terça-feira, 6 de agosto de 2024
O Bravo
quinta-feira, 16 de maio de 2024
Johnny Depp - Do Inferno
No filme Depp interpreta um inspetor da polícia de Londres. Ele não é um policial típico desse tipo de filme. Ao contrário de ser heroico, tem muitos problemas pessoais. É viciado em ópio e mistura absinto com laudáno, um tipo de veneno. Algo muito barra pesada, que coloca em risco a vida de quem ousasse tomar tal mistura. Só sai de seu estado de torpor quando um crime é cometido e ele é chamado para investigar. No caso os crimes de Jack, o Estripador.
E assim Alan Moore tece a teia de sua trama. Ele adotou uma teoria amplamente difundida na cultura de livros, ensaios, etc, que ligavam as mortes de Jack com a família real britânica, nos tempos da Rainha Vitória. Um príncipe teria se apaixonado por uma prostituta de Whitechapel. Pior do que isso, teria se casado e tido um filho com ela. Um escândalo desses seria devastador naquela época. Para encobrir tudo começou um verdadeiro banho de sangue promovido justamente por um médico da corte, um sujeito com ligações com a maçonaria. As cinco prostitutas mortas teriam ligação com o caso do jovem nobre. Tudo política, no final das contas.
Embora o que se veja na tela seja mesmo puramente ficcional, Alan Moore sabe como mexer os personagens de seu tabuleiro de xadrez. Tudo é muito bem orquestrado. O Jack do filme é um refinado médico maçônico, com ares de grandeza. Sim, ele faz o serviço sujo para a realeza, mas procura também satisfazer seus instintos mais sádicos e violentos. Usando roupas finas, métodos educados, acaba seduzindo as pobres moças com uma taça de vinho e um punhado de uvas. A miséria em que elas viviam era tão grande que elas associavam esse tipo de coisa com o luxo das elites mais abastadas!
Curiosamente, há pouco tempo, foi lançado um livro em que se propôs finalmente a revelar de uma vez por todas quem de fato seria Jack. A ciência indicou o imigrante polonês Adam Kosminski como o assassino em série. Seu DNA teria sido encontrado numa das peças de roupas de uma das vítimas de Jack. Supostamente ele estava enlouquecido pela sífilis, doença que tinha contraído justamente com as prostitutas de Whitechapel. Por isso sua sede de vingança brutalizada se concretizou de forma tão violenta contra elas! Assim Jack não era um médico da corte da Rainha Vitória, mas sim um vagabundo de rua. Mesmo assim, não abraçando a verdade histórica, "Do Inferno" funciona muito bem como cinema até hoje. O clima soturno, escuro e decadente, combina muito bem com a história de morte insana envolvendo Jack. E Depp está inesperadamente contido e sério, melhorando ainda mais um roteiro que por si só já era excelente.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de maio de 2024
O Diário de Um Jornalista Bêbado
O filme foi um mega fracasso de bilheteria. Tomando as dores da produção o ator Johnny Depp partiu para a ofensa dizendo que o público americano não gostou do filme porque é "burro"! Sinceramente, além de não ter trabalhado de forma bem no filme ele ainda tentou enfiar goela abaixo do público um produto que em suma é muito chato e fraco. Deveria reconhecer a bomba e ficar calado. Além disso burro será mesmo quem pagar para ver esse monte de bebuns xaropes. Tem graça ver alguém enchendo a cara e falando uma besteira atrás do outra? Eu não vejo graça nenhuma, aliás bêbados são chatos por natureza e o filme comprova isso. Enfim, o filme é literalmente um porre. Merece ter sido o fracasso que foi.
