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sexta-feira, 12 de maio de 2023

O Preço de uma Escolha

Título no Brasil: O Preço de uma Escolha
Título Original: If These Walls Could Talk
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Cher, Nancy Savoca
Roteiro: Pamela Wallace, Earl W. Wallace
Elenco: Demi Moore, Sissy Spacek, Cher, Shirley Knight, Catherine Keener, Jason London

Sinopse:
Uma trilogia de histórias ambientadas na mesma casa, mas com ocupantes diferentes e ao longo de 40 anos, tratando de várias mulheres e crises morais sobre gravidezes inesperadas e sua escolha pelo aborto. Em 1952, quando o aborto era ilegal, uma enfermeira lida com sua gravidez inesperada e toma medidas drásticas para conseguir um aborto. Em 1974, uma dona de casa com quatro filhos descobre que está grávida e decide que não consegue criar outro filho. Em 1996, uma estudante universitária grávida decide fazer um aborto, mas não percebe os meios que deve percorrer para conseguir seu objetivo.

Comentários:
Originalmente esse filme foi produzido para ser exibido no canal a cabo HBO nos Estados Unidos. Só que no Brasil ainda não havia esse sistema, por isso o filme acabou chegando por aqui através de um lançamento no mercado de vídeo VHS. É um drama pesado, lidando com o delicado tema do aborto. Esse tema é o grande elo de ligação entre três histórias diversas envolvendo mulheres que passaram pelo traumático processo de abortar. Um tema bastante polêmico, ainda hoje em dia na pauta de discussão em diversos países, inclusive no Brasil. Do ponto de vista cinematográfico temos uma curiosidade e tanto. Um dos segmentos foi dirigido pela cantora e atriz Cher. E seu trabalho ficou muito bom. Ela explicaria depois que havia pedido dicas de direção a ninguém mais, ninguém menos, do que Steven Spielberg. Pelo visto aprendeu direitinho as liçoes de cinema dadas pelo mestre. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de março de 2022

Protegida por um Anjo

Título no Brasil: Protegida por um Anjo
Título Original: Half Light
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Craig Rosenberg
Roteiro: Craig Rosenberg
Elenco: Demi Moore, Henry Ian Cusick, Nicholas Gleaves

Sinopse:
Uma escritora decide se mudar para o interior da Escócia após a morte de seu filho, uma criança. Na nova região, na nova casa, acaba presenciando estranhos eventos que parecem ter origem paranormal.

Comentários:
Quem te viu, quem te vê... a Demi Moore foi uma das estrelas em ascensão nos anos 80, mas depois de um começo de carreira muito promissor passou a perceber que sua filmografia estava em franca decadência. Esse filme que tenta ressuscitar o velho charme dos antigos filmes de terror ingleses do passado ficou apenas nas boas intenções. É inegavelmente um filme fraco, apesar de todos os esforços do diretor e roteirista Craig Rosenberg. E a Demi Moore surge muito apática em cena. Até combinaria com sua personagem, em luto pela morte do filho, mas parece que ela está mesmo triste por participar de um filme tão sem expressão.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

O Retorno de John Henry

Aqui vai uma boa dica para quem gosta de western. O filme se chama "Forsaken" (ainda sem título em português). Foi lançado nesse ano e conta com pai e filho nos papéis principais. Donald Sutherland é o pai, um reverendo de uma pequena cidade do velho oeste. Sua esposa está morta e isso faz com que seu filho, interpretado por Kiefer Sutherland, retorne depois de décadas sem pisar no rancho de seu pai. Ele foi embora para lutar na guerra civil, mas depois do fim do conflito resolveu cruzar o oeste como pistoleiro. Os anos passam e agora ele está de volta. Decidido a abandonar as armas para sempre com a intenção de recomeçar sua vida, tudo acaba saindo do planejado após ele perceber que há uma quadrilha agindo na cidade. Intimidando os fazendeiros locais eles os ameaçam de morte caso não vendam suas terras por preços irrisórios. Quando seu pai se torna também uma vítima a figura do pistoleiro retorna e um acerto de contas sangrento começa a tomar forma.

O roteiro de "Forsaken" nem é tão original assim, na verdade ele se utiliza de velhas fórmulas que já eram comuns nos tempos de John Wayne e Randolph Scott. Isso porém não é um problema, pois ao final do filme você se sentirá plenamente satisfeito pelo que viu. Com uma duração enxuta (89 minutos) o filme tem ótima fluidez e o resultado final se mostra muito bom. Kiefer Sutherland convidou a amiga Demi Moore para interpretar seu velho amor da juventude. Ambos estavam apaixonados antes da guerra civil começar, porém o conflito os separou. Ela ainda ficou aguardando seu retorno por anos, mas como ele não parecia nunca mais voltar para casa resolveu se casar com um outro homem da região, uma pessoa que ela na verdade nem gostava muito, mas que poderia ser um bom marido. Assim deixo essa dica para você que é fã de faroestes. Um bom filme, bem produzido, com excelente elenco e um roteiro nostálgico. Tudo pareceu no lugar em uma boa fita que vai satisfazer todos aqueles que gostam desse tipo de filme.

