nos EUA. Na década de 70 tudo ainda era bem amador, nada profissional, grotesco e mambembe, bem diferente dos dias atuais onde existe toda uma indústria montada em cima do entretenimento adulto.
Nos primeiros anos valia muito mais a iniciativa pessoal dos produtores (retratados aqui em um único personagem, muito divertido, interpretado por Burt Reynolds). As mulheres que entravam no meio geralmente eram garotas de programa ou então meninas sem muita estrutura familiar que viam o mercado adulto como uma forma de ganhar um bom dinheiro, rápido e fácil. Algo muito distante da realidade atual onde as carreiras das estrelas são administradas por agências e corporações com grande infra estrutura empresarial. Outro diferencial era a forma como muitos desses filmes eram realizados. Geralmente tudo era feito em estúdios de fundo de quintal, sem nenhum estilo ou bom gosto. Atualmente os grandes filmes da área são produzidos em locações bonitas, de cartão postal. Outro destaque de "Boogie Nights" é seu elenco realmente ótimo onde se destacam Julianne Moore interpretando uma pornstar patinadora e Philip Seymour Hoffman como um membro da equipe técnica com certa indefinição sobre sua orientação sexual. Até Mark Whalberg, que sempre achei um ator extremamente fraco, consegue se sobressair, não comprometendo o resultado final. Assim fica a dica de "Boogie Nights" um filme que captura muito bem o nascimento da indústria adulta nos EUA.
Boogie Nights (Boogie Nights, Estados Unidos, 1997) Direção: Paul Thomas Anderson / Roteiro: Paul Thomas Anderson / Elenco: Mark Wahlberg, Burt Reynolds, Julianne Moore, Don Cheadle, Philip Seymour Hoffman, Heather Graham, William H. Macy, Luis Guzmán, Thomas Jane, John C. Reilly, Ricky Jay, Robert Ridgely, Alfred Molina, Jack Wallace./ Sinopse: Eric Adams (Mark Wahlberg) é um jovem bem dotado que vê no ramo de filmes pornôs dos EUA sua grande chance. Contratado pelo produtor picareta Jack Horner (Reynolds) ele começa sua ascensão à fama e dinheiro dentro do mercado erótico americano. "Boogie Nights" obteve 3 indicações ao Oscar: Melhor roteiro, ator coadjuvante (Burt Reynolds) e atriz coadjuvante (Julianne Moore).
Pablo Aluísio.
Nos primeiros anos valia muito mais a iniciativa pessoal dos produtores (retratados aqui em um único personagem, muito divertido, interpretado por Burt Reynolds). As mulheres que entravam no meio geralmente eram garotas de programa ou então meninas sem muita estrutura familiar que viam o mercado adulto como uma forma de ganhar um bom dinheiro, rápido e fácil. Algo muito distante da realidade atual onde as carreiras das estrelas são administradas por agências e corporações com grande infra estrutura empresarial. Outro diferencial era a forma como muitos desses filmes eram realizados. Geralmente tudo era feito em estúdios de fundo de quintal, sem nenhum estilo ou bom gosto. Atualmente os grandes filmes da área são produzidos em locações bonitas, de cartão postal. Outro destaque de "Boogie Nights" é seu elenco realmente ótimo onde se destacam Julianne Moore interpretando uma pornstar patinadora e Philip Seymour Hoffman como um membro da equipe técnica com certa indefinição sobre sua orientação sexual. Até Mark Whalberg, que sempre achei um ator extremamente fraco, consegue se sobressair, não comprometendo o resultado final. Assim fica a dica de "Boogie Nights" um filme que captura muito bem o nascimento da indústria adulta nos EUA.
Boogie Nights (Boogie Nights, Estados Unidos, 1997) Direção: Paul Thomas Anderson / Roteiro: Paul Thomas Anderson / Elenco: Mark Wahlberg, Burt Reynolds, Julianne Moore, Don Cheadle, Philip Seymour Hoffman, Heather Graham, William H. Macy, Luis Guzmán, Thomas Jane, John C. Reilly, Ricky Jay, Robert Ridgely, Alfred Molina, Jack Wallace./ Sinopse: Eric Adams (Mark Wahlberg) é um jovem bem dotado que vê no ramo de filmes pornôs dos EUA sua grande chance. Contratado pelo produtor picareta Jack Horner (Reynolds) ele começa sua ascensão à fama e dinheiro dentro do mercado erótico americano. "Boogie Nights" obteve 3 indicações ao Oscar: Melhor roteiro, ator coadjuvante (Burt Reynolds) e atriz coadjuvante (Julianne Moore).
