quinta-feira, 20 de junho de 2024
O Protetor: Capítulo Final
segunda-feira, 17 de julho de 2023
Emancipation - Uma História de Liberdade
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
Infinito
Eu sinceramente já estou perdendo as esperanças de assistir a um bom filme de ação e ficção produzido em 2021. A falta de criatividade dos roteiristas é desanimadora. Todos os filmes parecem seguir a mesma fórmula batida e cansativa, com dois grupos rivais brigando para tomar posse de um objeto (um totem) que vai salvar a humanidade. E nessa fórmula tem sempre uma grande perseguição com carros velozes e cenas impossíveis. Nesse filme aqui o personagem de Mark Wahlberg pula de motocicleta em cima da asa de um grande avião cargueiro, em pleno voo. Ele não cai, como era de se esperar, ficando na fuselagem. E nada acontece com ele. Foi impossível não lembrar daqueles pobres afegãos que tentaram fugir de seu país subindo no teto de um avião, tentando ficar vivos. Claro, morreram todos. No filme, tudo de boa. Esse tipo de coisa realmente estraga qualquer pretensão de um filme como esse ser levado à sério. Em suma, mais do mesmo.
Infinito (Infinite, Estados Unidos, 2021) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Ian Shorr, Todd Stein / Elenco: Mark Wahlberg, Chiwetel Ejiofor, Sophie Cookson, Dylan O'Brien / Sinopse: Dois grupos de seres humanos especiais, que lembram de suas vidas passadas, lutam entre si na busca de um artefato mecânico, em forma de ovo da Páscoa, que pode significar o fim da humanidade.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de novembro de 2018
O Protetor 2
E aí começa a linha principal da narrativa do filme, não sem antes também desenvolver uma amizade do protagonista com um jovem negro que tem talento para a pintura. O rapaz gostaria de ganhar a vida com sua arte, mas o chamado das ruas, das gangues, muitas vezes fala mais alto... e paga melhor também. De uma forma ou outra tudo vai se desenvolvendo muito bem nesse filme assinado pelo cineasta Antoine Fuqua, com destaque para a cena final, toda passada numa cidade evacuada pela chegada de um furacão. Imagine vários homens treinados tentando liquidar uns aos outros no meio dessa tempestade! Ficou muito bom, como assim todo o filme. Boa diversão em mais um filme de qualidade com o sempre eficiente e talentoso Denzel Washington. É um dos bons filmes comerciais do ano. Não vá perder.
O Protetor 2 (The Equalizer 2, Estados Unidos, 2018) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Richard Wenk, Michael Sloan / Elenco: Denzel Washington, Pedro Pascal, Ashton Sanders, Melissa Leo, Bill Pullman / Sinopse: Robert McCall (Washington) é um ex-marine das forças de operações especiais que decide descobrir quem teria matado sua amiga dos tempos de serviço militar. Ela foi brutalmente assassinada em Bruxelas enquanto investigava uma chacina envolvendo uma família americana.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
A Isca
Jamie Foxx mantém o interesse. Sempre o achei muito talentoso e versátil, se dando bem tanto em dramas mais tensos, que exigem muito de seu lado mais dramático de ator, como igualmente em filmes de ação como esse, onde isso não é exigido. No máximo para se sair bem em filmes como esse aqui o ator tem que estar em boa forma física e basicamente é só. Se fosse classificar o filme de uma maneira bem taxativa e cabal, diria que é uma fita genérica de ação que usa o background dos criminosos digitais. Nada mais do que isso. É pouco? Sim, para ser memorável é bem pouco.
