quarta-feira, 10 de abril de 2024
Maratona da Morte
quinta-feira, 7 de dezembro de 2023
American Buffalo
sábado, 7 de outubro de 2023
Sleepers: A Vingança Adormecida
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
O Júri
Título Original: Runaway Jury
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: Gary Fleder
Roteiro: John Grisham
Elenco: John Cusack, Rachel Weisz, Gene Hackman, Dustin Hoffman, Bruce Davison, Nick Searcy
Sinopse:
Um fabricante de armas é levado a julgamento, mas esse não será um julgamento comum pois haverá manipulação e tentativa de mudar as decisões do júri. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards na categoria de melhor roteiro.
Comentários:
O tribunal do júri sempre foi um aspecto do ordenamento jurídico dos mais questionáveis. No Brasil ele é usado basicamente apenas em crimes dolosos contra a vida, mas nos Estados Unidos praticamente quase tudo vai a júri. O roteiro desse filme explora os problemas desse sistema, onde os jurados podem ser ameaçados, manipulados ou até mesmo comprados, a depender da ousadia, da desonestidade e do poder de quem está sendo julgado. É um bom filme com roteiro muito bem trabalhado, fruto da adaptação do próprio livro que lhe deu origem. O elenco é muito bom. Claro que os veteranos Gene Hackman e Dustin Hoffman se destacam. Embora coadjuvante de John Cusack, eles roubam o filme completamente. Fiquei até com pena do Cusack tentando se segurar. Enfim, um bom filme que assisti ainda em DVD quando as locadoras já estavam fechando suas portas. Era o fim de uma era.
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de fevereiro de 2020
Vida que Segue
Título Original: Moonlight Mile
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Brad Silberling
Roteiro: Brad Silberling
Elenco: Jake Gyllenhaal, Dustin Hoffman, Susan Sarandon, Alexia Landeau, Bob Clendenin, Richard Fancy
Sinopse:
Um jovem permanece na casa da família de sua noiva, após sua morte acidental. Todos estão obviamente chocados, entristecidos e de luto. O caso acaba indo parar na justiça, com diversos desdobramentos. Enquanto isso o rapaz acaba se apaixonando novamente, mesmo que ele tente lutar contra esses novos sentimentos.
Comentários:
A Touchstone Pictures era um braço da Disney para filmes voltados para a família. Na maioria das vezes eram comédias, mas daquelas inofensivas, que poderiam ser assistidos em um ambiente familiar. Raramente esse selo lançava algo mais dramático, mais voltado para uma carga de dramaturgia maior. Uma dessas exceções foi justamente esse drama psicológico "Vida que segue". A primeira coisa que chama a atenção é seu ótimo elenco. Aqui o veterano Dustin Hoffman trabalhou pela primeira vez xom o jovem (e elogiado) Jake Gyllenhaal e com a atriz e ativista de esquerda Susan Sarandon. A combinação deu bastante certo. O diretor Brad Silberling vinha do sucesso da série "Felicity" e incorporou muito da linguagem que usava no programa para o filme. Seu estilo mais introspectivo já havia se destacado em "Cidade dos Anjos" e aqui ele procurava repetir a dose. Digo que ficou muito bom. Todos os elementos combinam e no filme ficamos com aquela satisfação de quem acabou de assistir a um bom filme. Nada seria melhor do que isso.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
Pequeno Grande Homem
E o que é real e o que é ficção nesse filme? O personagem principal chamado pelos nativos de "Little Big Man" (O pequeno grande homem do título original) foi um personagem real. Ele foi um dos chefes Lakotas que participaram da batalha em que foram massacrados o General Custer e a sétima cavalaria. A questão é que as semelhanças entre a realidade e a ficção param por aí. Embora "Little Big Man" realmente tenha existido ele não era um branco criado por Cheyennes como mostrado no filme. Era um guerreiro do bando de "Cavalo Louco" e dizem ter sido o chefe que tirou o escalpo do famoso general americano após ele ter sido morto. Assim temos uma adaptação importante no enredo histórico. Sai o guerreiro índio e entra um branco, que acabou caindo no meio das guerras indígenas.