Diário de um Jornalista Bêbado (The Rum Diary, Estados Unidos, 2011) Direção e roteiro de Bruce Robinson. / Elenco: Johnny Depp, Aaron Eckhart, Giovanni Ribisi / Sinopse: Jornalista americano vai até a Costa Rica atrás de emprego em um pequeno jornal local, se envolvendo em diversas confusões, tudo regado a muita bebida e drogas.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2023
Homem Morto
sábado, 8 de abril de 2023
Arizona Dream
quinta-feira, 5 de maio de 2022
Cinema News - Edição XIII
Alain Delon desiste de Suicídio Assistido. Ator que sofria de depressão teria mudado de ideia sobre eutanásia. - O eterno galã Alain Delon desistiu de participar de uma eutanásia, um suicídio assistido. Pelo menos isso é o que foi divulgado pelos familiares de Delon. Os filhos do ator se irritaram bastante nas últimas semanas com as diversas notícias afirmando que o ator iria cometer suicídio assistido por causa dos inúmeros problemas de saúde que enfrenta. Além de ter sofrido um triplo AVC, que impediu grande parte de seus movimentos e capacidade de fala, Delon ainda teve que lidar com a morte da sua esposa. Problemas do coração nublaram ainda mais sua qualidade de vida.
Todas essas situações teriam jogado Delon, de 86 anos de idade, em uma fase depressiva. Só que agora, devidamente medicado e assistido por médicos especializados em depressão, Delon teria finalmente superado esses pensamentos de morte. Mesmo com os inúmeros problemas de saúde ele estaria disposto agora a dar mais uma chance para a vida.
Segundo um de seus filhos, uma da frases de seu famoso pai teria sido tirado de contexto, causando um frenesi na imprensa mundial. Pelo fato de Delon viver na Suíça, país que permite a Eutanásia, se levantou a hipótese de que ele em breve iria optar por essa solução, de tirar a própria vida, acabando com todas as dores. A vida para ele não teria mais razão de ser, só que agora, pelo visto, as coisas mudaram de direção.
Madonna trabalha para voltar ao cinema - A cantora Madonna está novamente sozinha após um relacionamento longo de 3 anos com o dançarino Ahlamalik Williams. Segundo fontes próximas o fim do namoro se deu de forma amigável. O dançarino de 28 anos ouviu da cantora que eles estavam em fases diferentes da vida. Por isso era necessário trilhar outros caminhos.
Uma fonte muito próxima da cantora declarou ao jornal The Sun que: "Madonna se jogou em uma vida social agitada e tem visto seus amigos e familiares após a separação ”. Também revelou os próximos planos da cantora: “Ela tem uma agenda lotada, está trabalhando em seu próximo filme biográfico, novas músicas e cuidando de sua família.”
Pois é, Madonna está trabalhando para retornar ao cinema em um filme que vai contar a história... de Madonna. Ainda se sabe pouco dessa nova produção, mas ela quer fazer algo parecido com o recente filme sobre o cantor Elton John, ou seja, um filme musical contando sua história e sua carreira.
Fermamda Montenegro retorna ao cinema - A atriz Fernanda Montenegro volta aos cinemas com novo filme. Aos 92 anos de idade ela nem pensa em parar ou se aposentar. O filme se chama "Dona Vitória". Na história a atriz interpreta uma velhinha solitária que vê com temor o aumento da violência em sua vizinhança, com traficantes armados até os dentes aterrorizando seu bairro. Um retrato do aumento da criminalidade em nosso país. A direção do filme é do talentoso cineasta Breno Silveira.
Fernanda Montenegro que recentemente entrou para a Academia Brasileira de Letras por sua bem sucedida carreira de atriz, também aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro, um homem que segundo sua opinião não gosta de artes e nem de cultura. Sobre Bolsonaro ela disparou: "Bolsonaro é um vômito, uma punhalada no ventre!"
De qualquer forma o cinema brasileiro aos poucos vai se reerguendo dos escombros após ser abandonado pelo governo federal que parece mais interessado em armas de fogos do que em livros, em fake news do que em obras culturais. Um verdadeiro desastre para a arte nacional, inclusive para a sétima arte brasileira.
Ela continuou: "Alguns dos livros são escritos por crianças transgêneros. Alguns dos livros são apenas sobre como você pode ser um menino e usar um vestido de menina; você pode se expressar através de suas roupas da maneira que quiser... Não tem problema nenhum sobre isso".
Megan Fox revelou que seu filho Noah Shannon Green pode usar as roupas que quiser que isso jamais será um problema em sua casa. A questão foi levantada depois que ele mostrou interesse em usar vestidos. Sobre o tema ela resumiu tudo dizendo: "Eu sou uma mulher liberal, dos novos tempos. Jamais haverá qualquer tipo de preconceito dentro da minha casa, com meus filhos!"
