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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Estranhos Prazeres

Título no Brasil: Estranhos Prazeres
Título Original: Strange Days
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Kathryn Bigelow
Roteiro: James Cameron, Jay Cocks
Elenco: Ralph Fiennes, Angela Bassett, Juliette Lewis, Tom Sizemore, Vincent D'Onofrio, Michael Wincott

Sinopse:
Em 1999, Los Angeles é uma zona de guerra racial com o exército e os oficiais do LSPD e da SWAT lutando contra os afro-americanos. O ex-policial Lenny Nero é um traficante de gravações ilegais em CDs que entregam as memórias e sensações do gravador ao usuário. E nesse processo acaba descobrindo a existência de uma grande conspiração. 

Comentários:
Um bom filme de ficção dos anos 90. Foi dirigido pela talentosa cineasta Kathryn Bigelow que para quem não sabe é a esposa do diretor James Cameron. O maridão inclusive é um dos escritores do roteiro desse filme. Some todo esse talento do casal envolvido com uma boa produção e uma história bem bolada, interessante, e você terá um bom filme em mãos. O elenco é muito bom. Ralph Fiennes é aquele tipo de ator que vale qualquer filme. Um dos mais talentosos de sua geração, sempre interpretando tipos estranhos e fora do comum. Angela Bassett se destacou ao interpretar Tina Turner no melhor filme sobre sua vida e finalmente Juliette Lewis, em seu tipo habitual de louquinha, também mantém a atenção. Confesso que obviamente o filme ficou um pouco datado nos dias atuais. Algo normal de acontecer, ainda mais em filmes de ficção que lidam com temas envolvendo tecnologia de uma maneira em geral. Ainda assim vale a pena conhecer esse verdadeiro lado B da carreira de James Cameron e sua talentosa esposa. Fica a recomendação. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Fantasmas do Abismo

Título no Brasil: Fantasmas do Abismo 
Título Original: Ghosts of the Abyss
Ano de Lançamento: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: James Cameron, Bill Paxton, Lori Johnston, Lewis Abernathy, Charles Pellegrino, John Broadwater

Sinopse:
Esse documentário mostra os esforços do diretor James Cameron em organizar mais uma expedição de exploração em águas profundas. Ele quer novamente visitar os destroços do Titanic, que jaz nas profundezas do Atlântico Norte. E dessa vez ele contará com novos elementos da alta tecnologia. 

Comentários:
Pelo visto o James Cameron desenvolveu algum tipo de obsessão pelos destroço do Titanic. Aqui temos mais uma expedição do diretor ao antigo navio afundado. Só que também há boas surpresas como o uso de dois robôs que conseguiram entrar dentro do navio, filmando aposentos e lugares que não eram visitados pelo olho humano desde o naufrágio. Fiquei surpreso ao ver que espelhos e vidraças ainda continuam intactos. Como conseguiram fcar inteiros depois de um naufrágio como aquele? Também surpreende uma cena em que Cameron conseguiu localizar uma garrafa de vinho e uma taça, sobre uma mesa, mesmo depois de décadas do afundamento. Como aquelas coisas de vidro não foram destruídas quando o navio afundou? São perguntas que surgem imediatamente em nossa mente quando vemos as imagens. Achei mal desenvolvido a parte que tenta recontar a história de certas pessoas que afundaram naquela noite gelada. Poderia ter sido melhor explorado. De qualquer maneira o Carmeron certamente adorou essa nova exploração, o homem realmente parece obcecado com a história do Titanic. A gente entra de gaiato no anvio, para ver o cenário da destruição. Não deixa de ser uma espécie de turismo do macabro. 

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de novembro de 2019

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Pode chamar de "O Exterminador do Futuro 6". Isso mesmo, esse é o sexto filme dessa longa franquia cinematográfica. Acha que já foi um pouco longe demais? Ainda mais sabendo que tudo nasceu de um filme considerado B na época, em plenos anos  80. Talvez seja isso mesmo. De qualquer forma como o público ainda se interessa pela história, Hollywood (agora em sociedade com produtores chineses e europeus) decidiu fazer mais uma sequência. E assim lá vamos nós de novo para o retorno ao passado de novos exterminadores. A partir daqui vou escrever alguns spoilers, por isso se ainda não assistiu ao filme, não continue a ler. Pois bem, nesse sétimo longa-metragem temos uma nova realidade. Sim, lamente, pois John Connor, o jovem que iria liderar a resistência contra as máquinas no futuro, está morto! Um dos exterminadores finalmente cumpriu sua missão. Com John morto todo o futuro é modificado... porém para o desespero dos humanos o futuro alternativo não é melhor. Uma legião de máquinas está novamente destruindo a humanidade.