Já a visão de Custer no filme é, apesar da sátira, bem mais fiel do que o mostrado em filmes como "O Intrépido General Custer" com Errol Flynn, por exemplo. Se nos antigos filmes Custer era mostrado como um oficial valente e honrado, aqui ele é retratado como um assassino e genocida de crianças e velhos (algo que realmente ocorreu de fato na história). O filme também mostra Buffalo Bill e Wild Bill Hancock, grandes ícones do velho oeste, mas esses personagens, no final das contas, não possuem maior importância dentro desse roteiro de uma forma em geral. Muitas vezes eles acabam servindo apenas como alívios cômicos, o que destoa um pouco do que seria esperado.
O grande destaque do filme em si é a atuação de Dustin Hoffman. Ator extremamente talentoso, ele literalmente segura a produção nas costas, sendo sua atuação muito adequada ao feeling de humor do roteiro. Curiosamente ele não recebeu nenhuma indicação ao Oscar, sendo o ator nativo Chief Dan George lembrado em seu lugar. Uma forma da Academia se redimir um pouco com os índios dos Estados Unidos, que por anos foram retratados pelo cinema apenas como vilões sanguinários. Enfim, não é um filme historicamente correto. Passa longe disso, até porque essa aliás nunca foi a intenção nem do autor do livro original e nem dos produtores do filme. Porém esse faroeste pode certamente ser encarado como um divertido jogo onde realidade e ficção se misturam. O resultado disso não deixou de ser muito bom.
Pequeno Grande Homem (Little Big Man, Estados Unidos, 1970) Direção: Arthur Penn / Roteiro: Calder Willingham baseado no livro de Thomas Berger / Elenco: Dustin Hoffman, Faye Dunaway, Chief Dan George, Martin Balsam, Richard Mulligan, Jeff Corey / Sinopse: "Pequeno Grande Homem" (Dustin Hoffman) é um branco criado por tribos indígenas que ao longo de sua vida acaba presenciando vários eventos importantes na história do velho oeste americano. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Chief Dan George).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
A Primeira Noite de um Homem
Esse filme é considerado um dos grandes clássicos do cinema americano dos anos 1960. Curiosamente levei algum tempo para assistir. Eu me lembro que esse filme foi lançado no Brasil nos tempos do VHS pela Globo Vídeo. Vira e mexe o via na prateleira da locadora, mas nunca cheguei a assistir na época. Só mais recentemente finalmente conferi. A história do filme é até bem conhecida dos cinéfilos (e o sugestivo título em português ajuda a entender melhor do que se trata). Tudo começa quando Benjamin (Dustin Hoffman) finalmente se forma na universidade. Com canudo na mão é a hora de pensar no futuro! O que fazer da vida? Bom, Benjamin não tem a menor ideia do rumo a seguir, essa é a verdade. Enquanto ele não faz plano nenhum (e passa mico nas mãos de seus pais que são pessoas sem muita noção), acaba sendo seduzido por uma mulher mais madura e sensual, a Senhora Robinson (Anne Bancroft).
Ela pede carona a Ben e quando chega em casa literalmente parte para o ataque. Sem muita sutileza, sem muita perda de tempo. Simplesmente abre o jogo e tenta levar o jovem para a cama. Claro que ele declina e fica nervoso, ainda mais quando o marido dela chega em casa. Só que sendo um homem, bom, você já sabe, logo sucumbe à tentação, por mais errado que seja levar aquela mulher para a cama. Ele não perde muito tempo e logo liga para a senhora Robinson para um encontro em um hotel da cidade. E depois daí começam todos os seus problemas, que definitivamente não serão poucos. Uma coisa que chama a atenção nesse filme é sua narrativa, que de certa forma procura imitar a falta de jeito do protagonista, um sujeito que parece sempre estar meio constrangido, até mesmo um pouco atrapalhado. A trilha sonora - ainda uma das grandes qualidades dessa produção - é toda da dupla Simon & Garfunkel e a não ser que você não conheça absolutamente nada de música dos anos 60, vai imediatamente assoviar todas as melodias. "Mrs. Robinson" e "The Sounds of Silence" são grandes sucessos da dupla. Ainda hoje verdadeiros hinos daquela geração.
