sexta-feira, 25 de outubro de 2024
Segredos de um Escândalo
quarta-feira, 24 de abril de 2024
Os Amores De Picasso
Título Original: Surviving Picasso
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: James Ivory
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala
Elenco: Anthony Hopkins, Tom Fisher, Andreas Wisniewski, Julianne Moore
Sinopse:
Cinebiografia de parte da vida do famoso pintor Pablo Picasso, aqui interpretado pelo ator Anthony Hopkins. O enredo se desenrola a partir das lembranças de Francoise Gilot (Natasha McElhone), que foi amante do artista por mais de dez anos. Foi um caso dos mais ousados pois Picasso era 40 anos mais velho do que ela. Mesmo assim se apaixonaram e viveram um inesperado caso de amor.
Comentários:
Um filme que agradou a poucos. Na época de seu lançamento a família de Pablo Picasso tentou impedir, inclusive legalmente, a chegada da película nas telas. Não conseguiu. Não é para tanto, embora muito humano o artista que vemos passar na tela não é em nenhum momento desrespeitoso com sua biografia, digamos, oficial e chapa branca. Com uso de inúmeros flashbacks ficamos conhecendo detalhes da vida pessoal do pintor, inclusive seu turbulento relacionamento com sua esposa, Olga (Jane Lapotaire). O Picasso de Anthony Hopkins é explosivo, apaixonado, caliente mas também infiel e traidor da confiança daqueles que mais o amam. Uma personalidade complexa que o roteiro apenas em parte consegue captar. No final das contas é um filme mediano que não consegue ficar à altura do gênio que tenta retratar. Anthony Hopkins é um grande ator mas alguns papéis definitivamente não lhe caíram bem. É o caso de Pablo Picasso. Escalar um ator tipicamente britânico para fazer um espanhol é uma temeridade, ainda mais quando literalmente o "pintam" para dar a tonalidade da cor natural do pintor. Depois de uma escalação e maquiagem tão ruins como essas fico pensando em como um ator consegue sobreviver a um papel desses? A única coisa que se salva é a beleza de Julianne Moore que ajuda a passar o tempo do filme de forma menos penosa.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de julho de 2023
Kingsman: O Círculo Dourado
sexta-feira, 7 de julho de 2023
Depois do Casamento
terça-feira, 2 de novembro de 2021
Psicose
Com que finalidade? Para que serve um remake como esse? A versão definitiva já foi realizada, assinada pelo mestre do suspense e é considerada uma obra prima absoluta da sétima arte. Para que tentar refazer a perfeição? Obviamente que aquele que se arrisca a algo assim já teve estar preparado para fracassar. E foi justamente isso que aconteceu com essa nova versão. A crítica odiou e o público não pagou para ver, deixando as salas de cinema vazias. Pior ainda foi a escalação do elenco. Quem conseguiria levar à sério o comediante Vince Vaughn como o sinistro e perturbado Norman Bates? Absolutamente ninguém! A única que escapa é a atriz Julianne Moore que consegue mesmo sobreviver a qualquer coisa! Enfim, se teve o desprazer de assistir, é bem melhor esquecer e se nunca viu, não se preocupe, você não perdeu absolutamente nada!
Psicose (Psicose, Estados Unidos, 1998) Direção: Gus Van Sant / Roteiro: Robert Bloch, Joseph Stefano / Elenco: Vince Vaughn, Anne Heche, Julianne Moore, Viggo Mortensen, William H. Macy / Sinopse: Norman Bates Trabalha em um pequeno motel de beira de estrada. E ele não é um sujeito normal.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de julho de 2021
Gloria Bell
Bom filme, mostrando a vida de uma mulher comum, cheia de problemas pessoais, como todos nós. Depois do divórcio ela tenta reconstruir os pedaços de sua vida emocional, mas é tudo tão complicado. Para uma mulher que viveu toda a sua existência reprimida é complicado nessa altura, com essa idade, arranjar um namorado e não ser julgada pelos outros. O namorado também fica longe de ser perfeito. É um cara que parece mentir o tempo todo, fazendo com que ela desconfie que ele ainda é casado. Pior, ele está sempre sumindo dos encontros, sem nem se despedir. Um cara estranho. Enfim, apesar de uma certa melancolia, esse filme me passou algo bem verdadeiro e humano em seu roteiro. E sim, Julianne Moore continua sendo uma grande atriz.
