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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

O Mundo Depois de Nós

Título no Brasil: O Mundo Depois de Nós
Título Original:  Leave the World Behind
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Sam Esmail
Roteiro: Rumaan Alam, Sam Esmail
Elenco: Julia Roberts, Mahershala Ali, Ethan Hawke, Kevin Bacon, Farrah Mackenzie, Alexis Rae Forlenza

Sinopse:
Uma típica família norte-americana decide passar o fim de semana em uma casa alugada, numa região mais afastada do stress do dia a dia das grandes cidades. Assim que chegam a internet cai e eles ficam isolados do resto do mundo e isso em um momento em que parece estar acontecendo algo grave dentro dos Estados Unidos. E para piorar surgem pessoas estranhas, que eles nunca viram antes, se dizendo ser os verdadeiros donos daquele lugar. 

Comentários:
Filme que foi lançado com destaque pela Netflix nesse final de ano. Despertou reações meio polarizadas, do tipo ame ou odeie. De minha parte achei um filme apenas morno. De ponto positivo posso citar o fato de que o roteiro mais sugere do que explica. Sinal de roteiro inteligente que não precisa ficar explicando tudo nos menores detalhes. O elenco também está, de maneira em geral, muito bem em cena, embora os personagens não sejam assim tão bem construídos e elaborados. De negativo posso dizer que a história realmente apresenta algumas falhas de lógica e mais do que isso, não demora muito e o filme cai em um  incômodo marasmo. Para quem gosta de histórias mais agitadas, com cenas de ação, não recomendaria esse filme. As coisas vão acontecendo lentamente, em seu próprio ritmo. Não é um filme que vá empolgar. E o final? Bom, eu teria algo melhor a fazer do que ver o episódio final de Friends! Essa seria uma opção um tanto boboca, mas cada um é cada um! Então é isso, um filme meramente regular que acerta ao não tentar explicar tudo, mas erra por ser muitas vezes lento demais para o ritmo dos espectadores dos dias atuais. 

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de outubro de 2023

Sleepers: A Vingança Adormecida

Título no Brasil: Sleepers: A Vingança Adormecida 
Título Original: Sleepers
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Filmed Entertainment
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Lorenzo Carcaterra, Barry Levinson
Elenco: Robert De Niro, Kevin Bacon, Brad Pitt, Dustin Hoffman, Minnie Driver, Vittorio Gassman

Sinopse:
Depois de muitos anos, quatro amigos de infância e juventude se reencontram. As lembranças se tornam dolorosas porque eles na época cometeram um crime, foram presos e brutalizados na prisão. Superar tudo no presente será um novo desafio. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (John Williams). 

Comentários:
Em 1996 um jovem astro em ascensão chamado Brad Pitt atuou em um filme com o título de "Sleepers: A Vingança Adormecida", Dirigido pelo cineasta Barry Levinson, o filme contava com um grande elenco, cheio de astros, entre eles Robert De Niro, Kevin Bacon e Dustin Hoffman. No meio de tanta gente famosa, ficou um pouco mesmo complicado se destacar. É um filme bem interessante, mostrando quatro amigos de infância que foram detidos ainda na juventude, por onde sofreram todos os tipos de abusos e agressões. Muitos anos depois se reúnem e decidem se vingar de quem os violentou no passado. O filme não fez tanto sucesso, apesar dos nomes envolvidos, mas é um dos melhores da filmografia do ator, principalmente pelo seu roteiro, muito bem escrito. Além disso foi por demais interessante para Pitt atuar com tantos nomes consagrados de Hollywood ao mesmo tempo. Como ele mesmo disse em entrevista foi um "verdadeiro aprendizado". Provavelmente não fez o sucesso devido por causa do tema pesado. De qualquer forma deixo a dica desse excelente drama dos anos 90. 

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de novembro de 2022

They / Them - O Acampamento

Nesse filme, o ator Kevin Bacon interpreta o coordenador de um acampamento. Só que não é um acampamento comum. Na realidade, é um acampamento onde jovens homossexuais que estão insatisfeitos com sua vida tentam mudar sua forma de ver a vida. Mudar sua orientação sexual. É a tal da cura gay sob um verniz mais civilizado. Vamos colocar nesses termos. Acontece que, na realidade, aquele acampamento que parece ser algo até bucólico e ligado à natureza, na verdade, foi um lugar onde no passado, vários crimes foram cometidos. E os jovens LGBTs não parecem muito empenhados em mudar sua orientação sexual. Para azar deles, também há um serial killer envolvido. Ele anda pelas sombras da Floresta, e de vez em quando mata um dos membros do acampamento. Quem poderia ser esse assassino em série? A dúvida fica no ar até a última cena do filme, como era de se esperar de um roteiro como esse.

Esse terror tem pouca coisa original e tem muita coisa copiada do passado. O roteiro é uma mistura irregular. A parte original vem do fato de que os jovens são LGBTs, que estão em um acampamento de cura gay soft. O roteiro até se esforça para desenvolver a personalidade de alguns deles. Nada muito aprofundado, apenas algo para que o público se importe quando eles estiverem em perigo. Agora, o que é realmente uma imitação barata dos filmes de terror dos anos 80 é o tal assassino mascarado com a faca. Até a máscara parece uma imitação da máscara de hockey usada por Jason na linha de filmes "Sexta-feira 13". Fica aquela sensação de que você já assistiu esse filme antes e ele era bem melhor. Assim, o que temos é um terror de mediano para fraco que não inova em quase nada. Não acho que vá satisfazer o admirador habitual de filmes de terror.

They / Them - O Acampamento (They/Them, Estados Unidos, 2022) Direção: John Logan / Roteiro: John Logan / Elenco: Kevin Bacon, Theo Germaine, Anna Chlumsky / Sinopse: Um grupo de jovens homossexuais é enviado para um acampamento sob pressão dos pais. E acabam a mercê de um perigoso assassino serial que começa a matar quem encontra pela frente.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A Grande Comédia

Título no Brasil: A Grande Comédia
Título Original: The Big Picture
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Christopher Guest
Roteiro: Michael Varhol
Elenco: Kevin Bacon, Jennifer Jason Leigh, Martin Short, Teri Hatcher, Emily Longstreth, J.T. Walsh,

Sinopse:

Nesse filme Kevin Bacon interpreta um jovem cineasta que ganha um grande prêmio por seu primeira curta-metragem. Ele então parte para realizar seu grande sonho que é dirigir um filme em longa-metragem em Hollywood. Só que logo descobre que isso vai ser mais complicado do que ele imaginava.

Comentários:

Era para ser uma grande sátira em torno dos bastidores de Hollywood, só que ficou apenas no universo das boas intenções. O personagem de Kevin Bacon, um jovem que pensava que se tornar diretor de cinema em Hollywood seria fácil após ser premiado com um prêmio importante, pode até soar interessante. Provavelmente o roteiro foi escrito através experiências pessoais. Gente que tinha esse sonho e quebrou a cara, caiu do cavalo. A partir do momento em que se corre atrás desse objetivo a vida se torna um mar de frustrações. Os produtores são picaretas, os atores uns boçais egocêntricos e as atrizes umas mulheres que só pensam em ganhar um papel, mesmo que para isso tenham que ir para a cama de cada um que lhes aparece pela frente. Uma fauna nada animadora para quem acredita na Hollywood dos sonhos e das idealizações. Enfim, um filme meio sem graça que parece ser mais divertido no papel do que realmente é. Um filme mais do que esquecível.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Sobre Meninos e Lobos

Clint Eastwood é um grande cineasta. Se você ainda tem alguma dúvida sobre o grande talento dele na direção, é bom conhecer esse excelente drama, "Mystic River" (que no Brasil recebeu o curioso título de "Sobre Meninos e Lobos"). O roteiro não é definitivamente o que aparenta ser. Na superfície temos uma investigação policial envolvendo o desaparecimento de uma jovem garota, filha de Jimmy Marcus (Sean Penn). Quando seu amigo de longa data, Sean Devine (Kevin Bacon), descobre o corpo da menina em um riacho, uma avalanche de sentimentos há muito enterrados voltam à tona, revelando traumas de infância e emoções reprimidas que explodem de forma incontrolável. Clint Eastwood, aqui trabalhando apenas como diretor, conseguiu um grande feito, extraindo maravilhosas atuações, em especial do trio central formado por Penn, Bacon e Robbins, esse último em uma das melhores atuações de toda a sua carreira. A fotografia assinada por Tom Stern também impressiona por explorar visualmente o sentimento interno de cada personagem torturado.