O Retorno de John Henry (EUA, 2016) Direção: Jon Cassar / Roteiro: Brad Mirman / Elenco: Kiefer Sutherland, Donald Sutherland, Demi Moore, Brian Cox, Michael Wincott, Jonny Rees/ Sinopse: Após passar anos sem dar notícias, John Henry Clayton (Kiefer Sutherland) retorna para casa. Sua mãe está morta e ele deseja recomeçar sua vida ao lado de seu velho pai, o pastor William Clayton (Donald Sutherland). Durante sua ausência Henry fez fama como pistoleiro, mas agora deseja abandonar as armas, até que descobre que há uma quadrilha de facínoras aterrorizando os fazendeiros honestos da região, uma injustiça que ele não poderá deixar como está.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de junho de 2016

O Retorno de John Henry

Aqui vai uma boa dica para quem gosta de western. O filme se chama "Forsaken" (ainda sem título em português). Foi lançado nesse ano e conta com pai e filho nos papéis principais. Donald Sutherland é o pai, um reverendo de uma pequena cidade do velho oeste. Sua esposa está morta e isso faz com que seu filho, interpretado por Kiefer Sutherland, retorne depois de décadas sem pisar no rancho de seu pai. Ele foi embora para lutar na guerra civil, mas depois do fim do conflito resolveu cruzar o oeste como pistoleiro. Os anos passam e agora ele está de volta. Decidido a abandonar as armas para sempre com a intenção de recomeçar sua vida, tudo acaba saindo do planejado após ele perceber que há uma quadrilha agindo na cidade. Intimidando os fazendeiros locais eles os ameaçam de morte caso não vendam suas terras por preços irrisórios. Quando seu pai se torna também uma vítima a figura do pistoleiro retorna e um acerto de contas sangrento começa a tomar forma.

O roteiro de "Forsaken" nem é tão original assim, na verdade ele se utiliza de velhas fórmulas que já eram comuns nos tempos de John Wayne e Randolph Scott. Isso porém não é um problema, pois ao final do filme você se sentirá plenamente satisfeito pelo que viu. Com uma duração enxuta (89 minutos) o filme tem ótima fluidez e o resultado final se mostra muito bom. Kiefer Sutherland convidou a amiga Demi Moore para interpretar seu velho amor da juventude. Ambos estavam apaixonados antes da guerra civil começar, porém o conflito os separou. Ela ainda ficou aguardando seu retorno por anos, mas como ele não parecia nunca mais voltar para casa resolveu se casar com um outro homem da região, uma pessoa que ela na verdade nem gostava muito, mas que poderia ser um bom marido. Assim deixo essa dica para você que é fã de faroestes. Um bom filme, bem produzido, com excelente elenco e um roteiro nostálgico. Tudo pareceu no lugar em uma boa fita que vai satisfazer todos aqueles que gostam desse tipo de filme.

O Retorno de John Henry (Forsaken, EUA, 2016) Direção: Jon Cassar / Roteiro: Brad Mirman / Elenco: Kiefer Sutherland, Donald Sutherland, Demi Moore, Brian Cox, Michael Wincott, Jonny Rees/ Sinopse: Após passar anos sem dar notícias, John Henry Clayton (Kiefer Sutherland) retorna para casa. Sua mãe está morta e ele deseja recomeçar sua vida ao lado de seu velho pai, o pastor William Clayton (Donald Sutherland). Durante sua ausência Henry fez fama como pistoleiro, mas agora deseja abandonar as armas, até que descobre que há uma quadrilha de facínoras aterrorizando os fazendeiros honestos da região, uma injustiça que ele não poderá deixar como está.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O Corcunda de Notre Dame

Título no Brasil: O Corcunda de Notre Dame
Título Original: The Hunchback of Notre Dame
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gary Trousdale, Kirk Wise
Roteiro: Tab Murphy, Irene Mecchi, entre outros
Elenco: Demi Moore, Jason Alexander, Tom Hulce
  
Sinopse:
Baseado na obra "Notre Dame de Paris", escrito por Victor Hugo, a animação da Disney "The Hunchback of Notre Dame" conta a história de Quasimodo, um jovem com problemas físicos que vive e trabalha na lendária catedral de Notre Dame em Paris. Por causa de sua deficiência ele passou grande parte de sua vida recluso, longe das pessoas. Tudo muda quando ele se apaixona perdidamente pela bela e simpática Esmeralda (na voz da estrela Demi Moore), uma dançarina cigana que mexe com seu coração. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original (Alan Menken e Stephen Schwartz).

Comentários:
Não tive o prazer de ver no cinema, algo que sempre lamentei. Ao contrário disso aluguel o filme em VHS ainda na época de seu lançamento. O que posso dizer? O filme é visualmente deslumbrante, muito rico em cenários e recriação arquitetônica da própria Notre Dame, aqui reproduzida com perfeição usando técnicas tradicionais de animação e muita computação gráfica - de excelente qualidade a ponto de não ter envelhecido em absolutamente nada. O enredo já tem um lirismo romântico natural, fruto da obra original de Victor Hugo, aqui realçado por um roteiro que contou com mais de 25 roteiristas (um recorde) ao longo da produção. Como estava se mexendo em um clássico da literatura os estúdios Disney resolveram caprichar ainda mais na elaboração da trama. No final tudo sai a contento, desde a própria animação em si (um espetáculo), o romance à prova de falhas e a linda mensagem pontuando tudo, da primeira à última cena. O diretor Gary Trousdale também assinou um dos maiores clássicos modernos da Disney, "O Rei Leão" e só derrapou na carreira com o fraco "Atlantis: O Reino Perdido" realizado em 2001. Já Kirk Wise criou a historinha de "Oliver e sua Turma", um filme menor dentro do universo da Disney. Assim deixamos a dica desse belo, nostálgico e sentimental "O Corcunda de Notre Dame", uma das versões mais carismáticas do imortal livro clássico da literatura mundial.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de março de 2015

A Jurada

Título no Brasil: A Jurada
Título Original: The Juror
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Brian Gibson
Roteiro: George Dawes Green, Ted Tally
Elenco: Demi Moore, Alec Baldwin, Joseph Gordon-Levitt

Sinopse:
O infame chefão mafioso Louie Boffano (Tony Lo Bianco) é levado a julgamento por causa de um duplo homicidio envolvendo guerra de grupos criminosos rivais. A jovem Annie Laird (Demi Moore), uma artista plástica acaba sendo sorteada para ser uma das juradas no tribunal do júri. Uma situação perigosa e delicada, algo que ela logo entenderá pois o chefão manda um de seus comparsas, conhecido como "O Professor" (Alec Baldwin) para fazê-la "mudar de ideia" durante o veredito.