Gloria Bell (Gloria Bell, Estados Unidos, 2018) Direção: Sebastián Lelio / Roteiro: Alice Johnson Boher, Sebastián Lelio, Gonzalo Maza / Elenco: Julianne Moore, John Turturro, Michael Cera, Brad Garrett, Rita Wilson, Caren Pistorius / Sinopse: O filme conta a história de uma mulher bem mais velha e madura que tenta reconstruir sua vida emocional e encontra muitos desafios pelo caminho.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Amor a Toda Prova
Título Original: Crazy, Stupid, Love
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Glenn Ficarra, John Requa
Roteiro: Dan Fogelman
Elenco: Steve Carell, Ryan Gosling, Julianne Moore, Emma Stone, Marisa Tomei, Analeigh Tipton
Sinopse:
A vida de um marido de meia-idade muda drasticamente quando sua esposa lhe pede o divórcio. Então ele parte para uma nova vida. A partir daí vai precisar aprender tudo de novo para conquistar as mulheres e para isso contará com a ajuda de um amigo, "especialista" nessa questão. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Ryan Gosling).
Comentários:
Quem poderia imaginar que uma parceria entre Steve Carell e Ryan Gosling iria funcionar? Pois deu muito certo, nesse filme que agrada pelas boas atuações e também pelo bom roteiro. A velha situação de homens mais velhos que precisam voltar para o "mercado", em busca de mulheres, após um divórcio desastroso. Praticamente todo mundo conhece uma história assim. Curiosamente quem surge mais engraçado em cena é justamente Ryan Gosling que interpreta o amigo mais jovem que vai dar dicas para seu amigo mais velho, aqui sendo vivido por Steve Carell, que fez a carreira interpretando homens sérios, envolvido em situações absurdas. O elenco coadjuvante, com destaque para a talentosa Emma Stone, também adiciona muito ao filme. Enfim, um exemplo de que se pode fazer boas comédias românticas com roteiros inteligentes.
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de março de 2021
Longe do Paraíso
Título Original: Far from Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Focus Features
Direção: Todd Haynes
Roteiro: Todd Haynes
Elenco: Julianne Moore, Dennis Quaid, Dennis Haysber, Patricia Clarkson, Viola Dav, James Rebhorn
Sinopse:
Nos Estados Unidos, no estado de Connecticut, durante os anos 1950, Cathy Whitaker (Julianne Moore), uma dona de casa comum, enfrenta uma crise conjugal com seu marido, em um casamento infeliz. E suas novas escolhas causam um escândalo na comunidade em que vive.
Comentários:
Muito bom esse drama de época. Tão bom que concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor atriz para Julianne Moore (que ficou muito bonita com o estilo da época, cabelos e figurinos), melhor roteiro original (tem realmente uma excelente história), melhor direção de fotografia (em ótimo trabalho de Edward Lachman, com muitas cores vibrantes na tela) e melhor trilha sonora incidental. Todas as indicações merecidas, só que eu esperava por mais, principalmente em figurino e direção de arte que são primorosos. O tema que esse filme propõe também é bem significativo, pois discute a posição da mulher naquela época. No passado as mulheres eram estigmatizadas negativamente se optassem pelo divórcio. Agora imagine uma mulher divorciada que ainda se envolvesse com um homem negro após o fim de seu casamento. Pois é, a situação, principalmente em um país com fortes raízes racistas, como os Estados Unidos, ficava ainda mais insustentável. O roteiro desse filme discute tudo isso com uma grande sensibilidade e uma ótima trilha sonora. Enfim, um excelente filme em praticamente todos os aspectos que importam.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Assassinos
Título Original: Assassins
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Donner
Roteiro: Andy Wachowski
Elenco: Sylvester Stallone, Antonio Banderas, Julianne Moore, Muse Watson, Steve Kahan, Reed Diamond
Sinopse:
Robert Rath (Stallone) é um veterano assassino profissional que agora deseja abandonar essa "profissão" de uma vez por todas. Só que um outro assassino chamado Miguel Bain (Banderas) quer ter a fama de matar o grande hitman do passado.
