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domingo, 6 de fevereiro de 2022

Tudo por Amor

Título no Brasil: Tudo por Amor
Título Original: Dying Young
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Richard Friedenberg
Elenco: Julia Roberts, Campbell Scott, Vincent D'Onofrio, Colleen Dewhurst, David Selby, Ellen Burstyn

Sinopse:
Hilary O'Neil (Julia Roberts) é uma enfermeira que trabalha em um hospital que possui uma ala de pacientes terminais. E é nesse local de sua função que ela acaba se apaixonando por um homem que já não tem mais muito tempo de vida.

Comentários:
No começo dos anos 90 a Julia Roberts já colhia os frutos de seu sucesso com o filme "Uma Linda Mulher" que realmente surpreendeu nas bilheterias da época. Então a Fox correu e lançou essa fita que já estava há um bom tempo arquivada dentro do estúdio. Esse filme inclusive foi produzido antes de "Uma Linda Mulher", mas lançado depois, justamente para pegar carona no outro filme. Coisas de marketing. Bom, eu me recordo que assisti na época de seu lançamento original, ainda nos tempos das locadoras de fitas VHS. Foi dirigido por Joel Schumacher, um cineasta irregular, capaz de fazer bons filmes e grandes porcarias. Aqui ele ficou na média apenas, nada muito surpreendente. Achei apenas mediano. Tem uma bonita fotografia, a Roberts era jovem e muito bela, mas no geral também soava como um romance cinematográfico sem muitas ideias novas ou originalidade. Hoje em dia seria interessante rever, até para matar as saudades. Além disso a Julia Roberts era de uma simpatia na época que cativava o espectador. Hoje em dia eu penso que ela perdeu grande parte desse seu carisma pessoal. Efeitos do tempo nas personalidades das pessoas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Tempo de Matar

O racismo persiste. Essa ainda é uma ferida aberta dentro da sociedade americana e ao que parece não será curada tão cedo. Um dos melhores filmes mostrando as raízes do racismo dentro até da sociedade e do sistema judicial americano é esse "Tempo de Matar", filme que foi muito falado e gerou grande repercussão em seu lançamento. A trama mostrando um homem negro em busca de justiça para sua filha que foi estuprada aos dez anos por brancos racistas do sul diz muito sobre a própria sociedade americana. Em termos históricos não fazia muito tempo que os brancos americanos tinham praticamente direito de matar qualquer negro que entrasse em seu caminho. Os brancos se consideravam superiores aos negros e esses muitas vezes não contavam com nenhuma corte em seu favor. São conhecidas as histórias de negros enforcados em árvores por organizações racistas brancas, demonstrando que não havia perdão para um afro-americano que infringisse qualquer regra de comportamento estabelecida pelos membros da casta WASP. O ambiente era de fato brutal.

Agora imaginem dentro de um contexto tão adverso como esse o trabalho de um advogado jovem, branco, tendo como cliente um negro, bem no meio de uma das regiões mais violentas e racistas da América protestante! "Tempo de Matar" mostra que dentro do sistema judiciário dos Estados Unidos nem sempre as leis funcionavam do mesmo jeito para brancos e negros. Esse é sem dúvida um filme corajoso, que inclusive sofreu boicotes em seu lançamento. O advogado Jake Tyler Brigance interpretado pelo bom ator Matthew McConaughey simboliza a luta por justiça dentro de um sistema corrompido por dentro. O filme também surge como uma grata surpresa dentro da carreira do irregular diretor Joel Schumacher. Conhecido por seus altos e baixos (alternando sempre filmes interessantes com abacaxis tremendos), aqui Joel Schumacher pelo menos não atrapalha. Ele está muito correto na condução do roteiro, que no fundo fala por si mesmo. Enfim, "Tempo de Matar", um filme importante que mostra que nem tudo é uma maravilha na terra do Tio Sam.