O romance escrito pelo autor Dennis Lehane, que deu origem ao roteiro do filme, é tão rico em nuances psicológicas que apenas um cineasta talentoso como Eastwood poderia transpor algo assim para a tela. No final das contas é uma história sobre traumas, culpas e redenção pessoal. Sem sombra de dúvida uma brilhante obra cinematográfica que vai fundo na alma humana. E coroando tudo, o filme recebeu vários prêmios. Foi vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Sean Penn) e Melhor Ator Coadjuvante (Tim Robbins). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Roteiro Adaptado, Direção e Atriz Coadjuvante (Marcia Gay Harden). Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Sean Penn) e Melhor Ator Coadjuvante (Tim Robbins). Igualmente indicado ainda nas categorias de Melhor Filme - Drama, Direção e Roteiro Adaptado.

Sobre Meninos e Lobos (Mystic River, Estados Unidos, 2003) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Brian Helgeland, Dennis Lehane / Elenco: Sean Penn, Tim Robbins, Kevin Bacon, Laurence Fishburne, Marcia Gay Harden / Sinopse: Traumas de um passado que parecia distante retornam quando o corpo de uma menina é encontrado. Ela foi vítima de um crime brutal.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de julho de 2021

O Lenhador

Há salvação para um pedófilo? Existiria redenção para um molestador de crianças? Perguntas pesadas que o roteiro desse ótimo filme tenta responder. O personagem principal, interpretado por um empenhado Kevin Bacon, é um sujeito que passou 12 anos preso por seus crimes, justamente esses de ordem sexual contra crianças. De volta à sociedade, após cumprir sua pena, ele tenta recomeçar a vida. Vai ser complicado, ainda mais depois que ele retorna para sua cidade natal, onde praticamente todos os moradores conhecem seu passado. E ele vai vivendo, um dia de cada vez, tentando reconquistar a confiança de seus parentes, conhecidos e moradores da cidade. Só que é complicado. Sempre que chega perto de alguma escola ou local com crianças todos ficam desconfiados e constrangidos com sua presença. Uma questão que nunca parece ser esquecida pelos que vivem ali naquela região.

O filme é um drama pesado que apresenta um roteiro muito bem escrito. Não poderia ser diferente por causa do tema delicado que desenvolve. Não poderia adotar inteiramente a posição de seu protagonista e nem tampouco o condenar de maneira sumária. Sobra o meio termo, demonstrando bem que existe o aspecto legal e o moral. No aspecto legal, após cumprir os anos de prisão, ele nada mais deve para o sistema judiciário. Porém do aspecto moral, por causa da natureza de seus crimes, ele estaria condenado para todo o sempre na mente das pessoas. Assista ao filme e entenda essa questão tão importante e relevante.

O Lenhador (The Woodsman, Estados Unidos, 2004) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Steven Fechter, Nicole Kassell / Elenco: Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, David Alan Grier, Benjamin Bratt / Sinopse: Um molestador de crianças retorna à sua cidade natal depois de 12 anos na prisão e tenta começar uma nova vida. E ele parece disposto a tudo para reconquistar a confiança das pessoas, apesar dos crimes terríveis que cometeu em seu passado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de abril de 2021

Você Deveria Ter Partido

Título no Brasil: Você Deveria Ter Partido
Título Original: You Should Have Left
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio:  Blumhouse Productions
Direção: David Koepp
Roteiro: David Koepp, Daniel Kehlmann
Elenco: Kevin Bacon, Amanda Seyfried, Avery Tiiu Essex, Colin Blumenau, Lowri Ann Richards, Eli Powers

Sinopse:
Um casal, prestes a entrar numa crise conjugal, decide viajar para o País de Gales para passar um mês de férias. Eles alugam uma casa bem isolada, no alto de uma colina e a partir do momento que entram nela começam a acontecer situações sem explicação, de natureza sobrenatural.

Comentários:
Mais um filme da companhia cinematográfica Blumhouse, especialista em filmes de terror. Aqui tentaram reciclar a velha história das casas mal assombradas. O problema é que esse tipo de filme só funciona bem com velhas mansões vitorianas, com aquele clima gótico que já ganha o jogo antes mesmo de surgir os acontecimentos sobrenaturais. O problema é que a casa desse filme é moderna, com arquitetura sóbria, linhas frias, sem charme, sem maiores atrativos. O roteiro tenta passar por cima disso explicando que no local onde a casa foi construída havia no passado uma velha torre, que lendas diziam ter sido construído pelo Diabo. Mesmo assim a coisa toda não se desenvolve bem. E olha que esse mesmo roteiro até tem boas ideias, como a explicação sobre o passado do personagem de Kevin Bacon e suas falhas como ser humano. Terror psicológico dos bons. Porém muito do suspense se perde por causa do cenário mesmo, que mais parece uma casa de algum yuppie de Nova Iorque. Não, sou da opinião de que filmes com casas com eventos sobrenaturais precisam ter um certo design de coisa antiga, secular e sinistra. Da maneira que fizeram esse filme muito potencial de suspense simplesmente se perdeu.

Pablo Aluísio.

Ela Vai Ter um Bebê

Título no Brasil: Ela Vai Ter um Bebê
Título Original: She's Having a Baby
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Hughes
Roteiro: John Hughes
Elenco: Kevin Bacon, Elizabeth McGovern, Alec Baldwin, James Ray, Holland Taylor, William Windom

Sinopse:
Jake Briggs (Kevin Bacon) se casa com a jovem e bela Kristy (Elizabeth McGovern). E como jovens recém-casados, eles ​​descobrem como estão despreparados estão para o futuro juntos. E as coisas se complicam ainda mais quando ela revela que está esperando um filho!

Comentários:
Depois do sucesso de "Footloose - Ritmo Quente" o ator Kevin Bacon recebeu inúmeras propostas para atuar em outros musicais dos anos 80. Só que ele decidiu que não ia cair nessa. Assim procurou por outros tipos de roteiros. Acabou firmando uma boa parceria com o diretor John Hughes, que também procurava por mudar os rumos de sua carreira. Ele foi diretor dos melhores filmes sobre adolescentes dos anos 80. Considerado um verdadeiro mestre nesse estilo ele então escreveu o roteiro desse que foi considerado seu primeiro filme sobre temas mais maduros. Seu primeiro filme adulto. O tema girava em torno de um jovem casal que tinha que lidar com os problemas envolvendo um casamento e a chegada do primeiro filho. Era baseado, de certa forma, na própria vida de Hughes. Quem curtia seus filmes mais leves, sobre jovens no ensino médio, levou um certo susto. Porém o fato é que esse é um filme muito bom, que resistiu bem ao tempo. Um dos melhores da produtiva e bem sucedida carreira do diretor. Uma bela crônica sobre jovens adultos tentando encontrar seu lugar no mundo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Tudo por Você

A história do filme, baseada em fatos reais, se passa na década de 1950. A atriz Renée Zellweger,interpreta a esposa que cansada das infidelidades do marido decide acabar com seu casamento. Ela pega seus dois filhos adolescentes, compra um carro e cai na estrada, sem rumo e sem destino, apenas procurando por um futuro melhor. E dentro de uma mentalidade da época aposta em encontrar um novo marido, já que ela não tem trabalho (e nem profissão) para sustentar a si e aos seus filhos. Nessa busca acaba encontrando diversos homens problemáticos. Desde um militar linha dura que parece não ter muito o juízo no lugar, até um mentiroso compulsivo, já casado, que tenta se casar com ela e é impedido no último momento por sua esposa. Um galeria de horrores do sexo masculino.

O pior é que a personagem de Renée Zellweger nunca foi uma boa mãe, nunca foi presente na vida dos filhos. Na estrada eles finalmente acabam desenvolvendo um relacionamento emocional completo, com as idas e vindas da mãe fora dos padrões. O mais interessante nesse filme é que ele conta na verdade a história da família do ator George Hamilton (que inclusive é um dos produtores do filme). Ele quis na verdade imortalizar a história da própria mãe que passou por diversas dificuldades antes de ir parar em Los Angeles, cidade onde a família finalmente encontrou um meio de vida para sobreviver. Justamente a carreira de George que desde muito jovem começou a fazer filmes em Hollywood.

Com uma excelente produção, ótima reconstituição de época, o filme só erra mesmo com o número de filhos. Na realidade eram três jovens e não dois, como mostrado aqui. Os roteiristas decidiram que seria melhor para contar a história do filme. Não faz mal, ainda assim "Tudo por Você" é um bom resgate de um tempo que ficou no passado, mas que deixou saudades em muita gente que viveu aquela época. E para quem gosta dos filmes de George Hamilton e seu eterno bronzeado, fica a dica dessa colorida produção que conta parte importante de sua história.

