sábado, 30 de setembro de 2023
Indiana Jones e a Relíquia do Destino
domingo, 20 de agosto de 2023
O Jovem Ditador
terça-feira, 24 de agosto de 2021
E Estrelando Pancho Villa
Para mudar sua imagem perante o povo norte-americano Pancho decide enviar emissários para Hollywood. Ele quer que produtores de cinema venham filmar seu progresso, sua vida, sua visão de mundo e, é claro, suas batalhas reais. O produtor D.W. Griffith (Colm Feore) se interessa pelo convite de Pancho e envia o diretor Frank Thayer (Eion Bailey) com uma equipe de filmagem para desenvolver um documentário sobre tudo o que está acontecendo no México. E os problemas só estão começando. Historicamente até interessante, esse filme não é lá grande coisa. Esse é o meu veredito final.
E Estrelando Pancho Villa (And Starring Pancho Villa as Himself, Estados Unidos, 2003) Direção: Bruce Beresford / Roteiro: Larry Gelbart / Elenco: Antonio Banderas, Eion Bailey, Alan Arkin / Sinopse: O revolucionário Pancho Villa decide convidar Hollywood para filmar sua vida e sua luta revolucionária contra o governo de seu país. E isso dá origem a um choque de cultura entre ele e os americanos que chegam para esse projeto no mínimo curioso.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de março de 2021
Pequenos Espiões 3
Título Original: Spy Kids 3 - Game Over
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Daryl Sabara, Alexa PenaVega, Antonio Banderas, Sylvester Stallone, Ricardo Montalban, Carla Gugino
Sinopse:
Carmen está presa em um jogo de realidade virtual projetado pelo novo inimigo dos Kids, o Toymaker. Cabe a Juni salvar sua irmã e, em última instância, o mundo. Terceiro filme da franquia de filmes juvenis Spy Kids.
Comentários:
Esse filme é uma porcaria, mas não totalmente destituído de interesse para quem gosta de cinema, mesmo que pelas razões menos corretas. O interesse virá pela presença de dois grandes nomes da Hollywood do passado. O ator Ricardo Montalban nunca foi um astro de primeiro time, isso é verdade, entretanto já desfrutou de um certo prestígio dentro da indústria cinematográfica, atuando inclusive em sucessos do cinema e da televisão. Aqui ele perdeu a linha. E o que dizer de Sylvester Stallone? De ator mais bem pago do cinema americano nos anos 80 ele passou a essa triste condição de coadjuvante em um filme como esse? É quase inacreditável para quem chegou a ganhar 20 milhões de dólares por um único filme! Algumas vezes fico me perguntando como um ator pode ganhar tanto dinheiro (e ficar rico nesse processo) e ainda assim ter qeu pagar um mico desses! Será que o Stallone acabou com toda a sua fortuna? É inacreditável pensar que sim...
Pablo Aluísio.
terça-feira, 2 de março de 2021
Era Uma Vez no México
Título Original: Once Upon a Time in Mexico
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Columbia Pictures, Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Johnny Depp, Mickey Rourke, Eva Mendes, Danny Trejo
Sinopse:
Um pistoleiro profissional, um matador de aluguel, conhecido como "El Mariachi" envolve-se em espionagem internacional, mesmo sem querer. E ele não está só, no jogo perigoso ainda surge um agente psicótico da CIA e um general mexicano corrupto. Filme indicado ao Teen Choice Awards.
Comentários:
Robert Rodriguez dirigiu esse remake americano de um pequeno filme latino, com orçamento quase nulo, que chamou a atenção da crítica na época, o independente e pequeno "El Mariachi". Funcionou essa nova versão, com mais dinheiro, mais recursos e mais marketing? Em minha opinião, não! O charme do primeiro filme, do original, era justamente ser pequenino e cheio de imaginação. Nessa releitura feita por um grande estúdio de Hollywood o que era pura imaginação, virou explosão. O que era esforço coletivo dos atores quase amadores, virou uma reunião de astros do cinema americano, todos milionários, que no fundo não estavam nem aí com essa nova versão. No quadro geral o que temos é um filme fraco, sem graça, que vai para o puro tédio. Quando você mostra uma explosão a cada cinco minutos de filme a tendência é cansar rapidamente o espectador. Robert Rodriguez sempre foi dado a exageros desse tipo e aqui nessa produção não foi diferente. O bocejo vem mais cedo ou mais tarde. Com pouco tempo de filme deixamos de nos importar com os (rasos) personagens. Enfim, chato e derivativo, nada mais.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
Evita
Título Original: Evita
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Hollywood Pictures, Cinergi Pictures
Direção: Alan Parker
Roteiro: Tim Rice, Alan Parker
Elenco: Madonna, Jonathan Pryce, Antonio Banderas, Jimmy Nail, Laura Pallas, María Luján Hidalgo
Sinopse:
O filme é uma adaptação para o cinema do musical de sucesso baseado na vida de Eva Perón. Evita Duarte era uma atriz argentina de cinema B que acabou se casando com o presidente argentino Juan Domingo Perón, se tornando nesse processo a mulher mais amada e odiada da Argentina. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor música original ("You Must Love Me" de autoria da dupla Andrew Lloyd Webber e Tim Rice).
