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domingo, 13 de agosto de 2023

Dois Espiões e um Bebê

Título no Brasil: Dois Espiões e um Bebê
Título Original: Undercover Blues
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Herbert Ross
Roteiro: Ian Abrams
Elenco: Kathleen Turner, Dennis Quaid, Stanley Tucci, Fiona Shaw, Larry Miller, Tom Arnold

Sinopse:
Uma dupla de ex-espiões, marido e mulher, chega a Nova Orleans em licença maternidade com sua filha. Lá eles são incomodados por assaltantes, a polícia e seu chefe do FBI, que quer que eles façam apenas mais um trabalho.

Comentários:
Nos anos 90 houve uma modinha de filmes com bebês. Isso foi causado basicamente pelo sucesso de bilheteria de dois filmes, "3 solteirões e um bebê" e "Olha quem está falando". Depois dos milhões de dólares arrecadados nos cinemas, todos os estúdios correram para lançar seu filme com bebês fofinhos. Esse foi um deles e segue basicamente na mesma linha. A diferença é que essa produção oportunista é muito ruim. Se os outros filmes já eram bobinhos, esse aqui extrapolou todos os limites. Não apenas bobinho, mas também chato demais. A única coisa que salva é a presença de Kathleen Turner. Ela ainda estava na sua fase de mulher bonita. Muito atraente. Pena que o papel era tão idiota que até sua beleza foi estragada na tela. Quando um filme é ruim, pouca coisa consegue se salvar.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Jantar com Amigos

Título no Brasil: Jantar com Amigos
Título Original: Dinner with Friends
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Norman Jewison
Roteiro: Donald Margulies
Elenco: Dennis Quaid, Andie MacDowell, Greg Kinnear, Toni Collette, Taylor Emerson, Holliston Coleman

Sinopse:
Com roteiro baseado na peça teatral escrita por Donald Margulies, o filme narra a história de um casal que decide reavaliar o casamento após saber da separação de um casal de amigos, que estavam casados há 12 anos.

Comentários:
Manter um casamento por longos anos não é uma tarefa fácil. Que o diga o próprio ator Dennis Quaid que estrela esse filme da HBO cujo tema é justamente esse. Qual é o momento certo para descobrir que um casamento acabou? Como se divorciar sem traumas? Como contar ao outro que o casamento chegou ao fim? Que o relacionamento que deveria ser para toda a vida fracassou? Essas e outras perguntas são usadas dentro do enredo do filme. O diretor Norman Jewison certamente não iria se envolver em um projeto banal, por isso se o tema lhe interessa de alguma forma, não deixe de assistir. Além da boa direção e do roteiro que investe em bem escritos diálogos, vale a pena prestar atenção no elenco formado de bons atores. Até porque como tudo é baseado numa peça de teatro é necessário mesmo ter gente talentosa em cena. O filme também é recomendado para quem está pensando em se casar. Será que vale a pena? O filme pode servir como uma boa ferramenta para repensar bem sua decisão.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de julho de 2021

Bem-Vindos ao Paraíso

Nos Estados Unidos aconteceu algo vergonhoso durante a II Guerra Mundial. Após o ataque do Japão ao porto militar de Pearl Harbor, os Estados Unidos entraram definitivamente na guerra. E os japoneses que viviam dentro das fronteiras americanas foram deslocados para verdadeiros campos de concentração dentro da América. Um grande contrassenso já que campos de concentração eram símbolos dos regimes fascistas na Europa. Afinal o simples fato de alguém ter origem oriental não significava necessariamente que ele fosse um inimigo da pátria. Mesmo assim os japoneses foram levados a tais campos, gerando um ponto de vergonha dentro da história americana. Era claramente uma atrocidade e uma óbvia violação dos direitos humanos de todas aquelas pessoas.

Na história desse filme temos um casal formado por um americano e uma japonesa, vivendo suas vidas justamente nesse período histórico conturbado. Ela, como japonesa, tinha que ser levada até um campo de concentração, mas como se tinha uma ligação emocional e romântica com um americano? Como ficava sua situação? O filme de maneira em geral é muito bem realizado, com ótima reconstituição de época. E a direção do sempre ótimo cineasta Alan Parker garantia ainda mais sua qualidade cinematográfica.

Bem-Vindos ao Paraíso (Come See the Paradise, Estados Unidos, 1990) Direção: Alan Parker / Roteiro: Alan Parker / Elenco: Dennis Quaid, Tamlyn Tomita, Sab Shimono / Sinopse: O filme conta a história de um casal formado por um americano e uma japonesa que precisam se separar durante a II Guerra Mundial. Ela teria que ser levada a um campo de concentração mantido pelo governo americano. Aprisionada, mesmo sem nunca ter cometido crime nenhum.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de março de 2021

Longe do Paraíso

Título no Brasil: Longe do Paraíso
Título Original: Far from Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Focus Features
Direção: Todd Haynes
Roteiro: Todd Haynes
Elenco: Julianne Moore, Dennis Quaid, Dennis Haysber, Patricia Clarkson, Viola Dav, James Rebhorn

Sinopse:
Nos Estados Unidos, no estado de Connecticut, durante os anos 1950, Cathy Whitaker (Julianne Moore), uma dona de casa comum, enfrenta uma crise conjugal com seu marido, em um casamento infeliz. E suas novas escolhas causam um escândalo na comunidade em que vive.