Comentários:
Um bom filme de tribunal, contando com bom elenco e roteiro acima de média. Foi uma tentativa da estrelinha Demi Moore em estrelar filmes com mais conteúdo e importância. Infelizmente nem todos viram com bons olhos essa mudança. A imprensa ficou particularmente azeda em presenciar Demi tentando mudar os rumos de sua carreira ao participar de um drama de tribunal. Isso acabou lhe valendo o Framboesa de Ouro de pior atriz naquele ano, o que achei excessivo e fora de propósito. No geral o filme é bom e mostra a fragilidade do tribunal de júri pois infelizmente os jurados sempre se tornam alvos de criminosos ricos e poderosos. Outro destaque do filme é a atuação de Alec Baldwin, ainda em sua fase almofadinha, bem longe da linha de astro de comédias televisivas que ele segue hoje em dia. Emfim, temos aqui um filme que foi injustamente criticado em seu lançamento, uma produção que vale certamente passar por uma revisão. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bobby

Título no Brasil: Bobby
Título Original: Bobby
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Weinstein Company
Direção: Emilio Estevez
Roteiro: Emilio Estevez
Elenco: Anthony Hopkins, Demi Moore, Sharon Stone, Laurence Fishburne, Helen Hunt, Joshua Jackson, Ashton Kutcher, Shia LaBeouf, Lindsay Lohan, William H. Macy, Heather Graham, Emilio Estevez, Christian Slater, Elijah Wood
  
Sinopse:
O filme acompanha a história de 22 pessoas no Ambassador Hotel ocorridas no mesmo dia em que o candidato à presidência dos Estados Unidos, Bobby Kennedy, foi assassinado e de como esse evento histórico acabou mudando a vida de cada uma delas. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Música Original ("Never Gonna Break My Faith" de Bryan Adams).

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. Uma excelente reconstituição histórica, com bom elenco, cheio de estrelas e uma história que por si só já era por demais interessante. Infelizmente o resultado final se mostrou disperso, frio e distante do espectador. Esse tipo de roteiro, ao estilo mosaico, exige um cuidado extra por parte do diretor pois corre-se o risco de, em determinado momento do filme, tudo soar falso e chato, levando o público a simplesmente perder o interesse no meio daquela verdadeira multidão de personagens que ficam poucos minutos na tela. Em "Bobby" isso infelizmente aconteceu. O ator e diretor Emilio Estevez não conseguiu evitar que isso se abatesse sobre sua obra cinematográfica. O resultado é que em pouco mais de 40 minutos de duração o filme já está morto. Tive a oportunidade de assistir no cinema, ao lado do público, sentindo a sua reação. Muitos se levantaram e foram embora, aborrecidos pela falta de foco de seu roteiro. Como eu expliquei, quando há muitos personagens em uma trama, sendo que nenhum deles é suficientemente importante para nos importar, então a tendência é realmente a dispersão completa, tanto do público quanto do próprio filme. Embora tenha sido elogiado por parte da crítica a ponto de alavancar algumas indicações ao Globo de Ouro o fato é que "Bobby" é realmente bem decepcionante.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

As Panteras Detonando

Título no Brasil: As Panteras Detonando
Título Original: Charlie's Angels - Full Throttle
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures Corporation
Direção: McG
Roteiro: Ivan Goff, Ben Roberts
Elenco: Drew Barrymore, Lucy Liu, Cameron Diaz, Bernie Mac, Crispin Glover, Demi Moore, Rodrigo Santoro

Sinopse:
Vários crimes são cometidos envolvendo pessoas inseridas dentro do programa de proteção às testemunhas. Caberá as panteras descobrirem quem vazou os arquivos sigilosos e quem está promovendo as mortes. Inicialmente elas pensam que se trata de algo planejado por Madison Lee (Demi Moore), que já fez parte das Charlie's Angels mas que agora se dedica ao mundo do crime. Será mesmo?

Comentários:
"Charlie's Angels" era um seriado muito simpático da TV americana durante os anos 70 que fez bastante sucesso (inclusive no Brasil). A série contava a estória de três agentes beldades que se envolviam em grandes conspirações de espionagem ao redor do mundo. Era um produto pop certamente mas tinha seu charme - tanto que durou tanto tempo. Confesso que levar a série para o cinema e para as novas gerações me soava como uma boa ideia mas depois de assistir a esses novos remakes mudei drasticamente de opinião. O resultado é muito ruim, vamos convir. Drew Barrymore, que é a produtora e verdadeira "dona" dessa nova franquia, trocou os pés pelas mãos ao realizar um produto barulhento, insano e explosivo, mas sem charme algum. Ao invés de investir na simpatia e beleza do trio de atrizes ela jogou tudo pelo ralo ao colocar as garotas o tempo todo trocando sopapos com vilões cartunescos. Que bobagem! Espero que um dia "Charlie's Angels" retorne mas da maneira certa, não como está aqui. Desperdício completo de tempo e dinheiro. Não vá desperdiçar o seu também conferindo essa bobagem.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Não Somos Anjos

Título no Brasil: Não Somos Anjos
Título Original: We're No Angels
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: David Mamet, Ranald MacDougall
Elenco: Robert De Niro, Sean Penn, Demi Moore, John C. Reilly

Sinopse: 
Dois condenados (Bob De Niro e Penn) fogem de uma prisão de segurança máxima e vão parar numa pequena cidadezinha às margens de cataratas que eles usaram para escapar da polícia. Na correria entram em um antigo mosteiro e começam a se passar por padres. A situação fica ainda mais complicada porque o diretor da prisão está à procura deles que não podem deixar seus disfarces de lado. A única saída acaba sendo uma procissão da Virgem Maria cujo ponto de chegada é no país vizinho, o Canadá. Se conseguirem chegar até lá estarão livres das garras da lei. 