Comentários:
Filme que não fez sucesso nas bilheterias, apesar dos nomes envolvidos. Veja, fazia tempo que Sylvester Stallone queria trabalhar ao lado do diretor Richard Donner. O cineasta havia criado a franquia de grande sucesso "Máquina Mortífera", além de ter dirigido filmes do Superman e outros sucessos no cinema. Era um especialista no gênero ação. Nada mais natural de que um dira iria trabalhar ao lado de Stallone, o mais famoso astro dos action movies. Infelizmente algo deu errado. Talvez a dupla ao lado de Antonio Banderas não tenha agradado ao público. O latino estava mais associado a outros estilos de filmes. Seu vilão parece muito caricato. O roteiro também foi considerado genérico e sem novidades. Até a boa atriz Julianne Moore parece deslocada dentro do filme. O interessante é que esse enredo, se formos pensar bem, poderia fazer parte até mesmo do roteiro de um velho faroeste. Afinal eram nos antigos filmes desse gênero que havia bastante essa situação do novo pistoleiro tentando matar o pistoleiro mais veterano para assumir parte de sua fama. Nessa nova releitura, mais moderna, surgem alguns bons duelos e até uma boa fotografia, porém nada muito além disso. Olhando em retrospectiva é um dos mais medianos filmes de Richard Donner.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 8 de abril de 2019
O Sétimo Filho
Assim sobram efeitos especiais (alguns bem feitos, outros nem tanto), um clima de aventura medieval e um roteiro bem fraquinho, que só serve para dar uma desculpa para as cenas de ação. O interessante é que o filme foi feito visando atrair o público da China. Isso mesmo, é uma produção entre China e Estados Unidos. Nos cinemas americanos o filme fracassou, mas conseguiu gerar lucro no país da grande muralha. Então o estúdio se saiu com uma desculpa esfarrapada, dizendo que o roteiro não era lá essas coisas porque foi simplificado, para o público chinês. Justificando assim parece até que o público chinês de cinema não prima muito pela inteligência. Melhor teria sido o silêncio. No final das contas o filme não me aborreceu, embora igualmente não tenha me surpreendido em nada. Em termos de originalidade nesse universo de fantasia, não há nada mesmo a encontrar. Tudo mais do mesmo.
O Sétimo Filho (Seventh Son, Estados Unidos, China, 2014) Direção: Sergei Bodrov / Roteiro: Charles Leavitt , Steven Knight / Elenco: Jeff Bridges, Julianne Moore, Ben Barnes, Alicia Vikander / Sinopse: O Mestre Gregory (Bridges) ganha a vida caçando feiticeiras e bruxas. Agora terá seu maior desafio, enfrentar a poderosa Malkin (Moore) que busca vingança, pois no passado foi aprisionada por ele em uma cova, bem no meio do deserto.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Bel Canto
Mal realizado e com um roteiro absurdo desses tudo vai por água abaixo. Não há salvação. Nem o bom elenco salva o filme. Julianne Moore já fez tantos filmes bons ao longo de sua carreira que esse aqui vai se tornar apenas uma mancha em sua filmografia. Christopher Lambert, que chegou a ser bem popular nos anos 80, ressurge para um papel de refém sem maior importância. Até Ken Watanabe não tem muito o que fazer. Enfim, um filme realmente fraco e sem mensagem. Pura perda de tempo.
