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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Gaiola Mental

Título no Brasil: Gaiola Mental
Título Original: Mindcage
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Mauro Borrelli
Roteiro: Mauro Borrelli
Elenco: Martin Lawrence, John Malkovich, Robert Knepper

Sinopse:
Um serial killer mata suas vítimas e usa seus corpos como verdadeiras obras de arte do macabro, os transformando em anjos barrocos da renascença. É um velho sistema que foi usado anos antes por outro assassino em série e esse, agora condenado e preso, pode ajudar nas devidas investigações para prender o criminoso que nos dias atuais imita seus métodos. 

Comentários:
Que filme ruim! Eu esperava por algo muito, mas muito melhor. Acabei assistindo a um filme cheio de problemas, cheio de ruindades cinematográficas! A começar pelo roteiro que é uma imitação barata e mal feita de "O Silêncio dos Inocentes". O elenco é todo mal escolhido. O comediante Martin Lawrence tentando bancar o papel sério de um policial é uma das coisas mais constrangedoras dos últimos tempos. Cheio de caretas, caricato ao extremo, ele afunda de forma solene. O único bom ator do filme se chama John Malkovich, mas uma andorinha só não faz verão e ele afunda na ruindade, abraçado com a péssima direção. O roteiro é tão patético que inventaram um plot twist apelativo que me fez dar uma sonora gargalhada quando apareceu em cena! A única coisa boa dessa bomba é o trabalho da equipe de maquiagem e figurinos. As vítimas em metamorfose de anjos, é legal. Uma premissa boa que foi desperdiçada em um filme muito ruim! O resto é para se esquecer. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Além das Nuvens

Título no Brasil: Além das Nuvens
Título Original: Al di là delle nuvole
Ano de Lançamento: 1995
País: França, Alemanha
Estúdio: Sunshine Cine B
Direção: Michelangelo Antonioni, Wim Wenders
Roteiro: Michelangelo Antonioni, Wim Wenders
Elenco: John Malkovich, Sophie Marceau, Jean Reno, Peter Weller, Marcello Mastroianni, Jeanne Moreau

Sinopse:
Quatro histórias envolvendo a complicada e delicada situação envolvendo casais em momentos cruciais de seus relacionamentos. As questões envolvem não apenas as traições, os elos e corações partidos, mas também sobre o fim do amor como processo natural na vida dessas pessoas. 

Comentários:
O cinema europeu sempre teve muita classe, elegância e sofisticação. Então ter a oportunidade de unir dois grandes diretores do cinema na Europa, sob a chancela de um grande elenco, cheio de atores e atrizes talentosos, tudo em um só filme, já justificava a ida nas locadoras nos anos 90 para conferir essa produção. Eu particularmente gostei muito do que vi na época. É realmente um filme muito bom. Entretanto há uma certa irregularidade nas 4 histórias contadas, sendo que duas delas funcionam muito bem, mas com queda de qualidade nas demais. Quem se sai melhor nesse duelo amigável foi o diretor Michelangelo Antonioni. Falecido em 2007, esse cineasta italiano foi de fato um mestre da sétima arte e seus segmentos nesse filme são muito mais interessantes e bem superiores em termos cinematográficos do que os que foram assinados por Wim Wenders. Enfim, encontro de grandes diretores de cinema em belo filme sobre o amor e as dores emocionais que ele causa. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

O Sobrevivente

O filme se passa em um tempo em que uma grande pandemia mundial matou milhões de pessoas. Isso praticamente significou a queda da civilização tal como a conhecemos. Mas eis que surge uma jovem que parece ter imunidade ao vírus que se espalhou mundo afora. Ela pode ser a chave para a cura desta nova doença. Acaba indo parar na fazenda de um rancheiro solitário, interpretado por Jonathan Rhys Meyers. Ele tenta levar adiante aquela propriedade, mesmo sabendo que será tudo em vão, mais cedo ou mais tarde. O problema é que a garota também é alvo de perseguição por fanáticos extremistas. Entre eles está um pastor enlouquecido e alucinado, interpretado por John Malkovich. Ele colocou na cabeça que Deus o enviou em uma missão de salvação do mundo. Ele deve encontrar a jovem imune e ter um filho com ela. Esse filho será o Salvador da humanidade, o novo Messias.

Esse pastor enlouquecido é rodeado por um grupo de seguidores fanatizados, armados até os dentes. Olha só, me lembrou até mesmo de certos líderes religiosos aqui no Brasil. Pois bem, ele parte pra cima do rancheiro e da garota. E assim se trava uma luta de muita violência. Eu não diria que esse filme é ruim, mas eu diria que ele é bem banal. A boa premissa se perde rapidamente. O filme se mostra arrastado em certos momentos. O roteiro é preguiçoso. A partir de determinado momento tudo se resume em uma luta entre os personagens. Não há muita originalidade. No final o que sobra é um filme que desperdiça uma boa premissa em troca de nada.

O Sobrevivente (The Survivalist, Estados Unidos, 2021) Direção: Jon Keeyes / Roteiro: Matthew Rogers / Elenco: Jonathan Rhys Meyers, John Malkovich, Ruby Modine / Sinopse: Em um mundo devastado por uma pandemia mundial, um fazendeiro, uma garota em perseguição e um grupo de religiosos insanos travam uma luta de vida ou morte. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Ratos e Homens

Título no Brasil: Ratos e Homens
Título Original: Of Mice and Men
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Gary Sinise
Roteiro: Horton Foote
Elenco: John Malkovich, Gary Sinise, Sherilyn Fenn, Ray Walston, Casey Siemaszko, John Terry

Sinopse:
Filme com roteiro baseado no clássico da literatura norte-americana "Of Mice and Men" de John Steinbeck. Na história dois homens, trabalhadores comuns, tentam sobreviver em uma América devastada pela grande depressão. Com economia arruinada não havia mais trabalho para homens como aqueles. Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes.

