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terça-feira, 18 de julho de 2023

Kingsman: O Círculo Dourado

Kingsman: O Círculo Dourado
Não dá! Eu até tive muita boa vontade com essa franquia e tentei gostar por duas vezes, mas simplesmente não dá, não tem como! Esse filmes (sim, porque esse é o segundo) são idiotas demais. O problema é esse, simples assim. Uns roteiros bobocas, com muita tolice juvenil, desperdiçando milhões de dólares e um elenco excelente! Fico pasmo de um produto cinematográfico como esse existir... Para gostar de "Kingsman" você tem que entrar em um modo idiota de ser, que na minha idade, não rola mais. Eu poderia definir esses filmes oomo genéricos de James Bond, feitos para idiotas! Só assim para resumir tudo. 

Nesse segundo filme uma magnata das drogas (interpretada pela quase sempre ótima Julianne Moore, aqui passando vergonha de tão caricata) resolve chantagear o governo dos Estados Unidos, usando para isso uma espécie de veneno nas próprias drogas que vende. Pois é, uma traficante que envenena seu próprio produto para depois ganhar com a liberação do antídoto. Argumento porcaria, da quinta série. O pior de tudo é que o filme, assim como o primeiro, tem uma produção classe A, milionária, que salta aos olhos do espectador. Até o cantor Elton John foi contratado para fazer uma participação especial (bem chata, aliás). E tudo isso jogado fora porque o filme, no geral, não passa de uma grande besteira, um besteirol sem graça e sem charme. Se houver um terceiro filme não contem comigo para assistir. Estou fora, completamente! 

Kingsman: O Círculo Dourado (The Golden Circle, Reino Unido, Estados Unidos, 2017) Direção: Matthew Vaughn / Roteiro: Jane Goldman, Matthew Vaughn, Mark Millar / Elenco: Colin Firth, Julianne Moore, Mark Strong, Channing Tatum, Taron Egerton, Elton John, Jeff Bridges, Halle Berry, Pedro Pascal / Sinopse: Agentes secretos ingleses, que se disfarçam de alfaiates em Londres, precisam enfrentar uma perigosa e poderosa traficante internacional de drogas. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Depois do Casamento

Depois do Casamento
Nesse bom drama a atriz Michelle Williams interpreta uma norte-americana idealista que vai morar na Índia, trabalhando em uma ONG de apoio e ajuda a crianças indianas pobres e órfãs. E surge uma ótima oportunidade quando ela é convidada a retornar aos Estados Unidos por uma grande multinacional que deseja fazer uma excelente ajuda humanitária ao seu projeto social. Essa empresa tem como CEO uma executiva interpretada pela sempre ótima Julianne Moore. Ela então a convida para ficar mais alguns dias na América, para acertar os detalhes dessa doação. Haverá o casamento de sua filha e depois desse fim de semana o dinheiro será doado para a ONG. Só que nem tudo é o que realmente aparenta ser. As duas mulheres possuem um passado em comum e precisam acertar contas com ele. 

Gostei muito desse filme. Sua maior qualidade vem do excelente elenco feminino. Tanto Julianne Moore como Michelle Williams estão muito bem contracenando juntas. Suas personagens parecem ser no exterior mulheres fortes,  idealistas e decididas sobre o seu próprio destino. Só que por trás dessa fachada existem muitos traumas do passado, situações que não se cicatrizam com o passar dos anos. Michelle Williams, por exemplo, é a atriz ideal para interpretar esse tipo de papel, de vulnerabilidade psicológica. Um reflexo dos dramas de sua própria vida pessoal. Enfim, sem querer estragar surpresas que o roteiro traz e salientando a boa história que conta, esse é um filme muito recomendado para quem procura por dramas femininos mais humanos e profundos. 

Depois do Casamento (After the Wedding, Estados Unidos, 2019) Direção: Bart Freundlich / Roteiro: Bart Freundlich / Elenco: Julianne Moore, Michelle Williams, Billy Crudup / Sinopse: Uma empresa multinacional faz uma oferta de ajuda humanitária a um ONG norte-americana que ajuda crianças pobres e abandonadas na Índia. Sendo que as duas mulheres envolvidas nessa negociação possuem um passado traumático em comum. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Psicose

Já que estamos falando de remakes desnecessários, o que dizer desse novo "Psicose"? Eu já tive várias oportunidades de reconhecer o talento de Gus Van Sant. Aliás vou mais além, em minha opinião ele sempre foi um dos mais brilhantes cineastas da geração surgida na década de 1980. São vários os filmes dele que considero verdadeiras obras primas (como "Garotos de Programa", "Drugstore Cowboy" e "Gênio Indomável", entre outros). O problema é que nem sempre de ideias brilhantes vivem os grandes diretores. Visando homenagear o mestre Alfred Hitchcock, um dos maiores diretores de todos os tempos, Van Sant resolveu refilmar o clássico Psicose de 1960 da maneira mais fiel possível. Praticamente recriando quadro a quadro, cena a cena, diálogo a diálogo, um dos grandes suspenses da história do cinema. Nesse ponto chegamos na pergunta essencial. 

Com que finalidade? Para que serve um remake como esse? A versão definitiva já foi realizada, assinada pelo mestre do suspense e é considerada uma obra prima absoluta da sétima arte. Para que tentar refazer a perfeição? Obviamente que aquele que se arrisca a algo assim já teve estar preparado para fracassar. E foi justamente isso que aconteceu com essa nova versão. A crítica odiou e o público não pagou para ver, deixando as salas de cinema vazias. Pior ainda foi a escalação do elenco. Quem conseguiria levar à sério o comediante Vince Vaughn como o sinistro e perturbado Norman Bates? Absolutamente ninguém! A única que escapa é a atriz Julianne Moore que consegue mesmo sobreviver a qualquer coisa! Enfim, se teve o desprazer de assistir, é bem melhor esquecer e se nunca viu, não se preocupe, você não perdeu absolutamente nada! 