Bel Canto (Estados Unidos, 2018) Direção: Paul Weitz / Roteiro: Paul Weitz, Anthony Weintraub / Elenco: Julianne Moore, Ken Watanabe, Christopher Lambert, María Mercedes Coroy, Sebastian Koch / Sinopse: Roxanne Coss (Julianne Moore) é uma cantora lírica americana que vai se apresentar em Lima, no Peru e lá acaba refém de um grupo guerrilheiro de esquerda.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de março de 2018
Evolução
David Duchovny queria largar a série "Arquivo X" para ir para o cinema, se transformar em um astro de filmes de grande bilheteria. No final ele largou a série e... deu errado no cinema. Esse "Evolução" fracassou nas bilheterias e foi impiedosamente massacrado pela crítica especializada. Tudo justo. O filme é muito ruim mesmo, daquele tipo que faz você ficar constrangido de estar assistindo. Era para ser o primeiro de uma franquia, mas deu tão errado que a Columbia Pictures cancelou todo o projeto, varrendo as continuações para debaixo do tapete. Puro lixo cinematográfico. Nem para virar histórias em quadrinhos prestou. Enfim, um desastre absoluto. Melhor esquecer para sempre.
Evolução (Evolution, Estados Unidos, 2001) Direção: Ivan Reitman / Roteiro: Don Jakoby, David Diamond / Elenco: David Duchovny, Orlando Jones, Julianne Moore / Sinopse: Um meteoro cai no Planeta Terra, trazendo para nosso mundo uma nova forma de vida que evolui com extrema rapidez, dando razão ao bom e velho Darwin que dizia que a espécie mais apta a sobreviver seria aquela que se adaptasse melhor ao meio em que vivia. Para azar da humanidade essa nova forma de vida supostamente seria então mais evoluída e bem mais adaptada do que o próprio homem.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Hannibal
A história é péssima. O que era sutil e elegante no primeiro filme aqui se tornou apenas grotesco. Anthony Hopkins continua perfeito em sua caracterização, mas como já escrevi, a trama não ajuda. Provavelmente o escritor Thomas Harris estava com alguma crise de criatividade quando começou a escrever esse enredo. Provavelmente pressionado pelas editoras, que cobiçavam novamente obter ótimas vendas, ele acabou escrevendo qualquer coisa, estragando de certa maneira sua própria criação. O que sobrou foi apenas uma cópia pálida e mal feita do livro original. Nem o talentoso David Mamet salvou o roteiro de ser um desastre! Diante de tudo isso o diretor Ridley Scott até tentou fazer algo, usando inclusive de uma bonita fotografia (a cargo do diretor de fotografia John Mathieson), mas no final todo esse esforço acabou sendo em vão. Fui assistir ao filme no cinema e fiquei decepcionado na época. O tempo também não ajudou em nada. Numa revisão anos depois não melhorou em nada. É uma decepção pura e simples. Apenas isso.
Hannibal (Estados Unidos, 2001) Direção: Ridley Scott / Roteiro: David Mamet e Steven Zaillian, baseados na obra original escrita por Thomas Harris / Elenco: Anthony Hopkins, Julianne Moore, Gary Oldman, Ray Liotta / Sinopse: De volta às ruas e exilado, bem distante, para evitar ser preso novamente por seus crimes, o médico e psicopata Dr. Hannibal Lecter (Hopkins) resolve se reconectar novamente com a agente Clarice Starling (Julianne Moore), criando um estranho vínculo entre ambos. Filme lançado posteriormente no box "The Hannibal Lecter Anthology" em DVD, com cenas adicionais.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de junho de 2016
Os Esquecidos
Título Original: The Forgotten
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Joseph Ruben
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: Julianne Moore, Anthony Edwards, Gary Sinise, Dominic West, Christopher Kovaleski
Sinopse:
Passado um ano da morte de seu filho, Telly Paretta (Julianne Moore) não consegue superar a dor de sua perda. Seu casamento está praticamente arruinado pela tragédia e ela não consegue superar a depressão avassaladora. Procurando por uma saída ela então resolve se tratar com o médico psiquiatra Dr. Jack Munce (Gary Sinise) que então lhe faz uma revelação assustadora: toda a tragédia, o filho morto e os eventos que vieram antes disso nunca realmente existiram. Foi tudo fruto da mente perturbada de Telly! E agora, estaria ela realmente enlouquecendo ou haveria algo mais por trás de tudo?
