Alguns artistas já nascem prontos. Basta ouvir suas primeiras sessões de gravação para entender bem isso. Se tem dúvidas procure ouvir as primeiras gravações de alguns mitos da música no passado como, por exemplo, Elvis Presley ou The Beatles. Tirando a maior falta de experiência todos eles já se pareciam em quase tudo com o que um dia iriam se tornar. Elvis já era Elvis na Sun Records. O mesmo com os Beatles na Decca. Duvida? Basta ouvir. O mesmo se aplica aqui, tirando obviamente as devidas proporções, nesse primeiro EP (compacto duplo na definição da velha escola) da cantora Norah Jones. São apenas cinco faixas, mas Norah já é Norah. Engraçado que essas primeiras gravações conseguem ser extremamente superiores inclusive ao que ela vem apresentando ultimamente em seus CDs. A cantora está involuindo? Não necessariamente. Acredito que o grande problema para Norah nos dias atuais é a escolha errada de repertório. Ela tentou mudar nesses últimos tempos, o que vejo como um erro. Alguém precisa lembrar a ela a velha máxima de que "em time que se está ganhando não se mexe".
Pois bem. Nesses primeiros registros já temos uma amostra do talento de Norah Jones, algo que ficaria claro em seu primeiro álbum oficial - que venderia milhões e seria consagrado pela crítica e público. A seleção musical é das melhores, com Norah simplesmente perfeita. Quando ouvi pela primeira vez o CD há muitos anos, percebi já em primeira audição de forma imediata, o extremo bom gosto das faixas. Hoje em dia é algo raro - até mesmo entre colecionadores - adquirir a primeira edição do EP, isso porque foram produzidos apenas 10 mil cópias. Norah Jones praticamente bancou de forma independente sua estreia nos estúdios, os vendendo geralmente ao público que comparecia em seus primeiros concertos. Mais indie do que isso impossível. Na seleção alguns verdadeiros clássicos do repertório de Norah com destaque para "Don't Know Why" (que verdadeiramente amo de paixão) e "Lonestar" (baladinha country que me faz ainda ter esperanças no gênero). Em suma, um belo trabalho que demonstra acima de tudo que Norah já estava pronta desde os seus primeiros momentos dentro de um estúdio. Talento já nasce com o artista, não tem jeito.
Norah Jones - First Sessions (2001)
Don't Know Why
Come Away with Me
Something Is Calling
Turn Me
Lonestar
Peace
Pablo Aluísio.
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quarta-feira, 1 de março de 2023
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Um Beijo Roubado
Título no Brasil: Um Beijo Roubado
Título Original: My Blueberry Nights
Ano de Produção: 2007
País: França, China, Hong Kong
Estúdio: StudioCanal
Direção: Kar Wai Wong
Roteiro: Kar Wai Wong, Lawrence Block
Elenco: Norah Jones, Jude Law, Natalie Portman
Sinopse:
Elizabeth (Norah Jones) teve seu coração partido em seu último relacionamento. Para se consolar ela começa a frequentar o restaurante de Jeremy (Jude Law) para conversar e arejar melhor suas ideias. E é lá que ela recomeça a reencontrar a si mesmo, para superar seus problemas emocionais e afetivos, procurando recuperar os rumos de sua vida novamente. Filme indicado a Palma de Ouro em Cannes.
Comentários:
O cinema independente tem muita coisa boa para dar aos cinéfilos. Veja o caso dessa pequena produção que encantou muita gente em seu lançamento. Uma produção franco-oriental que realmente traz algo de novo no combalido circuito comercial. O elenco americano deu a falsa impressão a muitos espectadores de que estavam assistindo um filme americano, uma conclusão equivocada. O que faz diferença nesse sutil drama romântico é realmente a leveza da alma oriental, ministrada pelo ótimo cineasta chinês Kar Wai Wong. O roteiro tem seu próprio ritmo, mais calmo e contemplativo. Não há nenhum espaço para o ritmo mais frenético das produções Made in USA que todos estão acostumados. Tudo aqui vai acontecendo da forma mais natural possível, sem atropelos. No elenco temos o destaque da estréia da cantora Norah Jones no cinema. Ela deixou claro que nunca foi uma atriz mas que se esforçava para não fazer feio na tela. E não fez! Sua atuação é digna de elogios mesmo. Também contando com os ótimos Jude Law e Natalie Portman como apoio não poderia ser diferente. Assim "My Blueberry Nights" é de fato um filme pequeno, simples e modesto que cativa o espectador logo nos primeiros momentos. Um belo programa para o fim de semana, principalmente se você estiver bem acompanhado.
Pablo Aluísio.
Título Original: My Blueberry Nights
Ano de Produção: 2007
País: França, China, Hong Kong
Estúdio: StudioCanal
Direção: Kar Wai Wong
Roteiro: Kar Wai Wong, Lawrence Block
Elenco: Norah Jones, Jude Law, Natalie Portman
Sinopse:
Elizabeth (Norah Jones) teve seu coração partido em seu último relacionamento. Para se consolar ela começa a frequentar o restaurante de Jeremy (Jude Law) para conversar e arejar melhor suas ideias. E é lá que ela recomeça a reencontrar a si mesmo, para superar seus problemas emocionais e afetivos, procurando recuperar os rumos de sua vida novamente. Filme indicado a Palma de Ouro em Cannes.