Tempo de Matar (A Time to Kill, Estados Unidos, 1996) Direção: Joel Schumacher / Roteiro: Akiva Goldsman, baseado na obra A Time to Kill de John Grisham / Elenco: Matthew McConaughey, Sandra Bullock, Samuel L. Jackson, Kevin Spacey, Oliver Platt / Sinopse: Jovem advogado branco defende um negro numa corte americana. Filme indicado ao Oscar na categoria melhor ator coadjuvante (Samuel L. Jackson).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Em Má Companhia

Título no Brasil: Em Má Companhia
Título Original: Bad Company
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Gary M. Goodman, David Himmelstein
Elenco: Anthony Hopkins, Chris Rock, Peter Stormare, Gabriel Macht, Kerry Washington, Adoni Maropis

Sinopse:
Um agente da CIA, a agência central de inteligência do governo americano, é assassinado em uma missão que envolvia armas nucleares. Sem ter outra opção seu irmão gêmeo é recrutado para tomar seu lugar, só que ele tem a personalidade completamente diferente da do irmão, gerando muitas confusões no mundo dos espiões internacionais.

Comentários:
Eu não gostei desse filme. Veja, eu sou fã número 1 do ator Anthony Hopkins. Tiro meu chapéu para seu talento, que na minha opinião, é um dos maiores que existem hoje no mundo do cinema. Porém, ele também tem um grave defeito, que é o de não saber escolher sempre, de forma precisa, os melhores filmes em que vai atuar. Uma de suas más escolhas foi aceitar o convite do produtor Jerry Bruckheimer para trabalhar nesse filme. Bruckheimer faz parte de outra linha da indústria cinematográfica. Se Hopkins é o ator dos dramas, dos grandes filmes, dos excelentes elencos e atuações, Bruckheimer é o homem por trás de filmes de pura ação genérica, de carros explodindo, planetas sendo invadidos por extraterrestres. São de mundos diferentes. E para piorar tudo Anthony Hopkins aqui precisou contracenar com um comediante escrachado, de piadas escrotas, que é o Chris Rock! Pegaram um lorde da atuação, um homem de imenso prestígio, para trabalhar com o produtor errado, no filme errado, com um parceiro completamente equivocado em seu estilo. Algo assim poderia dar certo? De jeito nenhum! Assim temos uma fitinha bem desprezível. Roteiro nada marcante, jeito de filme genérico mesmo, com muitas piadas sem graça. Sir Anthony Hopkins não precisava participar de uma patuscada dessas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

O Custo da Coragem

Título no Brasil: O Custo da Coragem
Título Original: Veronica Guerin
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Carol Doyle
Elenco: Cate Blanchett, Colin Farrell, Brenda Fricker, Ciarán Hinds, Gerard McSorley, David Murray

Sinopse:
Baseado em uma história verídica, o filme mostra a história da jornalista irlandesa Veronica Guerin (Cate Blanchett). Repórter do The Sunday Independent, ela começa a expor, numa série de reportagens, o mundo do crime na cidade de Dublin, o que a torna alvo de traficantes e poderosos barões do crime.

Comentários:
Muitas pessoas não param para pensar muito nisso, mas a verdade é que a profissão de jornalista é uma das mais perigosas do mundo. Principalmente quando esses profissionais começam a revelar, em suas matérias investigativas, crimes envolvendo pessoas poderosas. Esse filme conta a história de uma dessas jornalistas que acaba tendo sua vida ameaçada. Ela denuncia um grupo de poderosos, todos envolvidos com o mundo do crime em sua cidade, Dublin, na Irlanda. A partir daí ela começa a perceber o cerco se fechando ao seu redor. Como é um drama conceituado, o filme precisava mesmo de um bom elenco. E contando com a excelente Cate Blanchett, tudo ficou perfeitamente recriado na tela. Essa atriz já é considerada uma das melhores de sua geração. E sua filmografia, tirando algumas pequenas derrapadas, é muito boa e relevante. Inclusive ela foi indicada ao Globo de Ouro por sua boa atuação. Em minha opinião deveria ter vencido, não apenas por seu trabalho, que foi realmente excelente, mas também como uma forma de apoio a jornalistas que trabalham ao redor do mundo e são ameaçados como a própria protagonista do filme. A boa mensagem do roteiro chama bastante atenção para justamente isso. Enfim, um filme acima da média, muito indicado a quem gosta de um cinema mais politizado e engajado em causas importantes para a sociedade.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Tigerland - A Caminho da Guerra

Título no Brasil: Tigerland - A Caminho da Guerra
Título Original: Tigerland
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Entertainment
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Ross Klavan, Michael McGruther
Elenco: Colin Farrell, Matthew Davis, Clifton Collins Jr, Tom Guiry, Russell Richardson, James Macdonald

Sinopse:
A história do filme se passa em setembro de 1971. Os Estados Unidos estão na Guerra do Vietnã. Um novo pelotão de recrutas então chega no Fort Polk para treinamento intensivo antes de ser enviado para o front asiático. Para que o treinamento seja bem sucedido os soldados são enviados para um pântano, conhecido pelos recrutas como Tigerland!