E assim um novo exterminador precisa voltar para o passado para destruir uma jovem mexicana que será a comandante dos humanos no futuro. Quer saber a verdade? Achei cansativo esse roteiro que se formos analisar bem é mais uma versão do tipo "diferente, mas igual" dos primeiros filmes. Até mesmo Sarah Connor (Linda Hamilton) retorna à ativa, armada até os dentes! E o que dizer de um exterminador que anos depois decidiu formar uma família, procurando ser feliz ao velho estilo? Arnold Schwarzenegger está lá, como um zeloso paizão, que precisa acertar contas com o passado. Não achei convincente e nem muito criativo. De qualquer maneira, para quem gosta, há boas cenas de ação. Certo, as cenas finais me pareceram escuras demais, talvez para esconder os efeitos especiais. Porém é inegável que em termos técnicos o filme é muito bem produzido. Afinal gastaram 185 milhões de dólares para produzir esse Terminator Seven! Porém em termos de roteiro essa já é uma franquia cinematográfica que se arrasta... Não me agradou como um todo, mas como diversão ligeira, entretenimento pipoca, até que dá para ver uma vez.

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Terminator: Dark Fate, Estados Unidos, China, Espanha, Hungria, 2019) Direção: Tim Miller / Roteiro: James Cameron, Charles H. Eglee / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Mackenzie Davis, Natalia Reyes, Gabriel Luna / Sinopse: Para assassinar a futura líder da resistência humana no futuro, um exterminador modelo Rev-9 (Luna) é enviado para o passado. Já os rebeldes enviam Grace (Davis) uma humana modificada, para salvar a vida da jovem mexicana.

Pablo Aluísio.  

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Alita

Esse filme custou 170 milhões de dólares. Foi produzido e roteirizado pelo James Cameron e bateu de frente com a "Capitã Marvel" nas bilheterias americanas. Perdeu a disputa, mas a despeito disso conseguiu ainda faturar 400 milhões de dólares, um número que não decepcionou ao estúdio. Embora seja um espécie de filme pessoal de Cameron, ele preferiu não dirigir, passando o bastão para Robert Rodriguez. A boa notícia é que o cineasta acertou a mão em todos os detalhes, fazendo um filme mesclado (meio animação gráfica, meio atores de verdade) que funcionou excepcionalmente bem no quesito diversão.

Na realidade é uma adaptação de uma obra japonesa escrita por Yukito Kishiro, Lançado na Terra do Sol Nascente com o nome de  "Gunnm" logo caiu nas graças do público que curte mangá. E isso é fácil de entender. A protagonista é uma andróide adolescente chamada Alita, Partes de seu corpo foram achados em um ferro-velho pelo Dr. Dyson Ido (Christoph Waltz) que resolve reconstrui-la. O que ele nem desconfia é que a garotinha na verdade é uma arma de guerra, usada para invadir o nosso mundo há 300 anos. Naquele passado distante quase todo o planeta foi destruído, sobrando apenas uma cidade flutuante, enquanto o resto da humanidade passou a viver no meio do caos e da violência.

O filme funciona não apenas por ter uma excelente produção onde você consegue ver cada dólar investido, mas também por apostar em um roteiro que procura tocar no sentimento do espectador. A andróide teen é realmente fenomenal nas lutas contra outros seres futuristas, mas também tem anseios e sentimentos típicos de uma adolescente apaixonada pela primeira vez. Eu não esperava grande coisa, mas acabei gostando de praticamente tudo. O design de produção procurou copiar fielmente a imagem da personagem dos quadrinhos japoneses, o que lhe vale ter aqueles grandes olhos cheios de sentimento que conhecemos bem dos mangás. No final a porta fica aberta para futuras continuações. Terá uma sequência? Bom, esse tipo de pergunta apenas o James Cameron poderia responder.

Alita: Anjo de Combate (Alita: Battle Angel, Estados Unidos, 2019) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: James Cameron, Laeta Kalogridis / Elenco: Rosa Salazar, Christoph Waltz, Jennifer Connelly, Mahershala Ali, Keean Johnson / Sinopse: Em um mundo pós-apocalíptico, 300 anos no futuro, a andróide Alita é resgatada do ferro-velho por um especialista chamado Dyson Ido (Christoph Waltz). Ele decide remontá-la, para reativá-la e descobre que ela não é uma andróide comum, mas sim uma máquina de guerra de origem extraterrestre.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Aliens, o Resgate

Revi ontem esse pequeno clássico da ficção. Na verdade me lembro de ter assistido o filme no cinema, em seu lançamento original. Depois disso devo ter revisto na TV e foi só. Provavelmente fazia mais de 20 anos que tinha visto pela última vez. A mente esquece e muitas vezes ao revermos filmes assim e tudo volta soar como boa novidade - pelo menos em nossa mente esquecida. O filme continua muito bom, muito bem realizado. E para minha surpresa resistiu bem ao tempo, coisa rara em filmes de ficção. Os efeitos especiais não envelheceram, a não ser em pequenos trechos, pontuais, quando as naves sondam o planeta infestado pelos aliens. Alguns detalhes do enredo havia esquecido. Por exemplo, quando o filme começa a Ripley (Sigourney Weaver) descobre que ficou 57 anos hibernando em sua pequena nave de fuga. O filme assim começa onde "Alien, o Oitavo Passageiro" terminou. Ela fugiu da nave mãe e ficou vagando pelo espaço. Agora é resgatada, quase por acaso, por um missão de exploradores. Aliás detalhe importante: no mesmo planeta onde tudo aconteceu no primeiro filme a companhia mineradora fundou uma colônia com mais de 150 habitantes. Claro, péssima ideia.