Comentários:
O cinema independente tem muita coisa boa para dar aos cinéfilos. Veja o caso dessa pequena produção que encantou muita gente em seu lançamento. Uma produção franco-oriental que realmente traz algo de novo no combalido circuito comercial. O elenco americano deu a falsa impressão a muitos espectadores de que estavam assistindo um filme americano, uma conclusão equivocada. O que faz diferença nesse sutil drama romântico é realmente a leveza da alma oriental, ministrada pelo ótimo cineasta chinês Kar Wai Wong. O roteiro tem seu próprio ritmo, mais calmo e contemplativo. Não há nenhum espaço para o ritmo mais frenético das produções Made in USA que todos estão acostumados. Tudo aqui vai acontecendo da forma mais natural possível, sem atropelos. No elenco temos o destaque da estréia da cantora Norah Jones no cinema. Ela deixou claro que nunca foi uma atriz mas que se esforçava para não fazer feio na tela. E não fez! Sua atuação é digna de elogios mesmo. Também contando com os ótimos Jude Law e Natalie Portman como apoio não poderia ser diferente. Assim "My Blueberry Nights" é de fato um filme pequeno, simples e modesto que cativa o espectador logo nos primeiros momentos. Um belo programa para o fim de semana, principalmente se você estiver bem acompanhado.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de novembro de 2012
Ted
Muito barulho por nada. Assim definiria toda a repercussão e polêmica que Ted tem causado no Brasil. Acontece que um parlamentar brasileiro levou seu filhinho para assistir Ted e ao se deparar com a temática mais ácida do filme sentiu-se ofendido, ultrajado. Quanta bobagem! Ted não é e nunca foi um filme para crianças. Aliás nada do que faz Seth MacFarlane é indicado para crianças. Seu trabalho utiliza de certos formatos mais associados ao mundo infantil - como desenhos animados, por exemplo - para ironizar a sociedade atual, mas tudo feito com humor adulto. Crianças muito pequenas jamais vão entender as referências pop e as sátiras que MacFarlane escreve. Dito isso o que faltou ao nobre parlamentar foi mesmo um pouco mais de cultura pop para compreender de quem se tratava e o do que ele fazia. Agora deixando essas bobagens de lado vamos falar um pouco sobre o filme. Não é de hoje que conheço a obra de Seth MacFarlane. Acompanho com regularidade suas séries animadas, principalmente "Family Guy" e "American Dad". Acho realmente tudo muito criativo, ácido, corrosivo mesmo. Ele é muito imaginativo e dificilmente assisto algum episódio que deixe a desejar (o nível de qualidade que ele impõe em suas animações é realmente impressionante). Como conheço bem seu trabalho na TV e tendo em vista toda essa polêmica que foi criada em torno do filme acabei criando grandes expectativas em relação a Ted. Estava esperando algo realmente marcante, surpreendente, inovador... bom estava... mas....
Ted é um dos trabalhos mais quadrados que já vi de MacFarlane! Quando o filme acabou eu fiquei perplexo em constatar como ele ficou careta em Hollywood! Claro que há palavrões, humor grosseiro e até desrespeitoso com certos grupos sociais mas isso já se encontra em "Family Guy" em doses generosas há anos. Ted em essência é muito convencional em sua estrutura. A estorinha de amor entre o casalzinho é muito água com açúcar - e o própria narrativa ao estilo conto de fadas é de doer de tão bobinho e forçado. Certo que o ursinho bebe, fuma maconha e sai com prostitutas mas e daí? Isso já se encontra na série de TV Wilfred onde um advogado fuma maconha com seu cãozinho de pelúcia no porão de sua casa. Então não vi nada de original nisso. De certa forma se salvam algumas piadinhas aqui e acolá - em especial as com o filme Flash Gordon que são bem divertidas- mas é pouco. Eu me decepcionei até com a voz que MacFarlane criou para Ted, uma variação pouco inspirada na voz que ele criou para o cachorro Brian de "Family Guy". Logo ele que é um brilhante dublador não teve nem o cuidado de criar algo novo para Ted? Aliás o próprio personagem Ted tem muita coisa de Brian, quase uma cópia fiel. Não houve surpresas então quando apareceu em cena. Em conclusão Ted deixa a desejar. Passa longe da metralhadora criativa de seus trabalhos na TV e derrapa feio no romancezinho sem graça do casal central. Quem diria que esse filme seria tão formulaico hein?! Sorte na próxima vez no cinema Seth, porque nessa sinceramente não deu.
Ted (Ted, Estados Unidos, 2012) Direção: Seth MacFarlane / Roteiro: Seth MacFarlane / Elenco: Mark Wahlberg, Mila Kunis, Seth MacFarlane, Giovanni Ribisi, Patrick Stewart, Norah Jones / Sinopse: John Bennett é um garotinho de oito anos que ganha um ursinho no natal. Após desejar que ele fale seu pequeno brinquedo começa realmente a falar e interagir com todos, o que traz muita felicidade para o pequeno garoto em sua infância. O problema é que após se tornar adulto o urso Ted se torna um problema para ele, principalmente no que diz respeito a seu relacionamento com sua namorada.
Pablo Aluísio.
Ted é um dos trabalhos mais quadrados que já vi de MacFarlane! Quando o filme acabou eu fiquei perplexo em constatar como ele ficou careta em Hollywood! Claro que há palavrões, humor grosseiro e até desrespeitoso com certos grupos sociais mas isso já se encontra em "Family Guy" em doses generosas há anos. Ted em essência é muito convencional em sua estrutura. A estorinha de amor entre o casalzinho é muito água com açúcar - e o própria narrativa ao estilo conto de fadas é de doer de tão bobinho e forçado. Certo que o ursinho bebe, fuma maconha e sai com prostitutas mas e daí? Isso já se encontra na série de TV Wilfred onde um advogado fuma maconha com seu cãozinho de pelúcia no porão de sua casa. Então não vi nada de original nisso. De certa forma se salvam algumas piadinhas aqui e acolá - em especial as com o filme Flash Gordon que são bem divertidas- mas é pouco. Eu me decepcionei até com a voz que MacFarlane criou para Ted, uma variação pouco inspirada na voz que ele criou para o cachorro Brian de "Family Guy". Logo ele que é um brilhante dublador não teve nem o cuidado de criar algo novo para Ted? Aliás o próprio personagem Ted tem muita coisa de Brian, quase uma cópia fiel. Não houve surpresas então quando apareceu em cena. Em conclusão Ted deixa a desejar. Passa longe da metralhadora criativa de seus trabalhos na TV e derrapa feio no romancezinho sem graça do casal central. Quem diria que esse filme seria tão formulaico hein?! Sorte na próxima vez no cinema Seth, porque nessa sinceramente não deu.