Tudo por Você (My One and Only, Estados Unidos, 2009) Direção: Richard Loncraine / Roteiro: Charlie Peters / Elenco: Renée Zellweger, Kevin Bacon, Logan Lerman, Mark Rendall / Sinopse: Depois de sofrer todos os tipos de traição por parte do marido músico, jovem esposa decide pegar os dois filhos adolescentes e ir embora, procurando por um novo destino em sua vida. Filme premiado no Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O Dia do Atentado

Inicialmente não estava com muita vontade de assistir a esse filme. Como muitas pessoas que acompanharam os fatos na época do atentado em Boston, fiquei com a sensação de que o assunto já estava saturado. Foi algo marcante, mas assistir a um filme sobre isso não me animava muito. Porém como o filme estreou no Brasil nessa semana resolvi dar um voto de confiança ao diretor Peter Berg e ao ator Mark Wahlberg e resolvi conferir o filme. Olha, devo dizer que fui completamente surpreendido (mais uma vez!). O filme é muito bom, diria até mesmo excelente.

Sem perder tempo com bobagens o roteiro vai direto ao ponto. Em poucos minutos somos apresentados ao protagonista, o oficial da polícia de Boston Tommy Saunders (Mark Wahlberg) e em trinta minutos as cartas já estão na mesa. O atentado é cometido na maratona de Boston e começam as investigações para descobrir quem seria o autor daquele crime terrível. É a tal coisa, nem considero esse tipo de informação como spoiler porque os eventos reais são amplamente conhecidos pelo público. A não ser que você more na Coreia do Norte certamente sabe do que se trata a história do filme e como se deu seus principais desdobramentos - diria até mesmo seu final, como tudo acaba. É algo notório.

Isso porém passa longe de ser o mais importante aqui. O que realmente importa é a preciosa direção do cineasta Peter Berg que deu um dinamismo acima da média ao filme. Embora tenha mais de duas horas de duração, esse é aquele tipo de filme que você nem percebe que o tempo está passando. O elenco também está muito bem escolhido. Mark Wahlberg vem crescendo bastante na carreira. De astro chocho e sem graça ele vem conquistando cada vez mais espaço com bons filmes. Ele parece saber muito bem onde atuar. Suas escolhas andam certeiras nesse aspecto. Kevin Bacon, como o agente do FBI, também acertou em cheio. Ele tem uma participação bem pontual, mas igualmente importante.

E por falar em pequenas, mas preciosas atuações, o que podemos dizer do sargento interpretado por  J.K. Simmons? Ele começa surgindo apenas em pequenos momentos até entrar pra valer na cena que considero a melhor de todo o filme, quando a polícia de Boston encurrala o carro dos terroristas numa rua residencial suburbana da cidade. Excelente sequência, com trocas de tiros face a face! Enfim, falar mais seria estragar surpresas. Tudo o que você precisa saber mesmo no final é que "O Dia do Atentado" é um dos melhores filmes de 2017. Muito, muito bom!

O Dia do Atentado (Patriots Day, Estados Unidos, 2016) Direção: Peter Berg / Roteiro: Peter Berg, Matt Cook / Elenco: Mark Wahlberg, Kevin Bacon,  John Godman, J.K. Simmons, Michelle Monaghan/ Sinopse: Oficial do Departamento de Polícia de Boston é designado para participar da segurança da maratona anual da cidade. Inicialmente ele fica bem contrariado de ter que trabalhar naquele dia, em um serviço que ele considera de rotina. Tudo muda dramaticamente quando um atentado é cometido bem na linha de chegada da maratona, levando Boston a entrar em um situação de segurança nacional contra atentados terroristas. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Garotas Selvagens

Título no Brasil: Garotas Selvagens
Título Original: Wild Things
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Mandalay Entertainment
Direção: John McNaughton
Roteiro: Stephen Peters
Elenco: Kevin Bacon, Matt Dillon, Neve Campbell, Denise Richards, Theresa Russell, Robert Wagner, Bill Murray
  
Sinopse:
O professor Sam Lombardo (Matt Dillon) é detido, acusado de ter estuprado uma aluna, Kelly Van Ryan (Denise Richards), de uma tradicional família da Flórida. O detetive Ray Duquette (Kevin Bacon) começa então a investigar o caso e encontra furos e histórias mal contadas. Mesmo com a testemunha de Suzie Toller (Neve Campbell), outra aluna, de origem humilde, ele acredita que a verdade não está com a versão que as garotas contam.

Comentários:
Nunca gostei muito desse filme, isso apesar de contar com um ótimo elenco, uma mistura esperta entre veteranos e estrelas jovens em ascensão. A tentativa de tornar tudo sensual em uma história de cobiça, luxuria e traição, só funciona em termos. Quando tudo desanda para a (quase) vulgaridade, o filme se perde bastante. É um filme curioso também porque foi produzido pelo ator Kevin Bacon que usou seu prestígio pessoal e amizades no meio cinematográfico para trazer gente como Robert Wagner e Bill Murray em pequenas pontas. Também foi o filme que transformou as gatinhas adolescentes Neve Campbell e Denise Richards em musas sensuais para os jovens dos anos 90. Pena que nenhuma delas acabou fazendo uma carreira mais consistente nos anos que viriam. Pelo visto, como costumava dizer John Lennon, um rostinho bonito só dura alguns anos, depois se não tiver talento dramático real a carreira entra em pane, levando todas elas para um ostracismo. Então é isso, hoje em dia "Wild Things" já nem parece mais tão selvagem, embora na época de seu lançamento tenha chamado bastante a atenção. Revisto, vale como mera curiosidade.

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de janeiro de 2017

No Embalo da América

Título no Brasil: No Embalo da América
Título Original: Telling Lies in America
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Banner Entertainment
Direção: Guy Ferland
Roteiro: Joe Eszterhas
Elenco: Kevin Bacon, Brad Renfro, Maximilian Schell
  
Sinopse:
O filme conta a estória do imigrante Karchy (Brad Renfro) que deixa seu país natal, a Hungria, e se muda para os Estados Unidos durante a década de 1960. Lá ele conhece um novo mundo, uma nova cultura. Aos poucos vai se enturmando no novo lar. Sua vida muda porém quando conhece o DJ Billy Magic (Kevin Bacon) que promove eventos e concursos de canto, música e dança. Filme premiado pelo National Board of Review.

Comentários:
Sempre vi essa produção como uma tentativa do ator Kevin Bacon em repetir o sucesso do musical "Footloose". Dito isso é bom saber que o filme realmente não é grande coisa. Tem uma estorinha meio derivativa, quase boba, e algumas músicas pelo menos interessantes na trilha sonora. É um filme independente baseado em parte na história do próprio escritor Joe Eszterhas, também um imigrante que foi tentar "fazer a América". De certa forma, se tivesse seguido mais à risca a história real o filme poderia ser mais interessante, porém como ele é parte ficcional, não se pode esperar por nada muito espetacular. Curiosamente o roteiro só conseguiu ser filmado por causa do ator veterano Maximilian Schell. Ele comprou os direitos da adaptação e praticamente bancou de forma independente a produção do filme. Não era necessário tanto esforço, já que "Telling Lies in America" passa longe de ser uma obra prima ou algo que o valha. Embora tenha uma bonita direção de arte, com boa reconstituição de época, com todos aqueles carrões do modelo rabo de peixe dos anos 60, o roteiro deixa um pouco a desejar. Nada é muito dramático ou forte. Tudo soa meio plástico e vazio. No geral é apenas levemente divertido, nada muito acima da média. Para os fãs de Kevin Bacon (apenas para eles, é bom frisar) porém até que pode ser interessante. Mesmo assim não vá esperando por nada muito marcante ou fenomenal.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

A Escuridão

Uma família vai até o Grand Canyon para fazer turismo. Uma vez lá o garoto Michael (David Mazouz) acaba encontrando algumas pedras antigas, provavelmente de origem indígena. Sem pensar muito sobre o que descobriu acaba levando elas para casa. Seu pai Peter Taylor (Kevin Bacon) e sua mãe Bronny (Radha Mitchell) logo percebem que há algo de errado. Barulhos, sombras e um ataque na cama da irmã de Michael mostram que a casa está assombrada por alguma força maligna e sinistra que eles não conseguem compreender. "The Darkness" é um novo filme de terror que está chegando ao mercado. O roteiro é até interessante porque foge um pouco do lugar comum. O pequeno Michael sofre de autismo e conforme somos informados durante o filme ele acaba se tornando um imã para espíritos perdidos e torturados.

