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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Yellowstone - Terceira Temporada

Yellowstone - Terceira Temporada
Ontem terminei de assistir à terceira temporada da série. Temporada curtinha, com poucos episódios, como tem que ser em minha opinião. Antes de qualquer coisa é importante dizer que a série continua sendo ainda uma das melhores coisas para se assistir na TV. Sobre isso, não tenho nenhuma dúvida. Entretanto há sinais de desgaste. Os roteiros dessa terceira temporada não avançam, se limitando muitas vezes a repetir a mesma história das temporadas anteriores. 

O rancheiro John Dutton interpretado por Kevin Costner, o grande patriarca da família, está sempre às voltas com pessoas que querem tomar suas terras. Nas temporadas anteriores suas terras seriam usadas para um grande complexo turístico. Agora seria a construção de um aeroporto. Mudam as temporadas, mas a série segue na mesma em termos de enredo. Um pouco mais de criatividade e mudanças narrativas cairiam muito bem. 

Os personagens até que foram bem melhor trabalhados nessa temporada. Fruto de uma certa pressão dos demais atores que os interpretam pois não queriam viver sempre à sombra de Kevin Costner. Assim sua filha Beth Dutton está quase se casando com o capataz do rancho e o filho Jamie Dutton descobriu que foi adotado e vai conhecer seu pai verdadeiro. Agora fraco mesmo achei o final, aquele mostrado no último episódio. 

E o que acontece no final de Yellowstone? Se ainda não assistiu não continue lendo o texto. O personagem de Kevin Costner é literalmente fuzilado enquanto ajuda uma mãe e seu filho na estrada, após o pneu de seu carro furar. Ora, qualquer pessoa morreria com aquilo, mas nos últimos segundos os roteiristas puxaram o clichê do celular que o salva do tiro fatal. Isso é o que eu chamo de um "roteirada" na cara de pau! 

Erraram duas vezes. Primeiro em colocar a salvação do John em algo tão batido como isso. Depois em deixar claro que ele teria sobrevivido. Esses roteiristas não sabiam que o suspense é a chave do segredo para segurar o espectador para a próxima temporada? Vai viver ou vai morrer? Era assim que os estúdios seguravam o público nos antigos seriados de matinê nos cinemas. É uma coisa mais do que velha e tradicional. Os roteiristas não conhecem a figura do "gancho". Pois é! De qualquer forma vou ver a quarta temporada. Espero que haja mudanças e a série mude para melhor. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Dança Com Lobos

Dança Com Lobos
“Dança Com Lobos” foi um grande vencedor dos prêmios da Academia em seu ano de lançamento. Foi premiado com os Oscars de Melhor Filme, Fotografia, Direção, Edição, Trilha Sonora, Som e Roteiro Adaptado. Além disso acabou se tornando sucesso absoluto de público e crítica. A verdade pura e simples é que Dança com Lobos é realmente uma grande produção, que até hoje sempre é relembrada e citada com frequência demonstrando que também venceu o teste do tempo. 

O filme narra a história do tenente Dunbar (Kevin Costner) um herói da guerra civil americana que é enviado para um posto de fronteira distante e isolado, bem próximo do território onde vive a comunidade indígena Sioux. Distante da civilização do homem branco, ele acaba se aproximando dos costumes e modo de viver dos índios, criando rapidamente laços de amizade e afeição com os nativos. O enredo foi baseado na novela de Michael Blake (que também assina o roteiro). 

A produção mistura diversos elementos, desde os mitos dos antigos filmes de western até uma visão mais moderna que enfoca o papel do índio americano na conquista do oeste de uma forma diferenciada (e mais justa). No fundo “Dança com Lobos” retrata uma dos mais sangrentos choques de civilizações da história. A luta entre a sobrevivência das nações indígenas em face do avanço do homem branco pelas pradarias indomáveis de outrora. A tecnologia versus a tradição, o apogeu e o ocaso de civilizações em conflito.

Kevin Costner acertou em cheio na sua visão. Havia todo um clima de revisionismo histórico quando o filme foi lançado. Os povos indígenas, quase sempre retratados como selvagens e bárbaros nos antigos filmes de faroeste aqui ganham uma nova postura dentro do cinema americano. Seu lado mais humano foi levado ao centro da questão. Durante a produção muito se falou de falta de experiência de Kevin Costner para dirigir o filme. De fato ele não tinha nenhuma experiência anterior. Porém como ele estava no auge de sua carreira e popularidade o estúdio resolveu arriscar. Tentativas de intervenção foram feitas nas filmagens mas em vão. O que não contavam é que Costner tinha muita personalidade, não abrindo mão de sua visão criativa em nenhum momento.

Ele certamente acertou pois fez uma obra grandiosa, sem concessões, calcada na velha escola dos grandes clássicos do passado. Fotografia grandiosa, trilha sonora evocativa e muitas tomadas de extremo bom gosto fizeram o diferencial. Costner conseguiu realizar o filme de acordo com o que desejava. O curioso é que essa mesma teimosia acabaria levando Costner ao outro lado da moeda anos depois quando amargou o fracasso de “Waterworld”, superprodução que se revelou desastrosa em termos de público e crítica. De qualquer modo após passar alguns anos em baixa Costner ressurgiu no faroeste em 2012 com “Hatfields and McCoys”, um grande sucesso televisivo nos EUA. A série provou que a ligação de Kevin Costner com os filmes de western é forte e duradoura. Seu ápice surgiu justamente aqui em “Dança com Lobos”. Se não conhece ou não assistiu ainda, não perca mais tempo pois é um produção do tipo que não se faz mais. Simplesmente Imperdível.

Dança Com Lobos (Dances With Wolves, Estados Unidos, 1990) Direção: Kevin Costner / Roteiro: Michael Blake / Elenco: Kevin Costner, Mary McDonnell, Graham Greene / Sinopse: O filme narra a estória do tenente Dunbar (Kevin Costner) um herói da guerra civil americana que é enviado para um posto de fronteira distante e isolado bem próximo da comunidade indígena Sioux. Distante da civilização do homem branco ele acaba se aproximando dos costumes e modo de viver dos índios, criando rapidamente laços de amizade e afeição com os nativos.

Pablo Aluísio.


terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Yellowstone - Terceira Temporada

Yellowstone - Terceira Temporada
Mais uma temporada dessa série de grande sucesso nos Estados Unidos, contando com 10 episódios. Essa temporada foi lançada originalmente entre os meses de junho a dezembro de 2020. É uma produção do canal Paramount+. Começou até mesmo de forma despretensiosa, mas foi alcançando cada vez mais melhores índices de audiência. Atualmente a série é considerada o carro chefe desse canal que traz a marca de um dos grandes estúdios da história de Hollywood. O aspecto a se considerar é que a série tem se firmado cada vez mais, gerando inclusive outras séries derivadas. Abaixo segue meus comentários sobre cada um dos episódios. Serão publicados conforme assistir aos mesmos.