Ted (Ted, Estados Unidos, 2012) Direção: Seth MacFarlane / Roteiro: Seth MacFarlane / Elenco: Mark Wahlberg, Mila Kunis, Seth MacFarlane, Giovanni Ribisi, Patrick Stewart, Norah Jones / Sinopse: John Bennett é um garotinho de oito anos que ganha um ursinho no natal. Após desejar que ele fale seu pequeno brinquedo começa realmente a falar e interagir com todos, o que traz muita felicidade para o pequeno garoto em sua infância. O problema é que após se tornar adulto o urso Ted se torna um problema para ele, principalmente no que diz respeito a seu relacionamento com sua namorada.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Norah Jones - Studio 104
Norah Jones - Studio 104
Ultimamente a cantora Nora Jones tem deixado a desejar no que se refere aos seus últimos álbuns. Ele trilhou um caminho mais alternativo que muitas vezes não caiu muito bem, nem em sua voz e nem em seu repertório de baladas. A verdade é que Jones já havia encontrado seu caminho certo desde as primeiras gravações. Foi mexer em time que estava ganhando e deu no que deu. Para relembrar os bons tempos de sua carreira, quando tudo caminhava muito bem vou deixar uma dica diferente. Se trata desse maravilhoso bootleg. Norah Jones tem uma voz linda, com um repertório da mais fina classe.
Aqui ele junta o útil ao agradável, se apresentando na cidade luz, Paris. A gravação foi realizada no Studio 104 (programa de uma popular emissora de rádio parisiense) no dia 26 de janeiro de 2007. É importante prestar atenção na data pois Norah na ocasião estava colhendo os frutos de seu melhor álbum, "Come Away With Me", vencedor de vários prêmios Grammy. Além de ter sido um sucesso de crítica o disco ainda se tornou uma sensação de vendas, batendo os vinte milhões de CDs vendidos - o que em tempos atuais é um número de respeito! Mas deixemos aspectos comerciais de lado, o que realmente importa é a beleza de sua música, essa sim acima de qualquer crítica. Por falar nisso, apesar de ser um bootleg, "Studio 104" não deixa a desejar em termos de qualidade sonora, afinal de contas as emissoras de rádio da Europa são bem equipadas nesse aspecto, sob qualquer ponto de vista técnico que você possa pensar. Assim não deixe de ouvir e curtir uma das mais belas vozes femininas da atualidade. Norah Jones, senhoras e senhores, em seu melhor momento na carreira. Imperdível deixar de conferir todos essas obras primas modernas em suas versões ao vivo.
Norah Jones - Studio 104 (2007)
Cold cold heart
Sunrise
Thinking about you
Sinkin' soon
Not too late
Not my friend
Humble me
Wake me up
Broken
Until the end
Creepin' in
The long way home
Little room
My dear country
Rosie's lullaby
Be my somebody
Don't know why
Come away with me
Encore, applause
Lonestar.
Pablo Aluísio.
Ultimamente a cantora Nora Jones tem deixado a desejar no que se refere aos seus últimos álbuns. Ele trilhou um caminho mais alternativo que muitas vezes não caiu muito bem, nem em sua voz e nem em seu repertório de baladas. A verdade é que Jones já havia encontrado seu caminho certo desde as primeiras gravações. Foi mexer em time que estava ganhando e deu no que deu. Para relembrar os bons tempos de sua carreira, quando tudo caminhava muito bem vou deixar uma dica diferente. Se trata desse maravilhoso bootleg. Norah Jones tem uma voz linda, com um repertório da mais fina classe.
Aqui ele junta o útil ao agradável, se apresentando na cidade luz, Paris. A gravação foi realizada no Studio 104 (programa de uma popular emissora de rádio parisiense) no dia 26 de janeiro de 2007. É importante prestar atenção na data pois Norah na ocasião estava colhendo os frutos de seu melhor álbum, "Come Away With Me", vencedor de vários prêmios Grammy. Além de ter sido um sucesso de crítica o disco ainda se tornou uma sensação de vendas, batendo os vinte milhões de CDs vendidos - o que em tempos atuais é um número de respeito! Mas deixemos aspectos comerciais de lado, o que realmente importa é a beleza de sua música, essa sim acima de qualquer crítica. Por falar nisso, apesar de ser um bootleg, "Studio 104" não deixa a desejar em termos de qualidade sonora, afinal de contas as emissoras de rádio da Europa são bem equipadas nesse aspecto, sob qualquer ponto de vista técnico que você possa pensar. Assim não deixe de ouvir e curtir uma das mais belas vozes femininas da atualidade. Norah Jones, senhoras e senhores, em seu melhor momento na carreira. Imperdível deixar de conferir todos essas obras primas modernas em suas versões ao vivo.
