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domingo, 21 de agosto de 2022

Sob o Mesmo Céu

O ator Bradley Cooper interpreta um ex militar que vai até o Havaí para defender os interesses de um bilionário que está investindo na indústria espacial. Ele, na realidade, precisa convencer um grupo de havaianos nativos que moram numa ilha distante a deixarem que ali seja instalada uma base de lançamento de foguetes. Na realidade o bilionário, que é interpretado de forma divertida por Bill Murray, está tentando lançar satélites com armas no espaço. E isso contraria a boa índole e a filosofia daquele povo. Esse filme é uma mistura de romance, com leve reflexão dramática, sobre um personagem que no passado foi um militar condecorado, mas que com o tempo caiu em desgraça. E ele precisa viver de alguma forma, indo trabalhar para esse bilionário sem muitos escrúpulos. 

O clima do filme é leve e o romance logo surge em primeiro plano em seu roteiro. Acontece que o personagem de Cooper acaba revendo a sua ex namorada, que mora no Havaí. Ela se casou com outro homem e tem dois filhos. E ele acaba reencontrando ela no aeroporto, por acaso, quando desce do avião. O clima, obviamente, fica meio estranho. Aquela tensão sexual que conhecemos bem. Outra personagem interessante desse filme é interpretada pela atriz Emma Stone, uma capitã da força aérea, um tipo robozinho, militarizada, sem muita espontaneidade no modo de agir. Tão caricata fica que se torna engraçada. E assim, se arma um triângulo amoroso entre o ex militar, a capitã e a namorada de seu passado. Um filme bom, leve, divertido, romântico. Que me agradou. Não é assim uma grande obra da sétima arte, mas como entretenimento de fim de semana funciona muito bem. Aloha!

Sob o Mesmo Céu (Aloha, Estados Unidos, 2015) Direção: Cameron Crowe / Roteiro: Cameron Crowe / Elenco: Bradley Cooper, Rachel McAdams, Emma Stone, Bill Murray, Alec Baldwin / Sinopse: Em uma paradisíaca ilha havaiana, um ex militar americano precisa decidir com quem vai se relacionar mais seriamente. Enquanto isso tenta ter autorização de um povo nativo para a instalação de uma base de lançamento de foguetes em suas terras

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Cruella

A tendência em Hollywood atualmente parece ser essa, a de fazer filmes de vilões. Basta lembrar do sucesso de "Coringa". Esse filme da Cruella resgata a vilã do desenho animado "101 Dálmatas". Uma personagem que nasceu na verdade dentro da literatura, nos primeiros livros infantis dessa história que depois foi adaptada para o mundo da animação pelos estúdios Walt Disney. Agora o roteiro tenta explicar as origens da vilã, as razões porque ela odeia tanto essa raça de cachorros e seus primeiros passos rumo ao que vemos no desenho original. E apesar de tudo posso dizer que assim como aconteceu com "Coringa", esse filme ficou muito bom, bem interessante, por vários motivos.

Parte desse bom êxito vem da dupla de atrizes que protagonizam o filme. Emma Stone interpreta a vilã. No começo uma garota que se vê numa situação terrível após a morte de mãe. Sem ninguém no mundo, órfã, ela começa a viver de pequenos golpes que dá ao lado de dois outros garotos. O tempo passa e ela luta pela sobrevivência. Acaba indo trabalhar com a estilista fria e cruel vivida pela igualmente ótima atriz Emma Thompson. Aliás que grande interpretação. Uma figura esnobe ao extremo. A veterana ficou perfeita nessa caracterização.

Além das ótimas atrizes principais, destaco mais dois aspectos dessa produção que fazem valer muito a pena assistir a esse filme. A primeira é a música. É uma sucessão de clássicos musicais dos anos 60 que simplesmente não param de tocar ao longo do filme. Atmosfera é tudo, muitas vezes se consegue isso com apenas boas canções escolhidas. E por fim, há a moda. Exagerada, kitsch, extrema. O filme gastou boa parte de seu orçamento na produção de figurinos exóticos, além de uma direção de arte muito caprichada. Com tudo isso esse "Cruella" se revelou um filme bem melhor do que eu poderia esperar.

Cruella (Cruella, Estados Unidos, 2021) Direção: Craig Gillespie / Roteiro: Craig Gillespie, Dana Fox, Tony McNamara / Elenco: Emma Stone, Emma Thompson, Joel Fry, Paul Walter Hauser, John McCrea, Mark Strong / Sinopse: Após a morte da mãe a pequena Estella passa a viver nas ruas de Londres como órfã. O tempo passa e ela começa a trabalhar para uma famosa estilista, sendo que  sua patroa tem ligação com seu próprio passado. E tudo isso vai resultar na criação de Cruella de Vil.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Amor a Toda Prova

Título no Brasil: Amor a Toda Prova
Título Original: Crazy, Stupid, Love
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Glenn Ficarra, John Requa
Roteiro: Dan Fogelman
Elenco: Steve Carell, Ryan Gosling, Julianne Moore, Emma Stone, Marisa Tomei, Analeigh Tipton

Sinopse:
A vida de um marido de meia-idade muda drasticamente quando sua esposa lhe pede o divórcio. Então ele parte para uma nova vida. A partir daí vai precisar aprender tudo de novo para conquistar as mulheres e para isso contará com a ajuda de um amigo, "especialista" nessa questão. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Ryan Gosling).