Comentários:
Muito bom esse drama de época. Tão bom que concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor atriz para Julianne Moore (que ficou muito bonita com o estilo da época, cabelos e figurinos), melhor roteiro original (tem realmente uma excelente história), melhor direção de fotografia (em ótimo trabalho de Edward Lachman, com muitas cores vibrantes na tela) e melhor trilha sonora incidental. Todas as indicações merecidas, só que eu esperava por mais, principalmente em figurino e direção de arte que são primorosos. O tema que esse filme propõe também é bem significativo, pois discute a posição da mulher naquela época. No passado as mulheres eram estigmatizadas negativamente se optassem pelo divórcio. Agora imagine uma mulher divorciada que ainda se envolvesse com um homem negro após o fim de seu casamento. Pois é, a situação, principalmente em um país com fortes raízes racistas, como os Estados Unidos, ficava ainda mais insustentável. O roteiro desse filme discute tudo isso com uma grande sensibilidade e uma ótima trilha sonora. Enfim, um excelente filme em praticamente todos os aspectos que importam.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Coração de Dragão

Título no Brasil: Coração de Dragão
Título Original: DragonHeart
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rob Cohen
Roteiro: Patrick Read Johnson, Charles Edward Pogue
Elenco: Dennis Quaid, Sean Connery, Dina Meyer, Pete Postlethwaite, Jason Isaacs, Brian Thompson

Sinopse:
Em uma era de fantasia e dragões, um corajoso cavaleiro medieval chamado Bowen (Dennis Quaid) decide matar todos os dragões de seu reino. Ele acredita que esses seres são responsáveis pelo coração cruel do tirano de sua nação. Ao conhecer o dragão Draco (Sean Connery) que lhe contará toda a verdade, ele finalmente passa a entender o que realmente está acontecendo. 

Comentários:
Só nos anos 90 se tornou possível a realização de um filme como esse. A tecnologia digital deu saltos impensáveis no passado e assim se tornou crível a transposição de um personagem inteiramente feito por computação gráfica para as telas de cinema. Esse foi o dragão Draco que foi dublado pelo grande Sean Connery. Não por acaso o filme acabou sendo indicado ao Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (sob o comando do especialista Scott Squires e sua equipe). Realmente, tecnicamente falando, o filme foi um marco nesse quesito. Em termos gerais também é uma bela fábula juvenil. Provavelmente eu não tenha curtido tanto quanto deveria pois mesmo na época de seu lançamento original eu já tinha passado da faixa etária certa para esse filme, que é especialmente indicado para a garotada ali na faixa dos 12 a 14 anos de idade. Mesmo assim o filme tem um belo visual, design de produção muito bem produzida e boas cenas de ação. Além, é claro, do Sean Connery que mesmo participando apenas com sua voz dá um baile de interpretação no restante do elenco. Sucesso de bilheteria (mais de 160 milhões arrecadados nos cinemas), o filme teve sequências, nenhuma delas digna de nota. Foram filmes lançados diretamente no mercado de vídeo VHS, sem a presença de Sean Connery. Mesmo assim fica a indicação caso o espectador queira ir além desse bom filme de fantasia, espadas e aventuras.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Cavalgada dos Proscritos

Em 1980 chegou aos cinemas esse bom western intitulado "Cavalgada dos Proscritos". Na história o famoso criminoso do velho oeste Jesse James (James Keach) e seu irmão Frank James (Stacy Keach) resolvem formar um bando de assaltantes de bancos e trens no Missouri do século XIX, poucos meses depois do fim da guerra civil. Ao lado dos irmãos Youngers eles colocam as pequenas cidades do oeste em pavorosa. Para enfrentá-los a agência de investigação Pinkerton envia seus melhores homens. Esse é mais um filme enfocando a lendária figura do fora da lei Jesse James (1847 - 1882). O roteiro procura inovar bastante na forma como conta essa história. Assim ao invés de focar exclusivamente na figura de Jesse James, o texto procura também desenvolver os outros homens de seu bando, em especial os irmãos Youngers, que cavalgaram por muitos anos ao lado de Jesse. 

Há três grandes cenas nessa produção que merecem menção. A primeira quando o grupo fica encurralado numa casinha de madeira no pé da montanha. Cercados pelos Pinkertons eles precisam descer um desfiladeiro em debandada debaixo de uma chuva de tiros. Outra cena muito boa é o tiroteio final ocorrido nas ruas de uma cidadezinha de Minnesota. Nessa sequência em particular o estilo do diretor Walter Hill homenageia o grande Sam Peckinpah ao filmar tudo em câmera lenta, mostrando todos os mínimos detalhes da violência do confronto entre bandidos e policiais. Por fim há a cena que abre a história. Nesse momento o que é valorizado é a tensão pois o grupo está em um banco, cercado por homens da lei do lado de fora. Curiosamente o bando de Jesse James é formado por três grupos de irmãos no elenco, os Carradines (David, Keith e Robert), os Quaids (Dennis e Randy) e os Keachs (James e Stacy), tudo contribuindo para o excelente resultado final desse western que é certamente muito recomendado para os fãs do gênero.