Comentários:
Divertida comédia dos anos 80 que na realidade é um remake de um antigo filme com Humphrey Bogart e Peter Ustinov chamado no Brasil de "Veneno de Cobra". A premissa realmente é muito boa, pois a partir do momento em que os bandidos se fazem de padres católicos tudo fica muito divertido. Sem nenhuma noção dos dogmas e crenças da Igreja eles vão tentando sobreviver de todas as formas. Uma das cenas mais divertidas ocorre quando De Niro está no confessório e entra um policial para se confessar justamente com ele! O tira traiu a esposa e sente-se culpado por isso! Imagine a saia justa! Já na ficha técnica dois nomes se sobressaem para os cinéfilos. O primeiro é o do diretor Neil Jordan que aqui dirige uma rara comédia em sua filmografia. O segundo é a presença na equipe de roteiristas do talentoso David Mamet. Sua presença é garantia de bom texto e tiradas inteligentes.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas

Título no Brasil: O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas
Título Original: St. Elmo's Fire
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Joel Schumacher
Elenco:  Demi Moore, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Emilio Estevez, Judd Nelson, Ally Sheedy

Sinopse: 
Um grupo de jovens amigos se reúnem no "St. Elmo's Fire", um misto de bar e casa de shows onde eles trocam experiências, fazem confidências e contam suas desilusões amorosas. No centro de tudo está Billy Hicks (Rob Lowe), um jovem saxofonista que não sabe direito que rumo tomar em sua vida pessoal e sentimental.

Comentários:
Se você é jovem demais para lembrar e deseja saber quem eram os ídolos jovens do cinema na década de 80 então esse "O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas" se torna o filme ideal. Isso porque nenhum outro reuniu tantos ídolos teens como esse aqui. Todos, sem exceção, eram capas de revistas juvenis e símbolos sexuais para os adolescentes da época. A imprensa americana gostava de chamar essa turma de Brat Pack (algo como bando de fedelhos). Hoje já são todos senhores beirando os 50 anos, quem diria! A produção anda badalada porque foi relembrada nos EUA na celebração de seus 25 anos de lançamento. Uma edição especial em DVD foi lançada e o clima de nostalgia tomou conta da festa! O tempo voa meu caro! Obviamente que o grande atrativo é o elenco. Temos a Demi Moore (jovem e muito linda), o Emilio Estevez (irmão do Charlie Sheen, um bom ator que anda sumido), e o maior sex symbol da fita, o Rob Lowe (também muito jovem e com um penteado pra lá de esquisito, pagando mico em várias cenas ao tentar convencer que realmente toca sax!). É realmente uma galeria de astros adolescentes dos anos 80. A direção é do irregular Joel Schumacher que anos depois mataria o Batman. Essa porém é outra história.
 
Pablo Aluísio.

sábado, 17 de agosto de 2013

A Letra Escarlate

Um bom drama histórico que marcou bastante a carreira da atriz Demi Moore mas que hoje em dia anda bem esquecido. O enredo se passa no distante ano de 1666 em Massachusetts, na época uma pequena e isolada colônia inglesa no novo mundo. É lá que vive Hester Prynne (Demi Moore), uma mulher respeitável, casada com um médico da localidade, o Dr. Roger Chillingworth (Robert Duvall). Após esse desaparecer no meio da floresta, supostamente morto por índios, Hester resolve consumar sua paixão pelo reverendo Arthur Dimmesdale (Gary Oldman). Ambos há muito nutriam uma paixão mútua que não conseguia se tornar realidade pelo fato dela ser casada. Agora, com o marido desaparecido, ela resolve seguir em frente, indo de acordo com seus sentimentos. Desse tórrido romance acaba surgindo uma gravidez inesperada que choca a sociedade local, levando Hester a ser marginalizada por seus pares. Ela se recusa a revelar o nome do pai o que a estigmatiza como adúltera. Condenada pelas absurdas leis e costumes locais ela agora terá que usar em suas roupas uma chamativa letra "A" bordada, a indicando como adúltera perante toda a sociedade.

Um dos méritos de "A Letra Escarlate" é que ele desmistifica uma série de bobagens históricas que foram repetidas durante séculos, se tornando quase verdades absolutas. Sempre se disse, por exemplo, que as primeiras colônias inglesas no novo mundo eram símbolos de harmonia e liberdade. Afinal esses colonos tinham ido ao novo mundo para fugir do absolutismo de seu país, além da sempre severa perseguição religiosa. A verdade porém é que mesmo nesses novos povoados não havia de fato tanta liberdade como se suponha. Pelo contrário. A rigidez moral dos puritanos muitas vezes desembocava em repressão e violência, física ou moral, para quem ousasse ultrapassar certas fronteiras ou limites. Olhando sob um ponto de vista atual existia de fato muito preconceito e discriminação nessa suposta moral puritana que imperava entre os membros mais proeminentes das elites locais. O filme resgata isso de forma muito elucidativa. O diretor foi o talentoso Roland Joffé (de "A Missão" e "Os Gritos do Silêncio"). A produção também é acima da média com uma ótima reconstituição histórica aliada a uma história que diz muito sobre a posição da mulher naqueles anos.