Comentários:
Quem poderia imaginar que uma parceria entre Steve Carell e Ryan Gosling iria funcionar? Pois deu muito certo, nesse filme que agrada pelas boas atuações e também pelo bom roteiro. A velha situação de homens mais velhos que precisam voltar para o "mercado", em busca de mulheres, após um divórcio desastroso. Praticamente todo mundo conhece uma história assim. Curiosamente quem surge mais engraçado em cena é justamente Ryan Gosling que interpreta o amigo mais jovem que vai dar dicas para seu amigo mais velho, aqui sendo vivido por Steve Carell, que fez a carreira interpretando homens sérios, envolvido em situações absurdas. O elenco coadjuvante, com destaque para a talentosa Emma Stone, também adiciona muito ao filme. Enfim, um exemplo de que se pode fazer boas comédias românticas com roteiros inteligentes.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Caça aos Gângsteres

Título no Brasil: Caça aos Gângsteres
Título Original: Gangster Squad
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Will Beall, Paul Lieberman
Elenco: Josh Brolin, Sean Penn, Ryan Gosling, Emma Stone, Nick Nolte, Giovanni Ribisi 

Sinopse:
Na Los Angeles da década de 1930, um policial honesto chamado John O'Mara (Josh Brolin) forma um esquadrão de tiras para atuarem fora da lei. A missão é destruir o império do crime comandado pelo gângster Mickey Cohen (Sean Penn). Filme indicado ao Golden Trailer Awards e ao World Stunt Awards.

Comentários:
Um filme bem produzido, com excelente elenco, contando a história real do gângster Mickey Cohen? Ora, não poderia haver nada tão promissor. Porém o filme, apesar de todo o capricho no design de produção, cenários, figurinos, etc, não conseguiu me empolgar. O elenco, como já frisei, é um dos melhores já reunidos nos últimos anos, mas o resultado final realmente deixa a desejar. O filme não foi um fracasso de bilheteria, pelo contrário, gerou lucro, mas bem abaixo do que era esperado. E aqui temos um velho problema do cinema americano se repetindo. A tentativa de sempre procurar fazer algo comercial demais, acaba estragando muitos filmes. É o caso aqui. Os realizadores deveriam ter optado por um clima mais realista, mais de acordo com os acontecimentos do passado. O Mickey Cohen certamente sempre foi um personagem interessante, mas na história real ele passou longe de ser uma espécie de Al Capone de Los Angeles. O roteiro desse filme exagerou bastante nas tintas, assim como Sean Penn que tentando se parecer ao máximo com o gângster acabou usando uma estranha maquiagem. Ryan Gosling é um ótimo ator, mas aqui surge bem apagado. Não tem o espeço suficiente para brilhar. Já Josh Brolin me fez ficar com saudades de Kevin Costner em "Os Intocáveis". Pois é, esse filme até tenta em alguns momentos seguir a obra-prima de Brian De Palma, mas sem conseguir chegar perto. Ficou apenas na tentativa mesmo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Zumbilândia 2 - Atire Duas Vezes

Título no Brasil: Zumbilândia 2 - Atire Duas Vezes
Título Original: Zombieland: Double Tap
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick
Elenco: Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Emma Stone, Abigail Breslin, Zoey Deutch, Rosario Dawson, Luke Wilson, Bill Murray

Sinopse:
Depois dos acontecimentos do primeiro filme a trupe continua a viajar em uma nação devastada por um apocalipse Zumbi. Agora eles vão parar no que restou da Casa Branca e depois partem rumo a Mamphis, para conhecer a lendária mansão Graceland, que pertenceu a Elvis Presley.

Comentários:
Essa franquia "Zumbilândia" é feita para quem não aguenta mais filmes sobre zumbis que se levam à sério. Aqui tudo vira chacota. O ritmo é de humor mesmo, muitas vezes até galhofa. A boa notícia é que os produtores conseguiram reunir praticamente o mesmo elenco do primeiro filme. Assim quem curtiu aquele original, vai muito provavelmente curtir esse segundo também. As novidades surgem com uma loirinha burra interpretada pela atriz Zoey Deutch e uma dupla que parece ser o espelho completo dos personagens interpretados por Woody Harrelson e Jesse Eisenberg, esse último fazendo uma espécie de "Woody Allen" jovem ou algo parecido. Esse segundo filme até que fez uma boa bilheteria nos cinemas. Custou pouco, algo em torno de 40 milhões de dólares e faturou 200 milhões nos cinemas, ou seja, é provável que seja produzido um terceiro filme nos próximos anos. Por fim há uma viagem ao coração kitsch da América, com todos indo para Graceland, a mansão de Elvis ou o que restou dela. O final se passa todo numa comunidade hippie, onde todos rejeitam armas, mesmo estando cercados por zumbis por todos os lados. Além disso há uma participação bem divertida e engraçada de Bill Murray após os créditos finais. Por isso não desligue o filme antes dessa parte. Em suma, uma bobagem divertida para ajudar a passar o tempo nesses tempos de quarentena.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

A Favorita

A Rainha Anne da Inglaterra só esteve no trono por cinco anos (de 1702 a 1707) e foi considerada pelos historiadores como uma monarca fraca, que não deixou herdeiros e que era muito manipulável pelas pessoas próximas a ela. Durante seu reinado surgiram rumores e fofocas entre os empregados do palácio de que ela na verdade era lésbica e tinha um caso amoroso com uma condessa chamada Lady Sarah (Rachel Weisz). Esses boatos nunca foram confirmados completamente, mas servem de ponto central nesse novo filme, "A Favorita".

