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domingo, 16 de julho de 2023

Westworld - Quarta Temporada

Westworld - Quarta Temporada 
Eu fiquei impressionado como essa série terminou mal! Um daqueles casos bem típicos onde a história já tinha terminado lá atrás, mas que os produtores resolveram seguir em frente de todo jeito, visando obter única e exclusivamente o lucro fácil. Vamos colocar as cartas na mesa. Westworld acabou na segunda temporada. A terceira já havia sido bem ruim, então nessa quarta temporada simplesmente não há mais o que salvar. Não tem mais história para contar, essa é a verdade, como eu já escrevi. Uma enrolação absolutamente irritante!

Os anfitriões agora dominam a humanidade e aos poucos vão eliminando as pessoas, trocando por robôs com inteligência artificial. Lendo assim parece algo mais do que interessante, mas tire o cavalinho da chuva. Tudo é tão mal escrito, com personagens dispersos que perdem a importância que o espectador logo perde completamente o interesse pelos acontecimentos. E a série perdeu aspectos que faziam as primeiras temporadas serem ótimas, como o uso elegante de efeitos digitais e o mistério por trás de todos os acontecimentos. Só sobrou mesmo nessa temporada 4 a decepção completa de quem havia curtido as temporadas anteriores. Enfim essa quarta e última temporada de Westworld é ruim de doer! 

Westworld - Quarta Temporada (Estados Unidos, 2022) Direção: Richard J. Lewis, entre outros / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Rodrigo Santoro, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright. / Sinopse: Quarta temporada exibida originalmente nos Estados Unidos entre os meses de junho a agosto de 2022. Uma temporada que conta com o total de 8 episódios.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de outubro de 2022

Westworld - Quarta Temporada

Westworld - Quarta Temporada
Essa temporada foi exibida originalmente nos Estados Unidos entre os meses de junho a agosto de 2022. Uma temporada que conta com o total de 8 episódios. A produção continua sendo realizada pela HBO. Segue basicamente a mesma linha narrativa da temporada anterior, com poucas mudanças. Conforme for assistindo aos episódios irei comentar abaixo. Segue os reviews de cada episódio em detalhes.

Westworld 4.01 - The Auguries
Aqui vai uma pequena dose de sinceridade. Eu quase não retornei para ver essa nova temporada de tão fraca que achei a anterior. A série começou muito bem. As duas temporadas iniciais são praticamente perfeitas, primorosas. Infelizmente, os roteiristas foram perdendo a mão. Os roteiros se perderam na criação de um universo muito amplo e com essa ampliação, tudo ficou fora de foco e sem maior direção. Esse primeiro episódio se passa 7 anos depois do último episódio da temporada anterior. Velhos aliados e velhos inimigos voltam a se encontrar em eventos que parecem ser aleatórios. Eu só espero que a série consiga retomar o nível de qualidade das primeiras temporadas. Não é impossível, mas confesso que pode ser improvável. Vamos esperar pelo melhor. / Westworld 4.01 - The Auguries (Estados Unidos, 2022) Direção: Richard J. Lewis / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Rodrigo Santoro, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 4.02 - Well Enough Alone
Os anfitriões estão espalhados por toda a sociedade humana. Inclusive o personagem interpretado pelo ator Ed Harris, não passa de uma anfitrião. O verdadeiro empresário está preso em uma instalação de alta segurança, sendo submetido a torturas diárias. Um aspecto interessante do roteiro desse episódio vem no final, quando eles são transportados para um novo parque de diversões. Ao invés do velho Oeste, esse aqui recria o mundo dos gangsters na década de 1920. Pelo visto, os próximos episódios vão explorar justamente esses tempos de Al Capone para manter o interesse do espectador na série que vem caindo de audiência a cada episódio exibido. Definitivamente não é fácil manter uma série como Westworld nas primeiras posições entre os programas mais vistos. Pelos últimos números tímidos de audiência, provavelmente essa seja a última temporada. Vamos ver no que tudo isso vai resultar. / Westworld 4.02 - Well Enough Alone (Estados Unidos, 2022) Direção: Craig William Macneill / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandiwe Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 4.03 - Années Folles
Westworld 4.04 - Generation Loss
Em minha opinião, as coisas não andam muito bem nesta quarta temporada. Os roteiristas andam batendo cabeça em busca de um fio narrativo para seguir. Histórias vão acontecendo de forma aleatória, sem muito foco. Mas ainda se salvam algumas poucas coisas realmente boas, como o pistoleiro, interpretado pelo ator Ed Harris. Ele está de volta e como sempre, pronto para uma boa briga. Já o personagem Caleb Nichols do ator Aaron Paul descobre que entrou em um hiato temporal. No quinto episódio, ele descobre que já se passaram décadas desde que ele tinha consciência do que realmente estava acontecendo. Sua amada família, inclusive, já está toda morta. É um choque para ele, que tenta se reencontrar no meio de tanta confusão. O espectador, não se enganem sobre isso, também anda meio perdido nessa série que parece que perdeu o rumo dos bons roteiros. / Westworld 4.03 - Années Folles / Westworld 4.04 - Generation Loss (Estados Unidos, 2022) Direção: Paul Cameron. 

Westworld 4.06 - Fidelity
Roteiro ainda confuso, mas tentando se encontrar, pena que está nos últimos episódios. Aqui o personagem do Aaron Paul descobre, entre outras coisas, que ele é apenas um das dezenas de cópias que foram feitas dele mesmo. Ele tenta pular de uma altura grande e desccobre que tem duas outras cópias dele lá no chão. Tentaram a mesma saída! Tenso! No final todas as suas cópias são devidamente incineradas, o que nos leva a crer que esse é ponto final de seu personagem na série, afinal só restariam dois episódios para o fim definitivo da história. O resto do episódio achei fraco, sem foco e disperso. Bem cansativo aliás. /  Westworld 4.06 - Fidelity (Estados Unidos, 2022) Direção: Andrew Seklir / Elenco: Aaron Paul, Jeffrey Wright

Westworld - Quarta Temporada - Conclusão Final
Eu fiquei impressionado como essa série terminou mal! Um daqueles casos bem típicos onde a história já tinha terminado lá atrás, mas que os produtores resolveram seguir em frente de todo jeito, visando obter única e exclusivamente o lucro fácil. Vamos colocar as cartas na mesa. Westworld acabou na segunda temporada. A terceira já havia sido bem ruim, então nessa quarta temporada simplesmente não há mais o que salvar. Não tem mais história para contar, essa é a verdade, como eu já escrevi. Uma enrolação absolutamente irritante!

Os anfitriões agora dominam a humanidade e aos poucos vão eliminando as pessoas, trocando por robôs com inteligência artificial. Lendo assim parece algo mais do que interessante, mas tire o cavalinho da chuva. Tudo é tão mal escrito, com personagens dispersos que perdem a importância que o espectador logo perde completamente o interesse pelos acontecimentos. E a série perdeu aspectos que faziam as primeiras temporadas serem ótimas, como o uso elegante de efeitos digitais e o mistério por trás de todos os acontecimentos. Só sobrou mesmo nessa temporada 4 a decepção completa de quem havia curtido as temporadas anteriores. Enfim essa quarta e última temporada de Westworld é ruim de doer! 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Westworld - Terceira Temporada

Westworld - Terceira Temporada
Gostei das duas temporadas anteriores. A primeira é muito superior à segunda, que já demonstrava sinais de desgaste. Agora os produtores resolveram inovar mais. Os "anfitriões" estão fora do parque. Com isso ampliaram-se e muito as possibilidades dos roteiros dos episódios. E muita coisa mudou mesmo, a começar do design de produção (direção de arte) e também do elenco, com a entrada de novos atores, como Aaron Paul (da série "Breaking Bad"). No total para essa terceira temporada, foram produzidos 8 episódios. O primeiro foi exibido no dia 20 de março pelo canal HBO nos Estados Unidos. Segue abaixo resenhas dos episódios. Irei escrevendo conforme for assistindo aos mesmos.