Comentários:
Para muitos críticos de cinema esse foi o melhor momento da cantora Madonna na sétima arte. O filme é um musical com linguagem mais tradicional, com a grande maioria das cenas cantadas, o que proporcionou para a cantora ter um momento bem ao estilo Broadway em sua carreira no cinema. O diretor Alan Parker inclusive sempre foi um dos cineastas mais talentosos de sua geração. Pessoalmente sempre foi um dos meus diretores de cinema preferidos. Ele conseguiu arrancar da Madonna, sempre criticada por ser uma "atriz amadora", uma interpretação bem convincente. Parker se esforçou bastante nesse sentido. Valeu a pena toda a paciência no set de filmagens. Além da boa produção, com figurinos e reconstituição de época bem perfeita, o filme ainda contou com a promoção da própria música de Madonna. A canção "Don't Cry for Me Argentina" se tornou um hit mundial, fazendo bonito nas paradas de sucesso, ajudando na divulgação do filme como um todo. Eu pessoalmente achei um filme muito bonito visualmente de se ver, embora deva confessar que o excesso de números musicais também pode soar um pouco cansativo para o público comum. De qualquer forma é uma daquelas obras cinematográficas que conseguem ser bem maiores inclusive do que as personalidades que retratam. Nesse aspecto Evita Peron nunca foi tão bem louvada como aqui. Algo bem longe até de sua verdadeira história real.
Pablo Aluísio.
sábado, 12 de dezembro de 2020
Dor e Glória
Título Original: Dolor y Gloria
Ano de Produção: 2019
País: Espanha, França
Estúdio: Canal+, Ciné+, El Deseo
Direção: Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar
Elenco: Antonio Banderas, Penélope Cruz, Asier Etxeandia, Leonardo Sbaraglia, César Vicente, Asier Flores
Sinopse:
Salvador Mallo (Antonio Banderas) é um velho cineasta que passa a relembrar seus tempos de infância, quando passou por várias dificuldades ao lado de sua mãe Jacinta (Penélope Cruz). Agora, na velhice, precisa lidar com uma série de problemas de saúde, ao mesmo tempo em que começa a se viciar em heroína.
Comentários:
Pedro Almodóvar escreveu o roteiro e dirigiu esse novo filme e fica impossível não pensar que ele colocou inúmeras referências autobiográficas na história. O protagonista é um diretor de cinema praticamente aposentado. Ele tem problemas de saúde e não consegue ficar à altura de suas glórias passadas. Sua carreira como cineasta está praticamente acabada. Homossexual, resolve escrever um texto relembrando seu grande amor do passado. O texto vira uma peça teatral e eis que, do nada, seu antigo namorado bate á sua porta. Ele viu a peça e percebeu imediatamente que se tratava de sua própria história de amor com o velho diretor. Assim vai se fechando mais um ciclo de sua vida. "Dor e Glória" foi bastante aclamado pela crítica no ano passado, conseguindo ter honrosas indicações ao Oscar nas categorias de melhor filme estrangeiro e melhor ator, para Banderas, aqui provavelmente em seu melhor trabalho para o cinema em anos. Isso veio a provar que apesar de seu autorretrato ser pessimista e lamuriento, personificado no protagonista desse filme, que não passa de um cineasta depressivo e frustrado, o próprio Pedro Almodóvar está longe dessa situação lamentável. Ele continua em plena forma na sua profissão. Ao contrário de seu personagem em queda, ele está ainda com o toque mágico para fazer cinema relevante de alta qualidade artística. Palmas para ele!
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Genius - Segunda Temporada
Na primeira temporada da série "Genius" acompanhamos a história de Albert Einstein. Nessa segunda temporada o enfoque se desloca para mostrar a vida e a obra do genial pintor Pablo Picasso (1881 - 1973). Em dez episódios, exibidos originalmente entre os meses de abril a junho de 2018, somos apresentados ao mundo de Picasso, desde sua juventude até sua velhice. Sua luta contra os movimentos facistas que assolaram a Europa e sua conturbada vida pessoal e amorosa, com destaque para suas muitas amantes. Na sua fase adulta o pintor espanhol foi interpretado pelo ator Antonio Banderas, em bom trabalho de caracterização do famoso personagem. Segue abaixo comentários sobre todos os episódios. Os textos serão incorporados ao longo do tempo, conforme for assistindo cada um deles.
Genius 2.01 - Picasso: Chapter One
Nesse episódio somos apresentados aos primeiros anos de Pablo Picasso. Ele nasce em um parto complicado e é dado como natimorto, mas um tio não aceita isso. Acaba despertando o choro da criança jogando uma baforada de seu charuto nele! Pois é, já nasceu sob circunstâncias diferenciadas. Depois vemos o garoto Picasso enfrentando a primeira grande tragédia de sua vida, quando sua irmã mais jovem morre vítima de difteria. Ele havia feito uma promessa, que iria parar de desenhar e pintar caso ela viesse a sobreviver. Não é o que acontece. O tempo passa, Picaso se torna adolescente e decide que vai estudar artes em uma academia prestigiada na capital. E ele realmente tinha muito talento para isso. Porém com o passar do tempo vai se decepcionando com o estilo de ensino, que apenas tenta copiar pintores do passado. Ele quer mais, criar seu próprio estilo pessoal.