E é justamente para lá que Ripley retorna após a companhia descobrir que os colonos não entraram mais em contato. O que aconteceu? A tenente então desce novamente naquele lugar esquecido, mas dessa ela não está só. Agora vai com um grupo de fuzileiros altamente armados. E aqui vem o grande diferencial do primeiro filme para esse segundo. O diretor James Cameron deixou o clima de suspense do "Oitavo Passageiro" de lado e investiu na ação, na porrada. Afinal nessa época a moda era mesmo os filmes de ação como "Rambo" e "Comando Para Matar". Sim, Cameron injetou muitos litros de testosterona em seu filme.

Outro aspecto que o diretor turbinou foi a concepção dos próprios aliens. Agora não existe apenas um alienígena, mas dezenas deles, todos provindos de um ninho de aliens. Aliás Cameron também colocou na jogada a própria rainha-mãe das criaturas, que vê desesperada a Ripley tocando fogo em seus ovos com um lança-chamas. Porém temos que dizer também que o filme não é apenas porrada e ação. James Cameron em seu roteiro criou também a personagem de uma menina, a única sobrevivente da colônia. Ela serviu para trazer mais humanidade para Ripley. E também abriu um aspecto subliminar interessante no enredo, mostrando dois lados maternais, a da própria Ripley e obviamente a da rainha-mãe dos aliens. Tudo sutilmente jogado enquanto o massacre de aliens e humanos acontece. "Aliens, o Resgate" é bem isso, tudo potencializado, tudo elevado à nona potência.É seguramente o filme mais violento da série.

Aliens, o Resgate (Aliens, Estados Unidos, 1986) Direção: James Cameron / Roteiro: James Cameron, David Giler / Elenco: Sigourney Weaver, Michael Biehn, Carrie Henn, Paul Reiser, Lance Henriksen, Bill Paxton / Sinopse: Após ficar décadas vagando pelo espaço, Ripley (Weaver) é resgatada. Após se recuperar decide partir para uma missão de resgate no planeta onde tudo aconteceu no primeiro filme. Lá a companhia fundou uma colônia de humanos, que agora não entra mais em contato. A missão de Ripley e seus fuzileiros é descobrir o que teria acontecido. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhores Efeitos Sonoros (Don Sharpe) e Melhores Efeitos Especiais (Stan Winston, Robert Skotak, John Richardson e Suzanne M. Benson).

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Titanic

Título no Brasil: Titanic
Título Original: Titanic
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Billy Zane, Kathy Bates, Bill Paxton, Jonathan Hyde
  
Sinopse:
Jack Dawson (DiCaprio) é um jovem pobretão que ganha numa aposta uma passagem de navio no imenso Titanic. A viagem partirá de Londres rumo aos Estados Unidos, considerado naqueles tempos a terra das oportunidades para imigrantes de todo o mundo. Durante a jornada Jack acaba conhecendo a bela Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), uma garota rica e cheia de sonhos. Ambos se enamoram, mas antes que essa paixão venha a se concretizar definitivamente um grande desastre acontece. O Titanic esbarra em um iceberg em alto-mar, levando à morte centenas de milhares de seus passageiros. Filme vencedor de 11 Oscars.

Comentários:
Quando assisti "Titanic" pela primeira vez, nos cinemas em seu lançamento, pude perceber que o roteiro não era muito original. Na verdade era uma mistura e uma reciclagem de velhos clichês sentimentais e apelativos que curiosamente ainda funcionavam muito bem. Certas fórmulas nunca perdem seu poder de atração perante a plateia. O público e a crítica, claro, foram fisgados imediatamente. O curioso é que nada disso parecia ser o ponto principal do filme. A trama em si parecia uma coisa secundária, usada apenas para que James Cameron viabilizasse seus projetos ambiciosos de fazer as melhores imagens do navio afundado em alto-mar. Para isso ele gastou milhões de dólares. A bilheteria imensa do filme iria assim servir para tornar viável seu velho sonho de ir até as profundezas do Atlântico Norte ver como o Titanic se encontrava no presente. O resultado foi o que todos conhecemos. Como obra cinematográfica o filme é puramente piegas, mas de uma pieguice irresistível, com trilha sonora evocativa e o melhor dos mundos em termos de efeitos especiais, sonoros, etc. Tecnicamente é um filme perfeito, com roteiro redondinho para agradar às grandes massas (com aquela velha coisa romântica de garoto pobre se apaixonando por garota rica), um pano de fundo histórico não muito fiel aos fatos e toneladas de computação gráfica. Um milk-shake que todos estavam esperando consumir. A maioria que provou, gostou e não teve do que reclamar. O filme é o blockbuster romântico por excelência, provavelmente o maior de todos os tempos, o que não quer dizer que seja isento de falhas ou equívocos. Será que alguém ainda se importa com isso hoje em dia?

