Título no Brasil: Procura-se uma Noiva
Título Original: The Bachelor
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Gary Sinyor
Roteiro: Roi Cooper Megrue, Jean C. Havez
Elenco: Renée Zellweger, Chris O'Donnell, Peter Ustinov, Mariah Carey, Brooke Shields, Artie Lange
Sinopse:
Para não perder uma herança fabulosa, Jimmie Shannon (Chris O'Donnell) precisa desesperadamente arranjar uma noiva, mesmo estando apaixonado por Anne Arden (Renée Zellweger), a garota certa para ele se casar, mas que enfrenta problemas em seu relacionamento mais do que complicado.
Comentários:
Não há muito o que esperar de comédias românticas americanas. Geralmente elas são bem bobinhas, até porque o romantismo disfarçado de humor não nega suas origens mais piegas. Dentro do grande gênero em que se classificam todas as comédias românticas existe ainda um nicho muito específico sobre casamentos e noivas. Esses filmes geralmente conseguem se tornar ainda piores do que as mais comuns. Esse "Procura-se uma Noiva" vai bem por esse caminho. O filme só não é um desperdício completo de tempo e dinheiro porque tem Renée Zellweger ainda em sua fase mais gracinha, quando ela ainda mantinha seu rosto natural, bem antes de estragar tudo com um monte de plásticas mal sucedidas. O "Robin" Chris O'Donnell não acrescenta muito, até porque sempre o achei muito genérico. Melhor é o elenco de apoio que conta com veteranos como Peter Ustinov e a eterna adolescente de "A Lagoa Azul" Brooke Shields (aquele tipo de mulher que sempre é bonita, mesmo com os anos passados). Ah e antes que me esqueça a cantora Mariah Carey também tem uma pontinha, algo que vai agradar suas fãs mais ardorosas. Então é isso, uma comédia romântica sobre casamentos, tão descartável como bolo de noiva feito em padaria.
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 2 de outubro de 2017
terça-feira, 15 de abril de 2014
A Lagoa Azul
Título no Brasil: A Lagoa Azul
Título Original: The Blue Lagoon
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: Douglas Day Stewart baseado no livro de Henry De Vere Stacpoole
Elenco: Brooke Shields, Christopher Atkins, Leo McKern
Sinopse:
Casal de náufragos vive em ilha perdida no pacífico sul. Juntos vão crescendo e vivendo as primeiras experiências amorosas e sentimentais. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia (Néstor Almendros). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de revelação masculina (Christopher Atkins). "Vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria Pior Atriz (Brooke Shields).
Comentários:
Se você perguntasse a um jovem do começo da década de 80 quem ele levaria para uma ilha deserta era quase certo que ele responderia: Brooke Shields. O filme "A Lagoa Azul" estaria em cartaz e a bela adolescente fazia parte do imaginário romântico e sexual de todo garoto daqueles anos. De certa forma "A Lagoa Azul" era o sonho de todo rapaz apaixonado. Ficar sozinho com uma linda jovem em uma ilha paradisíaca no meio do Oceano. O roteiro foi escrito a partir do famoso livro do romancista inglês Henry De Vere Stacpoole. A estória em si já é uma miscelânea dos ideais românticos que se espalharam pela literatura no começo do século XX. Lá está a jovem donzela, o garoto, quase homem, que a venera e o cenário extremamente bucólico ao redor. Além do romantismo, "A Lagoa Azul" ainda pincela momentos que de uma forma ou outra revisitam o livro do gênesis da Bíblia. Pois ambos são puros de coração mas vão aos poucos se descobrindo, perdendo a inocência original.
O filme foi realizado nas lindas locações das ilhas Fiji. Houve um certo desconforto com as muitas cenas sensuais e de nudez pois a atriz Brooke Shileds era menor de idade. Com extrema sensibilidade o diretor Randal Kleiser resolveu então com habilidade na edição suavizar esses momentos, deixando tudo com um olhar de muito bom gosto, conseguindo ser sensual sem se tornar vulgar ou apelativo. Com isso a produção conseguiu uma classificação etária que não prejudicasse sua bilheteria. E por falar em bilheterias "A Lagoa Azul" se tornou um filme extremamente lucrativo para o estúdio. Com custo reduzido de meros quatro milhões de dólares conseguiu render quase 80 milhões ao redor do mundo, um resultado realmente excepcional para a Columbia que dessa forma encheu seus cofres, superando uma velha crise financeira que teimava em persistir por anos. O sucesso transformou Brooke Shields em estrela, conseguindo um bom espaço que só não foi maior por causa de erros na administração de sua carreira. Pior aconteceu com seu parceiro de cena, Christopher Atkins, que não conseguiu alcançar maiores vôos. De qualquer modo mesmo tendo consciência que o filme envelheceu e que de certa forma saturou por ter sido muito satirizado ao longo dos anos, não há como negar que ainda continua charmoso e muito romântico, quase atemporal. Se você é uma pessoa que ainda acredita no amor não deixe de assistir "A Lagoa Azul".