O filme é muito simpático e tem um roteiro muito coeso, diria até bem inovador para aquela época. Afinal tratar da infidelidade de uma mulher madura com um fedelho recém saído da universidade era algo até bem surpreendente, pois mexia com tabus que até hoje se fazem presentes na sociedade. O único deslize do roteiro é a cena final, que de certa maneira revive velhos clichês das fitas românticas da velha Hollywood. Isso porém não chega a ser um problema pois quando o filme chega nessa parte final o jogo já está ganho. O espectador já se divertiu o bastante e gostou de todo o desenvolvimento da história. Então é isso. Um excelente momento do cinema folk americano, com um Dustin Hoffman bem novinho, passando por alguns apertos por ter se relacionado com a senhora Robinson!
A Primeira Noite de um Homem (The Graduate, Estados Undos, 1967) Direção: Mike Nichols / Roteiro: Calder Willingham, Buck Henry/ Elenco: Dustin Hoffman, Anne Bancroft, Katharine Ross / Sinopse: Benjamin (Hoffman) é um jovem recém formado na universidade que volta para a casa dos pais sem saber direito o que fará de sua vida dali em diante. Após um jantar ele atende o pedido da esposa do sócio de seu pai, a senhora Robinson (Bancroft), para levá-la para casa. Uma vez lá ela o seduz, de forma direta, algo que vai trazer muitos problemas para Ben! Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção (Mike Nichols). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Dustin Hoffman), Melhor Atriz Coadjuvante (Katharine Ross), Melhor Direção (Mike Nichols), Melhor Atriz (Anne Bancroft) e Melhor Filme - Comédia ou Musical.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Sob o Domínio do Medo
Título Original: Straw Dogs
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: ABC Pictures
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: David Zelag Goodman, Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P. McKenna, Donald Webster, Ken Hutchison
Sinopse:
O pacato matemático David Sumner (Hoffman) e sua esposa ficam encurralados por um grupo de psicóticos violentos e perigosos. O casal precisa então arranjar um jeito de sair daquela situação insana. Enquanto isso a violência vai se tornando cada vez mais sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Jerry Fielding).
Comentários:
Sam Peckinpah foi um cineasta que transformou a estética da violência em uma nova forma de fazer cinema, de trazer renovação para os filmes dos anos 60 e 70. Claro, em um primeiro momento ele foi bastante criticado, principalmente por causa da violência explícita que trazia em seus filmes, porém com o tempo sua maneira de fazer cinema foi sendo compreendida melhor, perfeitamente entendida. Hoje seu status de grande diretor é uma unanimidade entre os especialistas em sétima arte. Esse filme aqui gerou bastante polêmica e controvérsia em seu lançamento original. Ele foi produzido e lançado na década de 1970, em uma época em que esse tipo de narrativa ainda era uma grande novidade. Por isso o diretor foi acusado de valorizar e glamorizar a brutalidade, a violência extrema. Nada mais longe da realidade. O filme é justamente uma bandeira contra essa mesma violência. A intenção de Sam Peckinpah foi justamente a oposta das acusações que lhe foram feitas. Com Dustin Hoffman ainda bem jovem e um elenco de apoio excelente, o filme é um dos mais marcantes da filmografia do diretor. Tentaram fazer um remake alguns anos depois, mas o resultado foi péssimo. Fique com o original. Esse sim é uma obra de arte do cinema.
Pablo Aluísio.
Tinha Que Ser Você
Título Original: Last Chance Harvey
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Overture Films
Direção: Joel Hopkins
Roteiro: Joel Hopkins
Elenco: Dustin Hoffman, Emma Thompson, Kathy Baker, Richard Schiff, Liane Balaban, James Brolin
Sinopse:
Harvey Shine (Hoffman) é um pianista que ganha a vida escrevendo músicas para comerciais. Ele vai a Londres para o casamento da filha e descobre que ela já não o considera tanto, preferindo que seu padastro assuma as honrarias de sua cerimônia. Desiludido, ele acaba conhecendo a inglesa Kate Walker (Thompson) e se apaixona por ela.
