sábado, 10 de fevereiro de 2024
O Sargento Trapalhão
sábado, 2 de setembro de 2023
O Panaca
domingo, 9 de julho de 2023
A Longa Caminhada de Billy Lynn
sábado, 24 de dezembro de 2022
Um Dia de Louco
quinta-feira, 9 de setembro de 2021
O Pai da Noiva 2
O primeiro filme com Steve Martin, "O Pai da Noiva", nada mais era do que um simpático remake de um filme clássico estrelado por Spencer Tracy. Mostrava as confusões e sentimentos conflitantes que se abatia sobre um pai nas vésperas de casamento de sua única filha. Além dos enormes gastos havia ainda a triste constatação por parte do pai de que sua amada garotinha havia crescido, se casaria com um homem e sairia de casa para sempre. O filme original sempre foi considerado uma das mais cativantes produções da era de ouro de Hollywood. Embora inferior o remake com Steve Martin também era muito bom, acima da média. Tinha uma mistura de ternura e comédia que funcionava muito bem. Como fez grande sucesso o estúdio, obviamente visando lucro fácil, resolveu investir em uma sequência. Péssima decisão...
Esse "O Pai da Noiva 2" é um prato requentado que tenta contar a mesma estória duas vezes. O pior é que não contente em ser oportunista ainda exagera no tom, quebrando uma das coisas que era um dos maiores méritos do filme anterior, a sutileza e a fina elegância. Nessa continuação tudo parece bem fora do convencional, os roteiristas sem rumo a tomar resolveram até mesmo criar uma absurda história em que o sr. George Banks (Martin) se descobriria pai naquela altura de sua vida! Que grande bobagem! Até o personagem Franck Eggelhoffer (Martin Short) que tanto sucesso fez no filme anterior retorna, de forma bem gratuita aliás. O equívoco é tão claro que até mesmo a fina e elegante Diane Keaton se perde no meio de muitas caras e bocas. Em suma, não adiante perder tempo com essa continuação. Se o enredo lhe atrair de alguma forma prefira ver o clássico original com Spencer Tracy ou então o próprio filme com Steve Martin, que ainda pode ser considerado bom, acima de tudo. Esse aqui é obviamente desnecessário e equivocado.
O Pai da Noiva 2 (Father of the Bride Part II, Estados Unidos, 1995) Estúdio: Sony Pictures / Direção: Charles Shyer / Roteiro: Albert Hackett, Frances Goodrich / Elenco: Steve Martin, Diane Keaton, Martin Short / Sinopse: O Pai da noiva do primeiro filme, o Sr. Banks (Martin), descobre para sua grande surpresa que será pai novamente pois sua esposa está grávida! A paternidade tardia certamente virará sua vida de cabeça para baixo!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de agosto de 2021
Antes Só do que Mal Acompanhado
Outro aspecto digno de nota vem da boa interpretação do comediante John Candy. Eu me lembro que tive um baita susto quando soube de sua morte, ainda bem jovem (aos 43 anos de idade) em 1994. Partiu tão cedo dessa vida e nem teve a oportunidade devida para explorar todo o seu talento não apenas como comediante, mas também como ator em filmes mais sérios, como dramas. Algo a se lamentar realmente. Ao lado de Steve Martin nessa produção ele conseguiu uma bela química, uma dupla que deu muito certo em cena. E o que falar de John Hughes? Esse foi um dos cineastas mais legais que já passaram por Hollywood. Outro que deixou saudades e também partiu cedo demais.