Westworld 3.01 - Parce Domine
Nova temporada, novas mudanças. O massacre dentro do parque fechou a temporada anterior e agora todos os anfitriões estão à solta, no mundo. E o mundo que se apresenta nesse episódio é bem futurista, com prédios de alta tecnologia e carros voadores (lembrando até mesmo clássicos do cinema como "Blade Runner"). Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) quer chegar ao centro de tudo, ao coração do sistema que controlou por anos não apenas o parque de Westworld, mas também de outros setores da sociedade. Caleb Nichols (Aaron Paul) é um novo personagem. Um homem que tenta ser honesto, mas que não consegue arranjar emprego. Pelo visto o desemprego, tal como nos dias de hoje, também será uma chaga social em um futuro de alta tecnologia. Para sobreviver ele então passa a participar de pequenos crimes ao lado de uma quadrilha. Já o personagem Bernard Lowe (Jeffrey Wright), tão importante nas duas primeiras temporadas, também retorna. Ele tenta viver uma existência anônima em um açougue, mas acaba sendo descoberto. Enfim, todos os elementos parecem estar no lugar certo. No final desse primeiro episódio temos um encontro acidental entre Dolores e Caleb. Acredito que eles serão o casal central dessa nova temporada. Vamos aguardar. / Westworld 3.01 - Parce Domine (Estados Unidos, 2020) Direção: Jonathan Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Jeffrey Wright. Thandie Newton.

Westworld 3.02 - The Winter Line 
Esse segundo episódio é bem importante para quem acompanha a série porque traça basicamente o que veremos nessa terceira temporada. É a linha mestre de todos os roteiros que virão. Maeve Millay (Thandie Newton) participa de uma nova narrativa, no WarWorld, onde o cenário de um antigo filme de guerra é encenado pelos anfitriões. Tudo falso, nada acontecendo na realidade. E ela toma consciência disso. Levada ao laboratório ela descobre que tudo ao redor não passa de simulação. E isso a leva finalmente para a presença de um novo personagem, Engerraund Serac (interpretado pelo ótimo ator Vincent Cassel). Ele quer apenas uma coisa dela, que procure e elimine Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). Claro que isso não vai ser fácil de conseguir. Na outra linha narrativa Bernard Lowe (Jeffrey Wright) se convence que Dolores planeja destruir a humanidade ou pelo menos causar o maior caos possível no mundo real. Por isso ele também decide partir em busca dela. Acompanhado de um anfitrião programado para defendê-lo de todas as maneiras possíveis. Assim ele então parte para sua jornada. / Westworld 3.02 - The Winter Line (Estados Unidos, 2020) Direção: Richard J. Lewis / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Vincent Cassel, Rodrigo Santoro.

Westworld 3.03 - The Absence of Field
Esse episódio tem uma revelação importante: Charlotte Hale não é Charlotte Hale! Melhor explicando. A verdadeira Charlotte Hale (Tessa Thompson) morreu no massacre de Westworld. Essa que surge aqui na terceira temporada nada mais é do que uma "anfitriã" controlada por Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). E por falar em Dolores... Ela é resgatada por uma ambulância, mas não consegue chegar ao hospital. O veículo é interceptado. Ela consegue escapar, matando dois homens. De quebra ainda salva a vida de Caleb Nichols (Aaron Paul). Depois, em um momento mais calmo, explica a ele que todas as pessoas no mundo estão com o destino traçado pela companhia. Não apenas os anfitriões, mas as pessoas normais também. Tudo faz parte de um mega banco de dados. O Logaritmo digital reina absoluto! / Westworld 3.03 - The Absence of Field (Estados Unidos, 2020) Direção: Amanda Marsalis / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Tessa Thompson, Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Vincent Cassel, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.04 - The Mother of Exiles
Em minha opinião a série vai mostrando sinais de desgaste nessa terceira temporada. Já não há muitas novidades nos roteiros. Geralmente o que vemos nos episódios é uma repetição do velho esquema do jogo de gato e rato, onde todos querem pegar Dolores e ela consegue escapar de seus perseguidores, usando inclusive de falsas identidades ou múltiplas manifestações de sua mente em anfitriões dos mais diversos. Sinceramente falando, estou achando bem cansativo. Esse episódio tem duas boas cenas de ação de lutas marciais, com as personagens femininas empoderadas dando cabo de machos tóxicos. Porém a melhor coisa é o retorno do ator Ed Harris. Pena que pelo que acontece ao seu personagem, não vejo muito futuro para ele nessa temporada. Esse é um dos melhores atores da série e poderia ser mais bem explorado, como foi nas duas temporadas anteriores. Ver seu personagem sendo internado em uma instituição para loucos não é algo muito animador para essa temporada de Westworld, vamos ser bem sinceros. / Westworld 3.04 - The Mother of Exiles (Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Cameron / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Ed Harris, Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.05 - Genre  
Esse episódio tem uma referência ao Brasil. O personagem de Vincent Cassel aparece logo na primeira cena com o presidente, dizendo a ele que ou faz o que a companhia quer ou então ele deixará o poder. Pois é, o Brasil sendo retratado mais uma vez como uma republica de bananas. No mais o episódio explora o controle. Quem tem o controle nesse mundo de Westworld? O passado é revelado ao espectador, mostrando como foi construída uma grande esfera de inteligência artificial, que se propôs a controlar tudo, evitando o caos completo dentro da sociedade. Interessante e revelador, apresenta também algumas boas cenas de ação. / Westworld 3.05 - Genre (Estados Unidos, 2020) Direção: Anna Foerster / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Vincent Cassel, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.06 - Decoherence  
Ed Harris está definitivamente de volta à série. E isso é uma ótima notícia para quem gosta de "Westworld". Inicialmente seu personagem surge em uma espécie de hospital para doentes mentais. Lá ele precisa enfrentar uma série de "Eus", cópias de si mesmo, representando diversas fases de sua vida. E ele, para superar tudo, enfia a porrada em cada um deles. Ficou uma cena bacana. Outra que está de volta é Maeve Millay. Seu objetivo é localizar e destruir Dolores Abernathy. Não vai ser fácil. Na pele de Hale ela praticamente destrói toda a empresa, rouba seu dinheiro, seus dados e foge! A cena de sua fuga é muito boa, com direito a um robô gigante detonando todos os seus perseguidores. Enfim, parece que a série vai melhorando. Assim espero. / Westworld 3.06 - Decoherence (Estados Unidos, 2020) Direção: Jennifer Getzinger / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Ed Harrs, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.07 - Passed Pawn
Esse episódio é importante para conhecer as origens do personagem Caleb (Aaron Paul). De onde veio? Que ligação ele tem com os anfitriões e como o universo de Westworld? O interessante é que pelo roteiro que vemos aqui, ele poderá inclusive se tornar a principal peça nesse xadrez, ou melhor explicando, o principal elemento para destruir tudo. Será que essa ideia vai vingar? Tem que esperar pelos próximos episódios. Outro ponto marcante desse episódio vem com a briga final entre Maeve Millay e Dolores Abernathy. Maeve surge com sua espada samurai (lembra dos episódios que se passavam no Japão medieval? Pois é). É uma boa luta entre elas. Por fim, outro ponto cruacial surge quando o personagem de Ed Harris sai para, segundo suas próprias palavras, matar cada anfitrião da face da Terra que encontrar pela frente! / Westworld 3.07 - Passed Pawn (Estados Unidos, 2020) Direção: Helen Shaver / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.08 - Crisis Theory  
Essa temporada começou mais ou menos, foi piorando com o tempo e terminou de maneira completamente chata. É o que eu sempre digo, algumas séries funcionam apenas por algumas temporadas. Quando tentam acrescentar coisas demais, para alongar uma história que já deu o que tinha que dar, as coisas pioram muito. Eu não gostei dessa terceira temporada, esse é o meu veredito final. Foi tudo tão aborrecido que se houver uma quarta temporada - reforço o "se houver" - eu não vou ter muito interesse em assistir. Afinal se formos espremer o que foi visto nessa temporada vamos perceber que há muito pouco em termos de conteúdo ou enredo. Tudo muito chato, derivativo, cansativo. E esse episódio final com duração de longa-metragem para cinema é ainda mais arrastado e entediante. Sinceramente falando, "Westworld" caiu demais nessa temporada 3. Eu vou parar por aqui, não tenho mais interesse. Para mim ja basta. Chega, chega... / Westworld 3.08 - Crisis Theory (Estados Unidos, 2020) Direção: Jennifer Getzinger / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.
 
Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Simone

Título no Brasil: Simone
Título Original: S1m0ne
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Al Pacino, Catherine Keener, Winona Ryder, Evan Rachel Wood, Rachel Roberts, Jeffrey Pierce

Sinopse:
Nesse filme o ator Al Pacino interpreta o agente Viktor Taransky. Quando a atriz de seu novo filme decide abandonar a produção no meio das filmagens, ele toma uma decisão incomum, fora dos padrões, decidindo radicalizar. Assim é criada uma atriz totalmente digital. Só que isso não é informado ao público, levando todos a pensarem que ela é uma pessoa real.

Comentários:
Al Pacino foi um dos grandes atores da década de 1970, só que ele foi perdendo o rumo no decorrer dos anos. Não que nesse período ele não tenha feito filmes bons. Certamente o fez. Porém ele se empenhou em cada projeto ruim que vou te contar... Esse "S1m0ne" é um de suas filmes mais equivocados. Provavelmente deslumbrados com os avanços da tecnologia, os produtores decidiram fazer esse filme muito fraco e sem graça. Al Pacino passa o enredo inteiro tentando esconder de todos que sua grande estrela de cinema, aquela que despertou paixões e criou uma legião de fãs, não é de carne e osso. É apenas a criação de um programa de computador. E o mais complicado dessa produção é que a tal "Simone" não engana ninguém, pois não era muito convincente. E isso foi percebido e dito na época de lançamento do filme. O curioso é que hoje em dia já se cogita fazer filmes com atores mortos há anos. Um projeto promete trazer James Dean de volta, mesmo que ele esteja  morto desde a década de 1950. Querem recriar o ator, agora totalmente digital, para ele estrelar um filme! Algo próximo do enredo desse filme aqui. Quem poderia imaginar algo assim? Pois é. Pena que Simone não tenha resultado em um filme bom.  Se minha memória não me engana assisti esse filme no cinema e olha, foi uma tremenda decepção. Al Pacino poderia passar sem essa.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

No Escuro da Floresta

Duas irmãs ficam isoladas em uma casa no meio da floresta quando acaba a energia e o uso de tecnologia. Elas não sabem exatamente o que estaria acontecendo, mas conforme o tempo passa as duas obviamente chegam na conclusão de que algo muito sério está acontecendo no país, embora isoladas não consigam descobrir a verdadeira razão. Assim, aos poucos, elas precisam sobreviver, usando para isso métodos antigos de sobrevivência. Nell (Ellen Page) é a mais durona, a mais pragmática, aquela que está disposta a fazer qualquer coisa para sair daquela situação. Sua irmã Eva (Evan Rachel Wood) não tem a mesma força de vontade, a mesma garra e logo cai em um estado de melancolia e depressão.

O filme procura mostrar que mesmo o ser humano moderno, rodeado de tecnologia por todos os lados, mantém seus instintos de sobrevivência, atreladas às gerações mais primitivas. A volta ao mundo natural é o principal aspecto que esse roteiro quer explorar. De volta a um planeta sem qualquer ajuda tecnológica as duas garotas precisam sobreviver a cada dia, seja de que forma for.

Por fim, temos que elogiar as atrizes Ellen Page e Evan Rachel Wood. Elas estão sozinhas em praticamente todas as cenas. Isso fica ainda mais óbvio para Page, que tem uma presença física pequena, de baixa estatura, mas que supera isso tudo para ajudar a irmã. Por falar nela chega a ser estranho ver Evan Rachel Wood como uma mulher frágil, logo ela, que estamos acostumados a ver como a Dolores de "Westworld". Enquanto na famosa série ela é uma cowgirl boa de tiro e exterminadora de humanos, aqui ela é a parte fraca da dupla de irmãs.

No Escuro da Floresta (Estados Unidos, Canadá, 2015) Estúdio: Elevation Pictures / Direção: Patricia Rozema / Roteiro: Patricia Rozema, baseada na novela de Jean Hegland / Elenco: Ellen Page, Evan Rachel Wood, Max Minghella, Callum Keith Rennie, Michael Eklund, Wendy Crewson / Sinopse: Duas irmãs presas no meio da floresta, sem tecnologia ou apoio do mundo exterior, tentam sobreviver usando para isso de técnicas de sobrevivência ancestrais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Desaparecidas

1885. Novo México. Um velho cowboy e pistoleiro chamado Samuel Jones (Tommy Lee Jones) resolve voltar para sua terra natal para reconstruir sua vida pessoal e familiar. Está velho e cansado de viver eternamente cavalgando pelo velho oeste, sem rumo certo a seguir. Há muitos anos ele não vê sua filha Magdalena Gilkeson (Cate Blanchett). O retorno, como era de se esperar, é complicado. Há muitas mágoas no meio do caminho. O que ninguém poderia esperar era o rapto de sua neta por criminosos e bandoleiros, algo que Jones não deixará passar barato. Sua busca por vingança e justiça se tornará praticamente uma obsessão. Bom faroeste moderno valorizado pelas excelentes presenças dos atores Tommy Lee Jones e Cate Blanchett. Que ótima dupla! Tommy Lee Jones parece ter sido moldado para esse tipo de filme. Ele tem uma ótima presença em produções de western, algo que combina perfeitamente com seu estilo de ser mais durão.

Já Cate Blanchett também enche a tela com sua presença. Ela sempre ficou conhecida por suas personagens mais frias e elegantes, mas aqui consegue passar toda a fúria necessária para uma mãe que se viu sem sua filha. Ela vai da frieza para o desespero em questão de segundos. Ótima atuação. O clima em geral desse western é soturno. A fotografia valoriza um visual mais lúgubre, o que acaba se tornando sua principal característica. Os personagens em geral são pessoas com problemas de relacionamento, que não conseguem expressar adequadamente seus sentimentos. Quando se defrontam com uma situação limite acabam explodindo em uma obsessão de violência e fúria. Então é isso. Bom faroeste que merece ser conhecido, principalmente para quem deixou passar em branco.

Desaparecidas (The Missing, Estados Unidos, 2003) Direção: Ron Howard / Roteiro: Thomas Eidson, Ken Kaufman / Estúdio: Revolution Studios, Imagine Entertainment / Elenco: Tommy Lee Jones, Cate Blanchett, Evan Rachel Wood / Sinopse: Velho cowboy e sua filha vão atrás dos bandidos que sequestraram a pequena neta. A vingança será sem misericórdia ou perdão. Filme indicado ao Urso de Ouro no Berlin International Film Festival. Também indicado ao AARP Movies for Grownups Awards na categoria de Melhor Ator (Tommy Lee Jones).

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Westworld - Primeira Temporada

Título no Brasil: Westworld 
Título Original: Westworld 
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Jonathan Nolan, Jonny Campbell
Roteiro: Lisa Joy, Jonathan Nolan
Elenco: Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Rachel Wood, Jeffrey Wright, Rodrigo Santoro
  
Sinopse:
Em um futuro próximo um parque temático é inaugurado. O visitante pode se sentir como um cowboy do velho oeste, interagindo com uma série de androides de última geração que recriam personagens típicos do velho oeste americano. Seu criador e mentor, o Dr. Robert Ford (Anthony Perkins), criou todo aquele universo como uma forma revolucionária de diversão, só que algo começa a dar errado, com os robôs desenvolvendo estranhos comportamentos.

Episódios Comentados:

Westworld 1.01 - The Original
Eu tenho a opinião de que uma boa série deve conquistar o espectador já em seu episódio piloto. E é justamente o que acontece aqui. A HBO resolveu produzir uma série que é baseada em um filme antigo chamado "Westworld - Onde Ninguém Tem Alma", estrelado pelo astro Yul Brynner.  A premissa é basicamente a mesma, só que obviamente remodelada e modernizada. Assim acompanhamos a rotina desse estranho parque onde robôs e andróides convivem com seres humanos (citados como "ricaços idiotas" por um dos personagens) que pagam para viver como se estivessem nos tempos do velho oeste. Até aí tudo bem, nada muito estarrecedor. O problema surge quando algumas dessas máquinas começam a desenvolver comportamentos completamente fora dos padrões. Eles devem seguir sua programação, atuar como se estivessem em um filme, com roteiro pré determinado. A questão é que surgem resquícios de inteligência artificial em alguns modelos, fazendo com que os criadores do parque fiquem intrigados com esses novos excessos, situações não esperadas, que vão surgindo em diversos modelos. O principal deles é Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood), programada para agir como uma típica mocinha de filmes de faroeste. Seu pai sofre um pane emocional quando encontra uma foto estranha em seu curral e a partir daí uma série de eventos começam a surgir por todos os lugares do parque. Nesse episódio piloto temos uma surpresa divertida quando Rodrigo Santoro surge como um fora da lei que entra na cidade para tocar o terror entre os moradores. Seu destino, também fora do script, acaba surpreendendo. Enfim, ótimo primeiro episódio, demonstrando que vem muita coisa boa por aí. Essa série certamente vale a pena acompanhar. Não vá perder. / Westworld 1.01 - The Original (EUA, 2016) Direção: Jonathan Nolan, Jonny Campbell / Roteiro: Lisa Joy, Jonathan Nolan / Elenco: Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Rodrigo Santoro.