Yellowstone 3.01 - You're the Indian Now
A temporada anterior terminou quando John Dutton (Kevin Costner) e seu grupo de empregados do rancho, conseguiram recuperar e salvar seu neto, que havia sido sequestrado por criminosos. O acerto de contas foi violento e seis pessoas morreram. Agora Dutton precisa lidar com as consequências, inclusive com os efeitos jurídicos dessas mortes. Ele se reúne com a governadora e com o procurador geral do estado para tentar se livrar da prisão. O acordo feito nos bastidores acaba surtindo bons efeitos e ele pode respirar, pelo menos por enquanto. A vida no rancho segue. Um resort para turistas é criado ao lado de sua propriedade, o que faz com que alguns turistas desavisados invadam suas terras. Isso cria um mal-estar entre Dutton e esses proprietários desse novo empreendimento turístico. E para valorizar os bons e velhos tempos de seus antepassados, ele decide seguir o gado, fazendo vigília à noite com sua boiada, levando o neto junto para que ele tome gosto por aquele estilo de vida. Os bons tempos voltaram. Só não se sabe até quando. / Yellowstone - Terceira Temporada (Estados Unidos, 2020) Direção: Stephen Kay / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 3.02 - Freight Trains and Monsters
Os filhos de John Dutton se envolvem com problemas. A filha Beth Dutton descobre que está para ser construído um grande aeroporto na cidade. Mas o que justificaria a construção deste aeroporto? Ao que tudo indica, será construído um grande complexo turístico que não satisfaz em nada os anseios da família Dutton. Já o filho Jamie que assumiu o cargo de comissário ou delegado rural acaba se envolvendo no assassinato culposo de 2 homens que tinham sido pegos roubando cavalos. Ele meio que admitiu que um policial fizesse "o que fosse possível para dar um jeito naqueles sujeitos". Mal sabia ele que os dois iriam ser mortos, o que vai trazer muitos problemas para ele no futuro. E o velho John Dutton, o que anda fazendo? Ele está curtindo a vida no campo, no meio do gado. Mal sabe ele os problemas que vão lhe aparecer pela frente. / Yellowstone 3.02 - Freight Trains and Monsters (Estados Unidos,  2020) Direção: Stephen Kay  / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Competição de Destinos

Essa dica de filme vai para quem é fã do ator (e cantor country nas horas vagas) Kevin Costner. Esse filme, do comecinho de sua carreira, foi bem pouco conhecido, mesmo nos anos 80. Não chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros, mas ganhou certa notoriedade no mercado de vídeos VHS, justamente por causa da sequência de sucessos cinematográficos que Costner desfrutou naquela década. De repente ele se tornara um astro em Hollywood e qualquer filme que contasse com seu nome no elenco despertava a atenção e o interesse dos cinéfilos (inclusive dos "ratos de locadoras").

O filme conta a história de dois irmãos que vão participar de uma competição de corrida de bicicletas nas montanhas rochosas. O encontro deles ganha uma importância toda especial porque um dos irmãos descobriu que está com aneurisma cerebral, então tudo passa a ter um sentimento especial envolvido. É um bom filme, mas para falar a verdade não há nada de muito relevante em termos cinematográficos. Curiosamente essa produção iria marcar uma amizade no mundo real entre o ator kevin Costner e o diretor John Badham. Eles até planejaram na época a realização de uma série de filmes policias para o cinema que infelizmente nunca saíram do papel.

Competição de Destinos (American Flyers, Estados Unidos, 1985) Direção: John Badham / Roteiro: Steve Tesich / Elenco: Kevin Costner, David Marshall Grant, Rae Dawn Chong / Sinopse: Dois irmãos partem para uma competição de bicicletas nas montanhas. Esse encontro ganha contornos especiais pois pode ser a última competição deles, pois um dos irmãos está com sinais de aneurisma cerebral.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Yellowstone - Segunda Temporada

Yellowstone - Segunda Temporada
O ator Kevin Costner pediu um aumento substancial em seu cachê para essa segunda temporada. Por isso a produção dos episódios de uma segunda temporada ficaram suspensos por alguns meses. Valores acertados, os episódios começaram a ser produzidos. Dessa vez foram rodados 10 episódios, uma a mais do que a primeira temporada. Foram exibidos inicialmente no canal a cabo Paramount entre os meses de maio a agosto de 2019. Segue abaixo reviews dos episódios já assistidos.

Yellowstone 2.01 - A Thundering
Primeiro episódio da segunda temporada com vários acontecimentos interessantes. Os cowboys do rancho acabam arranjando uma briga no bar. O pau quebra e eles são quebrados. Para vingar o grupo volta lá, mas dessa vez para soltar um touro dentro do estabelecimento. Conforme os caras saem correndo do bar encontram os cowboys com tacos de beisebol para arrebentar a cara deles! Outro momento divertido vem com o Cowboy Poker. O que é isso? Simples, todos ficam no meio de um curral com cartas de poker. Então um touro bravo é solto. O último a sair da mesa vence o jogo! Quem quer jogar? Por fim uma revelação: John Dutton não está com câncer, mas sim com um úlcera perfurada! Pois é, a série foi renovada para algumas temporadas. Não dava para matar o protagonista logo agora! / Yellowstone 2.01 - A Thundering (Estados Unidos, 2019) Direção: Ed Bianchi / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.02 - New Beginnings
O foco desse episódio é todo em cima de Kayce. O pai quer que ele assuma as rédeas do rancho, mas a realidade é que ele não é muito respeitado pelos cowboys que na verdade são comandados por Rip, o durão que manda em todos. E aí surge a necessidade de decidir quem manda no pedaço. Claro, ao estilo de Montana e do oeste, tudo passa a ser resolvido com os punhos. Eles quebram o pau para ver quem é que manda de verdade. O coronel John Dutton (Kevin Costner) assiste a tudo e não interfere. Em sua opinião aquela briga era algo que deveria acontecer mesmo. Só assim seu filho ganharia o devido respeito para mandar no rancho. E que vença o melhor, o que último a ficar em pé. / Yellowstone 2.02 - New Beginnings (Estados Unidos, 2019) Direção: Ed Bianchi / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.03 - The Reek of Desperation  
Construir um novo cassino e hotel de luxo em Montana pode despertar muitos inimigos, inclusive pessoas infiltradas no Estado que podem colocar tudo a perder. John Dutton (Kevin Costner) continua tendo problemas com os filhos. O seu filho que desejava concorrer ao cargo de procurador geral, mas isso não era o desejo de seu pai que começou uma série de boicotes contra sua candidatura. Ele tentou resistir por um tempo, mas nesse episódio finalmente jogou o chapéu, desistiu de seus planos. È o velho patriarcado rural onde a vontade do pai é uma ordem, sem direito a nenhuma contestação. / Yellowstone 2.03 - The Reek of Desperation (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.04 - Only Devils Left  
John Dutton (Kevin Costner) tem novos problemas. Parte de seu rebanho morre. Alguém jogou uma comida mortal para o seu gado. Quem foi? John tem quase certeira de onde partiu esse golpe, mas precisa de provas robustas. E os policiais, pelo visto, fazem corpo mole. Seu filho acaba entrando na força policial, de forma temporária, mas em um rancho próximo se envolve na morte de um rapaz. Ele não o matou, só estava na cena do crime, mas claro que isso também vai virar uma nova dor de cabeça para Dutton. Enquanto tudo isso acontece a implantação do novo cassino nas terras dos nativos segue de vento em popa. Quem vai conseguir parar tudo aquilo? / Yellowstone 2.04 - Only (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.05 - Touching Your Enemy
Rip e Beth tiveram um caso adolescente, quem diria. Isso é mostrado no episódio através de um flashback, com ambos jovens, dando o primeiro beijo de suas vidas! Olha que lindo! Só que Beth cresceu e acabou virando aquela mulher amarga que conhecemos. Enquanto isso seu irmão vai até a casa do empresário que quer colocar novos cassinos na região para um acerto de contas. O Pau quebra, mas tudo fica indefinido. Ele nega que tenha matado o gado de Yellowstone. A melhor cena do episódio porém é aquela que mostra uma disputa divertida entre os cowboys do rancho. Um novato entra, só para perder muito dinheiro! / Yellowstone 2.05 - Touching Your Enemy (Estados Unidos, 2019) Direção: John Dahl / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.06 - Blood the Boy  
Logo no começo do episódio o personagem de Kevin Costner diz para seu filho que ele vai para Harvard, uma das mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos. O pai deseja que seu filho se torne advogado. E assim é feito. Os anos passam e Jamie já é um advogado. O pai pede que ele processe uma mulher que está o difamando, assim como a revista que está divulgando tudo. Só que Jimmie perde o controle quando a encontra no meio do nada. Ele acaba matando ela! E aí tudo começa a ser encoberto, como se ela tivesse morrido afogada em um dos rios da região. Mas será que algo assim vai colar? Complicado... Bom episódio, inclusive na cena final quando o personagem de Costner leva seu neto para matar o primeiro animal nos bosques. Uma cena simbólica, sem sombra de dúvidas. / Yellowstone 2.06 - Blood the Boy (Estados Unidos, 2019) Direção: John Dahl / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly; 

Yellowstone 2.07 - Resurrection Day 
Esse episódio é extremamente violento. E a violência acontece quando Beth é atacada em seu própiro escritório por dois brutamontes. Ela só não é morta porque Rip, o cowboy por quem ela sempre teve uma queda, a salva no último momento, mesmo sendo baleado pelos criminosos. O sangue vai jorrar da tela, pode ter certeza. Pelo lado mais ameno John Dutton (Costner) decide presentear seu neto com um cavalo. E por fim ele acaba salvando seu filho mais velho Jamie. Ele tira o rifle das mãos do rapaz que estava pensando em se matar com um tiro na boca. Tudo por causa do crime que cometeu ao matar aquela advogada no meio do parque nacional. A vergonha e o remorso o levou a esse ato de desespero extremo. / Yellowstone 2.07 - Resurrection Day (Estados Unidos, 2019) Direção: Ben Richardson / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.   

