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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Jane Eyre

Título no Brasil: Jane Eyre - Encontro com o Amor
Título Original: Jane Eyre 
Ano de Lançamento: 1996
País: Reino Unido, Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Franco Zeffirelli
Roteiro: Charlotte Brontë, Hugh Whitemore
Elenco: William Hurt, Charlotte Gainsbourg, Anna Paquin, Geraldine Chaplin, Joséphine Serre, Nic Knight

Sinopse:
Jane Eyre, uma jovem órfã, é criada vivenciando a dura realidade de uma mulher pobre que precisa vencer na vida através de seus próprios esforços pessoais. Ela se torna professora e é contratada como empregada em Thornfield Hall, uma bela mansão administrada pela governanta Sra. Fairfax. A trama gira em torno de suas experiências nessa nova fase de sua vida.

Comentários:
Mais uma adaptação desse famoso romance. Muitas pessoas se perguntam por que existem tantas versões para o cinema desse livro. Bom, é até fácil responder a essa questão. Esse romance clássico é item de leitura obrigatório para jovens estudantes do ensino médio nos Estados Unidos e Reino Unido. Então os produtores sabem que sempre haverá mercado para mais uma adaptação, até porque muitos alunos preferem assistir a um filme do que encarar as centenas de páginas de um longo romance. Efeitos dessa nova era em que as pessoas já deixaram os livros um tanto de lado em suas vidas. De uma maneira ou outra, é inegável que essa adaptação ficou muito bem produzida, contando com um elenco muito bem escolhido, diria até acima da média. Charlotte Gainsbourg interpreta a protagonista. Sempre achei essa atriz muito talentosa e nunca vi uma atuação sua que pudesse ser qualificada como medíocre. William Hurt como Rochester é outro ponto alto do filme. Por fim ainda temos uma bela Anna Paquin interpretando a jovem Eyre. Somando todos os talentos envolvidos não poderia dar em outra coisa. É realmente uma versão muito boa desse romance. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de abril de 2022

A Filha do Rei

Eu me enganei. Quando fui assistir a esse filme pensei que iria ver um drama histórico sobre alguma peculiaridade ou curiosidade da vida do Rei Luís XIV, o Rei Sol. Nada disso. O filme na verdade se revelou ser uma fábula cinematográfica, um conto de fadas, onde a corte de Versalhes é apenas um pano de fundo interessante e nada mais. Na história temos uma filha de Luís XIV (Pierce Brosnan) que ficou por anos isolada e escondida em um convento. Quando fica adulta o Rei, tentando superar os erros de seu passado, manda trazer ela para Versalhes, onde possa conviver com a nobreza e arranjar um belo casamento com algum nobre francês. Ela é uma jovem com muita personalidade, decidida, que não vai aceitar tão facilmente um daqueles casamentos arranjados que eram tão comuns nas monarquias da Europa.

Agora, a parte da fábula. O Rei manda capturar uma sereia nos mares mais distantes. Ele está convencido que apenas a força vital de uma verdadeira sereia iria lhe proporcionar vida eterna. E seus marinheiros se lançam ao mar e são bem sucedidos em sua missão. Eles capturam mesmo uma sereia e levam ela para Versalhes, só que a filha do Rei se aproxima da mitológica criatura e decide que vai levar ela de volta ao mar, de volta à liberdade. Claro, temos aqui no roteiro a pura fantasia, assumida, sem ter vergonha de sua alma de fábula sonhadora. Assim temos um filme romântico narrado em tom de contos de fadas, indicado principalmente para as adolescentes. Para os cinéfilos ficam dois atrativos. Ver o ex-James Bond Pierce Brosnan interpretando o monarca mais exagerado da história e um sempre eficiente William Hurt em um de seus últimos trabalhos. Ele faleceu recentemente. Enfim, se você gosta de filmes nesse estilo, então aproveite. Não era bem o meu caso quando assisti a esse "A Filha do Rei".

A Filha do Rei (The King's Daughter, Estados Unidos, 2022) Direção: Sean McNamara / Roteiro: Barry Berman / Elenco: Pierce Brosnan, Kaya Scodelario, William Hurt, Benjamin Walker, Pablo Schreiber / Sinopse: Na corte do Rei francês Luís XIV (Brosnan), sua filha tenta salvar uma sereia capturada. Roteiro baseado no romance "The Moon and the Sun" de autoria de Vonda N. McIntyre.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O Reencontro

Os anos de amizade dentro de uma universidade podem ser os melhores da vida de uma pessoa. E nos Estados Unidos se tem a tradição de tempos em tempos reunir os velhos amigos, geralmente em reencontros anuais. É justamente esse o tema principal desse filme. Só que no caso da história aqui tratada não é apenas o prazer de se rever velhos amigos. Há também um elemento de tragédia. Os antigos colegas se reúnem em uma casa na Carolina do Sul. Época de férias. A questão é que um deles faleceu recentemente. Então o reencontro acaba se tornando também um momento de relembrar velhas histórias e também de se colocar sobre a mesa antigas rixas, mágoas e ressentimentos que ficaram pelo caminho por todos esses anos. O que era simples prazer ganha contornos de contas a acertar.