Comentários:
Bom filme, mesclando um terror psicológico com uma trama bem desenvolvida. Qualquer filme estrelado por Julianne Moore vale ao menos uma espiada, isso porque ela é aquele tipo de atriz que faz valer o ingresso, independente da proposta que o filme dará ao espectador. Para melhorar o que já era muito bom há ainda a presença do talentoso Gary Sinise como um médico psiquiatra que tanto pode estar tentando tratá-la de um surto psicótico, como também agindo nas sombras com o objetivo de encobrir algo ainda mais sério. Em termos de crítica o filme foi até recebido um pouco friamente, talvez por ser um thriller, um estilo de cinema que anda um tanto saturado nos últimos tempos. Penso que não é motivo para rejeitar de antemão a produção apenas por essa razão, ela inegavelmente tem méritos que fazem valer a pena assisti-la. Embora em alguns aspectos soe frio e lento, esse "The Forgotten" acaba agradando, principalmente para quem for fiscado por seu enredo. Afinal de contas essa é um daqueles roteiros cheios de reviravoltas e situações impensadas que fará o deleite dos espectadores que curtem esse tipo de produção.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de maio de 2016
Minhas Mães e Meu Pai
Título Original: The Kids Are All Right
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Lisa Cholodenko
Roteiro: Lisa Cholodenko, Stuart Blumberg
Elenco: Annette Bening, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Mia Wasikowska, Josh Hutcherson
Sinopse:
Jules (Julianne Moore) e Nic (Annette Bening) formam um casal de lésbicas que precisa lidar com uma nova e inesperada situação quando seus filhos decidem descobrir a identidade de seu pai biológico. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Annette Bening), Melhor Ator (Mark Ruffalo) e Melhor Roteiro Original. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Atriz (Annette Bening).
Comentários:
A família tradicional (pai, mãe e filhos) já não é mais a mesma de antes pois agora temos variações decorrentes do reconhecimento de união civil de pessoas do mesmo sexo. É justamente esse o tema central do filme "The Kids Are All Right". Aqui no caso temos dois jovens que foram criados por um casal de lésbicas que em determinado momento de suas vidas decidem conhecer seu pai biológico, um sujeito que apenas vendeu seu sêmen para uma clínica de fertilização. Intencionalmente o roteiro não procura explorar o preconceito que vive o casal de mulheres diante da sociedade em geral, procurando ao invés disso focar apenas nos conflitos que nascem quando um terceiro elemento (o pai biológico) entra no relacionamento daquela família diferenciada (e não isenta de problemas, como toda e qualquer família normal). Como é um drama de relações humanas o grande destaque vai para o trabalho do elenco, em especial Julianne Moore e Annette Bening que forma o casal lésbico. Bening é a cabeça da família, forte e decidida, uma médica bem sucedida na carreira, enquanto Moore apresenta uma personalidade mais passiva, submissa e até mesmo insegura, tentando iniciar algum negócio profissional que dê certo em sua vida repleta de tentativas mal sucedidas. Mark Ruffalo é o pai desconhecido, um sujeito comum que é surpreendido pela chegada inesperada de seus filhos que ele sequer sabia que existiam. Em suma, uma produção indicada especialmente para o público GLS que mais cedo ou mais tarde poderá enfrentar situações semelhantes a essa diante dessa nova realidade social.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 28 de março de 2016
Fim de Caso
Título Original: The End of the Affair
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Graham Greene, Neil Jordan
Elenco: Ralph Fiennes, Julianne Moore, Stephen Rea
Sinopse:
Londres, 1946. O escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes) não consegue superar uma velha paixão, mesmo com o passar dos anos. Sarah Miles (Julianne Moore) é o foco de sua afeição. O problema é que ela é a esposa de Henry Miles (Stephen Rea), um conhecido seu. Dois anos depois descobre que finalmente o casamento entre eles acabou. Agora ele percebe que sua velha obsessão por Sarah reacendeu e parece disposto a consumar de uma vez por todas essa complicada relação amorosa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Julianne Moore) e Melhor Fotografia.