Norah Jones - Studio 104 (2007)
Cold cold heart
Sunrise
Thinking about you
Sinkin' soon
Not too late
Not my friend
Humble me
Wake me up
Broken
Until the end
Creepin' in
The long way home
Little room
My dear country
Rosie's lullaby
Be my somebody
Don't know why
Come away with me
Encore, applause
Lonestar.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de dezembro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Norah Jones - Come Away With Me
Quando Norah Jones surgiu em 2002 o mundo da música necessitava desesperadamente de uma cantora como ela. Com as paradas americanas dominadas completamente pelo Rap e Hip Hop, Norah conseguiu um feito extraordinário: ressuscitar um gênero musical que para muitos estava morto e enterrado, o jazz. Obviamente a sonoridade de Norah não se assemelha ao jazz clássico, dos grandes ídolos do passado, mas sim uma nova roupagem, que não se envergonha de fundir ritmos diversos, como Folk e Soul em uma só mistura, resultando em um produto final belíssimo. O sucesso foi imediato. Norah foi consagrada pela crítica mundial, ganhando cinco prêmios Grammy (Entre eles o de melhor álbum do ano e melhor canção para Don't Know Why) e coroou sua estreia com chave de ouro ao vender mais de 22 milhões de cópias ao redor do mundo, um número realmente assustador para os dias de hoje, onde a pirataria corre solta e os artistas sofrem para vender material oficial. Nada mal para um gênero musical que era dito como coisa do passado, ultrapassado e sem perspectivas futuras.
Muito se teorizou para se procurar a razão de tanto sucesso e impacto. Talvez a resposta seja tão simples que não precise de tese alguma. Norah Jones fez sucesso com Come Away With Me simplesmente porque gravou excelentes canções, embaladas por arranjos de maravilhoso bom gosto, tudo aliado a uma sonoridade ímpar e cativante, que bateu fundo aos ouvintes que àquela altura já estavam fartos de tantos grupos sem consistência, divas fabricadas pelas gravadoras e cantores descartáveis. Norah trouxe qualidade musical em uma época em que isso estava simplesmente em extinção. O resultado dessa equação não poderia ter sido diferente e seu grande sucesso comprovou apenas que as pessoas queriam simplesmente ouvir boa música novamente. Norah também rompeu com velhas fórmulas. No ano em que surgiu a moda era venerar as grandes divas, com explosões de ego, estrelismo e excessos de todos os tipos. As cantoras que estavam em evidência na mídia ou eram estrelas deslumbradas com seu próprio sucesso (como Mariah Carey, que recentemente mostrou toda a sua falta de talento desafinando no funeral de Michael Jackson) ou ídolos teen que, para sobreviverem no meio musical, tiveram que adotar uma postura de vulgaridade explicita (como Britney Spears e similares). Norah, com sua timidez quase patológica rompeu com tudo isso.
Sua carreira evoluiu bastante após o lançamento de Come Away With Me. Norah lançou mais dois CDs, o segundo denominado Feels Like Home flertou apaixonadamente com a Country Music e seu último trabalho, Not Too Late, trouxe o lado compositora da cantora, com faixas compostas pela própria ao lado do produtor Lee Alexander. Mas sem a menor sombra de dúvida foi com Come Away With Me e sua parceria vitoriosa com o chamado Jazz contemporâneo que Norah alcançou suas melhores notas. Uma obra irretocável certamente.
Norah Jones - Come Away With Me
01. "Don't Know Why" (Harris)
02. "Seven Years" (Alexander)
03. "Cold, Cold Heart" (Williams)
04. "Feelin' the Same Way" (Alexander)
05. "Come Away with Me" (Jones)
06. "Shoot the Moon" (Harris)
07. "Turn Me On" (Loudermilk)
08. "Lonestar" (Alexander)
09. "I've Got to See You Again" (Harris)
10. "Painter Song" (Alexander, Hopkins)
11. "One Flight Down" (Harris)
12. "Nightingale" (Jones)
13. "The Long Day Is Over" (Harris, Jones)
14. "The Nearness of You" (Carmichael, Washington)
Pablo Aluísio.
Muito se teorizou para se procurar a razão de tanto sucesso e impacto. Talvez a resposta seja tão simples que não precise de tese alguma. Norah Jones fez sucesso com Come Away With Me simplesmente porque gravou excelentes canções, embaladas por arranjos de maravilhoso bom gosto, tudo aliado a uma sonoridade ímpar e cativante, que bateu fundo aos ouvintes que àquela altura já estavam fartos de tantos grupos sem consistência, divas fabricadas pelas gravadoras e cantores descartáveis. Norah trouxe qualidade musical em uma época em que isso estava simplesmente em extinção. O resultado dessa equação não poderia ter sido diferente e seu grande sucesso comprovou apenas que as pessoas queriam simplesmente ouvir boa música novamente. Norah também rompeu com velhas fórmulas. No ano em que surgiu a moda era venerar as grandes divas, com explosões de ego, estrelismo e excessos de todos os tipos. As cantoras que estavam em evidência na mídia ou eram estrelas deslumbradas com seu próprio sucesso (como Mariah Carey, que recentemente mostrou toda a sua falta de talento desafinando no funeral de Michael Jackson) ou ídolos teen que, para sobreviverem no meio musical, tiveram que adotar uma postura de vulgaridade explicita (como Britney Spears e similares). Norah, com sua timidez quase patológica rompeu com tudo isso.
Sua carreira evoluiu bastante após o lançamento de Come Away With Me. Norah lançou mais dois CDs, o segundo denominado Feels Like Home flertou apaixonadamente com a Country Music e seu último trabalho, Not Too Late, trouxe o lado compositora da cantora, com faixas compostas pela própria ao lado do produtor Lee Alexander. Mas sem a menor sombra de dúvida foi com Come Away With Me e sua parceria vitoriosa com o chamado Jazz contemporâneo que Norah alcançou suas melhores notas. Uma obra irretocável certamente.