Nele encontramos a Rainha Anne (Olivia Colman) em seus últimos anos, já doente e decadente. Ela é uma mulher medrosa, carente e de pouca cultura, a ponto de não conseguir tomar nenhuma decisão importante e nem compreender direito os assuntos do Estado. Com uma personalidade tão fraca acaba sendo dominada por sua "favorita", a própria Lady Sarah que praticamente passa a reinar em seu lugar, tomando todas as decisões do império, desde o aumento de impostos, passando também pelas celebrações de paz e guerra com nações europeias. Sua posição de destaque começa a ser colocada em perigo quando surge uma nova empregada no palácio chamada Abigail (Emma Stone). Bonita e ambiciosa, começa a flertar com a Rainha, tentando seduzi-la. A partir daí começam todas as intrigas palacianas, bem típicas desse tipo de filme de época.

O roteiro explora bem o abismo que pode surgir em determinadas monarquias quando as pessoas erradas acabam subindo ao trono. O diretor Yorgos Lanthimos se destaca por não ter construído um filme de visual clássico. Ao invés disso propõe grandes planos panorâmicos, tentando aproveitar todo o rico cenário onde a história de passa. Isso é interessante por dar um grau de profundidade ao espectador, mas também distorce as imagens em alguns momentos, causando um certo desconforto visual. Outro aspecto cinematográfico digno de nota é que o diretor muitas vezes flerta com o absurdo, seja mostrando certas danças esquisitas, seja em diálogos que vão quase ao nonsense. No final somos apresentados a um filme muito interessante, embora não historicamente tão correto. É um dos mais lembrados para o próximo Oscar. Será que as previsões vão se confirmar? Veremos nas próximas semanas.

A Favorita (The Favourite, Inglaterra, Estados Unidos, Irlanda, 2018) Direção: Yorgos Lanthimos / Roteiro: Deborah Davis, Tony McNamara / Elenco: Olivia Colman, Emma Stone, Rachel Weisz, James Smith / Sinopse: Duas mulheres, a nobre Lady Sarah (Rachel Weisz) e a empregada do palácio Abigail (Emma Stone), disputam a atenção da lésbica Rainha Anne (Olivia Colman). Poder e ambição se juntam na privacidade do trono inglês. Filme premiado pelo Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Olivia Colman).

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de agosto de 2018

Histórias Cruzadas

Filme muito bom que é baseado em uma história real. Antes de ir para o cinema deu origem a um best-seller nos Estados Unidos. A história se passa nos anos 1960. Uma jovem recém formada decide escrever um livro contando o cotidiano das empregadas domésticas negras do sul. Como se sabe os estados sulistas dos Estados Unidos sempre foram associados a uma sociedade extremamente racista. Basta lembrar da guerra civil para entender bem isso. Assim Skeeter (Emma Stone) começa a acompanhar as experiências de vida da empregada doméstica Aibileen (Viola Davis). É justamente nas pequenas coisas diárias que ela espera encontrar a verdadeira face daquela sociedade.

E o que ela encontra? O racismo mais disfarçado, um misto de preconceito racial com preconceito social. Relegadas a baixos salários e longas jornadas de trabalho, as empregadas domésticas negras eram mesmo consideradas seres humanos de segunda categoria. O filme porém procura não criar um estilo de panfleto social, indo mais nas sutilezas, sem exagerar na dose. Em termos de elenco, onde predominam elas, as mulheres, temos excelentes atuações. Passando pela jovem e bem intencionada personagem interpretada por Emma Stone e passando pela integridade moral e experiência de vida da Aibileen de Viola Davis. Um filme muito bom mesmo, com excelente reconstituição de época, tudo valorizado pelo roteiro socialmente consciente. Uma boa oportunidade para os americanos se olharem no espelho.