A Isca (Bait, Estados Unidos, 2000) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Andrew Scheinman, Adam Scheinman / Elenco: Jamie Foxx, David Morse, Robert Pastorelli / Sinopse: Detento que cumpriu sua pena acaba se tornando uma isca humana para prender hackers internacionais perigosos. A ele só resta tentar sobreviver a esse intenso e perigoso jogo e gato e rato.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de março de 2018
Dia de Treinamento
Embora a estrutura do roteiro possa ser considerado clichê em termos de filmes policiais, com aquela velha coisa de dupla de tiras com personalidades diferentes, o diretor Antoine Fuqua pegou essa situação banal e transformou em um filme muito bom, que deixa o espectador sempre no interesse do que vai acontecer a seguir. O filme foi bem nas bilheterias, mas não tanto quanto se esperava. Conseguiu faturar praticamente o dobro de seu custo, chegando aos 100 milhões de dólares arrecadados. O curioso é que Denzel deixou um pouco os dramas mais artísticos para se arriscar em um filme para ser comercialmente bem sucedido. Ficou no meio do caminho. O filme porém lhe valeu o Oscar de Melhor Ator naquele ano, algo que como ele mesmo explicou algum tempo depois jamais esperaria acontecer. Afinal ele queria mesmo era fazer sucesso em um filme policial feito para as massas. Nem sempre se acerta no alvo, mas com Denzel uma coisa é certa, sempre vem algo bom pela frente.
Dia de Treinamento (Training Day, Estados Unidos, 2001) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: David Ayer / Elenco: Denzel Washington, Ethan Hawke, Scott Glenn / Sinopse: Alonzo (Denzel Washington) é um policial veterano que joga com suas próprias regras. Após trabalhar anos nas ruas, enfrentando a criminalidade na divisão de narcóticos, ele já não está muito certo sobre o que seria legal ou não. Quando um novo parceiro é designado para trabalhar ao seu lado, o novato Jake (Ethan Hawke), as coisas ficam ainda mais complicadas. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington). Também indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Ethan Hawke). Igualmente indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).
Pablo Aluísio.
sábado, 9 de setembro de 2017
Sete Homens e um Destino
Pois bem, nesse novo filme, turbinado por um orçamento generoso, tendo como destaque a presença do astro Denzel Washington, temos algumas modificações na estória, muito embora a espinha dorsal dos filmes originais se tenha mantido. Basicamente é a mesma coisa, com pessoas de uma cidade oprimida por uma quadrilha que procuram por alguma ajuda. Embora seja um bom faroeste - é inegável isso - essa nova versão tem alguns problemas. O primeiro deles é o fato do diretor Antoine Fuqua ter optado por realizar um filme longo demais. Esse tipo de filme, com esse tipo de enredo, não necessita de uma metragem tão extensa. Se o corte final fosse mais enxuto penso que o filme ganharia mais em termos de agilidade e edição. O fato de Fuqua ter procurado levar à sério demais o próprio enredo também é um problema. Nunca foi essa a proposta da primeira versão americana. Por fim temos a violência, que em determinados momentos extrapola um pouco. São problemas eventuais, pontuais, que não chegam a atrapalhar muito. O filme foi malhado bastante desde que foi lançado, mas penso que não é para tanto. É um faroeste bem produzido, com um elenco interessante, embora em minha opinião Denzel Washington esteja um pouco fora de seu habitual. Passa longe de ser tão ruim como alguns críticos afirmaram. Na verdade, na pior das hipóteses, temos aqui pelo menos uma boa diversão. Sim, continua desnecessário, como todo remake, mas com um pouquinho de boa vontade até que não faz feio. Escapou de ser um filme inútil.
Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Nic Pizzolatto, Richard Wenk / Elenco: Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, Peter Sarsgaard, Manuel Garcia-Rulfo / Sinopse: Um pequeno e pacata vilarejo, oprimido por uma quadrilha de mercenários, bandoleiros e ladrões, pede ajuda a um pequeno grupo de pistoleiros que se dispõe a ajudá-los. Filme baseado no clássico "The Magnificent Seven" de 1967. Filme indicado ao Black Reel Awards na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de maio de 2017
Sete Homens e um Destino
Título no Brasil: Sete Homens e um Destino
Título Original: The Magnificent Seven
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Nic Pizzolatto, Richard Wenk
Elenco: Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, Peter Sarsgaard, Manuel Garcia-Rulfo
Sinopse:
Uma cidade do velho oeste vive sob o jugo de um empresário inescrupuloso chamado Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard). Usando da violência e força bruta, respaldado por um exército de bandidos, ele humilha e extorque toda a população. Procurando por ajuda alguns moradores vão atrás de alguém que os protejam e encontram o que procuravam na figura do pistoleiro Chisolm (Denzel Washington), que forma um grupo de sete homens para libertar todas aquelas pessoas subjugadas pelo crime. Agora, ao lado de todos, eles vão expulsar Bogue daquela região, custe o que custar. Filme indicado ao Black Reel Awards na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).