Norah Jones - Come Away With Me
01. "Don't Know Why" (Harris)
02. "Seven Years" (Alexander)
03. "Cold, Cold Heart" (Williams)
04. "Feelin' the Same Way" (Alexander)
05. "Come Away with Me" (Jones)
06. "Shoot the Moon" (Harris)
07. "Turn Me On" (Loudermilk)
08. "Lonestar" (Alexander)
09. "I've Got to See You Again" (Harris)
10. "Painter Song" (Alexander, Hopkins)
11. "One Flight Down" (Harris)
12. "Nightingale" (Jones)
13. "The Long Day Is Over" (Harris, Jones)
14. "The Nearness of You" (Carmichael, Washington)
Pablo Aluísio.
Norah Jones - Feels Like Home
Segundo álbum de Norah Jones. Muito se disse na época de seu lançamento que esse trabalho trocava o jazz do primeiro trabalho solo por uma sonoridade nitidamente com sabor country. Não concordo plenamente com essa visão. Certamente há canções de raiz entre as faixas que compõem "Feels Like Home" mas o jazz tradicional que tanto impressionou o mundo no disco de estreia de Norah também está presente. Talvez pelo fato da seleção abrir com "Sunrise" tenha criado essa impressão, não sei, o que sei é que é um trabalho coeso e muito bem arranjado. Muitos críticos se limitam a ouvir apenas as primeiras faixas dos discos e ignoram todo o resto. Muito provavelmente foi o que aconteceu aqui. Embora haja canções country esse definitivamente não é o “Norah Jones Country & Western Album” como muitos querem fazer crer. Eu gosto de insistir em dizer que os melhores trabalhos de Jones são aqueles baseados em piano e quarteto de cordas. Essa é a musicalidade definitiva de Norah Jones, não adianta mudar. De fato quando ela resolveu mudar perdeu consistência. Ela não deve sair de seu caminho melódico mais tradicional. Felizmente "Feels Like Home" deixa o experimentalismo de lado e se decide pelo estilo mais conservador da carreira da cantora. Também convenhamos, esse é apenas seu segundo trabalho - e o sucesso arrasador do primeiro disco não abria margem para mudanças significativas.
A produção é da própria Norah Jones que aqui divide a responsabilidade com Arif Mardin, veterano arranjador e maestro da era de ouro do Jazz americano. A parceria já havia dado muito certo em "Come Away with Me" então não havia razão mesmo para mudar. Já deu para perceber que "Feels Like Home" é de certa forma uma extensão de "Come Away With Me". No conjunto não consegue porém ser melhor que seu antecessor. A seleção musical é inferior. Mesmo assim a gravadora de Norah Jones resolveu investir alto. Para capitalizar em cima de seu nome foram lançados quatro singles do CD! Nos tempos atuais isso é bem incomum. As canções que saíram em single foram "Sunrise", "What Am I to You?" (uma das melhores composições de "Feels Like Home"), "Those Sweet Words" e "Sleepless Nights" (single lançado exclusivamente no mercado do Japão pois a canção virou um tremendo hit por lá). No mais após ouvir todas as faixas tiramos algumas conclusões. A primeira é que Norah Jones ainda canta lindamente, provando mais uma vez que há sim espaço para a boa música atualmente nas paradas. Segundo que country ou não, menos inspirado ou não, o fato é que o álbum foi um grande sucesso de público e crítica. Vendeu mais de 10 milhões de cópias e chegou ao primeiro lugar em praticamente todos os países ocidentais. Não foi tão bem premiado como "Come Away With me" porque afinal aquele levou todos os Grammys importantes de seu ano. Como eu já afirmei "Feels Like Home" é item obrigatório para quem gostou do primeiro CD da cantora. Não é tão brilhante mas mantém um nível de qualidade bem acima do que se produz atualmente. No fundo o que vale a pena mesmo é ouvir a voz de Norah Jones e aqui não há como negar que ela está em momento inspirado. Talento musical certamente não lhe falta.
Norah Jones - Feels Like Home (2004)
Sunrise
What Am I to You?
Those Sweet Words
Carnival Town
In the Morning
Be Here to Love Me
Creepin' In
Toes
Humble Me
Above Ground
The Long Way Home
The Prettiest Thing
Pablo Aluísio.
A produção é da própria Norah Jones que aqui divide a responsabilidade com Arif Mardin, veterano arranjador e maestro da era de ouro do Jazz americano. A parceria já havia dado muito certo em "Come Away with Me" então não havia razão mesmo para mudar. Já deu para perceber que "Feels Like Home" é de certa forma uma extensão de "Come Away With Me". No conjunto não consegue porém ser melhor que seu antecessor. A seleção musical é inferior. Mesmo assim a gravadora de Norah Jones resolveu investir alto. Para capitalizar em cima de seu nome foram lançados quatro singles do CD! Nos tempos atuais isso é bem incomum. As canções que saíram em single foram "Sunrise", "What Am I to You?" (uma das melhores composições de "Feels Like Home"), "Those Sweet Words" e "Sleepless Nights" (single lançado exclusivamente no mercado do Japão pois a canção virou um tremendo hit por lá). No mais após ouvir todas as faixas tiramos algumas conclusões. A primeira é que Norah Jones ainda canta lindamente, provando mais uma vez que há sim espaço para a boa música atualmente nas paradas. Segundo que country ou não, menos inspirado ou não, o fato é que o álbum foi um grande sucesso de público e crítica. Vendeu mais de 10 milhões de cópias e chegou ao primeiro lugar em praticamente todos os países ocidentais. Não foi tão bem premiado como "Come Away With me" porque afinal aquele levou todos os Grammys importantes de seu ano. Como eu já afirmei "Feels Like Home" é item obrigatório para quem gostou do primeiro CD da cantora. Não é tão brilhante mas mantém um nível de qualidade bem acima do que se produz atualmente. No fundo o que vale a pena mesmo é ouvir a voz de Norah Jones e aqui não há como negar que ela está em momento inspirado. Talento musical certamente não lhe falta.
