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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Napoleão

Napoleão
Quem foi Napoleão Bonaparte? Eu tenho muitas reservas em relação a essa figura histórica de Napoleão. Em meu ponto de vista ele foi um hipócrita e um oportunista. O oportunismo veio em um momento de indefinição da Revolução Francesa. Ele se aproveitou desse momento de incerteza para dar um golpe militar na França, usando de sua liderança militar para tomar completamente o poder para si, tudo feito através da força, das armas. Também foi um hipócrita porque resolveu continuar com o discurso da Revolução, embora tenha na prática jogado no lixo todos os seus valores e ideais. Inclusive queria fundar sua própria monarquia, passando o seu poder imperial para seus descendentes. E pensar que a Revolução Francesa lutava justamente contra isso tudo, contra esse sistema e esse regime de governo, de exercício de poder. 

Pois bem, quando esse filme foi anunciado tive a certeza que o projeto estava em boas mãos. Não havia cineasta melhor para dirigir essa história do que Ridley Scott. Considero ele um dos cinco maiores diretores vivos do cinema americano. Quando o filme chegou aos cinemas houve uma série de críticas negativas. E o público não pareceu gostar muito. Bom, eu gostei muito do filme! Não nego que haja imprecisões históricas, algumas até bem grosseiras, mas nada disso desmerece o trabalho de Ridley Scott. 

Na realidade me deparei com um filme que tem ótima fluência em sua narrativa. Conseguiu destacar pontos da vida pessoal de Napoleão enquanto mostrava momentos de algumas de suas grandes conquistas no campo de batalha. Claro que muitos momentos importantes não estão no filme, mas aqui considero uma crítica injusta. Nenhum filme feito até hoje conseguiu capturar tudo na vida dessa figura histórica. É improvável que isso um dia venha a acontecer. A dica que deixo é a literatura. Aí sim você encontrará livros completos sobre a vida do imperador francês, livros com mais de mil páginas. Assim se você quiser a experiência completa, onde não falte nada em sua trajetória, vá até uma biblioteca, pois não será no cinema que encontrará tudo. 

E dentro das limitações de se contar a história de uma vida em pouco mais de duas horas de cinema, o filme se saiu muito bem. Gostei da maneira como Ridley Scott mostrou as batalhas e principalmente em como dirigiu o ator Joaquin Phoenix, afinal ele é conhecido por trazer aspectos de sua própria personalidade ao interpretar seus personagens no cinema. Seria um tipo de "ator autoral". Nesse filme não iria dar certo. Ele até tem momentos em que derrapa nesse aspecto, mas no plano geral está contido, graças à direção firme de Ridley Scott. Ponto positivo na composição do protagonista. Mostrou o bom trabalho na direção do elenco por parte do cineasta. 

Então é isso. Um filme que gostei muito, trazendo a história desse carniceiro que tentou ser aceito pela nobreza que dizia querer destruir em nome de valores de uma Revolução que ele na realidade não seguia. Napoleão era apenas um usurpador sem nobreza que queria ser um tipo de novo nobre europeu. Adorava o requinte das grandes monarquias europeias e de certa maneira queria apenas ser aceito por elas! Nesse jogo de ego supremo acabou levando milhões à morte. O filme assim é preciso em mostrar toda a sua hipocrisia e fome de poder. Um excelente trabalho a mais na rica filmografia de Ridley Scott que merece todos os meus aplausos. 

Napoleão (Napoleon, Estados Unidos, 2023) Direção: Ridley Scott / Roteiro: David Scarpa / Elenco: Joaquin Phoenix, Vanessa Kirby, Tahar Rahim, Rupert Everett / Sinopse: O filme conta a história do imperador francês Napoleão Bonaparte. Após dar um golpe militar em seu país, ele assume todo o poder e joga a França em uma infinidade de batalhas por todo o continente, lutando ferozmente contra praticamente todas as monarquias e coroas da Europa. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Era Uma Vez em Nova York

Esse filme conta a história de uma imigrante polonesa que chega em Nova Iorque no começo do século 20. Ela e a irmã logo encontram problemas com os agentes da imigração. A irmã é diagnosticada com tuberculose, afastada e levada para uma instituição de tratamento. E ela fica praticamente sozinha na grande cidade americana, em que ela não conhece ninguém. Nesse momento de grande agonia, surge um sujeito que diz que vai lhe ajudar. Esse personagem, interpretado pelo ator Joaquin Phoenix, parece ser uma pessoa amigável, só que na realidade esconde falsas intenções. Trata-se de um cafetão, sempre em busca de beldades que chegam aos Estados Unidos sem trabalho e sem condições financeiras. Um lobo em pele de cordeiro. E assim, logo a jovem garota se vê envolvida no grande esquema de prostituição na cidade de Nova Iorque. 