Psicose (Psicose, Estados Unidos, 1998) Direção: Gus Van Sant / Roteiro: Robert Bloch, Joseph Stefano / Elenco: Vince Vaughn, Anne Heche, Julianne Moore, Viggo Mortensen, William H. Macy / Sinopse: Norman Bates Trabalha em um pequeno motel de beira de estrada. E ele não é um sujeito normal. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de julho de 2021

Gloria Bell

A vida de Gloria Bell (Julianne Moore) não é das mais felizes. Ela se divorciou do marido e seus filhos, agora adultos, não dão muita bola para ela. Para aliviar um pouco essa vida de tensão que se resume em ir para o trabalho e voltar para casa, ela decide frequentar uma discoteca meio capenga e cafona, onde só tocam sucessos da era do disco, dos anos 70. E na pista de dança dessa discoteca fora de moda ela conhece Arnold (John Turturro), um homem de sua idade, que também se diz divorciado e infeliz, pai de duas jovens que parecem nunca encontrar o rumo de suas vidas. Arnold é dono de um velho parque de diversões decadente e enferrujado e logo começa um namoro com Gloria.

Bom filme, mostrando a vida de uma mulher comum, cheia de problemas pessoais, como todos nós. Depois do divórcio ela tenta reconstruir os pedaços de sua vida emocional, mas é tudo tão complicado. Para uma mulher que viveu toda a sua existência reprimida é complicado nessa altura, com essa idade, arranjar um namorado e não ser julgada pelos outros. O namorado também fica longe de ser perfeito. É um cara que parece mentir o tempo todo, fazendo com que ela desconfie que ele ainda é casado. Pior, ele está sempre sumindo dos encontros, sem nem se despedir. Um cara estranho. Enfim, apesar de uma certa melancolia, esse filme me passou algo bem verdadeiro e humano em seu roteiro. E sim, Julianne Moore continua sendo uma grande atriz.

Gloria Bell (Gloria Bell, Estados Unidos, 2018) Direção: Sebastián Lelio / Roteiro: Alice Johnson Boher, Sebastián Lelio, Gonzalo Maza / Elenco: Julianne Moore, John Turturro, Michael Cera, Brad Garrett, Rita Wilson, Caren Pistorius / Sinopse: O filme conta a história de uma mulher bem mais velha e madura que tenta reconstruir sua vida emocional e encontra muitos desafios pelo caminho.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Amor a Toda Prova

Título no Brasil: Amor a Toda Prova
Título Original: Crazy, Stupid, Love
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Glenn Ficarra, John Requa
Roteiro: Dan Fogelman
Elenco: Steve Carell, Ryan Gosling, Julianne Moore, Emma Stone, Marisa Tomei, Analeigh Tipton

Sinopse:
A vida de um marido de meia-idade muda drasticamente quando sua esposa lhe pede o divórcio. Então ele parte para uma nova vida. A partir daí vai precisar aprender tudo de novo para conquistar as mulheres e para isso contará com a ajuda de um amigo, "especialista" nessa questão. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Ryan Gosling).

Comentários:
Quem poderia imaginar que uma parceria entre Steve Carell e Ryan Gosling iria funcionar? Pois deu muito certo, nesse filme que agrada pelas boas atuações e também pelo bom roteiro. A velha situação de homens mais velhos que precisam voltar para o "mercado", em busca de mulheres, após um divórcio desastroso. Praticamente todo mundo conhece uma história assim. Curiosamente quem surge mais engraçado em cena é justamente Ryan Gosling que interpreta o amigo mais jovem que vai dar dicas para seu amigo mais velho, aqui sendo vivido por Steve Carell, que fez a carreira interpretando homens sérios, envolvido em situações absurdas. O elenco coadjuvante, com destaque para a talentosa Emma Stone, também adiciona muito ao filme. Enfim, um exemplo de que se pode fazer boas comédias românticas com roteiros inteligentes.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de março de 2021

Longe do Paraíso

Título no Brasil: Longe do Paraíso
Título Original: Far from Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Focus Features
Direção: Todd Haynes
Roteiro: Todd Haynes
Elenco: Julianne Moore, Dennis Quaid, Dennis Haysber, Patricia Clarkson, Viola Dav, James Rebhorn

Sinopse:
Nos Estados Unidos, no estado de Connecticut, durante os anos 1950, Cathy Whitaker (Julianne Moore), uma dona de casa comum, enfrenta uma crise conjugal com seu marido, em um casamento infeliz. E suas novas escolhas causam um escândalo na comunidade em que vive.

Comentários:
Muito bom esse drama de época. Tão bom que concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor atriz para Julianne Moore (que ficou muito bonita com o estilo da época, cabelos e figurinos), melhor roteiro original (tem realmente uma excelente história), melhor direção de fotografia (em ótimo trabalho de Edward Lachman, com muitas cores vibrantes na tela) e melhor trilha sonora incidental. Todas as indicações merecidas, só que eu esperava por mais, principalmente em figurino e direção de arte que são primorosos. O tema que esse filme propõe também é bem significativo, pois discute a posição da mulher naquela época. No passado as mulheres eram estigmatizadas negativamente se optassem pelo divórcio. Agora imagine uma mulher divorciada que ainda se envolvesse com um homem negro após o fim de seu casamento. Pois é, a situação, principalmente em um país com fortes raízes racistas, como os Estados Unidos, ficava ainda mais insustentável. O roteiro desse filme discute tudo isso com uma grande sensibilidade e uma ótima trilha sonora. Enfim, um excelente filme em praticamente todos os aspectos que importam.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Assassinos

Título no Brasil: Assassinos
Título Original: Assassins
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Donner
Roteiro: Andy Wachowski
Elenco: Sylvester Stallone, Antonio Banderas, Julianne Moore, Muse Watson, Steve Kahan, Reed Diamond

Sinopse:
Robert Rath (Stallone) é um veterano assassino profissional que agora deseja abandonar essa "profissão" de uma vez por todas. Só que um outro assassino chamado Miguel Bain (Banderas) quer ter a fama de matar o grande hitman do passado. 