Filme muito bom. O diretor Lawrence Kasdan sempre foi um cineasta acima da média. Ele inclusive ficou conhecido por conseguir arrancar grandes interpretações de atores que até então eram considerados meramente medianos. Nesse filme temos alguns exemplos. Tom Berenger e Jeff Goldblum tiveram as melhores interpretações de suas carreiras. Kasdan escalou eles para atuar ao lado dos talentosos Glenn Close e William Hurt. O nível geral de atuação subiu lá para o alto. Enfim, excelente drama sobre sentimentos humanos e histórias que deveriam ter ficado no passado, mas que sempre voltam, de forma muitas vezes bem dolorida.

O Reencontro (The Big Chill, Estados Unidos, 1983) Direção: Lawrence Kasdan / Roteiro: Lawrence Kasdan, Barbara Benedek / Elenco: Glenn Close, William Hurt, Tom Berenger, Jeff Goldblum, Kevin Kline, Meg Tilly / Sinopse: Grupo de amigos dos tempos da universidade se reúne novamente em uma casa de férias na Carolina do Sul. Será o primeiro reencontro após o falecimento de um deles. Velhas mágoas e histórias doloridas vão acabar retornando.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Marcas da Violência

Eu sempre considerei o diretor David Cronenberg um ótimo cineasta. Ele sempre se saiu muito bem em filmes como "A Mosca", uma ficção de terror. mas ao mesmo tempo mostrou ter ótimo talento para filmes mais violentos, filmes de pura ação. Veja o caso desse "Marcas da Violência". O filme conta uma história interessante. Tom Stall (Viggo Mortensen) parece ser um homem comum. Ele trabalha na pequena lanchonete de uma cidadezinha. Um cara simples que não chama a atenção. Uma noite chega na lanchonete um grupo de criminosos. E eles partem para a violência contra Tom. Esse reage imediatamente e para surpresa de todo mundo manda aqueles bandidos para o inferno. Mas como isso seria possível? Ele demonstrou uma habilidade fora do comum em sua reação. Será que ele é apenas esse pacato que todos pensavam ou ele tem um passado escondendo algo a mais?

Ed Harris interpreta um cara misterioso. Cego de um olho, vestindo um terno preto, ele parece saber bem mais sobre Tom. Será que o nome dele não seria Joey? Pois é, um filme muito bom, extremamente violento, mas ao mesmo tempo com um roteiro muito bem estruturado. E o elenco é excelente também. Além de Harris como o bandido que vem acertar contas, o filme ainda apresenta William Hurt em papel secundário, mas não menos importante. Enfim, filmão, recomendado para quem gosta de filmes de ação com bons roteiros.

Marcas da Violência (A History of Violence, Estados Unidos, 2005) Direção: David Cronenberg / Roteiro: Josh Olson / Elenco: Viggo Mortensen, Ed Harris, William Hurt, Maria Bello / Sinopse: Um homem de boas maneiras torna-se um herói local por meio de um ato de violência, que gera repercussões que abala sua família e o meio social onde vive.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de maio de 2021

Viagens Alucinantes

Eu demorei alguns anos para assistir a esse filme. Embora o conhecesse, nunca havia assistido. Quando vi, fiquei impactado. É um roteiro extremo, que joga com as percepções sensoriais e psicológicas do protagonista, que resolve entrar fundo em uma experiência para descobrir os recantos mais escondidos, sombrios e obscuros da mente humana. E quais seriam os limites do cérebro humano? Haveria algum tipo de memória genética herdada dos ancestrais da raça humana?

O ator William Hurt interpreta esse cientista consagrado que decide responder a todas essas perguntas, colocando a si mesmo como cobaia de todos os experimentos. E isso dá origem a situações bizarras, como ele próprio presenciando seus membros se transformando, em algo inexplicável, braços e pernas se deformando perante seus olhos. Embora visualmente o filme tenha envelhecido um pouco, por causa dos efeitos especiais da época, o diretor Ken Russell, especialista nesse tipo de filme estranho, conseguiu um grande feito cinematográfico. Seu filme até hoje, não consegue deixar ninguém indiferente.

Viagens Alucinantes (Altered States, Estados Unidos, 1980) Direção: Ken Russell / Roteiro: Paddy Chayefsky / Elenco: William Hurt, Blair Brown, Bob Balaban, Charles Haid / Sinopse: O renomado pesquisador Eddie Jessup (William Hurt) decide realizar pesquisas sobre a mente humana e nesse processo vasculha recantos do cérebro que deveriam continuar desconhecidos pela ciência, para o próprio bem da humanidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som (Arthur Piantadosi, Les Fresholtz) e melhor música original (John Corigliano).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de março de 2021

O Beijo da Mulher-Aranha

Em grande parte do filme temos apenas dois personagens em cena. Ele são prisioneiros e estão dentro de uma cela. E são pessoas bem diferentes entre si. Valentin Arregui (Raul Julia) é um prisioneiro político. Socialista de formação, foi pego tentando passar um passaporte falso para outro companheiro de luta. Luis Molina (William Hurt) é um homossexual que seduziu um rapaz menor de idade. Acabou sendo condenado a oito anos de cadeia em uma prisão muito suja e super lotada. O filme não diz exatamente em que país eles cumprem pena, mas fica claro desde sempre que é no Brasil.