O Escandaloso processo de Johnny Depp - O escandaloso processo entre Johnny Depp e sua ex-esposa Amber Heard continua dominando as manchetes na imprensa americana. Ela alega que Johnny Depp era um marido violento, drogado e embriagado. Segundo Amber a rotina de Depp se resumia em se drogar, beber e ameaça-la de violência física. Para provar a ex-esposa de Depp divulgou uma foto em que Depp teria "apagado" após usar uma grande quantidade de drogas no sofá de sua casa. Ele estava tão drogado que nem retirou o sorvete que escorria de suas mãos.
Do lado de Johnny Depp as acusações também são pesadas. Ele afirma que Amber era uma histérica, uma pessoa cruel e violenta. Depp afirma que ela jogava objetos pesados em sua direção e que isso teria quebrado um de seus dedos da mão. Para provar foram juntados ao processo exames médicos. Também disse o ator que Amber escondia seus remédios por pura perversidade e provocação e que isso dificultava a vida profissional dele, uma vez que eram remédios usados para ele superar seu antigo problema de vício em drogas pesadas.
Johnny Depp também disse que desde o começo percebeu que o único interesse de Amber no casamento era abocanhar uma grande fatia de sua fortuna pessoal acumulada durante anos de uma carreira de sucesso no cinema. Depp ainda afirmou que a ex-esposa era mentirosa, manipuladora, cruel e uma das pessoas mais falsas que ele já teve o desprazer de conhecer. O festival de baixarias no tribunal continua e pelo visto não há o menos sinal de conciliação entre o casal.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2022
O Libertino
O estúdio errou também ao dar muito poder e controle sobre o filme ao ator Johnny Depp. Em troca de um cachê menor, ele recebeu maior controle sobre praticamente toda a produção. Ao escalar um amigo, Laurence Dunmore, para dirigir o filme acabou estragando tudo. Laurence nunca havia dirigido um longa-metragem antes na vida e abusou da chance de errar. Não deu bom ritmo ao filme, truncou o enredo com uma edição equivocada e perdeu uma excelente oportunidade de contar uma boa história. Depois de tantos erros o filme praticamente passou em brancas nuvens e foi logo esquecido. No caso o ego de Depp foi o grande responsável pelo fracasso comercial e artístico da fita.
O Libertino (The Libertine, Inglaterra, Austrália, 2004) Direção: Laurence Dunmore / Roteiro: Stephen Jeffreys / Elenco: Johnny Depp, Samantha Morton, John Malkovich, Rosamund Pike / Sinopse: A história real de um nobre que fez de sua vida uma sucessão de excessos de todos os tipos. Filme vencedor do British Independent Film Awards na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Rosamund Pike).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Tempo Esgotado
O filme só funciona mesmo em termos. Depp, de óculos e figurino de jovem trabalhador, não convence muito. Ele corre pra lá e pra cá, com cara de espanto, em uma obra que me decepcionou, ainda mais se tratando do grande John Badham (de tantos filmes bons como "Tocaia", "Drácula" ou "Jogos de Guerra"). Realmente ficou faltando algo mais interessante. Para os fãs de Depp porém nunca será uma perda de tempo total conferir esse trabalho quando ele ainda era bem jovem e prestes a explodir nas telas de cinema. No mínimo valerá pela curiosidade.
Tempo Esgotado (Nick of Time, Estados Unidos, 1995) Direção: John Badham / Roteiro: Patrick Sheane Duncan / Elenco: Johnny Depp, Christopher Walken, Courtney Chase./ Sinopse: Homem comum precisa cometer um crime para salvar uma vida. Thriller de suspense e tensão dos anos 90.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
A Janela Secreta
Esse suspense até que foi bem elogiado pela crítica em seu ano de lançamento. Choveram textos positivos sobre o filme, o que me fez ir até mesmo ao cinema para conferir. Talvez por ter ficado com expectativas altas demais o filme me decepcionou. Filmes de suspense precisam seguir certas regras não escritas para darem certo. Uma delas é desenvolver melhor os acontecimentos. No caso desse filme temos situações que soam previsíveis demais. Além disso o fato do filme se passar no mundo presente o faz perder um pouco de clima. Talvez se fosse um filme passado na década de 1940, por exemplo, sua história soaria muito mais crível.