Comentários:
Um bom filme que valoriza o romantismo já em um momento mais avançado da vida das pessoas. Os dois protagonistas, o casal central, já ultrapassou a fase da vida de namorar, conhecer alguém e se casar. O personagem de Dustin Hoffman já não tem mais tantas ilusões. Ele é divorciado, um tanto distante da filha que vai se casar e tem um clima pesado com a ex-mulher. Reencontrar a antiga família já não é um motivo de felicidade há anos. A personagem de Emma Thompson também tem seus problemas pessoais. É uma solteirona que vive sendo pressionada pela mãe idosa para se casar. Além disso carrega um trauma pois anos antes fez um aborto que a deixou com um grande sentimento de culpa. O curioso é que o roteiro, mesmo com esses personagens dramáticos, consegue levar o filme numa certa leveza. Nada é trágico ou melodramático demais, pelo contrário. O casal principal vai tentando se agarrar a uma última chance de ser feliz (como o título original do filme sugere), mas sem aquela coisa de derramar muitas lágrimas. Foi uma boa opção pois assim o filme se salvou de ser mais um daqueles dramalhões chatos. No geral gostei de tudo, mas especialmente das boas atuações de Hoffman e Thompson que nunca derrapam e nem caem na vala comum do novelão piegas.
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de março de 2019
Rain Man
Assim Charlie (Cruise) vai até lá e acaba conhecendo o irmão Raymond (Hoffman) que como todo autista é capaz de fazer coisas incríveis com seu cérebro (como fazer cálculos complicados) ao mesmo tempo em que não consegue cuidar de si mesmo, fazer as coisas mais simples, como cuidar de sua alimentação, suas roupas, e agir de forma normal. Claro que com suas limitações ele também não consegue se relacionar normalmente com outras pessoas. O choque entre o irmão yuppie estressadinho, que só pensa em dinheiro e o irmão autista, com todos esses problemas, embora tendo um bom coração, é o grande atrativo do roteiro desse filme.
Tudo é desenvolvido com muita sutileza, mas também usando de momentos pontuais de bom humor. Um tipo de roteiro bem balanceado, algo raro hoje em dia. "Rain Man" (nome do amigo imaginário da infância do personagem de Cruise) rendeu uma excelente bilheteria e foi premiado com o Oscar de melhor filme naquele ano. O ator Dustin Hoffman também foi premiado (justamente) e o diretor Barry Levinson também levou a estatueta para casa. Só Tom Cruise ficou de mãos abanando! Nessa época ele procurava por seu tão cobiçado Oscar, mas parece que depois de um tempo desistiu dessa busca. Hoje se limita a fazer filmes populares de ação, como a franquia "Missão Impossível" pelos quais, obviamente, nunca, jamais, será premiado. Ossos do ofício.
Rain Man (Estados Unidos, 1988) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Barry Morrow, Ronald Bass / Elenco: Tom Cruise, Dustin Hoffman, Valeria Golino, Gerald R. Molen / Sinopse: Após a morte do pai, Charlie (Tom Cruise) descobre que ficou sem nada, que seu pai não lhe deixou nada de valioso. Todo o dinheiro - uma pequena fortuna de 3 milhões de dólares - acabou indo parar nas mãos de um irmão que ele desconhecia até então, um homem chamado Raymond (Hoffman), portador da síndrome do autismo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
A Primeira Noite de um Homem
Ela pede carona a Ben e quando chega em casa literalmente parte para o ataque. Sem muita sutileza, sem muita perda de tempo. Simplesmente abre o jogo e tenta levar o jovem para a cama. Claro que ele declina e fica nervoso, ainda mais quando o marido dela chega em casa. Só que sendo um homem, bom, você já sabe, logo sucumbe à tentação, por mais errado que seja levar aquela mulher para a cama. Ele não perde muito tempo e logo liga para a senhora Robinson para um encontro em um hotel da cidade. E depois daí começam todos os seus problemas, que definitivamente não serão poucos. Uma coisa que chama a atenção nesse filme é sua narrativa, que de certa forma procura imitar a falta de jeito do protagonista, um sujeito que parece sempre estar meio constrangido, até mesmo um pouco atrapalhado. A trilha sonora - ainda uma das grandes qualidades dessa produção - é toda da dupla Simon & Garfunkel e a não ser que você não conheça absolutamente nada de música dos anos 60, vai imediatamente assoviar todas as melodias. "Mrs. Robinson" e "The Sounds of Silence" são grandes sucessos da dupla. Ainda hoje verdadeiros hinos daquela geração.