Pablo Aluísio.
Título Original: The Blue Lagoon
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: Douglas Day Stewart baseado no livro de Henry De Vere Stacpoole
Elenco: Brooke Shields, Christopher Atkins, Leo McKern
Sinopse:
Casal de náufragos vive em ilha perdida no pacífico sul. Juntos vão crescendo e vivendo as primeiras experiências amorosas e sentimentais. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia (Néstor Almendros). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de revelação masculina (Christopher Atkins). "Vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria Pior Atriz (Brooke Shields).
Comentários:
Se você perguntasse a um jovem do começo da década de 80 quem ele levaria para uma ilha deserta era quase certo que ele responderia: Brooke Shields. O filme "A Lagoa Azul" estaria em cartaz e a bela adolescente fazia parte do imaginário romântico e sexual de todo garoto daqueles anos. De certa forma "A Lagoa Azul" era o sonho de todo rapaz apaixonado. Ficar sozinho com uma linda jovem em uma ilha paradisíaca no meio do Oceano. O roteiro foi escrito a partir do famoso livro do romancista inglês Henry De Vere Stacpoole. A estória em si já é uma miscelânea dos ideais românticos que se espalharam pela literatura no começo do século XX. Lá está a jovem donzela, o garoto, quase homem, que a venera e o cenário extremamente bucólico ao redor. Além do romantismo, "A Lagoa Azul" ainda pincela momentos que de uma forma ou outra revisitam o livro do gênesis da Bíblia. Pois ambos são puros de coração mas vão aos poucos se descobrindo, perdendo a inocência original.
O filme foi realizado nas lindas locações das ilhas Fiji. Houve um certo desconforto com as muitas cenas sensuais e de nudez pois a atriz Brooke Shileds era menor de idade. Com extrema sensibilidade o diretor Randal Kleiser resolveu então com habilidade na edição suavizar esses momentos, deixando tudo com um olhar de muito bom gosto, conseguindo ser sensual sem se tornar vulgar ou apelativo. Com isso a produção conseguiu uma classificação etária que não prejudicasse sua bilheteria. E por falar em bilheterias "A Lagoa Azul" se tornou um filme extremamente lucrativo para o estúdio. Com custo reduzido de meros quatro milhões de dólares conseguiu render quase 80 milhões ao redor do mundo, um resultado realmente excepcional para a Columbia que dessa forma encheu seus cofres, superando uma velha crise financeira que teimava em persistir por anos. O sucesso transformou Brooke Shields em estrela, conseguindo um bom espaço que só não foi maior por causa de erros na administração de sua carreira. Pior aconteceu com seu parceiro de cena, Christopher Atkins, que não conseguiu alcançar maiores vôos. De qualquer modo mesmo tendo consciência que o filme envelheceu e que de certa forma saturou por ter sido muito satirizado ao longo dos anos, não há como negar que ainda continua charmoso e muito romântico, quase atemporal. Se você é uma pessoa que ainda acredita no amor não deixe de assistir "A Lagoa Azul".
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Pretty Baby – Menina Bonita
Essa semana, para minha surpresa, me deparei com esse filme sendo exibido em um canal a cabo pelo período da tarde. Sem falsos moralismos acredito que esse definitivamente não seja o horário adequado para a exibição dessa película. O motivo? Basta dar uma lida na sinopse para descobrir. O filme narra a vida de uma garota de apenas 12 anos, Violet, interpretada por Brooke Shields. A estória se passa em New Orleans no começo do século XX. Tudo estaria tudo bem se não fossem as circunstâncias que rondam a vida da jovem. Ela é filha de uma prostituta, interpretada por Susan Sarandon. Vive dentro de um bordel decadente e lascivo. Como se não bastasse tem sua virgindade leiloada sem pudores durante uma noite. Entre os clientes que dão seus lances estão políticos (um senador depravado), empresários, homens de negócios e até mesmo sujeitos que passam a imagem de serem acima de qualquer suspeita dentro da sociedade. A cena do leilão é tratada com fina naturalidade, o que deixa tudo ainda mais perturbador.