Cavalgada dos Proscritos (The Long Riders, Estados Unidos, 1980) Estúdio: United Artists, MGM / Direção: Walter Hill / Roteiro: Bill Bryden, Steven Smith / Elenco: David Carradine, Stacy Keach, Dennis Quaid, Keith Carradine, Robert Carradine, James Keach, Stacy Keach, Randy Quaid, Nicholas Guest / Sinopse: No velho oeste americano o criminoso e pistoleiro Jesse James decide formar uma quadrilha especializada em roubos a bancos e ferrovias. Assim que os primeiros crimes são cometidos, um grupo de homens da lei começa a caçar os bandidos. Filme indicado ao Cannes Film Festival.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Wyatt Earp

Título no Brasil: Wyatt Earp
Título Original: Wyatt Earp
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Dan Gordon, Lawrence Kasdan
Elenco: Kevin Costner, Dennis Quaid, Gene Hackman, David Andrews, Linden Ashby, Mark Harmon

Sinopse:
 Cinebiografia do famoso xerife e homem da lei Wyatt Earp (Kevin Costner). Ao lado de seus irmãos e do amigo Doc Holliday (Dennis Quaid), Earp se envolveu no famoso duelo do OK Curral, que entrou na história do velho oeste. Filme baseado em fatos históricos reais.

Comentários:
Nos Estados Unidos, no que diz respeito ao velho oeste, as pessoas em geral preferem cultuar o lado lendário das histórias do que propriamente a veracidade histórica. Assim muitos e muitos filmes de faroeste foram produzidos ao longo do tempo enfocando a figura de Wyatt Earp. Poucos porém tentaram trazer a história real para as telas. O mais corajoso nesse aspecto foi esse western de Kevin Costner. Ele aqui procurou pelo lado mais real, pela verdadeira história e isso claro iria trazer também alguns aspectos negativos, afinal Wyatt Earp foi um ser humano e como tal tinha qualidades, mas também defeitos, além de trechos em seu passado que não eram muito adequados para alguém que foi retratado como um honesto e virtuoso homem da lei. De maneira em geral gosto muito desse filme e não apenas pelo seu lado mais realista, mas também pela coragem de tentar resgatar esse homem do século XIX que foi tão reverenciado no cinema. Quem foi ele realmente? O que fez, como se deu o famoso duelo no OK Curral? Tudo está aqui nesse filme, realizado da forma mais sincera e honesta possível. Enfim, um filme especialmente indicado para quem gosta da história sem retoques ou excesso de fantasia romanceada dos antigos livrinhos de bolso com temática faroeste. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Direção de Fotografia (Owen Roizman).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de março de 2020

Midway - Batalha em Alto-Mar

Fazer um filme sobre a batalha naval de Midway, durante a II Guerra Mundial, nunca foi uma tarefa fácil.  Os eventos são tão grandiosos que sempre demandaram uma produção milionária. Mesmo diretores clássicos como John Ford, sofreram para colocar tudo isso nas telas de cinema. Agora temos essa nova tentativa. Quando assisti a esse filme me veio o pensamento de que esse era o filme certo, porém nas mãos do diretor errado. Roland Emmerich é uma espécie de discípulo de Michael Bay. Ele sabe muito bem como explodir e destruir coisas, mas em termos de desenvolvimento de personagens... não sobra quase nada!

E isso é justamente o que acontece nesse filme. As cenas de ataques aéreos, navios enormes explodindo e afundando, etc, são extremamente bem realizadas. Tudo perfeitamente bem conduzido. Porém quando chega no momento de desenvolver um pouquinho mais os personagens (que foram figuras históricas importantes), a coisa simplesmente não avança, não vai para frente. Tudo parece apressado, feito sem capricho, sem cuidado. Por isso digo e repito que a ausência de um diretor melhor nesses detalhes de certo modo afundou as pretensões desse Midway em ser um filme de guerra memorável, daqueles que deixam saudades e marcam a história do cinema.

O filme custou 100 milhões de dólares e decepcionou nas bilheterias. Em tempos de Transformers, robôs gigantes, o mundo real de uma guerra mundial pode soar sem graça para esses jovens de hoje. Uma pena. Mesmo com tantos problemas o filme ainda merecia um destino melhor, até mesmo para incentivar os produtores a investirem mais em filmes de guerra como esse. E foi justamente nesse ponto de agradar comercialmente, em dar um ritmo ágil demais ao filme, que acabou lhe estragando em termos artísticos. Não era necessário tanto. O roteiro tem muitos personagens, muitos eventos históricos a retratar, mas faltou tempo e capricho na realização. Fico imaginando esse filme nas mãos de Steven Spielberg. Certamente o filme iria ter mais de 3 horas de duração, mas provavelmente também seria um clássico moderno de cinema. Com  Roland Emmerich isso não aconteceria. Ele é um expert em cinema fast food e nada mais.