Yellowstone 2.08 - Behind Us Only Grey
Algumas vezes a situação fica tão complicada que apenas uma decisão extrema pode ser tomada. É bem isso que John Dutton muito bem sabe. Ele quer se vingar das pessoas que deram uma surra brutal em sua querida filha (isso apesar dela ser uma verdadeira serpente, uma cobra venenosa). Ele sabe que mais cedo ou mais tarde os responsáveis vão ter que pagar e ele sabe quem fez aquele ato brutal. O pior é que seus inimigos não possuem limites, eles cogitam até mesmo pegar seu neto, fragilizando a posição da criança naquele vespeieo. E quando um vigilante é morto,durante a madrugada, o veterano rancheiro percebe que chegou a hora de agir, de uma vez por todas! / Yellowstone 2.08 - Behind Us Only Grey (Estados Unidos, 2019) Direção: Ben Richardson / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly. 

Yellowstone 2.09 - Enemies by Monday
O que dizer de gente preconceituosa e escrota? Nesse episódio a nora do John Dutton sofre preconceito ao entrar em uma pequena loja de roupas. A atendente, uma loira boçal, pensa que ela está roubando a loja. E por qual motivo? Simples preconceito razial já que ela é descendente de povos nativos da região. E o que dizer de gente que rapta crianças? O neto de John Dutton desaparece de noite na fazenda, quando havia ido dar ração ao seu cavalo. É uma criança, está desaparecida e tudo pode levar a crer que inimigos da família tenham feito isso. Um horror! / Yellowstone 2.09 - Enemies by Monday (Estados Unidos, 2019) Direção: Guy Ferland / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly. 

Yellowstone 2.10 - Sins of the Father
Esse episódio fecha a segunda temporada. Começa com uma cena muito tocante onde o personagem de Kevin Costner praticamente se despede do pai, um homem muito fragilizado pelo passar dos anos. Ele o abraça, no meio da imensidão de seu rancho, como que dizendo adeus ao velho homem. Depois voltamos ao presente. O episódio, intitulado "Os Pecados do Pai" vai expor toda a violência que o clã familiar pode se permitir quando um dos seus está raptado. Não sobra pedra sobre pedra. Os dois irmãos que bolaram o sequestro do garoto, neto do personagem de Costner, pagam caro por esse crime e por sua ousadia. São mortos brutalmente e o menino finalmente é resgatado. Naquele meio violento não há meio termo. Certos limites jamais podem ser cruzados pois a punição será nada mais, nada menos, do que a morte. / Yellowstone 2.10 - Sins of the Father (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Stephen Kay / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

Yellowstone - Primeira Temporada

Yellowstone - Primeira Temporada
A primeira temporada da série "Yellowstone" foi exibida no canal a cabo Paramount Pictures nos Estados Unidos entre os meses de outubro a dezembro de 2018. No total foram exibidos 9 episódios nessa primeira temporada. Os resultados foram tão bons e a receptividade de crítica e público foram tão positivas que mal terminaram as exibições da primeira temporada, uma segunda foi confirmada pelos produtores. Segue abaixo os resumos dos principais episódios dessa "season".  

Yellowstone 1.01 - Daybreak  
Primeiro episódio da série onde todos os principais personagens são devidamente apresentados ao espectador. Kevin Costner, outrora um grande astro do cinema americano, parece ter migrado definitivamente para as séries de TV. Nesse primeiro episódio ele surge como seu personagem pela primeira vez. Trata-se do fazendeiro John Dutton, dono do belo rancho "Yellowstone" em Montana, estado rural dos Estados Unidos. Um bom episódio que já traz todos os elementos que irão se desenvolver ao longo de toda essa série. / Yellowstone 1.01 - Daybreak (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridanm / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.03 - No Good Horses
Terra selvagem, terra brutal. Nesse episódio somos levados a um crime no meio do deserto, quando dois homens são mortos friamente. Outro bom aspecto desse terceiro episódio vem de um longo flashback mostrando a morte da esposa de John Dutton (Kevin Costner). Cavalgando ao lado das filhas em um lugar mais distante de sua fazenda seu cavalo se assusta e cai com ela. Pior do que isso, o pesado animal cai em cima dela, o que a deixa em situação complicada. Uma das filhas sai a galope em busca de ajuda, mas quando essa chega já é tarde demais. Ela morre em decorrência dos ferimentos. Isso abre uma chaga dentro da família. A filha que não conseguiu salvá-la da morte fica com um enorme trauma psicológico por tudo o que aconteceu. Os anos passam, mas a dor pela morte da mãe fica eternamente. E é justamente na data de sua morte que ela tem um colapso mental, indo nadar nua, na frente de todos, em uma rancheria para cavalos. É a forma dela expressar seu estado melancólico, psicologicamente falando. / Yellowstone 1.03 - No Good Horses (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Paramount Network / Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly, Wes Bentley, Cole Hauser. Kelsey Asbille