Norah Jones - Feels Like Home (2004)
Sunrise
What Am I to You?
Those Sweet Words
Carnival Town
In the Morning
Be Here to Love Me
Creepin' In
Toes
Humble Me
Above Ground
The Long Way Home
The Prettiest Thing
Pablo Aluísio.
Norah Jones – Little Broken Hearts
Não é novidade para ninguém que adoro Norah Jones mas esse último CD que foi lançado há pouco é bem decepcionante, sinto dizer. No começo pensei tratar-se do fato de não conhecer muito bem o material (a tal síndrome da primeira audição, sempre muito complicada). O problema é que mesmo após algum tempo continuei a não gostar do resultado do disco. Nenhuma grande melodia me prendeu, não achei os arranjos particularmente bem produzidos e marcantes, até mesmo a voz da minha cantora preferida soa sem vida, sem emoção. Essa situação toda me deixou surpreso pois jamais pensaria que escreveria algo assim logo da Norah Jones. Outro ponto complicado é o fato de terem relegado o piano para segundo plano nos arranjos. Como é possível tomarem uma decisão tão infeliz como essa? Logo com a Norah que é pianista de mão cheia? E a troco de quê? De arranjos tão sem graça como o que ouvimos em músicas como “Good Morning” que sinceramente falando é bem maçante e redundante Realmente é decepcionante, não há muito o que comentar. Norah perdeu muita musicalidade nessa infeliz produção de Brian Burton, também conhecido como Danger Mouse (seja lá o que isso signifique).
A maioria das letras é depressiva e melancólica. Não a bela melancolia do primeiro álbum de Norah Jones, “Come Away With Me” mas sim uma melancolia chata, tediosa que não chega a lugar nenhum. Tudo tenta parecer moderninho demais na minha visão. Curiosamente de modo em geral o álbum recebeu críticas positivas lá fora. Além disso teve bom resultado comercial. Atribuo isso ao fato das pessoas terem esperado bastante pelo CD novo da Norah. Além disso essa sonoridade digamos. mais experimental. sempre ganha a simpatia daqueles que escrevem sobre música, principalmente nos EUA. De minha parte não gostei de praticamente nada – nem da capa que homenageia o filme. Mudhoney. Prefiro as capas mais bonitas, elegantes e bem trabalhadas dos CDs anteriores de Norah. Aqui foi caso de antipatia imediata só de olhar para aquele visual retrô trash. Enfim, o disco pode ser considerado até mesmo o mais ousado e experimental da cantora até agora mas a despeito disso não me fisgou em nada. Prefiro a Norah Jones mais tradicional, tocando piano e cantando suavemente seu lindo repertório jazzístico dos trabalhos anteriores. Esse som techno cult não me atraiu em absolutamente nada mesmo. Espero que ela volte ao velho estilo em seu próximo trabalho. Dias melhores virão!
Norah Jones – Little Broken Hearts (2012)
01. Good Morning
02. Say Goodbye
03. Little Broken Hearts
04. She’s 22
05. Take It Back
06. After The Fall
07. 4 Broken Hearts
08. Travelin’ On
09. Out On The Road
10. Happy Pills
11. Miriam
12. All A Dream
Pablo Aluísio.
A maioria das letras é depressiva e melancólica. Não a bela melancolia do primeiro álbum de Norah Jones, “Come Away With Me” mas sim uma melancolia chata, tediosa que não chega a lugar nenhum. Tudo tenta parecer moderninho demais na minha visão. Curiosamente de modo em geral o álbum recebeu críticas positivas lá fora. Além disso teve bom resultado comercial. Atribuo isso ao fato das pessoas terem esperado bastante pelo CD novo da Norah. Além disso essa sonoridade digamos. mais experimental. sempre ganha a simpatia daqueles que escrevem sobre música, principalmente nos EUA. De minha parte não gostei de praticamente nada – nem da capa que homenageia o filme. Mudhoney. Prefiro as capas mais bonitas, elegantes e bem trabalhadas dos CDs anteriores de Norah. Aqui foi caso de antipatia imediata só de olhar para aquele visual retrô trash. Enfim, o disco pode ser considerado até mesmo o mais ousado e experimental da cantora até agora mas a despeito disso não me fisgou em nada. Prefiro a Norah Jones mais tradicional, tocando piano e cantando suavemente seu lindo repertório jazzístico dos trabalhos anteriores. Esse som techno cult não me atraiu em absolutamente nada mesmo. Espero que ela volte ao velho estilo em seu próximo trabalho. Dias melhores virão!
Norah Jones – Little Broken Hearts (2012)
01. Good Morning
02. Say Goodbye
03. Little Broken Hearts
04. She’s 22
05. Take It Back
06. After The Fall
07. 4 Broken Hearts
08. Travelin’ On
09. Out On The Road
10. Happy Pills
11. Miriam
12. All A Dream
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Norah Jones - Stay With Me
Minha dica de CD hoje vai para Stay With Me de Norah Jones. Nem adianta procurar na discografia americana da cantora porque esse é um lançamento não oficial. Me fez lembrar as discografias dos cantores e bandas dos anos 60, onde a liberdade de lançamentos das filias em relação às majors americanas era tamanho que muitas vezes cada país lançava suas próprias discografias, com várias características próprias, muitas vezes misturando discos originais para dar origem a um título totalmente novo e diferente do que era lançado lá fora. Exemplos? Temos muitos. Quem não se lembra do bastardo "Beatlemania" da discografia brasileira dos Beatles (único no mundo), ou então o BKL 60, o primeiro álbum de Elvis Presley lançado no Brasil, que tinha como capa a mesma de um compacto duplo americano lançado nos anos 50! Interessante é que acredito que Stay With Me não tenha sido nem lançado em vários países (só achei referências de seu lançamento na Itália, Brasil e Espanha). Isso demonstra que a cantora tem ganhado cada vez espaço pois definitivamente bootlegs de uma forma em geral é coisa típica de grandes nomes. Ao restante dos artistas mortais só resta o limbo de sua discografia oficial, que muitas vezes nem sequer é suficiente para capturar o talento do cantor ou cantora.