Westworld 1.02 - Chestnut
Maeve Millay (Thandie Newton), a prostituta negra do saloon, começa a ter lembranças de um ataque nativo quando ela perdeu seu próprio escalpo em um banho de sangue. Não era para isso acontecer. Sua programação não traz essa possibilidade. É certamente a prova de que algo está saindo errado com os protótipos que povoam Westworld. Além dela a bela mocinha Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) também está tendo espasmos parecidos. Ela começa a ter consciência de si mesma ao se olhar no espelho. Enquanto isso o cowboy e pistoleiro vestido em negro Ed Harris quer descobrir o que significa o labirinto! É um veterano em Westworld e por isso tem carta branca, mas logo fica claro que ele obviamente está exagerando. Por fim uma dupla de amigos chega em Westworld. Um deles é um sujeito tímido e contido. O outro, alucinado. Sua experiência valerá o ingresso pago? É o que veremos. Eis mais um bom episódio de "Westworld". Nesse aqui pela primeira vez um personagem resolve se revoltar contra os humanos, ao se deparar com o setor de reparos dos seres robóticos. Eles ficam empilhados, mais parecendo uma cena do holocausto. A mesma Maeve ao ver aquela cena tenta reagir, causando todos os tipos de problemas. A inteligência artificial leva ao conhecimento de si mesmo e de sua situação. Para o caos resta apenas um pequeno passo. / Westworld 1.02 - Chestnut (Estados Unidos, 2016) Direção: Richard J. Lewis / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.
 
Westworld 1.03 - The Stray  
Esse é certamente um dos episódios mais explicativos da série. O engenheiro Bernard Lowe (Jeffrey Wright) se reúne com seu chefe, o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) para lhe explicar o que estaria acontecendo. Alguns "anfitriões" (os seres robóticos que habitam Westworld) estariam apresentando comportamentos bem estranhos, fugindo do script, dos roteiros previamente programados para eles. Nesses momentos de surtos eles falavam com uma entidade imaginária chamada Arnold! O Dr. Ford imediatamente liga os pontos. No passado seu sócio, o Dr. Arnold, teria levantado a hipótese de criar uma consciência própria nos programas e aplicativos dos anfitriões. Claro que algo assim, que criaria uma verdadeira inteligência artificial, seria algo bem perigoso. A ideia então foi rejeitada, mas ao que tudo indica o Dr. Arnold deixou algo impresso nos robôs, algo que ele não avisou a ninguém antes de sua morte. Agora os incidentes começam a ocorrer com maior frequência, com destaque para Dolores (Wood) que foge completamente do roteiro da repetitiva estória onde via sua família ser morta para reagir e fugir. Definitivamente algo muito inovador (ou sinistro) está acontecendo no mundo de Westworld. / Westworld 1.03 - The Stray (Estados Unidos, 2016) Direção: Neil Marshall / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy/ Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright. Anthony Hopkins.

Westworld 1.04 - Dissonance Theory
Os "anfitriões" vão ficando cada vez mais cientes de si mesmo. A prostituta de saloon Maeve Millay (Thandie Newton) começa a ter cada vez mais espasmos de lembrança de quando foi levada até os laboratórios de Westworld para conserto. Ela consegue visualizar os homens que encontrou por lá. Sonho e realidade se misturam em sua mente. Ao ver uma jovem garota índia levando um pequeno boneco que se parece com as pessoas que encontrou nas salas de reposição do parque ela tem uma visão mais clara do que está acontecendo. Procurando fugir cada vez mais dos ciclos narrativos suas atitudes fora do padrão começam a chamar a atenção dos programadores da atração. Algo parecido vai acontecendo também com Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). Sua programação não a impede mais de ter cada vez mais lembranças traumáticas das mortes de seus parentes na fazenda. Antecedendo tudo o que estaria prestes a acontecer novamente ela se antecipa e consegue fugir. É curioso que no mundo de Westworld os visitantes humanos parecem sempre prontos a agir da pior forma possível, como assassinos e estupradores. Os roteiros obviamente usam esse aspecto para tecer uma sutil crítica contra o lado animalesco do homem. Por fim, outro aspecto a se considerar, vem da segunda participação do ator brasileiro Rodrigo Santoro na série. Ele interpreta o anfitrião Hector Escaton, um pistoleiro vestido de negro que sempre aparece na cidadezinha do velho oeste para tocar o terror. Aqui ele acaba servindo de fonte de informações para Maeve, que está sempre em busca de respostas. / Westworld 1.04 - Dissonance Theory (Estados Unidos, 2016) Direção: Vincenzo Natali / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy/ Elenco:  Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Anthony Hopkins.

Westworld 1.05 - Contrapasso
Pelo andar da carruagem já sabemos que Dolores Abernathy (interpretada pela linda e elegante Evan Rachel Wood) tem uma espécie de programação especial, implantada por Arnold. Provavelmente um gênesis de inteligência artificial que só se desenvolveu desde que foi implantada pela primeira vez. Dentro de "Westworld" ela já anda com seus próprios passos, bem longe de sua narrativa original. Ela se junta a alguns visitantes humanos e a outros "anfitriões" e acaba indo parar em um vilarejo mexicano cheio de soldados confederados. Lá acaba participando de um ataque a uma carroça da União que supostamente estaria cheia de nitroglicerina, um composto químico altamente explosivo. Outro destaque desse episódio é a cena em que finalmente ficam frente a frente os dois melhores atores do elenco. Sentados em uma mesa, numa vila perdida do velho oeste, Anthony Hopkins e Ed Harris travam os melhores diálogos que já vi até aqui. Dois grandes mestres da arte de atuar em um excelente "duelo" de egos e falsas intenções. Por fim uma revelação para a anfitriã prostituta de saloon Maeve Millay. Ela desperta dentro da sala de concertos e manutenção de "Westworld" e encara essa nova realidade que para muitos de seus semelhantes não passa de uma lenda! / Westworld 1.05 - Contrapasso (Estados Unidos, 2016) Direção: Jonny Campbell / Roteiro:  Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 1.06 - The Adversary  
Sigo acompanhando "Westworld". A cada novo episódio as coisas vão ficando mais claras. Esse aqui é especialmente revelador. A "anfitriã" Maeve Millay (Thandie Newton) já está criando consciência de si mesma. Ela se deixa enforcar propositalmente por um cliente para retornar ao setor de reparos de Westworld. Uma vez lá trava amizade com um jovem reparador, um oriental que não apenas revela toda a verdade como a leva para um verdadeiro tour pelas instalações. Algo bem surreal e inesperado. Já o engenheiro-chefe Bernard Lowe (Jeffrey Wright) descobre que há uma série de anfitriões sem registros na central de controles. Ele então resolve investigar in loco o que estaria acontecendo e descobre que o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) mantém um verdadeiro santuário de anfitriões originais, da época de fundação do parque. Eles revivem um momento especial de sua infância. Essa porém pode ser apenas uma fachada para algo maior, algo que acaba sendo descoberta por uma das engenheiras, ao descobrir que transmissões via satélite estão sendo enviadas para as máquinas, dando comando de voz de Arnold (o outro fundador de Westworld) a elas. Isso explicaria parcialmente o estranho comportamento de alguns anfitriões. E é justamente por essas respostas que o personagem de Ed Harris tanto procura. Ele acaba se envolvendo numa cilada ao tentar enganar um grupo de soldados da União, algo que acaba em intenso tiroteio. Afinal o que significaria o tal labirinto? De maneira em geral tenho gostado de "Westworld". Há certamente boas ideias aqui. Recentemente a HBO anunciou que a série terá uma segunda temporada. O que posso dizer? Seguramente será muito bem-vinda! / Westworld 1.06 - The Adversary (Estados Unidos, 2016) Direção: Frederick E.O. Toye / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Anthony Hopkins, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 1.07 - Trompe L'Oeil
Esse episódio é um dos mais reveladores da série. O curioso é que no episódio anterior a atriz Evan Rachel Wood não tinha participado, mas agora ela retorna com sua personagem, a anfitriã Dolores Abernathy. Ela está indo aos confins de Westworld em busca de respostas, já que ela é uma das que apresentam claros sinais de inteligência artificial. Vai ter que lidar com selvagens de uma tribo fantasma e renegados confederados! E por falar em reações inesperadas dos anfitriões, nesse episódio a companhia resolve puxar o tapete do engenheiro Bernard Lowe (Jeffrey Wright) e mais do que isso, eles começam a conspirar para tirar o próprio criador do parque, o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins), de Westworld. Ford porém já estava esperando por esse tipo de traição! Ele manteve por anos uma instalação secreta, onde criou novos protótipos de anfitriões, com avanços notáveis. Um deles é justamente Bernard, seu braço direito. Isso mesmo, o engenheiro-chefe é ele mesmo um anfitrião criado especialmente por Ford! Quem poderia imaginar? Pior para a Dra. Theresa Cullen (interpretada pela atriz sueca Sidse Babett Knudsen). Ela acaba entrando em uma armadilha sem saber que está prestes a passar por uma situação literalmente mortal. Enfim, um dos episódios vitais para entender tudo o que acontece em Westworld, um lugar tão selvagem como o velho oeste que procura recriar! / Westworld 1.07 - Trompe L'Oeil (Estados Unidos, 2016) Direção:  Fred Toye / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco:  Evan Rachel Wood, Thandie Newton.