Comentários:
Filme que não fez sucesso nas bilheterias, apesar dos nomes envolvidos. Veja, fazia tempo que Sylvester Stallone queria trabalhar ao lado do diretor Richard Donner. O cineasta havia criado a franquia de grande sucesso "Máquina Mortífera", além de ter dirigido filmes do Superman e outros sucessos no cinema. Era um especialista no gênero ação. Nada mais natural de que um dira iria trabalhar ao lado de Stallone, o mais famoso astro dos action movies. Infelizmente algo deu errado. Talvez a dupla ao lado de Antonio Banderas não tenha agradado ao público. O latino estava mais associado a outros estilos de filmes. Seu vilão parece muito caricato. O roteiro também foi considerado genérico e sem novidades. Até a boa atriz Julianne Moore parece deslocada dentro do filme. O interessante é que esse enredo, se formos pensar bem, poderia fazer parte até mesmo do roteiro de um velho faroeste. Afinal eram nos antigos filmes desse gênero que havia bastante essa situação do novo pistoleiro tentando matar o pistoleiro mais veterano para assumir parte de sua fama. Nessa nova releitura, mais moderna, surgem alguns bons duelos e até uma boa fotografia, porém nada muito além disso. Olhando em retrospectiva é um dos mais medianos filmes de Richard Donner.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

O Sétimo Filho

A única coisa que me fez assistir a esse filme foi a presença de Jeff Bridges no elenco. Ele, em minha opinião, está naquela categoria de atores que fazem o cinéfilo encarar qualquer coisa, mesmo filmes fracos ou meramente medianos. Nessa última categoria se classifica esse filme de fantasia, meio fora de moda, com roteiro cheio de clichês. A Universal gastou quase 100 milhões de dólares em sua produção, mas o resultado final é bem decepcionante. Bridges interpreta um caçador de bruxas e feiticeiras na idade média. Uma de suas principais rivais é a misteriosa Malkin (interpretada por Julianne Moore, outro bom motivo para assistir). O tal sétimo filho é o assistente de Bridges na estória. Deveria ser o protagonista, mas o ator que o interpreta, chamado Ben Barnes, quase coloca tudo a perder. Ele é bem ruinzinho.

Assim sobram efeitos especiais (alguns bem feitos, outros nem tanto), um clima de aventura medieval e um roteiro bem fraquinho, que só serve para dar uma desculpa para as cenas de ação. O interessante é que o filme foi feito visando atrair o público da China. Isso mesmo, é uma produção entre China e Estados Unidos. Nos cinemas americanos o filme fracassou, mas conseguiu gerar lucro no país da grande muralha. Então o estúdio se saiu com uma desculpa esfarrapada, dizendo que o roteiro não era lá essas coisas porque foi simplificado, para o público chinês. Justificando assim parece até que o público chinês de cinema não prima muito pela inteligência. Melhor teria sido o silêncio. No final das contas o filme não me aborreceu, embora igualmente não tenha me surpreendido em nada. Em termos de originalidade nesse universo de fantasia, não há nada mesmo a encontrar. Tudo mais do mesmo.

O Sétimo Filho (Seventh Son, Estados Unidos, China, 2014) Direção: Sergei Bodrov / Roteiro: Charles Leavitt , Steven Knight / Elenco: Jeff Bridges, Julianne Moore, Ben Barnes, Alicia Vikander / Sinopse: O Mestre Gregory (Bridges) ganha a vida caçando feiticeiras e bruxas. Agora terá seu maior desafio, enfrentar a poderosa Malkin (Moore) que busca vingança, pois no passado foi aprisionada por ele em uma cova, bem no meio do deserto.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Bel Canto

Um filme fraco, apesar de contar com um bom elenco. Na estória um grupo de pessoas influentes da alta sociedade se reúne para a apresentação da cantora lírica Roxanne Coss (Julianne Moore). Tudo acontece em Lima, no Peru. No meio do concerto um grupo de guerrilheiros de esquerda invade o lugar e toma todas as pessoas presentes de reféns. Exige como resgate a libertação de todos os presos políticos do país, além da presença do presidente da república. Duas reivindicações impossíveis de serem cumpridas. Enquanto o impasse ocorre todos os reféns ficam nas mãos dos guerrilheiros. E aí começa o grande erro do filme. O roteiro começa a simpatizar com o grupo criminoso. Eles são retratados como revolucionários de boa índole! Como assim? São sequestradores que ameaçam pessoas inocentes de morte! A cantora até mesmo começa a ensinar e dar aulas de canto para um dos paramilitares. A partir daí o filme despenca por causa de todas as suas péssimas intenções.

Mal realizado e com um roteiro absurdo desses tudo vai por água abaixo. Não há salvação. Nem o bom elenco salva o filme. Julianne Moore já fez tantos filmes bons ao longo de sua carreira que esse aqui vai se tornar apenas uma mancha em sua filmografia. Christopher Lambert, que chegou a ser bem popular nos anos 80, ressurge para um papel de refém sem maior importância. Até Ken Watanabe não tem muito o que fazer. Enfim, um filme realmente fraco e sem mensagem. Pura perda de tempo.

Bel Canto (Estados Unidos, 2018) Direção: Paul Weitz / Roteiro: Paul Weitz, Anthony Weintraub / Elenco: Julianne Moore, Ken Watanabe, Christopher Lambert, María Mercedes Coroy, Sebastian Koch / Sinopse: Roxanne Coss (Julianne Moore) é uma cantora lírica americana que vai se apresentar em Lima, no Peru e lá acaba refém de um grupo guerrilheiro de esquerda.

Pablo Aluísio. 

domingo, 11 de março de 2018

Evolução

Tinha tudo para dar certo. Dirigido por  Ivan Reitman, um diretor talentoso, especialista nesse tipo de filme (basta lembrar de "Os Caça-Fantasmas"), contando ainda com um elenco bom (com direito a ter Julianne Moore como coadjuvante) e efeitos especiais de primeira. Então o que deu errado? O mesmo culpado de sempre: o roteiro é muito ruim. O enredo (se é que podemos chamar isso de enredo) não decola, não funciona. Nem a presença do ator de Arquivo X David Duchovny ajuda. Aliás atrapalha. Ele se considerava um sujeito engraçado que daria certo em enredos de comédia. Bom, alguém precisava avisar a ele que definitivamente ele não tinha a menor graça.