Antes Só do que Mal Acompanhado (Planes, Trains & Automobiles, Estados Unidos, 1987) Direção: John Hughes / Roteiro: John Hughes / Elenco: Steve Martin, John Candy, Laila Robins / Sinopse: Neal Page (Steve Martin) tenta chegar de todas as formas em sua casa para os feriados, mas nada parece dar certo. Seu voo é cancelado, ele não consegue viajar de trem e tenta até mesmo alugar um carro para chegar a tempo. E acaba conhecendo um vendedor de cortinas para banheiro, um sujeito simpático que vai lhe fazer companhia nessa viagem desastrada.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
Looney Tunes - De Volta à Ação
Título Original: Looney Tunes - Back in Action
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joe Dante, Eric Goldberg
Roteiro: Larry Doyle
Elenco: Brendan Fraser, Steve Martin, Timothy Dalton, Heather Locklear, Joan Cusack, Roger Corman
Sinopse:
Os Looney Tunes procuram o pai desaparecido de um homem e o mítico diamante Blue Monkey, que vale uma verdadeira fortuna, milhões de dólares. Filme indicado ao Annie Awards, o Oscar da animação, em diversas categorias, entre elas a de melhor animação produzida para o cinema.
Comentários:
Em seu lançamento original essa animação foi encarada como uma espécie de sequência de "Space Jam: O Jogo do Século". Bom, não era bem isso. Se o primeiro filme apresentava celebridades como o jogador de basquete Michael Jordan, esse aqui não tinha nenhum grande nome para atrair o público aos cinemas. Só tinha mesmo a galeria dos famosos personagens de desenhos animados como o Pernalonga, o Patolino, o Papa-Léguas, o Diabo-da-Tasmânia, etc. Aliás havia mais "celebridades" animadas do que um grande elenco em carne e osso. Joe Dante sempre foi um diretor excelente nesse tipo de produção, mas aqui ficou um pouco no controle remoto. O que deixou essa animação um pouco mais chata foi a presença do ator Brendan Fraser, sempre muito cansativo. Nem Steve Martin, usando uma esquisita caracterização, conseguiu melhorar o filme como um todo. Sinceramente é melhor rever os divertidos antigos desenhos animados clássicos da Warner dos anos 50 e 60, do que ver esse longa-metragem turbinado de efeitos digitais para o cinema.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
Grand Canyon
Título Original: Grand Canyon
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Lawrence Kasdan, Meg Kasdan
Elenco: Kevin Kline, Steve Martin, Danny Glover, Mary-Louise Parker, Mary McDonnell, Alfre Woodard
Sinopse:
Os destinos de várias pessoas vão se entrelaçando ao longo do tempo. E a vida de cada personagem enfrenta diversas situações delicadas e imprevisíveis. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor roteiro original (Lawrence Kasdan, Meg Kasdan).
Comentários:
Esse filme não pode ser definido como uma comédia como muitas vezes vi em manuais e guias de filmes. Não é muito por essa linha. Há diversas situações ocorrendo ao mesmo tempo. Kevin Kline, por exemplo, interpreta um sujeito rico cujo carro dá problemas, bem no meio de um bairro negro, com criminosos à espreita. Acaba sendo salvo por Danny Glover, um homem com muita experiência de vida que dirige um caminhão de guincho. Já Steve Martin, aqui de barba e bem diferente, é o executivo de cinema que precisa lidar com atrizes problemáticas. E as mulheres formam a maior parte do arco narrativo do filme, mostrando desde uma jovem com problemas de depressão até uma senhora casada que encontra um bebê no meio dos arbustos de um parque. Enfim, é um filme com várias pequenas histórias que acabam se interligando de uma maneira ou outra. Poderia ser um filme de Robert Altman, mas não é. É isso sim um bom drama dirigido e roteirizado pelo competente e talentoso Lawrence Kasdan. Um bom filme dos anos 90 que anda injustamente esquecido.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
O Pai da Noiva
Título Original: Father of the Bride
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Charles Shyer
Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett
Elenco: Steve Martin, Diane Keaton, Martin Short, Kimberly Williams-Paisley, Kieran Culkin, George Newbern
Sinopse:
George Banks (Steve Martin) é aquele tipo de pai ao velho estilo. Ele sempre teve um ótimo relacionamento com a filha, mas agora ela vai se casar, o que acaba trazendo ao paizão uma série incrível de problemas e aborrecimentos com a festa e seus preparativos. Filme indicado ao MTV Movie Awards.