Os anos de maturidade também são retratados nesse episódio, principalmente quando Picasso, já consagrado, aceita o convite para pintar um enorme quadro em protesto contra o masacre de Guernica, quando aviões da Alemanha nazista atacaram civis desprotegidos, matando milhares de pessoas, tudo com o apoio da ditadura do general Franco. Enfim, excelente primeiro episódio, mostrando mais uma vez a ótima qualidade dessa série. / Genius 2.01 - Picasso: Chapter One (Estados Unidos, 2018) Direção: Kenneth Biller / Roteiro: Kenneth Biller / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Genius 2.02 - Picasso: Chapter Two
Tempos complicados para Pablo Picasso e isso no passado e no presente. No presente ele vê a França ser ocupada pelos nazistas. E é na França que Picasso estava morando nesse momento terrível da história da Europa. Ele foi embora da Espanha por causa do fascismo de Franco. E agora tinha que lidar com os nazistas bem na sua porta. No passado Pablo Picasso perde o amigo dos tempos pioneiros. Sua carreira vai bem, ele começa a vender quadros em Paris, mas seu amigo não tem a mesma sorte. Ninguém quer comprar nada do que ele pinta. Pior do que isso, ele fica impotente. Acaba dando um tiro na cabeça em um restaurante, na frente de todos. Trágico. / Genius 2.02 - Picasso: Chapter Two (Estados Unidos, 2018) Direção: Kenneth Biller / Roteiro: Kenneth Biller / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Genius 2.03 - Picasso: Chapter Three
Picasso tem uma nova admiradora. Uma jovem que deseja ser pintora, apesar do pai jamais apoiar seus sonhos de ser uma artista. Ele quer que ela vá para a faculdade de direito, só que ela vai atrás de Picasso em troca de opiniões sobre sua arte. Bem, acaba em sua cama, como mais uma amante. No passado vemos o jovem Picasso indo morar ao lado de um poeta, um sonhador. Eles se tornam grande amigos e Picasso acaba descobrindo que ele é apaixonado por sua pessoa. Sim, o amigo é homossexual. Picasso leva numa boa e esclarece que o ama, mas como amigo e não como amante. A amizade sobrevive e eles ficam amigos próximos por anos e anos. / Genius 2.03 - Picasso: Chapter Three (Estados Unidos, 2018) Direção: Kevin Hooks / Roteiro: Kenneth Biller, Brian Peterson / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Genius 2.04 - Picasso: Chapter Four
Novamente acompanhamos Picasso em um passado distante, quando ainda era apenas um jovem pintor procurando seu lugar no mundo das artes e depois, mais velho, tendo que enfrentar problemas com os nazistas. No passado Picasso começa a ficar admirado com os quadros de Henri-Émile-Benoît Matisse. Esse estava revolucionando a pintura de sua época. Picasso via então que ele deveria também ir por um caminho mais revolucionário. E em seu momento mais velho, Picasso acaba vendo um de seus melhores amigos, Max, sendo levado preso pelos nazistas. E ele se recusa a assinar uma petição por sua soltura. Teria sido um momento de medo na vida do famoso pintor? Ou ele apenas achava que sua assinatura de nada valeria, uma vez que os nazistas odiavam sua arte? Uma questão que Picasso nunca esclareceu totalmente. / Genius 2.04 - Picasso: Chapter Four (Estados Unidos, 2018) Direção: Kevin Hooks / Roteiro: Kenneth Biller / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Genius 2.05 - Picasso: Chapter Five
Pablo Picasso jovem. Pablo Picasso velho. A série vai contando a vida desse pintor indo e voltando do passado. Nesse episódio o jovem Pablo Picasso continua procurando por um caminho, uma nova linguagem visual. Ele admira muito o pintor Henri Matisse, mas quando finalmente o encontra pessoalmente, ele adota uma postura de não ligar muito para seus quadros, pior do que isso, chega até mesmo a criticar o colega. Depois se tornam amigos, uma amizade que vai durar anos e anos. E nessa fase jovem Picasso resolve adotar uma menina como filha, uma vez que sua esposa não pode gerar filhos. E o Pablo Picasso velho? Ora, esse segue sua sina de administrar problemas e mais problemas com as muitas mulheres com quem se envolveu. Tudo normal em sua vida. / Genius 2.05 - Picasso: Chapter Five (Estados Unidos, 2018) Direção: Laura Belsey / Roteiro: Kenneth Biller, Noah Pink / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Genius 2.06 - Picasso: Chapter Six
Você sabia que Pablo Picasso esteve envolvido no roubo da Mona Lisa no Louvre, em Paris? Eu fazia a menor ideia, mas calma, a coisa não foi bem assim. Como mostrado nesse episódio vemos que sim, Pablo Picasso esteve mesmo envolvido com o roubo de certas peças do famoso museu. Ele conhecia alguns ladrões de arte. Sò que a coisa desanda de vez quando roubam o mais famoso quadro da história. E as coisas acabam borrando no próprio Picasso que passa a ser investigado por policiais, sendo alvo de um inquérito para se descobrir os verdadeiros criminosos. E enquanto isso tudo acontecia, Picasso tentava revolucionar o mundo da arte, mudando completamente o padrão de seus próprios quadros. / Genius 2.06 - Picasso: Chapter Six Genius 2.06 - Picasso: Chapter Six (Estados Unidos, 2018) Direção: Laura Belsey / Roteiro: Kenneth Biller, Matthew Newman / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Genius 2.07 - Picasso: Chapter Seven