Precisando viver juntos, eles precisam superar as diferenças e acabam se tornando bem próximos. O personagem de William Hurt conta as histórias dos velhos filmes que assistiu no passado. Algumas vezes suas lembranças são deixadas de lado para a imaginação fluir e ele cria seus próprias enredos. Ele é um encarcerado, mas sua mente pode ir longe. O pior porém é que ele é levado pelo diretor da prisão a trair seu amigo de cela. Ele precisa trazer informações do preso político, saber suas conexões, uma espécie de traição sutil que vai desandar em um final trágico. Nesse aspecto o filme não nega suas origens bem teatrais pois tudo é desenvolvido em ambiente quase único, tudo fundado em ótimos diálogos.

"O Beijo da Mulher-Aranha" aliás foi o mais perto que o cinema brasileiro chegou de ganhar um Oscar. William Hurt venceu o Oscar de melhor ator naquele ano e fez uma saudação em português para o Brasil enquanto recebia o prêmio. O filme realmente é praticamente todo nacional, com elenco coadjuvante formado por atores brasileiros falando inglês e equipe técnica de nacionalidade verde e amarela. Então de fato, tirando Hurt e alguns outros profissionais estrangeiros, temos aqui um produto de nosso cinema. O resultado é dos melhores. O filme não envelheceu muito com o passar dos anos pela simples razão que é um daqueles filmes em que a atuação fica em primeiro plano. E nesse aspecto não há o que reclamar. É um belo momento do cinema brasileiro.

O Beijo da Mulher-Aranha (Kiss of the Spider Woman. Brasil, Estados Unidos, 1985) Direção: Hector Babenco / Roteiro: Manuel Puig, Leonard Schrader / Elenco: William Hurt, Raul Julia, Sônia Braga, José Lewgoy, Milton Gonçalves, Nuno Leal Maia, Fernando Torres, Herson Capri, Denise Dumont, Wilson Grey, Miguel Falabella / Sinopse: Dois prisioneiros vivem o drama de cumprir pena em uma prisão de um país da América Latina. Filme premiado com o Oscar na categoria de melhor ator (William Hurt). Também indicado nas categorias de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro adaptado.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Um Amor Verdadeiro

Título no Brasil: Um Amor Verdadeiro
Título Original: One True Thing
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Carl Franklin
Roteiro: Karen Croner
Elenco: Meryl Streep, Renée Zellweger, William Hurt, Tom Everett Scott, Lauren Graham, Nicky Katt

Sinopse:
Baseado na novela escrita por Anna Quindlen, o filme "Um Amor Verdadeiro" conta a história da jornalista Ellen Gulden (Renée Zellweger), uma mulher bem sucedida na carreira que precisa retornar à velha casa dos pais porque sua mãe Kate (Meryl Streep) está morrendo de um câncer agressivo que lhe dará poucas semanas de vida. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Meryl Streep).

Comentários:
Excelente drama que tem um elenco excepcionalmente bom. Tudo gira em torno de uma família que precisa passar seu passado a limpo por causa da mãe que está partindo. Ela foi diagnosticada com um câncer maligno. Esse papel da matriarca que se vai foi interpretada pela excelente e oscarizada Meryl Streep. Ela está graciosa e insuperável nesse personagem complicado, que apenas grandes atrizes teriam coragem de interpretar. Renée Zellweger é a filha que vê seu chão desaparecer da noite para o dia. Ele sempre teve problemas de relacionamento com sua mãe e agora precisa endireitar tudo, no pouco tempo de vida que resta dela. Um filme sensível, muito triste em diversos aspectos e ao mesmo assim grande cinema. Revendo deu saudades de um tempo em que o cinema americano investia bem mais nesses dramas edificantes da alma humana. São filmes que nos fazem crescer como seres humanos. Um espetáculo cinematográfico em todos os sentidos.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de junho de 2020

O Turista Acidental

Título no Brasil: O Turista Acidental
Título Original: The Accidental Tourist
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Frank Galati
Elenco: William Hurt, Kathleen Turner, Geena Davis, Bill Pullman, Amy Wright. David Ogden Stiers,

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Anne Tyler, o filme "O Turista Acidental" conta a história de um escritor de guias de viagem que está emocionalmente abalado e deprimido, mas que precisa seguir em frente com sua vida mesmo depois que seu filho morreu e seu casamento desmoronou.