Comentários:
A safra de filmes sobre a Guerra do Vietnã já havia passado quando surgiu esse "Tigerland" nos cinemas americanos. Um herdeiro tardio de um ciclo que já havia chegado ao fim. É a tal coisa, a fase que havia gerado tantas obras primas como "Apocalipse Now", "Platoon" e "Nascido Para Matar" já havia se esgotado, por isso não houve muita repercussão desse lançamento fora de época. De maneira em geral essa é até uma boa fita de guerra. No Brasil foi lançada diretamente no mercado de vídeo VHS, não chegando aos cinemas. Isso demonstrava que o filme não havia feito muito sucesso comercial no mercado internacional. Em termos de elenco temos um ainda muito jovem Colin Farrell. Na época ninguém o conhecia e ele passava longe de ser um astro de Hollywood. O resto do elenco também era todo formado por jovens desconhecidos, o que até ajudou o filme em certo aspecto, pois o espectador acabava acreditando com mais facilidade que aqueles eram mesmo jovens prestes a serem jogados na lama do Vietnã. A velha regra da imersão dentro de um filme. Há personagens interessantes, inclusive um recruta que deseja um dia se tornar escritor. Ele faz amizade com outro soldado, Roland Bozz, um texano mais casca grossa. Muito do enredo se desenvolve justamente nas amizades e inimizades entre todos aqueles militares. No mais o diretor Joel Schumacher realizou um filme que mesmo não sendo uma obra marcante, consegue ser eficiente, inegavelmente bom. Schumacher, conhecido por algumas bombas cinematográficas indefensáveis, aqui pelo menos segurou bem a onda. Filme premiado no Boston Society of Film Critics Awards e no London Critics Circle Film Awards na categoria de Melhor Ator (Colin Farrell).

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de abril de 2017

8mm - Oito Milímetros

Título no Brasil: 8mm - Oito Milímetros
Título Original: 8MM
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Andrew Kevin Walker
Elenco: Nicolas Cage, Joaquin Phoenix, James Gandolfini
  
Sinopse:
O detetive particular Tom Welles (Nicolas Cage) é contratado por uma rica senhora, agora viúva, que descobriu um material perturbador no cofre do marido falecido. É um filme e ao que tudo indica ele traz cenas reais de um assassinato. Ela quer descobrir a origem e a veracidade das filmagens. Cabe a Welles agora investigar, indo para o submundo da pornografia e criminalidade da cidade. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.

Comentários:
O cineasta Joel Schumacher sempre foi conhecido pela irregularidade em sua filmografia. Ele tanto conseguiu dirigir bons filmes, como verdadeiras bombas ao longo de sua carreira. Esse aqui fica no meio termo. Na verdade pode-se considerar até um bom filme, principalmente por explorar um tema bem complicado, o submundo dos chamados "snuff films", filmes trazendo imagens reais de crimes como assassinatos, estupros, etc. Algo direcionado mais para um público bem doentio. Ao ser contratado por uma viúva rica ele cai fundo no pior submundo de Los Angeles e lá descobre todos os tipos de perversões e taras sexuais. Além do bom roteiro outro aspecto que chama a atenção nessa produção é o elenco de apoio. Não é para menos, temos aqui um ótimo Joaquin Phoenix, em um papel bem estranho e fora dos padrões e James Gandolfini, da série de sucesso "Família Soprano" como um sujeito bem desprezível. Em suma, " 8mm - Oito Milímetros" é um bizarro passeio pelo submundo da alma humana, algo que acaba destruindo até mesmo a vida familiar e profissional do detetive, protagonista da fita. Entre os vários filmes de Joel Schumacher esse é certamente um dos que valem a pena ser conhecidos, embora não seja indicado para pessoas de estômagos fracos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Os Garotos Perdidos