Comentários:
A Grande Depressão destruiu milhões de empregos, deixando milhares de trabalhadores norte-americanos na mais completa miséria. Esse filme que foi baseado no clássico da literatura humaniza dois desses homens, tentando sobreviver em um país em ruínas. Um deles é um trabalhador do campo, um homem forte e duro, pronto para o trabalho pesado. O outro é uma pobre criatura, com problemas mentais. O mais forte procura proteger o mais fraco. O elenco é ótimo, contando com dois grandes atores nos personagens principais. John Malkovich e Gary Sinise estão ótimos. Esse último inclusive dirigiu o filme, mostrando que tinha talento não apenas para atuar, mas para dirigir também. Embora o filme tenha tido ótima recepção no exterior, inclusive sendo prestigiado em Cannes, acabou sendo esnobado pelo Oscar. Complicado entender, já que era um filme ideal para levar várias estatuetas. Enfim, temos aqui um ótimo filme, valorizado especialmente pela história que conta e pelo elenco acima da média.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

O Libertino

Filme de época que conta a história de John Wilmot (Johnny Depp), Conde de Rochester. Poeta do século XVII ele teve seu trabalho reconhecido apenas postumamente. Seus escritos foram influenciados pelo seu modo de viver excessivo. Um amante da boa vida, do vinho e da devassidão, acabou encontrando o caminho da morte ainda bem jovem. Uma espécie de herói do hedonismo sem culpas. Era de se esperar que o filme baseado em sua vida fosse ao menos interessante. Particularmente não gostei do resultado. Com uma fotografia excessivamente escura - provavelmente para esconder as cenas mais quentes passadas nos bordéis da época - o roteiro parece confundir a todo tempo a proposta do poeta com um sensacionalismo barato e sem conteúdo.

O estúdio errou também ao dar muito poder e controle sobre o filme ao ator Johnny Depp. Em troca de um cachê menor, ele recebeu maior controle sobre praticamente toda a produção. Ao escalar um amigo, Laurence Dunmore, para dirigir o filme acabou estragando tudo. Laurence nunca havia dirigido um longa-metragem antes na vida e abusou da chance de errar. Não deu bom ritmo ao filme, truncou o enredo com uma edição equivocada e perdeu uma excelente oportunidade de contar uma boa história. Depois de tantos erros o filme praticamente passou em brancas nuvens e foi logo esquecido. No caso o ego de Depp foi o grande responsável pelo fracasso comercial e artístico da fita.

 O Libertino (The Libertine, Inglaterra, Austrália, 2004) Direção: Laurence Dunmore / Roteiro: Stephen Jeffreys / Elenco: Johnny Depp, Samantha Morton, John Malkovich, Rosamund Pike / Sinopse: A história real de um nobre que fez de sua vida uma sucessão de excessos de todos os tipos. Filme vencedor do British Independent Film Awards na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Rosamund Pike).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Retratos de Uma Mulher

No século XIX a jovem americana Isabel Archer (Nicole Kidman) resolve ir para a Europa em busca de seus sonhos. Lá encontra o amor, mas acaba caindo em uma armadilha ao se casar com um homem desonesto, antiético e manipulador. A partir daí toda a sua vida praticamente desmorona. Excelente drama de época estrelada por uma ainda bastante jovem Nicole Kidman, na época procurando se firmar em filmes com mais conteúdo e densidade. Foi uma excelente escolha. O roteiro era baseado no texto do consagrado autor Henry James. Quem conhece sua obra sabe que James sempre explorou os porões da alma humana, muitas vezes dissecando o lado mais cruel e mesquinho de todos os seres humanos. A direção do filme ficou com a excelente cineasta Jane Campion, que naquele momento vivia uma ótima fase pois ainda desfrutava do sucesso de público e crítica de "O Piano".

O filme é bem refinado, tem muito estilo, é sofisticado e com uma finesse à toda prova. A produção é classe A, com ótima reconstituição de época e figurinos luxuosos. Realmente tudo muito bom. Arriscaria até mesmo a dizer que ele traz uma das cinco melhores interpretações da carreira de Kidman. Indicado para quem tem um gosto cinematográfico mais refinado do que o habitual. Tanto bom gosto lhe valeu indicações merecidas ao Oscar. Um filme que realmente vale a pena ser conhecido, ainda mais por quem não teve a oportunidade de assisti-lo nos anos 90. Um dos melhores da filmografia de Nicole Kidman.

Retratos de Uma Mulher (The Portrait of a Lady, Estados Unidos, Inglaterra, 1997) Direção: Jane Campion / Roteiro: Laura Jones, baseada no romance de Henry James / Elenco: Nicole Kidman, John Malkovich, Barbara Hershey, Mary-Louise Parker, Shelley Winters, Christian Bale, Viggo Mortensen, John Gielgud, Richard E. Grant / Sinopse: O filme mostra o drama de uma jovem mulher mergulhada em um casamento infeliz. Filme indicado nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Barbara Hershey) e Melhor Figurino (Janet Patterson). Vencedor do Venice Film Festival na categoria de Melhor Filme.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Caixa de Pássaros

Esse é um daqueles filmes que exigem uma grande cumplicidade do espectador. Você vai ter que assumir a proposta do roteiro (que foi baseada em um livro de sucesso escrito por Josh Malerman). E qual seria essa premissa complicada? O mundo começa a entrar em caos social após um estranho fenômeno acontecer. As pessoas que olham para esse evento perdem o juízo, cometem atos de loucura e até mesmo se suicidam. A única maneira de escapar é ficar de olhos vendados. A protagonista, Malorie (Sandra Bullock), é uma jovem mãe que tenta sobreviver e ao mesmo tempo manter seus filhos salvos dessa loucura completa que assola a humanidade.