Westworld 1.08 - Trace Decay
A série "Westworld" vai ficando cada vez mais interessante. Nesse episódio o personagem do Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) sai apagando os rastros do crime que ele mandou Bernard Lowe (Jeffrey Wright) cometer. No episódio anterior inclusive o espectador descobriu que Bernard não é uma pessoa comum, mas sim um anfitrião. Isso foi uma surpresa e tanto. Pois bem, já que ele é um robô nada mais simples do que apagar sua memória, só que Ford ignora que apagando essa parte de suas lembranças acabará apagando outra também - o que irá gerar uma desconfiança geral nos demais funcionários de Westworld. Na outra linha narrativa Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) segua sua viagem nos confins do parque. Ela reencontra a velha vila onde viveu uma de suas narrativas. Encontra tudo destruído. O curioso é que sua memória parece intacta. Já a prostituta Maeve Millay (Thandie Newton) já sabe tudo o que acontece em Westworld e ela começa a agir, usando uns membros da manutenção para atender seus interesses. Por fim o episódio revela mais aspectos do personagem do pistoleiro negro (interpretado pelo ótimo Ed Harris). Para quem gosta do personagem vai curtir bastante. É isso, mais uma excelente peça nesse quebra-cabeças chamado Westworld. / Westworld 1.08 - Trace Decay (Estados Unidos, 2016) Direção: Stephen Williams / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Anthony Hopkins, Ed Harris, Rodrigo Santoro, Thandie Newton, Jeffrey Wright.

Westworld 1.09 - The Well-Tempered Clavier
Esse texto contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu a primeira temporada de "Westworld" ou esse nono episódio em particular recomendo que não siga em frente em sua leitura. Pois bem, um aspecto que sempre chamo a atenção em "Westworld" é que essa série do canal HBO começou muito bem e segue cada vez mais interessante. Não é tão fácil encontrar novas séries que lhe conquistem desde os primeiros momentos. Nesse episódio temos várias revelações. Uma delas, a mais curiosa de todas, é saber que Bernard Lowe (Jeffrey Wright) nada mais é do que uma cópia de Arnold, o antigo sócio do Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins). O público já havia ficado surpreso no episódio anterior ao descobrir que Bernard não era um ser humano, um engenheiro trabalhando na companhia e agora temos essa outra surpresa. Como se sabe Arnold criou uma série de protótipos com I.A. (inteligência artificial) e será justamente esse grupo de androides que darão início a uma verdadeira revolução. Bernard também é dessa série e tenta de todas as formas liquidar com o Dr. Ford, inclusive usando uma anfitriã, mas ele acaba não sendo bem sucedido em seus planos. Outro acontecimento chave esse episódio ocorre quando Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) chega em uma igrejinha de uma cidade do velho oeste. Em seu porão estava instalado o laboratório de Arnold, onde tudo começou. Justamente lá ela descobre enfim tudo o que aconteceu, agora é só sair com vida, pois o pistoleiro negro (Ed Harris) está em seu encalço. Como afirmei antes, esse é um episódio acima da média de uma série que já é muito boa, por seus méritos próprios. / Westworld 1.09 - The Well-Tempered Clavier (Estados Unidos, 2016) Direção: Michelle MacLaren / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy/ Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Anthony Hopkins.

Westworld 1.10 - The Bicameral Mind
Esse texto contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu ao episódio final de "Westworld" pare a leitura por aqui. Pois bem, esse último episódio da primeira temporada me surpreendeu em alguns pontos, mas em outros foi menos surpreendente do que eu poderia esperar. Em 90 minutos de duração conseguiu fechar bem essa temporada. A sacada de unir dois personagens que não pareciam ter nada a ver em apenas um, foi realmente bem interessante. O pistoleiro negro interpretado por Ed Harris era um mistério desde o primeiro episódio, até que aqui tudo fica bem claro. Confesso que gostaria de voltar aos primeiros episódios para verificar se essa reviravolta teve mesmo sentido desde o começo. Mesmo assim descobrir o destino de William e o que ele se tornou foi uma surpresa e tanto, não há como negar. O destino do Dr. Ford e sua última história estava meio que delimitado há bastante tempo. Todos sabiam que os anfitriões, mais cedo ou mais tarde, iriam se rebelar contra seus criadores. Dolores sempre foi também uma peça chave. Os roteiristas ligaram assim o destino do Dr. Ford com seu antigo sócio, tendo ambos o mesmo fim... curiosamente sendo executados por Dolores. A explicação sobre o labirinto (algo que parecia maior, mas que era apenas um jogo infantil) também foi muito criativa. O único "porém" que fica daqui para frente é o que acontecerá na próxima temporada (já programada para estrear em 2018). Uma vez que os anfitriões estão rebelados, que massacres já foram cometidos, que agora eles podem fazer mal aos seres humanos, o que sobrará? Provavelmente a próxima temporada seja de pura ação, o que vai esvaziar a série como um todo. Afinal tudo já parece ter sido revelado. De qualquer maneira "Westworld" é uma daquelas séries que você não pode deixar de conferir, mesmo que as expectativas para a segunda temporada não sejam das melhores. / Westworld 1.10 - The Bicameral Mind (Estados Unidos, 2016) Direção: Jonathan Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy/ Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Anthony Hopkins / Sinopse: Em um futuro próximo, um parque de diversões temáticos esconde um segredo inimaginável.

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de novembro de 2016

Westworld - Segunda Temporada

Westworld - Segunda Temporada
Não consegui recuperar muitas resenhas dessa segunda temporada de Westworld. De qualquer maneira segue abaixo os textos que sobreviveram ao tempo. De maneira em geral gostei dessa segunda leva de episódios e a razão é até simples de explicar, pois os roteiros seguiram bem de perto a primeira temporada, a minha preferida. Os personagens, os cenários e a ambientação não havia sido mudada de forma tão forte como iria acontecer com as temporadas seguintes. Mantendo sua essência a temporada foi mais do que satisfatória.