Título no Brasil: Os Garotos Perdidos
Título Original: The Lost Boys
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Jan Fischer, James Jeremias
Elenco: Jason Patric, Corey Haim, Kiefer Sutherland, Dianne Wiest
  
Sinopse:
Depois de se mudarem de sua cidade dois irmãos começam a suspeitar que a região para onde foram morar está na verdade infestada de vampiros pelas redondezas. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Terror. Também indicado nas categorias de Melhor Maquiagem, Figurino, Ator (Corey Haim) e Melhor Ator Coadjuvante (Barnard Hughes).

Comentários:
Muitos dizem que Joel Schumacher é um cineasta que só realiza porcarias. Bobagem, ele certamente é um diretor de altos e baixos, mas também acerta o alvo quando lhe convém. Esse "The Lost Boys" é um exemplo. Pense bem, esse filme já adentrou a esfera dos cult movies, sendo considerado hoje em dia um dos melhores filmes de terror dos anos 80 - o que não deixa de ser um título pra lá de honroso. O roteiro não esconde suas pretensões. Foi uma forma de revitalizar a figura do vampiro para as novas gerações. Não no sentido do que hoje isso significa (transformando vampiros em adolescentes bobos e apaixonados), mas sim em resgatar o monstro do passado para lhe dar uma nova roupagem, mas de acordo com os jovens daquela época. O resultado se mostra desde o começo muito acertado. Há ótimas decisões de linguagem, como a câmera sobrevoando a cidade como se fosse o ponto de vista de um vampiro e uma trilha sonora muito bem escolhida, com alguns clássicos do rock. Além disso o uso bem bolado do visual Heavy Metal dos jovens dos anos 80 acabou, vejam só, se encaixando muito bem na proposta. Enfim, "The Lost Boys" é realmente um achado para quem curte vampiros adolescentes assassinos em geral. Uma ótima diversão que resistiu até mesmo ao tempo, mostrando que tal como seus personagens também se mostra forte candidato a se tornar também imortal. Quem diria...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O Cliente

Um garoto acaba testemunhando um assassinato cometido por membros da máfia italiana. Isso coloca em perigo sua própria vida. Para ajudar em sua delicada situação, seu pai resolve pedir ajuda a uma inexperiente advogada, interpretada por Susan Sarandon. O diretor Joel Schumacher é conhecido pelos altos e baixos na carreira. De fato ele pode dirigir excelentes filmes e depois afundar tudo, assinando verdadeiras bombas cinematográficas. Aqui temos, por sorte, um proveniente de sua boa safra. "The Client" é baseado no livro do famoso autor de best sellers John Grisham, o que já garante no mínimo um bom drama de tribunal como background narrativo.

Some-se a isso a presença de atores talentosos como a engajada Susan Sarandon e o sempre competente Tommy Lee Jones e você certamente terá em mãos aquele tipo de película onde nem mesmo um diretor ruim conseguiria estragar. Não que Joel Schumacher mereça esse tipo de título, mas sim pelo fato que mesmo que ele estivesse em um momento ruim dificilmente estragaria o resultado final. Assim "O Cliente" é um bom drama jurídico, que explora o lado mais visceral desse mundo fascinante do direito.

O Cliente (The Client, Estados Unidos, 1994) Direção: Joel Schumacher / Roteiro: Akiva Goldsman / Elenco: Susan Sarandon, Tommy Lee Jones, Brad Renfro, William H. Macy / Sinopse: O filme mostra o tenso caso de um jovem que deverá testemunhar contra mafiosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz (Susan Sarandon). Também indicado ao BAFTA Awards e ao Screen Actors Guild Awards na mesma categoria.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Batman & Robin

Título no Brasil: Batman & Robin
Título Original: Batman & Robin
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Akiva Goldsman, baseado na obra de Bob Kane
Elenco: Arnold Schwarzenegger, George Clooney, Chris O'Donnell, Uma Thurman, Alicia Silverstone

Sinopse:
Batman (George Clooney) se une ao seu pupilo e parceiro no combate ao crime, Robin (Chris O'Donnell), e à Batgirl (Alicia Silverstone) para enfrentar os terríveis vilões Mr. Freeze (Arnold Schwarzenegger) e Poison Ivy (Uma Thurman). Filme indicado a três prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Maquiagem, Figurino e Melhor Filme de Fantasia. "Vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria Pior Atriz Coadjuvante (Alicia Silverstone).

