quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
Glass Onion
sábado, 16 de abril de 2022
200 Cigarros
Título Original: 200 Cigarettes
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Pictures
Direção: Risa Bramon Garcia
Roteiro: Shana Larsen
Elenco: Kate Hudson, Ben Affleck, Paul Rudd, Christina Ricci, Casey Affleck, Courtney Love, Elvis Costello
Sinopse:
Um grupo de amigos marca de se reunir numa festa de ano novo na casa de um deles em Nova Iorque, no bairro boêmio da cidade, da big apple. No caminho acontecem inúmeras histórias diferentes, onde o filme vai desenvolvendo a personalidade de cada um.
Comentários:
Filme com roteiro em estilo mosaico, vários personagens com várias histórias diferentes para contar. O elo de ligação de tudo é uma festa de ano novo que vai reunir todos eles. O elenco é muito bom, contando com algumas das estrelas jovens de Hollywood. A que se sai melhor é justamente Kate Hudson que tem melhores chances dentro de um roteiro difuso, que muitas vezes parece disperso demais. Ben Affleck não tem a mesma sorte, o espaço dado ao seu papel não é muito expressivo. Estrelas musicais também ganharam seu espaço, entre elas a maluca da Courtney Love e o sóbrio Elvis Costello que prova que também pode atuar bem. No geral é um filme com altos e baixos, mas que no conjunto até que segura bem as pontas. Pontas de cigarro claro, porque todos os personagens aparecem fumando!
Pablo Aluísio.
domingo, 25 de julho de 2021
Nine
O enredo de "Nine" foi claramente inspirado na vida do cineasta Federico Fellini, a tal ponto que o personagem também é chamado várias vezes de "maestro". E no meio dessa história vão surgindo os números musicais, todos ótimos em minha visão. O elenco conta com uma galeria de estrelas de Hollywood e cada uma delas tem seu próprio número musical onde dança e canta (muito bem, por sinal). A única que achei um pouco desperdiçada foi Nicole Kidman. Ela interpreta a musa dos filmes do diretor Guido. Só tem um belo número onde canta - ela tem uma voz linda - mas fora isso tem pouco espaço denrro da história. Daniel Day-Lewis tem mais espaço, obviamente. Além de seu conhecido talento como ator ele surpreende completamente ao cantar. Tem voz bonita e não desafina em nenhuma nota. Enfim, um filme bonito de se ver e também de se ouvir. Gostei de praticamente tudo.
Nine (Nine, Estados Unidos, Itália, 2009) Direção: Rob Marshall / Roteiro: Michael Tolkin, Anthony Minghella, baseados no musical da Broadway "Nine" de Arthur Kopit / Elenco: Daniel Day-Lewis, Nicole Kidman, Penélope Cruz, Judi Dench, Sophia Loren, Kate Hudson, Marion Cotillard / Sinopse: Diretor de cinema passa por uma crise pessoal e artística. Além de não ter nenhuma ideia para seu próximo filme ainda precisa lidar com problemas pessoais envolvendo os amores de sua vida. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz coadjuvante (Penélope Cruz), melhor figurino, melhor música (Take It All) e melhor direção de arte.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
As Quatro Plumas
Título Original: The Four Feathers
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Shekhar Kapur
Roteiro: Michael Schiffer
Elenco: Heath Ledger, Kate Hudson, Wes Bentley, Daniel Caltagirone, Lucy Gordon, Alex Jennings
Sinopse:
Durante uma guerra nas colônias inglesas um oficial britânico decide abandonar o campo de batalha. Isso cria uma série de problemas pessoais e profissionais para ele pois a partir de então ele é visto como um mero covarde, recebendo quatro plumas por seu ato. Um gesto simbólico de desmerecimento.
Comentários:
Heath Ledger morreu jovem demais. Em janeiro de 2008 ele sofreu uma overdose de drogas que acabou com sua vida. Estava em um dos melhores momentos de sua carreira. Outro talento que sucumbiu ao vício. Uma pena. Esse "As Quatro Plumas" foi uma tentativa da Paramount em transformá-lo em astro. Ele ainda estava começando a se tornar conhecido e contracenava com a gracinha da Kate Hudson. É um filme de época, com todos aqueles uniformes militares pomposos e um código de ética e moral que soam completamente estranhos para as novas gerações. Apesar de ter até gostado do filme achei que o diretor indiano Shekhar Kapur não conseguiu imprimir um bom ritmo para o filme. O desenvolvimento se torna lento e pesado em algumas partes. Um pouco mais de leveza cairia muito bem. Talvez por isso o filme não tenha feito sucesso, chegando a dar prejuízo para o estúdio dentro do mercado americano. Assim apesar da boa e bonita produção, não é aquele tipo de épico marcante. É um momento de presenciar Heath Ledger tentando chegar ao topo em Hollywood e nada muito além disso. Dizem que na época ele teve um caso amoroso com Kate Hudson. Bom, se isso foi verdade então já valeu ter feito o filme...apesar de tudo.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de janeiro de 2019
Os Filmes de Kate Hudson
Só com Quase Famosos foi que ela se tornou realmente um nome quente no cinema. O filme, muito bem escrito e dirigido por Cameron Crowe, era um retrato da vida na estrada de bandas de rock nos anos 70. Kate interpretava uma groupie chamada Penny Lane (o mesmo nome da famosa canção dos Beatles). O filme foi sucesso de crítica e público e acabou ganhando um status de cult movie com o passar dos anos. A trilha sonora também era fantástica. Como Kate chamou todas as atenções por sua atuação logo os estúdios lhe ofereciam propostas para ser a atriz, a estrela, de novos filmes. Os dias de coadjuvante tinham chegado ao fim.