Comentários:
Esse filme na realidade é um remake de um antigo filme estrelado pelo ator Spencer Tracy chamado "O Papai da Noiva", lançado em 1950. Como também é uma daqueles histórias atemporais, tudo foi uma questão apenas de adaptar melhor para nossos dias. O diretor Charles Shyer sem dúvida fez um bom trabalho nessa nova versão, principalmente porque optou bastante em focar no trabalho do elenco. Steve Martin, como o pai da noiva, está excelente, embora sua caracterização fique um pouco diferente da de Spencer Tracy. Enquanto esse era durão e com voz de trovão, Martin é do tipo mais dócil, aquele tipo de pai amigo da filha, que nunca vai elevar a voz contra ela. O ator Martin Short faz um tipo muito engraçado, um desses profissionais de casamento, muito afetado e cheio de trejeitos. O choque com o personagem de Martin rende as melhores piadas e os momentos mais engraçados do filme. De resto é um filme bem "Family Friendly" que era a marca registrada das produções açucaradas da Touchstone Pictures nos anos 90.
Pablo Aluísio.
domingo, 5 de julho de 2020
O Tiro que não Saiu pela Culatra
Título Original: Parenthood
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ron Howard
Roteiro: Lowell Ganz, Babaloo Mandel
Elenco: Steve Martin, Mary Steenburgen, Dianne Wiest, Jason Robards, Rick Moranis, Tom Hulce
Sinopse:
Gil Buckman (Steve Martin) é um típico pai de família americano. Morando no meio oeste ele tenta administrar uma família numerosa, com inúmeros problemas. E quando ele começa a lidar com problemas no trabalho a coisa toda fica ainda mais delicada. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Dianne Wiest) e melhor música original ("I Love to See You Smile" de Randy Newman).
Comentários:
Esse título nacional é bizarro. Um dos piores que já foram usados. E olha que a competição é pesada, porque de títulos nacionais ruim temos uma verdadeira coleção. Deixando isso de lado temos que reconhecer que é um bom filme ao melhor estilo "family friendly". Daquela geração de comediantes saídos do programa Saturday Night live (SNL) o Steve Martin sempre foi o mais "limpinho", ou seja, sempre procurou por um humor mais inofensivo, sem palavrões, feito para toda a família. E depois que ele migrou da TV para o cinema isso ficou ainda mais acentuado. Algo muito parecido aconteceu com Ron Howard. Ele foi ator mirim e depois que cresceu se tornou um diretor bem sucedido nessa linha mais familiar. Com tantos nomes empenhados em uma carreira mais suave e familiar não poderia haver nada mais adequado do que um filme como esse, chamado originalmente em inglês Parenthood (Paternidade).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de maio de 2020
O Homem Com Dois Cérebros
Título Original: The Man with Two Brains
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Carl Reiner
Roteiro: George Gipe, Steve Martin
Elenco: Steve Martin, Kathleen Turner, David Warner, Paul Benedict, Richard Brestoff, James Cromwell
Sinopse:
Um cirurgião especialista na área cerebral se casa com uma femme fatale, fazendo sua vida virar de cabeça para baixo. As coisas ficam mais erradas quando ele se apaixona por um cérebro falante. Um situação que o Dr. Michael Hfuhruhurr (Steve Martin) jamais poderia imaginar ser possível.