Pablo Picasso é convidado para participar de um evento internacional grandes nomes da cultura internacional. No começo ele rejeita o convite, mas pressionado resolve viajar até a Polônia. Lá acaba enfrentando críticas por ser um homem muito rico. E as críticas mais ferozes partem de antigos conhecidos do Partido Comunista. Ele é acusado de ser um burguês, não um comunista, afinal está podre de rico, morando em belas casas, ganhando verdadeiras fortunas com os quadros que vendia. Mesmo depois de tudo ainda resolve criar um símbolo da paz, a pomba branca, baseando-se em suas memórias infantis. E esse símbolo continua até os dias de hoje, com a pomba representando a paz mundial.Genius 2.07 - Picasso: Chapter Seven (Estados Unidos, 2018) Direção: Greg Yaitanes / Roteiro: Kenneth Biller / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Genius 2.08 - Picasso: Chapter Eight
Pablo Picasso era um mulherengo. Disso sabem todos os que conhecem sua vida pessoal, sua biografia. Nessa episódio temos uma prova disso. Picasso tem problemas com sua antiga esposa (Olga), com sua atual mulher (Françoise) e como se isso fosse pouco ele ainda arranja um namoro com uma jovem estudante. E isso tudo quando era um homem já idoso, longe dos anos de juventude. Como todo episódio dessa série a história avança e recua no tempo. No passado recorda a estreia de Picasso em uma peça teatral, algo revolucionário para a época. Foi durante esse trabalho que ele conheceu e se apaixonou por Olga, uma aristocrata russa que era uma excelente bailarina. No Presente acompanhamos os problemas de Picasso em lidar com seus vários filhos, em especial Paulo, filho de Olga, um sujeito que foi negligenciado por seu próprio pai. Enfim, bom episódio, muito esclarecedor sobre a vida pessoal de Picasso. / Genius 2.08 - Picasso: Chapter Eight (Estados Unidos, 2018) Direção: Greg Yaitanes / Roteiro: Kenneth Biller / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Genius 1.09 - Picasso: Chapter Nine
Pablo Picasso era um mulherengo sem salvação. Mal arranjava uma nova esposa e já ia atrás de amantes, várias delas. Ele não parava de correr atrás de um rabo de saia. Nesse episódio podemos perceber bem isso. O roteiro vai e volta no tempo, com relacionamentos e mulheres diferentes, mas no fundo as situações sempre se repetiam. Pablo Picasso se casava com algumas de suas musas, tinha filhos com elas, para não demorar muito arranjar outras amantes. Sumiu de sua casa por meses, irritava suas esposas, estava sempre atrás de mulheres mais jovens. Pensava o tempo todo em sexo fora do casamento. É de se admirar que tenha produzido tantos quadros em vida. Sua existência foi uma sucessão sem fim de problemas com mulheres, de todos os tipos e de todas as idades. Não sei como ele conseguiu arranjar tempo para ser um dos maiores pintores de todos os tempos. / Genius 1.09 - Picasso: Chapter Nine (Estados Unidos, 2018) Direção: Mathias Herndl / Roteiro: Kenneth Biller / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy.
Genius 2.10 - Picasso: Chapter Ten
E assim cheguei ao final da segunda temporada de Genius. Como era de se esperar esse episódio final conta os últimos anos da vida do pintor, culminando com sua morte. Em seus últimos tempos de vida Picasso continuou a ter muitos problemas familiares, com suas ex-mulheres, etc. Ele volta a se casar com uma ex apenas para regularizar a vida de seus filhos. Tão relapso era que nem havia reconhecido judicialmente os filhos, agora já adolescentes. Picasso também enfrenta problemas de saúde, causados principalmente pelo hábito de fumar. E como um de seus últimos desejos ele pediu que seu quadro Guernica voltasse para a Espanha, sua terra natal. O quadro só retornou quando o ditador General Franco morreu. Aí, finalmente, Picasso teve sua vitória. Sua arte, no final de tudo, venceu! / Genius 2.10 - Picasso: Chapter Ten (Estados Unidos, 2018) Direção: Mathias Herndl / Roteiro: Kenneth Biller / Elenco: Antonio Banderas, Clémence Poésy, Alex Rich.
Pablo Aluísio.
domingo, 17 de maio de 2020
Os 33
Título Original: The 33
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Chile, Espanha
Estúdio: Alcon Entertainment
Direção: Patricia Riggen
Roteiro: Mikko Alanne, Craig Borten
Elenco: Antonio Banderas, Rodrigo Santoro, Gabriel Byrne, Juliette Binoche, Lou Diamond Phillips, James Brolin
Sinopse:
O filme conta uma história real ocorrida no deserto de Atacama, no Chile. Um grupo de 33 mineradores ficam presos dentro de uma mina de ouro na região. Para resgatar todos eles com vida é montada uma grande operação que vira notícia internacional de grande repercussão.