O filme é muito simpático e tem um roteiro muito coeso, diria até bem inovador para aquela época. Afinal tratar da infidelidade de uma mulher madura com um fedelho recém saído da universidade era algo até bem surpreendente, pois mexia com tabus que até hoje se fazem presentes na sociedade. O único deslize do roteiro é a cena final, que de certa maneira revive velhos clichês das fitas românticas da velha Hollywood. Isso porém não chega a ser um problema pois quando o filme chega nessa parte final o jogo já está ganho. O espectador já se divertiu o bastante e gostou de todo o desenvolvimento da história. Então é isso. Um excelente momento do cinema folk americano, com um Dustin Hoffman bem novinho, passando por alguns apertos por ter se relacionado com a senhora Robinson!
A Primeira Noite de um Homem (The Graduate, Estados Undos, 1967) Direção: Mike Nichols / Roteiro: Calder Willingham, Buck Henry/ Elenco: Dustin Hoffman, Anne Bancroft, Katharine Ross / Sinopse: Benjamin (Hoffman) é um jovem recém formado na universidade que volta para a casa dos pais sem saber direito o que fará de sua vida dali em diante. Após um jantar ele atende o pedido da esposa do sócio de seu pai, a senhora Robinson (Bancroft), para levá-la para casa. Uma vez lá ela o seduz, de forma direta, algo que vai trazer muitos problemas para Ben! Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção (Mike Nichols). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Dustin Hoffman), Melhor Atriz Coadjuvante (Katharine Ross), Melhor Direção (Mike Nichols), Melhor Atriz (Anne Bancroft) e Melhor Filme - Comédia ou Musical.
Pablo Aluísio.
domingo, 6 de agosto de 2017
Hook: A Volta do Capitão Gancho
A ideia era muito boa mesmo. Para o papel do Peter Pan adulto, Spielberg escalou o comediante Robin Williams, uma ótima escolha. Porém quem acabou roubando o filme para si foi mesmo Hoffman dando vida ao Capitão Hook (o Capitão Gancho na versão em português). Ele não aceita o fato de Peter Pan ter crescido e vai atrás dele, em sua casa! Claro que Dustin Hoffman optou por uma atuação bem caricata, dirigida ao público infantil. Era algo esperado. A produção, também como era de se esperar, é de encher os olhos. O roteiro também vai bem em cima do sentimentalismo, piegas até (marca registrada do diretor), mas sem deixar de lado as cenas divertidas, de pura aventura. Na época do lançamento do filme (eu cheguei a assistir no cinema) fiquei com um pé atrás pela proposta ousada de seu roteiro, mas com o tempo e depois de inúmeras reprises a coisa toda ficou mais fácil de digerir. É um momento interessante da filmografia de Steven Spielberg, porém passa longe de ser um de seus melhores filmes. Hoje em dia vale como nostalgia de um tempo em que o diretor ainda não havia crescido.
Hook: A Volta do Capitão Gancho (Hook, Estados Unidos, 1991) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: James V. Hart, Nick Castle, Malia Scotch Marmo / Elenco: Dustin Hoffman, Robin Williams, Julia Roberts, Bob Hoskins, Maggie Smith, Phil Collins / Sinopse: Peter Pan (Williams) cresceu. Virou pai de família e vive uma vidinha suburbana numa cidade, até que o Capitão Gancho decide trazer ele de volta à Terra do Nunca. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Música ("When You're Alone" de John Williams), Melhores Efeitos Especiais (Eric Brevig, Harley Jessup), Melhor Figurino (Anthony Powell) e Melhor Direção de Arte (Norman Garwood, Garrett Lewis). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Dustin Hoffman).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
O Quarto Poder
Título Original: Mad City
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Costa-Gavras
Roteiro: Tom Matthews
Elenco: John Travolta, Dustin Hoffman, Alan Alda
Sinopse:
John Brackett (Dustin Hoffman) é um repórter decadente que ao visitar um museu para uma matéria de rotina acaba tirando a sorte grande. Acontece que o guarda do local, Sam (John Travolta) se revolta ao ser demitido e acaba ameaçando a diretora do museu. Mais do que isso, acidentalmente ele dispara sua arma dentro do lugar. Era tudo o que Brackett precisava para fazer uma reportagem extremamente sensacionalista, chamando a atenção de todo o país.
