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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

1 Dia 2 Pais

Título no Brasil: 1 Dia 2 Pais
Título Original: Fathers' Day
Ano de Lançamento: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Francis Veber, Lowell Ganz
Elenco: Robin Williams, Billy Crystal, Julia Louis-Dreyfus

Sinopse:
Um jovem desaparece. Desesperada, a mãe liga para dois ex-namorados. Um deles certamente é o pai do rapaz. Então eles partem em busca do seu paradeiro, mesmo sabendo que conviver juntos não vai ser nada fácil pois são dois caras completamente diferentes entre si. 

Comentários:
Mais uma comédia do Robin Williams rodada nos anos 90. A ideia inicial parecia muito boa, unir seu talento com outro comediante famoso da época, o Billy Crystal, que inclusive era o mestre de cerimônias do Oscar. Na direção um craque do humor, o sempre interessante Ivan Reitman. Apesar de todos os nomes envolvidos, gente talentosa sem dúvida, o filme não deu muito certo. O roteiro era inegavelmente fraco e o Robin Williams estava muito noiado durante as filmagens. Ele tinha esse velho problema com cocaína que acompanhava ele desde os primeiros anos e durante esse período de sua vida, quando o filme foi produzido, ele estava mais loucão do que nunca. Esquecia as falas e ficava incontrolável no set de filmagens. A crítica também não gostou do que viu e o filme teve uma bilheteria abaixo do esperado, mal se pagando os custos de produção. Terminado tudo, o Robin Williams se internou numa clínica de reabilitação para ter uma segunda chance e o Billy Crystal seguiu apresentando a grande noite do cinema. Hoje em dia essa fita está praticamente esquecida. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Amigos, Sempre Amigos

Título no Brasil: Amigos, Sempre Amigos
Título Original: City Slickers
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Ron Underwood
Roteiro: Lowell Ganz, Babaloo Mandel
Elenco: Billy Crystal, Jack Palance, Daniel Stern, Patricia Wettig, Helen Slater, Noble Willingham

Sinopse:
Quase completando 40 anos, um azarado yuppie de Manhattan é convocado para se juntar a seus dois amigos em uma viagem de transporte de gado no oeste americano. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Jack Palance).

Comentários:
Era para ser uma comédia de rotina, sem maiores pretensões. A carreira do ator e comediante Billy Crystal ia sempre nessa linha, de divertimento para toda a família, filmes que eram diversões e passatempos inofensivos. E essa fita não fugia muito dessa fórmula, só que surpreendeu todo mundo ao ser premiada em festivais de cinema bem importantes, inclusive a própria Academia que deu a estatueta do Oscar para o veterano ator Jack Palance por sua atuação. Ficou meio óbvio que o Oscar foi dado mesmo pelo conjunto da obra e não exatamente por esse filme em si. Geralmente grandes veteranos que nunca foram premiados em nada durante uma longa carreira acabam vencendo esses "prêmios de consolação". De qualquer forma o papel do bom e velho Palance é interessante e ele se esforça bem para agradar ao público e aos críticos de plantão. Deu certo, é meio esquecível, mas tudo bem, na época funcionou bem, tanto que ele foi premiado em praticamente todos os grandes prêmios do cinema naquele ano. Na noite da premiação do Oscar ele também divertiu todo mundo fazendo flexões em pleno palco para provar que estava em boa forma. Foi um momento engraçado da história do Oscar, sem dúvida.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Joga a Mamãe do Trem

Título no Brasil: Joga a Mamãe do Trem
Título Original: Throw Momma from the Train
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Danny DeVito
Roteiro: Stu Silver
Elenco: Danny DeVito, Billy Crystal, Rob Reiner, Anne Ramsey, Oprah Winfrey, Branford Marsalis, Kim Greist

Sinopse:
Um homem divorciado não aguenta mais a ex-esposa. Um homem que nunca se casou e ainda mora com a mãe, não suporta mais a megera que vive lhe humilhando. Por que eles não decidem resolver o problema um do outro? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Anne Ramsey).