Comentários:
Um bom filme. Eu me recordo desse acontecimento porque foi bastante explorado pela imprensa internacional. Esses mineradores ficaram presos dentro de uma mina após um grande desabamento. O problema é que eles ficaram presos em um lugar que estava abaixo 200 andares da superfície. Para resgatar seria preciso uma operação realmente incrível, de complicada execução. E entre elese e a entrada da mina havia ainda uma imensa rocha, do tamanho do prédio Empire State em Nova Iorque. O elenco é muito bom contando com Antonio Banderas como um dos mineradores, Rodrigo Santoro como o representante do governo chileno na operação e Gabriel Byrne como o engenheiro-chefe que tenta superar todos os problemas técnicos para fazer chegar uma broca no lugar certo onde estavam os trabalhadores da mina. Outro destaque é a presença de Juliette Binoche como a irmã desesperada de um dos mineradores. Em conclusão, um filme bem realizado, com bom elenco e direção que resgata essa história que mobilizou tantas pessoas nessa operação de salvamento.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de abril de 2020
Femme Fatale
Título Original: Femme Fatale
Ano de Produção: 2002
País: França, Suíça
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Brian De Palma
Elenco: Rebecca Romijn, Antonio Banderas, Peter Coyote, Eriq Ebouaney, Edouard Montoute, Rie Rasmussen
Sinopse:
Laure (Rebecca Romijn) é uma mulher que procura por novos caminhos em sua vida, que tenta consertar as coisas erradas do passado, mesmo quando sua fama de vigarista volta para assombrá-la. Filme premiado no Seattle Film Critics Awards na categoria de Melhor Edição (Bill Pankow).
Comentários:
Em minha opinião Brian De Palma foi um dos melhores diretores de cinema em sua fase de maior criatividade, nos anos 80. Infelizmente ele foi perdendo o toque de talento para dirigir bons filmes, como também para escrever excelentes roteiros. Esse "Femme Fatale" foi lançado já quando a carreira do diretor estava entrando em franca decadência. Não existia mais os momentos de genialidade que o público havia assistido em filmes como "Vestida para Matar" ou "Dublê de Corpo". E nessa comparação nem mesmo vou citar sua maior obra-prima, "Os Intocáveis", pois seria até mesmo uma covardia. Assim o que temos aqui é apenas um filme morno, com poucos momentos realmente memoráveis. Ainda tentando reencontrar o velho caminho, aquele que homenageava e ao mesmo tempo se inspirava na obra do mestre Alfred Hitchcock, tudo o que De Palma encontrou foi mesmo o marasmo e o tédio. Realmente a história não funciona. O clima de filme tedioso logo se impõe e o espectador perde o interesse nos acontecimentos. No final de tudo o que se salva mesmo é a beleza da atriz Rebecca Romijn, mas isso, vamos ser sinceros, não tem nada a ver com bom cinema ou qualidades puramente cinematográficas desse diretor que um dia chegou a ser realmente genial.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de março de 2020
Dolittle
Esse novo filme procura ser mais fiel ao personagem original, por isso toda a história é passada na era vitoriana. Isso deu uma direção de arte (design de produção) de primeira linha para o filme. Tecnicamente é um daqueles filmes bem bonitos de se assistir, com computação gráfica perfeita. Os animais estão todos lá. Aquele clima de obra infantil, para libertar a imaginação das crianças, também está presente. Afinal são animais falantes, coisa que os pequenos adoram. Pena que esqueceram de escrever um roteiro melhor. Tudo soa genérico e sem graça. É um filme bonito, sem dúvida, mas igualmente sem alma.
Robert Downey Jr não encontrou o tom certo para sua atuação. Ela vai soar bem esquisito para as crianças (que afinal de contas é o público alvo desse filme). O ator tem tendência a soar caricato, mesmo em outros filmes. Aqui ele perdeu a linha completamente. Ficou até mesmo estranho, esquisito, bizarro mesmo. O desastre só não é completo por causa de um detalhe técnico do filme. Ele acabou sendo salvo pela galeria de animais que o cerca, como um urso polar, uma girafa, um gorila, etc. As crianças vão prestar mais atenção nesses bichos digitais do que no protagonista. Outro aspecto que me chamou a atenção foi a edição. Parece que o filme foi cortado meio às pressas, para não ultrapassar uma hora de meia de duração (para não cansar a criançada). Isso deu uma rapidez nada interessante ao filme. Parece mais pressa de terminar do que qualquer outra coisa. Enfim, temos aqui um filme que não agradou muito nem o público e nem muito menos a crítica. Não foi dessa vez que acertaram nessa adaptação.
Dolittle (Dolittle, Estados Unidos, Inglaterra, China, 2020) Direção: Stephen Gaghan / Roteiro: Stephen Gaghan, Dan Gregor, baseados na obra de Hugh Lofting / Elenco: Robert Downey Jr, Antonio Banderas, Michael Sheen, Emma Thompson, Ralph Fiennes / Sinopse: O Dr. John Dolittle (Robert Downey Jr) decide se isolar do mundo após a morte de sua esposa. Seu isolamento é interrompido quando a rainha manda que ele vá até o palácio. Ela está morrendo de uma doença misteriosa. Dolittle, que tem a capacidade de falar com os animais, descobre que ela foi envenenada. Assim ele parte em uma grande aventura em busca do fruto da árvore do Éden, que salvará a vida da monarca.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de outubro de 2019
Jogo Entre Ladrões
Bom, considerei um filme bem na média. É uma fita rápida, com pouco mais de 90 minutos de duração. Não se perde muito tempo tentando desenvolver os personagens principais. Tudo é posto com uma relativa pressa em meu ponto de vista. Há uma ou outra cena mais sensual entre Banderas e a linda atriz australiana Radha Mitchell (uma tremenda gata!) com cenas moderadas de nudez e sexo, mas fora disso tudo se concentra mesmo nos preparativos do roubo e na execução final dos planos. Nessas cenas do roubo propriamente dito é que está o calcanhar de Aquiles desse filme pois não vi nada de muito original ou criativo. Fica na média mesmo, mais do mesmo. Teria sido interessante ao roteiro desenvolver melhor a história das joias, como elas foram feitas, etc, mas como já escrevi o filme foi feito mesmo para ser algo rápido, sem delongas. No geral é apenas mediano. Uma dessas produções de roubos mirabolantes que apenas cumpre tabela, sendo de rotina. Nada espetacular ou memorável. Dá para assistir... e é só!