Midway - Batalha em Alto-Mar (Midway, Estados Unidos, 2019) Direção: Roland Emmerich / Roteiro: Wes Tooke / Elenco: Ed Skrein, Patrick Wilson, Woody Harrelson, Dennis Quaid, Aaron Eckhart, Luke Evans, Mandy Moore / Sinopse: Depois do ataque do Japão imperial ao porto de Pearl Harbor, onde vários navios da marinha americana foram afundados, um grupo de comandantes recebe a missão de enfrentar e destruir a poderosa frota japonesa no Pacífico. Filme baseado em fatos históricos reais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

O Álamo

Título no Brasil: O Álamo
Título Original: The Alamo
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Leslie Bohem, Stephen Gaghan
Elenco: Dennis Quaid, Billy Bob Thornton, Jason Patric, Patrick Wilson, Emilio Echevarría

Sinopse:
Em San Antonio, no ano de 1836, um grupo de americanos encurralados no forte Álamo decide ficar e resistir ao enorme exército liderado pelo general mexicano Antonio Lopez de Santa Ana. Eles estão em menor número e com pouco armamento mas mesmo assim resolvem lutar com honra e bravura, uma atitude de coragem que entrou para a história do Texas.

Comentários:
Mais um remake, dessa vez do clássico filme dirigido por John Wayne. O enredo é o tradicional, já bem conhecido dos fãs de western em geral. Obviamente há todo aquele clima de ufanismo sempre presente quando levam essa história para as telas, pois afinal de contas esse é o tipo de enredo que exige uma certa postura de seus realizadores pois caso contrário podem mexer com um vespeiro, principalmente em relação aos texanos. Talvez por causa desse excessivo respeito esse novo filme sobre o Álamo tenha ficado muito burocrático, sem vida, sem impacto. Certo, a história é mostrada de forma muito correta, mas em minha forma de ver correção demais, sem espaço para uma visão mais original sobre tudo, só acaba rendendo muita chatice. Outro ponto que me deixou desapontado foi a escolha de certos atores para determinados personagens. Ok, gosto muito de Dennis Quaid, mas ele está muito mal na pele de Sam Houston (cujo nome batizaria a futura capital do Texas). Billy Bob Thornton como o famoso Davy Crockett também não me convenceu em nada. Aqui temos realmente um filme cujo medo de reações adversas acabou estragando o resultado final. Um pouquinho mais de ousadia cairia muito bem. Filme indicado ao Harry Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Alta Frequência

Nesse gênero de ficção científica você vai encontrar muitos roteiros bizarros, estranhos. Afinal é um tipo de filme em que a fantasia realmente não encontra barreiras. Essa fita estrelada por Dennis Quaid sempre foi uma das mais estapafúrdias - mesmo que você tente embarcar na trama, baseada em teorias de física que de certa maneira não se sustentam na tela. Veja só que estória esquisita: Pai e filho, vivendo em épocas diferentes (com 30 anos de diferença entre um e outro) conseguem se comunicar através de ondas de rádio! Isso mesmo. O pai começa a entrar em contato com seu filho no futuro, 30 anos depois! Como isso seria possível? O roteiro não explica. Apenas deixa claro que é uma trama legal demais para ignorar? Será mesmo?

Como era de se esperar o filho vai tentar de todas as formas salvar a vida do pai no passado, afinal como ele vive no futuro ele sabe tudo o que acontecerá na vida de seu pai. Coisas estranhas então começam a acontecer. Ora, se você assistiu a "De Volta Para o Futuro" já sabe muito bem que mudar os rumos dos acontecimentos da história pode abrir um buraco espaço temporal que provavelmente irá colapsar o próprio tempo... Pois é, pense no universo como você conhece entrando em contradição consigo mesmo, ocasionando o caos completo e irreversível. Apesar do tom Sci-fi nada convencional o filme até fez um relativo sucesso, mas os produtores não quiseram o transformar em uma trilogia ao estilo dos filmes de Robert Zemeckis. E hoje, passados tantos anos, podemos dizer que foi uma decisão acertada. Esqueça isso. Apenas sintonize o canal de rádio mais próximo e solte a imaginação.

Alta Frequência (Frequency, Estados Unidos, 2000) Direção: Gregory Hoblit / Roteiro: Toby Emmerich / Elenco: Dennis Quaid, Jim Caviezel, Shawn Doyle / Sinopse: Pai e filho entram em contato através de ondas de rádio, mesmo estando em tempos diferentes, vivendo em épocas diversas, com 30 anos de diferença entre eles. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música ("When You Come Back to Me Again" de Garth Brooks).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Um Assassino à Solta

Título no Brasil: Um Assassino à Solta
Título Original: Switchback
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jeb Stuart
Roteiro: Jeb Stuart
Elenco: Dennis Quaid, Danny Glover, Claudia Stedelin, R. Lee Ermey, Jared Leto, William Fichtner
  
Sinopse:
Um agente do FBI, Frank LaCrosse (Dennis Quaid), é afastado das investigações sobre um serial killer após esse colocar as mãos em seu próprio filho. Para o FBI ele não teria mais isenção e nem equilibrio emocional para seguir em frente na caçada, pois estaria envolvido pessoalmente com o criminoso. Indignado com a decisão de sua agência de investigação, o agente resolve ignorar as ordens superiores e parte em busca do psicopata.