Comentários:
Essa fórmula foi muito usada no passado em livros de Agatha Christie e em filmes de Alfred Hitchcock. A coisa pode se resumir na seguinte frase: "Você mata quem eu quero matar e eu mato quem você quer matar". Com a troca de álibis, todo mundo consegue escapar da cadeia. Cruel demais? Não nesse filme onde tudo é levado no humor, na base da comédia. O elenco está ótimo, em uma sincronia incrível. O projeto foi bem pessoal por parte de Danny DeVito, que dirigiu o filme com enorme prazer. Billy Cristal surge em seu tipo habitual, aquele cara comum que se vê em uma enrascada daquelas. Porém o grande nome desse elenco é a atriz Anne Ramsey. Ela foi inclusive indicada ao Oscar por essa atuação, algo bem raro de acontecer em se tratando de comédias. Ela está excelente como a mãe megera do personagem de Danny DeVito. Ele não aguenta mais a mãe rabugenta e quer encontrar um jeito de se livrar dela. As tentativas de matar a senhora ficaram muito engraçadas. Esse aliás era o tipo de personagem mais comum na carreira de Anne Ramsey. Infelizmente esse seria um de seus últimos filmes pois ela morreria um ano depois do lançamento do filme. Enfim, deixc aqui a dica dessa comédia realmente divertida e muito engraçada dos anos 80.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

A Máfia Volta ao Divã

Título no Brasil: A Máfia Volta ao Divã
Título Original: Analyze That
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros., Village Roadshow Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Kenneth Lonergan, Peter Tolan
Elenco: Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Joe Viterelli, Cathy Moriarty, Jerome Le Page

Sinopse:
Depois de passar anos fazendo análise com o Dr. Ben Sobel (Billy Crystal) em Nova Iorque, o mafioso Paul Vitti (Robert De Niro) finalmente recebe alta de seu médico. Mas quem disse que ele estaria realmente curado? O caos que vem logo a seguir surge para provar que não, absolutamente nada está curado!

Comentários:
É a tal coisa. Se formos analisar bem, chegaremos facilmente na conclusão que só havia material para um filme. E o humor já havia se esgotado no primeiro filme, lançado em 1999, chamado "Máfia no Divã". Só que o diretor Harold Ramis cometeu a falha de tentar novamente, fazer uma sequência. A graça vinha do choque de personalidades, entre um mafioso italiano ignorante e casca grossa e um psicanalista judeu de Nova Iorque. Assim o primeiro filme se salvou, muito por causa do carisma da dupla central de atores. Só que como fez sucesso, aquela comédia acabou gerando essa sequência totalmente desnecessária.. que nem deveria existir. O resultado é pra lá de morno e o pior de tudo, acabou ficando também sem graça. O personagem de Robert De Niro perdeu totalmente a linha, se transformando simplesmente em um tolo, um bobalhão! Acredito até mesmo que a comunidade ítalo-americana que vive nos Estados Unidos ficou com os cabelos em pé, tamanha a quantidade de estereótipos caricatos utilizados pelo roteiro. Parece que desenterraram todas as piadas sobre "carcamanos" da história para ser utilizado em um só filme! No final de tudo a melhor definição é aquela que compara o filme a uma pizza fria que sobrou da noite anterior. Ficou sem sabor,  sem graça. Nem como prato requentado serviria mais. Enfim, muito talento jogado fora em troca de nada.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Monstros S.A.

Imagine que o Bicho Papão é um operário comum que todo dia bate ponto na fábrica. Nada mais do que isso. Partindo dessa ideia simples (e original) a Pixar produziu essa simpática animação chamada apropriadamente de "Monstros S.A.", Dois aspectos interessantes aqui. O primeiro é que a Pixar foi realmente uma produtora diferenciada no mercado das animações milionárias da indústria cinematográfica americana. Longe das amarras e tabus, seus criadores deram asas à imaginação, criando universos novos que foram grandes sucessos de bilheteria - isso claro até a toda poderosa Disney comprar todo o estúdio, transformando tudo em apenas mais um de seus departamentos criativos.

O outro ponto digno de nota é que os personagens eram criados à imagem e semelhança dos atores que os dublavam. Uma ideia muito interessante que deu mais do que certo. Assim o tampinha em forma de ervilha Mike tinha todas as características de Billy Crystal, chatinho e falando pelos cotovelos. Seu colega de "fábrica" o felpudo Sullivan lembrava muito o próprio corpanzil de  John Goodman. A dupla se entrosou perfeitamente o que contribuiu ainda mais para o êxito dessa animação. Por isso procure pelas versões legendadas, até porque a Pixar não fazia exatamente suas animações apenas para a criançada. O roteiro, cheio de tiradas criativas que só os adultos entenderiam completamente, era feito também para os pais que iam ao cinema. Agradando a todos os públicos a Pixar só poderia mesmo encher seus cofres com as gordas bilheterias. Tacada de mestre.