A Letra Escarlate (The Scarlet Letter, Estados Unidos, 1995) Direção: Roland Joffé / Roteiro: Douglas Day Stewart, baseado na novela de Nathaniel Hawthorne / Elenco: Demi Moore, Gary Oldman, Robert Duvall / Sinopse; Jovem mulher fica estigmatizada durante o período colonial americano ao engravidar de um pastor puritano numa colônia isolada no novo mundo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ghost – Do Outro Lado da Vida

Um sucesso improvável. Assim podemos definir “Ghost”, um dos maiores fenômenos de bilheteria da década de 1990. Sua trajetória de sucesso lembra bastante a de outro filme, quase da mesma época, que também caiu nas graças do público para surpresa do estúdio, “Uma Linda Mulher”. Ambos foram filmes lançados em temporadas consideradas de baixa, quase como um “tapa buraco” na programação das salas de cinema dos EUA, mas que, contra todas as previsões, viraram grandes recordistas de vendas de ingressos. Também tem em comum o fato de serem filmes românticos, com forte apelo emocional, embora “Ghost” também tenha se aproveitado do talento de uma boa comediante e de um enredo que tangencia o sobrenatural com muita inspiração. Aqui temos a trágica estória de Sam Wheat (Patrick Swayze), brutalmente assassinado, no auge de seu relacionamento com Molly Jensen (Demi Moore). Do além ele decide resolver a trama de sua morte ao mesmo tempo em que busca punição para seu assassino.

Para isso contará com a ajuda de uma picareta, uma charlatã que finge ser médium e vidente, Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg), que logo se tornará responsável pelas melhores cenas de humor de todo o filme. Como todo grande sucesso de bilheteria “Ghost” acabou entrando definitivamente para o universo da cultura pop com cenas marcantes, que não foram mais esquecidas pelos cinéfilos, como a famosa seqüência do vaso na argila, ao som do hit romântico “Unchained Melody” dos Righteous Brothers. Seu sucesso marcou também no mundo da estética (o cabelo curtinho de Demi Moore virou moda) e do próprio cinema (que de repente se viu lançado vários filmes com temática semelhante). No geral é um filme muito bom, que ainda resiste bem ao tempo, apesar de ter sido lançado há mais de 20 anos. Com efeitos especiais discretos e bem realizados, uma trama de assassinato, pitadas de bom humor e um toque romântico à prova de falhas, não é de se admirar que ainda continue tão cultuado e querido pelo público.

Ghost – Do Outro Lado da Vida (Ghost, Estados Unidos, 1990) Direção:  Jerry Zucker / Roteiro: Bruce Joel Rubin / Elenco: Patrick Swayze, Demi Moore, Whoopi Goldberg, Tony Goldwyn / Sinopse: Após ser morto, Sam Wheat (Patrick Swayze), tentará do além-vida prender o seu assassino. Para isso contará com a ajuda muito especial de uma médium charlatã Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg, vencedora do Oscar por esse papel).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Striptease

A trajetória da atriz Demi Moore é das mais interessantes. Nascida em uma família de classe média baixa ela conseguiu abrir caminho na carreira estrelando comédias juvenis e depois conseguiu fazer a complicada transição para a carreira adulta. Sempre foi considerada uma das mais belas atrizes de Hollywood e também das mais complicadas. Além de seu velho problema com drogas Demi teve uma vida sentimental das mais agitadas. A atriz se envolveu com vários atores famosos ao longo de sua vida e foi freqüentadora assídua das páginas de fofocas das revistas especializadas nesse tipo de assunto. Seu maior sucesso de bilheteria foi “Ghost”, um filme produzido pelo braço adulto da Disney que teve enorme êxito comercial. Depois disso o cachê de Demi, que já não era barato subiu às alturas e ela se tornou um nome realmente poderoso na capital do cinema. Infelizmente depois de “Ghost” sua carreira entrou em parafuso. Os cachês milionários não mais se refletiam em sucessos imediatos, pelo contrário, muitos de suas novas produções foram ignoradas ou então se tornaram grandes fracassos comerciais e de crítica. Para colocar um freio nessa onda de azar, Demi Moore resolveu radicalizar (para alguns ela apelou mesmo, simples assim). A atriz, louca por um grande sucesso, resolveu aparecer nua em cena (ou quase isso). O filme obviamente era baseado e pensado em seu apelo sexual. Logo no pôster Demi aparecia completamente nua (ela já tinha causado polêmica antes aparecendo nua e grávida na capa da revista Vanity Fair, mas agora era diferente).

Embora não fosse mais nenhuma garotinha no auge da forma física, Demi resolveu encarar uma dieta e uma série de exercícios que a deixava realmente em excelente forma física. Como ninguém nesse mundo consegue ser uma unanimidade ela também foi criticada por isso pois surge em cena muito musculosa e até masculinizada para alguns. Bobagem, ela está muito bem nesse quesito, o problema é que isso apenas não justifica a existência de um filme. A verdade é que apesar de todo seu marketing “caliente”, o filme é muito fraco em tudo. O roteiro é mal escrito (chega a parecer uma chanchada barata), o elenco está mal e o argumento praticamente inexiste. Burt Reynolds foi resgatado do ostracismo mas se mostra uma escolha equivocada. Ele não empolga, não cativa e está pessoalmente repugnante em suas aparições. Outro problema de “Striptease” é que ele falha justamente em sua maior proposta: a de ser uma obra sensual e eroticamente interessante. Muito pelo contrário, tudo soa morno nesse aspecto. Demi Moore não está particularmente sedutora e nem sensual. Seu tão falado striptease é tão sem graça, tão rápido, que o espectador sente-se literalmente enganado. Digo isso por experiência própria pois fui um dos (poucos) que pagaram para ver o filme no cinema. Obviamente me dei mal. O resultado foi pífio e “Striptease” naufragou nas bilheterias, também pudera, era realmente muito ruim. Se ainda não viu esqueça, não fará a menor diferença em sua vida de cinéfilo.