Comentários:
Outro sucesso comercial de Steve Martin, aqui bem no comecinho de sua carreira no cinema. O absurdo veio do péssimo título comercial que arranjaram no Brasil, chamando o filme de "O Médico Erótico". Isso era título de pornochanchada brasileira dos anos 70 e nada tinha a ver com a proposta original dessa comédia. Aqui o diretor Carl Reiner deu para seu grupo de roteiristas um velho roteiro, dos anos 50, que tinha uma daquelas histórias absurdas que eram comuns na época em que a imaginação voava no gênero da ficção. E transformaram tudo em uma comédia dos anos 80, que ficou mais uma vez muito divertida e engraçada. Steve Martin aproveitou também para trazer aquele estilo de humor que fazia sucesso no programa SNL (Saturday Night Live) para o cinema. A combinação de todos esses fatores foi perfeita. E a piada já começa no nome do personagem de Martin, que se chama Dr. Michael Hfuhruhurr, um nome absolutamente impossível de dizer. Assim deixo a dica desse bom momento do humor dos anos 80 para quem ainda não assistiu. O tempo só deixou o filme ainda mais engraçado e até nostálgico para quem o assistiu naquele tempo.
Pablo Aluísio.
Um Espírito Baixou em Mim
Título Original: All of Me
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Carl Reiner
Roteiro: Henry Olek
Elenco: Steve Martin, Lily Tomlin, Victoria Tennant, Madolyn Smith Osborne, Richard Libertini, Dana Elcar
Sinopse:
Um milionário moribundo transfere sua alma para uma mulher mais jovem e disposta. No entanto, algo dá errado, e sua alma acaba indo parar no corpo de Roger Cobb (Steve Martin). Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor ator - comédia (Steve Martin) e melhor atriz - comédia (Lily Tomlin).
Comentários:
Steve Martin sempre foi um dos comediantes mais talentosos de sua geração. E ele conseguiu fazer perfeitamente bem a transição do teatro, da TV, para o cinema. Na década de 1980 ele emplacou uma série de filmes de sucesso, demonstrando ser um dos mais promissores humoristas da época. Esse "Um Espírito Baixou em Mim" foi um hit de sua carreira, um sucesso comercial, tanto nos cinemas como principalmente depois quando chegou no mercado de vídeo VHS. Aliás suas fitas eram sucessos garantidos nas locadoras. Eram filmes divertidos, sem piadas ofensivas, um tipo de entretenimento saudável que podia ser assistido por toda a família. Sucesso garantido. Sua parceria com o diretor Carl Reiner rendeu ótimos momentos de humor e diversão. Nesse filme aqui em especial Steve Martin fez um de seus trabalhos mais engraçados, usando de maneirismos e cacoetes para interpretar um homem possuído por uma mulher afetada! Ficou ótimo o resultado. Esqueça "O Exorcista" e dê boas risadas com essa comédia dos anos 80.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
Perdidos em Nova York
Título Original: The Out-of-Towners
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sam Weisman
Roteiro: Neil Simon, Marc Lawrence
Elenco: Steve Martin, Goldie Hawn, John Cleese, Mark McKinney, Oliver Hudson, Valerie Perri
Sinopse:
O casal Henry (Steve Martin) e Nancy (Goldie Hawn) decide ir para Nova iorque, para passear e se divertir um pouco. O filho deles foi para a universidade e agora, com tempo livre, eles acreditam que precisam de férias e descanso, só que a viagem que deveria ser de lazer logo se torna uma grande confusão!
Comentários:
Esse filme é um remake de uma antiga comédia com Jack Lemmon. Eu adoro os roteiros escritos por Neil Simon. Ele já havia escrito um roteiro antes para o ator e comediante Steve Martin que resultou no muito bom "O Rapaz Solitário", um filme com um excelente humor melancólico, que fazia graça das situações mais tristes que se possa imaginar. Aqui Simon voltou a trabalhar ao lado de Martin, mas o resultado se mostrou bem pior, diria menos inspirado. Talvez a presença de Goldie Hawn, com seus grandes olhos azuis e estilo mais espalhafatoso tenha levado Simon a amenizar essa nova adaptação. O resultado acabou saindo pior do que o esperado. Assim grande parte de sua sutileza se perdeu. É um filme fraquinho, que rende algumas poucas boas piadas durante o filme inteiro. Cai no velho problema do roteiro de uma piada só! A viagem para Nova Iorque e os inúmeros problemas que vão surgindo. Nada mais. O filme não foi bem de bilheteria, sendo considerado um dos grandes fracassos comerciais daquela temporada, o que colocou o próprio Steve Martin na geladeira por algum tempo, uma vez que em Hollywood fracassos sucessivos de bilheteria não são perdoados!