Monstros S.A. (Monsters, Inc, Estados Unidos, 2001) Direção: Pete Docter, David Silverman / Roteiro: ete Docter, Jill Culton / Elenco:  Billy Crystal, John Goodman, Mary Gibbs / Sinopse: Dos mesmos autores de "Toy Story" e "Wall-E" essa animação conta a estorinha de dois amigos, operários, que trabalham numa "fábrica" de sustos na função de "bicho-papão". Tudo muda quando eles encontram uma garotinha que não fica assustada com a presença deles. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Música Original ("If I Didn't Have You" de Randy Newman). Também indicado nas categorias de Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição de Som e Melhor Animação do Ano.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de novembro de 2017

O Comediante

Robert De Niro interpreta um comediante de stand-up que tenta ganhar a vida, apesar de já estar com a carreira em plena decadência. Nos anos 70 ele conseguiu popularidade atuando em uma série de TV, uma sitcom, o que lhe garante ainda algumas apresentações em pequenos bares e espeluncas. Numa delas, ele sai no braço com uma pessoa da plateia e acaba sendo condenado a prestar serviços comunitários. E é justamente quando faz esse serviço que acaba conhecendo uma mulher divorciada que pode revitalizar sua vida pessoal e profissional. Pela breve sinopse você poderia pensar que "O Comediante" é um tipo de drama, como os que De Niro fazia nos bons e velhos tempos, só que não é bem isso. O filme opta mesmo pelo convencional, se limitando a contar uma história de amor pincelada com momentos de humor, principalmente quando o ator sobe no palco para fazer suas apresentações. Nesse ponto cabem alguns elogios ao trabalho de De Niro pois ele se sai muito bem como comediante de stand-up, isso apesar de nunca ter feito esse tipo de trabalho em sua carreira ao longo de todos esses anos. Alguns podem até vir a se incomodar um pouco com os palavrões e piadas chulas, de baixo nível, mas isso no final das contas faz também parte do jogo.

Outro ponto a se destacar é o elenco de apoio, todo formado por veteranos (e amigos de longa data de De Niro). Assim lá estão Danny DeVito (como seu irmão judeu que precisa segurar as pontas quando a situação financeira dele vai de mal a pior), Harvey Keitel (como o pai da mulher por quem se apaixona, algo que vai criar muitos atritos entre eles) e Billy Crystal (numa pontinha rápida, passada em um elevador, quando eles trocam algumas farpas e pequenas provocações em forma de piadas). O filme assim é convencional, calcado em um roteiro redondinho e em determinados momentos bem clichê, mas que acaba se salvando no final pelos nomes envolvidos em sua realização.

O Comediante (The Comedian, Estados Unidos, 2016) Direção: Taylor Hackford / Roteiro: Art Linson, Jeffrey Ross / Elenco: Robert De Niro, Harvey Keitel, Danny DeVito, Leslie Mann, Billy Crystal / Sinopse: Ao chegar perto dos 70 anos de idade um comediante veterano tenta sobreviver, arranjando trabalhos cada vez mais inconsistentes. Tudo parece ir de mal a pior até que acaba conhecendo uma mulher divorciada que pode ser a pessoa que vai mudar sua vida para sempre.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de julho de 2016

Esqueça Paris

Título no Brasil: Esqueça Paris
Título Original: Forget Paris
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Billy Crystal
Roteiro: Billy Crystal, Lowell Ganz
Elenco: Billy Crystal, Debra Winger, Joe Mantegna
  
Sinopse:
Mickey Gordon (Billy Crystal) é uma referência no mundo dos esportes dentro dos Estados Unidos. Aposentado e curtindo a vida ele precisa viajar para a França para o funeral de seu pai. Ellen Andrews Gordon (Debra Winger) é uma americana que vive em Paris. Eles se encontram lá e se apaixonam. Tudo é relembrado em flashback durante um jantar, numa mesa de restaurante. Filme premiado pelo Italian National Syndicate of Film Journalists.