Yellowstone 1.04 -The Long Black Train
Esse é o episódio em que o neto de John Dutton (Kevin Costner) cai no rio. O avô se distrai, o garoto perde o equilibrio e cai no rio de corrente forte. Claro, o desespero se espalha, mas no final das contas tudo dá certo. Não brinque com uma correnteza daquelas, fica a lição. Dentro do rancho dois cowboys começam uma briga feroz. Algo que não é permitido por Dutton. O que causou a briga acabou violando uma norma não escrita, punida com execução. Isso mesmo, o tal valentão é levado até a beira de um morro no deserto e lá mesmo leva uma bala na cabeça. Seu corpo é jogado lá embaixo! No meio daquele deserto ninguém iria descobrir mesmo o corpo, pelo menos é nisso que o capanga do rancho confia. Terra violenta, terra de brutalidade, terra de acerto de contas. Isso é Yellowstone. / Yellowstone 1.04 - The Long Black Train (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.05 - Coming Home  
John Dutton (Kevin Costner) decide enviar seu filho advogado para livrar a barra de outro filho, Kayce Dutton (Luke Grimes). Ele foi detido na reserva indígena porque está envolvido na morte de dois homens e na ocultação de seus cadáveres. E Kayce não esconde o jogo. Confessa que os matou. Eram predadores sexuais tentando estuprar uma jovem garota. Por causa de seu pai, homem rico e influente, logo deixa a delegacia, mas os problemas continuam. Pai e filho vivem sob tensão. Ele quer ser um homem independente , vivendo com sua esposa nativa. O pai adora o neto e se ressente com essa situação. Até ajuda arranjando um belo emprego para a nora numa excelente univerdiade da região, uma forma sutil de dobrar a opinião de Kacey. Outro aspecto interessante desse episódio é a forma como novos cowboys são admitidos no rancho de John Dutton. O novo empregado é recrutado na porta da prisão, só que para entrar no rancho precisa passar por um teste de fogo, literalmente, sendo marcado em ferro quente, como se fosse gado! / Yellowstone 1.05 - Coming Home (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.06 - The Remembering
A vida pode ser traiçoeira. Que o diga o rancheiro John Dutton (Kevin Costner). Ele tem problemas com os filhos. A mais velha é um poço de traumas depois que a mãe morreu. O outro é revoltado com o pai, porque esse sugeriu que ele deveria ter feito aborto na namorada, agora sua esposa. E para piorar ele encontra dificuldades de emplacar uma carreira política para o mais promissor deles. No meio disso tudo ainda sobra questões sobre sua própria saúde pois ele escondeu da família o fato de estar sofrendo de câncer, algo que pode levá-lo à morte. Nesse episódio porém o fato mais marcante é a agressão que a esposa de seu filho sofre na escola. Ela leva um murro de um aluno ao tentar apartar uma briga. Cai e bate a cabeça no cimento. Tudo parece superado até que ela perde os sentidos e desmaia. Problemas sérios à vista! / Yellowstone 1.06 - The Remembering (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.07 - A Monster Is Among Us
Como diz o título original do episódio em inglês: "Há um monstro entre nós". E esse monstro tanto pode ser tanto um urso selvagem que entra no racho Yellowstone, para criar muitos problemas entre os cowboys e um grupo de turismo composto apenas por chineses, como também pode ser o câncer que começa a causar mal estar em John Dutton (Kevin Costner). São monstros diferentes, mas ambos levam à morte. Dutton faz um exame e ao que tudo indica parece bem, porém é só chegar em casa para começar a passar muito mal. Sua nora está hospitalizada, seu neto está faminto e ele precisa lidar com todos os tipos de problemas, tanto familiares como relativos ao rancho que tanto ama. Ser um proprietário rural em Montana também traz uma dose extra de dissabores. / Yellowstone 1.07 - A Monster Is Among Us (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.08 - The Unravelling: Part 1
Rip é o cowboy que atirou no urso após os turistas chineses caírem abismo abaixo. Isso causa inúmeros problemas para John Dutton (Kevin Costner). Matar um urso, um animal em extinção, em suas terras, é um crime federal. Pior é que nesse episódio ficamos sabemos mais sobre o passado de Rip. Ele matou o pai, quando ainda era jovem. Seu pai estava espancando sua mãe. Dutton o livrou da cadeia. É um sujeito que trabalha há anos em Yellowstone. E Dutton fica irado porque seu filho advogado não estava lá para defender o seu capataz. E isso gera uma grande briga, com pai destruindo a campanha do filho que sonha em ser procurador. A discussão acaba em socos e pontapés. Mais um dia como qualquer outro naquele rancho onde as desavenças são resolvidas no punho. / Yellowstone 1.08 - The Unravelling: Part 1 (Estados Unidos, 2019) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.09 - The Unravelling: Part 2
Esse é o último episódio dessa primeira temporada. E o que acontece por aqui? Bom, John Dutton (Kevin Costner) está sentindo o cerco se fechar ao seu lado. Processos para todos os lados, tudo para que ele venda o rancho. Seus inimigos querem as terras onde irão construir um grande hotel, com mais de 400 quartos. Então Button manda seus homens fazerem o serviço sujo. O empresário que estava pressionando a situação é colocado sobre um cavalo. No pescoço uma corda de enforcamento. Basta espantar os animais para que tudo seja consumado. Um jeito antigo de se resolver algumas desavenças por aquelas bandas selvagens. / Yellowstone 1.09 - The Unravelling: Part 2 (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Wyatt Earp

Título no Brasil: Wyatt Earp
Título Original: Wyatt Earp
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Dan Gordon, Lawrence Kasdan
Elenco: Kevin Costner, Dennis Quaid, Gene Hackman, David Andrews, Linden Ashby, Mark Harmon

Sinopse:
 Cinebiografia do famoso xerife e homem da lei Wyatt Earp (Kevin Costner). Ao lado de seus irmãos e do amigo Doc Holliday (Dennis Quaid), Earp se envolveu no famoso duelo do OK Curral, que entrou na história do velho oeste. Filme baseado em fatos históricos reais.

Comentários:
Nos Estados Unidos, no que diz respeito ao velho oeste, as pessoas em geral preferem cultuar o lado lendário das histórias do que propriamente a veracidade histórica. Assim muitos e muitos filmes de faroeste foram produzidos ao longo do tempo enfocando a figura de Wyatt Earp. Poucos porém tentaram trazer a história real para as telas. O mais corajoso nesse aspecto foi esse western de Kevin Costner. Ele aqui procurou pelo lado mais real, pela verdadeira história e isso claro iria trazer também alguns aspectos negativos, afinal Wyatt Earp foi um ser humano e como tal tinha qualidades, mas também defeitos, além de trechos em seu passado que não eram muito adequados para alguém que foi retratado como um honesto e virtuoso homem da lei. De maneira em geral gosto muito desse filme e não apenas pelo seu lado mais realista, mas também pela coragem de tentar resgatar esse homem do século XIX que foi tão reverenciado no cinema. Quem foi ele realmente? O que fez, como se deu o famoso duelo no OK Curral? Tudo está aqui nesse filme, realizado da forma mais sincera e honesta possível. Enfim, um filme especialmente indicado para quem gosta da história sem retoques ou excesso de fantasia romanceada dos antigos livrinhos de bolso com temática faroeste. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Direção de Fotografia (Owen Roizman).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Silverado

Excelente faroeste produzido em meados da década de 1980. "Silverado" surgiu em uma época em que os grandes estúdios tentavam revitalizar o gênero western. É bem sintomático chamar a atenção para o fato do filme ter sido produzido nos anos 80, quando não havia mais regularidade no lançamento de faroestes no cinema. John Wayne havia partido seis anos antes e deixado uma lacuna, um mercado de fãs de western sem novos lançamentos, sem novos filmes. O faroeste italiano ainda produzia filmes com regularidade, mas esses iam ficando cada vez mais baratos ao longo dos anos. A indústria americana de cinema parecia não investir mais em filmes de western, o que era algo a se lamentar.

Como os antigos astros já estavam velhos e aposentados, o jeito foi adaptar todo um elenco de novatos para encarar o desafio. O elenco é liderado por Kevin Kline cuja carreira foi construída em cima de comédias como “Um Peixe Chamado Wanda” e “Será Que Ele é?”, não tendo muito a ver com o estilo. Curiosamente ele acabou se saindo bem no filme. Danny Glover da série “Máquina Mortífera” também foi escalado. Sua escolha foi mais uma jogada comercial, para chamar mais atenção ao filme. Melhor se saem Brian Dennehy, que aqui repete um personagem bem parecido com o que fez em "Rambo", o xerife corrupto que abusa de sua autoridade e Scott Glenn, que lembrava fisicamente muito Clint Eastwood. Outro aspecto curioso de "Silverado" foi a presença de um jovem Kevin Costner, interpretando um garotão inconsequente que sempre se metia em problemas por onde passava. E pensar que alguns anos depois o próprio Costner iria dirigir e atuar em um clássico do western, "Dança com Lobos". Esse "Silverado" foi, de certa forma, seu ensaio no gênero.

O enredo de Silverado era uma miscelânea de vários e vários faroestes do passado. Uma espécie de homenagem aos aspectos mais valorizados da mitologia do velho oeste. Na estória acompanhamos um grupo de amigos que chega na cidade de Silverado, no Colorado (com locações reais no Novo México), agora dominada completamente por um xerife corrupto e seu grupo de capangas. Aterrorizando os moradores, o xerife, na realidade um antigo bandoleiro e pistoleiro se fazendo passar por bom cidadão, acabava literalmente tomando conta do lugar, se tornando proprietário do saloon local e das propriedades circunvizinhas à cidade. Para aumentar ainda mais seu domínio, ele não hesitava em matar, ameaçar e massacrar todos os que ousavam se opor ao seu poder.