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de março de 2017
A Trapaça
Título Original: The Spanish Prisoner
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Films
Direção: David Mamet
Roteiro: David Mamet
Elenco: Steve Martin, Ben Gazzara, Campbell Scott, Rebecca Pidgeon, Felicity Huffman, Ricky Jay
Sinopse:
Joe Ross (Campbell Scott), um executivo de uma grande corporação, acaba desenvolvendo um programa inovador, que vai gerar uma imensa fortuna para a empresa na qual trabalha. Ainda um pouco inexperiente nesse tipo de negócio ele acaba pedindo conselhos para Jimmy Dell (Steve Martin), que supostamente seria um multimilionário do ramo de bolsas de valores, só que na verdade ele não é bem quem afirma ser.
Comentários:
Sempre costumo repetir para os cinéfilos mais jovens que David Mamet foi um dos melhores escritores de roteiros da história mais recente de Hollywood. Seus filmes não se destacam muito pelas produções em si, algumas delas bem fracas, é bom alertar. O grande mérito de Mamet sempre foram os textos e argumentos que escreveu para os filmes que dirigiu. Nisso ele foi realmente genial. Esse "A Trapaça" segue basicamente nessa linha. Contando com um bom elenco, completamente entrosado em cena, ele construiu uma trama que funciona muito bem não apenas em suas reviravoltas, como também pelo mosaico de situações e intrigas que vão se desenvolvendo perante o espectador. Uma das surpresas desse elenco vem da presença do comediante Steve Martin. Conhecido por inúmeras comédias do tipo "Um Espírito Baixou em Mim" e "O Panaca" ele aqui optou por interpretar um personagem com nuances sombrias em seu modo de ser. Acabou sendo uma das melhores interpretações de toda a sua carreira. Assim se você é fã de Steve Martin como ator e está em busca de um roteiro mais sofisticado, com a marca de David Mamet, não há outra sugestão no horizonte: Assista "A Trapaça" e se divirta! Vai ser um bom programa para o fim de semana.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Os Picaretas
Título Original: Bowfinger
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Imagine Entertainment
Direção: Frank Oz
Roteiro: Steve Martin
Elenco: Steve Martin, Eddie Murphy, Heather Graham, Robert Downey Jr, Christine Baranski, Barry Newman
Sinopse:
Bowfinger (Steve Martin) é um produtor picareta de Hollywood, criador de inúmeros filmes Z, que decide dar um último golpe certeiro. Ele pretende filmar um superstar do cinema, sem que ele saiba, para assim montar seu próximo filme, algo que irá criar inúmeros problemas. Filme indicado ao Black Reel Awards, o Oscar do cinema negro americano, na categoria de Melhor Ator (Eddie Murphy).
Comentários:
Um velho sonho dos fãs de comédias americanas era ver atuando em um mesmo filme Steve Martin e Eddie Murphy. Essa seria uma parceria dos sonhos do humor americano. Quem acabou dando o pontapé inicial foi o próprio Martin. Ele havia escrito um roteiro que satirizava a própria Hollywood e acreditava que Murphy seria seu parceiro ideal. Realmente a premissa básica era bem divertida, porém o roteiro errava em apostar apenas em um tipo de situação, uma piada que se repetia, se repetia e se repetia ao longo de todo o filme. A saturação desse tipo de situação era bem previsível e realmente se confirmou nas telas. O curioso é que a direção foi dada ao talentoso Frank Oz, que havia dirigido o divertido "Os Safados" com o mesmo Steve Martin (aqui em outra parceria, com Michael Caine). Infelizmente ele não repetiu o bom trabalho do filme anterior. Assim "Os Picaretas" apesar de apresentar alguns bons momentos, deixa realmente a desejar. O próprio Eddie Murphy surge em muitos momentos caricaturais demais da conta. Nesse filme ele errou a dose. No mais vale apenas como curiosidade de ver dois dos grandes humoristas do cinema em um momento menor, não tão engraçado como era de se esperar.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Uma Virada do Destino
Steve Martin, entre comédias de sucesso e filmes apenas medianos, para não dizer medíocres, ele procurou sobreviver em Hollywood da melhor forma possível. Esse aqui até que não é tão mal. O roteiro é redondinho e bem familiar, o que acabou agradando ao público. Filmes com crianças também dificilmente desagradam. Assim Martin acabou conseguindo uma bilheteria até que muito boa em seu lançamento. Apesar de hoje em dia estar meio datado vale a pena uma espiada, por causa das boas intenções de seu roteiro. Além disso Steve Martin sempre compensa com seu carisma natural.