O filme apresenta duas linhas narrativas, uma no passado e outra no presente. No passado os acontecimentos são contados desde o começo, quando esse estranho fenômeno começou a acontecer, a morte de sua irmã e a fuga para uma casa onde um pequeno grupo tenta sobreviver. No presente é mostrada a luta dela em navegar por um rio, de olhos vendados, enquanto tenta encontrar uma comunidade de sobreviventes. Funciona a trama? Em termos. No geral essa coisa toda de ficar de olhos vendados se torna cansativa depois de um tempo. Também faltam maiores explicações. Seria tudo fruto de alucinações? Seriam entidades sobrenaturais atacando o mundo? Bom, esse tipo de resposta não será dada ao espectador. Só sobra assim torcer para que eles sobrevivam. Poderia ser um filme melhor se fosse melhor explicado.

Caixa de Pássaros (Bird Box, Estados Unidos, 2018) Estúdio: Netflix / Direção: Susanne Bier / Roteiro: Eric Heisserer, baseado no livro Caixa de Pássaros escrito por Josh Malerman / Elenco: Sandra Bullock, John Malkovich, Trevante Rhodes, Sarah Paulson, Danielle Macdonald, Lil Rel Howery / Sinopse: Após um estranho fenômeno inexplicável que assola o mundo, uma jovem mãe tenta sobreviver ao lado de seus filhos. Filme premiado pelo Fangoria Chainsaw Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Arkansas

Filme muito bom, me surpreendeu. A história gira em torno de um grupo de traficantes menores, peões no comércio de drogas que atuam no sul dos Estados Unidos. Como um dos personagens explica logo no começo do filme, por aquelas bandas não existe um "crime organizado", nem nada como se vê nos filmes de mafiosos italianos de Nova Iorque. O tráfico de drogas é, ao contrário disso, bem desorganizado. Os criminosos geralmente são pessoas do baixo clero, alguns bandidinhos de segunda classe. Cada um tentando sobreviver a cada dia. Nenhum deles se tornando um grande chefão do mundo do crime. O personagem interpretado pelo ator Liam Hemsworth se encaixa nesse tipo de perfil de criminoso de segunda linha. Ele vende pequenas quantidades de drogas, o necessário apenas para pagar suas contas mais básicas com aluguel, alimentação, etc. Nada que o vá deixar rico ou algo semelhante. Essa situação dura até que surge o convite para ele ir até o Arkansas. Lá atua um traficante conhecido apenas como Frog, o sapo. Ninguém realmente conhece ele. O sujeito é especialista em viver na surdina, obviamente para não ser morto por concorrentes ou ser preso pela polícia.

Na verdade Frog (Vince Vaughn) era um vendedor de bugigangas de uma pequena loja de Memphis que viu uma oportunidade de ganhar mais dinheiro vendendo outro produto mais lucrativo. No caso, claro, drogas. E ele acaba se dando muito bem, sempre mantendo sua identidade completamente desconhecida até mesmo com os que trabalhavam para ele. Havia ali uma hierarquia, contando inclusive com tiras corruptos, tal como o policial florestal interpretado por John Malkovich. Quando esse é assassinado, Frog percebe que há uma quebra na cadeia de vendas. Algo que ele vai precisar consertar, mesmo que seja com muita violência. Clark Duke, que dirige esse filme muito bom, também atua como o traficante pernóstico conhecido apenas como Swin. Um sujeitinho folgado, que não está nem aí para as regras do trárico. Ele apenas quer se dar bem. O roteiro desse filme tem uma fina ironia, uma inteligência que me agradou bastante. O cotidiano desses criminosos que vivem na mais baixa hierarquia do tráfico de drogas no sul, não deixa de ter momentos divertidos e morbidamente engraçados. É uma espécie de "Os Bons Companheiros" sem a cosa nostra e seu glamour. Enfim, esse é um daqueles lançamentos desse ano que você deve assistir. Está bem acima dos demais filmes de 2020 que vi até agora.

Arkansas (Arkansas, Estados Unidos, 2020) Direção:  Clark Duke / Roteiro: Clark Duke, Andrew Boonkrong / Elenco: Liam Hemsworth, Vince Vaughn, John Malkovich,  Clark Duke, Jacob Zachar, Patrick Muldoon / Sinopse: Um grupo de traficantes do baixo clero do mundo do crime começa um jogo de vida e morte pelo controle da venda de drogas no estado do Arkansas. Quem conseguir se manter vivo até o final se tornará o novo chefão do tráfico.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Na Linha de Fogo

Título no Brasil: Na Linha de Fogo
Título Original: In the Line of Fire
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Jeff Maguire
Elenco: Clint Eastwood, John Malkovich, Rene Russo, Dylan McDermott, Gary Cole, Fred Dalton Thompson

Sinopse:
O agente do Serviço Secreto Frank Horrigan (Clint Eastwood) não pôde salvar o presidente John Kennedy, que foi assassinado ao seu lado, quando esse andava de carro aberto em Dallas, mas ele está determinado a não deixar um assassino obcecado derrubar esse novo presidente.