O CD traz uma interessante e curiosa coleção de faixas daquela que para mim até agora é a melhor fase da Norah Jones. A Tônica é praticamente toda de baladas Jazz, com pequenas nuances folks e flertes rápidos com o cenário indie. Existe espaço até mesmo para uma faixa bem experimental que fecha o álbum, a estranha (mas bela) In a Whisper. Embora a cantora tenha passeado por alguns estilos ao longo da carreira, com resultados diversos, sua força vem do instrumental mais bem elaborado, dos arranjos sofisticados e da boa produção de suas faixas de estúdio. Tudo isso você vai encontrar nessa coletânea que vai desde os momentos mais manjados (Como Day Is Done, muito conhecida entre os fãs) até momentos bem mais discretos (e obscuros) de sua discografia como Wait (que tem uma batida bem anos 70). E que tal o balanço nitidamente latino de Mora Than This? Nada mal hein? Como a cantora tem poucos discos lançados oficialmente, Stay With me é uma boa pedida para conhecer esse tipo de faixa bem menos badalada. Confira e você não irá se arrepender.
Norah Jones - Stay With Me
01. Day Is Done
02. Peace
03. What Am I to You
04. No Easy Way Down
05. More Than This
06. Something I Calling You
07. I'll Be Your Baby Tonight
08. Ruler of the Day
09. In the Dark
10. Butterflies
11. Wait
12. In a Whisper
Pablo Aluísio.
O CD traz uma interessante e curiosa coleção de faixas daquela que para mim até agora é a melhor fase da Norah Jones. A Tônica é praticamente toda de baladas Jazz, com pequenas nuances folks e flertes rápidos com o cenário indie. Existe espaço até mesmo para uma faixa bem experimental que fecha o álbum, a estranha (mas bela) In a Whisper. Embora a cantora tenha passeado por alguns estilos ao longo da carreira, com resultados diversos, sua força vem do instrumental mais bem elaborado, dos arranjos sofisticados e da boa produção de suas faixas de estúdio. Tudo isso você vai encontrar nessa coletânea que vai desde os momentos mais manjados (Como Day Is Done, muito conhecida entre os fãs) até momentos bem mais discretos (e obscuros) de sua discografia como Wait (que tem uma batida bem anos 70). E que tal o balanço nitidamente latino de Mora Than This? Nada mal hein? Como a cantora tem poucos discos lançados oficialmente, Stay With me é uma boa pedida para conhecer esse tipo de faixa bem menos badalada. Confira e você não irá se arrepender.
Norah Jones - Stay With Me
01. Day Is Done
02. Peace
03. What Am I to You
04. No Easy Way Down
05. More Than This
06. Something I Calling You
07. I'll Be Your Baby Tonight
08. Ruler of the Day
09. In the Dark
10. Butterflies
11. Wait
12. In a Whisper
Pablo Aluísio.
Norah Jones - Marian McPartland’s Piano Jazz
Esse CD, Norah Jones - Marian McPartland’s Piano Jazz, é um bootleg extremamente interessante. Para quem aprecia boa música o programa de Marian McParland, que pode ser ouvido inclusive pelo site da NPR Radio de Nova Iorque (http://www.npr.org) sempre traz grandes convidados para tocar e conversar sobre jazz music. Um show de sofisticação e bom gosto. Aqui nesse bootleg a ótima cantora Norah Jones esbanja talento e sofisticação. Curiosamente com ela se repete algo que aconteceu inclusive com cantores do passado como Elvis Presley e Johnny Cash, ou seja, alguns de seus bootlegs conseguem ser bem melhores do que alguns discos oficiais. Nesse CD em especial temos apenas nove faixas cantadas por Norah, pois as demais são apenas bate papos entre a cantora e a apresentadora do programa.
Uma conversação muito curiosa aliás, pois Jones mais uma vez se revela uma pessoa tímida, levemente nervosa e parecendo sempre pouco à vontade. Risinhos nervosos surgem aqui e acolá. Norah desfila entre as canções de seus discos oficiais e alguns outros standarts da música americana, arrasando inclusive em faixas completamente instrumentais (ela é uma pianista de mão cheia). Ultimamente tenho ouvido bastante esse Piano Jazz, mais até do que os últimos CDs oficiais da cantora. Fica a dica preciosa: se é fã e não ouviu ainda corra atrás (e aproveite para conhecer o excelente programa de Marian McParland no link que postei, vai valer muito a pena, tenho certeza).
Norah Jones - Marian McPartland’s Piano Jazz, New York City, NY
Conversation
September in the Rain
Conversation
In the Dark
Conversation
Comes Love
Conversation
For All We Know
Conversation
I Can’t Get Started
Conversation
Don’t Know Why
Conversation
Peace
Conversation
The Nearness of You
Conversation
A Beautiful Friendship
Conversation
Pablo Aluísio.