Pablo Aluísio.
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sábado, 13 de outubro de 2012
Agarra-me Se Puderes
Hoje em dia Burt Reynolds é uma sombra do que foi. Na década de 70 ele era o rei das bilheterias. Estrelando filmes de consumo popular o ator era o sonho de todas as mulheres e para completar a inveja de todos os homens. Usando um visual macho man, com bigode e jeito de caipirão o ator logo foi elevado ao patamar de ídolo das multidões. Seu auge de popularidade ocorreu justamente nesse "Agarra-me Se Puderes" uma das maiores bilheterias da década de 70. A produção caiu no gosto dos americanos e fez tanto sucesso que daria origem a mais dois filmes, com enredo praticamente igual, e que no Brasil receberam os inacreditáveis títulos de "Desta Vez Te Agarro" (1980) e "Agora Você Não Escapa" (1983). Mas qual foi o segredo do sucesso desses filmes? Em essência a trilogia nada mais é do que uma série de filmes que misturam humor e ação, tudo embalado com muitas perseguições, fugas espetaculares e policiais estúpidos.
O filme sendo sincero não tem muito pé, nem cabeça. Tudo se resume na tentativa de um caminhoneiro chamado Bandit (Burt Reynolds) em levar cervejas para uma festa red neck no leste do Texas! O problema é que isso seria proibido por um xerife casca grossa local. Em cima desse argumento simplório toda a trama do filme é construída. Pela estrada afora Bandit enfrenta uma centena de tiras que sempre estão em seu encalço. Nem precisa dizer que os tiras retratados no filme são todos palermas e incompetentes, incluindo o interpretado pelo ator Mike Henry, o mesmo sujeito que não deu certo como Tarzan na década anterior. É a velha fórmula de rir da autoridade sendo passada para trás por um esperto caipira, às do volante. De resto tem a Sally Field, novinha, fazendo uma noiva em fuga de seu casamento. Mas nem se preocupe, isso não tem a menor importância. O que importa mesmo em "Agarra-me Se Puderes" é a ação sem trégua e as risadas de Bandit quando a polícia come sua poeira pelas estradas americanas. Se você entrar no clima certamente vai se divertir também.
Agarra-me Se Puderes (Smokey and the Bandit, Estados Unidos, 1977) Direção: Hal Needham / Roteiro: Hal Needham, Robert L. Levy / Elenco: Burt Reynolds, Sally Field, Jerry Reed, Mike Henry, Michael Mann / Sinopse: Bandit (Burt Reynolds) é um caminhoneiro fanfarrão que tentará levar um carregamento de bebidas para o leste do Texas. Sua viagem porém não será fácil pois o zerife local quer impedir que ele chegue ao seu destino.
Pablo Aluísio.
O filme sendo sincero não tem muito pé, nem cabeça. Tudo se resume na tentativa de um caminhoneiro chamado Bandit (Burt Reynolds) em levar cervejas para uma festa red neck no leste do Texas! O problema é que isso seria proibido por um xerife casca grossa local. Em cima desse argumento simplório toda a trama do filme é construída. Pela estrada afora Bandit enfrenta uma centena de tiras que sempre estão em seu encalço. Nem precisa dizer que os tiras retratados no filme são todos palermas e incompetentes, incluindo o interpretado pelo ator Mike Henry, o mesmo sujeito que não deu certo como Tarzan na década anterior. É a velha fórmula de rir da autoridade sendo passada para trás por um esperto caipira, às do volante. De resto tem a Sally Field, novinha, fazendo uma noiva em fuga de seu casamento. Mas nem se preocupe, isso não tem a menor importância. O que importa mesmo em "Agarra-me Se Puderes" é a ação sem trégua e as risadas de Bandit quando a polícia come sua poeira pelas estradas americanas. Se você entrar no clima certamente vai se divertir também.
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de janeiro de 2008
A Morte de Burt Reynolds
A título de resgate para arquivo, aqui vai a nota de notícia da morte do ator Burt Reynolds que havia sido publicado originalmente no blog Cinema Classe A. Segue a nota:
A Morte de Burt Reynolds
Inicialmente tratado como um boato, mas agora confirmado pelo seu agente, o ator Burt Reynolds morreu aos 82 anos de idade. Ele faleceu hoje pela manhã no Jupiter Medical Hospital, na Flórida.