David Duchovny queria largar a série "Arquivo X" para ir para o cinema, se transformar em um astro de filmes de grande bilheteria. No final ele largou a série e... deu errado no cinema. Esse "Evolução" fracassou nas bilheterias e foi impiedosamente massacrado pela crítica especializada. Tudo justo. O filme é muito ruim mesmo, daquele tipo que faz você ficar constrangido de estar assistindo. Era para ser o primeiro de uma franquia, mas deu tão errado que a Columbia Pictures cancelou todo o projeto, varrendo as continuações para debaixo do tapete. Puro lixo cinematográfico. Nem para virar histórias em quadrinhos prestou. Enfim, um desastre absoluto. Melhor esquecer para sempre.

Evolução (Evolution, Estados Unidos, 2001) Direção: Ivan Reitman / Roteiro: Don Jakoby, David Diamond / Elenco: David Duchovny, Orlando Jones, Julianne Moore / Sinopse: Um meteoro cai no Planeta Terra, trazendo para nosso mundo uma nova forma de vida que evolui com extrema rapidez, dando razão ao bom e velho Darwin que dizia que a espécie mais apta a sobreviver seria aquela que se adaptasse melhor ao meio em que vivia. Para azar da humanidade essa nova forma de vida supostamente seria então mais evoluída e bem mais adaptada do que o próprio homem.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Hannibal

O primeiro filme "O Silêncio dos Inocentes" já é considerado um clássico moderno do cinema. Muito bom, acima da média, não há o que discutir sobre isso. Já esse segundo filme dessa franquia, intitulado "Hannibal", é seguramente uma das piores sequências que já assisti em minha vida. O que não deixa de ser surpreendente pois foi dirigido por um grande mestre, Ridley Scott. Além disso o elenco era inegavelmente excelente, contando com Julianne Moore e Gary Oldman, além de trazer de volta  Anthony Hopkins como o Dr. Hannibal Lecter. O que deu errado então? Em minha opinião o maior problema dessa sequência não foi necessariamente cinematográfico, mas sim literário. Explico. Thomas Harris escreveu um livro muito ruim, justamente o que foi usado para adaptação pelo roteiro desse filme. Como o material original já não tinha qualidade como esperar então que o filme ficasse bom? Simplesmente impossível.

A história é péssima. O que era sutil e elegante no primeiro filme aqui se tornou apenas grotesco.  Anthony Hopkins continua perfeito em sua caracterização, mas como já escrevi, a trama não ajuda. Provavelmente o escritor Thomas Harris estava com alguma crise de criatividade quando começou a escrever esse enredo. Provavelmente pressionado pelas editoras, que cobiçavam novamente obter ótimas vendas, ele acabou escrevendo qualquer coisa, estragando de certa maneira sua própria criação. O que sobrou foi apenas uma cópia pálida e mal feita do livro original. Nem o talentoso David Mamet salvou o roteiro de ser um desastre! Diante de tudo isso o diretor Ridley Scott até tentou fazer algo, usando inclusive de uma bonita fotografia (a cargo do diretor de fotografia John Mathieson), mas no final todo esse esforço acabou sendo em vão. Fui assistir ao filme no cinema e fiquei decepcionado na época. O tempo também não ajudou em nada. Numa revisão anos depois não melhorou em nada. É uma decepção pura e simples. Apenas isso.

Hannibal (Estados Unidos, 2001) Direção: Ridley Scott / Roteiro: David Mamet e Steven Zaillian, baseados na obra original escrita por Thomas Harris / Elenco: Anthony Hopkins, Julianne Moore, Gary Oldman, Ray Liotta / Sinopse: De volta às ruas e exilado, bem distante, para evitar ser preso novamente por seus crimes, o médico e psicopata Dr. Hannibal Lecter (Hopkins) resolve se reconectar novamente com a agente Clarice Starling (Julianne Moore), criando um estranho vínculo entre ambos. Filme lançado posteriormente no box "The Hannibal Lecter Anthology" em DVD, com cenas adicionais.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de junho de 2016

Os Esquecidos

Título no Brasil: Os Esquecidos
Título Original: The Forgotten
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Joseph Ruben
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: Julianne Moore, Anthony Edwards, Gary Sinise, Dominic West, Christopher Kovaleski
  
Sinopse:
Passado um ano da morte de seu filho, Telly Paretta (Julianne Moore) não consegue superar a dor de sua perda. Seu casamento está praticamente arruinado pela tragédia e ela não consegue superar a depressão avassaladora. Procurando por uma saída ela então resolve se tratar com o médico psiquiatra Dr. Jack Munce (Gary Sinise) que então lhe faz uma revelação assustadora: toda a tragédia, o filho morto e os eventos que vieram antes disso nunca realmente existiram. Foi tudo fruto da mente perturbada de Telly! E agora, estaria ela realmente enlouquecendo ou haveria algo mais por trás de tudo?

Comentários:
Bom filme, mesclando um terror psicológico com uma trama bem desenvolvida. Qualquer filme estrelado por Julianne Moore vale ao menos uma espiada, isso porque ela é aquele tipo de atriz que faz valer o ingresso, independente da proposta que o filme dará ao espectador. Para melhorar o que já era muito bom há ainda a presença do talentoso Gary Sinise como um médico psiquiatra que tanto pode estar tentando tratá-la de um surto psicótico, como também agindo nas sombras com o objetivo de encobrir algo ainda mais sério. Em termos de crítica o filme foi até recebido um pouco friamente, talvez por ser um thriller, um estilo de cinema que anda um tanto saturado nos últimos tempos. Penso que não é motivo para rejeitar de antemão a produção apenas por essa razão, ela inegavelmente tem méritos que fazem valer a pena assisti-la. Embora em alguns aspectos soe frio e lento, esse "The Forgotten" acaba agradando, principalmente para quem for fiscado por seu enredo. Afinal de contas essa é um daqueles roteiros cheios de reviravoltas e situações impensadas que fará o deleite dos espectadores que curtem esse tipo de produção.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Minhas Mães e Meu Pai

Título no Brasil: Minhas Mães e Meu Pai
Título Original: The Kids Are All Right
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Lisa Cholodenko
Roteiro: Lisa Cholodenko, Stuart Blumberg
Elenco: Annette Bening, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Mia Wasikowska, Josh Hutcherson
 
Sinopse:
Jules (Julianne Moore) e Nic (Annette Bening) formam um casal de lésbicas que precisa lidar com uma nova e inesperada situação quando seus filhos decidem descobrir a identidade de seu pai biológico. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Annette Bening), Melhor Ator (Mark Ruffalo) e Melhor Roteiro Original. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Atriz (Annette Bening).