Na verdade o garoto leva para casa sem saber antigas pedras rituais, usadas para aprisionar espíritos indígenas pertencentes a uma antiga civilização chamada Anastasi. Esse era um povo místico e muito espiritualizado que sumiu sem deixar rastros ou explicações. Quando essas pedras sagradas são levadas pelo jovem para sua casa os problemas começam a surgir. O filme me lembrou em alguns momentos do clássico "Poltergeist", isso porque tal como acontecia naquela produção aqui também temos assombrações com ligações nativas, dos antigos povos que povoaram a América antes da chegada dos colonizadores. É uma outra pegada, um outro tipo de espiritualidade. Dito isso, é verdade também que os roteiristas poderiam aproveitar melhor o tema. Alguns sustos são clichês e a cena final, o clímax, deixa um pouco a desejar. Os efeitos especiais e os sustos são, de certa maneira, econômicos, nada de muito exagerado ou impressionante. No geral vale por fugir um pouco do que estamos acostumados a ver, embora, como escrevi, pelo potencial poderia ser bem melhor.

A Escuridão (The Darkness, Estados Unidos, 2016) Direção: Greg McLean / Roteiro: Shayne Armstrong, Shane Krause / Elenco: Kevin Bacon, Radha Mitchell, David Mazouz / Sinopse: Uma família passa a ser assombrada por espíritos malignos antigos pertencentes à antiga civilização Anastasi. Para ajudá-los nessa verdadeira batalha espiritual eles resolvem contactar uma velha curandeira mexicana que promete limpar sua casa do mal que lá se instalou.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de novembro de 2015

O Rio Selvagem

Um dos mais diferenciados filmes da carreira da grande Meryl Streep. Já percebi que ela, de tempos em tempos, procura realizar filmes menos pretensiosos, com menos cara de Oscar. Provavelmente faça esse tipo de coisa para não virar uma atriz que só possa trabalhar em filmes importantes, com tramas edificantes e roteiros épicos! Até Meryl Streep precisa relaxar de vez em quando. Quando esse filme foi lançado ela afirmou que havia aceitado topar participar porque estava querendo tirar longas férias - então como o filme foi rodado numa das regiões mais bonitas de Montana (nas reservas de Kootenai River e Glacier National Park) ela percebeu que poderia unir o útil ao agradável.

O roteiro não apresenta nada demais, de certa forma temos aqui um thriller sem maiores surpresas. Vale a pena porém porque, como eu já escrevi, temos Meryl Streep em um papel diferente, mais físico do que dramático. Ao lado de Kevin Bacon ela acabou tomando belos caldos nos bonitos rios daquela região. Por ser divertido e nada Oscarizável, já está de bom tamanho. Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep) e Melhor Ator Coadjuvante (Kevin Bacon). Também indicado ao Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep). PS: como se pode perceber a Meryl pode atuar em qualquer coisa que ela sempre, mas sempre mesmo, será indicada para algum prêmio do cinema americano!

O Rio Selvagem (The River Wild, Estados Unidos, 1994) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Denis O'Neill / Elenco: Meryl Streep, Kevin Bacon, David Strathairn / Sinopse: Filme de ação explorando as perigosas corredeiras de um verdadeiro rio selvagem. Emoção, suspense e ação em cada curva do rio.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Aliança do Crime

Boston, 1975. James 'Whitey' Bulger (Johnny Depp) é um criminoso sem maior expressão do submundo de uma cidade cada vez mais dominada pela máfia italiana. Para o FBI o principal objetivo passa a ser combater o crime organizado desse grupo mafioso. Em busca de informantes nas ruas o agente do FBI John Connolly (Joel Edgerton) acaba convencendo seus superiores a colocarem Bulger na sua lista de colaboradores. Isso acaba criando uma espécie de "imunidade" informal para Bulger que começa assim a ampliar seu domínio pela cidade, principalmente após a prisão do chefe da família Angiulo. Envolvido em apostas ilegais, assassinato, tráfico de armas e de drogas, extorsão e prostituição, o gângster começa a se tornar um dos maiores chefões de todo o estado, tudo com amparo indireto do próprio FBI. Afinal o agente Connolly que o conhece desde a infância está sempre encobrindo seus atos criminosos. Para completar o seu próprio irmão, Billy Bulger (Benedict Cumberbatch), acaba se tornando um político bem sucedido, principalmente com o apoio da comunidade irlandesa de Boston. O império de Bulger porém começa a ruir quando novos agentes do Bureau passam a desconfiar de que há algo muito errado no combate ao crime naquela divisão. Inexplicavelmente, apesar de seus vários e notórios crimes, Bulger continua à solta, agindo livremente, demonstrando que nem o FBI está livre de ter em seus quadros membros envolvidos com corrupção. A história de "Aliança do Crime" foi baseada em fatos reais. O bandido interpretado por Johnny Depp foi por muitos anos um dos mais procurados criminosos dos Estados Unidos. Na verdade ele acabou se tornando o resultado de uma política equivocada por parte do FBI nas décadas de 1970 e 1980. Na tentativa de prender os principais chefões da máfia italiana a agência acabou firmando pactos não oficiais com criminosos, alguns deles de baixo escalão. Com a prisão das principais famílias mafiosas acabou se abrindo um vácuo de poder dentro do mundo do crime, sendo que foi justamente dentro desse espaço que cresceram novos chefões como James 'Whitey' Bulger.

Três coisas chamam a atenção na produção. A principal delas é a maquiagem do ator Johnny Depp. Usar forte maquiagem não é nenhuma novidade em sua carreira, aliás isso é o comum em suas atuações. No caso desse filme Depp acabou ficando quase irreconhecível. Parecendo ser bem mais velho, calvo, cabelos brancos e com dentição ruim, nem seus olhos escaparam da transformação. Surgem opacos e sem vida, retratando o estado psicológico psicopata de seu personagem. Realmente parece uma outra pessoa. Depp tentou um encontro com o verdadeiro James 'Whitey' Bulger que atualmente está cumprindo pena de prisão perpétua, mas não conseguiu. O infame criminoso não quis saber da adaptação de sua vida para as telas. Ele já está com quase 90 anos e nessa altura de sua vida não quer mais reviver velhas histórias de seu passado criminoso. O segundo aspecto a se destacar em "Aliança do Crime" é a tentativa por parte do diretor Scott Cooper (de "Coração Louco" e "Tudo por Justiça") em recriar o antigo estilo das produções sobre máfia da década de 1970. A fotografia saturada, com jeitão de filme antigo, tenta assim ressuscitar aquele clima antigo. Como ele não é Martin Scorsese ou Francis Ford Coppola, o resultado se torna apenas parcialmente bem sucedido. Faltou a Cooper melhor humanizar (ou desumanizar, dependendo do ponto de vista) seus principais personagens. A vida familiar e pessoal de Bulger, por exemplo, só é em parte bem desenvolvida. Descobrimos que ele perdeu um filho ainda muito jovem por causa de uma doença rara, porém isso não é melhor explorado. Sua esposa simplesmente desaparece a partir de determinado ponto do roteiro, sem maiores explicações. As reais motivações do agente Connolly também nunca ficam muito claras. Ele seria apenas um sujeito meio bobo e sem noção ou teria de fato interesses maiores na atuação de seu conhecido de infância, Bulger? Por fim e não menos importante, o roteiro apesar de apresentar essas falhas, até que se sai razoavelmente bem ao contar uma história que se prolonga por várias décadas. A principal referência que o espectador se lembrará será de filmes como "Os Bons Companheiros" ou "O Pagamento Final". Como Cooper porém jamais será Scorsese ou De Palma, temos assim apenas um bom filme e não uma obra prima como certamente teria acontecido caso fosse dirigido por esses mestres.

Aliança do Crime (Black Mass, Estados Unidos, Inglaterra, 2015) Direção: Scott Cooper / Roteiro: Mark Mallouk, Jez Butterworth / Elenco: Johnny Depp, Kevin Bacon, Joel Edgerton, Benedict Cumberbatch, Dakota Johnson / Sinopse: Durante a década de 1970 o criminoso James 'Whitey' Bulger (Johnny Depp) se torna informante do FBI em Boston. Ele repassa aos federais informações sobre as atividades criminosas da família mafiosa Angiulo. Com a prisão de seus membros a cidade acaba se tornando um território livre para que Bulger expanda sua rede de atividades ilegais. Jogos, apostas, prostituição, tráfico de armas, extorsão e comércio de drogas o tornam um sujeito rico e poderoso do submundo. E tudo isso contando com a preciosa ajuda do agente do próprio FBI John Connolly (Joel Edgerton). Filme vencedor do Hollywood Film Awards na categoria de Melhor Edição.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A Viatura

Título Original: Cop Car
Título no Brasil: A Viatura
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus World
Direção: Jon Watts
Roteiro: Jon Watts, Christopher D. Ford
Elenco: Kevin Bacon, Shea Whigham, James Freedson-Jackson, Hays Wellford
  
Sinopse:
Enquanto "desova" um corpo de um criminoso no meio do deserto do Colorado, o xerife Kretzer (Kevin Bacon) se vê numa situação inesperada. Enquanto joga o cadáver em um poço próximo, dois garotos, menores de dez anos, entram em seu carro patrulha e saem em disparada. Detalhe: há um homem jogado no porta-malas da viatura, um sujeito que Kretzer estava prestes a executar! Agora o policial tentará de todas as formas recuperar o veículo antes que suas atividades criminosas sejam descobertas pela polícia do condado. Filme indicado no Edinburgh International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Jon Watts).