Antes disso porém Kate tinha assinado para participar de um filme com Richard Gere chamado Dr T e as Mulheres. Não era um grande filme, mas daria a ela a chance de atuar ao lado do famoso galã de Hollywood - naquela altura já em sua fase de cabelos grisalhos. O interessante é que o filme que deveria transformar Kate em uma grande estrela não foi bem de bilheteria. O épico histórico Honra & Coragem - As Quatro Plumas não foi prestigiado pelo público. Considerado chato pelos jovens e recebido friamente pela crítica em seu lançamento acabou não agradando a quase ninguém. O único aspecto positivo foi que ela teve a oportunidade de contracenar com Heath Ledger, jovem ator que morreria muito cedo, vítima de uma overdose de drogas. Imortalizado no papel de Coringa no cinema, Ledger não teve tempo de desfrutar de sua fama.
Depois desse fracasso os planos mudaram. Havia um nicho muito bom para Kate direcionar sua carreira: a das comédias românticas. Era uma fase em que o público feminino garantia a boa bilheteria desse tipo de produção. Assim ela resolveu apostar em um bom roteiro sobre relacionamentos. O filme se chamava Como Perder um Homem em 10 Dias. Kate interpretava uma jornalista que testava sua própria tese sobre as coisas que jamais se deveria fazer em um relacionamento. A dupla ao lado do ator Matthew McConaughey (que também tinha ótimo timing para esse tipo de filme) se revelou certeiro e ela conseguiu seu primeiro grande sucesso de bilheteria como atriz principal. Finalmente Kate Hudson se tornava chamaria de bilheteria, abrindo uma nova fase em sua carreira.
Depois que Kate Hudson descobriu o caminho do sucesso ela não parou mais de realizar filmes. Os estúdios há tempos vinham em busca da nova namoradinha da América. Kate surgiu na hora certa para ocupar esse espaço. Em Um Presente Para Helen a atriz conseguiu discutir um tema sério (a escolha de muitas mulheres entre ter uma carreira ou cuidar de seus filhos) de forma bem interessante, sem com isso perder o humor e a leveza. A personagem de Kate era a de uma mulher moderna, profissional no pico da carreira, que de repente se via na delicada situação de ter que cuidar de crianças. Tanto público e crítica gostaram bastante do resultado.
Depois tentando mudar um pouco os ares a atriz estrelou uma fita de terror! Algo inesperado por muita gente. Em A Chave Mestra, Kate interpretava uma jovem cética que tinha que aprender sobre o mundo espiritual de uma forma nada convencional. Vivendo em uma New Orleans cheia de magia, feitiços e maldições, ela acaba tendo contato com o lado mais negro das crenças do sobrenatural. O filme tinha uma excelente direção de arte e o clima adequado, porém a crítica se dividiu. Para alguns faltaram sustos, se tornando uma fita que apostava muito em um terror mais psicológico. Para outros o que realmente faltava no roteiro era sutileza. De qualquer maneira, apesar do bom resultado final, acabou sendo o primeiro e único filme de terror de sua carreira.
Assim ela acabou voltando para as comédias românticas onde atingia sempre os melhores números do ponto de vista comercial. No divertido Dois é Bom, Três é Demais, Kate contracenou com o ator Owen Wilson. O filme era uma comédia até bobinha, mas divertida, sobre um casal que tinha que aguentar o amigo sem futuro do marido. Nos bastidores Kate acabou tendo um caso amoroso ligeiro com Wilson que acabou ficando perdidamente apaixonado por ela. Depois do fim do breve namoro o ator entrou em uma depressão profunda e acabou tentando o suicídio com uma overdose de drogas legais (calmantes). O fato deixou Kate completamente transtornada pois ela definitivamente tinha encarado tudo como um flerte sem maiores consequências, enquanto Owen a via como o amor de sua vida. Até hoje Kate se recusa a falar no assunto que para ela causa grande desconforto pessoal.
Superados os dramas da vida real ela voltou a estrelar outra comédia, o filme Um Amor de Tesouro. Novamente fazendo par com Matthew McConaughey. Os dois sempre se deram muito bem juntos e não seria diferente agora. O filme tem uma levada de muito bom humor, misturado com um estilo de aventura em alto mar. Entre tapas e beijos o casal tentava encontrar um tesouro milionário na costa dos Estados Unidos. Com ótimas e divertidas cenas, que aproveitavam toda a beleza natural, a fita fez relativo sucesso comercial, sendo destroçada pela crítica americana que considerou o resultado bobo e descartável demais. Um filme para pura diversão descompromissada.
Já que Kate havia emplacado sucessos de bilheteria no gênero comédia romântica era até esperado que ela seguisse nesse mesmo filão por algum tempo, afinal Hollywood são negócios, acima de tudo. Assim em 2008 ela surgiu nas telas em mais uma comédia chamada "Amigos, Amigos, Mulheres à Parte". Aqui ela atuou ao lado de Dane Cook. Esse humorista sempre fez uma linha mais agressiva, com piadas sujas, etc. Na verdade ele surgiu nos palcos, contando esse tipo de humor politicamente incorreto. Ao lado de Kate as coisas foram mais suavizadas por um roteiro mais de acordo com o público dela, embora houvesse algumas baixarias, aqui e acolá. É um filme descartável, para assistir uma única vez, dar algumas risadinhas e jogar fora.
"Noivas em Guerra" é um pouquinho mais elegante, onde o diretor Gary Winick tentou soar mais sofisticado. Mesmo assim essa comédia romântica também não consegue se destacar muito. O grande atrativo vem da dobradinha entre Kate e a atriz Anne Hathaway. Ela interpreta uma amiga da personagem de Hudson que acaba criando uma rivalidade com ela. Assim ambas começam a disputar entre si por todas as coisas, inclusive sobre seus próprios casamentos, uma querendo ter o casamento melhor do que a outra - chegam ao absurdo de marcarem o casamento para o mesmo dia, apenas em nome da rivalidade. Fraquinho, bobinho, mas as duas atrizes pareceram se divertir bastante em cena.