Comentários:
Nem só de obras primas viveu o personagem Batman nos cinemas. Para quem é jovem e só conheceu mesmo os filmes dirigidos por Christopher Nolan é bom saber que houve uma primeira franquia que surgiu com Tim Burton e morreu com Joel Schumacher. E foi justamente esse filme aqui que enterrou a primeira quadrilogia do homem morcego nos cinemas. O interessante é que as filmagens foram muito badaladas pois todos queriam conferir o personagem com o novo queridinho de Hollywood, George Clooney. De fato ele estava no pique do sucesso, após provar que tinha conseguido fazer a complicada transição da TV para o cinema. Assim a Warner desembolsou uma fortuna para tê-lo na pele de Batman. O estúdio inclusive queria realizar o melhor filme de todos os tempos sobre o herói, com orçamento milionário e caprichos impensáveis naquela época, como por exemplo, contratar o astro Arnold Schwarzenegger para interpretar o vilão Mr. Freeze! Tudo parecia caminhar para a consagração de mais um grande blockbuster, desses que realmente arrasam quarteirões mas... tudo resultou em um grande desapontamento! Joel Schumacher, provavelmente inspirado na série televisiva dos anos 1960, optou erroneamente por dar ao filme um tom exageradamente cartunesco, beirando a paródia completa. O público não aceitou e a crítica detestou. Depois que Tim Burton tinha renovado o personagem com tintas sombrias era de fato uma surpresa e tanto uma abordagem tão pop e camp como essa. Desnecessário dizer que o filme naufragou completamente, se tornando um vexame para todos os envolvidos. George Clooney ainda tentou amenizar soltando algumas piadinhas sobre o uniforme ridículo que estava usando (com direito a mamilos salientes), mas nada disso salvou "Batman & Robin" de se tornar um dos maiores desastres da história da Warner Bros. Uma mancha negra complicada de apagar na história de um dos mais populares heróis de quadrinhos de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

Linha Mortal

Título no Brasil: Linha Mortal
Título Original: Flatliners
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Peter Filardi
Elenco: Kiefer Sutherland, Kevin Bacon, Julia Roberts, William Baldwin

Sinopse:
Um grupo de arrogantes estudantes de medicina decide desvendar um dos últimos grandes mistérios da ciência moderna: a morte! Eles não desejam vencer ela, mas apenas a sondar de dentro. Assim decidem realizar uma rede de experiências levando o corpo a um estado de quase-morte. A intenção é sondar essa fronteira, para tentar descobrir o que realmente de fato existe no outro lado da vida. O que eles não sabiam é que com isso acabam abrindo portas que jamais deveriam ter sido abertas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Filme indicado ao prêmio Saturn da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Ficção e Melhor Atriz Coadjuvante (Julia Roberts). 

Comentários:
Alguns filmes melhoram bastante com o passar do tempo. Isso se deve principalmente aos roteiros, que sendo de boa qualidade, não envelhecem jamais. Um caso que se encaixa perfeitamente no exemplo acima é essa fita de suspense que fez bastante sucesso na época de seu lançamento, tanto nos cinemas como no mercado de vídeo VHS. Os personagens são extremamente interessantes, jovens estudantes de medicina, egocêntricos, arrogantes, cheios de si, afinal de contas eles estão no topo da cadeia alimentar no ultra concorrido universo dos cursos de ponta da carreira acadêmica americana. Para jovens assim não existem barreiras que os impeçam de irem até o limite. E o que seria mais tentador e ousado do que tentar explicar os mecanismos que rondam a própria morte? Assim no auge de sua petulância eles ousam tentar atravessar essa barreira, verificar o que existe no outro lado e voltar para contar o que viram. Não é uma das tarefas mais simples de realizar. O elenco de "Flatliners" conseguiu reunir um grupo de jovens atores - ainda desconhecidos do grande público na época - que nos anos que viriam iriam se tornar astros e estrelas do cinema americano. Dentre eles se destaca Julia Roberts, ainda colhendo os frutos do recente sucesso de "Uma Linda Mulher". A direção é do irregular Joel Schumacher, um cineasta conhecido por intercalar bons filmes com bombas atômicas. Aqui, para alívio geral, ele comparece com uma obra não apenas interessante, mas também bem desafiadora. Prova que, quando acerta a mão, ele consegue mesmo realizar bons filmes.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O Fantasma da Ópera