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Piranhas 2 - Assassinas Voadoras

Título no Brasil: Piranhas 2 - Assassinas Voadoras
Título Original: Piranha Part Two - The Spawning
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Brouwersgracht Pictures
Direção: James Cameron
Roteiro: Charles H. Eglee, James Cameron
Elenco: Lance Henriksen, Tricia O'Neil, Steve Marachuk, Ricky Paull Goldin, Leslie Graves, Carole Davis

Sinopse:
Uma instrutora de mergulho, seu namorado bioquímico e seu ex-marido chefe da polícia tentam relacionar uma série de mortes bizarras a uma linhagem mutante de piranha cujo covil é um navio cargueiro afundado em um resort em uma ilha do Caribe.

Comentários:
Era para ser uma sequência caça-níqueis, mas conseguiu ser algo a mais, apesar de suas limitações. James Cameron certamente pode ser a resposta. Ele já vinha com uma vontade fora de comum para vencer em Hollywood, então fosse o que fosse pintar, mesmo sendo um filminho B como esse, ele iria tentar fazer algo melhor do que o planejado. E fez. O filme, apesar de seu roteiro meio sem pé e nem cabeça, acabou virando um pipocão divertido. Claro que ver as piranhas voando no pescoço dos personagens era um pouco demais, entretanto também fazia parte do pacote. O resultado foi que esse segundo filme da franquia "Piranha" fez sucesso e despertou a atenção dos produtores para aquele diretor novato, cheio de energia e boas ideias na cabeça.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de julho de 2013

True Lies

Mais uma parceria entre o diretor James Cameron e o ator Arnold Schwarzenegger. Ambos tinham se dado extremamente bem nos filmes da série “O Exterminador do Futuro” e voltavam a trabalharem juntos novamente. A diferença é que aqui nada é levado muito à sério. De fato o filme tem uma levada mais para o humor, chegando ao ponto de fazer piada até mesmo com os clichês mais recorrentes dos filmes de ação. Aliás o ator Arnold Schwarzenegger vinha cada vez mais tentando emplacar nessa linha mais divertida, principalmente após o sucesso de “Irmãos Gêmeos”, uma fita com muito bom humor que acabou sendo muito bem sucedida nas bilheterias. O que parecia evidente é que Schwarzenegger queria deixar a atitude de durão quebra ossos de lado para vender uma imagem mais simpática, como um gigante de músculos bem mais amável e boa praça. Já James Cameron procurava por outro grande sucesso comercial na carreira. Ele nunca escondeu o fato de fazer filmes para as massas, para o grande público. Sempre foi um cineasta especializado em blockbusters e nunca escondeu isso de ninguém.

Com ótimos efeitos especiais “True Lies” contava em seu enredo a estória de Harry Tasker (Arnold Schwarzenegger), um agente secreto do governo americano especializado em terrorismo internacional que esconde sua verdadeira função até mesmo da esposa com quem está casado há vários anos. Ela pensa que o maridão nada mais é do que um vendedor de produtos de informática. A esposa Helen (Jamie Lee Curtis, em caracterização divertida), então decide sair da rotina ao se envolver com alguém mais perigoso e menos banal que seu marido. Assim começa a se sentir atraída por Simon (Bill Paxton), um vendedor de carros que diz ser espião (embora não seja coisa nenhuma!). É na realidade do extremo oposto de seu marido que é um espião de verdade disfarçado de homem comum. Após vários desencontros a entediada esposa termina se envolvendo de verdade em um caso extremamente perigoso de terrorismo cujo alvo principal é justamente o seu esposo. Como se pode perceber “True Lies” mescla uma comédia de costumes com um filme de ação desenfreada. A estranha combinação deu muito certo, por mais estranho que isso possa parecer, e deu a Arnold Schwarzenegger e James Cameron mais um grande sucesso de bilheteria em suas carreiras. Curiosamente o filme nunca teve uma seqüência. Por anos se especulou que o ator se uniria novamente a Cameron para levar a estória adiante mas isso definitivamente nunca aconteceu. Quem sabe um dia venha a acontecer, embora nessa altura do campeonato seja bastante improvável.