Comentários:
Em algumas situações basta um roteiro esperto para que o diretor consiga contar uma boa história. O enredo desse filme se passa em uma só situação, com obviamente vários desdobramentos. A história é simples: o xerife corrupto de uma pequena cidade do Colorado resolve eliminar alguns criminosos que estavam em seu caminho. Ele os jogam no porta-malas de seu carro patrulha e ruma em direção ao deserto. Sua intenção é executar os dois e depois jogar os corpos em um poço esquecido no meio do nada. Enquanto dá cabo do primeiro bandido, dois garotos que estavam por ali por perto brincando, descobrem seu carro aberto, as chaves e resolvem sair dirigindo o veículo, obviamente pensando em se divertir. O problema é que o outro sujeito que o xerife queria eliminar ainda está no porta-malas da patrulha. Inicia-se então um jogo de gato e rato, com o tira tentando recuperar o carro antes que suas atividades sejam descobertas e os garotos, meio aterrorizados ainda com a situação, tentando escapar ilesos de tudo. 

Nesse meio tempo surgem cenas absurdas, de puro nonsense, com os meninos brincando com equipamentos perigosos que estavam dentro da viatura. Imagine dois garotos com pistolas, escopetas e armas pesadas, tentando dar tiros com elas, mas sem saber direito como proceder! O diretor Jon Watts é praticamente um estreante no cinema, vindo das séries de TV ele acabou filmando esse bom filme policial de humor negro (em termos) baseado em seu próprio roteiro. O resultado é muito bom, até porque Watts teve o bom senso de realizar um filme curto, o que lhe dá uma agilidade e uma eficiência no desenvolvimento dos acontecimentos, tudo sem excessos ou enrolações desnecessárias. Bacon, extremamente magro e com um bigode estranho, está muito bem caracterizado em seu personagem. Um xerife que em pouco menos de trinta minutos de duração do filme consegue violar inúmeros artigos do código penal. Um tira nada honesto e nem correto. Seu personagem é certamente uma das melhores coisas de toda a fita. 

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de abril de 2015

Sexta-Feira 13

Ontem foi Sexta-Feira 13, então me lembrei desse primeiro filme de terror de uma longa franquia, com filmes que iam do interessante ao ruim, das boas ideias ao patético. Esse primeiro filme faz parte de uma onda que varreu o cinema americano a partir dos anos 70. Antes disso os filmes no máximo investiam em cenas com mais suspense, onde a violência nunca era explícita, mas apenas sugerida. Depois os filmes de terror foram ficando mais ousados, mostrando cenas de sangue e tripas, como foi dito na época. E segundo essa tendência de violência mais explícita surgiram filmes como esse "Sexta-Feira 13".

O curioso é que nesse primeiro filme o personagem do Jason iria ser bem coadjuvante na história. Ele, no máximo, surgia como uma sombra, uma lenda que aterrorizava jovens ao lado do fogueiras no meio da noite. Estava longe de aparecer como o assassino de facão na mão e máscara de hockey na cabeça. É um filme bem mais soft do que os que viriam depois. É um bom filme? Diria que para a época estava muito bem localizado. Hoje em dia provavelmente os fãs de terror vão achar tudo um tanto datado. Afinal de contas o tempo não perdoa, nem a saga do Jason sobrevive ao passar dos anos. 

Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, Estados Unidos, 1980) Direção: Sean S. Cunningham / Roteiro: Victor Miller, Ron Kurz / Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Kevin Bacon, Jeannine Taylor / Sinopse: Um campo de verão vira palco de mortes e desespero anos depois que havia sido fechado justamente por causa de uma tragédia ocorrida em seu interior.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Paixão de Ocasião

Título no Brasil: Paixão de Ocasião
Título Original: Picture Perfect
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Glenn Gordon Caron
Roteiro: Arleen Sorkin, Paul Slansky
Elenco: Jennifer Aniston, Jay Mohr, Kevin Bacon

Sinopse:
Kate (Jennifer Aniston) trabalha no ramo publicitário, é focada, determinada e muito empenhada em crescer na empresa mas nunca é devidamente reconhecida. Seu patrão a considera jovem demais, além de pouco resolvida emocionalmente, uma vez que não tem namorado e nem um relacionamento sério. Para resolver esse impasse Kate resolve arrumar um falso noivo de aluguel, Nick (Jay Mohr), com o objetivo de impressionar seu chefe a finalmente lhe dar a tão almejada promoção.

Comentários:
O argumento é meio batido mas até que o filme é simpático. Jennifer Aniston está bem jovem nessa pequena comédia romântica que passou meio batida quando foi lançada. Nem precisa ser Phd em cinema para entender também que a fita foi realizada para aproveitar a popularidade de Aniston na série "Friends" que estava no ar, batendo recordes de audiência. Até essa época ela não tinha feito nada de importante no cinema, a não ser talvez o bem intencionado "Alma de Poeta, Olhos de Sinatra". Para quem já tinha aparecido em um trash como "O Duende" até que era uma mudança e tanto. Assim a produção se tornou uma das primeiras tentativas da atriz em colocar um pezinho na sétima arte, coisa que ela até hoje vem tentando, diga-se de passagem. No geral não há nada demais por aqui, apenas a curiosidade de ver Jennifer tentando encontrar um novo rumo em sua carreira. Para os fãs de "Friends" vale a espiada.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de março de 2015

The Following

Após longos anos preso, um serial killer perigoso chamado Joe Carroll (James Purefoy) consegue fugir da prisão onde está encarcerado matando vários guardas. De volta às ruas ele pretende completar aquilo que deixou inacabado, indo atrás de sua última vitima, uma sobrevivente de seu ataque que depôs contra ele no tribunal. Preocupado o FBI entra em contato com Ryan Hardy (Kevin Bacon), o policial que conseguiu prender o psicopata alguns anos antes. Tendo escrito um livro sobre a experiência da captura do criminoso ele é certamente a pessoa mais indicada para prever os próximos passos do foragido. Assim começa a nova série “The Following” que traz o astro de cinema Kevin Bacon estreando no mundo das séries de TV. O criador é o conhecido Kevin Williamson da franquia “Pânico”, do popular filme “Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado” e das séries de sucesso “Dawson's Creek” e “Diários de um Vampiro”. Aqui ele deixa o terror adolescente de lado para enveredar em uma temática mais adulta, revisitando o mundo dos assassinos em série.

Antes de mais nada é interessante perceber que apesar dos anos passados o filme “O Silencio dos Inocentes” continua a gerar frutos. Essa série bebe diretamente de sua fonte, inclusive na figura do psicopata, um sujeito brilhante, intelectual, astuto, que resolve matar em nome da arte – ele é obcecado pelo famoso escritor Edgar Allan Poe que reverenciava a morte como um ato de rara beleza. Até aí tudo bem, o problema é que já no episódio piloto da série temos que aceitar várias situações que soam inverossímeis demais. Só para citar um exemplo, o psicopata consegue sozinho matar três guardas em uma penitenciaria de segurança máxima para onde são enviados os piores criminosos. Depois de cometer os homicídios ele, disfarçado de guarda, sai tranquilamente da prisão pilotando o carro do agente que matou momentos antes. Complicado aceitar algo assim não é mesmo? Kevin Bacon, que interpreta um policial praticamente aposentado que volta à ativa para prender o serial killer está visivelmente abatido, cansado, talvez por seu personagem usar um marca passo. James Purefoy que interpreta o assassino em série tem uma “seita” de seguidores que o veneram e cometem atos de loucura em seu nome, como cometer suicídio dentro da própria sede do FBI (outra coisa impossível de acontecer). Em suma, “The Following” promete e até foi renovada para uma segunda temporada mas tem que colocar certos aspectos nos eixos, com melhor capricho em seus roteiros pois caso contrário vai cair na vala comum de séries americanas sem grande expressão.