Comentários:
A família tradicional (pai, mãe e filhos) já não é mais a mesma de antes pois agora temos variações decorrentes do reconhecimento de união civil de pessoas do mesmo sexo. É justamente esse o tema central do filme "The Kids Are All Right". Aqui no caso temos dois jovens que foram criados por um casal de lésbicas que em determinado momento de suas vidas decidem conhecer seu pai biológico, um sujeito que apenas vendeu seu sêmen para uma clínica de fertilização. Intencionalmente o roteiro não procura explorar o preconceito que vive o casal de mulheres diante da sociedade em geral, procurando ao invés disso focar apenas nos conflitos que nascem quando um terceiro elemento (o pai biológico) entra no relacionamento daquela família diferenciada (e não isenta de problemas, como toda e qualquer família normal). Como é um drama de relações humanas o grande destaque vai para o trabalho do elenco, em especial Julianne Moore e Annette Bening que forma o casal lésbico. Bening é a cabeça da família, forte e decidida, uma médica bem sucedida na carreira, enquanto Moore apresenta uma personalidade mais passiva, submissa e até mesmo insegura, tentando iniciar algum negócio profissional que dê certo em sua vida repleta de tentativas mal sucedidas. Mark Ruffalo é o pai desconhecido, um sujeito comum que é surpreendido pela chegada inesperada de seus filhos que ele sequer sabia que existiam. Em suma, uma produção indicada especialmente para o público GLS que mais cedo ou mais tarde poderá enfrentar situações semelhantes a essa diante dessa nova realidade social.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Fim de Caso

Título no Brasil: Fim de Caso
Título Original: The End of the Affair
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Graham Greene, Neil Jordan
Elenco: Ralph Fiennes, Julianne Moore, Stephen Rea
  
Sinopse:
Londres, 1946. O escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes) não consegue superar uma velha paixão, mesmo com o passar dos anos. Sarah Miles (Julianne Moore) é o foco de sua afeição. O problema é que ela é a esposa de Henry Miles (Stephen Rea), um conhecido seu. Dois anos depois descobre que finalmente o casamento entre eles acabou. Agora ele percebe que sua velha obsessão por Sarah reacendeu e parece disposto a consumar de uma vez por todas essa complicada relação amorosa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Julianne Moore) e Melhor Fotografia.

Comentários:
Neil Jordan faz parte daquele seleto grupo de cineastas que você pode encarar todo e qualquer filme que faça parte da sua filmografia sem receios. Ele é um artesão da sétima arte. Muito sofisticado, lidando com planos e ideias mais bem elaboradas, é sem dúvida um dos diretores mais talentosos de sua geração. Aqui nesse "The End of the Affair" ele optou por focar suas lentes em uma paixão que resiste, que por várias razões nunca consegue se consumar de forma definitiva. Um verdadeiro karma maldito que se abate sobre esses dois amantes apaixonados. A fotografia é linda, valorizando ainda mais a relação existente entre o estado psicológico e emocional de todos os personagens e o clima ora sombrio, ora ofuscante na cidade, que aliás parece ter vida própria. A chuva, que nunca parece parar de cair, simboliza a melancolia de sentimentos que se abate sobre o casal. Ralph Fiennes e Julianne Moore formam uma maravilhosa dupla de protagonistas. Ela sempre me pareceu muito charmosa e sofisticada e aqui acabou encontrando uma película à sua altura. Recebeu uma indicação ao Oscar e sendo bem sincero merecia ter sido a vencedora. Ele, mais uma vez, demonstra porque é considerado um dos mais talentosos atores ingleses. Bastante badalado em sua lançamento esse filme certamente mereceu todas as indicações e prêmios que recebeu. Um drama romântico Classe A.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Jogos Vorazes: A Esperança - O Final

O texto contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu ao filme aconselho que não siga lendo as linhas a seguir. Esse é o último filme da franquia "The Hunger Games" e desde já me pareceu ser também o melhor. A trama é bem mais objetiva, segue uma direção mais determinada e a conclusão de tudo me soou muito coerente. No começo "Jogos Vorazes" não me agradou. O primeiro filme é bem excessivo, kitsch e sem muita originalidade. A sorte é que esse é tipicamente o caso de franquia que vai melhorando com o passar do tempo, com o surgimento de novos filmes. O ápice dessa saga, tanto em termos de conclusão da história como em qualidade, acontece justamente aqui. Como eu escrevi a trama é simples e direta: os rebeldes finalmente chegam para conquistar a Capital Panem. Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) ainda é vista como um símbolo, uma imagem para inspirar as tropas rebeldes, mas ela quer mais do que ser apenas uma garota propaganda da causa. Ela quer ir para o front, enfrentar o inimigo. Contrariando ordens superiores e agindo de acordo com sua própria vontade ela segue em frente. Em pouco tempo se une às forças que vão invadir a Capital. No fundo o que ela mais deseja é encontrar o Presidente Snow (Donald Sutherland) para um acerto de contas final. Como era de se esperar as melhores cenas acontecem justamente durante essa invasão. O grupo de Everdeen precisa avançar pelas ruas da capital lidando com várias armadilhas dentro da cidade, algumas bem boladas que proporcionam ótimas sequências de efeitos especiais (a produção, como não poderia deixar de ser, é das melhores). Entre as cenas que se destacam há uma em particular que eleva bastante o nível do filme, justamente quando Katniss encontra um grupo de criaturas que os atacam no subsolo da cidade. Cheguei até mesmo a me lembrar vagamente dos monstros vampiros de "Blade".