Comentários:
Na década de 90 eu ia anotando em um caderninho os filmes que ia assistindo. Hoje em dia com a internet isso soa tão bobo, mas de qualquer maneira me serviu como registro dos filmes que havia assistido (e que depois de um certo tempo me esqueci completamente de tê-los vistos). Pois bem, segundo esses registros em outubro de 1997 eu conferi essa simpática comédia romântica "Forget Paris". Eu sempre tive simpatia pelo Billy Crystal pois sempre o considerei um comediante muito bom, com piadas "limpas" e isentas de baixarias (que infelizmente imperam no humor nos dias atuais). O filme é familiar, romântico e com belo visual, se aproveitando de belos cenários noturnos. Era aquele tipo de fita que você levava para casa sabendo que não seria o filme principal do fim de semana, mas que serviria para matar o tempo, sem aborrecimentos. Como foi produzido pela Castle Rock muito provavelmente foi lançado no Brasil pelo selo Abril Vídeo. Então basicamente é isso. Uma comédia leve, divertida e romântica estrelada pelo bom Crystal. Como o filme foi roteirizado e dirigido por ele mesmo o ator surge de forma bem casual, à vontade. A beleza de Debra Winger torna tudo ainda mais interessante. Enfim... Não é uma obra prima e tampouco chega a ser memorável, mas de certa maneira agrada bem quem estiver em busca de um entretenimento de bom gosto.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Harry & Sally

Título no Brasil: Harry & Sally - Feitos um Para o Outro
Título Original: When Harry Met Sally...
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher, Bruno Kirby 

Sinopse:
Por mero acaso Harry (Billy Crystal) acaba encontrando Sally (Ryan) numa viagem. Eles se conhecem superficialmente do passado. Ela não vai muito com sua cara, pois Harry é expansivo e fala pelos cotovelos. Porém, conforme o tempo passa eles acabam se tornando grandes amigos, numa amizade que vai crescendo conforme as desilusões amorosas de ambos vão se acumulando. Sempre frustrados no amor, eles levam algum tempo para entender que são mesmo feitos um para o outro.

Comentários:
Fazia muitos anos que tinha assistido pela última vez. Então, numa dessas madrugadas da vida, acabei esbarrando no filme. Sem nada para fazer fui revendo sem muito compromisso e então de repente o revi praticamente todo. É uma comédia romântica que ainda mantém seu charme intacto. O roteiro é de fato muito primoroso em explorar a chamada friendzone, a zona limite que separa a amizade do amor. Os dois personagens principais possuem tudo em comum, inclusive gostos pessoais (a cena em que ambos assistem a uma antiga fita de romance na TV enquanto conversam ao telefone mostra bem isso), mas apesar de tudo a favor não conseguem enxergar que sua alma gêmea está bem diante de seu nariz. Billy Crystal se apoia em seu carisma habitual, ora como um sujeito meio inconveniente, ora como um ombro amigo. Meg Ryan está linda, jovem e muito carismática também. É uma pena que a atriz não tenha envelhecido com elegância, pois ao invés de assumir suas marcas do tempo, partiu para uma série de cirurgias plásticas desastrosas que destruiu seu belo rosto. De qualquer maneira "Harry & Sally - Feitos um Para o Outro" resistiu muito bem ao tempo. Sem dúvida deixará muitas saudades de quem o viu na época, em um tempo onde todos eram jovens, bonitos e felizes.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Os Queridinhos da América

Hollywood muitas vezes gosta de se auto parodiar, mostrando os aspectos mais bizarros de seus astros e estrelas. Faz parte do jogo, até porque a paródia pode muitas vezes ser usada como auto promoção também. Esse filme nasceu da parceria entre o comediante Billy Crystal (que assinou o roteiro) e a estrela e diva suprema Julia Roberts. A intenção fica óbvia desde a primeira cena, o roteiro nada mais é do que uma tentativa bem humorada de criticar a frivolidade e o superficialismo que atinge muitos astros e estrelas na indústria do cinema americano. Exigências descabidas, ataques de estrelismo e outros absurdos desfilam pela tela apenas como uma forma leve de divertir. Talvez o maior problema dessa comédia meio sem graça tenha sido justamente isso. Crystal fez uma sátira, mas tão polida e inofensiva que ficou superficial demais, diria até mesmo chatinha.