Comentários:
Essa denominação "Quarto Poder" geralmente é usada para designar os órgãos de imprensa, ou seja, a mídia. Assim foi bem feliz esse título nacional desse filme originalmente chamado "Mad City" (Cidade Louca, em inglês). O roteiro é obviamente uma crítica aos meios de comunicação que geralmente exageram nas matérias jornalísticas, aumentando em muito o real impacto do que está acontecendo. É curioso porque esse filme foi realizado antes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, onde acontecimentos assim, de ameaças e terror, eram relativamente bem raros dentro dos Estados Unidos. Depois de 11/9 situações como essa mostrada no filme dificilmente chamariam a atenção de toda a nação como acontece nesse roteiro. No máximo seria tratado como um evento de criminalidade meramente local. Embora até apresente uma boa ideia o fato é que logo o filme se torna cansativo, principalmente porque o antes aclamado diretor Costa-Gavras não parece ir a fundo em praticamente nada, ficando apenas na superficialidade. Assim o cineasta acaba confirmando uma velha máxima que dizia que grande diretores estrangeiros geralmente se tornam medíocres quando vão para Hollywood. A máquina da indústria cinematográfica americana geralmente engole todos eles, sem dó e nem piedade. Enfim, temos aqui um filme até bem banal, apesar dos nomes envolvidos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Kramer Vs Kramer
Como não poderia deixar de ser o grande destaque do elenco era realmente o ator Dustin Hoffman. Aqui ele interpreta o marido que não sabe direito como agir diante daquela variedade de sentimentos conflitantes que surgiram da noite para o dia com seu divórcio. Ao mesmo tempo em que tenta lidar com a guarda do pequeno filho não tem certeza absoluta se isso seria mesmo a melhor decisão. Sua mulher simplesmente abandona a casa e deixa tudo em suas mãos. Quando retorna exigindo a guarda do filho encontra a resistência do marido. A briga acaba indo parar nos tribunais, Kramer contra Kramer, como o título sugere. Outro nome que se destaca é Mery Streep, que interpreta a esposa, Joanna. O que falar dessa atriz tão consagrada? Streep tem uma das filmografias mais ricas da história do cinema americano e esse é certamente outro de seus grandes filmes. obrigatório para seus fãs.
Kramer Vs Kramer (Idem, Estados Unidos, 1979) Direção: Robert Benton / Roteiro: Robert Benton / Elenco: Dustin Hoffman, Meryl Streep, Justin Henry, June Alexander / Sinopse: Casal em processo de divórcio resolve ir ao tribunal para lutar pela guarda do único filho. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Filme, Direção, Ator (Dustin Hoffman), Roteiro e Atriz Coadjuvante (Meryl Streep). Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias Melhor Filme – Drama, Direção, Ator (Dustin Hoffman), Atriz Coadjuvante (Meryl Streep) e Roteiro.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Tootsie
Título Original: Tootsie
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Larry Gelbart, Murray Schisgal
Elenco: Dustin Hoffman, Jessica Lange, Teri Garr
Sinopse:
Michael Dorsey (Dustin Hoffman) é um ator desempregado que decide fazer algo radical para finalmente encontrar um trabalho. Ele inventa uma personagem feminina, Dorothy Michaels, conhecida carinhosamente como Tootsie e cai nas graças da mídia que a transforma em uma sensação de popularidade. E agora, como Dorsey revelará seu grande segredo?
Comentários:
"Ele é Tootsie. Ela é Dustin Hoffman!". Foi essa a frase usada no marketing desse divertido, delicioso e muito bem humorado filme. Dustin Hoffman em excelente atuação causou impacto na época por ter desenvolvido uma brilhante caracterização de uma mulher. Sob forte maquiagem (muito bem feita aliás), Hoffman surpreendeu pelos detalhes que certamente fizeram toda a diferença. Longe da caricatura o ator surpreendeu a todos. O interessante em "Tootsie" porém é que o roteiro não fica apenas apoiado na transformação de Hoffman mas também investe de forma muito talentosa na parte dramática do enredo. É acima de tudo um argumento muito bem escrito, desenvolvido e executado. Outro destaque do elenco vem com Jessica Lange, fazendo muito bem a transição de starlet para atriz séria, reconhecida por seu talento em cena. Seu Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante foi muito merecido. Por fim vale destacar o fato de que "Tootsie" é o filme mais singular da carreira do cineasta Sydney Pollack. Diretor de filmes sérios, de temáticas complexas como, por exemplo, "Três Dias do Condor", ele aqui abriu espaço para o bom humor, a simpatia e o romance. Um marco certamente em sua carreira.