Depois dessas duas produções como estrela e protagonista, Kate resolveu ficar um pouco mais sem segundo plano no drama musical "Nine". Nunca gostei muito dessa produção, mas inegavelmente fez bastante sucesso, principalmente de crítica, levando uma penca de indicações nos principais prêmios do cinema internacional, entre eles o Oscar e o Globo de Ouro. Nesse filme Kate Hudson é apenas uma coadjuvante de luxo para gente como Daniel Day-Lewis, Nicole Kidman, Penélope Cruz, Judi Dench e Sophia Loren. Seguramente é o seu filme com o elenco mais marcante e talentoso. Pena que ela mesma não tenha muito espaço no meio de tantos astros e estrelas.
Em 2010 Kate Hudson procurou por novos ares, novos desafios. Depois de "Nine" ela queria atuar em algo melhor. Comédias românticas estavam descartadas, pelo menos por um tempo. Assim ela embarcou no thriller policial de terror e suspense "O Assassino em Mim". A trama explora a figura de um serial killer (um assassino em série) atuando em uma cidade do Texas. Gosto desse filme, principalmente (mais uma vez) por causa de seu bom elenco que conta com, além de Kate, Casey Affleck (recentemente premiado com o Oscar) e Jessica Alba.
"Pronta para Amar" é um bom filme. O tema é pesado, mostrando o drama de uma jovem que descobre que está com uma doença incurável, só que o roteiro procura enfocar tudo de maneira leve. A própria Kate procura tornar sua personagem bem simpática, amena. Nada parecida com aquelas antigas personagens de filmes antigos onde tudo era visto como uma grande tragédia, com uso excessivo de cores dramáticas em cada momento. É um bom filme, como frisei, só não foi muito marcante em sua carreira como um todo.
Até para contrabalancear o filme anterior, um drama sobre doenças, a Kate Hudson realizou logo em seguida a comédia romântica "O Noivo da Minha Melhor Amiga". Considero esse filme bem fraco e descartável. É a estorinha de duas amigas, sendo que uma delas vai se casar. A outra, como é bem de praxe nesse tipo de filme, acaba se apaixonando justamente pelo noivo dela! Caos à vista! Nada muito digno de nota a não ser a boa direção de arte que em alguns momentos tenta até mesmo reviver o clima das antigas comédias românticas dos anos 60, com destaque para as que traziam a dupla Rock Hudson e Doris Day. Um filme bonitinho, mas ordinário também.
O filme que veio logo a seguir se chamou "O Relutante Fundamentalista". Não gostei muito também. O papel da Kate Hudson nesse filme é até bem secundário. Ela interpreta a namorada de um estrangeiro, vindo de um país árabe, que vai estudar nos Estados Unidos. Quando acontece o 11 de setembro, com os ataques terroristas, ele fica dividido entre a lealdade com seu povo de origem e a nova realidade de sua vida na América. É aquele tipo de filme cheio de boas intenções, mas que não funciona direito. Além disso não podemos esquecer de que boas intenções o inferno está cheio!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de agosto de 2018
Intrigas
Filmes sobre universidades, fraternidades, etc, não é nenhuma novidade dentro do cinema americano. Esse filme foge um pouco à regra por apostar em um clima mais de suspense, um thriller que se desenvolve a partir das irresponsáveis futricas envolvendo os alunos no campus É um filme na média desse tipo de entretenimento. Não tem grandes momentos, mas pelo menos mantém um certo interesse, principalmente por causa do elenco e da trama, que por si só já chama a atenção. Vale a pena ao menos para dar uma olhada em algum canal a cabo onde o filme regularmente é reprisado. Arrisque!
Intrigas (Gossip, Estados Unidos, 2000) Direção: Davis Guggenheim / Roteiro: Gregory Poirier / Elenco: Kate Hudson, James Marsden, Lena Headey, Norman Reedus / Sinopse: Um casal de namorados universitários passa a ser alvo de uma fofoca maldosa, obviamente querendo acabar com a vida dos dois. Indicado ao prêmio Golden Trailer Awards.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 9 de agosto de 2018
Pronta Para Amar
A diretora Nicole Kassell até tentou tratar esse tema tão pesado de forma mais leve, trazendo uma suavidade na própria personagem de Kate Hudson, só que vamos convir que não há como ter um enredo desses em um filme e ser tudo flores e risos. Por falar na Kate Hudson ela está muito bem no papel. Chegou até mesmo a engordar para trazer mais veracidade ao seu desempenho. A intenção era reproduzir o natural inchaço do corpo quando se é submetido à quimioterapia. O resto do elenco traz duas outras excelentes atrizes, Kathy Bates e Whoopi Goldberg. Por fim não custa elogiar o cenário de New Orleans, uma das cidades mais ricas do ponto de vista cultural dos Estados Unidos. Então é isso, um filme que se propunha a ser leve e alto astral, mas que não conseguiu esse objetivo justamente por causa do tema pesado que trata.
Pronta Para Amar (A Little Bit of Heaven, EUA, 2011) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Gren Wells / Elenco: Kate Hudson, Kathy Bates, Whoopi Goldberg, Peter Dinklage, Gael García Bernal / Sinopse: Marley Corbett (Kate Hudson) é uma jovem profissional que no momento mais feliz de sua vida descobre que tem uma doença incurável, um câncer no intestino que lhe dará poucos meses de vida A partir daí ela começa a repensar sua vida e seus relacionamentos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Horizonte Profundo - Desastre no Golfo
Título Original: Deepwater Horizon
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Peter Berg
Roteiro: Matthew Michael Carnahan, Matthew Sand
Elenco: Mark Wahlberg, Kurt Russell, John Malkovich, Kate Hudson, Douglas M. Griffin, Ethan Suplee
Sinopse:
Com roteiro baseado em fatos reais, o filme mostra um momento decisivo na vida de Mike Williams (Mark Wahlberg), um homem feliz, bem casado, que adora sua pequena filha de 10 anos. Ele tem um emprego numa estação de extração de petróleo no golfo da Louisiana. Durante um teste padrão algo sai errado e tudo termina em um grande desastre, quando a estação sofre um enorme incêndio.
