quinta-feira, 6 de junho de 2024
Assassinos da Lua das Flores
quinta-feira, 9 de novembro de 2023
Amor por Acidente
quinta-feira, 2 de março de 2023
A Baleia
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
Crash - No Limite
Título Original: Crash
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Paul Haggis
Roteiro: Paul Haggis, Bobby Moresco(s
Elenco: Don Cheadle, Matt Dillon, Sandra Bullock, Ryan Phillippe, Brendan Fraser, Karina Arroyave
Sinopse:
Diversos personagens, todos moradores da cidade de Los Angeles, passam pelos problemas da vida cotidiana. Nessa ampla galeria encontramos uma esposa com problemas no casamento, policiais que precisam lidar com a violência da cidade grande e o stress de uma vida sem limites. Filme premiado no Oscar nas categorias de melhor filme, roteiro original e edição.
Comentários:
Assisti no cinema, na época de seu lançamento original. Considero um bom filme, com a maioria das cenas rodadas pelas noites violentas e estafantes de Los Angeles. O roteiro vai mostrando a vida de todos os personagens, para que depois, de uma maneira ou outra, seus destinos se cruzem em uma das rodovias da cidade. O hype foi intenso quando esse filme chegou no Brasil. Os críticos se debruçaram em linhas e mais linhas de elogios exagerados. A expectativa ficou lá em cima, mas como quase sempre acontece, o filme não era tudo o que diziam dele. Não me interpretem mal, não considero um filme ruim, longe disso, só que exageraram um pouco na dose quando escreveram sobre ele. E definitivamente foi bom para a carreira de alguns atores, entre eles Matt Dillon, que ganhou uma surpreendente indicação ao Oscar e Sandra Bullock, que estava em busca de maior reconhecimento por seu talento de atriz. Então é isso. Bom filme, só não espere por algo grandioso.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
Looney Tunes - De Volta à Ação
Título Original: Looney Tunes - Back in Action
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joe Dante, Eric Goldberg
Roteiro: Larry Doyle
Elenco: Brendan Fraser, Steve Martin, Timothy Dalton, Heather Locklear, Joan Cusack, Roger Corman
Sinopse:
Os Looney Tunes procuram o pai desaparecido de um homem e o mítico diamante Blue Monkey, que vale uma verdadeira fortuna, milhões de dólares. Filme indicado ao Annie Awards, o Oscar da animação, em diversas categorias, entre elas a de melhor animação produzida para o cinema.
Comentários:
Em seu lançamento original essa animação foi encarada como uma espécie de sequência de "Space Jam: O Jogo do Século". Bom, não era bem isso. Se o primeiro filme apresentava celebridades como o jogador de basquete Michael Jordan, esse aqui não tinha nenhum grande nome para atrair o público aos cinemas. Só tinha mesmo a galeria dos famosos personagens de desenhos animados como o Pernalonga, o Patolino, o Papa-Léguas, o Diabo-da-Tasmânia, etc. Aliás havia mais "celebridades" animadas do que um grande elenco em carne e osso. Joe Dante sempre foi um diretor excelente nesse tipo de produção, mas aqui ficou um pouco no controle remoto. O que deixou essa animação um pouco mais chata foi a presença do ator Brendan Fraser, sempre muito cansativo. Nem Steve Martin, usando uma esquisita caracterização, conseguiu melhorar o filme como um todo. Sinceramente é melhor rever os divertidos antigos desenhos animados clássicos da Warner dos anos 50 e 60, do que ver esse longa-metragem turbinado de efeitos digitais para o cinema.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
O Americano Tranqüilo
Título Original: The Quiet American
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Michael Caine, Brendan Fraser, Rade Serbedzija, Holmes Osborne,Thi Hai Yen Do, Ferdinand Hoang
Sinopse:
Com roteiro baseado na obra literária escrita por Graham Greene, o filme "O Americano Tranquilo" conta a história de amor envolvendo um velho jornalista inglês e um jovem médico que disputam entre si o afeto de uma bela mulher vietnamita. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor ator (Michael Caine).