A Janela Secreta (Secret Window, Estados Unidos, 2004) Direção: David Koepp / Roteiro: David Koepp, baseado no livro "Four Past Midnight: Secret Window, Secret Garden" de Stephen King / Elenco: Johnny Depp, Maria Bello, John Turturro / Sinopse: Jovem escritor, isolado em uma casa de campo, onde pretende escrever seu novo livro, passa a ser atormentado por uma estranha figura que parece ter saído até mesmo de seus próprios escritos. Filme indicado no Fangoria Chainsaw Awards na categoria de melhor ator (Johnny Depp).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 8 de julho de 2021
Minamata
E toda essa história terrível chegou no fotógrafo americano W. Eugene Smith (Johnny Depp). Um profissional veterano que havia se consagrado com suas fotografias tiradas durante a guerra do Vietnã. Ele logo procurou o diretor da revista Life para fazer uma reportagem no Japão sobre o que estava acontecendo. Um tipo com problemas de alcoolismo, mas ao mesmo tempo bem íntegro e honesto com seu trabalho. Acabou indo para a vila de Minamata, presenciou a luta daquelas pessoas contra os crimes ambientais e acabou sentindo na própria pele os absurdos cometidos pela indústria química. Filme muito bom, mostrando a importância de se proteger o meio ambiente e de ter leis de proteção ambiental que protejam não apenas a natureza, mas igualmente a vida e a saúde das pessoas.
Minamata (Minamata, Estados Unidos, Japão, 2021) Direção: Andrew Levitas / Roteiro: David Kessler, Stephen Deuters / Elenco: Johnny Depp, Bill Nighy, Akiko Iwase, Katherine Jenkins, Tadanobu Asano / Sinopse: O filme conta a história real da contaminação por mercúrio que ocorreu na costa do Japão, na região de Minamata, na década de 1970. Um jornalista e fotógrafo norte-americano foi até lá para documentar tudo com sua sensibilidade para a fotografia, trabalhando para a revista Life.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 5 de julho de 2021
Anjos da Lei
De qualquer maneira "Anjos da Lei" foi certamente a série que o colocou em evidência pela primeira vez. Havia um excesso de modismos nessa série, com os atores esbanjando figurinos ditos da moda na época, mas nem isso atrapalhou seu bom resultado. Era uma tentativa (que deu certo) onde se unia a fórmula das séries populares do estilo policial com os roteiros de séries juvenis. Atirando para dois públicos, a audiência correspondeu e a série fez um belo sucesso.
Anjos da Lei (21 Jump Street, Estados Unidos, 1987 - 1991) Direção: Kim Manners, Bill Corcoran, entre outros / Roteiro: Stephen J. Cannell, Patrick Hasburgh, entre outros / Elenco: Johnny Depp, Dustin Nguyen, Peter DeLuise / Sinopse: Grupo de jovens policiais se infiltram nas escolas de Los Angeles para prender traficantes de drogas, além de investigar outros tipos de crimes entre os estudantes.
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de março de 2021
Adeus, Professor
Título Original: The Professor
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Global Road Entertainment
Direção: Wayne Roberts
Roteiro: Wayne Roberts
Elenco: Johnny Depp, Rosemarie DeWitt, Odessa Young, Danny Huston, Zoey Deutch, Devon Terrell
Sinopse:
O professor universitário Richard (Depp) recebe o diagnóstico que está com um câncer, um tumor maligno. Se ele fizer um tratamento terá mais ou menos um ano e meio de vida. Se não optar por se tratar morrerá em seis meses. Contrariando a opinião de seu médico, Richard decide não se submeter a esse tratamento, preferindo morrer em paz.