True Lies (Idem, Estados Unidos, 1994) Direção: James Cameron / Roteiro: Claude Zidi, Simon Michaël / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Jamie Lee Curtis, Tom Arnold, Bill Paxton, Tia Carrere / Sinopse: Agente do governo americano esconde seu trabalho por anos da esposa mas agora terá que revelar tudo uma vez que ela também vira alvo dos bandidos internacionais.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Aliens, O Resgate

Após entrar em contato com uma entidade biológica desconhecida toda a tripulação de uma nave espacial é morta, com exceção da tenente Ripley (Sigourney Wever). Agora ela terá que lidar novamente com a ameaça alienígena que volta mais mortal e sanguinário do que nunca. Segundo filme da extremamente bem sucedida franquia Aliens. Se no primeiro filme “Alien, o Oitavo Passageiro” o foco era completamente voltado para o terror psicológico nessa seqüência o diretor James Cameron investe pesado nas cenas de ação e pancadaria. Era previsível. James Cameron estava envolvido com o filme “Rambo II – A Missão” que havia se tornado um enorme sucesso de bilheteria. O cinema de ação da década de 80 estava no auge e assim o filme “Aliens – O Resgate” seguiria por essa linha que vinha se mostrando extremamente bem sucedida do ponto de vista comercial. A tensão e o clima sufocante de “Alien o Oitavo Passageiro” daria lugar a um filme de ação incessante e um final extremamente marcante para os fãs do gênero.

É óbvio que a mudança de rumos na saga Aliens trouxe algumas críticas para o trabalho de Cameron. Para muitos críticos a ação de “Aliens, o Resgate” soava gratuita e o roteiro não conseguia avançar adiante sobre as origens da estranha forma alienígena. Era um retrocesso. O lado mais pertinente sobre a criatura havia sido deixado de lado para se concentrar em cenas espetaculares de lutas e conflitos no meio do espaço entre a tenente Ripley, agora alçada a categoria de uma super combatente, e o monstro do espaço que continuava sem ter uma melhor explicação sobre seu surgimento ou origem. Olhando em retrospectiva temos que admitir que não era muito justificada essa visão. É óbvio que James Cameron e Ridley Scott eram cineastas bem diferentes. O primeiro visava realmente a pura diversão sem maiores preocupações sobre de onde veio e qual seria o propósito do monstro espacial. Já Ridley procurava mesmo algo a mais, sempre deixando subentendido em seu filme que haveria algo muito maior por trás do aparecimento dessa mortal entidade predatória (tema que levaria em frente anos depois no filme “Prometheus”). Assim “Aliens, o Resgate” fica bem longe dos conceitos do primeiro filme mas como diversão pura se sai melhor. Não é um filme intelectualmente brilhante mas dentro de suas propostas cumpriu bem sua função.

Aliens, o Resgate (Aliens, Estados Unidos, 1986) Direção: James Cameron / Roteiro: James Cameron, David Giler / Elenco: Sigourney Weaver, Michael Biehn, Carrie Henn / Sinopse: Após os acontecimentos do filme “Alien O Oitavo Passageiro” a tenente Ripley (Sigourney Weaver) tem que enfrentar novamente a terrível entidade alienígena numa luta de vida ou morte. Vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Especiais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Avatar

Título no Brasil: Avatar
Título Original: Avatar
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Sam Worthington, Sigourney Weaver, Michelle Rodriguez, Zoe Saldana
  
Sinopse:
Fantasia que mostra um mundo distante que é invadido por uma civilização que quer dominar o lugar, impondo sua visão colonialista ao pacífico povo local. Ao lado de humanos os nativos começam a lutar por sua liberdade e pela natureza de seu planeta. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Mauro Fiore), Melhores Efeitos Especiais (Joe Letteri, Stephen Rosenbaum e Richard Baneham) e Melhor Direção de Arte (Rick Carter e Robert Stromberg). Filme indicado ao Oscar de Melhor Filme.

Comentários:
Avatar é uma das maiores enganações da história do cinema. Um filme que não se parece com um filme, já que não tem peças vitais para isso como um roteiro bem escrito, um argumento convincente e atuações decentes. É um produto feito único e exclusivamente para mostrar os avanços tecnológicos em efeitos digitais e nada mais. Falar do roteiro ridículo e mal escrito de Avatar é chover no molhado. Escrito por James Cameron, ele repete todos os problemas de filmes anteriores de sua filmografia. O argumento é piegas, boboca e se apoia numa mensagem tipicamente de ecochatos. Apelar para o sentimentalismo é válido, desde que se tenha o talento para isso como Spielberg. No caso de Cameron tudo desanda para a simples breguice. Em termos de atuação Avatar também inexiste. Poucas são as atuações "live action", sendo a maioria das cenas apenas virtuais. Isso talvez não fosse grande problema se a dupla central do filme não fosse completamente medíocre. Não consigo até hoje determinar quem é pior, Sam Worthington ou Zoe Saldana. São simplesmente péssimos! O Sam inclusive por causa do sucesso desse filme espalhou sua canastrice para outros projetos que poderiam dar certo, sem sua insignificante presença, como aconteceu com "Fúria de Titãs". Já a Zoe parece que vai desaparecer sem deixar rastros (graças a Deus!). A lamentar apenas a presença de Sigourney Weaver nisso. Ela tenta, mas não há salvação para "Avatar" no quesito atuação. A única coisa que sustenta é a presença pesada de efeitos digitais. São bem feitos, é preciso reconhecer, mas também cansam. A tentativa de fazer um mundo super colorido e bonito, além de irreal demais, é chato. Nenhum lugar do universo é assim. Só a mente de um ecochato emo para criar aquilo. Aliás falando em criação esse é outro problema grave de "Avatar" já que o filme é também supostamente um dos grandes plágios do cinema mundial. Parece que nada em "Avatar" foi originalmente criado. Quando o filme foi lançado os internautas mostraram de onde veio todo aquele universo nada original: antigas publicações de quadrinhos, capas de discos de rock progressivo e filmes da Disney como "Pocahontas". Sobrou semelhanças até para com o western "Dança com Lobos". Enfim não adianta ir adiante mostrando os defeitos de Avatar (eles são muitos). Só um marketing agressivo como foi feito para justificar o sucesso absurdo. Avatar é banal, derivativo, boboca e chato. Aliás nem é um filme, é um programa de computador. Como gosto de filmes, ele me soa até hoje como uma tremenda bobagem.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Rambo II - A Missão