Histórias Cruzadas (The Help, EUA, 2011) Direção: Tate Taylor / Roteiro: Tate Taylor, baseado na obra de Kathryn Stockett / Elenco: Emma Stone, Viola Davis, Octavia Spencer, Bryce Dallas Howard, Mike Vogel, Allison Janney / Sinopse: Durante a década de 60 a jovem Skeeter (Emma Stone), uma recém formada que tem planos de ser tornar escritora, decide escrever um livro retratando o cotidiano das empregadas domésticas negras do sul dos EUA. Em busca de material para seu texto ela consegue o apoio de Aibileen (Viola Davis), governanta de um amigo. Através dela Skeeter começa a ouvir também outras empregadas domésticas de sua cidade, dando forma ao seu livro que acabaria revelando um lado nada lisonjeiro das relações patroas e empregadas no sul racista americano

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de março de 2017

La La Land - Cantando Estações

Título no Brasil: La La Land - Cantando Estações
Título Original: La La Land
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Damien Chazelle
Roteiro: Damien Chazelle
Elenco: Ryan Gosling, Emma Stone, J.K. Simmons, Rosemarie DeWitt, Terry Walters, Jessica Rothe
  
Sinopse:   
Mia (Emma Stone) é uma aspirante à atriz em Los Angeles. Enquanto ela não consegue trabalho na profissão que sempre sonhou ela vai se virando, trabalhando como garçonete em uma lanchonete dentro dos estúdios Warner. Sua vida não anda nada fácil, porém tudo muda quando ela conhece Sebastian (Ryan Gosling), um músico fracassado, que tem sonhos em abrir um clube de jazz na cidade.

Comentários:
Por dois minutos "La La Land" foi o melhor filme do ano de 2016, até que descobriram que o envelope da premiação havia sido trocado... Um mico histórico do Oscar! Embora não tenha levado o prêmio máximo da noite, o filme acabou vencendo em seis outras categorias (melhor atriz para Emma Stone, direção, música original, fotografia, canção original e design de produção). A intenção do diretor Damien Chazelle se torna clara desde a primeira cena, no tráfego de Los Angeles, quando os motoristas descem de seus carros e começam a cantar! É obviamente um musical à moda antiga, que tenta homenagear os grandes musicais do passado, como àqueles da Metro que se tornaram imortais. Será que algo assim, do passado clássico de Hollywood, poderia ainda funcionar nos dias de hoje? Bom, certamente não funcionará para todos, porém quem tiver um pouco de boa vontade certamente vai gostar bastante. Para isso porém é importante ter dois pré-requisitos: ser romântico e gostar de musicais! Se não for o seu caso é melhor nem entrar no cinema, pois "La La Land" certamente não foi feito para você! De minha parte, como sempre preenchi esses requisitos, acabei gostando bastante. 

Em certos momentos pensei estar assistindo a algum filme com Doris Day ou até mesmo Fred Astaire (embora no quesito dança e coreografia o filme não seja grande coisa!). O roteiro é simples, bem básico, mostrando o romance entre uma atriz que não consegue passar em nenhum teste de audição e um músico de jazz frustrado porque percebe que o ritmo musical que sempre amou está morrendo a cada dia. Como músico porém ele não consegue também ter sucesso tocando aquilo que ama, tendo que participar de bandas baratas que procuram apenas o sucesso comercial. De maneira em geral "La La Land" agrada bastante, principalmente por sua opção em ser um filme radiante, bem colorido, optando pela alegria e diversão, acima de tudo. O roteiro também homenageia os antigos clássicos do cinema, como "Juventude Transviada" com James Dean, em cenas rodadas no mesmo local onde o filme foi originalmente feito. Enfim, um musical com pinceladas dos bons tempos da sétima arte. Especialmente indicado para nostálgicos, românticos e amantes do cinema. Se não for o seu caso, melhor esquecer.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O Homem Irracional

"Quando eu era jovem queria mudar o mundo. Hoje cheguei na conclusão de que tudo o que eu consegui me tornar foi em um intelectual passivo e broxa!" - Assim, com esse pensamento demolidor, o professor de filosofia Abe Luccas (Joaquin Phoenix) se auto define nesse novo filme do cineasta Woody Allen. Esse "O Homem Irracional" assim começa muito bem. Há um protagonista interessante, um professor fracassado, depressivo, que procura por um sentido maior em sua vida. Pena que depois de pouco tempo desse começo promissor o roteiro se perca, tentando ser pop e comercial demais - um problema que que tem se repetido nos filmes mais recentes de Allen. O diretor parece ter optado por fazer um filme de humor negro sobre um assassino improvável, que só desejava mesmo encontrar um sentido na sua vida, mesmo que usando dos meios mais absurdos e irracionais. Para trazer essa dose de cianureto para cada momento, Allen usa e abusa de uma narração em off, que vai explicando aos poucos as motivações e pensamentos do casal protagonista. Ele, um professor com problemas pessoais que toma uma atitude extremista e ela uma aluna apaixonada platonicamente pelo professor que ela considera o mais inteligente, o mais interessante e o mais cativante homem que ela já conheceu na sua vida. No fundo não passando de uma garota inteligente, mas boba, ela vai se envolvendo em uma situação limite.

Fazendo uma comparação rápida com os antigos filmes do diretor, principalmente os que ele dirigiu nas décadas de 70 e 80, ficamos com aquela sensação incômoda que Allen escolheu o caminho mais fácil. Ao invés de investir em excelentes diálogos, na conturbada vida pessoal de seu protagonista, tirando dramas existenciais de sua vida, o diretor preferiu investir em uma trama com um assassinato meio bobo, explicações pouco convincentes e um final de comédia da Sessão da Tarde. É uma pena que ao fazer tantas concessões comerciais Allen tenha perdido a chance de dirigir mais uma pequena obra prima em sua rica filmografia.