Comentários:
Esse estilo de filme, chamado pelos americanos de "Disaster Movies" e de "Cinema catástrofe" por nós, brasileiros, é um velho conhecido dos cinéfilos. Muitos deles são baseados em fatos reais, grandes tragédias que marcaram época. Esse é o caso aqui. O filme foi baseado no enorme incêndio que atingiu a estação "Deepwater Horizon". Nessa trama três personagens são bem centrais. O protagonista é um técnico de manutenção, interpretado por Mark Wahlberg. Esse é o único personagem que é mais bem desenvolvido pelo roteiro, mostrando sua vida familiar, aspectos de sua vida pessoal. O outro é o chefe de segurança Jimmy Harrell (Kurt Russell). Ele é um profissional respeitado, premiado, por ser linha dura na segurança dos lugares onde trabalhou. É o único que bate de frente com a companhia, cujos interesses são defendidos por Mark Vidrine (John Malkovich), um supervisor que quer a estação funcionando à toda, para evitar custos e perda de dinheiro. O problema é que ainda não há certeza sobre a segurança dos equipamentos. Durante um teste de pressão da broca de exploração profunda tudo sai do controle. Depois que o fogo se alastra tudo se resume na busca pela sobrevivência naquele inferno de chamas, que para piorar tudo é localizado em alto-mar. Os efeitos especiais são bons, a produção idem, porém não consegui me empolgar em nenhum momento. Acredito que em termos de dramaticidade e emoção o filme deixe a desejar. Não empolga mesmo. Em muitos momentos soa burocrático. De interessante mesmo apenas as cenas finais quando somos apresentados às pessoas reais, aos sobreviventes. Vale por registrar essa história, mas como puro cinema não chega a emocionar. Falta mesmo emoção nessa obra. Uma pena.
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de janeiro de 2017
Dr. T E as Mulheres
Como Altman bem gostava de fazer, o roteiro é todo no estilo mosaico, com inúmeras estórias acontecendo ao mesmo tempo sem transparecer que elas estejam ligadas de alguma forma. Só no final todas as pontas e linhas se ligam, mostrando que no fundo era um só elo de ligação unindo todos os personagens. No fim de tudo quem salva a produção de afundar completamente é o seu elenco feminino. Fazendo jus ao título do filme as mulheres se destacam, desde as beldades mais jovenzinhas como Tara Reid, Kate Hudson e Liv Tyler, até as mais maduras como Helen Hunt e Farrah Fawcett. Essa última aliás, a famosa pantera loira da popular série de TV nos anos 70, teve um raro momento de destaque no cinema. Sempre achei a Farrah Fawcett bem injustiçada em Hollywood. Talvez por ser uma bela mulher, símbolo sexual, nunca a levaram à sério como atriz dramática. Uma pena. O Altman até tentou lhe dar uma chance aqui, mas como o filme como um todo é bem fraco seus esforços acabaram sendo em vão.
Dr. T E as Mulheres (Dr. T & the Women, Estados Unidos, 2000) Direção: Robert Altman / Roteiro: Anne Rapp / Elenco: Richard Gere, Helen Hunt, Farrah Fawcett, Laura Dern, Shelley Long, Tara Reid, Kate Hudson, Liv Tyler / Sinopse: Bem sucedido na carreira profissional, o médico Dr. T (Gere) vive uma verdadeira bagunça na sua vida emocional e afetiva. Filme indicado ao Leão de Ouro do Festival de Veneza.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Rock em Cabul
Título no Brasil: Rock em Cabul
Título Original: Rock the Kasbah
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Covert Media
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Mitch Glazer
Elenco: Bill Murray, Bruce Willis, Kate Hudson, Zooey Deschanel, Leem Lubany, Scott Caan
Sinopse:
Richie Lanz (Murray) é um agente de talentos fracassado que vê uma grande oportunidade pela frente quando é convidado a levar sua cantora Ronnie (Zooey Deschanel) para uma turnê internacional... no Afeganistão! Ela deverá se apresentar para as tropas americanas que estão estacionadas naquele distante país em guerra. Ignorando todos os riscos Lanz e Ronnie partem para uma viagem que mudará para sempre suas vidas! Filme inspirado em fatos reais.
Comentários:
Bill Murray é um dos poucos comediantes que ainda me animam a assistir filmes como esse. Na verdade de todos os gêneros cinematográficos que conheço a comédia parece ser a que mais decaiu nos últimos anos. É raro conseguir encontrar um bom filme nesse gênero para se divertir ultimamente. Dar boas risadas então... parece mesmo coisa do passado. Pois bem, esse filme aqui não se propõe a ser uma comédia para fazer você rolar de rir, nada disso. Na realidade o filme foi realizado para homenagear uma jovem cantora afegã que teve a coragem de se apresentar em um popular programa de TV de seu país, fato inédito até então. Acontece que dentro de certas alas do islamismo isso seria proibido pela lei religiosa. Mulheres não poderiam cantar e nem aparecer na televisão. Bill Murray é o atrapalhado empresário que por acaso ouve a garota cantando e fica maravilhado com seu talento. De resto acontece o que era de se esperar. Ele precisará passar por cima de todos os preconceitos para que a jovem realize seu sonho. Tudo com bom humor. Uma das coisas que mais me chamaram a atenção nessa produção e que definitivamente me convenceu a assisti-la foi o seu elenco. Temos aqui um ótimo grupo de atores e atrizes em cena (basta conferir na ficha técnica). Todos embarcaram no filme muito por causa da amizade que nutrem com Murray, um veterano carismático que conseguiu reunir todos esses profissionais em um filme apenas mediano. Pena que tirando Bill Murray nenhum dos demais atores são bem aproveitados. Bruce Willis, por exemplo, interpreta um mercenário durão (alguém poderia esperar por algo diferente?) que acaba ajudando Murray em sua empreitada de risco.