Comentários:
Eu já deixei claro inúmeras vezes que não gosto de remakes cinematográficos. De forma em geral eles são inúteis, desnecessários e muitas vezes decepcionantes. Essa é praticamente uma regra geral. Então no deserto de originalidade em que vive Hollywood nos dias atuais eis que surge o remake do clássico de western "The Magnificent Seven" que, por sua vez, é sempre bom lembrar, já era uma versão Made in USA do filme de Akira Kurosawa, "Os Sete Samurais". Pois bem, nesse novo filme, turbinado por um orçamento generoso, tendo como destaque a presença do astro Denzel Washington, temos algumas modificações na estória, muito embora a espinha dorsal dos filmes originais se tenha mantido. Basicamente é a mesma coisa, com pessoas de uma cidade oprimida por uma quadrilha que procuram por alguma ajuda. Embora seja um bom faroeste - é inegável isso - essa nova versão tem alguns problemas.
O primeiro deles é o fato do diretor Antoine Fuqua ter optado por realizar um filme longo demais. Esse tipo de filme, com esse tipo de enredo, não necessita de uma metragem tão extensa. Se o corte final fosse mais enxuto penso que o filme ganharia mais em termos de agilidade e edição. O fato de Fuqua ter procurado levar à sério demais o próprio enredo também é um problema. Nunca foi essa a proposta da primeira versão americana. Por fim temos a violência, que em determinados momentos extrapola um pouco. São problemas eventuais, pontuais, que não chegam a atrapalhar muito. O filme foi malhado bastante desde que foi lançado, mas penso que não é para tanto. É um faroeste bem produzido, com um elenco interessante, embora em minha opinião Denzel Washington esteja um pouco fora de seu habitual. Passa longe de ser tão ruim como alguns críticos afirmaram. Na verdade, na pior das hipóteses, temos aqui pelo menos uma boa diversão. Sim, continua desnecessário, como todo remake, mas com um pouquinho de boa vontade até que não faz feio. Escapou de ser um filme inútil.
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de outubro de 2015
Nocaute
Título no Brasil: Nocaute
Título Original: Southpaw
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: The Weinstein Company
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Kurt Sutter
Elenco: Jake Gyllenhaal, Rachel McAdams, Forest Whitaker, 50 Cent, Miguel Gomez
Sinopse:
Billy Hope (Jake Gyllenhaal) é um lutador de boxe, campeão em sua categoria. Após muitos anos de competições esportivas ele finalmente começa a sentir o peso de sua idade. A cada final de luta ele sofre cada vez mais com os golpes sofridos. Sua visão está prejudicada e ele agoniza com fortes e duradouras dores provocadas por seus adversários no ringue. Afinal de contas ele já não é mais um jovem para aguentar as terríveis lutas pelas quais vem passando. Sua esposa Maureen (Rachel McAdams) sabe que seus dias na carreira estão chegando ao fim. Agora, desafiado pelo novo pugilista sensação da temporada, o jovem ganancioso Miguel 'Magic' Escobar (Miguel Gomez), Hope precisará superar até a si mesmo para novamente se tornar um campeão não apenas do boxe, mas também da vida!