Striptease (Striptease, Estados Unidos, 1996) Direção: Andrew Bergman / Roteiro: Andrew Bergman baseado na novela de Carl Hiaasen / Elenco: Demi Moore, Burt Reynolds, Armand Assante / Sinopse: Erin (Demi Moore) perde o emprego de secretária no FBI em razão dos problemas legais envolvendo seu marido. Os problemas a partir daí se sucedem, sem emprego ela perde a custódia de sua filha. Sem alternativas começa a apelar para sua beleza física, se tornando stripper. Nessa nova função ela conhecerá figurões e pessoas influentes mas também se envolverá em novos problemas por causa de sua nova “profissão”. Vencedor de seis categorias no Framboesa de ouro: Pior Filme, Pior Diretor, Pior Atriz (Demi Moore), Pior Roteiro, Pior Dupla (Demi Moore e Burt Reynolds) e Pior Trilha Sonora.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Até o Limite da Honra

Na semana passado o presidente Obama sancionou uma nova lei que garante às mulheres uma posição de igualdade dentro das forças armadas americanas. Pela lei anterior as mulheres podiam participar de operações de apoio dentro dos conflitos armados mas não propriamente combater na linha de frente, no front de guerra. Agora não há mais barreiras, as militares poderão entrar nas áreas de fogo cerrado. A notícia me pegou de surpresa para falar a verdade. Sempre pensei que as combatentes femininas americanas tinham amplo acesso ao campo de batalha. Só depois tomei conhecimento que apesar da lei revogada proibir esse tipo de situação era comum e corriqueiro nas guerras do Iraque e Afeganistão a participação de mulheres nos combates, praticamente sem restrição nenhuma. De certa forma a lei anterior tinha caído em desuso e agora com a nova regulamentação tudo fica de acordo com o que já vinha acontecendo de fato. Um exemplo da situação anterior pode ser conferido nesse “Até o Limite da Honra”, filme em que Demi Moore interpreta uma militar que tenta provar aos seus superiores que nada tem a dever em relação aos homens dentro da rígida disciplina de treinamento das forças especiais americanas.

O roteiro e o argumento são auto afirmativos, combatem um preconceito que ainda existia dentro das forças armadas americanas. De fato o que estamos presenciando é a quebra de mais um tabu social, fundado em puro preconceito. O exemplo veio do mercado de trabalho da iniciativa privada onde homens e mulheres já gozam, de forma em geral, de uma situação de igualdade. Faltava instalar essa isonomia dentro dos quartéis e o filme em seu enredo reforça essa situação. Na estória acompanhamos os esforços de uma senadora, Lillian DeHaven (Anne Bancroft), para que a Marinha americana aceite pela primeira vez uma mulher dentro de seu grupo de elite. Obviamente que se trata de uma luta contra o preconceito de índole sexual pois era necessário provar aos oficiais que uma mulher conseguiria passar e ser bem sucedida até mesmo nos mais fortes e puxados treinamentos. A escolhida para enfrentar esse desafio acaba sendo a oficial L.T. O´Neil (Demi Moore). Exposta a grandes desafios, que incluem tortura física e mental, ela se mostra focada em levar suas próprias capacidades físicas ao extremo, A própria atriz Demi Moore teve que passar por um rígido treinamento físico para encarar o papel. Além disso abriu mão de sua vaidade feminina ao aparecer em cena careca e musculosa. O resultado final se justifica pelas boas intenções do roteiro e por algumas boas cenas de treinamento e combate, muito embora nunca consiga de fato perder aquele tom ufanista que tanto prejudica os filmes de guerra em Hollywood. O que fica de bom é sua mensagem, a de que homens e mulheres devem ser tratados de forma igualitária, sem discriminações.

Até o Limite da Honra (G.I. Jane, Estados Unidos, 1997) Direção: Ridley Scott / Roteiro: David N. Twohy, Danielle Alexandra / Elenco: Demi Moore, Viggo Mortensen, Anne Bancroft, Jason Beghe, Daniel von Bargen, John Michael Higgins / Sinopse:  Militar americana se propõe a participar do rígido sistema de treinamento das forças especiais da Marinha para provar aos seus superiores que uma mulher pode perfeitamente ser aprovada e fazer parte da tropa de elite dessa força.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Assédio Sexual

Que tal começarmos o texto com uma definição de Assédio Sexual? Pois bem, assédio sexual é toda tentativa, por parte do superior hierárquico (chefe), ou de quem detenha poder hierárquico sobre o subordinado, de obter dele favores sexuais por meio de condutas reprováveis, indesejá­veis e rejeitáveis, com o uso do poder que detém, como forma de amea­ça e condição de continuidade no emprego. É justamente em torno desse conceito que o enredo do filme “Assédio Sexual” gira. Michael Douglas nunca foi bobo em sua carreira, procurando sempre se envolver em filmes cujos roteiros tratavam sobre aspectos polêmicos, da ordem do dia. Foi assim em várias produções estreladas por ele. No filme ele interpreta Tom Sanders que é subordinado em sua empresa à executiva linha dura Meredith Jonhson (Demi Moore). Ela obviamente tem uma queda por ele mas é sutilmente rejeitada. Inconformada ela começa a usar de seu poder dentro da empresa para forçar a barra com seu subordinado. A situação fica insustentável, caracterizando de forma cabal o chamado “Assédio Sexual”. Perceba que esse filme inverte os papéis. No cotidiano, na vida real, é muito mais comum as mulheres sofrerem assédio, se tornando vítimas. No filme ao contrário temos uma mulher como agressora. No lançamento do filme inclusive surgiram as inevitáveis piadinhas pois era de se perguntar se poderia ser chamado mesmo de assédio o fato de um avião como Demi Moore ficar dando em cima do pobre Michael Douglas. Se ela usar de seu cargo para pressionar uma situação de conotação sexual é claro que sim!