Comentários:
Esse foi o filme mais importante da carreira do ator William Hurt. O filme concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor filme e roteiro adaptado. Levou a estatueta para casa na categoria de melhor atriz, prêmio dado a Geena Davis, quem diria... e ainda foi lembrado pela excelente trilha sonora escrita pelo maestro e mestre John Williams. E como se isso não fosse o bastante ainda foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme, no gênero drama. Ou seja, reconhecimento da crítica e dos grandes festivais de cinema, não faltou. Porém, em minha opinião, para gostar do filme mesmo você precisa estar no estado de espírito certo. Isso porque o roteiro procura seguir os passos dos sentimentos melancólicos do protagonista, que em suma é um homem deprimido, que basicamente odeia aquilo que faz, o seu trabalho. Escrever guias de viagens enquanto está arrasado por dentro, obviamente não é uma coisa fácil. Por isso voltamos ao ponto inicial. Para gostar plenamente do filme você precisa também gostar muito de William Hurt. O filme é dele, feito em cima de sua persona nas telas. É uma obra cinematográfica até mesmo fria, sem muito calor humano. Até porque em crises depressivas a mente age justamente assim, sem encotnrar calor e interesse em nenhum aspecto da vida.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Te Amarei Até te Matar

Título no Brasil: Te Amarei Até te Matar
Título Original: I Love You to Death
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: John Kostmayer
Elenco: Kevin Kline, Tracey Ullman, William Hurt, River Phoenix, Keanu Reeves, Heather Graham

Sinopse:
Joey Boca (Kevin Kline) é um cafajeste. Ele não pode ver um rabo de saia que vai atrás. Após anos de traições sistemáticas do marido, sua esposa decide se vingar e da pior maneira possível. Ela decide que ele tem que morrer, só que acaba contratando as pessoas erradas para esse "serviço".

Comentários:
Uma comédia de humor puramente negro que até hoje pode surpreender. O diretor Lawrence Kasdan aqui realizou seu trabalho mais diferente, nada parecido com nenhum outro filme que tinha dirigido antes. E para isso ele contou com um elenco realmente excepcional. Kevin Kline sempre teve um ótimo toque para o humor e aqui não decepciona. Seu personagem é um verdadeiro Jason Voorhees do mundo das comédias, sobrevivendo a todas as tentativas de mandá-lo dessa para melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista). Pensou em uma forma de matar uma pessoa? Pois é, ele escapa ileso de tudo isso. Outro aspecto curioso vem do elenco de apoio, cheio de jovens atores que iriam se transformar em astros nos anos seguintes. Basta citar os nomes de River Phoenix e Keanu Reeves para bem entender esse aspecto. River Phoenix, por exemplo, fez um de seus filmes mais divertidos. Pena que ele iria morrer precocemente, três anos depois. Enfim, um fino humor negro, embalado por um roteiro que surpreende.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de setembro de 2019

Corpos Ardentes

Título no Brasil: Corpos Ardentes
Título Original: Body Heat
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Lawrence Kasdan
Elenco: William Hurt, Kathleen Turner, Richard Crenna, Ted Danson, Mickey Rourke, J.A. Preston

Sinopse:
No meio de uma forte onda de calor da Flórida, uma mulher convence seu amante, um advogado de uma cidade pequena, a assassinar seu marido rico. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria revelação feminina do ano (Kathleen Turner). Também indicado ao BAFTA Awards.

Comentários:
Fazer um filme que misture assassinato com erotismo não é uma tarefa muito fácil, mas o diretor Lawrence Kasdan conseguiu unir esses dois elementos tão díspares em um filme realmente muito bom. Eu não tive a oportunidade de ver esse filme no cinema na época porque não tinha ainda idade por causa da classificação indicativa imposta pela censura (O Brasil ainda vivia sob regime militar). Anos depois o filme finalmente foi lançado em VHS e finalmente pude conferir. Por muito tempo a crítica chamou atenção para a atriz Kathleen Turner. No auge da beleza ela trazia uma sensualidade à flor da pele que chamava a atenção. De fato ela está muito bem, principalmente por encarnar esse modelo de personagem feminina bem conhecida como "dama fatal". Aquela mulher belíssima que vai acabar destruindo sua vida. Que tal ir até o inferno por estar perdidamente apaixonado? Assista ao filme e veja esse processo de forma até bem didática. De quebra havia ainda um elenco de apoio muito bom, contando com, entre outros, Mickey Rourke, bem jovem e já chamando a atenção por seu trabalho no filme.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Nos Bastidores da Notícia

Título no Brasil: Nos Bastidores da Notícia
Título Original: Broadcast News
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James L. Brooks
Roteiro: James L. Brooks
Elenco: William Hurt, Jack Nicholson, Albert Brooks, Holly Hunter, Joan Cusack, Robert Prosky,

Sinopse:
Em uma emissora de televisão dois jornalistas, apresentadores de jornais, começam uma briga de egos sem limites, cada um tentando aparecer e ser mais bem sucedido do que o outro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme.

Comentários:
Filme que sempre achei muito superestimado pela crítica. OK, é uma boa visão, até mordaz e cínica, sobre os bastidores do mundo da TV, mas nada muito além disso. O filme é estrelado pelo ator William Hurt, que sempre considerei um bom profissional do ramo da atuação, mas sem carisma, frio, quase sem alma em cena. Quem acabou roubando o filme no quesito elenco foi mesmo Jack Nicholson interpretando um veterano apresentador, um sujeito irascível e nada fácil de controlar. Hoje em dia o filme perdeu parte de sua força porque ficou inegavelmente datado em certas partes. Chegou a ser indicado em seu lançamento original a várias categorias do Oscar e do Globo de Ouro, mas já naquela época eu achei tudo muito exagerado. Parece que a Academia prestou mais atenção nos nomes envolvidos do que nas qualidades cinematográficas do filme em si. É o velho lobby existente em Hollywood. Assista pela presença de Jack Nicholson, que mesmo em um papel menor, conseguiu atrair todos as atenções. Tirando ele, que realmente se sobressai, o resto é bem na média, nada espetacular ou memorável.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