Comentários:
Achei apenas razoável esse filme. Veja bem, eu adoro o trabalho de Clint Eastwood, tanto como diretor, como apenas ator. Aqui ele deu um freio numa série de filmes em que atuava e dirigia e topou interpretar o protagonista, sem dar apito em roteiro, direção, etc. Em se tratando de Clint Eastwood é uma surpresa e tanto. De volta ao filme, o que temos aqui é apenas uma fita de rotina no meu ponto de vista. Novamente o roteiro adota um certo tom ufanista em relação aos presidentes americanos (isso foi antes da era Trump) e os mostra como heróis da nação, homens íntegros, etc. Aquela coisa toda. Sabemos que na vida real, por exemplo, o presidente JFK tinha falhas de caráter, então não tem como embarcar completamente em certa nuances desse roteiro cheio de patriotada barata. De qualquer forma Clint Eastwood sempre mantém sua dignidade, mesmo em filmes de rotina. E mantém o charme mesmo quando corre ao lado de um carro presidencial, sendo um homem de sua idade. Pensando bem esses caras durões realmente não respeitam e nem seguem limites por causa da idade. São forjados em outra época. Por fim uma curiosidade: o filme conseguiu três indicações ao Oscar! Foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original e melhor edição. Além disso o ator John Malkovich foi lembrado pela academia na categoria de melhor ator coadjuvante. Nada mal, nada mal mesmo...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Joana D'Arc

Título no Brasil: Joana D'Arc
Título Original: Joan of Arc
Ano de Produção: 1999
País: França
Estúdio: Gaumont Films
Direção: Luc Besson
Roteiro: Andrew Birkin, Luc Besson
Elenco: Milla Jovovich, John Malkovich, Rab Affleck, David Bailie, Timothy Bateson, Andrew Birkin
  
Sinopse:
Filme que recria a vida de Joana, jovem camponesa que logo se torna um símbolo para o exército francês durante uma longa e sem fim guerra contra os ingleses durante a idade média. Ela afirma ter visões de Deus. Que ela seria a escolhida para liderar os franceses em direção ao fim da guerra, com a vitória de sua nação. E de fato quando ela começa a entrar no campo de batalha as vitórias começam a acontecer. Filme vencedor do César Awards na categoria de Melhor Som. 

Comentários:
A vida de Joana D'Arc já foi incrível o suficiente. Nem o mais talentoso escritor da idade média poderia criar uma mitologia como a que envolveu a vida dessa jovem. Ela saiu do completo anonimato e se tornou uma das figuras femininas mais conhecidas da história. O interessante é que sua presença no campo de batalha inspirava os soldados franceses e em pouco tempo uma guerra que parecia perdida mudou de rumos, fazendo com que a França viesse a superar a Inglaterra no conflito. Claro que isso também mexeu com os poderosos da época. O Rei da França se revelou um traidor e os membros do clero foram acusados de ajudar numa conspiração que a levaria para a morte na fogueira da inquisição. Porém, segundo modernos historiadores, nem tudo foi exatamente dessa maneira. De qualquer forma a produção desse filme foi impecável. Os figurinos de época, as armaduras brilhantes e reluzentes, os grandes confrontos no campo de batalhar. Nada faltou nesse quesito. O maior erro do diretor porém aconteceu na escolha do elenco. Colocar Milla Jovovich para interpretar Joana foi um erro e tanto. Ela nunca teve a expressividade dramática que um filme como esse exigia. E isso ficou claro já nas primeiras cenas. Poucas vezes vi uma atriz tão sem expressividade em um filme com uma personagem tão importante como aconteceu nesse filme aqui. Não adianta escolher uma atriz apenas porque ela é sua esposa ou sua namorada. Isso é falta de profissionalismo. Esse foi o grande deslize de Luc Besson nessa fita. Um erro que custou muito caro, vamos convir. Se um filme exige uma grande atriz para interpretar uma grande figura da história cabe ao diretor assim escolher. Não apenas escalar a mulher que vai para cama com ele.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal

Ted Bundy (Zac Efron) parecia ser um cara muito legal. Quando Liz Kendall (Lily Collins) o conheceu ele parecia ser um rapaz muito promissor, estudante de direito, esforçado nos estudos, etc. Para ela parecia ser um sonho conhecer alguém assim. Liz era mãe solteira e uma pessoa tímida. Ter novos relacionamentos era muito complicado. Ted não apenas aceitava o fato dela ter uma filha, como se dava muito bem com ela. Parecia ser o relacionamento dos sonhos, alguém para finalmente dividir a vida e o futuro. Só que os sonhos de Liz não duraram muito. Não tardou para que Ted começasse a ter problemas com a polícia e a justiça. Em pouco tempo ele estava sendo acusado de múltiplos assassinatos envolvendo mulheres em diversos estados do país. O que estaria afinal acontecendo? Esse novo filme chamado "Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal" traz um curioso ponto de vista sobre esse infame assassino em série. Tudo acontece sob o olhar de sua namorada, uma secretária tímida, uma pessoa normal, que de repente descobre que seu amado era um serial killer dos mais mortais. O espectador não vê Ted Bundy matando suas vítimas, como nos filmes anteriores. Ao contrário disso, vamos acompanhando um jovem considerado bem normal e confiável sendo acusado das maiores atrocidades. O curioso é que o roteiro do filme não abre margem para desvendar tudo logo de cara. Aquele espectador que não conhece a história de Ted Bundy e de seus crimes chegará mesmo a pensar que ele de fato seria um homem inocente sendo acusado de crimes terríveis. E esse não é um ponto negativo do roteiro, pelo contrário, serve também para desvendar o choque que as pessoas que conviviam com ele tiveram ao saber que ele havia matado pelo menos 30 mulheres!