A trilha sonora de "Silverado" foi assinada por Bruce Broughton e chamava atenção pela sua beleza. De fato a música incidental não deixava espaços em branco durante o filme, preenchendo tudo de forma bem suntuosa. Seu trabalho acabou sendo indicado ao Oscar. O diretor Lawrence Kasdan poderia ter dado mais agilidade ao filme, com um corte em sua duração – que muitas vezes soa excessiva – mas o saldo final foi inegavelmente positivo. "Silverado" fez sucesso de bilheteria e agradou ao público na época. Pena que mesmo sendo bem sucedido o filme não conseguiu redimir o gênero que ficaria ainda mais alguns anos na geladeira com poucas e esparsas novas produções em Hollywood.

Silverado (Silverado, Estados Unidos, 1985) Direção: Lawrence Kasdan / Roteiro: Lawrence Kasdan, Mark Kasdan / Elenco: Kevin Kline, Scott Glenn, Danny Glover, Kevin Costner, John Cleese, Rosanna Arquette, Brian Dennehy, Linda Hunt, Jeff Goldblum / Sinopse: Um xerife inescrupuloso e corrupto (Brian Dennehy) domina a pequena cidade de Silverado. Contra ele se opõem um grupo de cowboys e bandoleiros que vão enfrentar seu poder. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som (Donald O. Mitchell, Rick Kline e Kevin O'Connell) e Melhor Música - Trilha Sonora Original (Bruce Broughton)

Pablo Aluísio.

Hatfields & McCoys

É curioso como o mundo dá voltas. Durante anos foi recusado pelas principais emissoras americanas o projeto de se levar para a TV a história real de duas famílias que entraram em conflito no sul dos EUA no século XIX. Intitulado "Hatfields & McCoys" a minissérie foi sendo rejeitada por CBS, ABC, NBC e até pelos canais a cabo como HBO. Um executivo desse último canal chegou a afirmar que "Ninguém mais quer ver um faroeste!". Pois bem. Mesmo com tantas rejeições o roteiro seguiu em frente e acabou indo parar no The History Channel que finalmente deu o sinal verde para a produção de seis capítulos. Levado ao ar pelo canal History há pouco tempo nos EUA o primeiro episódio de "Hatfields & McCoys" bateu um recorde histórico de audiência se tornando a série mais assistida da TV a cabo da história. Um sucesso avassalador de audiência!

Nos capítulos seguintes o número de espectadores triplicou e assim "Hatfields & McCoys" se tornou o maior sucesso televisivo de 2012. Para quem gosta de westerns como eu não poderia haver melhor notícia do que essa. Certamente esse êxito todo vai calar a boca de muita gente que diz que o público não tem mais interesse em ver faroestes (como afirmou o executivo da HBO que inclusive já foi demitido por falar demais!). E o sucesso é justificado? A minissérie é realmente tão boa a ponto de alcançar um sucesso tão grande em tão pouco tempo? Certamente sim!

Reconstituição de época perfeita, fidelidade histórica com os acontecimentos e uma brilhante direção de arte fazem de "Hatfields & McCoys" um programa obrigatório para os fãs de western. Não há ainda previsão de exibição no Brasil mas fica logo a dica de antemão - não percam esse excelente momento de Kevin Costner em seu primeiro projeto na TV. Ele está ótimo na pele de Anse Hatfield (em um papel que havia sido escrito para Burt Lancaster). Ideal para quem sentia saudades em ver o ator de volta ao gênero. O melhor de tudo é saber que "Hatfields & McCoys" trouxe o bom e velho western de volta ao sucesso de público e crítica. Não deixe de assistir.

Hatfields & McCoys
(Idem, EUA, 2012) Direção: Kevin Reynolds / Roteiro: Bill Kerby, Teri Mann, Ronald Parker / Elenco: Kevin Costner, Bill Paxton, Tom Berenger, Powers Boothe / Sinopse: Após o fim da guerra civil americana duas famílias tradicionais do sul dos Estados Unidos, os Hatfields e os McCoys começam a entrar em conflito por terras, poder e honra. A rixa entre as famílias iria durar anos resultando em inúmeras mortes para ambos os lados. Baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Silverado

Excelente faroeste produzido em meados da década de 1980. "Silverado" surgiu em uma época em que os grandes estúdios tentavam revitalizar o gênero western. É bem sintomático chamar a atenção para o fato do filme ter sido produzido nos anos 80, quando não havia mais regularidade no lançamento de faroestes no cinema. John Wayne havia partido seis anos antes e deixado uma lacuna, um mercado de fãs de western sem novos lançamentos, sem novos filmes. O faroeste italiano ainda produzia filmes com regularidade, mas esses iam ficando cada vez mais baratos ao longo dos anos. A indústria americana de cinema parecia não investir mais em filmes de western, o que era algo a se lamentar. Como os antigos astros já estavam velhos e aposentados, o jeito foi adaptar todo um elenco de novatos para encarar o desafio. O elenco é liderado por Kevin Kline cuja carreira foi construída em cima de comédias como “Um Peixe Chamado Wanda” e “Será Que Ele é?”, não tendo muito a ver com o estilo. Curiosamente ele acabou se saindo bem no filme. Danny Glover da série “Máquina Mortífera” também foi escalado. Sua escolha foi mais uma jogada comercial, para chamar mais atenção ao filme. Melhor se saem Brian Dennehy, que aqui repete um personagem bem parecido com o que fez em "Rambo", o xerife corrupto que abusa de sua autoridade e Scott Glenn, que lembrava fisicamente muito Clint Eastwood. Outro aspecto curioso de "Silverado" foi a presença de um jovem Kevin Costner, interpretando um garotão inconsequente que sempre se metia em problemas por onde passava. E pensar que alguns anos depois o próprio Costner iria dirigir e atuar em um clássico do western, "Dança com Lobos". Esse "Silverado" foi, de certa forma, seu ensaio no gênero.

O enredo de Silverado era uma miscelânea de vários e vários faroestes do passado. Uma espécie de homenagem aos aspectos mais valorizados da mitologia do velho oeste. Na estória acompanhamos um grupo de amigos que chega na cidade de Silverado, no Colorado (com locações reais no Novo México), agora dominada completamente por um xerife corrupto e seu grupo de capangas. Aterrorizando os moradores, o xerife, na realidade um antigo bandoleiro e pistoleiro se fazendo passar por bom cidadão, acabava literalmente tomando conta do lugar, se tornando proprietário do saloon local e das propriedades circunvizinhas à cidade. Para aumentar ainda mais seu domínio, ele não hesitava em matar, ameaçar e massacrar todos os que ousavam se opor ao seu poder.

A trilha sonora de "Silverado" foi assinada por Bruce Broughton e chamava atenção pela sua beleza. De fato a música incidental não deixava espaços em branco durante o filme, preenchendo tudo de forma bem suntuosa. Seu trabalho acabou sendo indicado ao Oscar. O diretor Lawrence Kasdan poderia ter dado mais agilidade ao filme, com um corte em sua duração – que muitas vezes soa excessiva – mas o saldo final foi inegavelmente positivo. "Silverado" fez sucesso de bilheteria e agradou ao público na época. Pena que mesmo sendo bem sucedido o filme não conseguiu redimir o gênero que ficaria ainda mais alguns anos na geladeira com poucas e esparsas novas produções em Hollywood.

Silverado (Silverado, Estados Unidos, 1985) Direção: Lawrence Kasdan / Roteiro: Lawrence Kasdan, Mark Kasdan / Elenco: Kevin Kline, Scott Glenn, Danny Glover, Kevin Costner, John Cleese, Rosanna Arquette, Brian Dennehy, Linda Hunt, Jeff Goldblum / Sinopse: Um xerife inescrupuloso e corrupto (Brian Dennehy) domina a pequena cidade de Silverado. Contra ele se opõem um grupo de cowboys e bandoleiros que vão enfrentar seu poder. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som (Donald O. Mitchell, Rick Kline e Kevin O'Connell) e Melhor Música - Trilha Sonora Original (Bruce Broughton)

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de setembro de 2019

Mente Criminosa

É um bom filme, embora a trama em si exija uma certa cumplicidade do espectador. É a tal situação, quando forçam demais a barra, o público tem que criar uma certa boa vontade para o filme funcionar. Aqui temos Kevin Costner (que nos anos 80 era dito como o "novo Gary Cooper") interpretando um criminoso, um assassino que acaba tendo a mente alterada dentro da prisão, tudo fruto de um experimento do governo americano. Vejam só: transportam a mente de um agente da CIA chamado Bill Pope (Ryan Reynolds) para o assassino condenado Jericho Stewart (Costner).