The Following (Idem, EUA, 2013) Criado por: Kevin Williamson / Roteiro: Kevin Williamson / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Natalie Zea, Shawn Ashmore / Sinopse: Psicopata perigoso,  Joe Carroll (James Purefoy), foge de uma prisão de segurança máxima para ir atrás de sua última vítima que com seu depoimento o colocou atrás das grades por longos anos. Para tentar seguir os passos do psicopata o FBI chama  Ryan Hardy (Kevin Bacon), o policial responsável por sua prisão anos antes.

Episódios comentados:

The Following 1.08 - Welcome Home
Em minha opinião a série "The Following" vai, conforme vão se passando os episódios, ficando cada vez mais forçada e inverossímil. Após Joe Carroll (James Purefoy) fugir da prisão em uma operação espetacular (onde usaram até um helicóptero!), o psicopata fã de Edgar Allan Poe reencontra o filho pequeno (que aliás morre de medo dele). Também tem a oportunidade de reunir todos os seus admiradores numa bela casa de campo. Tudo parece uma maravilha mas ele ainda está insatisfeito, principalmente porque o FBI escondeu sua amada esposa. Sem pensar duas vezes manda um grupo torturar um agente do FBI para saber de seu paradeiro. Há também um novo encarregado das investigações mas ele não parece saber ainda seguir o fio da meada. Kevin Bacon não tem muito o que fazer nesse episódio mas acaba salvando a pele de seu colega no último momento. Em minha opinião Joe Carroll tem seguidores demais, nem Charles Manson conseguiria reunir tanta gente ao seu redor como ele! 

The Following 2.02 - For Joe
Pois bem, ao contrário do que se pensava o líder Joe Carroll (James Purefoy) não morreu no último episódio da temporada anterior, isso mesmo depois de estar dentro de uma cabana em chamas. Nesses primeiros episódios da segunda temporada descobrimos que ele sobreviveu (não se dá muitos detalhes sobre isso) e fugiu para o sul dos Estados Unidos para viver anônimo ao lado de uma de suas admiradoras (uma mulher mais velha que se apaixonou por ela após trocar por longos anos cartas enquanto ele esteve preso, algo mais comum do que se pensa nos Estados Unidos). Levando uma vida pacata (e também medíocre), Carroll deixa a barba crescer e tenta se tornar um perfeito caipira sulista, tomando cerveja e assistindo TV o dia todo. Seu disfarce começa a ruir justamente quando um padre surge em sua casa na hora errada, no local errado. Enquanto senta na sala o rosto de Carroll surge na tela, em um daqueles programas que exploram a vida de psicopatas. O padre logo reconhece e Joe percebe. Fim de jogo para o sacerdote. Ao matar novamente, Joe acaba sentindo todo o prazer que desfrutava em sua vida passada, o que se torna logo a porta de entrada de volta para seu movimento de seguidores, formado por jovens psicopatas. E eles estão muito bem, obrigado. Mais dispersos do que na primeira temporada, mas ainda vivos e empolgados em matar recriando os livros e poemas de Edgar Allan Poe. Nesse novo grupo se destacam dois irmãos gêmeos, ambos psicopatas, que no primeiro episódio da primeira temporada já tinham cometido um massacre do metrô. Enquanto tudo acontece Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta despistar, dizendo que não quer mais se envolver com esses malucos, mas é tudo jogo de cena. Nos bastidores ele faz de tudo para colocar as mãos nos novos seguidores de Joe Carroll. Bom episódio, valorizado por interessantes  momentos como o "jantar familiar com cadáveres" que certamente vai cair no gosto dos fãs da série. "The Following" começou meio vacilante sobre qual rumo iria seguir, mas agora podemos dizer com certeza que o caminho já foi encontrado. Apesar de algumas forçadas de barra é uma das séries mais promissoras hoje da TV americana. / The Following - For Joe (EUA, 2014) Direção: Joshua Butler / Roteiro: Kevin Williamson, Vincent Angell / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry, James Purefoy.

The Following 2.04 - Family Affair
E segue a saga do psicopata intelectual Joe Carroll (James Purefoy). Como se viu nos primeiros episódios da segunda temporada ele está vivo e agora reorganizando seu grupo de admiradores insanos. Depois de ver a filha da mulher que o acolheu, matar a própria mãe, ele parte do sul em busca de um novo esconderijo. Acaba encontrando apoio numa antiga seguidora que escapa da morte por um triz. Depois segue rumo a uma nova direção, para encontrar pessoas novas que querem seguir seus passos. Esse novo grupo é na verdade uma família, um jovem senhora herdeira de uma grande fortuna, seus dois filhos adotivos gêmeos e psicopatas e mais um pequeno grupo de seguidores fanáticos. Da velha turma apenas Emma (Valorie Curry, com visual horroroso) está de volta! Enquanto Joe vai reunindo os cacos de seu grupo, Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta seguir passos próprios, longe das autoridades. A coisa que já era bem pessoal se torna pior ainda e ele deixou o conceito de mera justiça para trás, pois o que ele quer mesmo a partir de agora é a mais pura e simples vingança pessoal contra Joe. O sucesso de audiência da série "The Following" tem feito com que seus roteiristas procurem renovar tudo, mas deixando a fórmula da primeira temporada intacta. O resultado tem se mostrado muito bom, até agora, sem sinais de desgaste. Acredito que ainda haja bastante fôlego para The Following, cuja terceira temporada está programada para estrear nos Estados Unidos em janeiro de 2015. / The Following - Family Affair (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Brett Mahoney / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.   
      
The Following 2.05 - Reflection
O episódio anterior terminou com Joe Carroll (James Purefoy) chegando em uma bela mansão para conhecer seu novo grupo de admiradores formado por Lily Gray (Connie Nielsen), seus dois filhos gêmeos adotivos e mais dois ou três admiradores de Carroll. Agora é hora de todos se conhecerem melhor. Inicialmente Joe precisa lidar com o temperamento explosivo de Emma Hill (Valorie Curry) que o condena por nunca ter lhe revelado que ainda estava vivo, escondido no Arkansas. Pedidos de desculpas aceitos, é hora de verificar o que ele pode esperar de Lily. Realmente ela é bem perturbada do ponto de vista psiquiátrico, porém com muito dinheiro logo oferece uma verdadeira câmara de torturas para que Joe posssa continuar matando com toda comodidade possível! Inicialmente Carroll se mostra ofendido por aquele "presente" porém logo seu lado psicopata se revela mais uma vez, onde matar se torna um prazer renovado! Na outra linha narrativa Ryan Hardy (Kevin Bacon) tenta descobrir por conta própria o paradeiro de Joe Carroll. Sua melhor aposta é seguir os passos de uma de suas seguidoras. Obviamente que o confronto será inevitável e bem violento para ambas as partes. Nesse episódio inclusive temos uma amostra de como Ryan está perdendo o controle pessoal em  sua busca por Carroll, chegando mesmo às raias da obsessão completa. Ele se fere em um tiroteio e acaba indo parar numa casa distante e isolada no campo. Ferido e sem condições de ter qualquer tipo de apoio acaba fazendo de refém a moradora, agindo mesmo como um fora da lei, algo impensado nos primeiros episódios da série. Kevin Williamson tem realizado um bom trabalho em "The Following" não deixando a série saturar ou estagnar, mesmo após a verdadeira "ressurreição" de Joe Carroll no começo da temporada. Assim o programa tem cada vez mais se tornado divertido e até mesmo viciante. O espectador sempre fica com vontade de saber onde isso tudo vai parar. / The Following 2.05 - Reflection (EUA, 2014) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Kevin Williamson, Lizzie Mickery / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.

The Following 2.06 - Fly Away
Cada vez mais perto de chegar até Joe Carroll (James Purefoy), Ryan Hardy (Kevin Bacon) finalmente vê chances concretas de colocar as mãos em seu inimigo visceral. Como se viu nos episódios anteriores Carroll está agora sob os cuidados de Lily Gray (Connie Nielsen) que não se contenta em apenas admirar o autor psicopata, mas também colocar todos os seus recursos à sua disposição. Para Lily o ideal seria ir embora do país, para viver em uma rica fazenda na Venezuela. A ideia inicialmente atrai Joe que promete pensar na proposta. Enquanto isso Hardy finalmente localiza o esconderijo de Carroll. Ao ter sob custódia o filho adotivo de Lily, Luke (Sam Underwood), um dos gêmeos, ele lança a proposta: entregue Carroll que ele soltará Luke! Lily entra imediatamente em desespero e resolve drogar Joe, algo que será decisivo para que ele finalmente abandone a ideia de seguir naquele ninho familiar de insanos. Nesse episódio há uma ótima sequência em cima da represa Dover. É justamente lá que ambos os lados marcam para a troca - mas será mesmo que ela acontecerá como manda o figurino? O destaque aqui vai para Luke e sua tremenda capacidade de sobrevivência. O sujeito é esfaqueado, baleado várias vezes e ainda consegue continuar de pé! Seria o filho perdido de Jason da franquia "Sexta-Feira 13"? Só o tempo dirá... / The Following 2.06 - Fly Away (EUA, 2014) Direção: Rob Seidenglanz / Roteiro: Kevin Williamson, Dewayne Darian / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.