Julia Roberts parece estar se divertindo como nunca, pena que nesse processo ela esqueceu de divertir o público também. Outro aspecto interessante é que ela tentou não manchar sua imagem, assumindo um papel bonitinho, simpático, deixando a antipatia do estrelato (que muitas vezes foi atribuído a ela, Julia Roberts, na vida real) para a atriz Catherine Zeta-Jones (que curiosamente dizem ser uma pessoa muito fácil de se trabalhar, uma profissional séria e equilibrada, bem ao contrário do que se fala muito de Julia Roberts nos bastidores de seus filmes!). Talvez nisso resida toda a ironia dessa produção. A diva antipática surgindo como boazinha em cena e a excelente profissional sendo mostrada como uma estrela boba, deslumbrada com o próprio sucesso! Nessa inversão completa de papéis o espectador fica esperando pela grande graça do filme, que nunca chega. Assim, no final, percebemos que "America's Sweethearts" não consegue atingir nenhum de seus objetivos, não é ácido suficiente com as superficialidades de Hollywood e nem tampouco faz rir de verdade. Um verdadeiro desperdício.

Os Queridinhos da América (America's Sweethearts, Estados Unidos, 2001) Direção: Joe Roth / Roteiro: Billy Crystal, Peter Tolan / Elenco: Julia Roberts, John Cusack, Billy Crystal, Catherine Zeta-Jones, Stanley Tucci, Christopher Walken, Alan Arkin / Sinopse: Comédia romântica de sucesso celebrando o estrelismo da atriz Julia Roberts. Filme vencedor do ASCAP Film and Television Music Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Meu Gigante Preferido

Esse tipo de filme não me agrada muito. Sempre que um roteiro apela para características físicas das pessoas para fazer graça algo me soa como vulgar e apelativo. Esse aqui é um exemplo disso. Muitas das situações se apoiam no fato do personagem ser absurdamente alto em relação ao papel interpretado pelo Bllly Crystal, que até é um cara que eu simpatizo, mas que de vez em quando entra em cada filme bomba que vou te contar.
    
Esse é outro daqueles filmes esquecíveis. Você assiste e quando vira a esquina, se esquece que um dia o assistiu. No meu caso vi por canal a cabo - provavelmente HBO. É curioso ocmo certos filmes você jamais esquece, enquanto outros são tragados pelos vazios da memória. Se você não anotar em algum lugar vai ficar com a impressão de que nunca viu. Essa comédia que tenta tirar humor da altura desproporcional do personagem é um desses filmes. Pensando bem, era melhor eu ter esquecido que um dia o vi.

Meu Gigante Preferido (My Giant, Estados Unidos, 1998) Direção: Michael Lehmann / Roteiro: Billy Crystal / Elenco: Billy Crystal, Gheorghe Muresan, Kathleen Quinlan / Sinopse: Billy Crystal interpreta um agente de Hollywood que se depara com Max, um gigante que vive na Romênia, e tenta colocá-lo no cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Mr. Saturday Night

Para muitos o comediante Billy Crystal é apenas aquele cara meio chatinho e metido a engraçadinho que de vez em quando apresenta o Oscar. Pois bem, na verdade ele sempre foi considerado um dos melhores atores cômicos dos Estados Unidos. Esse aqui foi um projeto bem pessoal dele, onde Crystal dirigiu, escreveu o roteiro, produziu e atuou ao mesmo tempo. Com óbvios toques autobiográficos o filme narra a estória de Buddy Young Jr (Crystal), um sujeito que se considera engraçado e que aposta em uma carreira de humorista, inicialmente em clubes de Stand Up, para depois conquistar os grandes palcos e até mesmo o cinema.

Embora seja considerado basicamente uma comédia o filme também aposta no lado mais dramático, onde Crystal procura mostrar também o lado duro da profissão de fazer rir. Além disso perpetua a velha imagem do palhaço triste, ou seja, daquele artista que vive de divertir os outros enquanto que na intimidade cultiva uma alma melancólica dentro de si. No saldo final temos um bom filme, que não fará você se arrepender de conferir.

Mr. Saturday Night - A Arte de Fazer Rir (Mr. Saturday Night, Estados Unidos, 1992) Direção: Billy Crystal / Roteiro: Billy Crystal, Lowell Ganz / Elenco: Billy Crystal, David Paymer, Julie Warner / Sinopse: A história de um comediante norte-americano. Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (David Paymer). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Billy Crystal) e Melhor Ator Coadjuvane (David Paymer). /

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Máfia no Divã

Título no Brasil: Máfia no Divã
Título Original: Analyze This
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Kenneth Lonergan, Peter Tolan
Elenco: Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow

Sinopse:
Paul Vitti (Robert De Niro) é um mafioso típico de Nova Iorque. Durão e implacável, ele trata seus inimigos ao velho estilo siciliano. Para sua surpresa porém começa a notar mudanças bruscas de comportamento, sofrendo de crises emocionais, ansiedade e insônia. Para se tratar acaba contratando os serviços do terapeuta Ben Sobol (Billy Crystal), que logo perceberá que tratar de seu novo cliente não será nada fácil.