Comentários:
Bom filme, que retrata uma situação que não é tão incomum como muitas pessoas podem pensar. Uma vez diagnosticado com câncer, muitas pessoas também recebem a expectativa de vida que as esperam. Certamente é uma das situações mais aflitivas que um ser humano pode passar em sua vida pessoal. Afinal o que seria mais terrível do que saber quando se vai morrer? Apesar do tema pesado, o roteiro procura injetar pequenas doses de humor, humor negro, mas mesmo assim ainda humor. Quando descobre que vai morrer provavelmente em seis meses, o professor decide reavaliar seus próprios valores pessoais, procurando entender o que é realmente importante na vida. Assim ele parte para novas experiências, coisas que ele nunca havia tentado fazer antes. E ele também para de dar importância ao que no fundo não tem importância nenhuma, embora as pessoas geralmente se importem muito com isso durante suas vidas. Como escrevi no começo do texto é sem dúvida um bom filme, valorizado por uma boa atuação do ator Johnny Depp, aqui mais contido do que de costume.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 9 de março de 2021
A Fantástica Fábrica de Chocolate
Título Original: Charlie and the Chocolate Factory
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tim Burton
Roteiro: John August
Elenco: Johnny Depp, Freddie Highmore, Helena Bonham Carter, David Kelly, Noah Taylor, Missi Pyle
Sinopse:
Roteiro baseado no livro infantil escrito por Roald Dahl. Um garoto pobre consegue entrar em um concurso para conhecer a fábrica de chocolates do lendário, excêntrico e estranho Willy Wonka (Johnny Depp). Dentro da fábrica, Charlie e as outras crianças, vão viver uma aventura que eles jamais poderiam imaginar. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor figurino (Gabriella Pescucci).
Comentários:
Esse filme é um remake do clássico filme com Gene Wilder, que foi muito popular, inclusive no Brasil, nos anos 70. Eu gosto bastante de Tim Burton, de seus filmes bem diferenciados, com ótimo design de produção (que era chamada antigamente de direção de arte). Você sabe imediatamente quando está assistindo a um filme de Tim Burton por causa dos cenários, figurinos, ambientações, etc. Por isso era até fiquei com boas expectativas para essa nova versão do clássico "Charlie and the Chocolate Factory". Só que... esqueça! Essa nova versão ficou muito ruim. Eu que sempre adorei o primeiro filme não consegui gostar de nada nesse remake. A coisa toda soa artificial, sem charme, sem alma, sem coração. Como Tim Burton conseguiu errar tanto a mão na direção desse filme? Tudo o que havia de belo, nostálgico, lírico, se perdeu completamente nesse remake. Johnny Depp também não encontrou o tom certo para interpretar Willy Wonka. Compare com o trabalho de Gene Wilder. Com Depp o personagem ficou mais parecendo um lunático psicopata. A trilha sonora, um dos aspectos mais memoráveis do original, também se perdeu completamente. Enfim, em minha visão, nada deu certo nesse novo filme. Uma decepção!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 2 de março de 2021
Era Uma Vez no México
Título Original: Once Upon a Time in Mexico
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Columbia Pictures, Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Johnny Depp, Mickey Rourke, Eva Mendes, Danny Trejo
Sinopse:
Um pistoleiro profissional, um matador de aluguel, conhecido como "El Mariachi" envolve-se em espionagem internacional, mesmo sem querer. E ele não está só, no jogo perigoso ainda surge um agente psicótico da CIA e um general mexicano corrupto. Filme indicado ao Teen Choice Awards.