Para os fãs de Willis vai ser um tanto decepcionante perceber que ele praticamente não faz muita diferença dentro da estória. O mesmo vale para Kate Hudson e Zooey Deschanel, duas coadjuvantes de luxo. Por falar em luxo a Kate interpreta uma garota de programa supostamente de luxo que vai ganhar algum dinheiro em Cabul. Já Zooey (que tem um dos olhos mais lindos do cinema e da TV) também é mal aproveitada. Ela interpreta uma jovem cantora que acaba indo parar no Afeganistão para sua primeira "turnê" e que acaba entrando em pânico ao perceber como é perigoso estar por lá. Embora seja linda, a atriz passa o tempo todo com os olhos arregalados, cabelos despenteados e caretas de quem está apavorada. Desperdício completo. Obviamente que filmar em Cabul seria extremamente perigoso para todos esses profissionais então o filme foi também realizado no Marrocos, um país no norte da África que é bem mais ocidentalizado do que o Afeganistão, onde não existe nenhuma infraestrutura básica para acolher uma equipe de produção. Então é isso. Um filme assistível, nada importante, mas que diverte. Você não vai dar gargalhadas com ele, mas no final entenderá que pelas suas boas intenções vale pelo menos conferir, nem que seja uma única vez.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de setembro de 2016
O Maior Amor do Mundo
Título Original: Mother's Day
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: Garry Marshall
Roteiro: Anya Kochoff, Matthew Walker
Elenco: Jennifer Aniston, Kate Hudson, Julia Roberts, Timothy Olyphant, Shay Mitchell, Margo Martinda
Sinopse:
Perto da chegada do dia das mães um grupo de mulheres, das mais diversas faixas etárias, precisa lidar com os problemas de relacionamento envolvendo suas mães e sua própria maternidade. Há a mãe divorciada (Aniston) que agora precisa lidar com o fato do ex-marido estar casado com uma jovem, praticamente uma adolescente, que poderia ser sua filha; uma esposa (Hudson) que esconde da própria mãe que se casou com um indiano (já que ela tem um claro preconceito contra imigrantes e estrangeiros) e uma irmã que agora vive um relacionamento gay escondido de seus pais. Tudo tratado com bom humor e leveza.
Comentários:
Esse é aquele tipo de filme feito por e para mulheres que dificilmente despertará o interesse do público masculino. Para o cinéfilo em geral o único atrativo virá realmente do elenco (que conta com três estrelas de Hollywood) e nada muito além disso. Como o título original sugere ("Mother's Day" ou Dia das Mães), o roteiro explora a maternidade em suas diversas fases e peculiaridades. Todas as protagonistas são mães que enfrentam todos os tipos de problemas e desafios em seu dia a dia. Embora o enredo tivesse um potencial dramático, envolvendo questões emocionais e familiares, tudo desanda para o humor bem mais leve, totalmente inofensivo e com carga dramática praticamente nula. Esse talvez seja o maior problema do filme. Não há espaço para conflitos entre os personagens, tudo parece ser solucionado com um sorrisinho no rosto, sem traumas, sem brigas, sem nada. O diretor Garry Marshall (falecido recentemente, sendo esse seu último filme) parecia ter receios de traumatizar seu público ou algo assim. De certa forma ele trata e subestima completamente o público, evitando qualquer tipo de cena mais forte ou mais relevante. Quando o filme fica inofensivo demais, mesmo sendo uma comédia romântica, a coisa toda desanda para a pura água com açúcar, tornando tudo tão plastificado e falso que fica complicado seguir o filme até o seu final (igualmente inócuo e desprovido de carga dramática). Outro problema vem do tratamento em relação aos homens. Não há figuras masculinas fortes no roteiro. Todos os homens parecem ou fracos ou idiotas, imbecilizados e idiotizados. Nenhum deles tem um papel positivo dentro da trama. Olyphant, por exemplo, é um boboca que se apaixona por uma jovem, ignorando que ela talvez só esteja atrás de seu dinheiro. De certa forma tudo parece se desenvolver em uma realidade fake, que definitivamente não convence ninguém. As situações são manipuladas demais e não são muito divertidas e nem particularmente engraçadas. É tudo tão bobinho pra falar a verdade... e não há como negar que o filme no geral é de um vazio absurdo! Assim as piores situações - como ver seu ex-marido se apaixonando por uma gatinha praticamente adolescente ou o preconceito racial de seus pais para com o seu marido de origem estrangeira - acabam virando meras piadinhas de salão, estorinhas engraçadas para você contar para suas amigas em sessões de fofocas e fuxicos. Francamente...
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Noivas em Guerra
Título Original: Bride Wars
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Gary Winick
Roteiro: Greg DePaul, Casey Wilson
Elenco: Anne Hathaway, Kate Hudson, Candice Bergen, Bryan Greenberg, Chris Pratt
Sinopse:
Duas amigas de longa data cultivam uma rivalidade entre si, principalmente com assuntos femininos. As coisas começam a sair dos eixos quando ambas anunciam seus planos de casamento. Uma sempre querendo fazer a melhor festa, ter o melhor vestido do que a outra. Assim as duas começam a se boicotar para vencer a disputa de quem terá o casamento mais grandioso e chique. No final descobrirão que o mais importante do que a vaidade e o orgulho é a verdadeira amizade.