Comentários:
Quem primeiro se interessou em levar uma adaptação ao cinema desse livro foi Marlon Brando. Ele chegou inclusive a comprar os direitos do livro. Ele se identificava pessoalmente com o enredo, colocando um americano perdidamente apaixonado por uma oriental. Como se sabe todas as esposas de Brando eram estrangeiras, orientais. Pois bem, depois de alguns anos ele vendeu esses direitos e a Miramax os comprou. Essa companhia cinematográfica acertou em duas escolhas para esse filme, mas errou em uma. Acertou na bela produção, no investimento sem cortes, o que resultou em um filme muito bonito de se ver, com ótima fotografia. Acertou também em escolher Michael Caine para interpretar o personagem britânico. Sua atuação foi tão boa que ele foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro naquele ano. Porém os executivos erraram em escalar Brendan Fraser para o papel do jovem médico americano que vai até um Vietnã prestes a explodir em um grande conflito armado. Fraser é fraco demais para convencer. Foi uma jogada comercial para atrair mais público, mas que acabou prejudicando demais o filme. Escolhas certas, escolhas erradas. No meio de tudo pelo menos o filme saiu com dignidade, até porque a direção precisa de Phillip Noyce não deixou o filme cair no desastre que muitos esperavam.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de julho de 2017
O Retorno da Múmia
Título Original: The Mummy Returns
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, Dwayne Johnson, John Hannah, Aharon Ipalé, Alun Armstrong
Sinopse:
A múmia do antigo faraó Imhotep é levada do Egito para Londres. Exposto no museu, o velho corpo do monarca novamente se levanta de seu leito de morte milenar, começando uma nova onda de violência e terror. Caberá ao explorador e aventureiro Rick O'Connell (Fraser) eliminar essa nova ameaça.
Comentários:
Sequência de "A Múmia". Antes de qualquer coisa é importante explicar que esse não é obviamente o novo filme de Tom Cruise e nem tampouco o filme original, clássico do terror. Essa era uma outra franquia dos anos 90, uma tentativa da Universal em revitalizar os seus antigos monstros do passado (algo que a Universal quer fazer de novo agora, provando que o estúdio está há anos sofrendo de falta de novas ideias!). Pois bem, eu sempre vi esses filmes do Brendan Fraser como paródias ou galhofas que juntava tudo em um só pacote, com os antigos filmes servindo de inspiração para esse novo modelo, que tinha também uma nova roupagem tirada da série Indiana Jones. Claro que se no filme de Spielberg tudo era levado mais à sério, aqui logo se opta pelo humor. O personagem de Fraser é basicamente um bobão, embora com momentos de herói. Essa mistura sempre me incomodou. É tudo muito chatinho. Os efeitos especiais são ótimos, excelentes, mas também gratuitos. Vale como uma Sessão da Tarde muito, muito descompromissada. É um filme pipoca Made in Hollywood, com tudo de ruim e bom que isso venha a significar. Só lamento mesmo a presença da talentosa Rachel Weisz. Ela sempre foi uma ótima atriz... e aqui fica perdida em um filme com péssimo roteiro. Uma pena. Então é isso. No geral é um filme para se assistir e jogar fora, como um fast food qualquer, um copo de refrigerante ou o saco de pipoca que no final da sessão você deixa na lata de lixo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Deuses e Monstros
Título Original: Gods and Monsters
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Bill Condon
Roteiro: Bill Condon
Elenco: Ian McKellen, Brendan Fraser, Lynn Redgrave, Lolita Davidovich
Sinopse:
O filme mostra os últimos dias de vida de um famoso diretor de cinema do passado. Embora ignorado pelas novas gerações o cineasta James Whale (Ian McKellen) teve seus dias de glória e sucesso em Hollywood na década de 1930, principalmente ao dirigir o clássico Frankenstein (1931). Agora, envelhecido e esquecido, ele enfrenta os maiores desafios de sua existência: o abandono e a solidão! Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (Ian McKellen) e Melhor Atriz Coadjuvante (Lynn Redgrave). Premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado (Bill Condon).