Bom, não precisa pensar muito para saber que misturar habilidades de um agente do serviço de inteligência dos Estados Unidos com uma mente psicopata é certamente uma péssima (e perigosa) ideia. O filme se desenvolve bem, tem excelentes cenas, algumas de ação muito bem orquestradas, em produção realmente boa. Alguns atores são desperdiçados, entre eles o próprio  Ryan Reynolds. Até Tommy Lee Jones não ganha o espaço necessário. Mesmo assim isso no final das contas não chega a prejudicar o filme como um todo. É apenas um detalhe. Por fim fica a dica de transformarem o filme numa série de sucesso. Enredo para isso certamente existe. Só falta a iniciativa para levar tudo do cinema para a telinha. Vamos ver se isso vai acontecer um dia.

Mente Criminosa (Criminal, Estados Unidos, 2016) Direção: Ariel Vromen / Roteiro: Douglas Cook, David Weisberg / Elenco: Kevin Costner, Tommy Lee Jones, Gary Oldman, Ryan Reynolds, Gal Gadot / Sinopse: Assassino condenado (Costner) tem a mente de um agente da CIA (Reynolds) transplantado para seu subconsciente. Com as habilidades do agente morto, o criminoso logo foge da prisão, indo parar nas ruas, com a CIA tentando de todas as formas recapturá-lo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Pacto de Justiça

Título no Brasil: Pacto de Justiça
Título Original: Open Range
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Kevin Costner
Roteiro: Craig Storper
Elenco: Kevin Costner, Robert Duvall, Diego Luna, Annette Bening, Michael Gambon, Abraham Benrubi

Sinopse:
Dois cowboys atravessam as planícies levando um grande rebanho de gado. É a mesma experiência de seus antepassados, um estilo de vida que já dura séculos. Só que agora eles precisam lidar com um xerife corrupto e um fazendeiro ganancioso que desejam evitar que eles cheguem em seu destino.

Comentários:
Depois de "Dança com Lobos" todos os cinéfilos esperaram para que Kevin Costner voltasse ao gênero western. Demorou muitos anos, mas ele retornou ao velho estilo nesse faroeste chamado "Pacto de Justiça". O roteiro foi escrito a partir do romance escrito por Lauran Paine. Tive a oportunidade de assistir no cinema. É um filme bem mais simples e despretensioso do que seu grande clássico épico do passado. Na verdade a simplicidade até mesmo me deixou surpreso, tanto que Costner, apesar de ser o astro do filme, ficou um tanto em segundo plano para o veterano Robert Duvall. Esse encarnou com perfeição a figura do velho cowboy, já cansado pela vida, mas com experiência de sobra, tudo moldado pelos anos passados. De semelhança com "Dança com Lobos" temos a atitude reverencial para com a mitologia do velho oeste americano, seus personagens e estilo de vida. Também é um filme bem bonito no aspecto visual, com tomadas da natureza de encher os olhos do espectador. Fez um sucesso modesto nas bilheterias e nem chegou perto de chamar a atenção do faroeste anterior de Costner. Esse aspecto porém em nada desmereceu esse faroeste contemporâneo que é inegavelmente muito bom.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Estrada Sem Lei

A história de Bonnie e Clyde já rendeu um clássico ao cinema. Estou me referindo a "Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas" (EUA, 1967) com Warren Beatty e Faye Dunaway. Uma obra-prima. Agora o canal Netflix resolveu contar a história dos policiais que deram fim ao casal criminoso mais famoso do século XX. Esse "The Highwaymen" conta basicamente o mesmo fato histórico, só que de um outro ponto de vista, focando nos policiais que foram atrás do casal pelas estradas americanas empoeiradas e desoladas do interior. Aqui se destacam dois personagens principais, dois veteranos, antigos membros do Texas Rangers, que unem forças para um último (e definitivo) serviço.

É uma caçada humana, com muitos momentos de tensão e violência. Obviamente que a capacidade de rastrear desses velhos homens da lei foi crucial nessa busca. Eles conseguiram antever os passos dos criminosos, chegando nas cidades antes mesmo deles irem para lá. Usando da máxima "Bandidos são como cavalos selvagens, sempre voltam para seu lar", eles utilizaram como bússola as cidades onde moravam parentes dos membros da quadrilha. Uma estratégia eficiente, que acabou dando muito certo. Em pouco tempo ficaram no rastro dos bandidos. O interessante desse roteiro é que a interação com Bonnie e Clyde é mínima, tal como se deu na vida real. Eles estão sempre presentes como alvo a ser alcançado pelos policiais, mas nunca como presença real. Apenas no momento final é que o caminho deles se cruzam de forma definitiva.

Por fim, tanbém não poderia deixar de elogiar os atores Kevin Costner e Woody Harrelson. Estão ótimos como os velhos Rangers. O papel de Kevin Costner me lembrou muito de "Os Intocáveis" quando interpretou o policial Eliot Ness. Foi ele quem prendeu o também famoso Al Capone. Tudo a ver com a grande era dos gângsters, do qual Bonnie e Clyde também fizeram parte.  Já Harrelson está em um momento maravilhoso na carreira, fazendo uma sucessão de bons filmes em série. Não poderia estar melhor no filme. Juntos eles fizeram o melhor filme com o selo Netflix que já assisti. Um excelente policial de época que poderia perfeitamente ter sido lançado no cinema, onde seguramente faria sucesso. Qualidade cinematográfica para isso certamente não lhe faltaria.

Estrada Sem Lei (The Highwaymen, Estados Unidos, 2019) Direção: John Lee Hancock / Roteiro: John Fusco / Elenco: Kevin Costner, Woody Harrelson, Kathy Bates, John Carroll Lynch / Sinopse: Durante a década de 1930 o casal de criminosos Bonnie e Clyde espalha terror pelo interior dos Estados Unidos, numa trajetória de crimes. Para localizar o casal a governadora do Texas decide contratar um velho Texas Ranger que ao lado de seu antigo parceiro ganha a estrada em busca do paradeiro dos criminosos. 

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de março de 2019

Yellowstone

Essa nova série é uma boa dica para quem gosta de western. Na falta de bons novos filmes de faroeste no cinema o jeito é procurar na TV por novidades. E aqui temos uma excelente opção. Kevin Costner é o pai de um clã de fazendeiros de Montana. A história da série se passa na atualidade. Ao mesmo tempo em que cuida de seus negócios, de seu maravilhoso rancho, ele também é a autoridade policial do local. Sim, Costner, que já interpretou Wyatt Earp no cinema, aqui volta a um papel de xerife. Só que ao invés de ser um homem da lei do século XIX, ele agora lida com os problemas atuais que um homem moderno precisa enfrentar.

E os inimigos são muitos. Desde um forasteiro que chega na cidade para promover uma grande corporação de apartamentos de luxo (na fronteira de suas terras), até mesmo um movimento de nativos que vivem em suas reservas e agora pedem por mais direitos. Para piorar o clima de tensão o próprio filho do personagem de Costner é casado com uma mulher descendente dos índios que no passado enfrentaram os pioneiros brancos que chegaram naquela região. Uma série muito boa, com bons roteiros e episódios caprichados. Nos Estados Unidos está sendo exibida no canal Paramount, algo que acredito seja repetido no Brasil. Vamos aguardar.