O Homem Irracional (Irrational Man, Estados Unidos, 2015) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Joaquin Phoenix, Emma Stone, Parker Posey / Sinopse: Professor universitário em crise encontra um novo sentido na vida ao planejar o assassinato de um juiz. Ele quer sentir o gosto e as experiências de matar um ser humano, enquanto se envolve com uma aluna e outra professora da universidade onde começa a trabalhar. Filme indicado ao prêmio da Alliance of Women Film Journalists e ao Jupiter Award na categoria Melhor Atriz (Emma Stone).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Histórias Cruzadas

Durante a década de 60 a jovem Skeeter (Emma Stone), uma recém formada que tem planos de ser tornar escritora, decide escrever um livro retratando o cotidiano das empregadas domésticas negras do sul dos EUA. Em busca de material para seu texto ela consegue o apoio de Aibileen (Viola Davis), governanta de um amigo. Através dela Skeeter começa a ouvir também outras empregadas domésticas de sua cidade, dando forma ao seu livro que acabaria revelando um lado nada lisonjeiro das relações patroas e empregadas no sul racista americano. Em um ano relativamente fraco de bons filmes "Histórias Cruzadas" se tornou uma tábua de salvação. Além de roteiro socialmente consciente fez uma ótima bilheteria nos cinemas mostrando que ainda existe público para filmes que toquem em assuntos relevantes, com roteiros bem escritos e atuações inspiradas. A produção é de muito bom gosto, com ótima reconstituição de época. No elenco nenhuma estrela, o que é um alivio pois se alguma atriz de maior nome estivesse envolvida no meio certamente o filme deixaria a temática importante de lado para super promover ela, como sempre acontece aliás. É um filme baseado em ótimos diálogos e boas interpretações como bem demonstra os vários prêmios que recebeu, entre eles o Oscar e o BAFTA de Melhor Atriz Coadjuvante para Octavia Spencer e os Globos de Ouro de Melhor Elenco, Melhor Atriz (Viola Davis) e Melhor Atriz Coadjuvante (mais um prêmio nessa categoria para Octavia Spencer).

Emma Stone, que nunca fez nada de muito importante (só uma listinha de filmes tolinhos e esquecíveis), mostra muito talento e desenvoltura interpretando a aspirante á escritora que ousou contar em pleno sul racista dos EUA as histórias das empregadas domésticas negras da região. Toda a hipocrisia, a falta de caráter, o racismo e a ignorância de uma sociedade que ficava chocada ao saber que uma empregada negra usava o mesmo banheiro das madames brancas. De certa forma a produção demonstra que a questão racial ainda está presente dentro da sociedade americana, principalmente em cidades sulistas onde essa questão ainda não parece ter sido totalmente superada. Enfim, ótimo trabalho assinado pelo jovem diretor Tate Taylor que mostra muita segurança e bom gosto nessa história tocante.

Histórias Cruzadas (The Help, EUA, 2011) Direção: Tate Taylor / Roteiro: Tate Taylor, baseado na obra de Kathryn Stockett / Elenco: Emma Stone, Viola Davis, Octavia Spencer, Bryce Dallas Howard, Mike Vogel, Allison Janney / Sinopse: Durante a década de 60 a jovem Skeeter (Emma Stone), uma recém formada que tem planos de ser tornar escritora, decide escrever um livro retratando o cotidiano das empregadas domésticas negras do sul dos EUA. Em busca de material para seu texto ela consegue o apoio de Aibileen (Viola Davis), governanta de um amigo. Através dela Skeeter começa a ouvir também outras empregadas domésticas de sua cidade, dando forma ao seu livro que acabaria revelando um lado nada lisonjeiro das relações patroas e empregadas no sul racista americano

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Birdman

Título no Brasil: Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
Título Original: Birdman
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Alejandro González Iñárritu
Roteiro: Alejandro González Iñárritu, Nicolás Giacobone
Elenco: Michael Keaton, Edward Norton, Zach Galifianakis, Emma Stone, Naomi Watts, Amy Ryan
  
Sinopse:
Riggan (Michael Keaton) é um velho ator que no passado fez muito sucesso com a adaptação de um personagem em quadrinhos chamado Birdman no cinema. Agora, decadente e sem propostas, ele decide arriscar seus últimos recursos para montar uma peça dramática na Broadway em Nova Iorque. Com uma produção complicada, repleta de atores temperamentais e com problemas de relacionamento, aliado a uma crítica abertamente hostil ao seu trabalho, Riggan precisa vencer nos palcos para continuar vivo e isso não apenas do ponto de vista profissional. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Michael Keaton) e Melhor Roteiro. Indicado a onze Oscars, inclusive nas categorias de Melhor Filme, Roteiro, Fotografia, Ator (Michael Keaton), Ator Coadjuvante (Edward Norton) e Atriz Coadjuvante (Emma Stone). Filme vencedor do Oscar 2015 nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção (Alejandro González Iñarritu), Melhor Roteiro Original (Alejandro G. Iñarritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris, Jr. e Armando Bo) e Melhor Direção de Fotografia (Emmanuel Lubezki).