The Following 2.07 - Sacrifice
Joe Carroll (James Purefoy) acaba saindo de uma seita de fanáticos para outra, ou quase isso. Nesse episódio Joe dá adeus à família de psicopatas de Lily Gray (Connie Nielsen) e parte junto de Emma (Valorie Curry) para outra. Ele acaba escolhendo mal seu novo destino, um grupo de fanáticos religiosos que seguem uma estranha seita isolada em uma reserva florestal dos Estados Unidos. Como toda seita o ambiente é carregado de loucuras, falsos profetas e rituais satânicos. Joe pensa que irá se dar bem no meio desses malucos, mas acaba descobrindo da pior forma possível que sim, existem pessoas mais perturbadas do que ele no mundo (por mais incrível que isso possa parecer!). Enquanto tentam sair daquela encruzilhada mortal Ryan Hardy (Kevin Bacon) dá prosseguimento para sua obsessão de colocar as mãos definitivamente em Carroll (entenda-se, enfiar um tiro em seu crânio!). Um episódio muito bom, valorizado pelo esquisito ritual em que Emma acaba sendo alvo - me lembrou até mesmo do filme "Indiana Jones e o Templo da Perdição" / The Following 2.07 - Sacrifice (EUA, 2014) Direção: Adam Davidson / Roteiro:  Kevin Williamson, Scott Reynolds / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.

The Following 2.08 - The Messenger
Joe Carroll (James Purefoy) decide ficar no meio daquela seita fanática mesmo após Emma (Valorie Curry) quase ter sido morta em um ritual maluco daquelas pessoas. O líder dos fanáticos, Micah (Jake Weber), quer que Joe lhe ajuda na eliminação de certas pessoas que ficam bem no meio do seu caminho de expansão da nova religião. Ele está preocupado pois os Estados Unidos com mais de cinco mil seitas espalhadas pelo país, se torna um território muito competitivo para se vencer. Reunindo rituais pagãos com lendas malucas sobre ufologia (Micah acredita que todos os membros de sua seita irão para um planeta próximo de Netuno após suas mortes), ele precisa de alguém que faça o serviço sujo. Para ele esse homem é justamente Carroll. Enquanto isso Ryan Hardy (Kevin Bacon) recebe um novo convite para se unir novamente ao FBI. Ele que vinha atuando como um lobo solitário, indo atrás de Carroll sozinho, resolve retornar ao seio do Bureau de investigação, já que assim também terá acesso a informações privilegiadas sobre o real paradeiro de Joe e seus seguidores loucos. / The Following 2.08 - The Messenger (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Alexi Hawley / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.

The Following 2.09 - Unmasked
Desde que Joe foi para essa seita de fanáticos a série vinha de certa forma mostrando sinais de cansaço. Eu atribuo isso a um fato simples: a tal seita foi apresentada de forma muito caricatural, sem muita profundidade e conteúdo. Muito provavelmente por essa razão os roteiristas resolveram se livrar do líder do grupo, o chatinho Micah. O que sobrou dessa decisão só saberemos nos próximos episódios, mas de antemão já é um alívio saber que a série irá deixar esse núcleo narrativo de lado. Fora isso a gracinha psicopata Emmy (Valorie Curry) e mais dois cúmplices resolvem participar de mais um banho de sangue, dessa vez numa livraria, o que rende uma boa cena, embora nada demais. No geral "The Following" tem que sair dessa fórmula de gato e rato entre Ryan e Joe para procurar por novas soluções, novos ciclos dramáticos, caso contrário vai cair de vez numa velha armadilha que ronda vários seriados, principalmente quando eles dão giros e mais giros em torno do próprio rabo, sem sair do lugar, chegando em lugar nenhum. O curioso é que foi justamente isso que aconteceu com outra série desse mesmo autor, "The Vampire Diaries". Será mesmo uma sina que acompanha todos os seriados criados por Kevin Williamson? Só nos resta aguardar para ver no que isso tudo vai dar. / The Following 2.09 - Unmasked (EUA, 2014) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Kevin Williamson, Vincent Angell/ Elenco:  Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry.

The Following 2.11 - Freedom
Essa semana a equipe e o elenco de "The Following" foram surpreendidos pela notícia que a série havia sido cancelada pela Fox. A audiência, que começou muito boa desde a estreia do programa, foi caindo, caindo, até o momento em que não havia mais como continuar. Eu já vinha percebendo que os roteiros não conseguiam mais inovar, virando pura enrolação. Segundo pesquisas internas realizadas pelo estúdio duas coisas também andavam incomodando o público: a violência extrema (com cenas gratuitas como o esfaqueamento de várias pessoas inocentes em um restaurante, por exemplo) e a incômoda sensação de que os roteiristas andavam glamourizando o personagem psicopata Joe Carroll (James Purefoy). Na segunda temporada, como todos sabemos, Joe virou uma espécie de líder religioso carismático, liderando uma seita de jovens fanáticos, que aceitam fazer tudo para engrandecer sua estranha religião. Nesse episódio em particular ele começa a exigir sacrifícios de sangue dos membros, fazendo com que uma garota mate outra no altar, com seu punhal, durante um ritual macabro. Depois os membros de sua seita vão até uma lanchonete e promovem um banho de sangue, cortando as gargantas dos pobres frequentadores do lugar. Se você estiver em busca de respostas para o fim da série certamente encontrará aqui. A violência, que antes era mais estilizada e intelectualmente justificável, parece que perdeu o rumo em "The Following", se tornando puro chamariz de audiência. Quando isso aconteceu realmente a série morreu. / The Following 2.11 - Freedom (EUA, 2014) Direção: Liz Friedlander / Roteiro: Kevin Williamson, Dewayne Darian Jones / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Shawn Ashmore, Valorie Curry.

The Following 2.12 - Betrayal
Joe Carroll (James Purefoy) começa a ser questionado dentro da seita que dominou após ter assassinado seu antigo líder. A questão é que Joe pessoalmente abomina religiões em geral e as usa apenas para controlar aquelas pessoas, determinando que elas façam o que ele lhes pede, por mais absurdas que sejam as ordens. Como bem se sabe seitas em geral são baseadas em lavagem cerebral e Joe sabe muito bem disso. Pedindo por sacrifícios de sangue ele envia seus seguidores para diversas partes da cidade, onde matam pessoas inocentes. Esse tipo de ato de barbárie acaba chamando a atenção de um pastor que resolve transformar Joe em seu novo alvo de ódio e fúria. Atacando seus métodos na TV, Joe resolve lhe aplicar um castigo, mandando os membros de sua seita irem atrás do filho do líder religioso numa fraternidade universitária, na faculdade onde estuda. A partir daí a insanidade sanguinária se instala. O roteiro desse episódio se inspirou livremente nos crimes cometidos pelo infame psicopata Ted Bundy que também matou um grupo de jovens dentro de uma fraternidade universitária durante a década de 1970. Outro ponto digno de nota surge quando Joe diz de forma sincera tudo o que acredita em relação aos pastores televisivos americanos e suas picaretagens para arrancar dinheiro de seus fiéis. A semelhança com o que anda ocorrendo no Brasil não é mera coincidência! / The Following 2.12 - Betrayal (EUA, 2013) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Lizzie Mickery / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Valorie Curry .