Título no Brasil: O Fantasma da Ópera
Título Original: The Phantom of the Opera
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Joel Schumacher, Andrew Lloyd Webber
Elenco: Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson

Sinopse:
Uma jovem e talentosa cantora soprano se torna a obsessão de um gênio musical que vive escondido nos bastidores da Ópera de Paris após ter tido seu rosto desfigurado. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhor Música Original ("Learn To Be Lonely" de Andrew Lloyd Webber e Charles Hart). Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz - comédia ou musical - para Emmy Rossum e Melhor Canção Original.

Comentários:
Muitos críticos não gostaram dessa nova versão do famoso romance "Le Fantôme de L'Opéra" de Gaston Leroux. Artificial, meloso, plástico e pop demais foram alguns dos adjetivos usados para definir o filme. Eu penso um pouco diferente. Em minha visão "O Fantasma da Ópera" é aquele tipo de texto que fica mais adequado mesmo ao mundo do teatro. Quando se transporta esse tipo de obra ao cinema sempre se estará perdendo parte de sua força original. A experiência teatral exige um nível de sofisticação e cumplicidade que nem sempre se encontra numa sala de cinema, principalmente se essa for do circuito comercial, com todas aquelas hordas de adolescentes comendo pipoca, tomando refrigerante e falando ao celular. Assim nesse caso o fato desse musical parecer pop demais nem vem tanto da direção de Joel Schumacher, mas sim do próprio meio em que foi lançado. Some-se a isso o fato de vermos Gerard Butler, o brucutu, se saindo muito bem em uma obra tão sensível como essa (quem diria?) e tudo vai parecer mesmo pop além do limite. Mas essa, repito, é uma visão equivocada. No geral se não é o melhor dos mundos pelo menos é digno. Serve como porta de entrada para outras versões, inclusive no teatro.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Reféns

Título no Brasil: Reféns
Título Original: Trespass
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Karl Gajdusek
Elenco: Nicolas Cage, Nicole Kidman, Cam Gigandet

Sinopse:
Kyle Miller (Nicolas Cage) é um comerciante de diamantes que tem uma bela casa e uma família formada por sua linda esposa Sarah (Nicole Kidman) e sua filha Avery (Liana Liberato). Sua rotina feliz porém é brutalmente interrompida quando um grupo de criminosos invade sua casa para roubar as pedras preciosas. A partir daí se instala um jogo mortal de ameaças e violência. 

Comentários:
Sinceramente estava esperando um abacaxi daqueles! O filme foi tão criticado em seu lançamento que pensei tratar-se de outro filmeco da carreira de Nicolas Cage. Bobagem, "Reféns" passa longe de ser tão ruim como disseram. Na verdade posso dizer que como thriller e dentro de sua proposta ele cumpre muito bem seus objetivos. O roteiro vai explorando essa situação de desespero, jogando com várias reviravoltas ao longo da projeção. Algumas delas soam forçadas mas outras me agradaram. Kidman está lindissima no começo do enredo, mostrando que idade nem sempre rima com perda da beleza e charme, basta apenas saber envelhecer com elegância. Cage está até bem interessante em seu personagem. Ao invés de ser o herói cool de ação de seus últimos filmes (ruins) ele interpreta um típico pai de família americano que negocia no mercado de diamantes e se vê envolvido numa situação limite. O cineasta Joel Schumacher dirige o filme. Como eu já tive oportunidade de escrever aqui antes ele é um profissional irregular, com altos e baixos na carreira. Esse filme aqui eu colocaria entre seus trabalhos medianos, nem se enfileira com seus melhores momentos e nem tampouco pode ser considerado uma de suas porcarias infames (como aquele Batman que todos odeiam). Um filme com pouco mais de 90 minutos (duração ideal) que certamente se transforma em um bom passatempo para um domingo à tarde preguiçoso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas

Título no Brasil: O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas
Título Original: St. Elmo's Fire
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Joel Schumacher
Elenco:  Demi Moore, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Emilio Estevez, Judd Nelson, Ally Sheedy

Sinopse: 
Um grupo de jovens amigos se reúnem no "St. Elmo's Fire", um misto de bar e casa de shows onde eles trocam experiências, fazem confidências e contam suas desilusões amorosas. No centro de tudo está Billy Hicks (Rob Lowe), um jovem saxofonista que não sabe direito que rumo tomar em sua vida pessoal e sentimental.

Comentários:
Se você é jovem demais para lembrar e deseja saber quem eram os ídolos jovens do cinema na década de 80 então esse "O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas" se torna o filme ideal. Isso porque nenhum outro reuniu tantos ídolos teens como esse aqui. Todos, sem exceção, eram capas de revistas juvenis e símbolos sexuais para os adolescentes da época. A imprensa americana gostava de chamar essa turma de Brat Pack (algo como bando de fedelhos). Hoje já são todos senhores beirando os 50 anos, quem diria! A produção anda badalada porque foi relembrada nos EUA na celebração de seus 25 anos de lançamento. Uma edição especial em DVD foi lançada e o clima de nostalgia tomou conta da festa! O tempo voa meu caro! Obviamente que o grande atrativo é o elenco. Temos a Demi Moore (jovem e muito linda), o Emilio Estevez (irmão do Charlie Sheen, um bom ator que anda sumido), e o maior sex symbol da fita, o Rob Lowe (também muito jovem e com um penteado pra lá de esquisito, pagando mico em várias cenas ao tentar convencer que realmente toca sax!). É realmente uma galeria de astros adolescentes dos anos 80. A direção é do irregular Joel Schumacher que anos depois mataria o Batman. Essa porém é outra história.
 
Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Ninguém é Perfeito

Título no Brasil: Ninguém é Perfeito
Título Original: Flawless
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Tribeca Productions
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Joel Schumacher
Elenco: Robert De Niro, Philip Seymour Hoffman, Barry Miller

Sinopse:
Walt Koontz é um policial ultra conservador que sofre um derrame. Na sua recuperação ele começa a ver o mundo de uma outra maneira, inclusive se tornando próximo e amigo de uma drag queen, Rusty (Philip Seymour Hoffman), em momento inspirador. Filme indicado ao Screen Actors Guild Awards.

Comentários:
Esse é um bonito filme, com roteiro versando sobre tolerância, recomeço, mudança de valores. Os dois personagens principais tinham tudo para se odiarem (um é conservador, o outro gay), porém o destino os aproxima. Robert De Niro, sempre um ator interessante, aqui não está tão marcante. Todos os méritos em termos de atuação vão mesmo para o talentoso Seymour Hoffman. Travestido de drag queen ele rouba todas as atenções. Embora haja algum humor o filme é realmente bem dramático, numa produção feita pela própria companhia de De Niro, a Tribeca Productions. Curiosamente a direção foi dada a  Joel Schumacher, que definitivamente nunca foi cineasta desse tipo de filme. Enfim, não deixe de conferir, um bom drama especialmente indicado para o público GLSTB.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Um Dia de Fúria

Hoje em dia Michael Douglas está com um pé na aposentadoria definitiva mas nas décadas de 80 e 90 ele saboreou uma excelente fase na carreira com muitos sucessos e êxitos de bilheteria. Um dos mais bem sucedidos foi esse “Um Dia de Fúria” que está completando agora exatos 20 anos de seu lançamento. O filme explora muito bem os limites de tolerância que cada um possui dentro da sociedade altamente estressante em que vivemos. No caso acompanhamos a rotina de William Foster (Michael Douglas) que durante um congestionamento infernal simplesmente chega ao seu limite. Irritado, não suportando mais uma rotina tão cheia de pressões e desapontamentos ele simplesmente se arma de um bastão de beisebol e uma arma de fogo e sai para a desforra completa, apelando para uma violência irracional e sem freios contra tudo e contra todos que ousam cruzar seu caminho. O curioso em “Dia de Fúria” é que apesar de ser um drama por definição algumas de suas cenas acabam deflagrando um humor involuntário quando o engomadinho Foster perde a compostura e parte para a porrada desenfreada, não poupando ninguém pela frente. Há cenas bem significativas nesse ponto como a da lanchonete quando ele novamente tem um acesso de fúria descontrolada.

