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terça-feira, 2 de março de 2021

Era Uma Vez no México

Título no Brasil: Era Uma Vez no México
Título Original: Once Upon a Time in Mexico
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Columbia Pictures, Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Johnny Depp, Mickey Rourke, Eva Mendes, Danny Trejo

Sinopse:
Um pistoleiro profissional, um matador de aluguel, conhecido como "El Mariachi" envolve-se em espionagem internacional, mesmo sem querer. E ele não está só, no jogo perigoso ainda surge um agente psicótico da CIA e um general mexicano corrupto. Filme indicado ao Teen Choice Awards.

Comentários:
Robert Rodriguez dirigiu esse remake americano de um pequeno filme latino, com orçamento quase nulo, que chamou a atenção da crítica na época, o independente e pequeno "El Mariachi". Funcionou essa nova versão, com mais dinheiro, mais recursos e mais marketing? Em minha opinião, não! O charme do primeiro filme, do original, era justamente ser pequenino e cheio de imaginação. Nessa releitura feita por um grande estúdio de Hollywood o que era pura imaginação, virou explosão. O que era esforço coletivo dos atores quase amadores, virou uma reunião de astros do cinema americano, todos milionários, que no fundo não estavam nem aí com essa nova versão. No quadro geral o que temos é um filme fraco, sem graça, que vai para o puro tédio. Quando você mostra uma explosão a cada cinco minutos de filme a tendência é cansar rapidamente o espectador. Robert Rodriguez sempre foi dado a exageros desse tipo e aqui nessa produção não foi diferente. O bocejo vem mais cedo ou mais tarde. Com pouco tempo de filme deixamos de nos importar com os (rasos) personagens. Enfim, chato e derivativo, nada mais.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de junho de 2018

Hitch - Conselheiro Amoroso

Título no Brasil: Hitch - Conselheiro Amoroso
Título Original: Hitch
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Kevin Bisch
Elenco: Will Smith, Eva Mendes, Kevin James, Amber Valletta, Julie Ann Emery, Adam Arkin

Sinopse:
A profissão de Hitch (Will Smith) não é nada comum. Ele ganha a vida ensinando outros homens a conquistarem as mulheres, um conselheiro de relacionamentos, ou como ele mesmo gosta de dizer, um conselheiro amoroso. Agora seu novo cliente, Albert (Kevin James), tentará conquistar a mulher de seus sonhos.

Comentários:
Provavelmente assisti no cinema, mas não era preciso tanto. O filme é daquele tipo que aposta em apenas uma piada. Aqui o roteiro tenta tirar graça em cima de um sujeito desajeitado com as mulheres. Como ele só tem decepções e frustrações nesse campo de sua vida o jeito é contratar um profissional da area. Assim, com as "aulas", ele começa uma nova vida de conquistador. Embora o ator Kevin James esteja bem em seu papel, é bem a praia dele, a escolha de Will Smith foi equivocada. Smith nunca teve a elegância e a sofisticação que o papel exige. Ele sempre foi mais um palhaço em cena do que qualquer outra coisa. Daí os produtores apertam um botão e ele de repente vai se transformar em um galã conquistador? Não dá, vamos convir. Assim o filme sofre com esse erro de escolha do elenco. No final se torna cansativo por ser forçado demais. Bola fora!

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de maio de 2018

Velozes & Furiosos 5 - Operação Rio

Título no Brasil: Velozes & Furiosos 5 - Operação Rio
Título Original: Fast Five
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Justin Lin
Roteiro: Chris Morgan, Gary Scott Thompson
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Dwayne Johnson, Joaquim de Almeida, Eva Mendes, Michelle Rodriguez

Sinopse:
Dom (Vin Diesel) e Brian (Paul Walker) seguem sendo caçados impiedosamente pela polícia americana. Para escapar do cerco eles resolvem se mandar para o Rio de Janeiro, local que ao lado da Cidade do  México, é o preferido para condenados da justiça americana. O agente federal Lucas Hobbs (Dwayne Johnson) porém não está disposto a deixar os criminosos escaparem assim tão facilmente.