Pablo Aluísio.
domingo, 31 de maio de 2015
Dick Tracy
Um dos movimentos mais corajosos de Warren Beatty foi optar por escolher a estética dos quadrinhos, dando um tom naturalmente cartunesco ao seu universo. Tudo muito puro e até inocente. Nada de tentar trazer Dick Tracy para o mundo atual e nem lhe dar uma estética realista (como tem acontecido ultimamente em adaptações de quadrinhos no cinema). Sua coragem em realizar um filme que se parecesse completamente com o mundo dos quadrinhos, inclusive com o elenco usando forte maquiagem, se mostrou bem certeira. Na verdade o que ele quis mesmo foi resgatar o detetive de seus tempos de infância. E para quem achava que ele não estava apostando alto o próprio Warren resolveu escalar sua namorada na época, ninguém menos do que a cantora popstar Madonna, para ser uma coadjuvante de luxo na pele da sensual e perigosa Breathless Mahoney. O resultado de tudo é certamente uma das mais criativas transições do universo comics para a sétima arte. Tudo muito colorido, excessivo até, mas com um belo sabor de nostalgia. O filme foi sucesso de público e crítica e agradou tanto ao próprio diretor que ele resolveu deixá-lo sem continuações, mesmo com a boa bilheteria arrecadada. Para Beatty foi uma maneira de preservar essa pequena obra prima que lhe trouxe tanto orgulho pessoal e artístico.
Dick Tracy (Dick Tracy, Estados Unidos, 1990) Direção: Warren Beatty / Roteiro: Warren Beatty, Jim Cash, baseados nos personagens criados por Chester Gould / Elenco: Warren Beatty, Madonna, Al Pacino, Dustin Hoffman, Charles Durning, Kathy Bates, Henry Silva, James Caan. / Sinopse: Na década de 1930, em uma cidade infestada de gangsters e criminosos de todos os tipos, o detetive Dick Tracy (Warren Beatty) precisa deter o infame vilão Big Boy Caprice (Al Pacino) de colocar em prática um ardiloso plano de dominação. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Maquiagem e Melhor Música Original - "Sooner or Later (I Always Get My Man)" de Stephen Sondheim. Também indicado nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Al Pacino), Fotografia, Figurinos e Som. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator Coadjuvante (Al Pacino).
Pablo Aluísio.
sábado, 9 de maio de 2015
Lenny
No papel de Lenny surge o talentoso Dusfin Hoffman. Hoje em dia o ator é apenas uma sombra do que foi em seu auge. É realmente triste ver um trabalho desses, tão brilhante, e depois tomar consciência de que estamos na presença do mesmo Hoffman que agora dubla animações sem qualquer relevância para sua rica filmografia. Uma das melhores coisas desse Lenny é a fotografia inspirada. Geralmente o personagem é mostrado no palco em um brilhante jogo de sombras e luzes que realmente impacta ao espectador. Dustin Hoffman obviamente brilha, tanto na recriação dos textos de Lenny Bruce em suas apresentações como nas conturbadas passagens de sua vida pessoal. Um retrato de um homem perturbado por muitos conflitos internos que mesmo assim ainda conseguiu produzir um humor inteligente e sagaz como poucas vezes foi visto na história do show business americano.