O filme ainda trata sobre um improvável romance envolvendo a garotinha e um homem bem mais velho que ganha a vida vendendo fotos de nudismo das prostitutas – clicando inclusive a própria mãe da personagem de Brooke Shields. O filme tem nudez moderada (apenas seios à mostra) mas pelo tema forte e complicado do ponto de vista moral só deveria ser exibido tarde da noite, em um horário mais adequado para sua proposta. Aqui obviamente não se trata de censura mas de bom senso apenas. Tirando as questões morais de lado é importante ainda chamar a atenção para a postura do filme sobre o tema de que trata. As prostitutas, as doenças, a vida sacrificada e explorada, tudo vai surgindo na tela com se fosse algo muito natural na vida daquelas personagens. O diretor Louis Malle parece muito à vontade em contar essa estória. Algumas das mulheres nasceram em bordéis e não conseguem ver outra vida pela frente. A dona do estabelecimento, uma cafetina destruída pela vida e pelo tempo, mais parece uma personagem saída dos filmes de Fellini. Brooke Shields a estrela juvenil repudiou o filme alguns anos depois afirmando que não deveria ter feito algo assim. Olhando para trás devo concordar. O filme é bom, não restam dúvidas, mas seu tema é forte demais para uma atriz tão jovem quanto Brooke era na época. De uma forma ou outra vale a pena ser redescoberto nem que seja para vermos como a prostituição infantil era terrivelmente encarada como algo normal naquele passado distante.
Pretty Baby - Menina Bonita (Pretty Baby, Estados Unidos, 1978) Direção: Louis Malle / Roteiro: Polly Platt / Elenco: Brooke Shields, Keith Carradine, Susan Sarandon / Sinopse: Garota de 12 anos, filha de uma prostituta, tem sua virgindade leiloada no bordel onde vive. Ao mesmo tempo começa a ter sentimentos por um homem bem mais velho, um fotógrafo de nudismo.
Pablo Aluísio.
O filme ainda trata sobre um improvável romance envolvendo a garotinha e um homem bem mais velho que ganha a vida vendendo fotos de nudismo das prostitutas – clicando inclusive a própria mãe da personagem de Brooke Shields. O filme tem nudez moderada (apenas seios à mostra) mas pelo tema forte e complicado do ponto de vista moral só deveria ser exibido tarde da noite, em um horário mais adequado para sua proposta. Aqui obviamente não se trata de censura mas de bom senso apenas. Tirando as questões morais de lado é importante ainda chamar a atenção para a postura do filme sobre o tema de que trata. As prostitutas, as doenças, a vida sacrificada e explorada, tudo vai surgindo na tela com se fosse algo muito natural na vida daquelas personagens. O diretor Louis Malle parece muito à vontade em contar essa estória. Algumas das mulheres nasceram em bordéis e não conseguem ver outra vida pela frente. A dona do estabelecimento, uma cafetina destruída pela vida e pelo tempo, mais parece uma personagem saída dos filmes de Fellini. Brooke Shields a estrela juvenil repudiou o filme alguns anos depois afirmando que não deveria ter feito algo assim. Olhando para trás devo concordar. O filme é bom, não restam dúvidas, mas seu tema é forte demais para uma atriz tão jovem quanto Brooke era na época. De uma forma ou outra vale a pena ser redescoberto nem que seja para vermos como a prostituição infantil era terrivelmente encarada como algo normal naquele passado distante.