Comentários:
Robert Rodriguez dirigiu esse remake americano de um pequeno filme latino, com orçamento quase nulo, que chamou a atenção da crítica na época, o independente e pequeno "El Mariachi". Funcionou essa nova versão, com mais dinheiro, mais recursos e mais marketing? Em minha opinião, não! O charme do primeiro filme, do original, era justamente ser pequenino e cheio de imaginação. Nessa releitura feita por um grande estúdio de Hollywood o que era pura imaginação, virou explosão. O que era esforço coletivo dos atores quase amadores, virou uma reunião de astros do cinema americano, todos milionários, que no fundo não estavam nem aí com essa nova versão. No quadro geral o que temos é um filme fraco, sem graça, que vai para o puro tédio. Quando você mostra uma explosão a cada cinco minutos de filme a tendência é cansar rapidamente o espectador. Robert Rodriguez sempre foi dado a exageros desse tipo e aqui nessa produção não foi diferente. O bocejo vem mais cedo ou mais tarde. Com pouco tempo de filme deixamos de nos importar com os (rasos) personagens. Enfim, chato e derivativo, nada mais.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus
Título Original: The Imaginarium of Doctor Parnassus
Ano de Produção: 2009
País: Inglaterra, França, Canadá
Estúdio: Infinity Features Entertainmen
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Terry Gilliam, Charles McKeown
Elenco: Christopher Plummer, Heath Ledger, Johnny Depp, Jude Law, Colin Farrell, Lily Cole, Andrew Garfield
Sinopse:
O Dr. Parnassus (Christopher Plummer) é um ator de teatro ambulante que acredita ter mil anos de vida! Ele afirma que no passado fez um pacto com o Diabo para se tornar imortal. Só que o tempo passa e ele afunda na bebida. A vida de sua trupe muda quando eles encontram um jovem desconhecido pendurado numa fora debaixo de uma ponte de Londres. Quem seria ele? Qual seria o seu passado? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor figurino (Monique Prudhomme) e melhor direção de arte.
Comentários:
Esse filme sempre será lembrado como o último da carreira de Heath Ledger. Ele estava bem no meio das filmagens quando morreu de uma overdose de drogas acidental. O diretor Terry Gilliam ficou com um enorme problema nas mãos, pois o ator só havia filmado metade de suas cenas. Como Gilliam iria terminar seu filme? A solução veio quando três atores (Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell) se ofereceram para terminar o filme, interpretando o personagem de Heath Ledger. Eles trabalharam de graça e fizeram tudo isso em homenagem ao amigo falecido. O resultado soa um pouco estranho, mas o que poderia ser mais estranho do que o próprio filme em si? "O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus" é praticamente uma viagem lisérgica, uma homenagem aos antigos artistas mambembes, que viajavam de cidade em cidade com seus shows itinerantes. É um filme que tem bons momentos, mas também exageros típicos do cinema de Terry Gilliam. Tudo isso porém soa secundário. O filme sempre será um registro dos últimos momentos de Heath Ledger no cinema. E isso inegavelmente o colocará em destaque na história do cinema.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
O Cavaleiro Solitário
Houve muita má vontade por parte da crítica quando esse "The Lone Ranger" chegou aos cinemas. Ao custo de 215 milhões de dólares, o filme foi muito mal recebido. Era uma aposta da Disney em inaugurar mais uma franquia ao estilo "Piratas do Caribe". O resultado comercial porém foi muito fraco e assim provavelmente não teremos mais nenhuma continuação, o que é uma pena. A verdade pura e simples é que essa nova versão do famoso personagem não é pior do que costumeiramente se vê em filmes super produzidos por Hollywood ultimamente. Sendo sincero, é até uma película muito divertida. Alguns fãs de western mais tradicionais certamente vão achar o ritmo muito histérico e com certeza reclamarão nas mudanças da história que todos conhecemos, mas no fundo isso não chega a desmerecer o filme como um todo.
O personagem Tonto, como era esperado, ganhou muito mais espaço no roteiro, fruto, é claro, da participação do ator Johnny Depp no papel, mas usá-lo como fio narrativo, enquanto lembra a um garotinho em um parque de diversões a verdadeira face do Lone Ranger, foi até de muito bom gosto. Também vamos confessar que quando toca a música tema do personagem se torna impossível a um verdadeiro fã de faroestes simplesmente ficar indiferente. Se fosse destacar alguns problemas diria apenas que o filme poderia ser mais curto pois ganharia em ritmo. Também há excessos de alguns personagens que não fazem a menor falta na estrutura do enredo, como a prostituta interpretada por Helena Bonham Carter, que poderiam ser eliminados sem problemas. De qualquer forma, de modo em geral, esse é um western com sabor de aventura, momentos cômicos e muita ação. Se gostamos? Sim, gostamos. A crítica foi muito mais ranzinza do que era preciso com essa produção. Pode conferir sem receios, no mínimo você se divertirá.