Lenny (Idem, Estados Unidos, 1974) Direção: Bob Fosse / Roteiro: Julian Barry, baseado em sua própria peça teatral / Elenco: Dustin Hoffman, Valerie Perrine, Jan Miner / Sinopse: O filme narra a conturbada história de Lenny Bruce, famoso comediante americano que tinha muitos problemas pessoais em sua vida.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Em Busca da Terra do Nunca
Em Busca da Terra do Nunca (Finding Neverland, Estados Unidos, 2003) Direção: Marc Forster / Roteiro: Allan Knee, David Magee / Elenco: Johnny Depp, Kate Winslet, Radha Mitchell, Julie Christie, Dustin Hoffman / Sinopse: Dramaturgo em crise após o fracasso de sua última peça de teatro resolve escrever algo completamente diferente. Seu novo texto era a estória infantil de um grupo de crianças que se recusam a crescer. O nome da peça? Peter Pan.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
A Loja Mágica de Brinquedos
Título Original: Mr. Magorium's Wonder Emporium
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Zach Helm
Roteiro: Zach Helm
Elenco: Natalie Portman, Dustin Hoffman, Jason Bateman
Sinopse:
Mr. Edward Magorium (Dustin Hoffman) é um simpático e imaginativo dono de uma secular loja de brinquedos que afirma ter mais de 240 anos de idade! A alegria e a mágica de viver seriam as responsáveis por sua incrível longevidade, mas o tempo passou e ele finalmente decide que irá se aposentar. Assim resolve deixar seu mágico estabelecimento para a doce e meiga jovem Molly (Natalie Portman) que deve levar a magia do lugar em frente a partir de agora.
Comentários:
Não chega a ser um filme ruim, longe disso. Na verdade é uma tentativa de se realizar uma fábula mágica, direcionada principalmente para as crianças. O elenco é muito bom e conta não apenas com a experiência e talento do grande Dustin Hoffman, que infelizmente tem pago alguns micos em filmes inexpressivos, como também com Natalie Portman, provavelmente a melhor atriz de sua geração. O problema é que infelizmente o roteiro não ajuda. Zach Helm dirigiu e escreveu o roteiro, mas não consegue convencer muito. Na verdade esse foi seu primeiro filme como diretor e sua falta de experiência em conduzir o enredo se torna bem visível e clara. Embora tenha sido o roteirista de outra obra que passeava por um realismo fantástico como em "Mais Estranho que a Ficção", aqui ele não consegue obter o mesmo resultado positivo. De bom mesmo podemos apenas citar a bela direção de arte e os efeitos especiais, discretos e usados de forma correta, como instrumento para se contar a estorinha e não o contrário. No geral é um filme indicado mesmo para a garotada que provavelmente conseguirá se divertir, apesar dos erros que ele apresenta.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Epidemia
Título Original: Outbreak
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Laurence Dworet, Robert Roy Pool
Elenco: Dustin Hoffman, Rene Russo, Morgan Freeman
Sinopse:
Um vírus mortal é descoberto no distante e isolado país africano do Zaire. A doença se mostra avassaladora, com alto índice de mortalidade. Para pesquisar e combater a nova ameaça um grupo de pesquisadores de alto nível é enviado para tentar controlar uma possível epidemia, o que colocaria em risco a vida de milhões de pessoas. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor Filme de Ficção.
Comentários:
Fazendo outro passeio nos filmes dos anos 90 chegamos nesse "Epidemia". Por que é interessante relembrar dessa produção? Ora, diante dos recentes casos do vírus Ebola na África, muitos se perguntaram o que afinal de contas teria ocorrido na epidemia anterior do mesmo vírus, que chegou inclusive a dar origem a essa película? Pois é, simplesmente desapareceu. Nos anos 90 houve esse mesmo pânico sobre uma possível proliferação mundial do vírus Ebola, mas a doença, da mesma forma que apareceu rapidamente, também sumiu por anos e anos. Deixando de lado isso o que temos aqui é até um filme interessante como aventura científica (se é que esse estilo cinematográfico realmente exista de fato!). O elenco é liderado por Dustin Hoffman, que já na época era considerado decadente (imagine, isso faz quase vinte anos!). Para dar uma certa credibilidade no enredo nada melhor do que trazer a dignidade ímpar de Morgan Freeman, muito embora ele não tenha muito o que fazer no meio da trama. Enfim é isso, em breve teremos novos filmes explorando o Ebola (já que Hollywood adora um oportunismo) apenas para nos lembrarmos que já passamos por tudo isso antes, como bem deixa claro esse "Outbreak"!
Pablo Aluísio.