Comentários:
Está sendo bem badalado pela crítica americana desde que chegou aos cinemas nesse último mês. Eu confesso que me decepcionei um pouco com o que vi. Não quero com isso afirmar que o filme é ruim - absolutamente não! Apenas é bom deixar claro que é um filme sem surpresas. Roteiros que contam histórias de superação de vida envolvendo pugilistas não são exatamente uma novidade. Desde a década de 1930 Hollywood vem explorando exatamente esse mesmo tipo de enredo. Depois há sempre a presença de filmes que se notabilizaram envolvendo esse tipo de drama esportivo, como a própria franquia "Rocky" ou até mesmo "Menina de Ouro" (que inclusive é infinitamente superior a essa filme). Assim quando assisti a esse novo "Nocaute" fiquei esperando por algo novo, alguma coisa que fosse um pouco original pelo menos. Foi uma espera em vão. Infelizmente o filme acabou e não consegui ver nada que justificasse tantos elogios. O que estraga esse "O Nocaute" é justamente isso, a sua terrível previsibilidade. Você começa a acompanhar a história do protagonista e já fica sabendo bem de antemão tudo o que acontecerá na tela. No começo o vemos como um grande campeão que tem uma família linda e uma esposa maravilhosa. Bom, nem precisa ser um cinéfilo veterano para saber que ele logo sofrerá um grande abalo e que será jogado literalmente na lona da vida. Depois virá o de praxe, ou seja, ele lutará para subir novamente na carreira e enfrentará muitos desafios até chegar em seu objetivo final. Seja sincero... conseguiu ver alguma novidade nesse tipo de roteiro? Obviamente que não!
No fundo é tudo mais do mesmo. Mesmo assim eu ainda recomendaria o filme, não pelo seu enredo saturado, mas sim pelas boas atuações. Jake Gyllenhaal consegue sempre manter o interesse. Ele tem uma regularidade espantosa - sempre atuando bem. Aqui ele faz a mágica acontecer novamente. Mesmo com um roteiro tão sem surpresas consegue impressionar ao interpretar o trágico boxeador Billy Hope. Jake trouxe maneirismos físicos para seu papel que me fazem acreditar com convicção que ele realmente seja o melhor ator de sua geração. Um trabalho bem acima da média, diria até brilhante, valorizado pelo modo de ser (e até falar) bem peculiares do lutador. Outro que se destaca é Forest Whitaker. Que grande ator! Ele dá vida a esse velho e cansado dono de uma modesta e pobre academia de boxe da periferia. Seus alunos são em sua maioria garotos pobres que sonham um dia saírem da vida de miséria dos guetos negros de suas cidades. Por tudo o que passou em sua vida esse velho treinador já não tem mais grandes esperanças ou sonhos. É apenas um sobrevivente da luta pela vida. Sorte para Hope pois é justamente o que ele precisa em sua vida nesse momento. Em suma, "Nocaute" é bem isso, um filme com boa produção, um certo cuidado de direção por parte de Antoine Fuqua (um cineasta que admiro, é bom frisar), valorizado por um bom elenco, mas que não consegue trazer nenhuma novidade ao mundo dos dramas esportivos. Se ao menos tivessem trilhado por algo mais ousado ou diferente a sorte poderia ter sido bem melhor. Do que jeito que ficou não há como escapar da sensação sempre presente de Déjà vu.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
O Protetor
Título Original: The Equalizer
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Richard Wenk, Michael Sloan
Elenco: Denzel Washington, Marton Csokas, Chloë Grace Moretz
Sinopse:
Robert McCall (Denzel Washington) é um sujeito metódico que tem uma vida bem comum. Todos os dias após o trabalho ele vai até um pequeno restaurante para realizar suas refeições. Lá acaba conhecendo casualmente Teri (Chloë Grace Moretz), uma jovem prostituta que sonha um dia se tornar cantora. Quando ela começa a sofrer todos os tipos de agressão de um membro da máfia russa local, McCall decide agir para lhe ajudar. Isso desencadeia uma série de eventos que acabam em um verdadeiro banho de sangue. Filme indicado ao People's Choice Awards na categoria Melhor Thriller do ano.