Após os acontecimentos do primeiro filme John Rambo (Sylvester Stallone) é enviado em uma missão secreta pelo governo norte-americano para o sudeste asiático. Seu objetivo é se infiltrar na selva para confirmar ou não a existência de campos de prisioneiros americanos da guerra do Vietnã. Tudo que deveria fazer era fotografar os campos caso existentes e retornar para os EUA. Porém Rambo tem outros planos para seus antigos companheiros de guerra, agora prisioneiros em condições deploráveis. "Rambo II - A Missão" é até hoje considerado um dos melhores filmes da franquia. Não há a carga dramática do primeiro filme, aqui o foco é realmente na ação pura e simples. Rambo surge finalmente com as características que iriam lhe definir nos filmes seguintes, ou seja, um super soldado, treinado nas melhores técnicas e que de posse de material de alta tecnologia era capaz de enfrentar sozinho todo um exército. Quando lançado o filme fez tanto sucesso de bilheteria que no Brasil ocorreu um fenômeno raro, a produtora a pedido dos exibidores, promoveu um relançamento do primeiro filme nos cinemas, um fato único ocorrido naquela época. 

Além do relançamento do filme original o sucesso de Rambo II consolidou o personagem como herói multimídia no mercado. Rambo virou coleção de brinquedos, desenho animado e marca para licenciamento de produtos como lancheiras, cadernos e tudo o mais que se possa imaginar. Nascido como personagem de literatura Rambo virou ícone da cultura pop moderna. Muito disso se deve a visão dos produtores Mario Kassar e Andrew G Vajna que sabiam que poderiam transformar Rambo em um produto de sucesso no mercado. Outro aspecto curioso de Rambo II é que ele virou tema de uma boba patrulha ideológica em seu lançamento. O personagem Rambo logo foi associado ao setor mais reacionário da política externa americana, sendo ligado ideologicamente ao estilo linha dura do presidente americano Ronald Reagan (que chegou a declarar publicamente que Rambo era um de seus personagens preferidos). Pura bobagem. "Rambo II - A Missão" é apenas um competente filme de ação dirigido com maestria pelo especialista George P. Cosmatos (falecido em 2005). Qualquer leitura política ou social de Rambo é mera bobagem. O que vale em si é a aventura e o entretenimento aqui, coisa que o filme cumpre muito bem, diga-se de passagem.  

Rambo II - A Missão (Rambo: First Blood Part II, Estados Unidos, 1985) Direção: George P. Cosmatos / Roteiro: Sylvester Stallone, Kevin Jane e James Cameron baseados no personagem criado por David Morrell / Elenco: Sylvester Stallone, Richard Grenna, Charles Napier, Steven Berkof / Sinopse: Após os acontecimentos do primeiro filme John Rambo (Sylvester Stallone) é enviado em uma missão secreta pelo governo norte-americano para o sudeste asiático. Seu objetivo é se infiltrar na selva para confirmar ou não a existência de campos de prisioneiros americanos da guerra do Vietnã. Tudo que deveria fazer era fotografar os campos caso existentes e retornar para os EUA. Porém Rambo tem outros planos para seus antigos companheiros de guerra, agora prisioneiros em condições deploráveis.  

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Exterminador do Futuro

Os mais jovens certamente não sabem o impacto que "O Exterminador do Futuro" causou em seu lançamento na década de 80. Os filmes de pura ação começavam a dominar as bilheterias e uma nova geração de atores surgia. Entre eles despontava um ex-mister universo de nome impronunciável: Arnold Schwarzenegger! Na época o ator austríaco só havia se destacado mesmo nos dois filmes da série Conan. Seu tipo físico parecia relegá-lo àquele tipo de produção. Com os bons resultados de bilheteria o estúdio resolveu apostar em seu nome. Para isso resolveram dar uma chance a um diretor praticamente novato chamado James Cameron que tinha escrito um roteiro no mínimo intrigante: Um Cyborg assassino (Arnold Schwarzenegger) é enviado ao passado para localizar e exterminar Sarah Connor (Linda Hamilton) evitando assim que seu filho nasça e lidere a resistência humana contra a dominação das máquinas em um futuro próximo. Era uma ficção com premissa bem bolada mas voltada exclusivamente para um roteiro de ação incessante. 