Uma das melhores coisas do filme vem do elenco. Muito bom, muito promissor. Zac Efron, antigo ídolo teen (lembra-se de "High School Musical?) cresceu e se tornou um bom ator. Ele interpreta Ted Bundy. Por trás do sorriso encantador consegue passar realmente traços de uma mente doentia. A atriz Lily Collins, que interpreta sua namorada é outro achado. Ela inclusive se parece demais com a Liz da história real. Por fim há também um belo elenco de apoio contando com atores como John Malkovich (interpretando o juiz do caso), Haley Joel Osment (o garotinho que via gente morta o tempo todo, lembra dele?) e Jim Parsons (O Sheldon de "The Big Bang Theory", aqui interpretando um promotor público). Enfim, um bom filme, diferente, que conta mais uma vez essa tenebrosa história de crimes que chocaram a América.

Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, Estados Unidos, 2019) Direção: Joe Berlinger / Roteiro: Elizabeth Kloepfer, baseada no livro "The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy" de Michael Werwie / Elenco: Zac Efron, Lily Collins, John Malkovich, Haley Joel Osment, Jim Parsons / Sinopse: O filme conta a história do assassino serial Ted Bundy (Zac Efron). Tudo mostrado sob o ponto de vista de sua namorada Liz Kendall (Lily Collins). De um namorado maravilhoso, ele passa a ser um dos mais infames assassinos da história dos Estados Unidos, sendo acusado de mais de 30 mortes de mulheres ao longo dos anos.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Filhos da Máfia

Título no Brasil: Filhos da Máfia
Título Original: Knockaround Guys
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Brian Koppelman, David Levien
Roteiro: Brian Koppelman, David Levien
Elenco: John Malkovich, Dennis Hopper, Vin Diesel, Seth Green, Jennifer Baxter, Dov Tiefenbach

Sinopse:
Quatro jovens, que fazem parte de importantes famílias de mafiosos do Brooklyn, precisam se unir para recuperar uma sacola cheia de dinheiro que foi parar em uma pequena cidade de Montana. Lá eles vão precisar lidar com um xerife corrupto.

Comentários:
Vamos colocar de uma forma polida. A máfia já teve melhores momentos no cinema. Nem vou citar "Os Bons Companheiros" ou "O Poderoso Chefão" porque seria até uma covardia. Esse filme aqui tem um roteiro bem fraco que procura tirar proveito do choque cultural envolvendo quatro jovens mafiosos de Nova Iorque que vão para em um lugar remoto de Montana, uma terra cheia de caipiras. Claro, nesse meio rude eles vão ter que provar que são realmente durões. E aí Vin Diesel, bem jovem ainda e pouco conhecido, aproveita para sair no braço com alguns interioranos em um daqueles bares onde a diversão se resume a jogar sinuca, beber e arranjar brigas. O filme procura também ter um pouco de humor, mas nada muito divertido. Assisti nos tempos do VHS e não deixou saudades. É um filme de ação convencional, indo para o medíocre. Nem os dois grandes atores do elenco (John Malkovich e Dennis Hopper) conseguem melhorar o quadro geral.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Joana d'Arc

Durante a Idade Média, a jovem Joana d'Arc (Milla Jovovich) afirma ter visões de natureza espiritual que a dizem que ela deve marchar ao lado dos soldados franceses contra os inimigos no campo de batalha. A guerra parece não ter fim e o número de mortes é enorme. Com Joana em cena as coisas finalmente mudam, levando o exército francês a colecionar uma série de vitórias contra as tropas inglesas. Algo que logo chama a atenção dos nobres e membros do clero que começam a conspirar contra Joana e suas estranhas visões. Em pouco tempo ela se torna uma peça no perigoso jogo político europeu da época.  

Uma visão do diretor francês Luc Besson sobre um dos maiores ícones históricos de seu país, a lendária Joana d'Arc. Não há como negar que a produção é excelente, assim como a direção de arte e a reconstituição de época. Tudo está lá, os figurinos, as grandes cenas de batalhas, as armaduras medievais brilhantes, realmente uma obra impecável em todos esses aspectos. Besson só errou mesmo (e feio) ao escolher a atriz Milla Jovovich para interpretar a complexa Joana. Veja, em filmes baseados em efeitos especiais até que Jovovich consegue convencer um pouquinho. Sua falta de talento dramático não chega a incomodar ninguém.

Agora em filmes como esse, com rico e estruturado background narrativo em que se exige no mínimo uma boa atuação da protagonista, a situação ficou ruim e decepcionante. O fato é que Milla Jovovich é inexpressiva em termos dramáticos e isso se acentua ainda mais quando a comparamos com John Malkovich que é um mestre da atuação. Assim, com uma escolha de casting tão ruim não é de se admirar que tudo vá por água abaixo. Esse filme é a prova definitiva de que um dos maiores cuidados que se teve ter em filmes históricos é a escolha correta do elenco principal, caso contrário tudo soará falso, nada convincente. Esse foi o grande deslize de Luc Besson nessa fita. Um erro que custou muito caro, vamos convir.

Joana d'Arc (Joan of Arc, França, 1999) Direção: Luc Besson / Roteiro: Andrew Birkin, Luc Besson / Elenco: Milla Jovovich, John Malkovich, Rab Affleck / Sinopse: O filme conta a história da famosa Joana, uma jovem francesa que se tornou símbolo de fé e luta durante a Idade Média. Filme vencedor do César Awards na categoria de Melhor Som.
  
Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Wilde Se Casa Novamente

Comédia romântica bem inofensiva e com pouca dramaticidade (praticamente zero nesse sentido) que a despeito de seus defeitos ainda traz um bom elenco. O enredo é bem leve. Depois de alguns anos de seu divórcio com o ator Laurence (John Malkovich), a ex-estrela do cinema, hoje aposentada, Eve Wilde (Glenn Close), resolve se casar novamente. O escolhido é o coroa com fama de mulherengo Harold (Patrick Stewart). A festa de casamento será em uma das belas casas de Eve. Todos são convidados, não apenas a numerosa família de Eve, como seu ex-marido, filhos e netos. Harold chega com suas filhas e uma amiga delas. O clima é ameno. Enquanto todos vão se conhecendo os preparativos do casamento são feitos. Até que Harold não consegue fugir de sua natureza de não deixar nenhum rabo de saia escapar e faz uma besteira na noite anterior à cerimônia.

Basicamente o filme se resume a isso. Embora o elenco conte com atores excelentes, nenhum deles faz muita força para atuar bem. Parece até que esse grupo de veteranos estava de férias e resolveu fazer um filme. Nada além disso. Glenn Close, em especial, uma atriz de tantos papéis fortes no passado, aqui surge completamente inócua, sem personalidade, sem nada a acrescentar. John Malkovich também não diz a que veio. Ele interpreta um velho ator que tenta se reafirmar se envolvendo com jovenzinhas de 20 e poucos anos. Até mesmo o sempre bom Patrick Stewart não consegue se sobressair. O achei bem abatido para falar a verdade. O peso dos anos chegou no velho capitão Picard. A única coisa que nos faz lembrar do grande ator que ele um dia foi é a voz, que continua poderosa e com dicção perfeita. Fora isso ele anda bem alquebrado durante o filme inteiro. Fica até complicado acreditar que ele consegue seduzir e transar com uma jovem de 20 anos, amiga de suas filhas. Então é isso. Um filme leve, indo para a categoria das produções sem importância. Só assista se gostar muito desses atores veteranos.

Wilde Se Casa Novamente (The Wilde Wedding, Estados Unidos, 2017) Direção: Damian Harris / Roteiro: Damian Harris / Elenco: Glenn Close, John Malkovich, Patrick Stewart, Minnie Driver / Sinopse: Atriz de cinema aposentada, Eve Wilde (Glenn Close) decide se casar novamente. Ela pretende levar ao altar o mulherengo inveterado Harold (Patrick Stewart). No dia do seu casamento então decide convidar toda a sua família, inclusive seu ex-marido Laurence (John Malkovich). As coisas porém não vão sair como planejado por ela.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A Sombra do Vampiro

"Nosferatu" é um clássico do terror. Filmado ainda na era do cinema mudo era uma adaptação não autorizada do livro "Drácula" de Bram Stoker. Durante muitos anos se especulou bastante sobre o ator que interpretava o vampiro, um alemão  chamado Max Schreck. Nesse universo de lendas urbanas criou-se o mito de que ele não era apenas um ator interpretando um vampiro, mas sim um vampiro de verdade! O roteiro desse filme "A Sombra do Vampiro" então parte justamente dessa ideia para contar as filmagens de Nosferatu, sustentando que Schreck era mesmo, de fato, uma criatura da noite. Bem criativo não é mesmo? Willem Dafoe interpreta Schreck e John Malkovich  dá vida ao cinesta Friedrich Wilhelm Murnau, mestre das sombras e do estilo noir. Tudo nos eixos, o filme parecia muito promissor, principalmente para quem gosta da história do cinema, só que... acabei não gostando do resultado final. Achei meio decepcionante, pouco criativo e com ritmo arrastado. A produção é boa, nada a reclamar nesse aspecto, mas o roteiro falha inúmeras vezes em desenvolver sua trama.

A premissa que parece muito interessante - a do ator vampiro que na verdade é um vampiro apenas fingindo ser um ator - não se sustenta por muito tempo, falhando em manter o interesse do espectador. Dafoe está perfeito em sua caracterização de um ser rastejante e nojento, porém não tem muito mais a trabalhar além de sua bem feita maquiagem. O roteiro apenas dá voltas e mais voltas sem chegar a um ponto certo em sua dramaturgia. Mesmo assim seus esforços lhe valeram indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro, que vindas para um filme como esse não deixaram de surpreender muita gente na época. Pena que seu parceiro de cena não tenha se saído tão bem. É incrível que o excelente John Malkovich tenha errado a mão, tornando seu diretor muito caricato. Assim o filme não cumpre tudo aquilo que promete. É uma boa ideia que foi desperdiçada, infelizmente.