Comentários:
Filmes sobre serial killers sempre são interessantes. Porém é necessário que a escolha do elenco seja mais criteriosa, pois certos atores não possuem a personalidade adequada para esse tipo de papel, afinal psicopatas são criminosos frios, desalmados e calculistas. Escalar um ator mais especializado em personagens bonachões e bondosos não parece ser uma escolha ideal. Mesmo assim, com esse pequeno deslize, não podemos deixar de gostar desse interessante thriller policial. Um filme ágil, com ótimas sacadas em seu roteiro e que conta com um elenco realmente excepcional. Além do sempre correto Dennis Quaid e de um inspirado Danny Glover em um papel bem diferente em sua carreira, o filme ainda contava com R. Lee Ermey, ator especializado em sargentos durões do exército (basta lembrar dele em "Nascido Para Matar") aqui atuando como um xerife linha dura e... pasmem, um ainda bem jovem Jared Leto dando o ar de sua graça. No geral é um bom filme, com cenas realmente bem criadas e desenvolvidas. Só não é melhor porque, como disse, há esse pequeno problema de casting (escalação de elenco) que quase leva tudo a perder.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Tubarão 3

Título no Brasil: Tubarão 3
Título Original: Jaws 3-D
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Joe Alves
Roteiro: Peter Benchley, Richard Matheson
Elenco: Dennis Quaid, Louis Gossett Jr, Bess Armstrong, Simon MacCorkindale
  
Sinopse:
Em um luxuoso parque aquático, o Sea World, um desaparecimento começa a preocupar os administradores, até que eles descobrem existir um terrível perigo ali mesmo em seus enormes aquários. Ao que tudo indica um enorme tubarão branco está de volta para reiniciar seu ciclo de matanças e mortes, um verdadeiro assassino dos oceanos. Filme indicado ao Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Filme, Pior Roteiro, Pior Direção e Pior Ator Coadjuvante (Louis Gossett Jr).

Comentários:
Steven Spielberg havia recusado a tentação de dirigir "Tubarão 2" porque em sua visão aquela era uma história bem fechada em si mesmo. O arco se completava no primeiro filme, não era necessário novas sequências. A questão porém é que a Universal tinha outros planos. Entre eles ressuscitar a franquia, obviamente esperando lucrar muito com isso. Para tornar tudo ainda mais comercial resolveu-se apostar novamente na tecnologia 3D que havia sido deixada de lado desde os anos 50. Esse novo 3D dos anos 80 porém em pouco se assemelha ao que vemos hoje em dia nos cinemas. Era algo bem mais primitivo, onde se distribuíam pequenos óculos de plástico, uma lente vermelha de um lado e outra azul do outro lado. Uma coisa bem tosca que só servia para infernizar a vida do espectador porque no final das contas tudo ficava tão escuro que você não conseguia enxergar absolutamente nada! Imagine o desconforto! Some-se a isso um filme bem ruim e você terá o quadro de terror completo - tanto do ponto de vista da qualidade do filme em si, como da péssima experiência que o 3D dos anos 80 proporcionava a você! O horror, o horror...

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de maio de 2016

Pandorum

Dois séculos no futuro a humanidade está em colapso. Com mais de 30 bilhões de seres humanos o planeta não suporta mais manter toda a população. Há escassez de água e comida. A solução é enviar uma nave colonizadora em direção a um planeta distante que parece ter condições de sobrevivência. Durante a jornada o astronauta Bower (Ben Foster) finalmente acorda após passar meses em hibernação. Ele não consegue mais se lembrar direito o que aconteceu. O ambiente dentro da espaçonave é o pior possível. O sistema central está inoperante. Não há sinais da tripulação e estranhas criaturas parecem infestar as salas escuras e sombrias do lugar. Quando o tenente Payton (Dennis Quaid) também desperta de sua câmara de hibernação ambos se unem para descobrirem o que afinal estaria acontecendo, onde estariam e para onde iriam dentro daquela atmosfera de caos, insanidade e desespero.

Pandorum é mais um filme na linha Dark Fiction. O futuro é sombrio. Perdidos no espaço, dois membros da tripulação tentam sobreviver a um ambiente completamente insano. O diretor alemão Christian Alvart bebe diretamente da fonte de filmes como "Aliens", muito embora passe longe de chegar perto do terror e suspense daquela franquia. Há o clima sufocante, o roteiro bem criado, mas ele se perde em não saber fazer direito o clima adequado para esse tipo de produção. As criaturas, por exemplo, não são bem trabalhadas. Elas surgem quase todo o tempo, mais parecendo um misto de zumbis com vampiros. Não sobra muita coisa para a imaginação. Há também a tentativa de desenvolver um pouco de terror psicológico pois dentro do roteiro a longa permanência no espaço dá origem a um distúrbio nos tripulantes conhecido como Pandorum. Os astronautas atingidos por esse mal trilham o caminho da insanidade e da alucinação. Dessa forma qualquer um poderia estar delirando, embora o espectador sempre fique na dúvida sobre quem estaria atingido por essa doença. No geral pode-se assistir sem maiores problemas, embora para a maior parte do público tudo soe realmente como mais do mesmo. Melhor rever a série original "Aliens".

Pandorum (Pandorum, Estados Unidos, 2009) Direção: Christian Alvart / Roteiro: Travis Milloy / Elenco: Dennis Quaid, Ben Foster, Cam Gigandet, Antje Traue / Sinopse: Dois tripulantes de uma nave colonizadora tentam sobreviver enquanto são atacados por estranhas criaturas. Eles precisam sobreviver para chegar no reator nuclear, retomando o controle da expedição. Filme dirigido pelo mesmo diretor do terror "Caso 39".