Comentários:
Mais uma comédia romântica que gira em torno de casamentos. Essa aqui se sobressai um pouquinho por causa da dupla central de atrizes. Kate Hudson, como sempre carismática, faz a advogada que quer tudo do melhor para seu noivado e casamento. Essa obsessão em superar sua antiga amiga acaba saindo do controle e ela começa a se prejudicar em tudo, até na sua vida profissional. Anne Hathaway interpreta seu contraposto, embora também jogue bem sujo, como por exemplo, quando coloca tinta azul no cabeleireiro de Kate. O jovem diretor Gary Winick que morreu precocemente em 2011 era um especialista nesse tipo de filme, tanto que dirigiu outras comédias românticas extremamente bem sucedidas nas bilheterias como "De Repente 30" (aquele simpático filme onde Jennifer Garner interpretava uma garotinha no corpo de uma mulher adulta de 30 anos) e "Cartas Para Julieta" (seu último filme, estrelado por Amanda Seyfried e que trazia de brinde uma participação mais do que especial da grande atriz Vanessa Redgrave). Nesse "Noivas em Guerra" o cineasta também conseguiu acertar ao explorar as pequenas (e grandes) maldades que podem existir dentro do universo das amizades femininas. É um passatempo muito inofensivo e sem maiores consequências mas que pode vir a divertir numa tarde sem nada melhor para assistir.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Dois é Bom, Três é Demais
O roteiro não traz absolutamente nada demais. Como se trata de um texto de costumes as situações engraçadas surgem da complicada convivência de Dupree com o casal. A boa notícia é que o texto surge “limpo” sem as baixarias costumeiras que andam invadindo as comédias americanas nos últimos tempos. Como não poderia deixar de ser o filme se apóia quase que completamente na presença carismática de Owen Wilson, que construiu toda a sua carreira em cima de apenas um tipo de personagem, a do adolescente tardio, um sujeito que passa da idade, se torna trintão, mas segue se comportando como um adolescente qualquer, levando a vida na flauta. Kate Hudson segue também na mesma, fazendo a eterna “namoradinha da América” de sempre. Em termos de curiosidade temos em cena um Michael Douglas completamente deslocado, aqui representando uma espécie de símbolo da ganância do americano médio. Dupree, ao contrário disso, não tem grandes ambições na vida, apenas ser feliz da melhor maneira que puder. Deixando um pouco de lado o filme em si é interessante relembrar o terrível acontecimento que se abateu sobre o ator Owen Wilson nos bastidores. Após seu rompimento com Kate Hudson (eles sempre tiveram um relacionamento amoroso dos mais complicados), Owen parece ter perdido todo o seu bom humor ao tentar se suicidar! Quando soube da notícia fiquei perplexo porque afinal de contas o ator sempre cultivou aquela imagem de sujeito boa praça e cabeça fria nas telas. De repente vê-lo ali no noticiário, entre a vida e a morte, realmente me surpreendeu. Nesse caso a arte não imitou a vida.
Dois é Bom, Três é Demais (You, Me and Dupree, Estados Unidos, 2006) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Mike LeSieur / Elenco: Owen Wilson, Matt Dillon, Kate Hudson, Michael Douglas, Seth Rogen, Amanda Detmer / Sinopse: Após seu casamento um casal se vê numa situação complicada: o amigo e padrinho do noivo, sem emprego e sem dinheiro, começa a morar com eles.
Pablo Aluísio.
domingo, 2 de novembro de 2014
Apagar Histórico
Título Original: Clear History
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Pictures
Direção: Greg Mottola
Roteiro: Larry David, Alec Berg
Elenco: Larry David, Jon Hamm, Kate Hudson, Michael Keaton, Eva Mendes
Sinopse:
Nathan (Larry David) mais parece um hippie velho, com longa barba e cabelos rebeldes, mas no fundo é um executivo de marketing de uma montadora de carros elétricos. Na véspera de lançamento do veículo chamado Harold, ele resolve sair, levando suas ações. Desnecessário dizer que fica arruinado financeiramente já que o carro se revela um enorme sucesso de vendas. Com o fracasso de sua carreira profissional e pessoal, ele resolve ir morar numa cidadezinha costeira, onde acaba mudando de nome, sendo agora conhecido como Rolly, afinal o que ele quer mesmo é esquecer o seu passado a todo custo. Sua vida pacata porém logo vira ao avesso quando ele descobre que seu antigo sócio Will Haney (Jon Hamm) acaba de comprar uma mansão nas vizinhanças.
Comentários:
Quem já conhece o humor do ator, roteirista e diretor Larry David já saberá de antemão o que encontrará pela frente. Ele não é muito conhecido no Brasil, a não ser por ter sido um dos criadores da série "Seinfeld". Depois do sucesso espetacular desse programa ele resolveu arriscar com uma nova comédia, dessa vez produzida pela HBO chamada "Curb Your Enthusiasm" que também se tornou bem popular nos Estados Unidos. Agora ele está de volta para essa simpática fita de humor que novamente procura fazer graça com o seu tipo fora do comum. Larry David sempre fez um tipo de humor mais intelectual, usando bastante do timing judeu, onde ele parece estar sempre deslocado onde vive. De certa forma lembra até mesmo Woody Allen em sua essência. Diálogos bem escritos, situações constrangedoras e muito mal estar fazem parte de seu cardápio. Além disso seus personagens parecem sempre apresentar algum tipo de transtorno obsessivo, o que torna tudo ainda mais divertido, pelo menos sob uma viés de humor negro. Outro destaque vem do elenco coadjuvante, atores e atrizes famosos que aceitaram participar do filme apenas pelo prazer de contracenar com David. Entre eles temos o astro de "Mad Men" Jon Hamm e a eterna namoradinha da América, Kate Hudson. Uma comédia inofensiva que no final das contas cumpre seu objetivo de lhe proporcionar algumas boas risadas no fim de noite.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Risco Imediato
Título Original: Good People
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Henrik Ruben Genz
Roteiro: Kelly Masterson, Marcus Sakey
Elenco: James Franco, Kate Hudson, Tom Wilkinson, Sam Spruell
Sinopse:
Tom (James Franco) e sua esposa Anna (Kate Hudson) formam um casal que, em dificuldades financeiras, resolve alugar o porão de sua casa para ajudar no pagamento da hipoteca de onde moram. O problema é que o inquilino é um assaltante de bancos e assassino que acaba sendo encontrado morto por uma overdose de drogas pouco tempo depois de se mudar para lá. Depois que seu corpo é removido, casualmente Tom acaba também encontrando no quarto alugado uma maleta cheia de dinheiro proveniente de seu último roubo. Toma então uma decisão que irá se arrepender depois ao decidir que ficará com a pequena fortuna de 200 mil libras para si. Não tardará para que outros criminosos venham em busca do dinheiro, o que colocará Tom e Anna em sério perigo de vida.