Comentários:
A grande quantidade de indicações e prêmios ao redor do mundo é plenamente justificada. "Birdman" é de fato um grande filme. Inicialmente você fica meio surpreso como a forma em que tudo se desenvolve. Temos esse ator de meia idade, já decadente, jogando suas últimas fichas em uma peça teatral a ser encenada na Broadway. Sua última ambição é ser levado à sério, algo complicado já que as pessoas não conseguem dissociar sua imagem de um filme de sucesso do passado onde ele interpretou um personagem de quadrinhos chamado "Birdman". Após aqueles anos iniciais gloriosos a idade finalmente chegou, os convites de Hollywood sumiram e tudo o que sobrou foi uma velha celebridade deprimida, angustiada, com problemas emocionais e crises psicológicas. Tentar algo no teatro e logo no berço sagrado da Broadway se revela realmente algo muito ambicioso e para muitos pretensioso demais. Para piorar os bastidores da peça são completamente caóticos. Há problemas em arranjar dinheiro, os atores são pessoas emocionalmente instáveis e uma arrogante crítica da cidade acha um absurdo e um disparate um ator de cinema, vindo de adaptações de quadrinhos de Hollywood, ter a petulância de tentar vencer nos mesmos palcos que um dia viram desfilar alguns dos maiores talentos dramáticos dos Estados Unidos. 

Eu apreciei cada momento desse roteiro. Ele é muito bem escrito e tenta desvendar a alma desse personagem cativante, um velho ator, que sabe que o tempo passou e ele ficou para trás. O paralelo que se cria com a própria carreira de Michael Keaton se torna muito forte, até porque ele também se notabilizou por interpretar um herói de quadrinhos no cinema, o Batman. É certamente de se louvar a coragem de Keaton em encarar esse tipo de papel de frente, de peito aberto e sem receios. Tenho certeza que no mundo dos egos inflados da indústria cinematográfica americana poucos se arriscariam a viver tal personagem. O interessante é que seu papel também me lembrou muito de outros astros que tiveram uma existência profissional marcada por um personagem forte demais que jamais o abandonaram, por mais talentosos que fossem, como Christopher Reeve, por exemplo. Edward Norton, mais uma vez, também se destaca, principalmente ao dar vida a esse atorzinho cretino que está mais interessado em sair com as mulheres que encontra pela frente do que com o sucesso efetivo da peça. Outra coisa que me deixou realmente gratificado foi acompanhar a linha narrativa, ora em uma visão objetiva do que se passa, ora de forma subjetiva, nos fazendo entrar na mente do personagem de Keaton, ouvindo o que ele ouve, vendo suas alucinações e sentindo suas emoções. Uma grande aula de cinema que também presta uma bela homenagem ao mundo do teatro. Um filme realmente completo, sob todos os pontos de vista. Obra prima.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Magia ao Luar

Título no Brasil: Magia ao Luar
Título Original: Magic in the Moonlight
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Colin Firth, Emma Stone, Marcia Gay Harden, Eileen Atkins
  
Sinopse:
Stanley (Colin Firth) é um mágico inglês que ganha a vida interpretando um mago oriental nos palcos do mundo. Procurado por um amigo, ele é convidado a desmascarar uma suposta charlatã chamada Sophie (Emma Stone). Usando de seus supostos poderes mediúnicos ela acabou encantando uma família de ricaços americanos que vivem no Sul da França. Stanley porém está determinado a revelar todos os seus truques. O que ele não esperava era se apaixonar por ela após a conhecer melhor. Filme indicado ao Lumiere Awards.

Comentários:
Esperava bem menos desse novo filme de Woody Allen. A produção nem foi tão badalada ou comentada entre os cinéfilos, passando até despercebida por muita gente boa. A verdade porém é que consegue ser tão boa quanto seus filmes mais celebrados. O enredo é simples e ao mesmo tempo cativante. Um romance ao velho estilo, passado nos anos 1920, onde a máxima de que os opostos se atraem funciona novamente. Eu sinceramente aprecio muito esse tipo de enredo mais lírico e sentimental. Coisas de um romântico incurável que não está disposto a ceder seu modo de ser ao mundo cínico em que vivemos. Stanley é um ateu, cético e materialista que não acredita em um mundo espiritual. Para ele apenas o que vemos de fato existe. Por essa razão Sophie (Stone) é logo encarada como uma impostora que vive de enganar ricos fingindo ser uma garota com poderes especiais, como o de entrar em contato com pessoas mortas. Para Stanley (Firth) tudo não passaria de um golpe grotesco. Ele já havia desmascarado inúmeros falsos médiuns ao longo de sua carreira no passado e Sophie parece apenas ser mais uma de sua lista. O problema é que ela realmente parece ter uma espiritualidade realmente especial, praticamente desconcertante. Da admiração para o amor é apenas um passo. A própria Sophie parece, com seus atos, desacreditar as posições de Stanley. Ela é cortejada por um ricaço, mas acaba gostando mesmo do mágico que está ali para desmascará-la, provando mais uma vez que o amor verdadeiro não se compra e nem se vende. Afinal de contas o que o dinheiro tem a ver com a verdadeira paixão e romance? Nada, e essa é uma verdade universal. Com bonita produção e fotografia, além da bela história de amor, "Magic in the Moonlight" é desde já um dos mais carismáticos filmes da carreira do genial Woody Allen. Coisa fina.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O Espetacular Homem-Aranha 2