Comentários:
Uma das críticas mais recorrentes a Robert De Niro em sua carreira é que em determinado momento de sua filmografia ele colocou seu talento em controle remoto e começou a interpretar personagens que, em última análise, eram auto paródias de si mesmo. " Analyze This" é provavelmente um dos maiores exemplos disso. O personagem de Bob De Niro no filme, Paul Vitti, é uma caricatura de mafiosos italianos no cinema. O ator também exagera e muito na dose. Tudo bem que se trata de uma comédia e tudo mais, porém não era preciso fazer tantas caretas e apelar tanto para um tipo de atuação que certamente decepcionará os fãs dos bons momentos dele no cinema - basta lembrar de seus clássicos dos anos 70 para entender a queda brutal de qualidade em seu trabalho. Ao seu lado surge Billy Crystal, que tem um tipo de humor muito específico, geralmente interpretando judeus nova-iorquinos (ou seja, a maioria de suas piadas só farão sentido completamente para essa comunidade, o que não tem nada a ver com a nossa cultura de um modo em geral). Confesso que nunca gostei muito desse filme e nem o acho particularmente engraçado. Como nota triste final, vale lembrar que a direção foi do ator e cineasta Harold Ramis, falecido recentemente. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Harry & Sally - Feitos um Para o Outro

Título no Brasil: Harry & Sally - Feitos um Para o Outro
Título Original: When Harry Met Sally
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Tri Star
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher

Sinopse:
O filme acompanha a amizade de Harry (Billy Crystal) e Sally (Meg Ryan). Passando por vários relacionamentos fracassados eles finalmente entendem após muitos anos que foram realmente feitos um para o outro.

Comentários:
Nas décadas de 80 e 90 a atriz Meg Ryan foi o maior nome das chamadas comédias românticas. Fazendo sempre o mesmo papel, basicamente da namoradinha da América, ela foi colecionando um sucesso após o outro. Bonita e simpática, com aquele jeito de paixão do colégio, ela encantou o público em geral. Um de seus maiores êxitos de bilheteria foi esse simpático “Harry & Sally” que procurava mostrar em seu enredo a amizade de um homem e uma mulher que após longos anos descobrem que são, como diz o título nacional, feitos um para o outro. Não há segredo nesse tipo de argumento. De certa forma o filme mostra que é simplesmente impossível ocorrer uma amizade sincera entre um homem e uma mulher se algum deles se sente atraído pelo outro. Embora muitas mulheres não aceitem esse tipo de pensamento a realidade dos fatos mostra justamente isso. No caso desse filme a atração é sentida desde o início por Harry (Billy Crystal, o eterno apresentador da cerimônia da Academia). Embora ele seja apaixonado por Sally, resolve com medo de perder sua amizade, esconder seus verdadeiros sentimentos. Enquanto Sally vai colecionando um relacionamento fracassado atrás do outro, Harry segue ali ao seu lado, fiel como um cãozinho de estimação. Muita gente obviamente se identificou com o roteiro, que bem escrito, jamais parte para soluções fáceis, realmente desenvolvendo muito bem os personagens principais. É no fundo uma situação até bem comum que acontece no dia a dia de várias pessoas.

O filme foi realizado pelo cineasta Rob Reiner que teve sensibilidade em deixar a estória fluir da forma mais natural possível. De certa forma repete a sensibilidade que já tinha mostrado em “Conta Comigo”, produção nostálgica que encantou a muitos na década de 80, se repete aqui. “Harry & Sally” sempre é lembrado também por causa da famosa cena do orgasmo feminino. Sally (Meg Ryan) resolve demonstrar a Harry (Billy Crystal) como é simples e fácil fingir um orgasmo. Então ali mesmo, na mesa de um restaurante, começa a imitar os sons típicos do que seria uma mulher chegando ao êxtase sexual. Simplesmente hilário e ao mesmo tempo revelador, principalmente para aqueles que pensam que são o supra sumo entre os lençóis. Ah as mulheres e suas armas de sedução! Pobres homens indefesos! Enfim fica a dica de “Harry & Sally”, uma comédia romântica deliciosa que certamente vai agradar não apenas a elas mas a eles também!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Máfia no Divã