O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger, Estados Unidos, 2013) Estúdio: Walt Disney Pictures, Jerry Bruckheimer Films / Direção: Gore Verbinski / Roteiro: Justin Haythe, Ted Elliott / Elenco: Johnny Depp, Armie Hammer, William Fichtner, Tom Wilkinson, Ruth Wilson, Helena Bonham Carter / Sinopse: Um homem do velho oeste e um nativo americano se unem para trazer justiça ao violento mundo onde vivem. Filme indicado ao Oscar de melhor maquiagem (Joel Harlow, Gloria Pasqua Casny) e melhores efeitos especiais (Tim Alexander, Gary Brozenich e equipe).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
À Espera dos Bárbaros
Tudo muda com a chegada de um novo coronel chamado Joll (Johnny Depp). O sujeito é arrogante, perverso e com ar de superioridade. A pura boçalidade de um colonizador que acredita que todos os nativos são seres inferiores a ele. O militar acredita numa suposta superioridade racial e cultural sobre todos e as coloca em cima da mesa. Também é obcecado, acreditando que está para se formar uma grande rebelião contra o forte. Tudo pura ilusão de sua cabeça. Ele então começa sistematicamente uma série de torturas e barbaridades cometidas contra os locais. Mata pessoas idosas, cega mulheres jovens, agride e humilha os homens, tudo em suas sessões de tortura sem fim. Pura insanidade. Um jovem oficial, igualmente psicopata, interpretado pelo ator Robert Pattinson, faz todo o serviço sujo. Enquanto tortura, ri de forma sádica.
Assim o filme desfila a tragédia de se tornar membro de um grupamento militar nas mãos de um completo imbecil. Depp, que pelo visto em seus últimos filmes, está se especializando em interpretar vilões, está muito bem em seu papel. Porém quem merece aplausos de fato é o veterano Mark Rylance como o sensato magistrado. Em uma época em que isso era solenemente ignorado por forças de ocupação, ele defende os direitos humanos das populações locais. A fina ironia do roteiro é que os invasores chamam os nativos de "bárbaros", porém a verdadeira barbaridade é cometida pelos colonizadores, mostrando a verdade face dessa moeda histórica que até os dias de hoje ainda incomoda.
À Espera dos Bárbaros (Waiting for the Barbarians, Estados Unidos, Itália, 2019) Direção: Ciro Guerra / Roteiro: J.M. Coetzee / Elenco: Mark Rylance, Johnny Depp, Robert Pattinson / Sinopse: Um oficial de um país colonizador começa a cometer barbaridades e torturas contra as populações locais de uma região distante e inóspita do império, causando revolta e indignação por onde passa.
Pablo Aluísio.
Piratas do Caribe: O Baú da Morte
Título Original: Pirates of the Caribbean - Dead Man's Chest
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Bill Nighy, Jonathan Pryce, Jack Davenport
Sinopse:
Jack Sparrow (Johnny Depp) precisa recuperar o coração de Davy Jones para evitar escravizar sua alma. E isso não vai ser fácil já que outros estão na mesma busca, cada um com seu próprio interesse pessoal. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (John Knoll, Hal T. Hickel e equipe). Também indicado nas categorias de melhor mixagem de som e melhor edição de som.
Comentários:
Aqui vai uma pequena confissão que tenho em relação a esses filmes. Eu vi todos, alguns inclusive no cinema, mas na maioria das vezes, puxando apenas pela memória, nao consigo mais diferenciar uns dos outros. Isso em meu ponto de vista significa duas coisas. Primeiro que os filmes são muito parecidos entre si, sem maiores inovações. Segundo, que nunca chegaram a me marcar de nenhuma maneira. São filmes altamente comerciais, o Depp ficou muitas vezes milionário, é uma franquia cinematográfica bilionária... porém, não faria muita diferença se não existissem. Pelo menos no meu caso particular. Se vale por alguma coisa, em termos de cinema, poderia dizer que pelo menos resgataram um velho filão que andava morto e enterrado, a dos filmes de piratas, das aventuras dos sete mares, mesmo que bastante modificados, usando e abusando de efeitos especiais de última geração. De qualquer forma a Disney, produtora do filme, pouco se importou com todos esses detalhes. Essa produção de 200 milhões de dólares faturou mais de 1 bilhão de dólares nas bilheterias. Esse sim é um grande baú, só que de dinheiro!