Título no Brasil: O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro
Título Original: The Amazing Spider-Man 2
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Enterprises, Columbia Pictures
Direção: Marc Webb
Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Jamie Foxx, Paul Giamatti, Sally Field, Dane DeHaan

Sinopse:
O jovem Peter Parker (Andrew Garfield) se forma no colegial. Ele pretende agora seguir em frente com seu relacionamento com Gwen Stacy (Emma Stone) mas ela está planejando ir estudar e trabalhar na distante Inglaterra. Para complicar ainda mais sua vida, surgem dois novos vilões no horizonte, Electro (Jamie Foxx), um ser que se alimenta de energia elétrica e Green Goblin (Dane DeHaan), na verdade um antigo amigo de Parker, agora enlouquecido por uma estranha doença genética.

Comentários:
Ao custo de 200 milhões de dólares chegou finalmente nas salas de cinema do mundo inteiro essa sequência da nova franquia The Amazing Spider-Man. Falando francamente esperava bem mais, não apenas por ter gostado do primeiro filme, mas também pela tradição de que continuações pares sempre são as melhores no cinema americano. As expectativas porém não foram plenamente satisfeitas. Há claras mudanças na tônica de desenvolvimento do filme em relação ao primeiro. Se fosse resumir diria que esse é bem mais infanto-juvenil, mais fiel aos antigos desenhos animados dos anos 80. Sai a tentativa de humanizar mais o herói e entra uma infinidade de piadinhas e gracinhas ditas por ele nos momentos mais inusitados. Assim, enquanto salva um ônibus cheio de cidadãos inocentes o Homem-Aranha não perde a chance e  aproveita para fazer graça. Tudo bem que essa é uma característica do próprio personagem dos quadrinhos mas aqui exageraram um pouco na dose. Os vilões também são pouco desenvolvidos. Max Dillon (Jamie Foxx), um tímido funcionário do poderoso grupo Osborn, sofre um acidente com enguias e vira o Electro! O problema é que ele era fã do Homem-Aranha antes de sofrer a terrível mutação e depois começa a odiar o herói, sem um motivo convincente. E assim segue, com um roteiro não muito inovador e sem maiores surpresas. Nem a morte de uma personagem central parece animar o resultado final. Diria que é uma diversão apenas regular no saldo geral, e nada excepcional.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Zumbilândia

Título no Brasil: Zumbilândia
Título Original: Zombieland
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Relativity Media
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick
Elenco: Jesse Eisenberg, Emma Stone, Woody Harrelson

Sinopse:
Um estudante tímido tenta atravessar o país, para chegar em Ohio, onde pretende reencontrar sua família. Seus planos vão por água abaixo quando ele descobre uma nação inteiramente dominada por zumbis. Para conseguir sobreviver - e chegar em seu destino - ele resolve se unir a um sujeito casca grossa, armado até os dentes e a uma garota. Juntos tentarão sobreviver a praga de mortos-vivos que se alastra pela América. 

Comentários:
Definitivamente não é algo para ser levado à sério. Na verdade é praticamente uma sátira aos filmes de zumbis, que temos que reconhecer, estão completamente esgotados e saturados. Assim o filme brinca o tempo todo com todos aqueles clichês que conhecemos tão bem de filmes sobre mortos-vivos. Nem mesmo o gênio George Romero escapa da gozação completa. Agora, tirando um pouco o humor de lado também sobram algumas cenas bem divertidas (e sangrentas, obviamente). O trio central (formado pelos atores Jesse Eisenberg, Emma Stone e Woody Harrelson) está particularmente inspirado em cena e não esconde que na verdade estão se divertindo demais com o filme, que não deixa de ser uma grande brincadeira e curtição com o gênero terror. Assim "Zumbilândia" nem é tão inovador como parece mas pelo menos diverte horrores quem o assiste. É aquele tipo de produção feita especialmente para rir com muita pipoca e refrigerante ao lado dos amigos, principalmente se você for fã de fitas de terror. 

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Os Croods

Título no Brasil: Os Croods
Título Original: The Croods
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks 
Direção: Kirk De Micco, Chris Sanders
Roteiro: Chris Sanders, Kirk De Micco
Elenco: Nicolas Cage, Ryan Reynolds, Emma Stone

Sinopse: 
A animação mostra as aventuras dos Croods. Inicialmente uma família das cavernas que pouco sai da segurança de seu lar mas que precisa migrar após presenciar todo o mundo ao redor passando por mudanças de clima, tempo e natureza. Isso acaba indo contra tudo o que o pai acredita. Já para a filha adolescente Eep isso é simplesmente o que ela mais queria que acontecesse. Numa noite, após se aventurar sem permissão do pai pela noite ela acaba conhecendo um jovem rapaz que traz em mãos algo que ela nunca viu em sua vida, o fogo! Ele será essencial para espantar as feras, tornando segura a grande jornada que todos irão enfrentar em busca de novos horizontes, um novo mundo a se descobrir.