Como foi dito na época o papel de robô assassino caia como uma luva para o musculoso Schwarzenegger. Seu script tinha poucas linhas e muitas cenas de pancadaria, o que viria bem a calhar para ele que não era bom ator e tinha um sotaque meio esquisito aos ouvidos americanos. Embora promissora a nova aventura sci-fi contou com um orçamento modesto o que fez Cameron e equipe a encontrar saídas criativas para o pouco dinheiro que dispunham. O diretor James Cameron conseguiu driblar a falta de verba para os efeitos especiais usando de muita ação e pirotecnia barata durante todo o filme. Apenas na cena final se nota finalmente o uso dos efeitos que o estúdio lhe disponibilizou. De certa forma o filme ideal que Cameron desejava realizar só foi feito depois com "O Exterminador do Futuro 2" quando em mãos de um orçamento generoso conseguiu criar o universo futurista que desejava. Quando "Terminator" chegou nas telas de cinema o filme que havia custado meros seis milhões de dólares explodiu nas bilheterias rendendo mais de dez vezes seu custo inicial. Além disso a receita aumentou ainda mais quando lançado em vídeo logo depois. O mundo vivia a onda de popularização de um novo aparelho chamado videocassete e filmes como esse não paravam nas locadoras de tanto que eram alugados. Logo Schwarzenegger se tornaria um nome quente dentro da indústria. Sua fase de maior sucesso viria logo após e Cameron ao longo dos anos se tornaria diretor do filme de maior bilheteria da história do cinema. Mas essa é uma outra história...  

O Exterminador do Futuro (Terminator, Estados Unidos, 1984) Direção: James Cameron / Roteiro: James Cameron, Gale Anne Hurd / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Michael Biehn / Sinopse: Um Cyborg assassino (Arnold Schwarzenegger) é enviado ao passado para localizar e exterminar Sarah Connor (Linda Hamilton) evitando assim que seu filho nasça e lidere a resistência humana contra a dominação das máquinas em um futuro próximo.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final

James Cameron levaria longos sete anos para retornar ao universo de "Terminator". Embora o estúdio desejasse que ele fizesse uma continuação logo após o sucesso do primeiro filme, Cameron recusou de forma veemente fazer uma nova produção. E afinal o que aconteceu? Na realidade James Cameron queria voltar e desenvolver outras ideias dentro da estória do cyborg que voltava no tempo mas não queria fazer isso de qualquer maneira. A questão não era financeira mas sim técnica. Na visão de Cameron não havia ainda tecnologia de efeitos especiais existentes na época para ele realizar o filme que tanto queria. De fato nem mesmo o primeiro filme lhe deixou satisfeito. Cameron tinha muitas ideias novas para a franquia mas simplesmente não havia como levá-las para às telas naquela ocasião. A resposta só surgiu anos depois com o avanço do uso de efeitos digitais para o cinema. Cameron tinha aquela ideia básica de trazer novos tipos de exterminadores, inclusive um de um material inexistente no passado que lhe permitia assumir várias formas. Fazer esse tipo de personagem fora do universo digital era impensável.

Além dos efeitos revolucionários outro problema rondava a volta do Exterminador. Nos sete anos que separaram o primeiro do segundo filme o ator Arnold Schwarzenegger havia se tornado um astro de primeira grandeza! Com um sucesso de bilheteria atrás do outro seu cachê subiu a um patamar impensável para o estúdio - que também não aceitava abrir mão de sua presença em um segundo filme. Depois de tantos problemas superados finalmente "Terminator 2" começou a tomar forma. As filmagens foram complicadas e a pós produção foi ainda mais tensa. James Cameron, perfeccionista ao extremo, não aceitava nada menos do que a perfeição técnica para o filme. O resultado se viu depois quando o filme finalmente estreou. Com efeitos computadorizados revolucionários e incríveis "Termnator 2" se tornou um mega sucesso de bilheteria - um filme que rompeu vários recordes de arrecadação! De fato a produção se tornou o auge das carreiras de Schwarzenneger e Cameron. O único que parece não ter aproveitado do sucesso do filme foi o jovem Edward Furlong, que interpretava o jovem John Connor. Transformado em ídolo da noite para o dia não soube lidar com a fama afundando sua carreira em drogas e escândalos pessoais depois. Para Cameron "Terminator 2" era o filme definitivo que queria fazer sobre aquele universo. De fato o filme que marcou o auge da franquia também foi seu último pois ele não mais dirigiria nada mais nessa série. Para ele o filme era o ápice e também o final definitivo desse cativante conto de ficção.