Uma Virada do Destino (A Simple Twist of Fate, Estados Unidos, 1994) Direção: Gillies MacKinnon / Roteiro: Steve Martin / Elenco: Steve Martin, Gabriel Byrne, Laura Linney / Sinopse: Comédia romântica dos anos 90 estrelada pelo ator e comediante Steve Martin.
Pablo Aluísio.
domingo, 8 de novembro de 2015
Roxanne
O roteiro de "Roxanne" foi escrito pelo próprio Steve Martin. Ele se saiu muito bem e acabou escrevendo um texto leve, sentimental e até mesmo, em certo aspecto, muito elegante. É importante ressaltar que "Roxanne" foi lançado em uma das fases mais inspiradas do ator. Ele conseguiu estrelar uma pequena obra prima atrás da outra. O diferencial desse filme para os demais era justamente o romantismo do personagem principal. O argumento é muito inteligente ao explorar um homem bom, de excelente caráter, que nunca consegue se tornar atraente para as mulheres simplesmente porque não tem os atributos físicos adequados. A sua beleza interior, que é imensa, é subjugada por seu nariz descomunal. Olhando sob esse ponto de vista temos uma bela lição de vida pela frente. Um filme bem acima da média, especialmente indicado para corações românticos que se identifiquem de alguma forma com o personagem principal.
Roxanne (Roxanne, Estados Unidos, 1987) Direção: Fred Schepisi / Roteiro: Steve Martin, baseado na obra de Edmond Rostand / Elenco: Steve Martin, Daryl Hannah, Rick Rossovich / Sinopse: C. D. Bales (Martin) é um bombeiro de uma cidade do interior dos Estados Unidos que se apaixona pela bela e radiante Roxanne (Hannah). Envergonhado por seu enorme nariz ele não consegue criar coragem para se declarar a ela. Quando um jovem membro da corporação se apaixona também por Roxanne, Bales se oferece para ajudar, escrevendo lindos poemas de amor para sua amada, algo que acabará criando muitos problemas. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Steve Martin).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Rapaz Solitário
Título Original: The Lonely Guy
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Bruce Jay Friedman, Neil Simon
Elenco: Steve Martin, Charles Grodin, Judith Ivey
Sinopse:
Quando o tímido Larry Hubbard (Martin) encontra sua namorada na cama com outro homem, ele é forçado a começar uma nova vida como solteiro. Mas como que ele não consegue suportar ficar sozinho ele tenta cortejar a bela Iris, que não é, contudo, interessada nele. Larry começa então a escrever um livro sobre sua experiência como um homem solitário, que torna-se inesperadamente um best-seller da noite para o dia!