Comentários:
Bom, se você tem alguma dúvida sobre a péssima imagem que o Brasil tem no exterior é bom dar uma olhadinha nesse filme. Em determinado momento um dos personagens exibe poderosas armas em público e é repreendido por um comparsa. Ele sorri e responde: "Isso aqui é o Brasil cara!", ou seja, a terra onde o crime impera e tudo é permitido. Além disso, como sempre, as mulheres brasileiras são todas retratadas como verdadeiras vadias... enfim, sob esse ponto de vista não há muito o que consertar. De qualquer maneira, tirando essa questão de lado, o que sobra é de fato um eficiente filme de ação que vai agradar aos fãs da série "Velozes e Furiosos". Muita adrenalina e como sempre um fiapinho de roteiro ligando todas as cenas. Conforme eu já tinha escrito antes a morte do ator Paul Walker reacendeu o interesse nessa franquia e o que estamos vendo na programação da TV a cabo é uma verdadeira overdose de reprises desses filmes. Hoje mesmo teremos a exibição de três "Velozes e Furiosos" em canais diferentes! É mole?! De qualquer forma aproveite o feriadão para ver (ou rever) esse e tire suas próprias conclusões sobre o Brasil, a terra onde tudo pode acontecer, pelo menos no cinema!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Motoqueiro Fantasma

O sonho do Nicolas Cage era interpretar o Superman no cinema. Não deu certo. Apesar do filme ter sido iniciado pela Warner logo foi cancelado. Cage não nasceu com a pinta do Clark Kent e nem muito menos com o tipo do Superman. Assim o projeto foi cancelado. Como não deu para interpretar o mais popular personagem dos quadrinhos o ator acabou procurando por algo mais, digamos, modesto. Acabou achando o que procurava quando o roteiro da adaptação de "Ghost Rider" caiu em suas mãos. O personagem, considerado secundário dentro do universo Marvel parecia mais adequado. Era um anti-herói, bem de acordo com a personalidade de Cage e também passaria longe de sofrer a pressão que uma versão de Superman teria ao chegar nas telas.

Esse primeiro filme, apesar de ter recebido críticas bem ruins, até que diverte bastante. É bem produzido, tem efeitos especiais bem legais e Cage está no tom certo, como se estivesse acima de tudo se divertindo como nunca! O enredo? Um jovem chamado Johnny Blaze (Cage), desesperado pelo fato do pai estar com um câncer incurável, resolve fazer um pacto com Mefistófeles (sim, ele mesmo, o anjo caído). O tal ser das trevas salvaria a vida de seu pai e em troca poderia levar sua alma. As coisas acabam não saindo exatamente como planejadas e muitos anos depois Mefistófeles retorna ao nosso mundo para cobrar a dívida. Nesse meio tempo o próprio Blaze, contando com os poderes das fossas infernais, se torna um motoqueiro fantasma. Ainda prefiro "Coração Satânico" que tem um desenvolvimento bem mais intelectual, mas mesmo assim não tem como não se divertir com esse filme. Vamos convir que como pura cultura pop, até que esse "Ghost Rider" se sai muito bem.

Motoqueiro Fantasma (Ghost Rider, EUA, 2007) Direção: Mark Steven Johnson / Roteiro: Mark Steven Johnson / Elenco: Nicolas Cage, Eva Mendes, Sam Elliott / Sinopse: Depois de fazer um pacto com o diabo um motoqueiro chamado Johnny Blaze se transforma numa estranha criatura, com seu corpo em chamas, dirigindo uma motocicleta realmente infernal. Filme indicado na categoria de Melhor Filme de Terror pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mulheres - O Sexo Forte

Título no Brasil: Mulheres - O Sexo Forte
Título Original: The Women
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Diane English
Roteiro: Diane English, Clare Boothe Luce
Elenco: Meg Ryan, Eva Mendes, Annette Bening, Jada Pinkett Smith, Bette Midler, Candice Bergen, Carrie Fisher, Debra Messing 