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Conspiração e Poder

Título no Brasil: Conspiração e Poder
Título Original: Truth
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures Classics
Direção: James Vanderbilt
Roteiro: James Vanderbilt, baseado no livro de Mary Mapes
Elenco: Cate Blanchett, Robert Redford, Dennis Quaid, Topher Grace, Elisabeth Moss, Bruce Greenwood, Stacy Keach
  
Sinopse:
Em 2004, nas vésperas das eleições presidenciais americanas, a jornalista Mary Mapes (Cate Blanchett) resolve fazer uma reportagem investigativa para o programa "60 Minutes" da rede de TV CBS sobre os anos em que o Presidente George W. Bush passou prestando seu serviço militar na Guarda Nacional. Em sua visão existiam mutas suspeitas que tudo havia sido arranjado para que ele não fosse enviado para a Guerra do Vietnã. Além disso pesavam indícios de que Bush sequer tinha participado do treinamento de pilotos. Confiando em fontes não muito seguras e documentos que depois seriam comprovados como falsos, Mary acabaria entrando em um ciclo de acusações de manipulação dos fatos, colocando em risco até mesmo sua carreira como jornalista consagrada. Filme vencedor do Palm Springs International Film Festival na categoria de Melhor Atriz (Cate Blanchett).

Comentários:
Esse filme conta a história real de uma investigação jornalística que deu muito, muito errado. Como em todas as profissões a de jornalista também exige uma grande dose de responsabilidade e ética. Isso foi justamente o que faltou para Mary Mapes (Cate Blanchett). Ela era uma das responsáveis pelo popular programa da CBS chamado "60 Minutes". Uma liberal de carteirinha, com ligações com o Partido Democrata, ela acabou sendo dominada por suas paixões partidárias ao colocar no ar uma série de acusações contra o presidente e candidato à reeleição George W. Bush do Partido Republicano. O tiro logo saiu pela culatra ao se descobrir que todos os documentos mostrados no programa eram falsos e forjados. A partir daí Mapes entrou em seu inferno astral pessoal e profissional. Foi processada e teve que arcar com sua irresponsabilidade midiática, pagando caro pelo que fez. O curioso é que o roteiro, que foi escrito baseando-se no livro escrito pela própria jornalista, a coloca na posição de vítima. Bobagem. Mesmo com essa parcialidade bem nítida fica claro para o espectador que ela errou e de forma até mesmo primária. É complicado aceitar a tese de que não houve dolo em seu caso pois ela sempre fora conhecida como uma liberal e uma feminista ardorosa. 

Diante dessa posição não era de se admirar que odiasse republicanos e conservadores em geral. Ao pagar para ver, acabou se dando muito mal. Mesmo com esse viés ideológico o filme se revela muito bom. Tem um elenco que certamente chamará a atenção dos cinéfilos, a começar pela própria Cate Blanchett que está passando por uma fase maravilhosa (vide seu recém lançado filme "Carol"). As presenças de Robert Redford e Dennis Quaid também me agradaram muito. A despeito do grande talento que possuem devo confessar também que fiquei bem surpreso com a aparência deles. Estão bem envelhecidos, mostrando sem receios as marcas do tempo. Ponto positivo para ambos, pois não se renderam à moda das cirurgias plásticas que costumam deformar o rosto de atores e atrizes, algo que infelizmente anda muito em voga em Hollywood. Envelhecer com dignidade revela acima de tudo um grande caráter por parte deles. Então é isso. Temos aqui um bom filme, especialmente indicado para jornalistas e estudantes de jornalismo em geral, que só peca mesmo por causa de seus problemas ideológicos. Se tivesse sido mais imparcial seria uma grande obra cinematográfica. Do jeito que ficou vale pelo elenco e pela boa direção. Está recomendado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um Bom Partido

Um filme meramente mediano com um elenco muito bom. Assim de maneira simples poderíamos definir esse “Um Bom Partido”, nova comédia romântica que está chegando nas telas de cinema em todo o Brasil. Jessica Biel, Gerard Butler, Uma Thurman, Dennis Quaid e Catherine Zeta-Jones estão em cena mas o filme não consegue empolgar. Na estória Gerard Butler interpreta um jogador de futebol aposentado e arruinado financeiramente que tenta dar a volta por cima. Nos anos de glória ele se distanciou da família, embriagado pela fama e sucesso e agora tem que reconstruir todos os seus relacionamentos familiares que destruiu quando era rico e famoso. Em relação a sua ex-esposa (Jessica Biel) e seu filho a questão é ainda mais delicada pois ele tem que provar que é um bom sujeito apesar dos erros cometidos no passado. Como se vê é mais um filme Made in Hollywood que investe no velho argumento da redenção pessoal de seus personagens.

O filme tenta se segurar na base dos diálogos e interpretação dos bons atores mas a direção preguiçosa não avança. O cineasta Gabriele Muccino não parece estar muito empenhado em tirar proveito do enredo, preferindo apostar no elenco como chamariz de público. Gerard Butler investe novamente no gênero mas não consegue emplacar. É curioso saber que ele tenha tentado de novo mesmo com o relativo fracasso de “Caçador de Recompensas”. Já as atrizes Jessica Biel, Uma Thurman e Catherine Zeta-Jones parecem estar numa situação bem parecida com o personagem principal do filme. Depois de vários sucessos encontram-se em um impasse na carreira, se contentando em ser meras coadjuvantes de um filme como esse. A pior situação é a de Zeta-Jones que desde “Chicago” não conseguiu mais bons papéis. No saldo final “Um Bom Partido” se torna apenas uma boa premissa que poderia render muito mas que se contenta em ser apenas uma comédia romântica de rotina, sem grandes atrativos. 