Comentários:
Que belo filme! Para um cinéfilo nada poderia ser mais poético e cativante. O roteiro, que venceu o Oscar merecidamente, foi inspirado no livro escrito por Christopher Bram, onde se misturam fatos reais com pura ficção romanceada. O excelente Ian McKellen interpreta o diretor de cinema de terror James Whale em sua velhice. Aquele que havia dirigido um dos maiores filmes de terror de todos os tempos agora se encontrava enfrentando os desafios da velhice. Ele vive ao lado de uma governanta de personalidade forte, interpretada pela talentosa atriz Lynn Redgrave (que igualmente foi indicado ao Oscar). O filme se passa durante os anos 1950, em plena Guerra da Coreia, e mostra a amizade que o diretor acabou desenvolvendo com seu próprio jardineiro, um veterano de guerra que tenta sobreviver de volta ao lar. A aproximação inicialmente apresenta fortes conotações homossexuais, já que o velho cineasta era gay, mas depois caminha para uma amizade sincera entre ambos. O filme tem vários momentos tocantes, principalmente pelo fato do protagonista ser um velho homossexual que precisa lidar agora com a passagem dos anos e a solidão. Certa vez assistindo a um documentário sobre um lar de repouso de artistas aposentados em Los Angeles vi um antigo astro do passado, agora longe das telas, lembrando que as pessoas continuam a viver, mesmo após o fim da fama. É algo muito triste para um artista quando as luzes dos palcos e dos sets de cinema se apagam para sempre. O roteiro desse filme explora justamente esse aspecto. É uma bela obra cinematográfica, digna realmente de aplausos.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de outubro de 2015
A Múmia
Título Original: The Mummy
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers, Lloyd Fonvielle
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah
Sinopse:
Egito, 1923. Um grupo de pesquisadores e arqueólogos descobrem uma tumba que estava há mais de três mil anos enterrada sob as areias escaldantes do deserto. O que eles não sabem é que sarcófago guarda a múmia de Imhotep, um sacerdote amaldiçoado do Egito que deseja ganhar a vida novamente.
Comentários:
O primeiro filme era charmoso, um clássico dos anos 1930 que conquistava pelas boas ideias e direção de arte inspirada. Pois bem, o tempo passa, os filmes de Indiana Jones se tornam enormes sucessos de bilheteria e então o que era para ser o remake de um filme de terror virou um caldeirão de misturas, onde se tenta realizar uma aventura com o sabor de Indiana Jones e seres sobrenaturais, tudo amparado em uma overdose de efeitos digitais de última geração. E para completar o que já era bem equivocado ainda inventaram de escalar o ator fanfarrão Brendan Fraser para liderar o elenco. O resultado? Uma panqueca indigesta que certamente não agradou aos fãs de terror e nem muito menos os fãs veteranos do Dr. Indy. No geral o que temos aqui é uma tentativa de ganhar o público apenas pela proliferação de efeitos especiais e nada mais. O roteiro, atuação e argumento se tornam meros coadjuvantes. O pior é saber que a coisa toda, pois mais picareta que seja, conseguiu gerar uma bilheteria e tanto a ponto inclusive de dar origem a novos filmes! Todos aliás seguindo a mesma receita requentada. Durma-se com um barulho desses.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 7 de abril de 2015
Com Mérito
O resultado é fraco, nada marcante. Joe Pesci é aquele tipo de humorista que precisa de alguém para lhe dar alguns freios, caso contrário a coisa desanda. Ele aqui está particularmente irritante, com aquela sua voz característica, bem fina, que dói nos ouvidos. Fraser, por outro lado, não convence como um estudante de Harvard por causa de sua cara de bobão. Ora, essa universidade é uma das mais concorridas do sistema educacional americano, integrante da Ivy League, quem vai se convencer que um idiota desses conseguiu entrar em seus concorridos quadros? Tem que ser muito bobo para cair nesse conto da carochinha, não é mesmo?
Com Mérito (With Honors, Estados Unidos, 1993) Direção: Alek Keshishian / Roteiro: William Mastrosimone / Elenco: Joe Pesci, Brendan Fraser, Moira Kelly, Patrick Dempsey. / Sinopse: Um estudante de Harvard se aproxima de um morador de rua. Um sujeito que parece ser muito inteligente, mas que também lhe traz muitos problemas. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("I'll Remember" de Madonna).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
O Que Será de Nozes?