Sinopse:
A vida parece sorrir para Mary Haines (Meg Ryan). Ela é uma estilista bem sucedida, tem um marido encantador, um filho adorável de 11 anos e uma vida estável e feliz. Pelo menos isso é o que ela pensa ser. Da noite para o dia porém tudo parece desmoronar quando ela descobre que o marido tem um caso escondido com a bela e jovem Crystal Allen (Eva Mendes)! E agora, como lidar com essa situação extremamente delicada? Filme indicado ao prêmio ALMA Awards na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Eva Mendes).

Comentários:
Uma comédia romântica feita especialmente para o público feminino. Uma produção realizada por elas e para elas. Todos os principais personagens são mulheres que discutem o tempo todo sobre relacionamentos amorosos e os problemas cotidianos que surgem em seus casamentos. Outro dia mesmo escrevi sobre a Margaret Mary Emily Anne Hyra (nossa conhecida Meg Ryan) em um texto e lá falei que ela realmente não tinha conseguido envelhecer com elegância. Uma das provas está aqui. Não que Meg tenha se tornado uma má atriz, longe disso, o problema é que ela fez tantas plásticas em seu rosto que acabou transformando o que era belo e meigo em bizarro e grotesco. Não há como prestar muita atenção em seus diálogos quando se vê algo assim em close na grande tela. Cinema também é imagem e ela perdeu completamente a sua. Para piorar contracena com Annette Bening, uma mulher elegantemente natural e Eva Mendes, na flor de sua beleza jovial. Diante disso os diálogos se tornam secundários, cansativos e as situações repetitivas. A roteirista Diane English tenta aqui pela segunda vez na carreira dirigir um filme, mas no final das contas apenas mostra que falta mais experiência em levar algo assim em frente. Há problemas de ritmo e timing para o enredo. No saldo final só vale mesmo pelo bom elenco feminino reunido e é só.

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de novembro de 2014

Apagar Histórico

Título no Brasil: Apagar Histórico
Título Original: Clear History
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Pictures
Direção: Greg Mottola
Roteiro: Larry David, Alec Berg
Elenco: Larry David, Jon Hamm, Kate Hudson, Michael Keaton, Eva Mendes

Sinopse:
Nathan (Larry David) mais parece um hippie velho, com longa barba e cabelos rebeldes, mas no fundo é um executivo de marketing de uma montadora de carros elétricos. Na véspera de lançamento do veículo chamado Harold, ele resolve sair, levando suas ações. Desnecessário dizer que fica arruinado financeiramente já que o carro se revela um enorme sucesso de vendas. Com o fracasso de sua carreira profissional e pessoal, ele resolve ir morar numa cidadezinha costeira, onde acaba mudando de nome, sendo agora conhecido como Rolly, afinal o que ele quer mesmo é esquecer o seu passado a todo custo. Sua vida pacata porém logo vira ao avesso quando ele descobre que seu antigo sócio Will Haney (Jon Hamm) acaba de comprar uma mansão nas vizinhanças.

Comentários:
Quem já conhece o humor do ator, roteirista e diretor Larry David já saberá de antemão o que encontrará pela frente. Ele não é muito conhecido no Brasil, a não ser por ter sido um dos criadores da série "Seinfeld". Depois do sucesso espetacular desse programa ele resolveu arriscar com uma nova comédia, dessa vez produzida pela HBO chamada "Curb Your Enthusiasm" que também se tornou bem popular nos Estados Unidos. Agora ele está de volta para essa simpática fita de humor que novamente procura fazer graça com o seu tipo fora do comum. Larry David sempre fez um tipo de humor mais intelectual, usando bastante do timing judeu, onde ele parece estar sempre deslocado onde vive. De certa forma lembra até mesmo Woody Allen em sua essência. Diálogos bem escritos, situações constrangedoras e muito mal estar fazem parte de seu cardápio. Além disso seus personagens parecem sempre apresentar algum tipo de transtorno obsessivo, o que torna tudo ainda mais divertido, pelo menos sob uma viés de humor negro. Outro destaque vem do elenco coadjuvante, atores e atrizes famosos que aceitaram participar do filme apenas pelo prazer de contracenar com David. Entre eles temos o astro de "Mad Men" Jon Hamm e a eterna namoradinha da América, Kate Hudson. Uma comédia inofensiva que no final das contas cumpre seu objetivo de lhe proporcionar algumas boas risadas no fim de noite.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Os Donos da Noite