Um Bom Partido (Playing for Keeps, Estados Unidos, 2012) Direção: Gabriele Muccino / Roteiro: Robbie Fox / Elenco: Jessica Biel, Gerard Butler, Uma Thurman, Judy Greer, Dennis Quaid, Catherine Zeta-Jones, James Tupper / Sinopse: Ex-jogador de futebol (Gerard Butler) tenta recomeçar a vida após a aposentadoria. Sem dinheiro tenta reconquistar o amor de seu filho e de sua ex-esposa treinando o time do garoto.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Os Eleitos

Título no Brasil: Os Eleitos - Onde o Futuro Começa
Título Original: The Right Stuff
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Philip Kaufman 
Roteiro: Philip Kaufman
Elenco: Sam Shepard, Scott Glenn, Ed Harris, Dennis Quaid, Fred Ward, Lance Henriksen

Sinopse:
Baseado em fatos reais, o filme mostra a história de um grupo de cientistas, astronautas e políticos empenhados em superar a rival União Soviética na conquista do espaço. Dando prosseguimento ao projeto Mercury esses pioneiros tentaram levar a corrida espacial até os seus limites. Filme indicado a oito Oscars, inclusive Melhor Filme, Fotografia, Direção de Arte e Ator (Sam Shepard). Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Som, Edição, Efeitos Especiais e Música. Também indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Filme - Drama.

Comentários:
Certamente um dos mais completos filmes sobre a corrida espacial. Aqui o foco é centrado no chamado projeto Mercury, que nada mais era do que uma resposta americana aos incríveis avanços tecnológicos e espaciais da União Soviética (o bloco comunista liderado pela Rússia e países satélites que deixaram de ser independentes). Para não ficar atrás o governo americano se empenhou ao máximo para conquistar os primeiros êxitos da agência espacial do país. Com isso o Mercury conseguiu finalmente recuperar o ego ferido do povo dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que abria novos horizontes para a conquista da assim conhecida última fronteira. O roteiro escrito pelo cineasta Philip Kaufman foi elaborado com base no famoso livro de Tom Wolfe. Minucioso nos menores detalhes, a obra acabou se tornando robusta, com 193 minutos de duração. O tom é quase documental, com pouca margem para liberdades históricas e dramáticas. Kaufman optou realmente por mostrar todos aqueles astronautas como homens de carne e osso e não apenas como heróis idealizados da ficção. Assim o espectador passa a acompanhar não apenas os problemas surgidos dentro da missão, mas também os desafios pessoais, familiares e de relacionamento que esses militares enfrentaram naquela época pioneira. A escolha por um filme mais áspero e seco poderá afastar alguns, mas quem realmente se interessar por história será plenamente presenteado com um grande filme, uma produção essencial para entender aqueles anos em que o homem tencionou vencer seus próprios limites ao se lançar rumo ao espaço em busca do desconhecido.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de outubro de 2014

Morto ao Chegar

Título no Brasil: Morto ao Chegar
Título Original: D.O.A.
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Annabel Jankel, Rocky Morton
Roteiro: Charles Edward Pogue
Elenco: Dennis Quaid, Meg Ryan, Charlotte Rampling, Daniel Stern 

Sinopse:
Na véspera de natal o professor Dexter (Dennis Quaid) entra cambaleando numa delegacia de polícia. Quase perdendo os sentidos ele tem uma queixa a fazer, uma tentativa de assassinato promovida contra ele mesmo! Como isso teria sido possível? Através de flashbacks o espectador é então apresentado a todos os fatos que o levaram até aquela situação delicada e perigosa.

Comentários:
Ao longo de todos esses anos Hollywood bem que tentou recriar o clima dos antigos e clássicos filmes noir. Nem sempre deu certo, seja por um motivo ou outro. Esse "D.O.A" (sigla em inglês que significa exatamente "Morto ao Chegar" do título nacional) procura captar pelo menos a essência daquelas produções. O problema central é que na minha opinião não existe como recriar toda aquela estética que tanto marcou dentro do cinema americano dos anos 1930, 40 e 50. É algo que ficou para trás definitivamente (e isso também é parte importante do charme daqueles filmes de detetives antigos). O que sobra dessa tentativa mal sucedida é porém um bom filme de suspense e mistério dos anos 80. Realizado pelo braço adulto da Disney, a Touchstone Pictures, o filme apostou no carisma do jovem casal formado por Dennis Quaid e Meg Ryan (que eram na época casados de fato). Quaid até se esforça para trazer um certo clima nostálgico para seu personagem chamado Dexter Cornell, mas tudo fica mesmo com gosto plastificado, de coisa fake. Vale como curiosidade e não aborrece, o que já é uma vantagem e tanto, vamos convir.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Um Assassino à Solta

Título no Brasil: Um Assassino à Solta
Título Original: Switchback
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jeb Stuart 
Roteiro: Jeb Stuart
Elenco: Danny Glover, Dennis Quaid, Claudia Stedelin

Sinopse:
Ao retornar para casa o agente do FBI Frank LaCrosse (Dennis Quaid) descobre que a porta está arrombada e seu filho desaparecido. Dentro da casa, numa poça de sangue, jaz a babá do garoto, Missy (Claudia Stedelin). Ao que tudo indica se trata de um serial killer cuja procura se estende pelos últimos dois anos. Agora Frank empreenderá uma verdadeira caçada policial para colocar as mãos no assassino ao mesmo tempo em que tentará salvar seu jovem filho da morte certa. 