Yellowstone (Estados Unidos, 2018, 2019) Direção: Taylor Sheridan, Stephen Kay / Roteiro: John Linson, Taylor Sheridan, Ian McCulloch / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly / Sinopse: A série acompanha a vida do rancheiro e xerife John Dutton (Kevin Costner). Ele mora em uma bela propriedade rural de Montana e precisa lidar com diversos problemas envolvendo suas funções de homem de família, xerife e dono de terras.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Yellowstone

Nova série que está chegando agora no Brasil. Nos Estados Unidos recentemente estreou a segunda temporada. Aqui temos o estado rural de Montana, com suas pequenas cidades, estilo de vida rural, pecuária e fazendas de perder de vista de tão grandes. Kevin Costner é um desses fazendeiros ricos da região. Ele, apesar de ter uma bela e rica fazenda, também trabalha como comissário de polícia, ou como dizem os moradores, como xerife da cidade. Também é pai de uma grande família, com seus filhos ocupando posições de destaque no lugar. Um dos filhos é advogado, a outra é executiva de uma grande empresa. Alguns são meros cowboys, trabalhando para o pai.

No primeiro episódio intitulado "Daybreak" temos a apresentação de todos os personagens. Logo na primeira cena Costner se recupera de um grave acidente. Ele estava transportando cavalos quando se chocou com outro veículo. O resultado é que precisa sacrificar um dos animais com um tiro na cabeça, isso tudo quando ainda está sangrando dos ferimentos que sofreu. Coisa de cowboy de Montana, coisa de macho! Tirando as brincadeiras de lado o fato é que gostei desse primeiro episódio. Possa ser que a série siga os caminhos de "Dallas" se tornando uma novela americana, mostrando as intrigas dentro de um clã familiar, mas ainda é cedo para classificar "Yellowstone" dessa maneira. Assim vamos conferir os próximos episódios para ver no que tudo isso vai dar. As expectativas são boas.

Yellowstone (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly, Wes Bentley / Sinopse: John Dutton (Costner) é um rico fazendeiro que também trabalha de xerife na cidade. Quando um novo chefe tribal é colocado como líder dos nativos locais, logo se cria uma série de atritos entre os dois membros mais destacados da região de Montana.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Pacto de Justiça

Quando Kevin Costner anunciou que estaria de volta ao western houve grande expectativa entre os fãs e não era para menos. Seu último filme no gênero foi o clássico "Dança Com Lobos" que venceu todos os Oscars de seu ano. Depois da consagração porém veio a queda. Costner ficou cheio de si e teve a péssima ideia de tocar em frente um projeto complicado, fadado ao fracasso, Waterworld. Após esse monumental desastre o ator foi aos poucos tentando juntar os pedaços de sua carreira para ressurgir em Hollywood. Nada mais natural que mais cedo ou mais tarde retornasse ao gênero que o consagrou. "Pacto de Justiça" não tem a pretensão de ser um novo "Dança com Lobos", longe disso, com orçamento equilibrado (26 milhões de dólares) o filme nasceu com uma proposta honesta, sucinta. Para Costner o mais importante era rodar um bom filme que atendesse a demanda dos fãs do bom e velho faroeste. A boa notícia é que conseguiu seus objetivos.

No filme Costner lida com a figura mítica do cowboy americano. Ele interpreta um cowboy que ao lado do veterano  Boss Spearman (Robert Duvall) toca uma grande manada pela imensidão do oeste selvagem. Seu único problema é a reação pouco amistosa dos latifundiários liderados por um rancheiro (Michael Gambon). O filme não tem pressa nenhuma em contar sua estória, tudo ocorre no tempo devido mas com calma e contemplação. Como diretor Kevin Costner procura tirar o melhor da fotografia, captando lindas cenas da natureza ao redor. Alguns reclamaram da lentidão do ritmo do filme mas achei a opção de Costner correta. Westerns não devem ter o mesmo ritmo alucinante de algumas produções atuais, pelo contrário, é um gênero realmente feito de momentos intercalados por belas imagens que sempre reforçam a mitologia em torno de sua região primordial, o oeste norte-americano. Nesse aspecto Costner foi muito feliz. Some-se a isso o bom elenco de apoio (Diego Luna e  Annette Bening) e temos uma pequena obra prima moderna do western. Com o recente sucesso de sua nova série na TV americana, Hatfields & McCoys, espero que Costner faça mais bons faroestes como esse no cinema em breve. Os fãs agradecem certamente.

Pacto de Justiça (Open Range, Estados Unidos, 2003) Direção: Kevin Costner / Roteiro: Craig Storper baseado na obra de Lauran Paine / Elenco: Kevin Costner, Robert Duvall, Diego Luna, Annette Bening,  Michael Gambon / Sinopse: Boss Spearman (Robert Duvall) e  Charley Waite (Kevin Costner) são dois cowboys veteranos que tentam tocar uma grande manada bovina pelas terras selvagens do velho oeste. No caminho porém terão que enfrentar inúmeros desafios e conflitos.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

A Grande Jogada

Esse filme é um dos favoritos ao Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado. Fruto do trabalho do diretor Aaron Sorkin que também roteirizou seu filme. Baseado em fatos reais o enredo conta a história de Molly Bloom (Jessica Chastain). Quando criança ela começou a ser moldada para ser uma campeã olímpica pelo seu pai, que era obcecado pelo sucesso nos esportes. Já adolescente ela consegue disputar lado a lado contra as grandes profissionais, mas um acidente acaba com sua carreira. Desiludida com seu fracasso, sem vontade de encarar uma universidade de direito (novamente um objetivo imposto a ela por seu pai) Molly resolve se mudar para Los Angeles onde pretende se virar sozinha. Começa por baixo, sendo garçonete. Depois começa a trabalhar para um sujeito que organizava jogos de poker para ricaços. Em pouco tempo ela rouba o negócio do ex-patrão e passa ela mesma a organizar seu próprios jogos. Aluga um quarto de hotel luxuoso e começa em pouco tempo a fazer fortuna.

O roteiro se divide em duas linhas narrativas, uma no passado mostrando Molly no começo da vida, tentando ser esportista e depois entrando no mundo dos jogos ilegais e uma no presente, com ela já cercada pelo FBI, sendo processada, podendo pegar uma pena dura de prisão. Tudo, passado e presente, se mistura, resultando em um filme realmente muito bom. De forma inteligente o roteiro não fica girando em torno dos detalhes do poker, algo que poderia interessar apenas aos praticantes desse jogo. Ao invés disso mostra o lado mais humano de Molly, suas motivações e os traumas que traz do passado. Um aspecto interessante é que o pai dela é interpretado por Kevin Costner, em um papel até pequeno, mas muito importante dentro do filme como um todo. Outro ponto positivo ocorre quando a máfia resolve entrar no negócio de Molly. Afinal onde há jogo ilegal e muito dinheiro rolando, a máfia acaba entrando, pelo bem ou pelo mal. Então é isso. Um filme com um roteiro realmente acima da média, que vai jogando informações e situações na tela sem nunca subestimar a inteligência do espectador.

A Grande Jogada (Molly's Game, Estados Unidos, 2017) Direção: Aaron Sorkin / Roteiro: Aaron Sorkin, baseado no livro de memórias de Molly Bloom / Elenco: Jessica Chastain, Idris Elba, Kevin Costner / Sinopse: Quando Molly (Jessica Chastain) percebe que seus sonhos de se tornar uma atleta olímpica campeã acabaram após um sério acidente, ela decide dar um novo rumo na sua vida. Desiste de ir para a universidade cursar Direito e entra em outro ramo, esse bem mais perigoso, o dos jogos ilegais de poker com milionários e mafiosos. Filme indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Roteiro Adaptado (Aaron Sorkin). Igualmente indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Jessica Chastain).

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 2 de março de 2017

Uma Carta de Amor

Título no Brasil: Uma Carta de Amor
Título Original: Message in a Bottle
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Luis Mandoki
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: Kevin Costner, Robin Wright, Paul Newman, John Savage, Illeana Douglas, Robbie Coltrane
  
Sinopse:
Baseado no romance de Nicholas Sparks o livro conta a história de Theresa Osborne (Robin Wright). Ela encontra na praia, por mero acaso, uma garrafa com uma carta de amor dentro dela. Curiosa com o achado ela resolve descobrir quem seria o seu autor. Após muito investigar e com a ajuda de um amigo jornalista Theresa descobre que a carta foi escrita por Garret Blake (Kevin Costner), um americano que escreveu o texto em homenagem à sua mulher, recentemente falecida. Impressionada com seu romantismo ela então resolve viajar, para conhecê-lo pessoalmente.