Título no Brasil: Os Donos da Noite
Título Original: We Own the Night
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: James Gray
Roteiro: James Gray
Elenco: Joaquin Phoenix, Mark Wahlberg, Eva Mendes, Robert Duvall 

Sinopse:
Bobby Green (Joaquin Phoenix) é um gerente de uma boate em Nova Iorque que pertence a um rico e influente chefão da máfia russa instalada nos Estados Unidos. O problema básico de Green é que ele é de uma família de tiras que está inclusive de olho em seu patrão. E agora, como conciliar esses dois lados completamente opostos de sua vida? Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes e ao César Awards na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

Comentários:
Um belo filme que foi consagrado pela crítica francesa, a tal ponto que conseguiu uma honrosa indicação ao prêmio máximo do cinema europeu, a Palma de Ouro em Cannes. Com roteiro muito bem trabalhado e excelentes atuações (em especial Joaquin Phoenix, sempre muito talentoso e intenso), o filme resgata parte do clima nostálgico dos anos 1980, onde o enredo se passa. Para surpresa de muitos até mesmo o mediano (para não dizer sofrível) Mark Wahlberg consegue convencer. Assim a película logo se torna a mais significativa da carreira do cineasta James Gray, que havia se destacado bastante com seus dois filmes anteriores, "Fuga para Odessa" (com Tim Roth e Edward Furlong, onde também retratava uma família vivendo no submundo de Nova Iorque) e "Caminho Sem Volta" (curiosamente o primeiro que realizou em parceria com os atores Mark Wahlberg e Joaquin Phoenix). Esse "We Own the Night" inclusive pode ser considerado o desfecho de sua trilogia sobre as famílias criminosas de sua cidade do coração, a grande maçã, Nova Iorque. Um drama policial envolvente e acima da média que vale a pena conferir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

The Spirit - O Filme

Título no Brasil: The Spirit - O Filme
Título Original: The Spirit
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Frank Miller
Roteiro: Frank Miller, baseado na obra de Will Eisner
Elenco: Gabriel Macht, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Eva Mendes 

Sinopse:
Denny Colt (Gabriel Macht) é um policial novato que ainda não aprendeu a manha que impera nas ruas violentas de Central City. Após uma operação completamente mal sucedida ele decide forjar sua própria morte. Assim assume uma nova identidade secreta, e com uma máscara começa a se auto denominar de Spirit. Seu objetivo agora é colocar as mãos no assassino e criminoso Octopus (Samuel L. Jackson), que comanda uma ampla rede de corrupção.