O roteiro foi baseado em mais um best seller de Michael Crichton. É curioso pois ele deu um tempo em seus dinossauros e temas de ficção para adentrar em um tema pé no chão, de conteúdo jurídico. Sua visão sobre o tema é um tanto quanto sensacionalista. Mesmo derrapando na questão legal e jurisprudencial conseguiu ao menos criar um bom entretenimento cujos efeitos logo se fizeram sentir também pois o tema voltou ao centro das conversas e debates, popularizando e conscientizando as pessoas em geral sobre o tema em estudo. Muitos até ficaram repletos de dúvidas sobre seu próprio comportamento dentro do ambiente de trabalho até porque qual seria a linha definitiva que marcaria a separação entre a paquera de boa fé e o assédio sexual? Obviamente esse é um tema que envolve várias vertentes mas o roteiro do filme é até bem didático sobre isso ao mostrar que o assédio começa quando a superioridade hierárquica dentro da empresa começa a funcionar como fator de pressão e constrangimento para que se concretize o enlace sexual. Tirando o assunto da esfera puramente jurídica e voltando ao filme não deixa de ser irônico o fato dessa produção ser estrelada por Michael Douglas. Conforme o ator mesmo esclareceu em diversas entrevistas ele foi por muito tempo viciado em sexo, o que tornaria a situação do filme completamente surreal caso fosse transposta para sua vida pessoal. Inclusive não faltaram fofocas que afirmavam que Douglas e Moore foram muito além do profissional durante as filmagens. Bem, isso não importa muito. De qualquer modo fica a dica desse “Assédio Sexual”, um thriller com ares de manual de direito privado. Só não tente imitar os personagens em sua vida pessoal, pois pode ser bem perigoso.

Assédio Sexual (Disclosure, Estados Unidos, 1994) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Paul Attanasio baseado no livro de Michael Crichton / Elenco: Michael Douglas, Demi Moore, Donald Sutherland, Roma Maffia / Sinopse: Executiva poderosa começa a assediar seu subordinado dentro da empresa em que trabalha, prejudicando assim sua vida profissional e pessoal.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Proposta Indecente

Responda rápido sem pensar muito: você aceitaria que sua mulher passasse uma noite de amor ardente com um milionário bonitão com a cara do Robert Redford? Não, nem pensar? E se ele oferecesse um milhão de dólares pela noite? Você recusaria ou não? Seja sincero! São essas as perguntas feitas pelo argumento do filme “Proposta Indecente”, um dos grandes sucessos do cinema na década de 1990. O tema virou assunto de bate papo, ponto de discórdia e até mesmo piada de salão. Afinal não tardou a aparecer aqueles engraçadinhos afirmando que por um milhão de dólares não cederia a esposa pois ela na realidade valia muito menos do que isso! Deixando as piadinhas infames de lado esse filme “Proposta Indecente” forma ao lado de “Assédio Sexual” um tipo de produção que acabou se tornando recorrente naqueles anos, a dos filmes baseados em pura polêmica. A fórmula era até simples: os roteiristas pensavam em um tema polêmico e escreviam uma estória e um enredo em torno dele. Durante certo tempo a aposta deu muito certa até porque a própria polêmica ajudava a vender o filme pois era um tipo de propaganda boca a boca grátis. Afinal a pergunta ficou no ar por vários meses – quem afinal deixaria a mulher ter uma noite de amor com outro homem por uma quantia irrecusável?

Para segurar um tema desses e não cair no ridículo a atriz que faria o papel da esposa tinha que realmente ser uma beldade que valesse tanto dinheiro. Demi Moore foi a escolhida. Ainda jovem e bonita e com aquela voz rouca e sensual ela virava a cabeça de Robert Redford, que em um acesso de desejo lançava a proposta de um milhão de dólares para o maridão deixar ele se deitar com sua esposa por uma noite apenas. Já Woody Harrelson faz o sujeito que teria que aceitar ou não a traição remunerada. Para piorar seu personagem era uma pessoa que não conseguia acertar na vida e estava passando por sérias dificuldades financeiras. Pelo visto já deu para perceber que os roteiristas amarraram todas as pontas para piorar ainda mais a situação do pobre rapaz. O estúdio sabia que tinha em mãos um filme que além de polêmico tinha que ser muito sensual. Para isso contrataram Adrian Lyne de “Nove Semanas e Meia de Amor”. Ele deu um visual suave às cenas, com muitas cores sensuais pelo cenário. Tudo soava como paixão e luxúria. Demi Moore foi particularmente privilegiada pelas lentes de Lyne que usando de uma luz ideal para o tom de pele da atriz, conseguiu valorizar toda a sua sensualidade. Tirando a polêmica de lado e se concentrando apenas em seus méritos cinematográficos, “Proposta Indecente” se mostra apenas mediano. Esse tipo de argumento que fica girando apenas em torno de uma questão acaba ficando saturado no desenrolar da estória. Tudo acaba se resumindo em aceitar ou não a milionária proposta. Mesmo assim o filme não deixa de ser ainda hoje curioso. A pergunta não deixa de ser intrigante, mesmo atualmente. E aí você deixaria sua mulher nos braços de um outro homem apenas por uma noite, por um valor, esse sim, indecente?