O Quarto Andar

Esse é daquela série "filmes que ninguém viu e se viu, já esqueceu". O roteiro propõe a ser um suspense sobre uma jovem garota chamada Jane Emelin (Juliette Lewis). Ela acaba herdando o velho apartamento de seu avô. O que parece ser algo bom, acaba se revelando um presente de grego, já que o lugar esconde segredos. O próprio avô morreu em circunstâncias misteriosas e os vizinhos parecem saber de tudo, mas nada contam. Aliás são pessoas esquisitas e estranhas, uma verdadeira fauna de tipos bizarros. O filme tem boa premissa, mas falha em desenvolver seu enredo. O que se sobressai no final das contas é o bom elenco de apoio.

William Hurt, um ator sempre correto em cena, está especialmente sinistro. E o que dizer de Shelley Duvall? Ela sempre foi muito adequada para esse tipo de personagem. A simples aparição da atriz em corredores mal iluminados já garante o susto ao espectador. Enfim, não é um suspense nota 10, mas também passa longe de ser desprezível. O filme foi esquecido, quase que completamente, mas vale a espiada. A moral da história? Nunca se mude para lugares com um passado que você desconheça.

O Quarto Andar (The 4th Floor, Estados Unidos, 1999) Direção: Josh Klausner / Roteiro: Josh Klausner / Elenco: Juliette Lewis, William Hurt, Shelley Duvall / Sinopse: Um filme com trama envolvendo mistério e morte, com final surpreendente.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Cidade das Sombras

Título no Brasil: Cidade das Sombras
Título Original: Dark City
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Alex Proyas
Roteiro: Alex Proyas
Elenco: Kiefer Sutherland, Jennifer Connelly, Rufus Sewel, William Hurt
  
Sinopse:
Vivendo em uma cidade eternamente coberta pelas sombras da noite, John Murdoch (Rufus Sewell) acorda repentinamente sem lembrar de absolutamente nada do que aconteceu. Pior do que isso, ele vira suspeito de ter cometido vários assassinatos violentos, com requintes de crueldade! Seria verdade? Ele simplesmente não sabe responder. Para o inspetor de polícia Frank Bumstead (William Hurt) ele é o culpado.

Comentários:
Esse é aquele tipo de filme com muito estilo em seu visual, cenários e direção de arte, mas sem um grande roteiro por trás de tudo. Na época de seu lançamento foi bem elogiado nos aspectos técnicos, mas também criticado por tentar ser um filme noir moderno, onde se mistura uma trama de assassinato com uma tendência neo-punk futurista. Realmente, da estória você provavelmente esquecerá em pouco tempo, porém esse estilo visual ficará em sua mente por um bom tempo. Chego até mesmo a ficar surpreso que esse filme nunca tenha inspirado as histórias em quadrinhos (se virou graphic novel, desconheço). Até porque, pense bem, o diretor e roteirista Alex Proyas usou muito da linguagem de HQs. É no fundo uma mistura de Blade Runner com velhos filmes de detetives estrelados por Robert Mitchum. Uma mistura bem estranha, ainda mais acentuada pela extrema escuridão da fotografia do filme (não é brincadeira, em muitos momentos você não vai conseguir enxergar absolutamente nada na tela!). Do elenco o ator que mais se saiu bem nos anos seguintes foi Kiefer Sutherland. Seu personagem aqui porém é apenas secundário, um médico que decide ajudar o protagonista a encontrar a verdade dos fatos. Já Jennifer Connelly está muito atraente com esse figurino escuro, sombrio, o que por si só já é bastante sensual.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Perdidos no Espaço

Título no Brasil: Perdidos no Espaço - O Filme
Título Original: Lost in Space
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: Akiva Goldsman
Elenco: Gary Oldman, William Hurt, Matt LeBlanc, Heather Graham
  
Sinopse:
A família Robinson é enviada para uma missão espacial em uma nave de última geração, mas algo sai errado e eles perdem completamente o rumo e o caminho no meio da viagem pelo universo profundo. Uma das razões que explicaria isso é a presença de um tripulante não programado, um intruso, o Dr. Zachary Smith (Gary Oldman), um sujeito nada agradável.

