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domingo, 21 de outubro de 2007

James Stewart / William Holden / Gary Grant


Harvey (1950)
Foto promocional do filme "Meu Amigo Harvey" dirigido por Henry Koster e estrelado por James Stewart. Esse foi um dos filmes mais simpáticos da carreira do ator onde ele interpretava um homem que dizia ter contato com um coelho gigante chamado Harvey que lhe dava conselhos e dicas sobre sua vida pessoal. Diante da afirmação fora dos padrões a própria família do pobre sujeito resolve então que havia chegado o momento de interná-lo em uma instituição psiquiátrica - mas será que ele realmente estaria alucinando? James Stewart está perfeito em seu papel, mesclando ternura, doce ingenuidade e imaginação de uma maneira tão carismática que fica realmente impossível não se solidarizar com ele em cena. O ator inclusive gostava de sempre dizer que esse havia sido um de seus trabalhos preferidos, principalmente pela ingenuidade do enredo, resgatando de certa maneira nossa imaginação infantil. Recentemente o cineasta Steven Spielberg, fã absoluto do filme original, afirmou que adoraria realizar um remake do clássico! Será que o projeto sairá mesmo do papel? Só nos resta esperar. Enquanto esse novo filme não vem leia a resenha completa que publicamos do filme clicando aqui!


Sunset Boulevard (1950)
William Holden brilha na foto promocional do clássico imortal "Crepúsculo dos Deuses". Dirigido por Billy Wilder e contando com um roteiro brilhantemente escrito o filme sondava a mente de uma antiga estrela de Hollywood que agora envelhecida, esquecida e abandonada pela fama e fortuna, tentava criar um mundo próprio em sua mente deteriorada pelas décadas de decadência. Gloria Swanson teve nesse filme uma das mais marcantes atuações de toda a sua carreira, criando um clima sórdido, insano, mas ao mesmo tempo muito comovente da vida de uma estrela cujo brilho simplesmente se apagou. Wilder assim criou um dos momentos mais sensíveis sobre o lado humano da indústria do cinema. Um triste retrato dos antigos mitos que perdem o brilho por causa do tempo, sempre implacável. Um filme realmente inesquecível e obrigatório para todo cinéfilo que se preze. Para ler mais e conhecer o texto completo sobre esse imortal clássico da sétima arte em nosso blog click aqui. 

 

Cary Grant e o Oscar
Não foram poucas as injustiças que a Academia promoveu ao longo dos anos. Nomes como Charles Chaplin, um verdadeiro gênio da sétima arte, nunca foram devidamente premiados por suas verdadeiras obras primas. O mesmo se deu com vários atores de outros gêneros. Um dos mais injustiçados foi o galã Cary Grant. Ele foi pela primeira vez indicado ao Oscar em 1942 pelo papel de Roger Adams no clássico romântico "Serenata Prateada", linda produção dirigida pelo mestre George Stevens. Ao lado de um excelente elenco que incluía Irene Dunne e Beulah Bondi, ele foi solenemente ignorado na noite de premiação. Para muitos o fato de ser um eterno galã das telas o havia prejudicado. Nova oportunidade surgiria dois anos depois com "Apenas um Coração Solitário" de Clifford Odets. Aqui Grant atuava ao lado de dois grandes nomes do meio teatral americano, Ethel Barrymore e Barry Fitzgerald. O filme era um dramalhão daqueles, mostrando um homem que retornava ao lar e encontrava sua família em destroços, tanto física como emocionalmente falando. Pela sinceridade de sua atuação Grant foi apontado como um dos favoritos, mas tudo foi em vão. Ele não levou o cobiçado Oscar para casa. Depois disso mesmo tendo realizado grandes filmes, no total de 76 atuações, Grant nunca mais foi lembrado pela Academia. Só em 1970 o erro de nunca tê-lo premiado foi corrigido ao dar ao ator um prêmio de consolação, pelo conjunto da obra. O ator havia se despedido das telas quatro ano antes com a comédia "Devagar, Não Corra". Nunca a frase "Antes tarde do que nunca" fez tanto sentido. Grant faleceu em 1986 com 82 anos de idade.
 
Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de junho de 2004

Os Gays de Hollywood - Texto V

Os Gays de Hollywood 
Cary Grant era gay! Durante muitos anos ele teve que viver no armário pois se isso viesse ao conhecimento do grande público seria sua ruína como galã! O curioso é que tirando essa questão da imagem pública, Grant era completamente à vontade, na vida privada, com sua orientação sexual. E como gostava de humor chegava a debochar da questão em seus filmes, sugerindo cenas ousadas para os roteiristas de suas produções. Certa vez surgiu em cena vestido de mulher! Flagrado pela mãe de seu personagem assim, ele declamava um diálogo que era pura explosão, dizendo: "Não se preocupe mãe, é que hoje acordei me sentindo muito gay!". Na época a palavra gay ainda não era tão conhecida mundo afora como sinônimo de homossexual, mas em Hollywood todo mundo entendeu a piada! Grant dava grandes risadas quando lembrava desse filme e dessa cena! Foi um de seus clássicos!

Cary Grant teve vários relacionamentos gays ao longo de sua vida, inclusive com um figurão, um executivo da MGM, mas nada poderia se comparar à sua "amizade" com Randolph Scott. Em plenos anos 1930 eles resolveram alugar uma mansão nas colinas de Hollywood e foram morar juntos. Para atiçar ainda mais as fofocas eles fizeram uma célebre sessão de fotos plenamente à vontade na nova casa. Nelas vemos um casal, nadando na piscina, correndo seminus, até trocando olhares de flerte com o sol ao fundo! Eles riram muito das fofocas que surgiram na época, mas pressionados pelos estúdios de cinema, acabaram se afastando. Tanto Grant como Scott tiveram que se casar, para abafar os fuxicos! Eram casamentos falsos, mas que pelo menos rendeu uma filha que Grant realmente adorava. Já Scott resolveu adotar um filho. Dizia-se que sua esposa era lésbica, uma velha conhecida de muitos anos, e para ambos esse acordo viria bem a calhar. 

Montgomery Clift não teve a mesma sorte. Ele também era um gay no armário e relutou durante muitos anos em ir para Hollywood, justamente para evitar que sua vida privada fosse devastada. Depois de um momento embaraçoso em Nova Iorque, onde se apresentava na Broadway, finalmente decidiu ir embora daquela cidade, aceitando finalmente o convite de Hollywood. Ele havia sido flagrado com alguns homens em uma situação de homossexualidade em um club da cidade. Acabou sendo preso! Uma coluna de fofocas publicou que o jovem ator da Broadway havia sido preso ao lado de alguns "boys" (garotos), o que criou uma confusão enorme, pois Clift foi acusado até mesmo de ser um pederasta. Mas na verdade eram homens adultos, apenas a palavra foi usada de forma equivocada, segundo as melhores biografias sobre o ator. 

Em Hollywood foi parar em um filme de western com John Wayne! Republicano, conservador e homofóbico, o ídolo máximo do faroeste não deixou barato para Clift. Logo entendeu que seu novo parceiro de filme era gay. Numa tarde, durante um intervalo, virou-se para Monty, com um cigarro pendente na boca e disparou: "Porque você não toma vergonha na cara e vira um homem?". Clift ficou tão chocado que disse ao seu agente que nunca mais iria fazer outro filme com Wayne na sua carreira, promessa que aliás cumpriu. Já Marilyn Monroe foi mais sincera. Certa vez foi perguntada sobre Monty ela respondeu: "Ele foi a única pessoa que conheci na minha vida que tinha mais problemas emocionais do que eu!".

Montgomery Clift fez parte da trindade sagrada dos rebeldes de Hollywood ao lado de Marlon Brando e James Dean, mas no fundo nunca gostou deles. Chegou a dizer que Dean pessoalmente cheirava mal e que Brando era um egocêntrico incurável. Depois de uma acidente de carro, ao sair tarde da noite da casa de Elizabeth Taylor, sua carreira entrou em declínio. Seu rosto passou por uma terrível cirurgia plástica e ele perdeu a beleza de seus primeiros anos. Morreu bebendo muito e usando drogas em Hollywood. Dizia que o homem que vivia ao seu lado era seu enfermeiro, mas vários relatos que vieram após sua morte mostraram a verdade que aquele era na verdade seu companheiro de muitos anos. Não houve outra alternativa. Clift ficou no armário mesmo até seus últimos dias. 

Pablo Aluísio.