Depois o grupo avança e finalmente chega nas portas da mansão do Presidente Snow. Os rebeldes surgem disfarçados de refugiados (embora não proposital, essa é uma interessante referência ao momento atual vivido na Europa). Uma vez lá acontece o massacre de inocentes que irá determinar todo o destino dos rebeldes e da tirania de Snow. Aqui há uma reviravolta interessante que vale pela franquia como um todo. Embora "Jogos Vorazes" seja um produto nitidamente adolescente aqui a autora Suzanne Collins teve um ótimo momento de inspiração ao colocar algo que é mais corriqueiro do que se pensa (e que, surpresa, vale como alegoria política até mesmo no que acontece em nosso país atualmente). Uma vez assumindo o poder a líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore), portadora de tantas esperanças por mudanças por parte das populações oprimidas dos distritos, começa a agir justamente como o deposto presidente Snow. Ela ignora conselhos, promovendo execuções sumárias e propõe até mesmo a volta dos "Jogos Vorazes", um absurdo completo. A oposição ao colocar as mãos no poder muitas vezes acaba agindo mais cruelmente do que a própria tirania que ajudou a combater e derrubar! Sabendo muito bem disso o clímax acontece na praça central quando Katniss tem a oportunidade de executar o próprio presidente Snow ou até mesmo a agora empossada nova presidente Coin, que finalmente mostra a que veio, revelando suas verdadeiras intenções. Tudo se resume em escolher o alvo certo! É a melhor cena de toda a franquia e a mais representativa também. Traz uma bela lição de moral, para não esquecer. Por fim, nem a última sequência, bastante reforçada com pieguice sentimental, consegue estragar o que aconteceu momentos antes. Então é isso. O filme não foi o sucesso espetacular de bilheteria que o estúdio esperava, mas tampouco pode ser considerado como uma decepção ou algo assim. É de fato o melhor filme da franquia, fechando com chave de ouro uma série de filmes marcados pela irregularidade ao longo de todos esses anos.

Jogos Vorazes: A Esperança - O Final (The Hunger Games: Mockingjay - Part 2, Estados Unidos, 2015) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Peter Craig, Danny Strong, baseados na obra de Suzanne Collins / Elenco: Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, Woody Harrelson, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth / Sinopse: Os rebeldes dos distritos que lutam contra a tirania do Presidente Snow (Sutherland) finalmente conseguem entrar na capital Panem. A luta promete ser rua a rua, casa a casa, pelo controle do poder. Filme indicado ao prêmio da Broadcast Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Atriz (Lawrence).

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1

Como aconteceu com "Harry Potter" e "Crepúsculo" os produtores resolveram dividir em duas partes a conclusão de "Jogos Vorazes". Ora, se é possível lucrar duas vezes com uma mesma história não haveria mesmo outro caminho a seguir. Money Talks, como gostam de dizer os americanos. Então vamos lá de novo! Nesse filme a heroína Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) é escolhida para servir como símbolo da luta da rebelião dos distritos oprimidos contra a Capital. A situação é de guerra civil. Os distritos estão em escombros após pesados bombardeiros do poder central. No meio das ruínas Katniss é levada para estrelar uma série de vídeos com o objetivo de levantar a moral dos rebeldes. Para sua surpresa seu amado Peeta Mellark (Josh Hutcherson) começa a fazer a mesma coisa, só que do lado inimigo. A partir daí começa uma verdadeira guerra de propaganda de ambos os lados, o que acaba se revelando também uma tortura psicológica para Katniss porque afinal de contas ela nunca deixou de amar Peeta, mesmo agora, quando ele definitivamente está agindo de um modo nada normal, como se realmente estivesse abraçando a causa dos opressores. Para a líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore) porém tudo é válido para tirar do poder o tirânico e ditador Presidente Snow (Donald Sutherland), agora mais cruel e violento do que nunca por causa das lutas envolvendo a população civil dos distritos. Mesmo que Katniss saia machucada emocionalmente de tudo o que está acontecendo, sua participação se torna vital no esforço de guerra. Enquanto um lado tenta destruir o outro, quem acaba sofrendo mesmo são as pessoas desarmadas e indefesas. Muitas delas ainda conseguem lutar  apenas com suas próprias mãos, mas isso acaba tornando tudo ainda mais sangrento e destrutivo.

Como era de esperar essa primeira parte de "Jogos Vorazes: A Esperança" é também bem inconclusiva. Praticamente nenhum evento tem um desfecho, ficando tudo para o fim da saga. Apesar disso há coisas interessantes no filme. A direção de arte, bem diferente dos exageros dos filmes anteriores, deixou tudo mais clean, resultando em um visual mais equilibrado e menos agressivo. Uma das coisas que me incomodou bastante nos dois primeiros filmes foi exatamente o exagero nos figurinos. cabelos e nos cenários. Tudo era de uma breguice futurista difícil de engolir. Agora tudo surge mais sóbrio. Os cenários mais lembram países como a Síria, onde cidades inteiras acabam se transformando em escombros e ruínas de prédios que foram ao chão por causa das bombas. A desilusão impera e não apenas nas imagens, mas também no psicológico da protagonista. Katniss está muito vulnerável, se revelando corajosa e firme praticamente apenas nos vídeos de propaganda. Por dentro ela parece desmoronar. Ainda bem que Jennifer Lawrence é uma boa atriz para transmitir esse furacão de emoções ao espectador, caso contrário tudo passaria despercebido. Infelizmente o filme também vai marcando o adeus do grande ator Philip Seymour Hoffman que morreu em 2014 vítima de uma overdose. Seu trabalho nem aparece muito dentro da trama, mas ele era tão talentoso que conseguia se sobressair até mesmo em personagens mais secundários como esse. Os produtores lhe prestaram uma pequena homenagem nos letreiros finais. Assim, no geral, o que temos aqui é mais uma produção sanduíche que apenas prepara tudo para a conclusão do filme seguinte. Por essa razão não espere por nada muito marcante. É um bom filme, bem produzido, com tudo nos lugares, porém realmente apresenta esse pequenino problema.

Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 (The Hunger Games: Mockingjay - Part 1, Estados Unidos, 2014) Direção: Francis Lawrence / Roteiro:  Peter Craig, Danny Strong, baseados na obra "Mockingjay" de Suzanne Collins / Elenco: Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Stanley Tucci / Sinopse: A jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se torna um símbolo da luta contra a opressão e tirania da Capital contra todos os distritos. A líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore) resolve transformá-la numa espécie de garota propaganda da causa dos revoltosos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original ("Yellow Flicker Beat" de Joel Little e Lorde). Vencedor do MTV Movie Awards nas categorias de Melhor sequência musical e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio. 

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Para Sempre Alice

Título no Brasil: Para Sempre Alice
Título Original: Still Alice
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: BSM Studio
Direção: Richard Glatzer, Wash Westmoreland
Roteiro: Lisa Genova, Richard Glatzer
Elenco: Julianne Moore, Alec Baldwin, Kristen Stewart, Kate Bosworth

Sinopse:
A Dra. Alice Howland (Julianne Moore) está vivendo um dos melhores momentos de sua carreira. Pesquisadora e professora aclamada pela Academia, ela finalmente é contratada pela prestigiada Universidade de Columbia. Infelizmente para Alice pequenos esquecimentos e lapsos de memória começam a lhe prejudicar na profissão. Preocupada com esses pequenos eventos recorrentes em seu cotidiano, ela resolve consultar um neurologista. Após vários exames vem a terrível notícia: ela está com Mal de Alzheimer. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Julianne Moore). Filme vencedor do Oscar 2015 na categoria Melhor Atriz (Julianne Moore).

Comentários:
Todos os anos cresce o número de pessoas diagnosticadas com o Mal de Alzheimer. Essa é uma doença devastadora que atinge a capacidade dos doentes em reter memórias, novas e antigas, além de prejudicar as funções de cognição e comunicação do cérebro. Agora imagine uma brilhante professora atingida em cheio por essa síndrome. A personagem de Julianne Moore é uma autora de livros, uma professora muito respeitada no meio acadêmico, que sempre se destacou por sua inteligência e capacidade intelectual. Assim que a doença começa a se manifestar ela vai perdendo gradualmente não apenas sua saúde, mas também sua carreira, pois fica incapacitada de trabalhar, de dar aulas. Sua família então se une para enfrentar essa batalha terrível. O filme é muito bem dirigido e conta com um roteiro muito sutil que procura tocar o tema sem sensacionalismos ou exageros, obviamente adotando uma postura de grande respeito para com os doentes. O tom discreto e elegante também é seguido por todo o elenco, em especial Julianne Moore, que desde já é uma das mais fortes candidatas ao Oscar. Alec Baldwin também encontrou o tom ideal, não procurando ofuscar sua parceira em cena, interpretando o marido compreensivo e presente no definhamento do estado de saúde da esposa. Para os mais jovens o grande atrativo virá da presença da atriz Kristen Stewart (a Bella Swan da Saga Crepúsculo). Ela dá vida à caçula de Alice, uma garota que quer ser atriz, mesmo contra a vontade de sua mãe, que deseja que ela vá para a universidade cursar algo mais tradicional como Medicina ou Direito. No final das contas "Still Alice" se destaca por tratar de um tema muito triste e trágico de uma maneira muito delicada e adequada.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de novembro de 2014

Carrie, a Estranha

Título no Brasil: Carrie, a Estranha
Título Original: Carrie
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Screen Gems
Direção: Kimberly Peirce
Roteiro: Lawrence D. Cohen, Roberto Aguirre-Sacasa
Elenco: Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Gabriella Wilde, Portia Doubleday

Sinopse:
Carrie (Chloë Grace Moretz) é uma jovem estudante que vive oprimida tanto em casa como na escola. Em casa pela mãe dominadora, cruel e fanática religiosa que enxerga pecado e devassidão em tudo ao redor. Na escola, por ser tímida e fechada, ela logo passa a ser o principal alvo de bullying das garotas de sua idade. O que ninguém sabe é que Carrie na verdade possui estranhos poderes, que logo logo se virarão contra todos aqueles que ousam zombar dela.

Comentários:
Remake desnecessário do clássico filme inspirado na obra de Stephen King. É a tal coisa, a originalidade anda distante de Hollywood atualmente. Sem novas ideias o jeito é tentar olhar para o passado, revitalizando antigos filmes. O original já é um clássico absoluto, muito bem realizado pelo mestre Brian De Palma! Já esse aqui soa como um caça-níquel desesperado da combalida MGM - que vira e mexe surge nos jornais com as portas prestes a fechar. No geral é uma refilmagem burocrática, sem maiores vôos em termos de inovação ou originalidade. Talvez o maior erro tenha sido a escalação da atriz jovem Chloë Grace Moretz. Ela não é má atriz, bem longe disso, mas deixa a desejar talvez por ser bonitinha demais para o papel. Não podemos nos esquecer que a Carrie das páginas de King é uma garota complexada, estranha (como o próprio título do livro sugere) e que sofre intenso bullying por parte dos colegas de escola. Já a gatinha Chloë Grace Moretz passa longe desse tipo. Mesmo com as costas caídas, jeito meio sinistro de agir, não há como encarar ela como uma vítima de preconceito e escárnio dos amigos de classe. Quem se sai um pouco melhor é a sempre eficiente Julianne Moore como a mãe que caiu nas garras do fanatismo religioso. Em suma, uma produção que não tinha a menor necessidade de existir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Pelos Olhos de Maisie

Título no Brasil: Pelos Olhos de Maisie
Título Original: What Maisie Knew
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Red Crown Productions
Direção: Scott McGehee, David Siegel
Roteiro: Nancy Doyne, Carroll Cartwright
Elenco: Julianne Moore, Alexander Skarsgård, Onata Aprile, Steve Coogan

Sinopse:
Maisie (Onata Aprile) é uma garotinha de apenas seis anos que vê o casamento de seus pais desmoronar. Brigando todos os dias, a vida em casa vai ficando cada dia mais insuportável. Sua mãe, Susanna (Julianne Moore), é uma cantora frustrada que deseja recomeçar sua vida nos palcos. Seu pai, Beale (Steve Coogan), é um sujeito que só pensa em seu trabalho ao mesmo tempo em que começa a se enamorar de sua própria babá. Filme indicado ao prêmio London Critics Circle Film Awards na categoria de Melhor Ator (Steve Coogan).