Comentários:
"Lost in Space" (Perdidos no Espaço) foi uma das séries mais populares dos anos 60. Misto de programa família com ficção, o programa ficou por três anos na programação, se tornando depois campeã em reprises, inclusive no Brasil. Isso obviamente acabou criando uma legião de fãs, pois os roteiros e o visual, assumidamente kitsch, tinham um apelo nostálgico irresistível. Para celebrar os 30 anos do fim da série a produtora New Line resolveu fazer esse remake homenagem nas telas de cinema. E assim como acontecia na série, quem acabou roubando todas as atenções foi o próprio Dr. Smith. Na TV esse personagem ficou imortalizado pela brilhante atuação do ator Jonathan Harris. No cinema convocaram também um ótimo ator para interpretá-lo, o premiado Gary Oldman. Uma das críticas mais recorrentes feitas a esse filme era a de que ele não tinha mais o charme e até mesmo o clima de doce fanfarronice da série dos anos 60. Penso que esse tipo de visão é um erro. Embora os personagens sejam os mesmos (inclusive com a presença do Robô, chamado na série carinhosamente de "lata de sardinha" pelo Dr. Smith), os tempos são outros. O roteiro desse filme inclusive é bem complexo em sua terça parte final, lidando com dimensões paralelas e conceitos profundos de astrofísica. Mesmo assim nada me aborreceu. No fim das contas a única coisa que lamentei foi o fato do filme não ter tido muito sucesso, o que enterrou as pretensões do estúdio em se inaugurar uma nova franquia Sci-fi no cinema.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de julho de 2016

Filhos do Silêncio

Título no Brasil: Filhos do Silêncio
Título Original: Children of a Lesser God
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Randa Haines
Roteiro: Mark Medoff, Hesper Anderson
Elenco: William Hurt, Marlee Matlin, Piper Laurie
  
Sinopse:
Baseado na peça teatral escrita por Mark Medoff, o drama "Filhos do Silêncio" narra o relacionamento entre o professor James Leeds (William Hurt) e sua aluna com necessidades especiais Sarah Norman (Marlee Matlin). A jovem é surda, tem muitos problemas de contato social com outras pessoas e carrega traumas que a martirizam muito do ponto de vista psicológico. Aos poucos porém o professor consegue vencer várias barreiras, se tornando muito próximo dela. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Marlee Matlin). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (William Hurt), Melhor Atriz Coadjuvante (Piper Laurie) e Melhor Roteiro Adaptado.

Comentários:
Esse filme foi derrotado no Oscar de Melhor Filme para "Platoon". Sempre achei isso uma injustiça. Embora o filme de Oliver Stone fosse muito bom o fato é que essa produção tinha um propósito bem maior, mais relevante, explorando em sua história as dificuldades de uma jovem com problemas de surdez. A atriz Marlee Matlin, que é deficiente auditiva na vida real, teve o desempenho de sua vida, numa interpretação que lhe valeu o Oscar. Foi mais do que merecido. Ela consegue passar inúmeras emoções e sentimentos sem precisar para isso usar de diálogos ou falas. Apenas usa suas expressões faciais, sua linguagem corporal e suas habilidades de empatia com o público. Há um aspecto em seu passado que sempre a atormentou e ela leva isso para o complexo relacionamento que desenvolve com seu próprio professor. Em suma, um enredo muito bonito, tocante e humano. Certamente vai tocar fundo nas pessoas mais sensíveis, mais sentimentais. É um dos melhores dramas dos anos 80 que de quebra ainda trouxe uma afirmação positiva sobre a vida de pessoas com algum tipo de deficiência física. Todos são humanos, todos sentem e sofrem, como qualquer outra pessoa. Esse é certamente o mais importante legado dessa bela mensagem em forma de obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Na Natureza Selvagem

Título no Brasil: Na Natureza Selvagem
Título Original: Into the Wild
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Vantage
Direção: Sean Penn
Roteiro: Sean Penn, Jon Krakauer
Elenco: Emile Hirsch, Vince Vaughn, William Hurt, Marcia Gay Harden, Catherine Keener
  
Sinopse:
O personagem principal Chris McCandless (Emile Hirsch) é um jovem que após terminar o ensino médio resolve ganhar o mundo. Pega estrada e sai pelos Estados Unidos desfrutando de uma liberdade sem limites. Seu sonho é ir para o Alasca viver de forma completamente livre na natureza selvagem. No caminho até lá ele conhece pessoas, faz amizades e se apaixona. Filme baseado em uma história real. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Música (Eddie Vedder). Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição e Melhor Ator Coadjuvante (Hal Holbrook).

Comentários:
Grande filme, um dos melhores que assisti nos últimos anos. O livro no qual o roteiro foi baseado, escrito por Jon Krakauer, foi baseado em fatos reais (embora inicialmente o espectador acabe duvidando disso, já que a história é bem incomum realmente). Chris McCandless tinha ideias bem próprias sobre a vida e o mundo. Não se sabe até hoje qual foi a razão que o fez sair pelos Estados Unidos em busca de aventuras, mas o fato é que ele foi. Sua parada final seria o Alasca, região do qual ele tinha uma visão bem especial - na verdade um pouco fora da realidade também, utópica mesmo. O fato é que ele registrou tudo em fotos e em um pequeno diário onde contou parte de sua saga de auto descobrimento. Não irei antecipar nada em termos de desfecho, mesmo sendo um filme já com mais de sete anos de seu lançamento. O que posso dizer é que Sean Penn fez um trabalho maravilhoso, sólido e muito bem desenvolvido. O final, embora trágico, veio de certa maneira coroar uma visão de vida muito singular desse rapaz americano que ousou romper com as convenções sociais em busca da sua felicidade. Por sua coragem mereceu um filme tão fantástico como esse. Obra prima.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de março de 2015