Comentários:
Bem, não é de hoje que o mundo pré-histórico vira bom material para a animação. Basta lembrar dos Flintstones de Hanna-Barbera nos anos 60 para entender isso. Agora a DreamWorks resolveu apostar numa fórmula parecida, trazendo os Croods para as telas de cinema. É uma família de homens das cavernas, bem rudes e com receio de tudo. O patriarca, Grug, defende que o medo e a cautela formam o segredo para continuarem vivos, enquanto todos os demais foram mortos de um jeito ou outro. Por isso adota um estilo de vida que não ousa, que não admite maiores aventuras e isso obviamente acaba contrariando sua filha adolescente, Eep, que deseja sair pelo mundo, conhecendo novos lugares e novas pessoas. No fundo ela é a personagem principal pois reflete em seu jeito de ser a maneira de toda adolescente sob a face da Terra - quem tem parentes nessa faixa etária entenderá bem isso. Uma das coisas que mais me chamaram atenção aqui foi a mudança de cenário do primeiro para o segundo ato. No começo os Croods vivem amedrontados dentro de uma caverna poeirenta no meio do deserto, onde tudo é medo e o cinza predomina. Depois que se aventuram lá fora descobrem um mundo colorido, cheio de animais exóticos. Aliás esses são um show á parte pois o conceito desses bichos me chamou bem a atenção já que os animadores deram mesmo asas às suas imaginações. As criaturas são coloridas, diferentes e bem originais. De certa maneira traz até mesmo um visual pra lá de psicodélico, quem diria! Na dublagem dois nomes se destacam, Nicolas Cage e Emma Stone! Estão muito bem, por isso prefira assistir cópias legendadas. No geral é isso, boa animação da Dreamworks que muito provavelmente virará uma nova franquia. Que venham os novos filmes então!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Espetacular Homem-Aranha

Cultura pop por excelência o personagem Homem-Aranha ressurge nas telas em uma nova franquia com tudo renovado. Para quem não sabe toda a equipe técnica que realizou (muito bem por sinal) os filmes da trilogia anterior foi substituída. Sam Raimi, Tobey Maguire, todos foram embora. Um novo roteiro foi escrito - igualmente mostrando as origens dos personagens - e a Sony resolveu recomeçar praticamente do zero. Ao custo milionário de 230 milhões de dólares o novo Spiderman finalmente ganhou as telas do mundo todo. Muita gente torceu o nariz pois a trilogia original ainda era muito recente. Como vivemos em um mundo em alta velocidade, onde a força do capital fala mais alto, os executivos do estúdio nem pensaram duas vezes antes de aprovar essa que promete ser a nova franquia do cabeça de teia. A boa notícia é que O Espetacular Homem-Aranha é realmente muito bom, muito divertido e vai agradar aos espectadores (talvez apenas os mais xiitas e ranzinzas não curtirão). Como se trata de um filme de "origens" tudo recomeça. Pater Parker (Andrew Garfield, com cara de adolescente mesmo) é um jovem estudante que durante uma visita a um centro de pesquisas de um grupo industrial acaba sendo picado por uma aranha modificada geneticamente. A fusão de seu DNA com a do inseto acaba criando diversas modificações na vida do rapaz: ele fica bem mais forte, ágil, e consegue até mesmo subir paredes e prédios altos. Uma verdadeira simbiose entre um homem e uma aranha!

O sucesso do Spiderman não é complicado de entender. Stan Lee, que nunca foi bobo nem nada, criou um personagem que iria criar uma forte identificação com seu público alvo. Peter Parker era um estudante comum de High School, sem grana, passando por dificuldades na escola, sendo alvo de bullying e apaixonado pela garota mais bonita e popular do colégio. Ela obviamente não lhe dá a mínima bola. Agora responda rápido: existe algum jovem no mundo que não iria se identificar com uma estória dessas? Não me admira em nada que a mitologia do Aranha nunca  tenha perdido sua força, sempre conseguindo se comunicar com as novas gerações, mesmo após tantos anos de sua criação. Essa nova releitura nos cinemas tem tudo para agradar aos fãs. A estória continua irresistível, o casal central de atores é bem carismático e o elenco de apoio é da melhor qualidade. O vilão também é outro ponto positivo. O Dr. Curt Connors (Rhys Ifans) é a própria personificação do cientista que não consegue mais separar sua vida pessoal de suas pesquisas. O Lagarto feito digitalmente é convincente e bem elaborado. Em suma, O Espetacular Homem-Aranha certamente vai agradar aos garotos e aos marmanjos que adoravam as aventuras dos personagens dos gibis quando eram guris. Não deixe de assistir.

O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man,  Estados Unidos, 2012) Direção: Marc Webb / Roteiro: Alvin Sargent, James Vanderbilt, Steve Kloves / Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Martin Sheen, Sally Field, C. Thomas Howell, Embeth Davidtz, Chris Zylka, Denis Leary, Campbell Scott, Irrfan Khan, Kelsey Chow, Stan Lee / Sinopse: Peter Parker (Andrew Garfield) é um jovem estudante que é picado por uma aranha e se torna um super-herói com poderes especiais. Agora terá que enfrentar um monstro que aterroriza a cidade.

Pablo Aluísio.