Comentários:
Um bom drama familiar que mostra a gradativa destruição de um casamento pelos olhos da filhinha de apenas seis anos, Maisie (Onata Aprile). O roteiro levanta questões bem interessantes como a própria crise que vive a instituição marital nos dias de hoje. Os casamentos são cada vez mais breves e conflituosos. No caso dos pais de Maisie a situação é ainda pior porque eles não são do tipo que adotam atitudes maduras e adultas, pelo contrário, partem para o confronto direto, com muitas ofensas e represálias. O pai, por exemplo, logo começa um romance com a babá de Maisie que é praticamente uma adolescente. Para dar o troco sua mãe emplaca um relacionamento complicado com o barman Lincoln (interpretado pelo ator Alexander Skarsgård, o vampiro Eric Northman da série "True Blood"). Ele aliás parece ser o único personagem realmente humano de toda a crise familiar que o filme retrata. Logo inicia uma amizade de carinho e afeto com a pequena Maisie, que colocada no meio do fogo cruzado dos pais, procura por algum tipo de aproximação mais carinhosa com o novo padrasto. Outro destaque vem com Julianne Moore. Sua personagem é de uma mulher mais velha que não aceita o fato de que o tempo passou e que ela não se tornará mais uma cantora de sucesso. Agindo muitas vezes como uma adolescente inconsequente, negligenciando a própria filha em busca de um sonho que não se realizará, ela no final das contas só prova que nem todas as mães são iguais e nem fazem jus ao delicado e importante trabalho de se criar um filho. Deixamos então a dica desse belo drama sobre uma família que vai se destruindo aos poucos, como vemos em milhares de casos por aí no mundo real.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Carrie, a Estranha

Carrie White (Chloë Grace Moretz) é uma jovem e tímida estudante que apenas quer levar uma vida normal como todas as outras garotas de sua idade. Sua vida porém passa longe da normalidade. Sua mãe caiu nas garras do fanatismo religioso, considerando tudo e a todos como seres pecadores e diabólicos. Por essa razão deu à sua filha uma educação extremamente rígida, onde tudo se revela como motivo para punição e penitência. Na escola o clima não é melhor para Carrie. Calada e retraída, ela logo vira alvo do bullying de suas colegas. As coisas pioram ainda mais quando acaba menstruando no chuveiro, pensando estar sofrendo de algum mal de saúde (por causa de sua educação religiosa fora dos limites nada lhe foi dito sobre sua própria sexualidade ao longo dos anos). Filmada em seu momento de pânico e choro no banheiro da escola é logo colocada na internet para que todos possam se divertir às suas custas. No meio de tantas turbulências Carrie acaba descobrindo que possui estranhos poderes, como mover objetos inanimados pelo seu quarto. Apesar da descoberta incrível resolve esconder isso das pessoas ao seu redor. A salvação para Carrie porém poderá finalmente vir no baile de formatura da escola, ainda mais depois de ser convidada por um aluno bonitão de sua classe. Talvez as boas notícias escondam algo ainda mais sinistro para ela. Afinal de contas a felicidade não parece ser um estado de normalidade na complicada vida de Carrie, considerada estranha demais pelos outros alunos de sua idade.

Remakes são sempre complicados e remakes de filmes já consagrados pelo público e pela crítica são ainda mais difíceis de engolir. O fato inegável é que o famoso livro de Stephen King já encontrou sua versão cinematográfica definitiva. Obviamente estou me referindo ao filme com Sissy Spacek, que foi dirigido brilhantemente por Brian De Palma em 1976. Uma obra prima do terror. Infelizmente há um certo preconceito entre os jovens com filmes antigos e somando-se a isso a falta de criatividade dos produtores e a busca pelo lucro fácil podemos entender perfeitamente porque esse novo Carrie foi realizado. A despeito da tecnologia ter evoluído muito mais nos dias atuais, não consegui visualizar nada que justificasse a realização de uma nova versão para o cinema da obra de King. Não há no novo filme nada de muito interessante ou inovador se formos comparar com o clássico dos anos 70. O roteiro se mostra até bem mais simples, sem maior desenvolvimento dos personagens principais. Embora de maneira em geral goste do trabalho da atriz Chloë Grace Moretz achei que sua atuação não encontrou o tom certo. Está muito exagerada em certos momentos, quase caindo na mais pura caricatura. Sempre com olhar assustado (para não dizer apavorado), ombros caídos e timidez extremamente patológica. O mesmo pode-se dizer da talentosa Julianne Moore, que com olhos arregalados e cara de maluca, interpreta a mãe fanática religiosa de Carrie. Sinceramente falando as duas atrizes parecem competir entre si para saber quem será mais excessiva em suas caracterizações. Os efeitos digitais também não empolgam muito (e a cena final na lápide me deu vontade de rir de tão desnecessária e boboca). Aliás se fosse definir o novo Carrie em apenas uma palavra seria justamente essa: desnecessária! A nova versão não precisava mesmo existir.

Carrie, a Estranha (Carrie, EUA, 2013) Direção: Kimberly Peirce / Roteiro: Lawrence D. Cohen, Roberto Aguirre-Sacasa, baseados na obra de Stephen King / Elenco: Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Gabriella Wilde / Sinopse: Carrie (Grace) é um jovem estudante muito tímida e oprimida que descobre ter poderes sensorias fantásticos. Vítima de bullying em sua escola ela decide em um momento de desespero, se vingar de todos que a humilham publicamente. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor Filme de Terror. Vencedor do prêmio de Melhor Atriz Jovem (Chloë Grace Moretz).

Pablo Aluísio.