Westworld 2.07 - Les Écorchés
Desde que a segunda temporada de Westworld começou eu fiquei com um pé atrás. Afinal aquele episódio final da primeira temporada parecia tão definitivo, com a morte dos humanos e o controle sendo assumido pelos "anfitriões". Nessa segunda temporada temos muitos episódios onde o foco é a ação, o combate entre os dois grupos. A boa novidade chega justamente nesse sétimo episódio (um pouco tarde alguns poderiam dizer). Isso porque aqui temos maiores explicações sobre o que aconteceu no sistema dos primeiros anfitriões que se revoltaram. A volta do personagem de Anthony Hopkins certamente é um diferencial. Ford encontra Bernard e lhe diz que o próprio conceito do parque como um mero centro de diversões é bem equivocado. Westworld seria na realidade um laboratório onde as máquinas poderiam aprender com os humanos, com seus sentimentos, seus atos e seus modos de agir. Achei esse aspecto do roteiro bem genial. Afinal estamos falando aqui de inteligência artificial, de seres com autonomia própria ou como os roteiristas quiseram qualificar, com "livre arbítrio". Isso é o centro, o cerne de tudo o que vinha acontecendo desde o começo da série. Exagerando um pouco poderia dizer até mesmo que o espectador poderia assistir o primeiro episódio dessa temporada e depois ignorar todos os demais, pulando diretamente para esse sétimo episódio. Seria um bom exercício de como não perder tempo com os episódios anteriores.  / Westworld 2.07 - Les Écorchés (Estados Unidos, 2018)  Estúdio: HBO / Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright

Westworld 2.08 - Kiksuya
Esse episódio é todo centrado na figura do personagem Akecheta (Zahn McClarnon). Ele é um anfitrião nativo que começa a apresentar problemas de comportamento. O que estaria acontecendo? Basicamente ele está se lembrando de outras narrativas do passado, o que cria um problema e tanto dentro do programa de diretrizes. Ele cria uma consciência de seu passado. Em termos de ritmo o roteiro se arrasta um pouco. Esse guerreiro da nação fantasma nunca teve maior importância até agora. Assim o personagem tem que ser apresentado, mostrando suas primeiras narrativas, quando ele se apaixona por um bela indígena, até o momento em que resolvem mudar seu comportamento, o transformando em um guerreira sanguinário, cuspindo fogo (como ele mesmo diz em determinado momento). Aí entra o caos em sua mente. Ele se lembra desse passado, tenta reencontrar a garota, causando diversos problemas dentro do parque. Também descobre uma das portas de saída de "Westworld" onde ele acredita poderá ir para outro mundo, o mundo certo. Por fim temos aqui também uma frustração. O que mais me interessava nesse episódio era ver o destino do pistoleiro "Man in Black" (Ed Harris) que mesmo sendo baleado várias vezes no final do episódio anterior consegue sobreviver, sendo levado por sua filha. Esperava por algo mais definitivo. / Westworld 2.08 - Kiksuya (Estados Unidos, 2018) Estúdio: HBO / Direção: Uta Briesewitz / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

No Escuro da Floresta

Título Original: No Escuro da Floresta
Título no Brasil: Ainda não definido
Ano de Produção: 2015
País: Canadá
Estúdio: Elevation Pictures
Direção: Patricia Rozema
Roteiro: Patricia Rozema, baseada na novela de Jean Hegland
Elenco: Ellen Page, Evan Rachel Wood, Max Minghella, Callum Keith Rennie, Michael Eklund, Wendy Crewson
  
Sinopse:
Nell (Ellen Page) e Eva (Evan Rachel Wood) são duas irmãs que moram em uma bela e moderna casa na floresta ao lado de seu pai. Durante uma das noites a energia elétrica simplesmente acaba. Ao que parece houve um blackout que atingiu todo o país. O tempo passa e nada da volta da energia. Aos poucos elas vão se dando conta de que algo muito sério aconteceu, embora elas não saibam exatamente o quê, pois não possuem mais acesso à tecnologia. Com o passar dos meses e depois da morte do pai, as duas jovens finalmente passam a entender a gravidade da situação, onde vão precisar sobreviver a todo tipo de desafio, pois ficam totalmente isoladas e sozinhas no meio da floresta, vulneráveis a todos os tipos de perigo. 

Comentários:
Gostei bastante desse filme. É o que eu costumo chamar de filme-tese. A estória aparentemente simples tenta provar um ponto de vista. No caso aqui o roteiro procura demonstrar o quanto o ser humano está escravo da tecnologia. As duas jovens que ficam em uma casa na floresta, sem luz por meses, tentam sobreviver de alguma forma, usando o que encontram na própria natureza para garantir mais um dia de vida. É como se o argumento do filme quisesse levar o espectador de volta na história, a uma era ainda bem primitiva onde os seres humanos só precisavam satisfazer seus instintos mais básicos com o uso de ferramentas rudimentares, sem qualquer apoio tecnológico mais sofisticado. Além das adversidades também temos a selvageria e a brutalidade que podem brotar entre os homens quando colocados em situações adversas e desafiantes. Há inclusive uma brutal cena de estupro para tentar demonstrar esse aspecto. Uma forma de lembrar ao espectador que os seres humanos ainda são animais e quando colocados em situações de limite e stress podem praticar os atos mais violentos, bárbaros e imorais. 

Até porque sob o ponto de vista do roteiro do filme a ética e a própria civilidade seriam de certa maneira apenas construções culturais e nada mais. Agora deixando um pouco de lado essas observações de cunho mais sociológico, eu chamo a atenção para a excelente atuação das duas atrizes, em especial Ellen Page. Ela é a irmã mais inteligente, mais durona, que tenta manter tudo funcionando, mesmo quando a sua irmã sucumbe a um estado depressivo e melancólico. Esse é aquele tipo de roteiro que acaba virando um verdadeiro presente para atrizes como elas, que são bem talentosas, isso porque tudo se sustenta praticamente em apenas duas personagens, mulheres que precisam superar todas as adversidades imagináveis, enquanto tentam sobreviver em uma floresta distante, sem saber direito o que estaria acontecendo lá fora, no mundo exterior. Como filme-tese que é, digo que realmente está acima da média do que vem sendo produzido. Não posso dizer que seja um filme para todo tipo de público porque afinal de contas o roteiro é (de forma louvável) bem pretensioso. No geral é aquele tipo de obra cinematográfica que se sai bem pelos dois lados, pois tanto funciona como diversão, como também em um sentido mais reflexivo. Se fosse defini-lo diria que é acima de tudo um estudo sociológico de nossas raízes mais primitivas.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de novembro de 2014

Desaparecidas

Título no Brasil: Desaparecidas
Título Original: The Missing
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios, Imagine Entertainment
Direção: Ron Howard
Roteiro: Thomas Eidson, Ken Kaufman
Elenco: Tommy Lee Jones, Cate Blanchett, Evan Rachel Wood

Sinopse:
Samuel Jones (Tommy Lee Jones) decide retornar para sua antiga casa depois de muitos anos cavalgando e se aventurando pelo oeste. Já velho e cansado da vida, ele pretende reconstruir sua relação familiar com a filha Maggie. O problema é que sua família é surpreendida por um criminoso perigoso que acaba sequestrando sua própria neta. Para Sam Jones esse crime não ficará impune. Ao lado da filha ele parte em busca da garota, ao mesmo tempo em que tenciona mandar o facínora sequestrador para o inferno, sem escalas.

Comentários:
Embora não produza mais filmes de faroeste em ritmo industrial como no passado, Hollywood jamais deixou de realizar filmes desse estilo, afinal de contas é o mais americano de todos os gêneros cinematográficos. Esse "The Missing" volta ao velho oeste para contar uma estória edificante, sobre o desespero de uma mãe após ver sua pequena e indefesa filha ser raptada. Nem é preciso lembrar que Cate Blanchett é de fato uma das mais talentosas atrizes de sua geração. Aqui ela está particularmente inspirada pois seu personagem consegue ir do desespero à fúria em questão de segundos. O mesmo se pode dizer do grande Tommy Lee Jones, que encontra um meio ideal para sua personalidade nas telas. É de se lamentar apenas o fato de que o ator poderia estrelar mais westerns em sua carreira, pois possui todas as características dos grandes ídolos do passado que brilharam nesse tipo de filme. Também merece destaque a boa direção de Ron Howard. Muitos não o consideram um diretor mais ousado, preferindo seguir o caminho mais seguro imposto pelos grandes estúdios. Essa afirmação é apenas parte da verdade. Em "The Missing" ele consegue mesclar tensão e suspense em doses exatas. Um belo filme, sem sombra de dúvidas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Across the Universe

Título no Brasil: Across the Universe
Título Original: Across the Universe
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Revolution Studios, Gross Entertainment
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Dick Clement, Ian La Frenais
Elenco: Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson

Sinopse:
Across The Universe é uma história de amor que se passa na década de 1960 em meio aos anos turbulentos de protestos contra a guerra do Vietnã, a luta pela liberdade de expressão e os movimentos pelos direitos civis, tudo embalado sob a magia da música dos Beatles. Ao mesmo tempo ousado, lunático e altamente teatral, a história se move a partir de jovens estudantes que vão descobrindo a vida e amores em uma época que marcou para sempre a cultura e a política em nosso mundo.