“Um Dia de Fúria” é seguramente um dos melhores trabalhos do irregular Joel Schumacher que conseguiu ao longo da carreira mesclar grandes bombas com filmes acima de média. Não há outra definição melhor para Schumacher, ele é realmente um cineasta complicado, onde não sabemos de antemão se vamos assistir alguma pequena obra prima ou um grande abacaxi. Aqui felizmente temos um de seus melhores trabalhos na carreira. Michael Douglas está perfeito no papel e conta com um outro grande ator para contracenar com ele, o veterano Robert Duvall. Ele interpreta o detetive Prendergast que sai em perseguição ao descontrolado personagem de Michael Douglas. O curioso é que ele parece entender bem lá no fundo os motivos que desencadearam a violência sem fim em William Foster. Prendergast se mostra inclusive solidário com o insano Foster na cena final, embora ciente da situação extrema em que se encontra. Assim se você ainda não assistiu procure ver, é um interessante filme de ação com subtexto sobre os limites de tolerância de cada um.

Um Dia de Fúria (Falling Down, Estados Unidos, 1993) Direção: Joel Schumacher / Roteiro: Ebbe Roe Smith / Elenco: Michael Douglas, Robert Duvall, Barbara Hershey, Frederic Forrest / Sinopse: Durante um engarrafamento infernal um homem comum alcança seu limite de tolerância e literalmente sai na porrada com quem lhe cruza o caminho. Descontrolado ele passa a ser perseguido por um veterano policial que sai em seu encalço.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Batman Eternamente

Revi e fiquei surpreso em ver como o filme ficou datado em tão pouco tempo! Vamos ser sinceros, Joel Schumacher é um palhaço, só isso explica tanta palhaçada e clima de galhofa como vemos aqui. No meio do espetáculo circense que é o filme muita pouca coisa se salva. Tommy Lee Jones está completamente caricato e ridículo. Não existe nenhuma cena em que ele não esteja completamente histérico e enlouquecido. Parece um debiloide que fugiu do circo de horrores. Já Jim Carrey usa e abusa de suas caretas, maneirismos e maluquices, o que de certa forma era o que se esperava dele pois seu estilo de humor pastelão é bem isso aí. Já Jones não tem essa desculpa, no final das contas ele está simplesmente péssimo mesmo.

Val Kilmer não convence, no controle remoto não está muito aí para o filme (não o culpo nesse ponto). Há diálogos constrangedores como aquele em que vestido de Batman avisa ao mordomo Alfred que vai comprar um lanchinho no Drive Thru. Que bobagem! Tudo é ultra colorido, cheio de neon e os assistentes dos vilões mais parecem idiotas saídos de filmes mudos da década de 1910! Uma bizarrice sem tamanho. Por fim, para coroar a estupidez reinante ainda temos que encarar um erro de continuidade absurdo na cena final. Nela Robin e a psiquiatra (interpretada por Nicole Kidman) são colocados em dois tubos diferentes que vão significar suas mortes. Quando o Charada aperta o botão ambos caem nos dois tubos mas por pura mágica Batman entra em apenas um deles mas encontra os dois no mesmo tubo!!! Como é que pode um roteiro mal escrito desses?! Uma fanfarronice esse Batman Eternamente.

Batman Eternamente (Batman Forever, Estados Unidos, 1995) Direção: Joel Schumacher / Roteiro: Lee Bstcher baseado na obra de Bob Kane / Elenco: Val Kilmer, Tommy Lee Jones, Jim Carrey / Sinopse: Batman (Val Kilmer) tem que enfrentar dois de seus piores inimigos, o famigerado "Duas Caras" (Tommy Lee Jones) e o enlouquecido "Charada" (Jim Carrey).

Pablo Aluísio.