Jogo Entre Ladrões (Thick as Thieves, Estados Unidos, 2009) Direção: Mimi Leder / Roteiro: Ted Humphrey / Elenco: Morgan Freeman, Antonio Banderas, Radha Mitchell, Robert Forster, Rade Serbedzija / Sinopse: Dois ladrões profissionais unem forças para roubar as joias da dinastia Romanov, peças históricas e de grande valor no mercado negro. O problema vai ser superar o mais moderno sistema de segurança do cofre onde elas se encontram.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Assassinos
Título Original: Assassins
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Donner
Roteiro: Andy Wachowski
Elenco: Sylvester Stallone, Antonio Banderas, Julianne Moore, Muse Watson, Steve Kahan, Reed Diamond
Sinopse:
Robert Rath (Stallone) é um veterano assassino profissional que agora deseja abandonar essa "profissão" de uma vez por todas. Só que um outro assassino chamado Miguel Bain (Banderas) quer ter a fama de matar o grande hitman do passado.
Comentários:
Filme que não fez sucesso nas bilheterias, apesar dos nomes envolvidos. Veja, fazia tempo que Sylvester Stallone queria trabalhar ao lado do diretor Richard Donner. O cineasta havia criado a franquia de grande sucesso "Máquina Mortífera", além de ter dirigido filmes do Superman e outros sucessos no cinema. Era um especialista no gênero ação. Nada mais natural de que um dira iria trabalhar ao lado de Stallone, o mais famoso astro dos action movies. Infelizmente algo deu errado. Talvez a dupla ao lado de Antonio Banderas não tenha agradado ao público. O latino estava mais associado a outros estilos de filmes. Seu vilão parece muito caricato. O roteiro também foi considerado genérico e sem novidades. Até a boa atriz Julianne Moore parece deslocada dentro do filme. O interessante é que esse enredo, se formos pensar bem, poderia fazer parte até mesmo do roteiro de um velho faroeste. Afinal eram nos antigos filmes desse gênero que havia bastante essa situação do novo pistoleiro tentando matar o pistoleiro mais veterano para assumir parte de sua fama. Nessa nova releitura, mais moderna, surgem alguns bons duelos e até uma boa fotografia, porém nada muito além disso. Olhando em retrospectiva é um dos mais medianos filmes de Richard Donner.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de julho de 2019
Frida
Título Original: Frida
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Canadá, México
Estúdio: Handprint Entertainment, Lions Gate Films
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Hayden Herrera, Clancy Sigal
Elenco: Salma Hayek, Alfred Molina, Geoffrey Rush, Antonio Banderas, Diego Luna, Edward Norton
Sinopse:
Cinebiografia da pintora mexicana Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón (1907 - 1954). Sua vida, suas lutas e o amor pela arte são mostradas nessa requintada produção. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Música Original (Elliot Goldenthal) e Melhor Maquiagem.
Comentários:
Em poucas palavras esse foi o filme da vida da atriz Salma Hayek. Em termos gerais ela nunca havia feito nada tão relevante antes e nem depois desse filme. É o seu auge, seu ápice, um pico que ela provavelmente nunca mais vai escalar. Chegou inclusive a ser indicada ao Oscar, era considerada uma das favoritas, mas não venceu. Mais uma injustiça da academia em meu ponto de vista. Ela está perfeita como Frida Kahlo, uma figura importante na história da arte e das conquistas femininas na história. Poucos poderiam inclusive dizer que Salma teria tanto talento para interpretar uma personagem histórica tão complexa, mas o fato inegável é que ela conseguiu e se consagrou no papel. Além de muito bem produzido o filme ainda contou com um elenco de apoio excepcional, contando com o melhor que Hollywood tinha em termos de atores "ibéricos" como Alfred Molina, Antonio Banderas e Diego Luna. O estúdio se deu ao luxo até de contratar Edward Norton como o milionário Nelson Rockefeller. Coisa que poucos filmes conseguiram ter em seu elenco. Enfim, ótimo filme que resgata a importante história da artista Frida. Se você gosta de história da arte não deixe de assistir.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 9 de maio de 2019
A Máscara do Zorro
Título Original: The Mask of Zorro
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Ted Elliott
Elenco: Antonio Banderas, Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones
Sinopse:
Após passar décadas defendendo os injustiçados e oprimidos da Califórnia sob domínio espanhol no século XIX, o velho veterano Don Diego de la Vega (Anthony Hopkins) decide passar o seu legado de Zorro para um jovem chamado Alejandro Murrieta (Antonio Banderas), uma transição complicada já que embora seja um ótimo espadachim, sua personalidade é muito diferente da do Zorro original. Filme indicado aos Oscars de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Apesar do bom elenco, da produção caprichada e do roteiro que muitas vezes valoriza o aspecto mais fanfarrão do personagem, jamais consegui gostar plenamente dessa nova franquia envolvendo o lendário Zorro. A ideia de revitalizar o espadachim mais famoso do cinema partiu de Steven Spielberg em pessoa. Durante muito tempo ele realmente teve a intenção de dirigir o filme, o que fez com que nomes importantes como Anthony Hopkins assinassem contrato para participar do filme. O projeto porém parecia nunca ir em frente, sendo sucessivamente adiado ao longo de três anos. Na última hora porém Spielberg desistiu da empreitada. Ele alegou que estava com a agenda cheia demais, envolvido com dois outros filmes e que por essa razão seria impossível dirigir um terceiro. Resolveu então escolher o diretor Martin Campbell