Comentários:
O filme até que começa bem. O roteiro mostra esse simpático casal que só deseja mesmo ser feliz, mesmo levando uma vida muito apertada do ponto de vista financeiro. O problema é que eles estão em apuros nesse campo. A hipoteca está vencida e eles estão prestes a serem despejados da casa onde moram. Depois que encontram a mala cheia de dinheiro roubado de seu inquilino falecido a vida dos dois vira pelo avesso. Obviamente criminosos violentos virão atrás da grana e policiais corruptos não tardarão a também tentar pegar seu naco daquele dinheiro todo. E assim quando pensamos que tudo se resumirá em um inocente casal tentando sobreviver em jogo sórdido as coisas mudam - para piorar no meu ponto de vista. Eles resolvem levar os bandidos para uma casa isolada nos arredores de Londres. Uma casa em reformas, com tudo ainda muito precário, já que Tom (Franco) que trabalha na construção civil ainda está terminando as obras no local. Lá criam uma série de armadilhas para eliminar um por um seus perseguidores. O que se segue é um verdadeiro banho de sangue. Esse roteiro derrapa justamente nisso. Fiquei com a sensação de estar assistindo a uma versão adulta e violenta de "Esqueceram de Mim", onde o garotinho também bolava uma série de armadilhas em sua casa para prejudicar os bandidos invasores. No final de tudo muitas perguntas e pontas soltas pairam no ar. A mais intrigante delas é: Por que o casal não se mandou logo após encontrar o dinheiro, aquela pequena fortuna? Por que resolveram esperar pelo surgimento de criminosos psicopatas em seu caminho? Teria sido muito fácil eles fugirem na mesma noite em que encontraram a sacola cheia de libras. São perguntas sem respostas. De qualquer maneira vale a presença da sempre gracinha Kate Hudson, com direito a generosas cenas de nudez onde expõe seu dotes que a natureza lhe deu. Obviamente os marmanjos vão gostar. Já para quem estiver em busca apenas de um bom thriller policial de suspense a sensação não será de plena satisfação. Poderia ter sido bem melhor se os clichês não fossem tão recorrentes.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
O Fundamentalista Relutante
Título Original: The Reluctant Fundamentalist
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, Inglaterra, Catar
Estúdio: IFC Films
Direção: Mira Nair
Roteiro: Javed Akhtar, Ami Boghani
Elenco: Riz Ahmed, Liev Schreiber, Kate Hudson, Kiefer Sutherland
Sinopse:
Changez (Riz Ahmed) é um jovem natural do Paquistão que ganha uma bolsa de estudos numa conceituada universidade americana. Lá conhece a riqueza e a liberdade da sociedade dos Estados Unidos e chega até mesmo a se envolver com uma linda garota de Nova Iorque, Erica (Kate Hudson). Após se formar, arranja emprego numa empresa especializada no mercado financeiro. Tudo corria conforme seu planos até o dia 11 de setembro de 2001 quando Nova Iorque sofre o maior atentado terrorista de sua história. O mundo não seria mais o mesmo e nem a vida de Changez, que acaba entrando em um grande dilema moral consigo mesmo.
Comentários:
Pelo visto os americanos não vão superar 11 de setembro tão cedo. Esse é mais um filme que se propõe a discutir os efeitos e as causas daquele terrível evento. O ponto de vista acaba sendo o de um paquistanês que vai para a América estudar, se formar e começar a progredir em sua vida pessoal e profissional até que tudo vira de cabeça para baixo com os atentados terroristas. O filme se utiliza bastante bem do recurso de flashbacks. Logo no começo somos apresentados a um suposto jornalista americano (Liev Schreiber) que vai até uma casa de chá na capital paquistanesa para entrevistar um professor universitário local que tentará lhe dizer que nada tem a ver com o sequestro de um outro americano, um acadêmico acusado de espionagem que caiu nas garras de grupos extremistas. A partir desse encontro o homem, a quem a CIA acredita estar envolvido na captura do refém americano, vai lhe contar sua história. E a partir daí o espectador vai conhecendo todos os eventos. Essa opção do roteiro se mostra bastante eficiente pois o espectador começa a compreender o que acaba levando alguém a entrar numa guerra religiosa tão sangrenta como a do Oriente Médio, mesmo essa pessoa tendo tido contato com a cultura e o modo de pensar dos ocidentais. O filme tem ótimo elenco, direção segura e firme e uma trama mais do que interessante. Não vai interessar a todos os públicos mas para quem procura por respostas sobre a eterna crise internacional do mundo islâmico será muito proveitoso.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Quase Famosos
Título Original: Almost Famous
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, DreamWorks SKG
Direção: Cameron Crowe
Roteiro: Cameron Crowe
Elenco: Billy Crudup, Frances McDormand, Kate Hudson, Philip Seymour Hoffman
Sinopse: Um garoto de apenas 15 anos realiza o sonho de qualquer jovem de sua idade: cobrir a excursão de uma banda de rock durante os anos 70. Contratado pela famosa revista Rolling Stone ele coloca o pé na estrada ao lado de músicos, empresários e tietes e vivencia na pele os loucos anos da história do rock americano.
Comentários:
Sim, faz bastante tempo, mas me lembro bem do lançamento desse "Almost Famous". Na época o filme foi mais do que badalado. Também pudera, o cineasta Cameron Crowe virou o queridinho da mídia e do jornalismo que se achava mais descolado. No auge do exagero chegaram a chamar Crowe de "gênio da nova geração". Como sou muito precavido desses arroubos da imprensa - sempre indo atrás da última modinha - resolvi esperar para crer. Não há como negar que " Quase Famosos" é um bom filme. O mesmo se aplica a "Jerry Maguire" e "Vida de Solteiro". O mesmo não se pode dizer porém de coisas como "Tudo Acontece em Elizabethtown" e "Compramos Um Zoológico". Trocando em miúdos: Crowe é um diretor interessante? Sim, claro. É um gênio da sétima arte? Não, faça-me o favor... Assim deixando as bobagens da mídia de lado vamos analisar o filme sem exageros. O roteiro é de fato acima da média (levemente inspirado na própria vida de Crowe) e o elenco como um todo está muito bem (com destaque para Frances McDormand, Kate Hudson e Philip Seymour Hoffman). Obviamente que quem gosta de Rock vai apreciar muito mais, afinal o filme passeia com desenvoltura dentro do cenário musical das bandas dos anos 70. Mas fora isso não há como qualificar "Quase Famosos" como excepcional ou obra prima. Assista, ignore as opiniões mais ufanistas e descabeladas e o mais importante de tudo, divirta-se sem maiores compromissos. Quer algo mais rock ´n´ roll do que isso?