A Sombra do Vampiro (Shadow of the Vampire, Estados Unidos, 2000) Direção: E. Elias Merhige / Roteiro: Steven Katz  / Elenco: John Malkovich, Willem Dafoe, Udo Kier, Cary Elwes / Sinopse: Durante a década de 1920, ainda na era do cinema mudo, um diretor chamado F.W. Murnau (John Malkovich) decide contratar o estranho Max Schreck (Willem Dafoe) para interpretar um personagem de vampiro em seu filme, o Conde Graf Orlok. Só que ele não é apenas um ator comum, é um vampiro de verdade!  Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Willem Dafoe) e Melhor Maquiagem (Ann Buchanan e Amber Sibley). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Willem Dafoe).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Quero Ser John Malkovich

Título no Brasil: Quero Ser John Malkovich
Título Original: Being John Malkovich
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Charlie Kaufman
Elenco: John Cusack, John Malkovich, Cameron Diaz, Catherine Keener, Octavia Spencer, Charlie Sheen

Sinopse:
Certo dia Craig Schwartz (John Cusack) descobre que abrindo uma determinada porta ele tem acesso à mente do ator John Malkovich! Tudo o que ele vê, pensa e sente, Craig também sente. A coisa começa a sair do controle conforme ele vai ficando cada vez mais obcecado em sondar a mente do famoso ator! Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro, Melhor Direção e Melhor Atriz Coadjuvante (Catherine Keener).

Comentários:

O diretor Spike Jonze é um dos queridinhos da crítica americana. Ponto. Isso significa que não importa o que ele faça, não importa as ideias bizarras que ele transforme em filme. Sempre haverá uma multidão de críticos o elogiando, chamando de gênio, mestre, etc... Exagero puro! Não tenho dúvida que Spike Jonze tem seus méritos, ele sempre procurou fazer filmes diferentes, com tendência a se tornarem cults. Porém dizer que ele seria algum tipo de genialidade do cinema já é demais! Jornalistas em geral possuem esse tipo de cacoete irritante. Eles elegem seus preferidos e não conseguem mais dar um passo à frente. Esse "Being John Malkovich" é seguramente um dos filmes mais esquisitos dele (e olha que de obras estranhas sua filmografia está cheia!). A ideia de fazer alguém entrar na mente do ator John Malkovich funciona por mais ou menos 20 minutos. Depois disso se torna cansativo. Você se esforça para gostar, para achar tudo aquilo muito artístico, mas depois de um tempo a situação se torna bem chata. Além de cansativo o roteiro sofre daquele velho problema que conhecemos bem, a de ficar batendo na mesma tecla, cena após cena. Nada muda, as coisas vão ficando cada vez mais esquisitas e isso é basicamente tudo o que acontece. Como é também uma obra "freak" por definição e escolha, não espere maiores explicações sobre o que está acontecendo. É apenas a opção de Jonze em atrair críticas positivas sondando o surreal, a esquisitice extrema. Como puro cinema porém tudo é bem vazio e deserto de atrativos. Melhor não procurar ser John Malkovich e nem perder seu tempo com esse filme estranho e sem graça.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Horizonte Profundo - Desastre no Golfo

Título no Brasil: Horizonte Profundo - Desastre no Golfo
Título Original: Deepwater Horizon
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Peter Berg
Roteiro: Matthew Michael Carnahan, Matthew Sand
Elenco: Mark Wahlberg, Kurt Russell, John Malkovich, Kate Hudson, Douglas M. Griffin, Ethan Suplee

Sinopse:
Com roteiro baseado em fatos reais, o filme mostra um momento decisivo na vida de Mike Williams (Mark Wahlberg), um homem feliz, bem casado, que adora sua pequena filha de 10 anos. Ele tem um emprego numa estação de extração de petróleo no golfo da Louisiana. Durante um teste padrão algo sai errado e tudo termina em um grande desastre, quando a estação sofre um enorme incêndio.

Comentários:
Esse estilo de filme, chamado pelos americanos de "Disaster Movies" e de "Cinema catástrofe" por nós, brasileiros, é um velho conhecido dos cinéfilos. Muitos deles são baseados em fatos reais, grandes tragédias que marcaram época. Esse é o caso aqui. O filme foi baseado no enorme incêndio que atingiu a estação "Deepwater Horizon". Nessa trama três personagens são bem centrais. O protagonista é um técnico de manutenção, interpretado por  Mark Wahlberg. Esse é o único personagem que é mais bem desenvolvido pelo roteiro, mostrando sua vida familiar, aspectos de sua vida pessoal. O outro é o chefe de segurança Jimmy Harrell (Kurt Russell). Ele é um profissional respeitado, premiado, por ser linha dura na segurança dos lugares onde trabalhou. É o único que bate de frente com a companhia, cujos interesses são defendidos por Mark Vidrine (John Malkovich), um supervisor que quer a estação funcionando à toda, para evitar custos e perda de dinheiro. O problema é que ainda não há certeza sobre a segurança dos equipamentos. Durante um teste de pressão da broca de exploração profunda tudo sai do controle. Depois que o fogo se alastra tudo se resume na busca pela sobrevivência naquele inferno de chamas, que para piorar tudo é localizado em alto-mar. Os efeitos especiais são bons, a produção idem, porém não consegui me empolgar em nenhum momento. Acredito que em termos de dramaticidade e emoção o filme deixe a desejar. Não empolga mesmo. Em muitos momentos soa burocrático. De interessante mesmo apenas as cenas finais quando somos apresentados às pessoas reais, aos sobreviventes. Vale por registrar essa história, mas como puro cinema não chega a emocionar. Falta mesmo emoção nessa obra. Uma pena.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Cartas na Mesa

Título no Brasil: Cartas na Mesa
Título Original: Rounders
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: John Dahl
Roteiro: David Levien, Brian Koppelman
Elenco: Matt Damon, Edward Norton, John Malkovich, John Turturro
  
Sinopse:
Mike McDermott (Demon) é um jogador de cartas talentoso. Ele tem um sexto sentido e domina as habilidades do jogo, mas em um dia particularmente ruim acaba perdendo todas as economias que iria pagar sua faculdade. Decepcionado, decide abandonar tudo, até ser encorajado por um amigo que acabou de sair da prisão a retornar para os jogos, indo para o tudo ou nada! Indicado ao Venice Film Festival.