Comentários:
Nem sempre os nerds tem razão. Veja o caso dessa produção "The Spirit". A ideia era ótima, fazer uma adaptação do famoso personagem de quadrinhos Spirit. Para isso nada melhor do que chamar um mago do universo comics, o cultuado Frank Miller. Some-se a isso um elenco bacana com nomes como Samuel L. Jackson e Scarlett Johansson e pronto, você tem a fórmula do sucesso! Todos os ingredientes parecem estar devidamente encaixados. Só que... não deu certo! Para surpresa de muita gente "The Spirit" foi um fracasso monumental. A crítica destruiu o filme e os fãs dos quadrinhos ficaram decepcionados com o resultado final. O filme é em última análise uma quase cópia de "Sin City", só que sem o mesmo talento. Por um desses grandes absurdos do mundo sci-fi nem mesmo a trama aqui consegue decolar. O personagem principal surge sem carisma algum e o roteiro é péssimo. Assim a grande lição que todos aprenderam é que para um filme realmente funcionar tem que haver antes de tudo um grande cineasta por trás das câmeras. Não adianta pincelar um artista de outra área (por mais talentoso que ele seja) como Frank Miller e pensar que algo sairá de bom nisso no mundo do cinema. Frank Miller deve ficar inserido dentro de seu próprio nicho - a das revistas em quadrinhos - porque cinema é outra coisa completamente diferente, outra linguagem, que exige outros talentos, entre eles o domínio da técnica cinematográfica. Miller nunca atendeu a esses requisitos. Esse personagem, Spirit, certamente merecia coisa bem melhor.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Garota em Progresso

Título no Brasil: Garota em Progresso
Título Original: Girl in Progress
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Anxiety Productions, Latitude Entertainment
Direção: Patricia Riggen
Roteiro: Hiram Martinez
Elenco: Eva Mendes, Cierra Ramirez, Patricia Arquette, Matthew Modine 

Sinopse: 
O filme narra a estória de uma mãe solteira, Grace (Eva Mendes), e sua filha adolescente Ansiedad (Cierra Ramirez). Grace se vira como garçonete para sustentar ela e sua filha. Assim que engravidou foi colocada para fora de sua casa por sua mãe e sem recursos foi vivendo de cidade em cidade, de emprego em emprego, até que chega em Seattle e se envolve com um homem casado, o ginecologista Dr. Harford (Matthew Modine), que apesar das declarações de amor não parece muito disposto a abandonar sua família para viver com ela. Já Ansiedad tem seus próprios problemas pessoais. Após ver em uma aula que todo adolescente tem que passar por certos rituais próprios da idade ela decide colocar em frente um plano para acelerar esse processo que deveria vir naturalmente em sua vida.

Comentários:
Um filme especialmente feito para o público feminino pois o roteiro explora as lutas, ansiedades, sentimentos e medos de uma mãe solteira e sua filha. Poderia facilmente virar uma dramalhão daqueles, cheios de lágrimas por todos os lados mas sabiamente o roteiro evita esse tipo de coisa. O tom é levemente bem humorado embora de uma forma em geral a fita fique bem longe de ser uma comédia. Cierra Ramirez que interpreta a filha adolescente é esperta e bem vívida. Em alguns momentos sua personagem peca por ser até cruel, como nas cenas em que para impressionar um bando de garotas populares na escola humilha sua única amiga verdadeira, que tem problemas com obesidade. Eva Mendes faz o papel da mãe e não foge muito do estereótipo de latina gostosona. Sua personagem é confusa na vida, sem saber que rumo certo tomar, mas tem bom coração. A diretora Patricia Riggen não é muito conhecida, de certa repercussão realizou apenas "Lemonade Mouth", um telefilme também sobre adolescentes em 2011. Mesmo assim realiza aqui um bom trabalho, redondinho, até previsível, mas que não aborrece e nem decepciona. É acima de tudo uma história humana sobre mãe e filha tentando sobreviver na luta diária em busca da felicidade e do amor.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Apenas uma Noite

Joanna (Keira Knightley) e Michael (Sam Worthington) parecem formar, aos olhos dos outros, um belo casal, mas no fundo tudo não passa de uma mera fachada social. Internamente o cotidiano é de brigas, desconfianças e ciúmes. Michael está sempre em viagens de negócios e nutre uma indisfarçável atração por Laura (Eva Mendes), uma latina muito sensual e charmosa. Se o marido sonha com uma escapada de seu casamento falido a esposa também não fica muito atrás. Desde que morou na França alguns anos atrás Joanna se interessou muito pelo escritor americano radicado em Paris, Alex (Guillaume Canet), afinal ele é muito espirituoso, inteligente e atraente. Além disso eles possuem interesse em comum pois ela sonha um dia também se tornar uma escritora. Como se pode perceber, embora casados, os dois estão a um passo de trair um ao outro. E tudo parece seguir por esse caminho quando em uma noite em particular Joanna resolve jantar fora com Alex enquanto o marido está em uma viagem de negócios. E esse também não perde tempo ao se encontrar em um hotel com Laura. Traições para todos os lados.