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
A Chave Mestra
Título Original: The Skeleton Key
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Iain Softley
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Kate Hudson, Gena Rowlands, John Hurt, Peter Sarsgaard
Sinopse:
A jovem Caroline Ellis (Kate Hudson) ajuda doentes terminais. Ela pretende formar uma reserva de dinheiro para assim realizar o sonho de se formar em enfermagem. Um de seus clientes, Ben Devereaux (John Hurt) a contrata. Ele mora em New Orleans, um lugar conhecido pelas feitiçarias das práticas vodus. Caroline porém não acredita em nada disso pois se considera uma garota racional. Seu ceticismo porém será colocado à prova diante de alguns acontecimentos inexplicáveis que começarão a surgir ao seu redor.
Comentários:
Gostei desse filme por vários motivos, um deles foi a ambientação e o clima que foi montado em torno do enredo. Tudo muito sombrio, misterioso e sinistro. Outro aspecto que me atraiu bastante foi a boa presença da Kate Hudson e do John Hurt. São diferentes tipos de profissionais. A primeira como atriz ainda está se formando, já Hurt é um ator de talento consagrado. Ambos estão muito bem em seus personagens. De uma forma ou outra pelo menos as coisas se encaixaram e o resultado foi satisfatório. É um terror dos bons - e sim, consegue causar medo mesmo no espectador, afinal New Orleans nunca esteve tão assustadora como aqui. O roteiro mostra aspectos das religiões afro-americanas que vão soar bem familiares aos brasileiros em geral. New Orleans é uma cidade diferente dentro daquele país com cultura, religião e aspectos sociais bem particulares. O roteiro acertou em cheio ao explorar essa diversidade de crenças na cidade mais singular dos Estados Unidos. O resultado é muito bom!
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Um Presente Para Helen
O bom de “Um Presente Para Helen” é que o filme, mesmo sendo uma comédia sem grandes pretensões, consegue discutir até razoavelmente bem sobre as responsabilidades das mulheres de hoje que não apenas precisam cuidar da família mas também lidar com seus aspectos profissionais dentro do competitivo mercado de trabalho. Recentemente me lembrei do filme após uma reportagem de capa da revista Veja onde vários casais (e pessoas solteiras) se diziam muito felizes sem filhos. Afinal olhando objetivamente temos que concordar que apesar de ser algo natural na vida das pessoas ter um filho hoje em dia importa em se assumir uma carga pesada, não apenas emocional mas financeira também. Para quem deseja uma vida mais despreocupada e leve a opção é realmente curtir a vida, sem a responsabilidade de cuidar de crianças. Enfim, recomendo esse “Um Presente Para Helen”, um filme que diverte e levanta bons debates ao mesmo tempo.
Um Presente Para Helen (Raising Helen, Estados Unidos, 2004) Direção: Garry Marshall / Roteiro: Patrick J. Clifton, Beth Rigazio / Elenco: Kate Hudson, John Corbett, Joan Cusack / Sinopse: Helen Harris (Kate Hudson) é uma mulher bem sucedida, grande profissional que não tem a menor intenção de ter filhos para prejudicar sua ascensão na carreira até que por uma fatalidade acaba ficando responsável por três crianças colocando sua vida de cabeça para baixo.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 4 de março de 2013
Como Perder Um Homem em 10 Dias
Bobinho o argumento? Claro que é! O filme traz de volta a dupla Matthew McConaughey e Kate Hudson que durante um certo tempo pretendeu mesmo virar o casal clichê das atuais comédias românticas tal como foram no passado Rock Hudson e Doris Day e mais recentemente Tom Hanks e Meg Ryan. O problema é que esse tipo de filme funcionava melhor antes quando os costumes eram bem mais rígidos e o relacionamento entre homem e mulher tinha regras mais básicas. No mundo de hoje, onde os papéis geralmente andam invertidos, a coisa toda não consegue ter a mesma graça. Assim o roteiro, que já não é lá grande coisa, se apóia com tudo no carisma da dupla central de atores. Kate Hudson continua uma gracinha, uma simpatia mesmo e Matthew também continua o mesmo, geralmente interpretando sempre o mesmo papel, não importando o personagem que faz. Só não se consegue entender bem porque ele sempre tem que aparecer em cena sem camisa exibindo seus “talentos” físicos! Parece até uma obsessão pra falar a verdade. Para piorar o filme tem problemas de ritmo e a química do casal não transparece tão bem na tela. Assim fica o aviso: não é tão engraçada como parece ser essa comédia romântica, faltou mesmo timing e feeling para a coisa ser melhor. Fica para a próxima!
Como Perder Um Homem em Dez Dias (How to Lose a Guy in 10 Days, Estados Unidos, 2003) Direção: Donald Petriee / Roteiro: Kristen Buckley, Brian Regan, Burr Steers / Elenco: Kate Hudson, Matthew McConaughey, Kathryn Hahn, Annie Parisse, Adam Goldberg, Thomas Lennon, Michael Michele, Shalom Harlow, / Sinopse: Publicitário pretende ganhar uma aposta com seu chefe mostrando que pode fazer uma mulher se apaixonar por ele em apenas dez dias. Ao mesmo tempo uma jornalista pretende provar a veracidade de seu artigo intitulado “Como Perder Um Homem em Dez Dias”. Por uma coincidência acabam se encontrando o que dará origem a muitas confusões pois os objetivos deles são diametralmente opostos!
Pablo Aluísio.