Comentários:
Não há como negar que era uma boa ideia. Fazer um musical com as músicas dos Beatles. As letras serviriam de base para a construção de um roteiro mostrando os anseios da juventude perdida em meio a enormes transformações sociais, políticas e culturais. O próprio Paul McCartney foi convidado para a Premiere em Londres e ao final da exibição bateu palmas para o resultado (não se sabe se foi o Paul, o homem de negócios ou Paul, o músico e artista que fez isso!). Não foi uma produção barata, custou mais de 70 milhões de dólares (um orçamento mais do que generoso para musicais) e fez relativo sucesso em seu lançamento. Por mais que eu adore as canções dos Beatles não consegui ficar satisfeito com esse filme. Achei o enredo disperso, para não dizer confuso. Na realidade não há exatamente uma história passando pela tela mas meras desculpas para que as canções do grupo inglês sejam usadas em cenas esporádicas, soltas. Muitos dos momentos inclusive são bem gratuitos. As adaptações musicais também se mostraram problemáticas, há boas ideias e outras nem tanto. No saldo geral o que salva tudo mesmo é a trilha sonora. Se fossem canções menos marcantes o musical certamente seria um abacaxi. Melhor ouvir o velho vinil empoeirado dos Beatles do que perder muito tempo com isso.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

O Rei da Califórnia

Título no Brasil: O Rei da Califórnia
Título Original: King of California
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Mike Cahill
Roteiro: Mike Cahill
Elenco: Michael Douglas, Evan Rachel Wood, Willis Burks II

Sinopse: 
Após ser internado por longos anos em instituições psiquiátricas, Charlie (Michael Douglas) ganha a liberdade. Ele tem uma filha, Miranda (Evan Rachel Wood), com quem mantém uma relação complicada. De volta às ruas Charlie começa a se convencer que há nos subúrbios da cidade onde mora um antigo tesouro espanhol enterrado, algo que seria a solução de todos os seus problemas financeiros. Seu alvo passa a ser um mercado de conveniência das redondezas que ele acredita ter sido construído em cima do local onde os espanhóis teriam escondido a fortuna.

Comentários:
Comédia muito despretensiosa estrelada por um envelhecido Michael Douglas. O roteiro tenta pegar carona com a modinha de filmes indies que fizeram sucesso entre a juventude em 2007. O problema é que o enredo é pouco atraente, muito bobo mesmo e não desperta maior interesse (talvez por essa razão o filme tenha sido um grande fracasso de bilheteria). É curioso ver um ator como Michael Douglas, que sempre preferiu estrelar blockbusters oportunistas, encarar um projeto como esse. Um filme pequeno, simples, que certamente não teria a menor chance de se destacar comercialmente nas bilheterias. Por falar nelas há muito tempo que Douglas não consegue mais se destacar no mercado. Abrindo o jogo seu último filme realmente relevante foi "Traffic", lançado há quase quinze anos. É certo que ele tentou se reerguer com "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme" mas os resultados comerciais foram bem mornos. Assim o ator ultimamente tem se limitado a pequenos filmes como esse, que não trazem grandes ricos e nem maiores responsabilidades. "King of California" não marca e tem todos os atributos de uma comédia descartável ao estilo Sessão da Tarde. No fundo é o retrato da própria carreira de Michael Douglas, que já foi brilhante no passado mas que hoje em dia não reluz mais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mildred Pierce

Depois da consagração popular em Titanic a atriz Kate Winslet tem procurado se envolver em projetos ousados, intrigantes e de excelente nível cultural. Essa minissérie "Mildred Pierce" é um exemplo. É uma ótima adaptação do canal HBO do famoso romance da década de 1940 de autoria de James M. Cain. A trama gira em torno de Mildred Pierce (Kate Winslet) uma mulher que após várias adversidades em sua vida decide tomar as rédeas de seu próprio destino. Sem meios de sobrevivência resolve abrir seu próprio negócio, um restaurante. Lutando contra todos os problemas ela consegue enfim prosperar se tornando uma das mulheres mais bem sucedidas dos EUA. Dona de seu próprio nariz, sem depender de absolutamente ninguém, os únicos problemas que terá que enfrentar agora é a criação de sua filha rebelde Veda Pierce (Evan Rachel Wood) e o romance que tenta levar em frente com um playboy arruinado, Monty Beragon (Guy Pearce).

Como sempre a HBO capricha e muito em suas produções televisivas. Temos aqui uma excelente reconstituição de época. A atriz Kate Winslet está excepcionalmente muito bem no papel. Ela se despe de qualquer vaidade e encarna com perfeição a personagem principal, uma mulher que levou muitas bordoadas da vida mas que não se abateu por isso. Outro ponto positivo é o desenvolvimento do roteiro que acompanha as mudanças de costumes na sociedade americana ao longo das décadas. A minissérie também serve como ótimo programa para as mulheres que queiram abrir seu próprio negócio pois no fundo o argumento é sobre o empreendedorismo e os sonhos de Mildred Pierce, que ousou transformar em realidade suas idéias e seu projeto de vida. Achei inclusive paralelos interessantes com pessoas conhecidas de meu próprio círculo social o que demonstra muito bem que o filme pode servir de inspiração para quem tem planos de abrir seu próprio negócio e ir em frente. O resultado final de Mildred Pierce agradou bastante os críticos e o filme recebeu um festival de prêmios. Kate Winslet foi premiada como melhor atriz no Emmy, no Globo de Ouro e no Screen Actors. Guy Pearce e Evan Rachel Wood também foram premiados. A minissérie também levantou o Emmy e o Globo de Ouro de Melhor Minissérie do ano. Então o que você está esperando? Corra para assistir.

Mildred Pierce (Mildred Pierce, Estados Unidos, 2012) Direção: Todd Haynes / Roteiro: Todd Haynes, Jon Raymond / Elenco: Kate Winslet, Guy Pearce, Evan Rachel Wood, Melissa Leo / Sinopse: Mildred Pierce (Kate Winslet) é uma garçonete sem muitas perspectivas de vida que decide acreditar em seus sonhos  ao abrir um restaurante.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Da Magia à Sedução

Título no Brasil: Da Magia à Sedução
Título Original: Practical Magic
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Griffin Dunne
Roteiro: Alice Hoffman, Robin Swicord
Elenco: Sandra Bullock, Nicole Kidman, Stockard Channing, Dianne Wiest, Evan Rachel Wood, Aidan Quinn
  
Sinopse:
Duas irmãs, Sally (Sandra Bullock) e Gillian (Nicole Kidman), tentam fugir de uma maldição secular. As mulheres de sua família, bruxas em um passado distante, não conseguem ser felizes no amor. Os homens com quem elas se envolvem geralmente acabam tendo finais trágicos. Para fugir desse destino tão cruel elas então tentam mudar o futuro, olhando para as lições do passado. Filme vencedor do Blockbuster Entertainment Awards na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Stockard Channing).