Esse "Apenas uma Noite" tem uma moralidade bem duvidosa. Ao mesmo tempo em que mostra a derrocada de um casamento joga com a expectativa do espectador sobre os acontecimentos que se desenrolam na tela. Será que ele trairá a esposa? Será que ela trairá o marido? A trama se desenrola apenas em uma noite (como deixa claro o título), onde marido e mulher terão a oportunidade (ou não) de trair seus laços matrimoniais. Keira Knightley está muito bem na caracterização da esposa, que está em grande conflito emocional. Sabe que o marido talvez a esteja traindo mas não tem certeza. Ao mesmo tempo não sabe se o trair será uma boa ideia. Infelizmente o ator Sam Worthington, que interpreta o marido, não se sai bem em cena, ficando muitas vezes inexpressivo na tentativa de passar algum conflito para o público que assiste ao filme. Já Eva Mendes interpreta uma caricatura, a da mulher latina, muito sexy, que pouco está se importando com o fato do homem objeto de seu desejo ser casado ou não! Apesar desses pequenos pecados a película ainda é bem interessante pois procura mostrar a questão da infidelidade conjugal de uma forma bem adulta e coerente. 

Apenas uma Noite (Last Night, Estados Unidos, 2010) Direção: Massy Tadjedin / Roteiro: Massy Tadjedin / Elenco: Keira Knightley, Sam Worthington, Eva Mendes, Guillaume Canet / Sinopse: Durante uma noite um casal em crise tem todas as oportunidades para concretizar uma infidelidade mútua. Será que vão realmente pular a cerca?

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de setembro de 2013

O Lugar Onde Tudo Termina

Luke (Ryan Gosling) trabalha em um parque de diversões. Ele é piloto da moto do Globo da Morte, uma atração perigosa mas que paga um péssimo salário. Viajando de cidade em cidade ele vai parar em Schenectady, New York. Lá reencontra Romina (Eva Mendes), uma garçonete com o qual teve um caso meses antes. Luke que não é de muitas palavras logo desconfia que algo está acontecendo na vida de sua garota e para sua surpresa descobre que ela tem um filho seu, um bebezinho que ela tenta em vão esconder de seu ex-namorado. O problema é que ela já mora com um outro homem que resolveu assumir a figura de pai adotivo da criança. Luke quer ser um pai presente na vida do filho mas não tem dinheiro suficiente para ajudar em sua criação. Assim resolve tomar uma decisão radical. Ao lado de um comparsa começa a realizar assaltos a banco pela região. Ótimo piloto, passa a usar de sua habilidade para fugir da polícia após seus crimes. Por um tempo as coisas até que funcionam muito bem para ele até o dia em que cruza caminho com o policial Avery Cross (Bradley Cooper). O encontro durante uma fuga mudará para sempre o destino de sua vida.

Belo filme esse "O Lugar Onde Tudo Termina". O ator Ryan Gosling novamente surpreende estrelando mais uma ótimo produção em sua filmografia. Em certos momentos lembrei de "Drive" mas esse aqui é bem mais complexo e completo. O roteiro pode ser dividido em três atos bem nítidos. No primeiro acompanhamos a dura vida do personagem de Ryan Gosling. É um sujeito que caminha numa escolha sem volta. Ao abraçar o mundo do crime ele também dá adeus a uma vida equilibrada e segura, algo aliás que nunca teve. Gosling está ótimo em seu trabalho pois ele tem esse raro talento de imprimir carisma em papéis nem sempre agradáveis. A segunda linha narrativa já mostra a conturbada vida do policial Cross (Cooper), um sujeito ambicioso e pouco ético que começa aos poucos a subir no mundo da política. Por fim acompanhamos no ato final os desdobramentos do terrível encontro entre o criminoso e o tira, algo que repercutirá inclusive no futuro de seus próprios filhos. É sem dúvida um filme extremamente bem escrito, com ótimo elenco e enredo mais do que interessante que inclusive atravessa os anos. É um filme mais longo que o habitual (quase duas horas e meia de duração) mas que em momento nenhum cansará o espectador. Esse podemos recomendar sem qualquer receio. Grande filme certamente.