para dirigir o filme. Depois de assistir o resultado final penso que Spielberg realmente caiu fora por causa do fraco argumento e do tom mais farsesco que esse roteiro abraça. Em poucas palavras ele não quis assinar esse projeto. Realmente há muitos problemas, alguns deles impossíveis de se ignorar. A começar pelo elenco. Definitivamente Antonio Banderas exagerou nas caras e bocas, estragando com isso o próprio personagem Zorro que em sua atuação acabou virando um bufão, um retrato desbotado dos grandes atores que deram vida ao Zorro no passado. Ele parece estar convencido que faz parte de uma comédia pastelão! No meio de tantas escolhas equivocadas apenas a presença de Hopkins, como o Don Diego de la Vega original, já envelhecido e aposentado, e a beleza de Catherine Zeta-Jones salvam o filme do desastre completo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2019
O Amante
O ciúme começa a envenenar sua mente. Após passar dias obcecado, tentando romper a senha, ele finalmente consegue. Dentro da pasta muitas fotos da esposa com o amante, em hotéis, viagens de barco e algumas delas até mesmo de intimidades com o amante. Todas as suas suspeitas são confirmadas e da pior maneira possível! A sua cabeça explode de vez! Por 12 anos a esposa que ele considerava perfeita o traiu com um amante!
Então o marido decide rastrear tudo do caso. Encontra o nome e o endereço do amante e vai até ele. Esse personagem é interpretado pelo "latin lover" Antonio Banderas, que não demora a se mostrar como um grande cafajeste, explorador de mulheres. O plano do marido traído passa a ser de vingança, de matá-lo, mas seria essa a melhor opção? "O Amante" não deixa de ser um filme interessante, que mexe com os instintos masculinos mais primitivos. O homem que descobre ter sido traído por longos anos faz aflorar seus sentimentos mais violentos. É um enredo de basicamente apenas três personagens, o marido, a esposa e o amante. Filme curto que vai direto ao ponto. Poderia ter tido um final mais visceral, porém os roteiristas optaram por algo mais sensato. Afinal não seria bom plantar ideias erradas nas mentes daqueles que viveram a mesma situação do filme.
O Amante (The Other Man, Estados Unidos, 2008) Direção: Richard Eyre / Roteiro: Richard Eyre, Charles Wood / Elenco: Liam Neeson, Antonio Banderas, Laura Linney / Sinopse: Homem que pensava ter o melhor e mais perfeito casamento do mundo descobre que sua esposa teve um amante por longos 12 anos! Obcecado com a traição, ele decide ir atrás do amante, para conhecê-lo, descobrir o que levou sua esposa a trai-lo e talvez matá-lo para lavar sua honra com sangue!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de junho de 2018
A Máscara do Zorro
Título Original: The Mask of Zorro
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Ted Elliott
Elenco: Antonio Banderas, Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones
Sinopse:
Após passar décadas defendendo os injustiçados e oprimidos da Califórnia sob domínio espanhol no século XIX, o velho veterano Don Diego de la Vega (Anthony Hopkins) decide passar o seu legado de Zorro para um jovem chamado Alejandro Murrieta (Antonio Banderas), uma transição complicada já que embora seja um ótimo espadachim, sua personalidade é muito diferente da do Zorro original. Filme indicado aos Oscars de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Apesar do bom elenco, da produção caprichada e do roteiro que muitas vezes valoriza o aspecto mais fanfarrão do personagem, jamais consegui gostar plenamente dessa nova franquia envolvendo o lendário Zorro. A ideia de revitalizar o espadachim mais famoso do cinema partiu de Steven Spielberg em pessoa. Durante muito tempo ele realmente teve a intenção de dirigir o filme, o que fez com que nomes importantes como Anthony Hopkins assinassem contrato para participar do filme. O projeto porém parecia nunca ir em frente, sendo sucessivamente adiado ao longo de três anos. Na última hora porém Spielberg desistiu da empreitada. Ele alegou que estava com a agenda cheia demais, envolvido com dois outros filmes e que por essa razão seria impossível dirigir um terceiro. Resolveu então escolher o diretor Martin Campbell para dirigir o filme. Depois de assistir o resultado final penso que Spielberg realmente caiu fora por causa do fraco argumento e do tom mais farsesco que esse roteiro abraça. Em poucas palavras ele não quis assinar esse projeto. Realmente há muitos problemas, alguns deles impossíveis de se ignorar. A começar pelo elenco. Definitivamente Antonio Banderas exagerou nas caras e bocas, estragando com isso o próprio personagem Zorro que em sua atuação acabou virando um bufão, um retrato desbotado dos grandes atores que deram vida ao Zorro no passado. Ele parece estar convencido que faz parte de uma comédia pastelão! No meio de tantas escolhas equivocadas apenas a presença de Hopkins, como o Don Diego de la Vega original, já envelhecido e aposentado, e a beleza de Catherine Zeta-Jones salvam o filme do desastre completo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
O Corpo
Título Original: The Body
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Pictures
Direção: Jonas McCord
Roteiro: Jonas McCord
Elenco: Antonio Banderas, Olivia Williams, John Shrapnel, Derek Jacobi, Jason Flemyng, John Wood
Sinopse:
Durante uma escavação arqueológica em Israel, restos mortais são encontrados. Eles datam do século I e mostram sinais de que o homem cujos ossos lhe pertenceram foi crucificado pelos romanos, que na época dominavam a região. Seria o corpo de Jesus de Nazaré? Assim que a descoberta é anunciada começa uma grande conspiração para encobrir tudo.