The Following 2.13 - The Reaping
No episódio anterior Joe Carroll (James Purefoy) conseguiu finalmente colocar as mãos no filho de um pastor televisivo que estava lhe criticando em seu programa matinal. Ele acusava Carroll de liderar uma seita satânica. Em represália Carroll, que na verdade não acredita nem em Deus e nem muito menos no diabo, resolve levar o pobre rapaz para o altar com o claro objetivo de oferecer seu sangue em sacríficio, até porque desde que assumiu o controle de sua seita ele segue o lema sempre repetido de que "Sem Sangue não há Redenção". Para sorte do jovem, o agente Ryan Hardy (Kevin Bacon) consegue se infiltrar no bando de Joe, parando o sangrento ritual, dando tiros para o alto. Localizado e preso, é então enviado para Joe, o que acaba proporcionando o melhor momento do episódio pois sempre que eles se encontram os roteiristas capricham nos diálogos. Afinal de contas dessa dualidade nasceu praticamente toda a série. Joe então começa seu longo monólogo, explicando para Ryan que ambos precisam um do outro para existir. Sem Ryan a vida de Joe ficaria totalmente sem sentido e vice versa. Ambos se alimentam de suas rivalidades. Para quem acompanha a série outro momento marcante acontece aqui, já no final, praticamente na última cena, quando a personagem psicopata Lily Gray (Connie Nielsen) finalmente parece encontrar seu destino de frente, embora pessoalmente não acredite muito numa conclusão definitiva, afinal de contas "The Following" não costuma fechar portas narrativas dessa forma, de maneira muito conclusiva. / The Following 2.13 - The Reaping (EUA, 2014) Direção: Joshua Butler / Roteiro: Kevin Williamson, Megan Martin / Elenco:  Kevin Bacon, James Purefoy, Connie Nielsen, Shawn Ashmore, Valorie Curry.

The Following 2.15 - Forgive
The Following está chegando ao clímax de sua trama, embora a série tenha mais uma temporada confirmada pela frente. Esse é o episódio final da segunda temporada. O anterior acabou com Joe Carroll (James Purefoy) fazendo um grupo de pessoas reféns em uma igreja católica. Em pouco tempo Ryan (Bacon) chega para encurralar Joe, mas tudo acaba saindo dos planos originais. Quando a tropa de elite invade o lugar ambos fogem, Ryan e Joe, em um estranho momento de colaboração entre eles. Qual é a razão? Bom, os gêmeos psicopatas estão com Claire (Natalie Zea) e a ameaçam de morte caso Ryan e Joe não se dirijam até eles. A partir daí, do momento em que eles chegam na velha mansão isolada no meio do bosque, tudo se torna um caos. Um verdadeiro banho de sangue. O mais interessante nesse episódio é que a relação entre Joe e Ryan dá uma reviravolta, de repente ambos chegam na conclusão de que precisam mesmo um do outro. Joe acaba salvando a vida de Ryan e esse por sua vez desiste de meter uma bala em Joe quando tem a chance! Quem diria que eles chegariam em momentos como esse? Bom episódio, que tenta fechar a temporada, mas que obviamente deixa pontas soltas para a terceira temporada. A dúvida que fica é se haverá ainda história para contar depois de tantas mortes. / The Following 2.15 - Forgive (EUA, 2014) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson / Elenco: Kevin Bacon, James Purefoy, Natalie Zea, Shawn Ashmore, Sam Underwood.

Terceira Temporada:

The Following 3.01 - New Blood
Tudo parece caminhar muito bem para Ryan Hardy (Kevin Bacon). O serial killer Joe Carroll (James Purefoy) está no corredor da morte. Ele está de volta definitivamente ao FBI e para completar a felicidade está novamente apaixonado. Sim, há uma sensação de que tudo está correndo bem e que o futuro promete. Porém nem tudo são flores. Durante o casamento de uma amiga, Ryan é violentamente confrontado por um estranho que se diz pai de uma jovem seguidora de Carroll, que foi morta em um tiroteio com o FBI. Para mostrar sua ira ele joga vinho tinto (simbolizando o sangue derramado de sua filha) no roste de Hardy, bem na frente de todos os demais  convidados. O agente obviamente fica abalado e no dia seguinte vai nos arquivos do Bureau para saber mais sobre a jovem morta (ele se sente culpado internamente por sequer saber o nome das vítimas da caçada insana que promoveu contra Joe Carroll e seus seguidores fanáticos em um passado recente). Para surpresa de Ryan ele descobre que o homem não disse a verdade. Durante uma visita à casa da garota para se solidarizar com os parentes e pedir desculpas, ele descobre que o sujeito que lhe jogou vinho no rosto não era quem afirmava, que ele não era o pai da garota morta. Assim ficam abertas várias possibilidades. Seria um novo grupo de loucos psicopatas tentando vingar a morte de seu amado líder agora condenado à morte ou pelo contrário seria o surgimento de um novo serial killer? Quando um casal é morto em um hotel as coisas começam a ficar mais claras para Ryan. Os cadáveres são colocados em posições que simulam seus antigos casos no FBI. Para piorar ainda mais o quadro, um velho desafeto de Ryan parece estar por trás de tudo, sim o gêmeo sobrevivente Mark (Sam Underwood) que agora começa a ter alucinações e surtos psicóticos, conversando com seu irmão morto (como vimos na temporada anterior). Ele não apenas tem longas conversações com o finado, como também acaba adquirindo sua personalidade. Um prato cheio para psicanalistas de plantão. Bom episódio, porém pouco original. Não sei para onde essa temporada seguirá, porém fica claro já aqui uma certa saturação. De qualquer maneira vou seguir em frente até o fim da série para saber onde tudo isso vai parar. / The Following 3.01 - New Blood (EUA, 2015) Direção: Marcos Siega / Roteiro: Kevin Williamson, Alexi Hawley / Elenco:  Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Sam Underwood.

The Following 3.02 - Boxed In 
"The Following" foi finalmente cancelada nos EUA depois de vários meses de boatos. A audiência já não era tão boa e os roteiros se tornaram medíocres com o passar do tempo. O que havia para contar já foi contado nas duas primeiras temporadas. É o que eu gosto de dizer, algumas histórias só possuem potencial para uma ou no máximo duas temporadas. Ir além disso é simplesmente esperar pelo cancelamento certo. Nesse episódio percebemos bem isso. Os roteiristas apelaram para um crime que mais parece ter saído de algum filme de terror gore ao estilo torture porn. Um agente do FBI é sequestrado e após sofrer inúmeras torturas tem seu corpo trucidado ao ser colocado em uma pequena caixa de metal. Algo realmente terrível. Achei um tanto desnecessário e gratuito. Kevin Williamson parece mesmo ter perdido a inspiração ou então está esgotado ao ter que dar conta de tantas séries ao mesmo tempo. "The Following" já vinha sendo criticada por alguns excessos em termos de violência e aqui mais uma vez exageraram na dose. O elenco também parece desgastado. Kevin Bacon, por exemplo, surge cada vez mais envelhecido, apático, sem ânimo. Nem na cena em que ele desaba ao saber que seu colega de FBI foi morto de forma tão bárbara empolga. Ele se limita a dar alguns chorinhos falsos e nada convincentes debaixo do chuveiro. Assim não teria mesmo como ter salvação. / The Following 3.02 - Boxed In (EUA, 2015) Direção: Rob Seidenglanz / Roteiro: Kevin Williamson, Barry O'Brien / Elenco: Kevin Bacon, Shawn Ashmore, Sam Underwood.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Assassinato em Primeiro Grau

Título no Brasil: Assassinato em Primeiro Grau
Título Original: Murder in the First
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Warner Bros
Direção: Marc Rocco
Roteiro: Dan Gordon
Elenco: Christian Slater, Kevin Bacon, Gary Oldman, William H. Macy

Sinopse:
Um adolescente de apenas 17 anos comete um pequeno roubo de uma quantia irrisória (apenas 5 dólares) mas acaba preso e condenado com uma pena pesada. Por ser indisciplinado acaba sendo levado para o "buraco", uma solitária por mais de 3 anos. Ao sair acaba demonstrando não estar bem mentalmente e acaba matando um outro preso. Agora um advogado corajoso tentará provar que os maus tratos que sofreu na prisão o enlouqueceram completamente. Filme indicado ao prêmio do Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Ator (Kevin Bacon).

Comentários:
Para quem gosta de filmes que lidam com temas mais sérios e relevantes esse "Murder in the First" é uma grande pedida. O roteiro é até simples, mas por trás dessa simplicidade se debatem aspectos importantes do sistema penal e prisional americano. Hoje em dia, com o eterno debate da maioridade penal no Brasil, o filme se torna ainda mais interessante. Até que ponto um sistema que puna um criminoso que comete um roubo de quantia irrisória é válido? E qual é a vantagem de um sistema penal que não consegue punir absolutamente ninguém como no caso Brasil? Na verdade se formos analisar friamente temos aqui uma situação de 8 ou 80. Após assistir a essa obra será impossível não parar para refletir sobre todas as nuances e detalhes dessa questão. No elenco temos um grupo maravilhoso de atores a começar pelo sempre correto e eficiente Gary Oldman. Kevin Bacon emplaca mais um bom personagem e finalmente William H. Macy praticamente quase rouba o filme dos demais. Fica assim a dica. A história de um sobrevivente de um sistema penal brutal.

Pablo Aluísio.