Título no Brasil: Máfia no Divã
Título Original: Analyze This
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures, NPV Entertainment
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Kenneth Lonergan, Peter Tolan
Elenco: Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Chazz Palminteri

Sinopse: 
Robert De Niro interpreta Paul Vitti, um chefão da máfia que começa a apresentar sinais de ansiedade e síndrome de pânico. Para resolver seus problemas ele resolve fazer sessões de terapias com o Dr. Ben Sobel (Billy Crystal). Seu grande problema porém, além dos distúrbios, é a maneira como conseguirá esconder tudo de seus companheiros da cosa nostra pois se a notícia se espalhar ele ficará em situação delicada uma vez que dentro da organização apenas os fracos e frouxos sofrem com esse tipo de situação.

Comentários:
Após passar anos interpretando mafiosos de forma brilhante o ator Robert De Niro embarcou nessa auto paródia, "Máfia no Divã". Na época o filme foi relativamente bem aceito pela crítica pois afinal de contas De Niro demonstrava um certo bom humor, conseguindo inclusive rir de si mesmo e de suas caracterizações (que aqui obviamente surgem mais caricaturais do que nunca!). Ao seu lado, para fazer dobradinha, temos o comediante Billy Crystal. Para a maioria das pessoas ele sempre foi apenas aquele sujeitinho meio sem sal que apresentou o Oscar por diversas vezes. Confesso que gosto dele, mas também admito que não é um humorista para todos os públicos. Os brasileiros, por exemplo, não parecem ter muita afinidade com seu estilo de fazer graça, que afinal de contas faz mais sentido para a comunidade judaica de Nova Iorque. Eu, como admirador de Robert De Niro, gostaria de elogiar o filme mas não vai dar. É uma comédia irregular, que muitas vezes cai no puro marasmo. As piadas vão ficando cada vez mais repetitivas ao longo do filme até que o pequeno esboço de sorrisinhos vai ficando cada vez mais amarelo. Curiosamente nesse mesmo ano estreava na HBO o seriado "Os Sopranos" que tinha um argumento muito parecido com o desse filme mas que era mil vezes superior.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de outubro de 2013

Universidade Monstros

E a moda do Prequel chega ao mundo das animações. Esse filme nada mais é do que isso, um prequel de "Monstros S.A." de 2001. Agora o espectador é levado para conhecer como Mike (Billy Crystal) e Sullivan (John Goodman) se conheceram na universidade. O sonho de Mike sempre foi entrar no curso de sustos da Universidade Monstros e para isso estudou muito, se preparou. Já Sullivan não está nem aí. Filho de uma família tradicional no mundo dos sustos ele pouco está ligando para seus estudos acadêmicos, preferindo se divertir o máximo possível no campus. Após um erro ambos são desligados do programa e para terem uma chance novamente resolvem entrar nos jogos "greeks" para vencer e voltar para o curso que desejam. Para isso precisam entrar antes em uma fraternidade mas rejeitados por todas elas acabam entrando numa fraquinha, esnobada por todos os estudantes da universidade.

"Universidade Monstros" não chega nem perto da criatividade e da diversão que vimos em "Monstros S.A". Aquele tinha um timing melhor, além disso a ideia soava original e diferente de tudo o que se viu em termos de animação. Coisa típica da Pixar que tinha muita criatividade em seu time de animadores. Já esse segundo filme não é tão original e nem surpreende. Na verdade a estorinha banal procura se aproveitar de todos os clichês de comédias sobre a vida universitária dos Estados Unidos. Por isso os personagens são os mesmos de sempre, os nerds, os "losers", os atletas bonitões e por aí vai. Nada de novo no front. De certa forma vem para confirmar o que a crítica vem dizendo já há bastante tempo, que após ter sido adquirida pela Disney a Pixar perdeu parte de seu charme, de sua acidez, que era tão comum em suas primeiras animações. Enfim, meio chatinho.

Universidade Monstros (Monsters University, Estados Unidos, 2013) Direção: Dan Scanlon / Roteiro: Dan Scanlon, Daniel Gerson / Elenco (vozes): Billy Crystal, John Goodman, Steve Buscemi / Sinopse: Prequel de "Monstros S.A". Agora Mike e Sullivan se conhecem na universidade e lutam para continuarem no curso que sempre sonharam.

Pablo Aluísio.