Comentários:
Eu fiquei bem surpreso com esse "The Equalizer". O ator Denzel Washington vinha em uma levada mais intelectual em sua carreira e então ele, para minha surpresa, resolveu participar desse filme de ação cujo roteiro me lembrou muito os filmes de ação da década de 1980. Não é para menos. O roteiro não se destaca por ser original demais ou trazer surpresas, bem ao contrário, o enredo é até manjado e não ficaria muito surpreendido em ver outro ator ao estilo Chuck Norris ou Steven Seagal no lugar de Denzel. Claro que pelo fato dele estar no elenco procurou-se fazer algo melhor, porém isso não muda a essência da produção que investe novamente na figura do "exército de um homem só", um super agente treinado que usa seu aprendizado para trazer um pouco de justiça na sociedade. Aliás, deixando tudo bem claro, o personagem de Denzel é em última análise um justiceiro ou como os americanos gostam de chamar um vigilante, um homem (quase) comum que resolve lutar contra o crime e a opressão usando de violência sem limites. Por falar nisso a longa cena final, toda passada dentro de um estabelecimento Walmart surpreende pela maneira em que Denzel resolve liquidar seus opositores, usando ferramentas comuns de construção civil como furadeiras e lançadores de pregos! Divertido, mas também pouco convincente. No saldo final não vejo nada muito especial no filme a não ser essa corajosa tentativa de reviver velhos clichês oitentistas para as novas plateias de hoje em dia.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Lágrimas do Sol
Mas será mesmo que um filme sobre militares americanos agindo de forma humana em um país estrangeiro pode ser visto apenas como um simples entretenimento? Depende de cada espectador, o que não se pode negar é que além de mera diversão o filme também funciona sim como uma forma de melhorar a imagem das forças armadas americanas no estrangeiro, meta bem complicada de se atingir uma vez que as inúmeras intervenções militares no exterior minaram muito essa imagem. Já olhando do ponto de vista puramente cinematográfico temos uma produção bem realizada mas que nunca empolga, nunca cria vínculo. A mistura de drama com ação também não funciona muito bem. O personagem de Bruce Willis é bem raso e pouco desenvolvido e suas motivações, que o levam a desobedecer ordens superiores, nunca ficam bem esclarecidas. De bom mesmo apenas a excelente fotografia do filme, uma vez que as cenas de selva foram rodadas no Havaí, com toda a sua beleza natural.
Lágrimas do Sol (Tears of the Sun, Estados Unidos, 2003) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Alex Lasker, Patrick Cirillo / Elenco: Bruce Willis, Cole Hauser, Monica Bellucci / Sinopse: Equipe Navy SEAL é enviada para a Nigéria para resgatar uma médica (Bellucci) que se recusa a ir embora deixando todos os refugiados para trás, pois certamente serão mortos pela guerrilha local. Ignorando ordens um tenente (Willis) decide ajudar a todos.
Pablo Aluisio.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Rei Arthur
O roteiro do filme então abraça essa segunda visão. O Arthur desse filme surge justamente dentro desse contexto histórico e isso é a primeira grande diferença de outros retratos feitos do lendário Rei no cinema. De fato sempre ficamos acostumados a ver Arthur como um Rei medieval, que reinou na chamada Baixa Idade Média. Já o Arthur que emerge nas telas aqui é um soberano do mundo antigo, ainda enfrentando os últimos suspiros das tropas romanas em seu país. Infelizmente o roteiro muitas vezes se preocupa mais com a ação e as cenas de batalhas do que por fatores históricos propriamente ditos. Mesmo assim é aquele tipo de produção que vale muito mais pelo que propõe do que por suas qualidades cinematográficas. Certamente não é um filme perfeito, tem furos e lacunas em seu enredo mas no final das contas tudo é salvo pela idéia interessante e moderna que defende. Teria mesmo Arthur sido um monarca justo e digno? Teria mesmo existido? Infelizmente nunca saberemos a resposta mas não custa nada também sonhar um pouco não é mesmo?