Comentários:
Neil Jordan faz parte daquele seleto grupo de cineastas que você pode encarar todo e qualquer filme que faça parte da sua filmografia sem receios. Ele é um artesão da sétima arte. Muito sofisticado, lidando com planos e ideias mais bem elaboradas, é sem dúvida um dos diretores mais talentosos de sua geração. Aqui nesse "The End of the Affair" ele optou por focar suas lentes em uma paixão que resiste, que por várias razões nunca consegue se consumar de forma definitiva. Um verdadeiro karma maldito que se abate sobre esses dois amantes apaixonados. A fotografia é linda, valorizando ainda mais a relação existente entre o estado psicológico e emocional de todos os personagens e o clima ora sombrio, ora ofuscante na cidade, que aliás parece ter vida própria. A chuva, que nunca parece parar de cair, simboliza a melancolia de sentimentos que se abate sobre o casal. Ralph Fiennes e Julianne Moore formam uma maravilhosa dupla de protagonistas. Ela sempre me pareceu muito charmosa e sofisticada e aqui acabou encontrando uma película à sua altura. Recebeu uma indicação ao Oscar e sendo bem sincero merecia ter sido a vencedora. Ele, mais uma vez, demonstra porque é considerado um dos mais talentosos atores ingleses. Bastante badalado em sua lançamento esse filme certamente mereceu todas as indicações e prêmios que recebeu. Um drama romântico Classe A.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
Depois o grupo avança e finalmente chega nas portas da mansão do Presidente Snow. Os rebeldes surgem disfarçados de refugiados (embora não proposital, essa é uma interessante referência ao momento atual vivido na Europa). Uma vez lá acontece o massacre de inocentes que irá determinar todo o destino dos rebeldes e da tirania de Snow. Aqui há uma reviravolta interessante que vale pela franquia como um todo. Embora "Jogos Vorazes" seja um produto nitidamente adolescente aqui a autora Suzanne Collins teve um ótimo momento de inspiração ao colocar algo que é mais corriqueiro do que se pensa (e que, surpresa, vale como alegoria política até mesmo no que acontece em nosso país atualmente). Uma vez assumindo o poder a líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore), portadora de tantas esperanças por mudanças por parte das populações oprimidas dos distritos, começa a agir justamente como o deposto presidente Snow. Ela ignora conselhos, promovendo execuções sumárias e propõe até mesmo a volta dos "Jogos Vorazes", um absurdo completo. A oposição ao colocar as mãos no poder muitas vezes acaba agindo mais cruelmente do que a própria tirania que ajudou a combater e derrubar! Sabendo muito bem disso o clímax acontece na praça central quando Katniss tem a oportunidade de executar o próprio presidente Snow ou até mesmo a agora empossada nova presidente Coin, que finalmente mostra a que veio, revelando suas verdadeiras intenções. Tudo se resume em escolher o alvo certo! É a melhor cena de toda a franquia e a mais representativa também. Traz uma bela lição de moral, para não esquecer. Por fim, nem a última sequência, bastante reforçada com pieguice sentimental, consegue estragar o que aconteceu momentos antes. Então é isso. O filme não foi o sucesso espetacular de bilheteria que o estúdio esperava, mas tampouco pode ser considerado como uma decepção ou algo assim. É de fato o melhor filme da franquia, fechando com chave de ouro uma série de filmes marcados pela irregularidade ao longo de todos esses anos.