Comentários:
É um bom filme, bem romântico, apelando para um sentimentalismo que para algumas pessoas poderá soar até meio exagerado. De minha parte acabei gostando principalmente por causa do elenco. O casal Kevin Costner e Robin Wright funciona muito bem em cena, passando mesmo uma situação real para o espectador. Costner é aquele tipo de ator que vale a pena, mesmo quando atua em filmes fracos ou até mesmo grandes bombas (como "Waterworld" que praticamente afundou sua carreira). Depois da queda ele procurou por filmes menores e melhores, o que fez muito bem para ele e seu público. Claro que Costner passou pela humilhação de ter sido indicado ao Framboesa de Ouro, mas credito isso a uma briga pessoal dele com a imprensa, nada tendo a ver na verdade com esse filme em si. Foi mesmo uma retaliação pelas coisas que tinham acontecido durante o lançamento de "Waterworld". Outro destaque que sempre merece citação é a presença do veterano e mito da sétima arte Paul Newman. Tudo bem que o peso dos anos sempre se faz presente, mas Newman se sobressai, principalmente por fazer de um pequenino papel um chamariz a mais para se conhecer esse filme. Então é isso, romantismo no fundo de uma garrafa para românticos inveterados incuráveis. Vale a pena conhecer.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Estrelas Além do Tempo

Esse filme resgata a história pouco conhecida de três mulheres negras que trabalharam na Agência Espacial Americana (NASA) durante a década de 1960. Como era de se esperar naqueles tempos de segregação racial, elas passaram por inúmeras dificuldades para serem reconhecidas. Muitas vezes confundidas com faxineiras ou empregadas que serviam o cafezinho, na verdade eram mulheres inteligentes, formadas em matemática, que realizavam cálculos para os lançamentos dos foguetes do programa espacial.O filme procura mostrar a vida delas, inclusive as dificuldades que tiveram que superar para estudar. Uma delas deseja entrar na melhor universidade de sua cidade, mas ela era exclusiva para brancos. O roteiro mostra como era a vida de uma mulher negra naquela época, inclusive explorando os pequenos detalhes do cotidiano que mostravam todo o preconceito racial que existia, como por exemplo, bebedouros, banheiros e assentos em ônibus apenas para negros, tudo separado dos brancos, naquela situação jurídica que perdurou por anos nos Estados Unidos. Um aspecto curioso é que isso não era amenizado nem dentro da própria NASA, onde supostamente só trabalhavam pessoas com alto QI.

Agora falemos um pouco sobre o filme em si. O elenco é dos melhores, contando não apenas com o trio principal (interpretado pelas talentosas atrizes Octavia Spencer, Janelle Monáe e Taraji P. Henson) como também com atores conhecidos como Kevin Costner. Ele interpreta o diretor da agência no setor de cálculos e lançamentos. Um sujeito estressado que precisa lidar com o fato de que os russos estavam ganhando a corrida espacial naquele momento histórico. Enquanto os soviéticos colocavam o primeiro homem no espaço (o cosmonauta Iuri Gagarin), os americanos mal conseguiam sair do chão com seus foguetes desengonçados. De forma em geral há dois aspectos que precisam ser criticados nesse filme. O primeiro é que a edição não é muito eficiente, resultando em uma duração excessiva, com problemas de ritmo, fazendo com que o filme fique um pouco monótono em certos momentos. Outros aspecto que depõe um pouco contra o roteiro é que ele, em muitas ocasiões, é excessivamente maniqueísta. Obviamente deve-se reconhecer a importância dessas mulheres negras, mas sem exageros. Há momentos em que o roteiro quer provar que elas, praticamente sozinhas, foram as responsáveis pelo lançamento dos foguetes. Não precisava exagerar tanto na dose. Mesmo assim, com esses probleminhas, ainda é um filme a se conferir, principalmente para conhecer mais a fundo a história dessas pioneiras desconhecidas do programa espacial.

Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures, Estados Unidos, 2016) Direção: Theodore Melfi / Roteiro: Allison Schroeder, Theodore Melfi / Elenco: Kevin Costner, Octavia Spencer, Kirsten Dunst, Jim Parsons, Janelle Monáe, Taraji P. Henson / Sinopse: Três mulheres negras norte-americanas precisam enfrentar todas as dificuldades para se tornarem bem sucedidas na NASA. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Octavia Spencer) e Melhor Roteiro Adaptado (Allison Schroeder e Theodore Melfi).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Mente Criminosa

Logo na primeira cena o personagem de Kevin Costner, um sociopata condenado que está de volta às ruas, declara: "Eles mexeram na minha mente!". Isso resume bem o argumento do filme. O roteiro, bem curioso por sinal, mostra um programa do governo americano que tenta transportar memórias de uma pessoa para outra. Quando o agente da CIA Bill Pope (Ryan Reynolds) é assassinado numa missão, tendo a preciosa informação do paradeiro de um jovem hacker que conseguiu invadir o sistema de controle de armas nucleares dos EUA, o programa é colocado em prática.

A intenção é transferir as memórias do agente Pope para a  mente do criminoso condenado Jericho Stewart (Costner). Ele é um psicopata perigoso, assassino e cruel, que será usado apenas para receber a informação do lugar onde pode ser encontrado o perigoso hacker. Todos os procedimentos são coordenados pelo médico e pesquisador Dr. Franks (Tommy Lee Jones). Inicialmente tudo se revela um fracasso, porém logo depois flashes das memórias e habilidades do agente da CIA morto começam a bombardear a mente de Jericho. Assim ele parte para um jogo de vida e morte, com o serviço de inteligência americano em seu encalço.

O espectador mais atento vai acabar achando algumas semelhanças entre o roteiro desse filme e a franquia "Bourne". Isso porém surge apenas de forma acidental. Esse filme tem suas próprias características cinematográficas e uma das mais interessantes vem do papel que Kevin Costner interpreta. Com cabelo curto (ao estilo presidiário), Costner acaba sendo o maior destaque por interpretar um sujeito que não consegue ter qualquer tipo de sentimento humano, seja ele de empatia ou solidariedade. Com isso acaba se tornando uma arma perigosa pois herda as habilidades do agente da CIA morto com uma personalidade completamente amoral sob qualquer ponto de vista. Um típico projeto da CIA que deu completamente errado! Já que eles o criaram agora é a hora de eliminá-lo, mas isso, claro, não vai ser nada fácil.

No geral é um bom filme, embora pudesse ser bem melhor. Tommy Lee Jones, por exemplo, não é bem aproveitado. Seu doutor é uma figura até mesmo apagada dentro da trama. O mesmo pode-se dizer do chefe da CIA interpretado por um alucinado e frenético Gary Oldman. Já se você é fã do Ryan Reynolds é melhor esquecer a fita. Apesar de ser bem central em tudo o que acontece, ele aparece pouco (nas primeiras cenas) e depois só surge em eventuais flashbacks. Enfim, dentro do que se anda produzindo atualmente no cinema americano essa ágil fita de ação e espionagem até tem seus méritos, embora sob um ponto de vista global seja apenas na média.

Mente Criminosa (Criminal, Estados Unidos, 2016) Direção: Ariel Vromen / Roteiro: Douglas Cook, David Weisberg / Elenco: Kevin Costner, Tommy Lee Jones, Gary Oldman, Ryan Reynolds, Gal Gadot / Sinopse: Assassino condenado (Costner) tem a mente de um agente da CIA (Reynolds) transplantado para seu subconsciente. Com as habilidades do agente morto, o criminoso logo foge da prisão, indo parar nas ruas, com a CIA tentando de todas as formas recapturá-lo.

Pablo Aluísio.