Rei Arthur (King Arthur, Estados Unidos, 2004) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: David Franzoni / Elenco: Clive Owen, Ioan Gruffudd, Keira Knightley / Sinopse: O filme tenta mostrar uma outra visão sobre o lendário Rei Arthur (Clive Owen). Sae o monarca medieval e entra em cena o rebelde nacionalista que luta contra as tropas do Império Romano na Bretanha.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Invasão à Casa Branca
Causa admiração a direção ser do competente Antoine Fuqua. O diretor negro que já dirigiu ótimos filmes policiais como “Dia de Treinamento” e até mesmo o mais recente “Atraídos pelo Crime” surpreende ao surgir com uma produção tipicamente de ação, com roteiro mínimo e atuações em segundo plano. O elenco até que é bom, com as presenças dignas de Morgan Freeman e Aaron Eckhart, esse último como o presidente americano. O problema é que eles realmente não têm muito o que fazer uma vez que no fundo o filme é apenas uma sucessão de cenas exageradas de ação que bebe de muitas fontes, inclusive “Duro de Matar” (uma referencia óbvia) e “Na Linha do Fogo” (tal como o personagem de Clint Eastwood aqui temos também um ex-agente de segurança com um passado manchado a esquecer). Já Gerard Butler deixa de lado as comédias românticas que vinha se envolvendo para interpretar um agente durão, com ares do personagem de Bruce Willis em Die Hard. Enfim, não é algo que você vá assistir pensando em arte ou algo assim. Está mais para um passatempo ligeiro que você encara enquanto sua esposa está fazendo compras no mesmo shopping onde o filme está sendo exibido. Descartável e nada marcante.
Invasão à Casa Branca (Olympus Has Fallen, Estados Unidos, 2013) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Creighton Rothenberger, Katrin Benedikt / Elenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Morgan Freeman / Sinopse: Um grupo de terroristas da Coréia do Norte consegue romper o rígido sistema de segurança da Casa Branca e domina o local, fazendo todos reféns. Eles querem colocar as mãos no próprio presidente dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Atraídos Pelo Crime
Eddie Dugan (Richard Gere), Tango (Don Cheadle) e Sal (Ethan Hawke) são três policiais que trabalham no violento bairro do Brooklyn em Nova Iorque. Após o cometimento de um crime os três terão que solucionar um complicado caso envolvendo uma rede de criminosos do local. Há tempos eu vinha procurando um bom policial para ver e finalmente encontrei. O filme é uma pedrada: violento, realista, otimamente bem escrito e dirigido e com excelentes atuações de todo o elenco. Mostra o lado mais cruel e sórdido da vida de três policiais no lado mais barra pesada de Nova Iorque, o bairro do Brooklin. Nesse lugar convivem traficantes, gigolos, estelionatários, prostitutas, viciados e toda a fauna que compõe a escória da sociedade americana ou como ironicamente está no título original do filme, o "fino do Brooklin".
Richard Gere está muito bem na pele do policial que só pensa em se aposentar e dar o fora do distrito onde trabalha. Sua vida pessoal é caótica, sem laços familiares, hostilizado por outros policias, tentando ensinar algo aos novatos e para piorar apaixonado por uma prostituta barata. Ethan Hawke interpreta o segundo policial, um sujeito cheio de filhos que precisa desesperadamente de dinheiro. O último elo do distrito é um policial infiltrado entre grupos de bandidos do bairro, que não sabe mais distinguir entre o certo e o errado. O mais interessante desse roteiro é que as três estórias que inicialmente parecem independentes irão se conectar em um final extremamente sangrento. Esse tipo de estrutura narrativa me lembrou bastante os filmes de Robert Altman. Vale a pena assistir. Recomendo bastante.
Atraídos Pelo Crime (Brooklyn's Finest, Estados Unidos, 2009) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Michael C. Martin / Elenco: Richard Gere, Ethan Hawke, Don Cheadle, Wesley Snipes, Jesse Williams, Lili Taylor, Ellen Barkin. / Sinopse: Eddie Dugan (Richard Gere), Tango (Don Cheadle) e Sal (Ethan Hawke) são três policiais que trabalham no violento bairro do Brooklyn em Nova Iorque. Após o cometimento de um crime os três terão que solucionar um complicado caso.
Pablo Aluísio.