O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final (Terminator 2: Judgment Day, Estados Unidos, 1991) Direção: James Cameron / Roteiro: James Cameron, William Wisher Jr / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick / Sinopse: Novos exterminadores são enviados novamente ao passado para tentar liquidar na adolescência o jovem John Connor (Edward Furlong) que no futuro se tornará o líder da resistência humana contra o domínio das máquinas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Santuário

Quando foi lançado "Santuário" foi vendido pelo marketing promocional como o "novo filme de James Cameron de Titanic e Avatar". Bobagem. O problema é que James Cameron leva tanto tempo para lançar um filme novo que o estúdio tenta de todas as formas faturar em torno de seu nome, o usando sempre que possível, mesmo quando a sua participação no projeto seja mínima ou de menor importância. Um exemplo claro disso é esse filme. Muita gente foi ao cinema pensando reencontrar o famoso diretor. Bom, não encontraram nada. "Santuário" é um filme fraco em todos os aspectos. Não se salva nem naquilo que se esperava ser um ponto positivo certo: sua elegância técnica. Claro que muita gente não esperava um bom roteiro e nem tampouco grandes atuações (grandes falhas em praticamente todos os filmes anteriores de Cameron) mas pelo menos era de se esperar um filme com lindas imagens subaquáticas. Mas nem isso o filme cumpre de forma satistatória. Sinceramente esperava mais do aspecto visual do filme. Pensei que iria encontrar belas e lindas imagens de mergulho em cavernas (um dos esportes mais radicais que existem) mas ao invés disso vi muito mais cenas de escalada e espeleologia, o que foi bem frustrante. Nada contra estalactites e estalagmites, mas aquilo em certo momento começou a ficar aborrecido e chato. Se o filme foi vendido como uma produção de primeira linha abaixo da água onde foram parar essas tão prometidas cenas?! 

O fato do roteiro ser mal escrito prejudicou ainda mais o filme. A relação "pai e filho" dos dois personagens mais centrais nunca soa no tom certo. Os demais coadjuvantes não melhoram o quadro pois no fundo todos sabemos que eles estão ali somente para morrer em determinada cena e mais nada. Na verdade o diretor Alister Grierson é muito inexperiente em cinema. Ele já havia dirigido alguns documentários antes mas provou que não sabe dirigir atores em cena. Os personagens são totalmente vazios e desprovidos de personalidade. O cineasta parece preocupado apenas em captar grandes momentos da natureza (como em seus documentários) sem desenvolver o lado humano do filme. Como é um protegido de James Cameron, Grierson acabou sendo escalado para o filme errado, exercendo a função errada. Ele ficaria bem melhor como diretor de fotografia do que como diretor geral do filme. Em suma, "Santuário" é bem decepcionante. Não funciona como documentário de boas imagens e nem como cinema convencional. Uma decepção completa. 

Santuário (Sanctum, Estados Unidos, 2011) Direção: Alister Grierson / Roteiro: John Garvin, Andrew Wight / Elenco: Rhys Wakefield, Allison Cratchley, Christopher Baker / Sinopse: Pai e filho participam de uma exploração em uma caverna profunda. O que não contavam é que um acontecimento imprevisto irá mudar o destino de todos.  

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Segredo do Abismo

Título no Brasil: O Segredo do Abismo
Título Original: The Abyss
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Ed Harris, Mary Elizabeth Mastrantonio, Michael Biehn

Sinopse:
Equipe formada por mergulhadores, exploradores e cientistas é contratada para descer até as profundezas do oceano com o objetivo de resgatar um submarino nuclear desaparecido. Uma vez na fossa oceânica descobrem que há no local uma estranha presença de seres desconhecidos da ciência. Intrigados tentarão levar o resgate até o final, embora sejam surpreendidos pela natureza daquelas entidades alienígenas. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. 

Comentários:
Analisando de um ponto de vista bem imparcial já podemos encontrar nessa ficção "The Abyss" todos os pontos positivos e negativos que iriam acompanhar James Cameron em toda a sua carreira. Entre os pontos positivos podemos citar o uso de tecnologia de ponta em termos de efeitos especiais. Aqui nessa produção James Cameron já antecipava o que viria a mostrar em "O Exterminador do Futuro 2", ou seja, criaturas que mais parecem fluidos sem definição. Nesse aspecto não há como negar que o filme seja extremamente bem realizado, até mesmo se levarmos em conta o padrão atual da tecnologia digital usada no cinema americano. Por outro lado temos também os velhos erros que sempre acompanharam Cameron desde o começo de sua filmografia, sendo o mais visível deles o próprio roteiro escrito pelo diretor. Os personagens são vazios e as situações bem clichês. James Cameron pode até ser um bom coordenador de equipes especializadas em efeitos especiais, mas como diretor de elenco e escritor de roteiros ele deixa mesmo a desejar. Assim se você estiver em busca de um filme que exponha o lado bom e ruim de Cameron, "O Segredo do Abismo" é sem dúvida uma boa pedida.

Pablo Aluísio.