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de julho de 2020
Rango
Rango (voz de Johnny Depp) é um réptil de estimação que após um acidente vai parar numa estrada no meio do deserto. Lutando pela sobrevivência chega em uma cidadezinha habitada por pequenos animais como ele. Todos são controlados por um poderoso manda chuva local que detém o bem mais precioso de lá: a água! Gostei do resultado dessa animação Rango. Tive algumas reservas, mas penso que são mais tópicas. Tecnicamente, como não poderia deixar de ser, a animação é muito bem feita. Curiosamente não existem personagens "fofinhos", pois todos são, em maior ou menor grau, baseados em animais exóticos, que geralmente não aparecem com frequência no cinema americano. Um exemplo é o próprio Rango, um lagarto, camaleão ou seja lá o que ele for. O roteiro é bem bolado mas achei uma certa semelhança entre o argumento desse filme e o de "Vida de Inseto" da Pixar. Ambos trazem personagens que, com ares de teatralidade, acabam enganando uma cidade inteira os levando a pensar que eles são "protetores" ou "justiceiros", que vão lhe salvar do perigo eminente. No fundo são apenas "farsantes" bem intencionados.
De qualquer forma o que me fez mesmo gostar de Rango são as várias citações e referências aos clássicos filmes de western. Não é segredo para ninguém que sou fã do gênero, então ver todos aqueles personagens e cenas que nada mais são do que homenagens aos grandes flmes de faroeste me fez manter ainda mais o interesse no que viria a acontecer. A estorinha obviamente é bobinha, derivativa, mas mesmo assim mantive a atenção. Enfim, Rango é um ótimo passatempo para a criançada e servirá até mesmo para apresentar os pequenos aos ícones dos antigos bang bangs. Só por isso já vale a pena.
Rango (Rango, Estados Unidos, 2011) Direção: Gore Verbinski / Roteiro: John Logan, John Logan / Elenco: Johnny Depp, Isla Fisher, Timothy Olyphant / Sinopse: Rango (voz de Johnny Depp) é um réptil de estimação que após um acidente vai parar numa estrada no meio do deserto. Lutando pela sobrevivência vai parar em uma cidadezinha habitada por pequenos animais como ele. Todos são controlados por um poderoso manda chuva local que detém o bem mais precioso de lá: a água! Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Animação.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
Título Original: Pirates of the Caribbean At World's End
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Geoffrey Rush, Jonathan Pryce, Jack Davenport,
Sinopse:
O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) volta aos sete mares, mas precisa sobreviver a uma legião de inimigos que querem vê-lo morto, traído pelas costas. Entre eles está o pirata Hector Barbossa (Geoffrey Rush) que quer colocar as mãos em Sparrow e o governador Weatherby Swann (Pryce) que deseja colocar lei e ordem no Caribe a serviço do Rei.
Comentários:
Não vá perder a conta. Esse foi o terceiro filme da franquia "Piratas do Caribe". O grande sucesso dos filmes anteriores fez com a Disney gastasse a verdadeira fortuna de 300 milhões de dólares para produzir esse blockbuster. Acabou sendo um filme mais caro do que "Titanic" que ostentava até aquele momento o título de filme mais caro da história. Uma verdadeira temeridade, até mesmo para os padrões multimilionários da indústria cinematográfica americana. Por causa desse custo absurdo o filme acabou não sendo tão lucrativo como se esperava, o que fez com que os filmes seguintes já não contassem com um orçamento tão estourado. No geral o filme não tem maiores novidades, é realmente um prato requentado (e não requintado!). Johnny Depp retomou aos maneirismos do Capitão Jack Sparrow, algo que o público em geral parece apreciar bastante. Curiosamente seu jeito de ser foi inspirado - acredite! - no roqueiro Keith Richards dos Rolling Stones. E não é que o próprio músico acabou fazendo uma pontinha divertida no filme como o pai do pirata de Depp! Ironia pouca é bobagem. Então é isso, mais um exemplar perdulário da Disney com esses piratas do cinema que foram inspirados em um brinquedo da Disneylândia. Vai entender a mente desses executivos...
Pablo Aluísio.