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final (The Hunger Games: Mockingjay - Part 2, Estados Unidos, 2015) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Peter Craig, Danny Strong, baseados na obra de Suzanne Collins / Elenco: Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, Woody Harrelson, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth / Sinopse: Os rebeldes dos distritos que lutam contra a tirania do Presidente Snow (Sutherland) finalmente conseguem entrar na capital Panem. A luta promete ser rua a rua, casa a casa, pelo controle do poder. Filme indicado ao prêmio da Broadcast Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Atriz (Lawrence).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1
Como era de esperar essa primeira parte de "Jogos Vorazes: A Esperança" é também bem inconclusiva. Praticamente nenhum evento tem um desfecho, ficando tudo para o fim da saga. Apesar disso há coisas interessantes no filme. A direção de arte, bem diferente dos exageros dos filmes anteriores, deixou tudo mais clean, resultando em um visual mais equilibrado e menos agressivo. Uma das coisas que me incomodou bastante nos dois primeiros filmes foi exatamente o exagero nos figurinos. cabelos e nos cenários. Tudo era de uma breguice futurista difícil de engolir. Agora tudo surge mais sóbrio. Os cenários mais lembram países como a Síria, onde cidades inteiras acabam se transformando em escombros e ruínas de prédios que foram ao chão por causa das bombas. A desilusão impera e não apenas nas imagens, mas também no psicológico da protagonista. Katniss está muito vulnerável, se revelando corajosa e firme praticamente apenas nos vídeos de propaganda. Por dentro ela parece desmoronar. Ainda bem que Jennifer Lawrence é uma boa atriz para transmitir esse furacão de emoções ao espectador, caso contrário tudo passaria despercebido. Infelizmente o filme também vai marcando o adeus do grande ator Philip Seymour Hoffman que morreu em 2014 vítima de uma overdose. Seu trabalho nem aparece muito dentro da trama, mas ele era tão talentoso que conseguia se sobressair até mesmo em personagens mais secundários como esse. Os produtores lhe prestaram uma pequena homenagem nos letreiros finais. Assim, no geral, o que temos aqui é mais uma produção sanduíche que apenas prepara tudo para a conclusão do filme seguinte. Por essa razão não espere por nada muito marcante. É um bom filme, bem produzido, com tudo nos lugares, porém realmente apresenta esse pequenino problema.
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 (The Hunger Games: Mockingjay - Part 1, Estados Unidos, 2014) Direção: Francis Lawrence / Roteiro: Peter Craig, Danny Strong, baseados na obra "Mockingjay" de Suzanne Collins / Elenco: Jennifer Lawrence, Donald Sutherland, Philip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Stanley Tucci / Sinopse: A jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se torna um símbolo da luta contra a opressão e tirania da Capital contra todos os distritos. A líder rebelde Alma Coin (Julianne Moore) resolve transformá-la numa espécie de garota propaganda da causa dos revoltosos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original ("Yellow Flicker Beat" de Joel Little e Lorde). Vencedor do MTV Movie Awards nas categorias de Melhor sequência musical e Melhor Figurino.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Para Sempre Alice
Título Original: Still Alice
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: BSM Studio
Direção: Richard Glatzer, Wash Westmoreland
Roteiro: Lisa Genova, Richard Glatzer
Elenco: Julianne Moore, Alec Baldwin, Kristen Stewart, Kate Bosworth
Sinopse:
A Dra. Alice Howland (Julianne Moore) está vivendo um dos melhores momentos de sua carreira. Pesquisadora e professora aclamada pela Academia, ela finalmente é contratada pela prestigiada Universidade de Columbia. Infelizmente para Alice pequenos esquecimentos e lapsos de memória começam a lhe prejudicar na profissão. Preocupada com esses pequenos eventos recorrentes em seu cotidiano, ela resolve consultar um neurologista. Após vários exames vem a terrível notícia: ela está com Mal de Alzheimer. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Julianne Moore). Filme vencedor do Oscar 2015 na categoria Melhor Atriz (Julianne Moore).