O Incrível Hulk

Algumas franquias morrem logo em seu nascimento. Foi o caso de Hulk. O primeiro filme dirigido por Ang Lee tinha grande orçamento, muito marketing e promoção, mas afundou de forma desastrosa. A culpa foi do próprio Lee que confundiu as bolas e fez um filme muito chato onde o Hulk (no fundo apenas uma variação de “O Médico e o Monstro” nas próprias palavras de seu criador, Stan Lee) tinha tediosas crises existenciais. O resultado foi horrível pois em um mesmo filme conviviam duas propostas bem diferentes - a de um filme sério tentando passar algo profundo e a de um outro, bem diverso, onde temos um monstro verde, cheio de fúria, destruindo uma cidade com muitos efeitos digitais. Ninguém gostou do resultado, nem o público, nem os fãs e muito menos o estúdio que demitiu todos os envolvidos na produção para literalmente começar do zero tudo de novo. O que era para ser o primeiro filme de uma nova franquia foi pelos ares e deveria ser esquecido. Esse "O Incrível Hulk" é a segunda tentativa de dar certo na adaptação de Bruce Banner / Hulk (Edward Norton), o famoso personagem verde dos quadrinhos. Bem melhor que o primeiro ele abraça sem pudores o universo criado por Stan Lee. Sua vocação para a aventura é um ponto mais do que positivo. Os efeitos estão bem situados dentro do enredo e os vilões são bem arquitetados. Nada como um tremendo erro anterior para consertar todos os problemas no filme seguinte.  "O Incrível Hulk" foi bem certeiro nesse aspecto em seus objetivos.

Na trama acompanhamos o cientista Bruce Banner (Edward Norton, bem à vontade) que por acidente fica exposto a altas doses de raio gama. A exposição a esse agente acaba alterando em nível celular o organismo de Banner que passa a se transformar em um imenso gigante verde, completamente irracional e irascível, que destrói tudo por onde passa. Procurando por uma cura ele vem ao Brasil em busca de ervas medicinais da flora local. Procurando por seu paradeiro o exército americano acaba descobrindo onde ele se encontra e envia agentes treinados para capturá-lo. Para sobreviver ele terá que escapar o mais rápido possível. Pela sinopse já deu para ver que parte do filme foi rodado no Brasil. As nossas favelas, sempre vistas pelos estrangeiros com espanto pelo grau de abandono das populações mais carentes, logo vira um diferencial na condução do filme. Infelizmente os clichês em relação aos latinos também estão todos lá mas não chega às raias da ofensa direta. O que vale a pena em "O Incrível Hulk" é que o espírito dos quadrinhos está em todo o filme, no roteiro, nas cenas e no argumento. Norton compõe uma boa caracterização, mostrando aquela vulnerabilidade que sempre foi a marca registrada de Bruce Banner. O cientista é geralmente retratado como um injustiçado que conta com seu alter ego monstruoso para colocar tudo nos eixos. Essa foi a essência dos quadrinhos que foi resgatada pela produção dessa película. Bom filme no final das contas. Espero que em breve ele tenha novas continuações, principalmente depois do estrondoso sucesso comercial dos Vingadores em 2012, que se tornou a maior bilheteria do ano.

O Incrível Hulk  (The Incredible Hulk, Estados Unidos, 2008) Direção: Louis Leterrier / Roteiro: Louis Leterrier baseado no personagem criado por Stan Lee / Elenco: Edward Norton, Liv Tyler, Tim Roth, William Hurt, Tim Blake Nelson, Ty Burrell, Christina Cabot, Peter Mensah, Lou Ferrigno, Paul Soles, Débora Nascimento / Sinopse: Cientista é exposto a alta doses de raios gama. Procurando por uma cura vai até o Brasil onde passa a ser perseguido pelo exército e demais serviços de inteligência do governo americano. Agora terá que escapar para sobreviver!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Vivendo na Eternidade

Título no Brasil: Vivendo na Eternidade
Título Original: Tuck Everlasting
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Jay Russell
Roteiro: Natalie Babbitt, Jeffrey Lieber
Elenco: Alexis Bledel, Jonathan Jackson, Sissy Spacek, Ben Kingsley, Amy Irving, William Hurt

Sinopse:
Winnie Foster (Alexis Bledel) é uma jovem que em suas férias no campo acaba se apaixonando por um jovem de sua idade que pertence a uma família que parece jamais envelhecer. Será que a velha lenda da fonte da juventude tem realmente algum fundo de verdade? Em breve Winnie descobrirá tudo o que se esconde por trás do mito. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Atriz (Alexis Bledel) e Melhor Atriz Coadjuvante (Sissy Spacek).

Comentários:
Filme da Disney que acabou com os anos virando um pequeno cult romântico entre os mais jovens. Duas coisas sempre me chamaram atenção nessa fita. A primeira se refere ao ótimo (ótimo mesmo!) elenco de apoio. Não é todo dia que vemos gente da categoria de Sissy Spacek, Ben Kingsley, Amy Irving e William Hurt trabalhando juntos! E o mais curioso é que não se trata de uma grande produção, feita para fazer bonito em grandes festivais de cinema mundo afora! Pelo contrário, é um filme menos pretensioso, com foco para um público jovem, fã dos produtos da Disney. Outro aspecto que merece todos os elogios vem da bonita direção de arte assinada pelo ótimo Ray Kluga. Tudo de muito bom gosto e refinamento, mostrando como se realiza um filme com doses de fantasia, romance e fábula. Tudo muito belo para sonhar com os olhos abertos. Indico especialmente para os namorados que estejam na mesma faixa etária dos personagens. Para eles haverá um sabor extra todo especial.