Pretty Baby - Menina Bonita (Pretty Baby, Estados Unidos, 1978) Direção: Louis Malle / Roteiro: Polly Platt / Elenco: Brooke Shields, Keith Carradine, Susan Sarandon / Sinopse: Garota de 12 anos, filha de uma prostituta, tem sua virgindade leiloada no bordel onde vive. Ao mesmo tempo começa a ter sentimentos por um homem bem mais velho, um fotógrafo de nudismo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Amor Sem Fim
É possível esquecer o primeiro amor? Essa é a pergunta central de “Amor Sem Fim”, clássico romântico da década de 80. No filme acompanhamos o namoro de dois jovens adolescentes, Jade (Brooke Shields, linda e na flor da idade) e David (Martin Hewitt). No começo os pais de Jade levam o namoro com uma postura liberal, sem receios. Os problemas começam a surgir quando David e Jade começam a ter uma vida não apenas sentimental mas sexual também. Como os pais de Jade posam de compreensivos e liberais não tarda para que a jovem – de apenas 15 anos – comece a trazer o namorado para dormir em seu quarto. Eles iniciam um tórrido relacionamento sexual o que começa a incomodar a todos. O paizão antes posando de moderno não aguenta e em um acesso de fúria expulsa David de sua casa e o proíbe de ver sua filha. O irmão de Jade, Keith (interpretado por um muito jovem James Spader) também perde a compostura e parte para as vias de fato com seu ex-amigo (ele havia trazido David para dentro da casa da família, algo que se arrependeu amargamente após ele começar a namorar sua jovem irmã). Inconformado com a expulsão David acaba cometendo um ato impensado, colocando fogo na casa da namorada. A partir daí sua vida desce ladeira, ele é condenado e impedido de voltar a ver o amor de sua vida. Mas mesmo após tantos anos não parece disposto a abrir mão dessa paixão adolescente.
Como se pode perceber as tintas são fortes no quesito drama. A intenção realmente era essa – mostrar um amor verdadeiro mas cheio de obstáculos para se concretizar tal como um Romeu e Julieta contemporâneo. Não é à toa que o diretor do filme é Franco Zeffirelli. Acostumado com tramas de amores impossíveis o cineasta demonstra muita familiaridade com o tema. A produção é de bom gosto e respeita o espectador. Mesmo tendo uma das atrizes mais bonitas da época em seu elenco o filme não apela ou parte para vulgaridades. O elenco está todo coeso, apenas o ator que interpreta David, o namorado de Jade, deixa um pouco a desejar. Como curiosidade o futuro astro Tom Cruise faz uma pequena ponta, em um parque aconselhando seu amigo David a dar um susto na namorada, começando um incêndio por pura brincadeira (incêndio esse que foge do controle e destrói a casa da amada). Em essência é uma releitura dos velhos mitos românticos, da paixão impossível e do amor que vence a tudo e a todos. Bem realizado “Amor Sem Fim” sobreviveu muito bem ao tempo. Sua trilha sonora cheia de sucessos da época ainda é bastante evocativa. Um bom romance para corações apaixonados que não aceitam barreiras entre si.
Amor Sem Fim (Endless Love, Estados Unidos, 1981) Direção: Franco Zeffirelli / Roteiro: Judith Rascoe baseado na novela de Scott Spencer / Elenco: Brooke Shields, Martin Hewitt, Shirley Knight, Don Murray, James Spader, Tom Cruise / Sinopse: Jovem casal de namorados tem que lutar por vários anos por seu amor que sempre parece encontrar barreiras para se concretizar.
Pablo Aluísio.
Como se pode perceber as tintas são fortes no quesito drama. A intenção realmente era essa – mostrar um amor verdadeiro mas cheio de obstáculos para se concretizar tal como um Romeu e Julieta contemporâneo. Não é à toa que o diretor do filme é Franco Zeffirelli. Acostumado com tramas de amores impossíveis o cineasta demonstra muita familiaridade com o tema. A produção é de bom gosto e respeita o espectador. Mesmo tendo uma das atrizes mais bonitas da época em seu elenco o filme não apela ou parte para vulgaridades. O elenco está todo coeso, apenas o ator que interpreta David, o namorado de Jade, deixa um pouco a desejar. Como curiosidade o futuro astro Tom Cruise faz uma pequena ponta, em um parque aconselhando seu amigo David a dar um susto na namorada, começando um incêndio por pura brincadeira (incêndio esse que foge do controle e destrói a casa da amada). Em essência é uma releitura dos velhos mitos românticos, da paixão impossível e do amor que vence a tudo e a todos. Bem realizado “Amor Sem Fim” sobreviveu muito bem ao tempo. Sua trilha sonora cheia de sucessos da época ainda é bastante evocativa. Um bom romance para corações apaixonados que não aceitam barreiras entre si.
Amor Sem Fim (Endless Love, Estados Unidos, 1981) Direção: Franco Zeffirelli / Roteiro: Judith Rascoe baseado na novela de Scott Spencer / Elenco: Brooke Shields, Martin Hewitt, Shirley Knight, Don Murray, James Spader, Tom Cruise / Sinopse: Jovem casal de namorados tem que lutar por vários anos por seu amor que sempre parece encontrar barreiras para se concretizar.
Pablo Aluísio.
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