Proposta Indecente (Indecent Proposal, Estados Unidos, 1993) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Jack Engelhard, Amy Holden Jones / Elenco: Robert Redford, Demi Moore, Woody Harrelson, Seymour Cassel, Oliver Platt, Billy Bob Thornton / Sinopse: Milionário maduro e enxuto (Robert Redford) fica encantado por uma jovem esposa (Demi Moore) de um pobre sujeito (Woody Harrelson) que não consegue acertar na vida e está com sérias dificuldades financeiras. Em um acesso de desejo incontido o ricaço resolve fazer uma proposta indecente, oferecendo um milhão de dólares para dormir com a esposa do pobretão por apenas uma noite. Será que a traição realmente não tem preço?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Questão de Honra

A disciplina militar tem sua própria lógica que muitas vezes não faz o menor sentido fora do ambiente de caserna. Esse é o pano de fundo de "Questão de Honra", uma grande produção da década de 90 que conseguiu reunir três astros em ascensão na época, Jack Nicholson, Tom Cruise e Demi Moore. Depois do relativo fracasso de "Um Sonho Distante" Tom Cruise resolveu apostar em um projeto de sucesso garantido. Aqui ele interpreta um jovem advogado das forças armadas americanas que tenta provar um crime militar ocorrido dentro de uma base aonde um jovem soldado supostamente teria sido morto por seus colegas de farda. Para tanto ousa convocar para depor um coronel casca grossa (brilhantemente interpretado por Nicholson). Sua frase durante o depoimento: "You can't handle the truth!" ("Você não suportaria a verdade!") foi considerada uma das mais marcantes da história recente do cinema americano. Nicholson tinha acabado de ganhar uma verdadeira fortuna com o sucesso do primeiro filme de Batman e estava ali para novamente causar sensação. É curioso ver um ator desse quilate dando um verdadeiro baile em Tom Cruise. Verdade seja dita: Cruise não é páreo para Nicholson em cena. Isso fica bem claro na cena final do depoimento do personagem de Jack. Ele simplesmente destrói Cruise e o cospe fora. Simples assim. .

A única peça no elenco que não parece se encaixar é Demi Moore. Complicado acreditar que ela seja digna de alguma patente militar. Vacilante, sem achar o tom certo de seu papel, ele se refugia apenas em sua beleza e tenta não passar vergonha ao lado do elenco brilhante. É certo que o filme poderia ser menos burocrático e ter um corte menos pesado. O diretor Rob Reiner porém costuma ter mão pesada, confundindo longa duração com qualidade. Isso já havia acontecido com "Conta Comigo". A produção aqui sofre dessa mesma falta de ritmo mas a presença de Nicholson consegue superar o mal estar. O saldo final é positivo, apesar de pontuais problemas. "Questão de Honra" fez sucesso e recebeu várias indicações para as principais premiações, inclusive Oscar e Globo de Ouro. Infelizmente não conseguiu ganhar nada de muito significativo mas pelo menos marcou presença nessas competições. Afinal o que vale é competir.

Questão de Honra (A Few Good Men, Estados Unidos, 1992) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Aaron Sorkin / Elenco: Tom Cruise, Jack Nicholson, Demi Moore, Kevin Bacon, Kiefer Sutherland / Sinopse: Durante um julgamento militar, defesa e acusação tentam esclarecer fatos ocorridos dentro de uma base militar que ocasionaram a morte de um soldado.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sobre Ontem à Noite...

Elenco: O filme se concentra no relacionamento dos ídolos juvenis (da época) Rob Lowe e Demi Moore. Como contraponto humorístico John Belushi faz o amigo de Rob que só quer curtir a vida, agindo como um adolescente eternamente. O trio se saí bem. Demi e Rob passam paixão nas cenas. Demi está no auge da beleza no filme e suas cenas com Rob são bem calientes e convincentes. Não são grandes atuações mas dentro da proposta do filme se saem bem.

Direção: Edward Zwick era na época (1986) um diretor quase estreante. Esse pode ser considerado seu primeiro filme de repercussão. Ele realizou um filme bem "anos 80" mesmo - cenas com linguagem de videoclip, contraluzes e sequências ambientadas com muitos sintetizadores ao fundo (pena que nenhum grande hit esteja presente na trilha).

Produção: Nada de muito relevante, embora a fotografia do filme tente pegar bons ângulos da cidade de Chicago. Isso porém só acontece esporadicamente. A maioria das cenas importantes são todas em ambientes fechados (por causa de sua origem teatral). O filme custou pouco e rendeu bastante, então até pelo tema não era de se esperar muito.

Roteiro e argumento: O roteiro foi escrito baseado numa peça teatral do ótimo David Mamet. Aliás essa foi a razão que me levou a assistir o filme hoje. Sou fã assumido de seu trabalho. Aqui ele tenta captar um romance vivido por um casal jovem em sua cidade natal, Chicago. Mais um vez se saiu muito bem, o filme tem bons diálogos e o tema do relacionamento entre ambos é mostrada de forma bem humana. Mamet nunca me decepcionou e não seria nesse filme que isso iria acontecer.

Sobre Ontem a Noite... (About Last Night..., Estados Unidos, 1986) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Tim Kazurinsky baseado na peça de David Mamet / Elenco: Rob Lowe, Demi Moore, James Belushi / Sinopse: Um casal jovem tenta manter um relacionamento sério em Chicago na década de 80.

Pablo Aluísio.