Comentários:
Eu falei pouco do Steve Martin até hoje aqui no blog, o que foi um erro de minha parte pois ele sempre foi um comediante genial. É verdade que de uns tempos pra cá a qualidade de seus filmes decaiu bastante mas isso não tira o mérito de seu talento como humorista e showman. A melhor fase do Martin aconteceu justamente nos anos 80 quando ele estrelou uma série de comédias muito criativas e divertidas. Conheci Martin não no cinema daquela época mas sim através de suas fitas que eram lançadas no mercado de VHS. Sempre que havia algo novo dele levava para casa para conferir. Raramente me decepcionava ou não gostava do filme. Martin era realmente um diferencial. Esse "Rapaz Solitário" considero simplesmente genial. Esse é um daqueles filmes que foram injustamente subestimados e acabaram sendo esquecidos. O humor aqui nasce da melancolia da situação em que vive o personagem de Steve Martin que apresenta as dificuldades pelos quais passa um homem solitário nos dias atuais. Tem um roteiro muito bem escrito, tocante mesmo, e consegue arrancar lágrimas e risos na mesma proporção. Também com a assinatura de Neil Simon no texto não poderia ser diferente. "The Lonely Guy" é realmente uma pequena obra prima.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de abril de 2015
Cliente Morto Não Paga
O diretor Carl Reiner pode até ser parabenizado pelo que criou, mas a verdade é que o clima de anarquia que ele depois imprimiu ao filme deu a sensação de desleixo e bagunça. Steve Martin teve que contracenar com o nada, dentro de um estúdio, até porque essa é uma fita onde a edição é tudo - da primeira à última cena. Talvez nos dias de hoje, com o avanço da tecnologia, as coisas funcionassem melhor. Já no começo da década de 80 tudo ficou apenas restrito nas boas intenções de seus realizadores e nada mais.
Cliente Morto Não Paga (Dead Men Don't Wear Plaid, Estados Unidos, 1982) Direção: Carl Reiner / Roteiro: Carl Reiner, George Gipe / Elenco: Steve Martin, Rachel Ward, Alan Ladd, entre outros grandes nomes da era de ouro do cinema americano. / Sinopse: Um filme curioso, mesclando cenas de filmes antigos com atores da atualidade, interpretando detetives do passdo.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Três Amigos!
Título Original: Three Amigos
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Landis
Roteiro: Steve Martin, Lorne Michaels
Elenco: Steve Martin, Chevy Chase, Martin Short, Joe Mantegna
Sinopse:
Uma humilde vila de mexicanos resolve juntar seus poucos recursos para contratar três americanos que eles pensam ser grandes pistoleiros do velho oeste. Na verdade são apenas três atores canastrões de filmes de faroeste da era do cinema mudo. O engano dará origem a muitas confusões envolvendo o trio de trapalhões.
Comentários:
Confesso que nunca achei grande coisa dessa comédia, isso apesar de ter sido assinada por um dos meus diretores preferidos, o talentoso John Landis, uma espécie de sub-Steven Spielberg dos anos 80. Certamente gosto muito dos filmes do texano Steve Martin, que aqui se alia a dois outros humoristas divertidos, Chevy Chase e Martin Short. Apesar de tanta gente boa reunida a coisa simplesmente não funciona! Acredito que o filme não deu muito certo porque não tem enredo suficiente para um longa-metragem. Talvez funcionasse muito bem na TV, no Saturday Night Live, em sequências rápidas e bem boladas, mas em um filme inteiro, repetindo praticamente a mesma piada, cena após cena, a coisa toda ficou cansativa e sem graça! Sinceramente me pareceu excessivo. Sempre considerei esse filme um dos mais caricatos (no sentido ruim da palavra) da filmografia de Steve Martin. Os personagens são ingenuamente bobinhos, mas infelizmente não engraçados. Aqui temos um caso bem claro de que sempre que se aposta em um humor muito inofensivo, politicamente correto até a medula, as coisas não funcionam como deveriam. De bom mesmo apenas a sátira aos primeiros cowboys do cinema americano, ainda no advento do cinema mudo. Seus figurinos, acredite, não são nada exagerados se comparados ao que os pioneiros realmente usavam nas fitas da época. Pois é, os primeiros atores do faroeste mais pareciam artistas de circo do que homens do velho oeste de verdade. Nesse ponto o filme acertou, o que talvez o salve de ser efetivamente uma decepção completa.
Pablo Aluísio.