Reynolds vinha lutando contra vários problemas de saúde nos últimos anos. Há poucos meses, o representante do ator disse que ele estava em tratamento intensivo em um hospital da Flórida para tratamento de sintomas da gripe, incluindo desidratação.
Ele também já havia sido liberado de um hospital em Los Angeles, quando seu empresário amenizou os boatos de que ele tinha uma doença grave não divulgada. Na ocasião seu agente afirmou que ele havia apenas passado por uma "operação simples, sem maior importância".
Depois disso o próprio ator em entrevista assumiu que tinha problemas de coração. Durante uma entrevista para a revista People ele admitiu que precisaria passar por novas cirurgias pois não sabia até aquele momento que suas artérias estavam fechadas, atrapalhando o funcionamento normal de seu coração. O ator também assumiu que havia adquirido um vício em remédios prescritos. Ele declarou para a revista: "Eu sou um cara grande e durão, mas não consegui superar esse problema por conta própria. É bem complicado!" Até o momento a causa de sua morte não foi divulgada nem pelo hospital e nem pelos familiares. Descanse em paz Burt!
Pablo Aluísio.
A Morte de Burt Reynolds
Inicialmente tratado como um boato, mas agora confirmado pelo seu agente, o ator Burt Reynolds morreu aos 82 anos de idade. Ele faleceu hoje pela manhã no Jupiter Medical Hospital, na Flórida.
Reynolds vinha lutando contra vários problemas de saúde nos últimos anos. Há poucos meses, o representante do ator disse que ele estava em tratamento intensivo em um hospital da Flórida para tratamento de sintomas da gripe, incluindo desidratação.
Ele também já havia sido liberado de um hospital em Los Angeles, quando seu empresário amenizou os boatos de que ele tinha uma doença grave não divulgada. Na ocasião seu agente afirmou que ele havia apenas passado por uma "operação simples, sem maior importância".
Depois disso o próprio ator em entrevista assumiu que tinha problemas de coração. Durante uma entrevista para a revista People ele admitiu que precisaria passar por novas cirurgias pois não sabia até aquele momento que suas artérias estavam fechadas, atrapalhando o funcionamento normal de seu coração. O ator também assumiu que havia adquirido um vício em remédios prescritos. Ele declarou para a revista: "Eu sou um cara grande e durão, mas não consegui superar esse problema por conta própria. É bem complicado!" Até o momento a causa de sua morte não foi divulgada nem pelo hospital e nem pelos familiares. Descanse em paz Burt!
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de março de 2006
Amor Feito de Ódio
Título no Brasil: Amor Feito de Ódio
Título Original: The Man Who Loved Cat Dancing
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Richard C. Sarafian
Roteiro: Eleanor Perry
Elenco: Burt Reynolds, Sarah Miles, Lee J. Cobb, Jack Warden, George Hamilton, Bo Hopkins
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Marilyn Durham, o filme conta a história do pistoleiro e ladrão de trens Jay Grobart (Burt Reynolds). Durante um de seus assaltos ele decide raptar a jovem Catherine Crocker (Sarah Miles) e se apaixona por ela.
Comentários:
Não se enganem, durante os anos 70 o ator Burt Reynolds foi um dos maiores astros de Hollywood. Seus filmes faziam muito sucesso e ele era considerado um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. Tanto que ele acabou passeando por praticamente todos os gêneros cinematográficos. Um de seus momentos mais interessantes na carreira aconteceu nesse western romântico. Isso mesmo, o roteiro passeava pelo faroeste mais tradicional, porém com fartas doses de romantismo. Até porque o material original, o romance que deu origem ao roteiro, havia sido escrito por uma mulher, Marilyn Durham. Nada mais curioso do que ver o velho oeste, com seus foras-da-lei e pistoleiros, tudo recriado pela imaginação de uma talentosa escritora. E o filme é até muito bom. Alguns se incomodaram um pouco com o romance do casal central, até pela forma como ele começou, mas penso diferente. Acredito que dentro da mitologia do velho oeste tudo seria cabível, até mesmo a história de amor de um bandoleiro e uma dama raptada. Assim deixo o convite para assistir a esse faroeste diferente, criado a partir do ponto de vista puramente feminino.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Man Who Loved Cat Dancing
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Richard C. Sarafian
Roteiro: Eleanor Perry
Elenco: Burt Reynolds, Sarah Miles, Lee J. Cobb, Jack Warden, George Hamilton, Bo Hopkins
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Marilyn Durham, o filme conta a história do pistoleiro e ladrão de trens Jay Grobart (Burt Reynolds). Durante um de seus assaltos ele decide raptar a jovem Catherine Crocker (Sarah Miles) e se apaixona por ela.