Comentários:
Matt Damon fez muitos filmes bacanas na carreira. Esse aqui foi um deles. Ao lado do fantástico (sem exageros!) ator Edward Norton ele estrelou um dos melhores filmes sobre jogos de cartas de Hollywood. É curioso porque poucos sabem, mas esse tipo de roteiro tem uma grande tradição no cinema americano. Basta lembrar dos antigos filmes de faroeste onde vários jogadores profissionais (entre eles Doc Holliday) se reuniam ao redor de uma mesa de cartas para decidir suas sortes. Geralmente esses encontros terminavam em tiroteios, mas aqui o diretor John Dahl (de "Mate-me Outra Vez", "Morte Por Encomenda" e "O Poder da Sedução") optou pelo confronto puramente psicológico, pela tensão da próxima carta jogada sobre a mesa! Nesse aspecto considero o filme realmente muito bom, valorizando cada olhar, cada mudança de postura dos jogadores. Há sequências tão bem editadas que você vai acabar acreditando mesmo que uma partida de poker pode mesmo mudar ou arruinar a vida de uma pessoa para sempre, tal como se fosse um duelo ao estilo do velho oeste. Das vastas filmografias dos atores Matt Damon e Edward Norton, esse é seguramente um dos melhores filmes deles. Fora a dupla, o elenco ainda traz ótimos atores no elenco de apoio, entre eles John Malkovich e John Turturro! Assista, goste você de um bom baralho ou não!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

O Guia do Mochileiro das Galáxias

Título no Brasil: O Guia do Mochileiro das Galáxias
Título Original: Hitchhiker's Guide to The Galaxy
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Garth Jennings
Roteiro: Douglas Adams
Elenco: Bill Nighy, Alan Rickman, Mos Def, Zooey Deschanel, Sam Rockwell, John Malkovich, Stephen Fry

Sinopse:
A Terra está prestes a ser destruída e varrida  do universo quando dois amigos chamados Arthur Dent e Ford Prefect, resolvem viajar pelo universo de carona. A odisséia será uma surpresa e tanto para todos.
                                                                   
Comentários:
A proposta é diferente e nem todos vão embarcar no humor singular do filme. No fundo o que temos aqui é uma crítica ao próprio sistema governamental inglês, com sua burocracia ineficiente e sem sentido. O livro que deu origem ao filme é muito popular na Europa, tendo ganho várias edições por causa de seu sucesso de vendas. A opinião dos leitores é a de que a literatura é de fato muito superior ao que se vê nas telas, até porque nem sempre é possível fazer uma adaptação eficiente do que está escrito no texto. Em relação aos espectadores brasileiros a situação é ainda mais complicada pois várias das gags ou trocadilhos só fazem sentido em língua inglesa e quando traduzidos perdem muito de seu fino humor. Não recomendo a todo mundo mas apenas aos que gostaram e leram o livro original. Para o resto do público a sensação vai ser estranha e até mesmo bizarra demais, Chegou tão badalado aos cinemas que até me empolguei para assistir. Chegando na sessão a decepção... não conhecia a obra que deu origem ao filme, achei tudo uma bobagem tão grande... tão chatinho. As piadas me fizeram dar os risinhos mais amarelos de toda a minha vida! Com meia hora de exibição pensei comigo mesmo: O que diabos estou fazendo aqui? Enfim, o filme é bem feito, tem boa produção, mas é uma bobageira sem fim. Bola fora.

Pablo Aluísio.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

O Segredo de Mary Reilly

Título no Brasil: O Segredo de Mary Reilly
Título Original: Mary Reilly
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Julia Roberts, John Malkovich, George Cole
  
Sinopse:
Mary Reilly (Julia Roberts), uma dona de casa vitoriana, acaba se apaixonando pelo respeitado médico Dr. Jekyll (John Malkovich) sem conhecer seu lado mais sinistro, amoral e violento, o Mr. Edward Hyde. Roteiro baseado no romance escrito por Valerie Martin. Filme indicado ao Golden Berlin Bear do Berlin International Film Festival. 

Comentários:
Transformar a história de Dr. Henry Jekyll e Mr. Edward Hyde (o médico e o monstro) em um drama vitoriano com pretensões de filme sério? Será que foi realmente uma boa ideia? Para a atriz Julia Roberts realmente parecia uma boa oportunidade de realizar um filme com qualidade literária ao mesmo tempo em que não perdia de vista os interesses financeiros de sua carreira. Um pé na arte e o outro na bilheteria. Apesar das intenções nada pareceu dar muito certo. O filme não consegue se decidir em ser uma obra de arte ou uma diversão pop de verão. No meio do caminho não conseguiu ser nem uma coisa, nem outra. Apesar da bipolaridade ainda há coisas boas para se elogiar. Uma delas vem justamente do elenco e nem estou me referindo ao trabalho de Julia Roberts (envelhecida precocemente com forte maquiagem), mas sim de John Malkovich. Se existe uma razão para assistir esse filme pelo menos uma vez na vida vem justamente de sua presença em cena. Claro que todos sabem que Malkovich sempre foi um grande ator. Seja como o racional Dr. Henry Jekyll ou como o alucinado Edward Hyde o ator se saiu excepcionalmente bem. Uma prova de seu grande talento. Pena que o filme nunca consiga ser tão bom como ele. É o típico caso em que temos uma atuação grande demais para um filme apenas mediano.

Pablo Aluísio.