Comentários:
Todos os anos cresce o número de pessoas diagnosticadas com o Mal de Alzheimer. Essa é uma doença devastadora que atinge a capacidade dos doentes em reter memórias, novas e antigas, além de prejudicar as funções de cognição e comunicação do cérebro. Agora imagine uma brilhante professora atingida em cheio por essa síndrome. A personagem de Julianne Moore é uma autora de livros, uma professora muito respeitada no meio acadêmico, que sempre se destacou por sua inteligência e capacidade intelectual. Assim que a doença começa a se manifestar ela vai perdendo gradualmente não apenas sua saúde, mas também sua carreira, pois fica incapacitada de trabalhar, de dar aulas. Sua família então se une para enfrentar essa batalha terrível. O filme é muito bem dirigido e conta com um roteiro muito sutil que procura tocar o tema sem sensacionalismos ou exageros, obviamente adotando uma postura de grande respeito para com os doentes. O tom discreto e elegante também é seguido por todo o elenco, em especial Julianne Moore, que desde já é uma das mais fortes candidatas ao Oscar. Alec Baldwin também encontrou o tom ideal, não procurando ofuscar sua parceira em cena, interpretando o marido compreensivo e presente no definhamento do estado de saúde da esposa. Para os mais jovens o grande atrativo virá da presença da atriz Kristen Stewart (a Bella Swan da Saga Crepúsculo). Ela dá vida à caçula de Alice, uma garota que quer ser atriz, mesmo contra a vontade de sua mãe, que deseja que ela vá para a universidade cursar algo mais tradicional como Medicina ou Direito. No final das contas "Still Alice" se destaca por tratar de um tema muito triste e trágico de uma maneira muito delicada e adequada.
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de novembro de 2014
Carrie, a Estranha
Título Original: Carrie
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Screen Gems
Direção: Kimberly Peirce
Roteiro: Lawrence D. Cohen, Roberto Aguirre-Sacasa
Elenco: Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Gabriella Wilde, Portia Doubleday
Sinopse:
Carrie (Chloë Grace Moretz) é uma jovem estudante que vive oprimida tanto em casa como na escola. Em casa pela mãe dominadora, cruel e fanática religiosa que enxerga pecado e devassidão em tudo ao redor. Na escola, por ser tímida e fechada, ela logo passa a ser o principal alvo de bullying das garotas de sua idade. O que ninguém sabe é que Carrie na verdade possui estranhos poderes, que logo logo se virarão contra todos aqueles que ousam zombar dela.
Comentários:
Remake desnecessário do clássico filme inspirado na obra de Stephen King. É a tal coisa, a originalidade anda distante de Hollywood atualmente. Sem novas ideias o jeito é tentar olhar para o passado, revitalizando antigos filmes. O original já é um clássico absoluto, muito bem realizado pelo mestre Brian De Palma! Já esse aqui soa como um caça-níquel desesperado da combalida MGM - que vira e mexe surge nos jornais com as portas prestes a fechar. No geral é uma refilmagem burocrática, sem maiores vôos em termos de inovação ou originalidade. Talvez o maior erro tenha sido a escalação da atriz jovem Chloë Grace Moretz. Ela não é má atriz, bem longe disso, mas deixa a desejar talvez por ser bonitinha demais para o papel. Não podemos nos esquecer que a Carrie das páginas de King é uma garota complexada, estranha (como o próprio título do livro sugere) e que sofre intenso bullying por parte dos colegas de escola. Já a gatinha Chloë Grace Moretz passa longe desse tipo. Mesmo com as costas caídas, jeito meio sinistro de agir, não há como encarar ela como uma vítima de preconceito e escárnio dos amigos de classe. Quem se sai um pouco melhor é a sempre eficiente Julianne Moore como a mãe que caiu nas garras do fanatismo religioso. Em suma, uma produção que não tinha a menor necessidade de existir.
Pablo Aluísio.