Título Original: The Nut Job
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Canadá, Coréia do Sul
Estúdio: Gulfstream Pictures
Direção: Peter Lepeniotis
Roteiro: Lorne Cameron, Peter Lepeniotis,
Elenco: Will Arnett, Brendan Fraser, Liam Neeson, Katherine Heigl
Sinopse:
Surly (Will Arnett) é um esquilo esperto, mas individualista, que após uma confusão com um carrinho em seu parque acaba ocasionando a destruição de todo o depósito de comida dos bichinhos da região onde mora. Banido do parque ele precisa agora se virar na cidade grande, algo que não será nada fácil. Filme indicado ao prêmio da Canadian Cinema Editors Awards na categoria melhor edição em animação.
Comentários:
Essa pequena animação, uma produção conjunta entre três países - Estados Unidos, Canadá e Coréia do Sul - surpreende não por sua qualidade técnica ou pelo roteiro, mas sim pelo quarteto de astros do cinema americano que reuniu! Imagine ouvir dublando os esquilos esse grupo de atores e atrizes populares de Hollywood, a começar pelos comediantes Will Arnett (bastante conhecido nos Estados Unidos pelo programa Saturday Night Live), Brendan Fraser (nosso velho conhecido da franquia "A Múmia" e tantos outros filmes). Completando temos o herói de ação Liam Neeson (complicado entender o que estaria fazendo aqui) e Katherine Heigl (estrela de Grey´s Anatomy, tentando se agarrar ao cinema após alguns fracassos em seu gênero preferido, a das comédias românticas). Alguns observadores mais cínicos poderia até dizer que todos eles estão de alguma forma em declínio na carreira, mas isso seria apenas parte da verdade uma vez que participar de animações no mercado americano não é sinônimo de decadência artística. De uma forma ou outra, se concentrando apenas no filme em si, temos que chamar a atenção para o fato de que não é das animações mais inspiradas ou talentosas. O traço lembra animações tradicionais mais antigas, embora tenha sido realizado por computação gráfica. No geral o resultado final se mostra apenas mediano.
Pablo Aluísio.
sábado, 17 de agosto de 2013
Crônicas de uma Loja de Penhores
Esse "Crônicas de uma Loja de Penhores" me surpreendeu de forma bem positiva. O roteiro, usando e abusando do chamado humor negro, mostra um grupo de personagens em momentos chaves de suas vidas. A melhor das três estorias é a do cover de Elvis, interpretado por Brendan Fraser. Ele se sai muito bem interpretando uma verdadeira caricatura do cantor real. Sem tirar sua roupa de palco em nenhum momento ele percebe que as coisas andam muito mal quando não consegue nem trocar um ingresso de sua apresentação por um cafezinho numa pequena lanchonete de beira de estrada. Sua garota também o deixa no meio da estrada, cansada de tantos shows em lugares vagabundos. O fato de todos o confundirem com um mágico ou uma imitação do Liberace torna tudo ainda mais divertido e engraçado. O conto sobre o anel roubado conta com dois bons atores, Matt Dillon (interpretando Richard, o marido em busca de sua esposa desaparecida) e Elijah Wood (como um pervertido que trata as mulheres como objetos em seu grande rancho). Até Paul Walker, conhecido ator de filmes de ação, se sai bem ao fazer um dos viciados chapados que tentam cometer um roubo pra lá de desastrado. Enfim, recomendo sem receios esse filme. É divertido, irônico e mantém a atenção do começo ao fim. Vale realmente a pena.