O Lugar Onde Tudo Termina (The Place Beyond the Pines, Estados Unidos, 2012) Direção: Derek Cianfrance / Roteiro: Derek Cianfrance, Ben Coccio / Elenco: Ryan Gosling, Bradley Cooper, Eva Mendes, Rose Byrne, Ray Liotta, Bruce Greenwood / Sinopse: Duas gerações sofrem as consequências de um terrível acontecimento ocorrido numa pequena cidade do interior dos EUA, Schenectady, New York.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Vício Frenético

Não é novidade para ninguém que a filmografia de Nicolas Cage nos últimos tempos já saiu da fase de ser apenas ruim para virar anedota entre cinéfilos de tão ruins que são as produções. De fato Cage já virou piada nas rodinhas de pessoas que gostam do dito bom cinema. No meio de tantos filmes obtusos e constrangedores eis que finalmente surgiu uma pérola no meio do lamaçal. Sim, "Vício Frenético" é essa jóia. O filme se comparado com outros recentes do Cage é bem superior. Não é um grande filme, tem problemas de ritmo, roteiro e interpretação mas mesmo com tudo isso é salvo no final pelo fino humor negro que permeia toda a estória. Aqui Cage interpreta um oficial da policia de uma New Orleans devastada. Longe de ser um exemplo o tira é corrupto, viciado em drogas, em jogos e prostituição e tudo o mais de pior que se pode pensar para um policial. Um sujeito totalmente fora de controle e completamente fora da linha. O irônico é que mesmo assim, com todos esses desvios de conduta, sempre acaba sendo promovido (uma crítica óbvia à força policial das grandes cidades americanas). Não gostei muito da interpretação do Cage. De olhos esbugalhados, olhar vidrado, todo torto e muitas caretas o ator apresenta um esilo caricato de representar. No começo chega a ser até estranho ver Cage tão afetado mas depois que se acostuma com o tipo, fica até divertido. Ainda bem que ele foi salvo pelo bom argumento. 

O roteiro até consegue sobreviver no meio de um amontoado de eventos que vão se sucedendo no transcorrer da produção. Talvez isso se deva ao fato do filme ser na realidade um remake de um antigo policial dirigido por Abel Ferrara. Como se sabe esse diretor sempre foi bem pouco convencional. A estrutura de seus filmes sempre foi inovadora e nada parecida com o que vemos no cinemão comercial americano. No saldo final o que realmente salva mesmo "Vício Frenético" é a ironia, o cinismo e o humor negro que utiliza para satirizar o sistema. Nesse ponto o filme realmente acerta. Em suma, aqui temos um filme policial que a despeito dos exageros do Cage em cena pode realmente agradar no final das contas. 

Vício Frenético (The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans, Estados Unidos, 2009) Direção: Werner Herzog / Roteiro: William M. Finkelstein, Victor Argo, Paul Calderon, Abel Ferrara, Zoë Lund / Elenco: Nicolas Cage, Eva Mendes, Val Kilmer, Fairuza Balk / Sinopse: Aqui Nicolas Cage interpreta o Terence McDonagh, um oficial da policia de uma New Orleans devastada. Longe de ser um exemplo o tira é corrupto, viciado em drogas, em jogos e prostituição e tudo o mais de pior se pode pensar para um policial. Um sujeito totalmente fora de controle e completamente fora da linha.  

Pablo Aluísio.