Uma conversação muito curiosa aliás, pois Jones mais uma vez se revela uma pessoa tímida, levemente nervosa e parecendo sempre pouco à vontade. Risinhos nervosos surgem aqui e acolá. Norah desfila entre as canções de seus discos oficiais e alguns outros standarts da música americana, arrasando inclusive em faixas completamente instrumentais (ela é uma pianista de mão cheia). Ultimamente tenho ouvido bastante esse Piano Jazz, mais até do que os últimos CDs oficiais da cantora. Fica a dica preciosa: se é fã e não ouviu ainda corra atrás (e aproveite para conhecer o excelente programa de Marian McParland no link que postei, vai valer muito a pena, tenho certeza).
Norah Jones - Marian McPartland’s Piano Jazz, New York City, NY
Conversation
September in the Rain
Conversation
In the Dark
Conversation
Comes Love
Conversation
For All We Know
Conversation
I Can’t Get Started
Conversation
Don’t Know Why
Conversation
Peace
Conversation
The Nearness of You
Conversation
A Beautiful Friendship
Conversation
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Norah Jones - Foreverly by Billie Joe + Norah
Todos sabem que sou fã número 1 da cantora Norah Jones. Aqui no blog mesmo fiz pequenas resenhas de praticamente toda a sua discografia. Quando esse projeto foi anunciado achei simplesmente genial, afinal de contas seria uma releitura dos maiores sucessos da ótima dupla Everly Brothers, de quem também sou admirador. As expectativas, como pode se ver eram as melhores possíveis. Norah Jones faria dupla no CD com o vocalista (e enfezadinho) cantor Billie Joe Armstrong do Green Day. Até gosto dessa banda, cheguei a ouvir bastante seu álbum "American Idiot" feito em "homenagem" ao presidente americano George W. Bush. Sim, o álbum prometia muito mesmo mas...
Logo nas primeiras audições ficou aquele gostinho de decepção. Não me entendam mal, o álbum é muito bem produzido, lindamente interpretado por Norah e Billie mas seu grande mal é que todas as gravações são absurdamente fiéis aos registros originais dos Everly Brothers. Não há qualquer inovação. Se fosse um filme seria um remake cena a cena, sem um pingo de ousadia e originalidade. Nem uma linha a mais ou a menos. Os arranjos são completamente iguais às gravações dos Everlys Brothers, sem tirar nem colocar nenhum instrumento. Não era bem isso que eu esperava encontrar.
Para quem tem vários CDs da dupla dos anos 50 o som das faixas desse álbum vai soar completamente sem novidades. Esperava algo mais pulsante, mais marcante, inovador acima de tudo. Respeito demais à obra original às vezes atrapalha quando se fala em música. Até a vocalização soa completamente idêntica. Norah faz a segunda voz para Billie Joe Armstrong se transformar em um verdadeiro cover dos Everlys. Na minha opinião o que faltou mesmo foi a presença de um produtor autoral nos estúdios, uma pessoa que dissesse para esses grandes músicos algo do tipo: "Ok, são belas músicas, mas vamos dar a nossa interpretação delas"! Como o CD foi produzida pela própria dupla Norah e Billie, isso não aconteceu. Eles foram lá e fizeram seus covers. É pouco, muito pouco.
Título Original: Foreverly by Billie Joe + Norah
Cantores: Billie Joe Armstrong, Norah Jones
Ano de Produção: 2013
Data de Lançamento: Novembro de 2013
Gênero: Folk, Country
Produção: Billie Joe Armstrong, Norah Jones
Gravadora: Reprise Records
Faixas: Roving Gambler / Long Time Gone / Lightning Express / Silver Haired Daddy of Mine / Down in the Willow Garden / Who's Gonna Shoe Your Pretty Little Feet? / Oh So Many Years / Barbara Allen / Rockin' Alone (In an Old Rockin' Chair) / I'm Here to Get My Baby Out of Jail / Kentucky / Put My Little Shoes Away
Pablo Aluísio.
Logo nas primeiras audições ficou aquele gostinho de decepção. Não me entendam mal, o álbum é muito bem produzido, lindamente interpretado por Norah e Billie mas seu grande mal é que todas as gravações são absurdamente fiéis aos registros originais dos Everly Brothers. Não há qualquer inovação. Se fosse um filme seria um remake cena a cena, sem um pingo de ousadia e originalidade. Nem uma linha a mais ou a menos. Os arranjos são completamente iguais às gravações dos Everlys Brothers, sem tirar nem colocar nenhum instrumento. Não era bem isso que eu esperava encontrar.
Para quem tem vários CDs da dupla dos anos 50 o som das faixas desse álbum vai soar completamente sem novidades. Esperava algo mais pulsante, mais marcante, inovador acima de tudo. Respeito demais à obra original às vezes atrapalha quando se fala em música. Até a vocalização soa completamente idêntica. Norah faz a segunda voz para Billie Joe Armstrong se transformar em um verdadeiro cover dos Everlys. Na minha opinião o que faltou mesmo foi a presença de um produtor autoral nos estúdios, uma pessoa que dissesse para esses grandes músicos algo do tipo: "Ok, são belas músicas, mas vamos dar a nossa interpretação delas"! Como o CD foi produzida pela própria dupla Norah e Billie, isso não aconteceu. Eles foram lá e fizeram seus covers. É pouco, muito pouco.
Título Original: Foreverly by Billie Joe + Norah
Cantores: Billie Joe Armstrong, Norah Jones
Ano de Produção: 2013
Data de Lançamento: Novembro de 2013
Gênero: Folk, Country
Produção: Billie Joe Armstrong, Norah Jones
Gravadora: Reprise Records
Faixas: Roving Gambler / Long Time Gone / Lightning Express / Silver Haired Daddy of Mine / Down in the Willow Garden / Who's Gonna Shoe Your Pretty Little Feet? / Oh So Many Years / Barbara Allen / Rockin' Alone (In an Old Rockin' Chair) / I'm Here to Get My Baby Out of Jail / Kentucky / Put My Little Shoes Away
Pablo Aluísio.
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