Comentários:
A premissa é até muito interessante, mas infelizmente o filme nunca decola. Muitos vão pegar certas semelhanças entre a trama desse filme e os livros escritos por Dan Brown, em especial "O Código Da Vinci" que foi lançado justamente dois anos depois. Plágio? Não chega a tanto, embora o feeling seja exatamente o mesmo. Velhas lendas do passado que vão ganhando ares de verdade histórica com as descobertas da arqueologia moderna. Claro que tudo não passa de pseudociência, sendo apenas cultura pop (para alguns, mera bobagem), porém quando bem escritas até que divertem. Pena que esse "The Body" falha justamente nesse aspecto. Como simples cultura pop não consegue divertir e nem se mostrar muito inteligente do ponto de vista histórico. Os buracos no roteiro estão em toda parte, o que acaba comprometendo o resultado final. Já sob uma análise puramente cinematográfica a única coisa que se destaca é o conjunto das belas locações, pois o filme foi todo rodado em Jerusalém, com belas tomadas de cena na milenar cidade de Israel. A cidade eterna, Roma, também surge espetacular na tela, com suas belas igrejas e monumentos igualmente seculares. Assim a fotografia acabou salvando o filme do desastre completo. Fora isso, nada de muito relevante para a sétima arte.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Segurança em Risco
Um filme de ação até bem OK! Antonio Banderas nem é o tipo de ator que você iria esperar encontrar em uma fita como essa. Está mais para Stallone ou Bruce Willis. Afinal ele nunca foi um ator especializado em produções como essa. Porém até que não se saiu mal. Barbudo, com cara de poucos amigos, o espanhol até que segura bem as pontas. Outro nome do elenco que ajuda bastante nesse filme - que inegavelmente tem um roteiro bem básico - é o premiado Ben Kingsley. Ele interpreta o vilão, com olhares psicopatas... numa atuação que chega até mesmo a ser divertida. Ben é uma espécie de "operário padrão" do cinema. Faz um filme atrás do outro, sem pausas na carreira. Mesmo com quase 140 filmes no currículo não parece disposto a se aposentar. Prestes a completar 75 anos de idade é de uma capacidade de trabalho de invejar muita gente jovem por aí! Sua atuação acaba sendo a melhor coisa dessa fita de ação sem maiores novidades, que a despeito disso, pode vir a divertir em uma noite sem ter nada mais de interessante a assistir.
Segurança em Risco (Security, Estados Unidos, 2017) Direção: Alain Desrochers / Roteiro: Tony Mosher, John Sullivan / Elenco: Antonio Banderas, Ben Kingsley, Liam McIntyre / Sinopse: Ex-capitão do exército americano trabalhando como segurança noturno em um shopping center precisa evitar que uma quadrilha de assassinos entre no estabelecimento em que trabalha. Eles querem matar uma jovem que irá testemunhar contra um criminoso internacional.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de agosto de 2017
Borboleta Negra
Agora, para retribuir o favor, Paul resolve dar uma mão ao sujeito. Mais do que isso, o convida para ir em sua casa, tomar um banho, descansar um pouco. Só que Paul nem desconfia que Jack pode ser um homem bem perigoso. Se ouvisse as notícias que circulam na região, sobre um violento serial killer, teria mais consciência da armadilha que estaria se metendo. Falar mais seria estragar as surpresas do roteiro, que aliás usa e abusa de reviravoltas. Para se ter uma ideia com dez minutos de seu final a trama tem uma grande reviravolta, dessas de deixar todos com o queixo caído. E não fica por aí. No minuto final, mais uma enorme reviravolta! Penso que apesar de todas essas surpresas serem até bem boladas, não era necessário tanta montanha russa. Mesmo assim a diversão estará garantida. A dupla central é muito boa. Tudo bem que acreditar que Antonio Banderas seja um intelectual em crise seja um pouco demais, porém tudo é compensado pela boa atuação de Jonathan Rhys Meyers. Ele está bem magro e com aspecto ameaçador. O ator teve recentes problemas com drogas, o que acabou, mesmo de forma indireta, ajudando em seu trabalho. Então é isso, um bom thriller de suspense que faria até mesmo Stephen King assinar embaixo.
Borboleta Negra (Black Butterfly, Estados Unidos, Espanha, 2017) Direção: Brian Goodman / Roteiro: Marc Frydman, Justin Stanley / Elenco: Antonio Banderas, Jonathan Rhys Meyers, Piper Perabo / Sinopse: Escritor em crise, dominado pelo alcoolismo, entra em uma armadilha mortal ao resolver dar carona a um andarilho das estradas que conheceu em um bar local. O sujeito logo o joga em uma situação de vida e morte dentro de uma cabana perdida no meio do nada. Filme indicado ao Madrid International Film Festival.
Pablo Aluísio.