Crônicas de uma Loja de Penhores (Pawn Shop Chronicles, Estados Unidos, 2013) Direção: Wayne Kramer / Roteiro: Adam Minarovich / Elenco: Paul Walker, Brendan Fraser, Elijah Wood, Matt Dilon, Vincent D'Onofrio / Sinopse: Uma pequena loja de penhores no sul dos EUA se torna o elo de ligação de três contos passados na região.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de agosto de 2013
O Negociador
Depois de estrelar blockbusters como "A Múmia" o ator Brendan Fraser volta aos cinemas nessa despretensiosa comédia que usa um tema policial sério (a tomada de reféns, assaltos, etc) para fazer um pouco de graça. O resultado como era de se esperar é bem irregular. O filme usa não apenas de humor mas também de um certo dramalhão ao colocar os destinos do sequestrador e do refém no mesmo caminho, apelando por algo que teria acontecido no passado de ambos. "O Negociador" é uma produção britânica que tem sido vendido nos EUA como um filme de ação. Não se trata disso. Claro que há tiroteios e alguns momentos mais agitados mas o filme vai mesmo pelo lado mais leve e sem maiores consequências de uma comédia que pretende ser divertida. Até que com um pouco de boa vontade dá para se divertir, embora o saldo final seja mesmo bem mediano.
O Negociador (Whole Lotta Sole / Stand Off, Inglaterra, 2011) Direção: Terry George / Roteiro: Thomas Gallagher / Elenco: Brendan Fraser, Colm Meaney, Martin McCann / Sinopse: Após um assalto mal sucedido um jovem ladrão invade uma loja de antiguidades tomando todas as pessoas lá dentro como reféns.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de junho de 2012
Decisões Extremas
Existe uma certa tradição nos EUA de telefilmes que mostram pessoas enfrentando graves problemas de saúde. São os conhecidos "filmes de doença". Esse aqui não nega sua origem - produzido pelo canal aberto CBS e pelo próprio astro Harrison Ford, o filme foca a luta de um pai, Jonh Crowley (Brendan Fraser), em busca de tratamento para dois de seus filhos que sofrem de uma doença rara de origem genética que ataca o sistema muscular das crianças. Em sua busca ele acaba conhecendo o pesquisador Dr Robert Stonehill (Ford) que tenta sintetizar uma enzima que irá evitar a morte daqueles que sofrem desse mal. O roteiro obviamente aproveita o fato real que por si só já por demais dramático (crianças em estado terminal) para obviamente exagerar no melodrama (afinal quem não irá sensibilizar com esse tipo de problema?). O que o salva de ser totalmente meloso é a interessante forma com que retrata os bastidores da indústria de pesquisas nos EUA. Tentando conciliar interesses financeiros com humanitários o argumento curiosamente coloca o personagem de Brendan Fraser como um técnico comercial da área que tem que conciliar o sucesso lucrativo da busca dessa enzima com o desespero que enfrente em sua própria casa pois seus filhos estão no limite de idade da expectativa de vida de quem sofre essa doença (9 anos de idade).
O elenco está burocrático mas na minha opinião adequado a esse tipo de produção. Harrison Ford demonstra sinais de sua idade, bocejando e se mostrando quase sempre bem irritado em cena (obviamente fazendo parte de sua personagem mas também adequado ao seu conhecido mal humor em Hollywood). Brendan Fraser deixa seu lado herói de filmes como "A Múmia" para encarnar um paizão que luta pela sobrevivência de seus filhos (e ele está bem adequado, gordinho e envelhecido aliás). Outro que nos surpreende pelos cabelos brancos é Alan Ruck, que você talvez não conheça de nome mas que irá reconhecer imediatamente ao vê-lo em cena (ele é o amigo esquisito de Mathew Broderick em "Curtinho a Vida Adoidado"); O diretor Tom Vaughan é proveniente da tv, com longa lista de telefilmes em sua filmografia o que é bem adequado para a proposta desse filme. Enfim, "Decisões Extremas" talvez seja mais indicado para quem esteja de alguma forma envolvido com o problema mostrado no filme, fora isso provavelmente vá interessar a poucos.
Decisões Extremas ((Extraordinary Measures, Estados Unidos, 2010) Direção: Tom Vaughan / Roteiro: Robert Nelson Jacobs baseado no livro de Geeta Anand / Elenco: Brendan Fraser, Keri Russell, Harrison Ford / Sinopse: Um pai e um pesquisador tentam encontrar a cura para uma rara doença genética que atinge crianças.
Pablo Aluísio.