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de junho de 2014

Um Conto do Destino

Título no Brasil: Um Conto do Destino
Título Original: Winter's Tale
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Akiva Goldsman
Roteiro: Akiva Goldsman
Elenco: Colin Farrell, Jessica Brown Findlay, Russell Crowe, William Hurt, Will Smith, Jennifer Connelly

Sinopse:
Quando ainda era apenas um bebê, Peter Lake (Colin Farrell) é deixado à deriva no mar por seus pais, imigrantes irlandeses que são impedidos de imigrar para os Estados Unidos. Encontrado por um grupo de pescadores ele passa a ser criado por um gangster violento chamado Pearly Soames  (Russell Crowe). Anos depois decide abandonar a gangue e começa a ser caçado por seu criminoso bando. Para sua surpresa porém é salvo no último momento por um cavalo alado, com asas angelicais. Depois por acaso, em um assalto, conhece Beverly Penn (Jessica Brown Findlay), uma linda garota ruiva que está com os dias de vida contados pois sofre de tuberculose. Esse encontro mudará a vida de Peter Lake para sempre.

Comentários:
Antes de mais nada é bom saber que é um filme de complicada definição. Tem romance mas esse não é o foco principal da trama. O roteiro explora temas religiosos como a eterna luta entre anjos e demônios, mas mesmo assim também não é um filme religioso. Tem cenas de lutas e confrontos mas não se pode considerar um filme de ação. Tem um enredo lírico, quase em tom de contos de fadas, mas não é uma fábula. No final o que acaba atraindo mesmo é a originalidade, pois dificilmente você encontrará por aí algo que seja parecido. As referências bíblica começam logo nas primeiras cenas. O personagem de Peter Lake (Colin Farrell) é abandonado nas águas para ser encontrado (uma clara alusão a Moisés). Depois ele é criado por um sujeito desprezível, um chefe mafioso que se revelará um ser sobrenatural do mal (com direito a um superior bem conhecido, nada mais, nada menos, do que o próprio Lúcifer aqui encarnado em um pouco convincente Will Smith). O texto ainda explora os limites da fé, a veracidade dos milagres e até mesmo a chamada eterna juventude proveniente de algum poder mágico ou divino que nunca fica muito claro. Por se desenvolver em um universo de realismo mágico e misticismo, o roteiro vai exigir uma certa cumplicidade do espectador. Não é aquele tipo de filme que você vai gostar assim imediatamente. Tem que ir ligando os pontos calmamente, para depois criar um mosaico maior sobre a mensagem que o diretor e roteirista quis passar adiante. Com bela direção de arte, ótima trilha sonora e momentos bem cativantes, o filme é mais recomendado para pessoas com sentimentos religiosos mais acentuados. Assim depois de tanto procurar por alguma classificação poderia dizer que se trata de um romance místico, por mais estranho que isso possa parecer. Na dúvida arrisque e não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de maio de 2014

A.I. Inteligência Artificial

Título no Brasil: A.I. Inteligência Artificial
Título Original: Artificial Intelligence: AI
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Spielberg, Ian Watson e Stanley Kubrick
Elenco: Haley Joel Osment, Jude Law, William Hurt, Frances O'Connor

Sinopse:
Em um mundo futurista, uma família decide comprar um androide em forma de garoto, de última tecnologia, com inteligência artificial, para suprir a ausência de um ente querido. Vendido como um super brinquedo a campanha promocional garante que esses “Super brinquedos Duram o Verão Inteiro”. O problema é que ele dura mais do que o esperado e depois é jogado literalmente fora em um depósito de lixo onde começará uma verdadeira aventura em busca de sua verdadeira humanidade.

Comentários:
Baseado no conto "Supertoys Last All Summer Long" de Brian Aldiss, o filme era um projeto muito pessoal do grande gênio do cinema, Stanley Kubrick. Para quem havia revolucionado o cinema de ficção nas décadas de 60 e 70, as expectativas criadas em torno do filme eram as melhores possíveis. Infelizmente o diretor morreu antes de ver concluído aquele que ele considerava ser potencialmente seu melhor momento no cinema. Depois de sua morte, até como uma forma de homenagear Kubrick, Steven Spielberg resolveu levar em frente o roteiro que havia sido escrito por ele. O resultado é por demais interessante, embora passe muito longe de ser considerado um clássico Sci-fi. Há ecos no argumento que nos lembram imediatamente de "Blade Runner", com seres artificiais que sonham um dia se tornarem humanos, de corpo e alma. A visão pessimista do futuro também se faz presente, em um mundo cheio de tecnologia mas socialmente caótico e violento. Cheio de excelentes efeitos digitais, "Artificial Intelligence: AI" é em suma uma bonita homenagem de Spielberg para seu mestre.

Pablo Aluísio.