Comentários:
É um filme que hoje em dia está mais do que datado. E isso nem faz muita diferença pois o filme realmente nunca foi grande coisa! O roteiro jamais convence, é tudo muito popzinho, inofensivo, nada marcante. Revisto hoje em dia o maior atrativo vem obviamente do elenco, com uma ótima dupla de beldades de Hollywood, ainda bem jovens, bonitas e sensuais na época, prestes a se tornarem grandes estrelas de cinema (na época do filme elas ainda não tinham atingido esse status, sendo apenas atrizes promissoras). Como escrevi o argumento é bobinho, bobinho, tudo baseado na obra teen da escritora Alice Hoffman (alguém ainda lembra dos livros dela?). Nicole Kidman, já com os cabelos alisados, sem aqueles grandes cachos do começo de sua carreira, mas ainda bem ruivos, rouba todas as atenções com sua beleza. Já Bullock faz a linha mais inteligente, intelectual, embora também esteja muito bonita em cena. Um detalhe curioso: esse foi um dos primeiros trabalhos de Evan Rachel Wood (de "Westworld"). Ela era apenas uma garotinha e foi indicada, veja só, ao prêmio da Young Artist Awards! Mas enfim, esse é mesmo um desses filmes sobre magia que eram direcionados mais para o público jovem dos anos 90. Hoje em dia anda bem esquecido, o que não deixa de ser completamente compreensível porque é um filme bem mais ou menos.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O Lutador

O filme que marcou o verdadeiro renascimento artísitco do ator Mickey Rourke. Com roteiro sensível e humano e direção do talentoso cineasta Darren Aronofsky, O Lutador se tornou um dos filmes mais badalados de 2008. Aqui Mickey Rourke interpreta o tocante papel de Randy 'The Ram' Robinson, um decadente lutador de luta livre cuja glória há muito passou em sua vida. Vivendo de empregos medíocres Randy tenta reencontrar a felicidade e o caminho do sucesso de outrora. O diretor tentou imprimir um tom semi-documental que dá uma carga extra de veracidade para a estória. As locações não são estilizadas, pelo contrário, tudo surge em tela de forma bem autêntica, tal como na vida real. A direção é segura e interfere o mínimo possível nos acontecimentos. Darren Aronofsky é um cineasta de filmes inteligentes e bem escritos (tais com Pi, Réquiem Para um Sonho e Cisne Negro) e respeita muito a inteligência do espectador, jamais tomando caminhos fáceis demais em seus filmes. De fato ele não manipula as emoções, apenas as apresenta de forma isenta na tela. 

O argumento obviamente trazia muitas semelhanças com a própria vida de Mickey Rourke que conheceu ao longo de sua vida tanto a glória como o fracasso completo. Desprezado ousou manter sua dignidade intacta mesmo quando todos o abandonaram. A interpretação de Mickey Rourke como Randy 'The Ram' Robinson foi realmente fenomenal e valeu a ele indicações aos principais prêmios do cinema. Venceu o Globo de Ouro de Melhor Ator mas perdeu o Oscar para Sean Penn apesar de ter sido apontado como o favorito. Não faz mal, O Lutador é uma obra prima que trouxe de volta ao primeiro time esse ator tão especial. 

O Lutador (The Wrestler, Estados Unidos, 2008) Direção: Darren Aronofsky / Roteiro: Robert D. Siegel / Elenco: Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood / Sinopse: Em "O Lutador" Mickey Rourke interpreta o tocante papel de Randy 'The Ram' Robinson, um decadente lutador de luta livre cuja glória há muito passou em sua vida. Vivendo de empregos medíocres Randy tenta reencontrar a felicidade e o caminho do sucesso de outrora.  

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Tudo Pelo Poder

Gostei bastante do filme. Reconheço que ele começa meio lento, disperso e sem foco. Os personagens não são devidamente apresentados e tudo é meio que jogado na cara do espectador. Porém passado esse começo meio complicado o filme engrena. É um roteiro que foca nos bastidores das primárias do partido Democrata. George Clooney faz o candidato que apesar de tentar seguir um caminho ético logo cede ao jogo da política e literalmente faz tudo para alcançar o poder (em raro caso de título nacional que retrata fielmente o que se passa na tela). O que mais me deixou surpreso aqui foi que o liberal Clooney acaba atirando justamente no partido que apoia nos EUA! Seria uma declaração de "mea culpa" após ter se envolvido no mundo político americano? Quem sabe... De fato no filme ele encarna o típico político americano que a despeito de cultivar uma imagem publica impecável tem vários esqueletos em seu armário.

Uma coisa chama a atenção aqui. Embora George Clooney seja obviamente mostrado como o principal no elenco na realidade seu personagem é mero coadjuvante. Os verdadeiros "astros" de "Ides of March" são os coadjuvantes. Escrevo sem medo de errar que esse é o melhor elenco de apoio do ano, senão vejamos: Philip Seymour Hoffman Ryan Gosling Paul Giamatti e Marisa Tomei, ou seja só fera e o melhor, todos ótimos em cena. Em suma, recomendo "Tudo Pelo Poder" sem restrições. É um filme bem roteirizado, interpretado e executado.

Tudo Pelo Poder (The Ides of March, Estados Unidos, 2011) Diretor: George Clooney / Roteiro: Grant Heslov / Elenco: George Clooney, Ryan Gosling, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Jeffrey Wright / Sinopse: Stephen Myers (Ryan Gosling), um assessor de uma grande campanha presidencial ao governo dos EUA tenta sobreviver no pantanoso mundo político da capital americana.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Conspiração Americana

Muito bom esse drama de tribunal baseado em fatos históricos. O curioso é que o roteiro foca em cima de uma pessoa secundária nos acontecimentos que desembocaram na morte do presidente Abraham Lincoln. O foco é em cima do julgamento de Mary Surratt (Robin Wright), mãe de um dos acusados da conspiração que levou Lincoln à morte. O filme vai ser muito mais bem apreciado por quem é da área jurídica pois vários princípios que estudamos nas faculdades de direito são colocados em berlinda aqui: O devido processo legal, O direito à defesa e ao contraditório, a não extensão da pena a familiares dos acusados, a fragilidade da prova testemunhal (a prostituta das provas) e muito mais.

Eu pessoalmente gostei muito do tom imposto ao filme pelo diretor Robert Redford. Tudo é tratado com seriedade e objetividade, sem direito a novelizações em excesso. O final é brutal e mostra bem como pode ser penoso a um profissional de direito tentar realizar justiça em um sistema corrompido pela guerra e pelo clamor popular (que quase sempre confunde vingança com justiça - dois conceitos diferentes). O elenco está todo muito bem com destaque para o jovem advogado idealista Frederick Aiken (James McAvoy). Enfim, em tempos como o que vivemos agora esse é um bom filme para se refletir bem sobre o que ocorre dentro do poder judiciário. Excelente lição de história e direito. Recomendo.

Conspiração Americana (The Conspirator, Estados Unidos, 2010) Diretor: Robert Redford / Roteiro: James D. Solomon / Elenco: Robin Wright, James McAvoy, Justin Long, Evan Rachel Wood, Johnny Simmons, Toby Kebbell, Tom Wilkinson / Sinopse: Após os acontecimentos que levaram ao assassinato do Presidente Abraham Lincoln vários conspiradores são presos, entre eles uma mulher chamada Mary Surratt (Robin Wright), dona da pensão onde os conspiradores se reuniram para planejar a morte do líder americano. Acusada, mesmo sem provas sólidas, ela é defendida no tribunal por um jovem advogado Frederick Aiken (James McAvoy) que tentará de tudo para livrá-la da pena de morte.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Evan Rachel Wood - Westworld

Um dos bons motivos para se assistir a série "Westworld" é a presença da atriz Evan Rachel Wood. Como mulher ela é realmente linda. Loira, olhos azuis, o pacote completo. Como atriz ela também é excelente, talentosa. Curioso que nunca me chamou muito a atenção no cinema. Também nunca deram o espaço que ela merecia, principalmente no começo da carreira.

Agora em Westworld ela finalmente ganhou um papel central, a da "anfitriã" Dolores, mera peça de alta tecnologia para sádicos em potencial. Sempre interpretando a mesma personagem, a da jovem indefesa do velho oeste, ela acaba criando uma avançada inteligência artificial, liderando uma violenta rebelião contra os seres humanos.

Nessa última temporada tivemos uma surpresa nos últimos episódios quando Dolores tem sua mente (tal como se fosse um arquivo em backup) transferido para outro corpo. Bem bolado, só que tem mais a ver com os problemas contratuais da atriz do que propriamente com a  originalidade dos roteiristas.

Acontece que Evan exigiu um cachê acima do que os produtores queriam. Com as negociações em tensão criou-se esse artifício de se mudar sua consciência para qualquer um dos bonecos tecnológicos que vagam pelas terras desertas do parque. Assim Evan Rachel Wood perde seu poder de barganha, já que se ela não aceitar o novo cachê simplesmente outra atriz será contratada para fazer a Dolores. Deve ter sido um tiro na alma da Evan. Logo ela, tão orgulhosa de seu papel na indústria do entretenimento, sempre lutando por melhores salários para as mulheres, tentando arranjar financiamento para seu primeiro filme como diretora. Espero que as coisas acabam dando certo, porque sem a Dolores e sem a Evan Rachel Wood eu vou pensar seriamente em abandonar a série.

Pablo Aluísio.