Comentários:
Não se enganem, durante os anos 70 o ator Burt Reynolds foi um dos maiores astros de Hollywood. Seus filmes faziam muito sucesso e ele era considerado um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. Tanto que ele acabou passeando por praticamente todos os gêneros cinematográficos. Um de seus momentos mais interessantes na carreira aconteceu nesse western romântico. Isso mesmo, o roteiro passeava pelo faroeste mais tradicional, porém com fartas doses de romantismo. Até porque o material original, o romance que deu origem ao roteiro, havia sido escrito por uma mulher, Marilyn Durham. Nada mais curioso do que ver o velho oeste, com seus foras-da-lei e pistoleiros, tudo recriado pela imaginação de uma talentosa escritora. E o filme é até muito bom. Alguns se incomodaram um pouco com o romance do casal central, até pela forma como ele começou, mas penso diferente. Acredito que dentro da mitologia do velho oeste tudo seria cabível, até mesmo a história de amor de um bandoleiro e uma dama raptada. Assim deixo o convite para assistir a esse faroeste diferente, criado a partir do ponto de vista puramente feminino.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006
Sam Whiskey o Proscrito
Título no Brasil: Sam Whiskey, o Proscrito
Título Original: Sam Whiskey
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Arnold Laven
Roteiro: William W. Norton
Elenco: Burt Reynolds, Angie Dickinson, Clint Walker, Ossie Davis
Sinopse:
Uma bonita e jovem senhorita convence um cowboy aventureiro a lhe ajudar no transporte de uma fortuna em ouro. No total mais de 400 quilos do precioso metal que devem ser transportado por regiões infestadas de bandoleiros e bandidos de todos os tipos, em plena corrida ao ouro, no oeste americano.
Comentários:
Um faroeste do final dos anos 1960 com muitas aventuras e bom humor - foi assim que essa produção foi vendida nos cinemas. Estrelada por Burt Reynolds, pouco antes de se tornar um dos maiores campeões de bilheteria do cinema americano na década que viria, e pela veterana (e ainda bela naquela ocasião) Angie Dickinson. A intenção dos produtores era realizar um piloto para uma série de TV que seria exibida pelo canal NBC. O problema é que apesar do bom êxito comercial desse "Sam Whiskey" o ator Burt Reynolds resolveu cair fora do projeto. Obviamente ele ambicionava um sucesso no cinema e não na TV. No final das contas acertou, pois se tivesse assumido o compromisso de ser um astro da telinha certamente jamais se tornaria o astro que foi. Já do filme em si não espere por muita coisa. No fundo é apenas uma bobagem divertida que usa o cenário e o contexto histórico do western americano para entreter, usando de muito humor e romance. Pode ser dispensado sem maiores problemas.
Pablo Aluísio.
Título Original: Sam Whiskey
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Arnold Laven
Roteiro: William W. Norton
Elenco: Burt Reynolds, Angie Dickinson, Clint Walker, Ossie Davis
Sinopse:
Uma bonita e jovem senhorita convence um cowboy aventureiro a lhe ajudar no transporte de uma fortuna em ouro. No total mais de 400 quilos do precioso metal que devem ser transportado por regiões infestadas de bandoleiros e bandidos de todos os tipos, em plena corrida ao ouro, no oeste americano.
Comentários:
Um faroeste do final dos anos 1960 com muitas aventuras e bom humor - foi assim que essa produção foi vendida nos cinemas. Estrelada por Burt Reynolds, pouco antes de se tornar um dos maiores campeões de bilheteria do cinema americano na década que viria, e pela veterana (e ainda bela naquela ocasião) Angie Dickinson. A intenção dos produtores era realizar um piloto para uma série de TV que seria exibida pelo canal NBC. O problema é que apesar do bom êxito comercial desse "Sam Whiskey" o ator Burt Reynolds resolveu cair fora do projeto. Obviamente ele ambicionava um sucesso no cinema e não na TV. No final das contas acertou, pois se tivesse assumido o compromisso de ser um astro da telinha certamente jamais se tornaria o astro que foi. Já do filme em si não espere por muita coisa. No fundo é apenas uma bobagem divertida que usa o cenário e o contexto histórico do western americano para entreter, usando de muito humor e romance. Pode ser dispensado sem maiores problemas.
Pablo Aluísio.
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