Comentários:
É a tal coisa, filmes sobre serial killers, psicopatas e sociopatas em geral não costumam ser ruins. O tema é por demais interessante, principalmente para especialistas em criminologia e psiquiatria forense. Infelizmente, apesar de quase (eu escrevi "quase") sempre serem bons filmes policiais isso nem sempre acontece. Muitas vezes os roteiros se entregam aos clichês mais batidos ao mesmo tempo em que não conseguem (por medo ou concessões comerciais) ir até o fim, sondando os limites de uma mente doentia. É o que acontece com esse "Switchback". A premissa é muito boa e o elenco é certamente carismático (Danny Glover e Dennis Quaid são dois atores legais e bacanas), mas o diretor Jeb Stuart não consegue dar um passo à frente, ficando dentro do comercialmente aceitável pela classificação etária do cinema americano (classificação essa que se for muito elevada acaba com as pretensões de sucesso de qualquer produção). Na verdade Jeb Stuart não tem experiência em direção, tanto que só dirigiu dois filmes ao longo da carreira. Ele é muito melhor apenas como roteirista como provam "O Fugitivo" e "Duro de Matar". Enfim, em resumo, é isso, o que temos aqui é um filme sobre psicopatas que não consegue ir até as últimas consequências.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Acerto de Contas

Título no Brasil: Acerto de Contas
Título Original: The Big Easy
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Jim McBride
Roteiro: Daniel Petrie Jr.
Elenco: Dennis Quaid, Ellen Barkin, Ned Beatty

Sinopse:
O detetive do departamento de homicídio de New Orleans, Remy McSwain (Dennis Quaid), precisa desvendar uma série de assassinatos violentos supostamente cometidos por uma gangue de criminosos, ao mesmo tempo em que tem que lidar com a bela, sensual mas perigosa Anne Osborne (Ellen Barkin), que trabalha na procuradoria do estado, sempre em busca de tiras corruptos da corporação.

Comentários:
Já que estamos falando do Dennis Quaid essa é uma boa oportunidade para lembrar desse filme policial estrelado pelo ator nos anos 80. Essa é a típica fitinha que fazia sucesso em locadoras de vídeo VHS. Bem realizada, com trama inteligente e esperta e muito clima ao estilo 80´s, cheio de jogo de sombras e linguagem de videoclip. Curiosamente com os anos o filme foi ganhando um imprevisto status cult que se preserva até os dias atuais. Também pudera, Dennis Quaid nunca esteve melhor do que aqui, na pele do detetive Remy McSwain! E o que falar de Ellen Barkin no auge da beleza e sensualidade? Sinceramente em seus bons tempos a Barkin foi uma das mulheres mais sensuais do cinema americano, colocando literalmente fogo nos filmes em que atuava. Ela nunca foi um símbolo de beleza perfeita, mas tinha um olhar de arrasar! A boa direção ficou com o cineasta Jim McBride, que muita gente pensa ser da Irlanda mas que nasceu mesmo em Nova Iorque. Ele voltaria a trabalhar com Quaid logo após em "A Fera do Rock", aquela cinebiografia em ritmo de histórias em quadrinhos sobre o roqueiro veterano Jerry Lee Lewis. Então é isso, o filme já não é tão fácil de achar hoje em dia, mas merece o garimpo.

Pablo Aluísio.

O Vôo da Fênix

Título no Brasil: O Vôo da Fênix
Título Original: Flight of the Phoenix
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Moore
Roteiro: Lukas Heller, Scott Frank
Elenco: Dennis Quaid, Miranda Otto, Giovanni Ribisi

Sinopse:
Um avião sofre uma pane sob o deserto da Mongólia, deixando seus tripulantes completamente isolados e sem possibilidade de serem resgatados. Para sobreviver eles precisam consertar a aeronave, algo que não será muito fácil por causa dos danos sofridos. Some-se a isso a presença de perigosos mercenários na região e você terá uma fórmula explosiva que pode levar tudo para os ares em questão de minutos.

Comentários:
Remake do clássico "The Flight of the Phoenix" de 1965 com James Stewart, Richard Attenborough e Peter Finch sob direção de Robert Aldrich. Se o primeiro filme foi muito celebrado (levando duas indicações ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante - Ian Bannen - e Melhor Edição) esse aqui, como todo remake, não tem muita razão de ser. O roteiro é praticamente o mesmo, sem maiores novidades, e tudo se resume em tentar trazer aquele bom enredo sob uma verniz moderna. Não funciona muito bem pelo simples fato de que filmes assim eram ideais para uma determinada época do cinema americano, onde os valores eram outros. De qualquer maneira se você nunca assistiu ao filme original e esteja em busca de algo diferente para ver em sua programação da tv a cabo pode ser uma boa opção. O clima de aventura aliada ao bom trabalho de fotografia de Brendan Galvin (o mesmo de "Atrás das Linhas Inimigas" e "Imortais") consegue manter o mínimo de interesse do espectador.

Pablo Aluísio.