Temos aqui um filme interessante, mas ao mesmo tempo com problemas de roteiro. Eu percebi claramente que nesse filme não há um cuidado maior em desenvolver psicologicamente melhor alguns personagens. O cafetão de Phoenix, por exemplo, tem um antagonista. Um sujeito com viés artístico interpretado por Jeremy Renner. É um mágico de espeluncas. Só que em termos de personalidade, ele nunca é muito bem trabalhado. O próprio personagem do explorador de mulheres não tem muita o que dizer. Ora, ele age como um sujeito bom, um ser humano decente. Ora, ele age como um crápula. Agora, o maior problema desse filme é realmente a atriz Marion Cotillard que interpreta a imigrante Ewa Cybulska, que inclusive dá nome ao título original do filme. Ela não emociona e surge pouco carismática. Com isso o espectador aos poucos vai perdendo o interesse no que se passa na tela.

Era Uma Vez em Nova York (The Immigrant, Estados Unidos, 2013) Direção: James Gray / Roteiro: James Gray, Ric Menello / Elenco: Marion Cotillard, Joaquin Phoenix, Jeremy Renner / Sinopse: Através de uma personagem de ficção, o roteiro desse filme procura trazer um painel amplo e geral da vida de uma imigrante polonesa no começo do século 20, nos Estados Unidos. Chegando na América sem recursos, ela logo cai numa rede de exploração sexual de jovens mulheres.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Cinema News - Edição XI

Sylvester Stallone será chefão mafioso em sua primeira série! - A Paramount publicou a primeira foto de Sylvester Stallone como mafioso na nova série que o astro de Hollywood vai estrelar. É a primeira série da carreira do ator, ídolo do cinema desde os anos 70. No roteiro Stallone vai interpretar o chefão mafioso de Nova Iorque Dwight "The General" Manfredi. Um criminoso que acaba indo parar atrás das grades por seus crimes.

Depois que sai da prisão procura recomeçar em outra cidade, em Tulsa, Oklahoma, com seus familiares. Na nova residência ele começa a reorganizar sua quadrilha de mafiosos, lutando pelo poder no mundo do crime naquela região. Ele quer construir um novo império do crime.

Um dos produtores definiu a história da nova série como  "uma visão emocionante de um homem que prioriza a lealdade e a família acima de tudo, e agora está fazendo um balanço de sua vida, lutando com as escolhas que o trouxeram para Tulsa.". O roteiro está sendo escrito pelo criador da série Yellowstone, Taylor Sheridan. Sem dúvida promete, principalmente para os fãs do ator. 

Warner anuncia The Batman 2 - Será o segundo filme de uma nova trilogia sobre o personagem - A Warner ficou bem satisfeita com o resultado comercial e artístico do novo filme do Batman. Até o momento o filme já faturou 750 milhões de dólares nas bilheterias. Diante disso resolveu anunciar essa semana o começo dos trabalhos para "The Batman 2", a sequência do filme estrelado por Robert Pattinson. O estúdio foi mais longe e deixou claro que esse será o segundo filme de uma nova trilogia com o mesmo ator interpretando Bruce Wayne / Batman e com direção do mesmo cineasta Matt Reeves.

Rumores em Hollywood dão conta que a Warner tenta convencer o ator Joaquin Phoenix a voltar a interpretar o vilão Coringa nesse novo filme, só que Phoenix ainda não teria dado uma resposta. Na verdade ele tinha planos de voltar sim ao personagem, mas em um filme próprio, como sequência do primeiro filme "Coringa" e não como uma continuação de "The Batman". Com isso as cartas ainda estão sobre a mesa, sem uma definição concreta.

Para Robert Pattinson a confirmação de "The Batman 2" caiu como uma luva. Ele queria mesmo voltar a interpretar Bruce Wayne e Batman depois da boa recepção do primeiro filme. Só falta acertar o cachê para o novo filme, uma vez que um novo contrato precisa ser assinado, uma vez que o ator só havia sido contratado para o primeiro filme. Sobre isso o próprio Pattinson avisou que não haverá maiores problemas. Ele declarou: "Esse será o menor dos problemas da Warner na produção desse segundo filme".

Continuação de "Top Gun - Ases Indomáveis" está pronta para ser lançada nos cinemas!
- Depois de vários problemas enfrentados na produção e pós produção da sequência de "Top Gun", finalmente o filme esta pronto! Após as filmagens houve problemas na edição do filme. O próprio Tom Cruise teria recusado uma primeira montagem do filme e solicitou ao estúdio que novos editores fossem contratados. Com isso o filme foi praticamente remodelado nas salas de edição. O ator queria mais energia, edição mais ágil nas cenas de ação.

A pandemia também atrapalhou muito o filme que deveria ter sido lançado no ano passado segundo a cronologia oficial. Não houve como fazer seu lançamento com a maioria das salas de cinema fechadas por causa da pandemia. Com isso o estúdio precisou arcar com novos prejuízos. Filmes milionários prontos e não lançados dão muito prejuízo pois os custos não são recuperados a curto prazo como tem que ser.

Outro problema envolveu o astro Tom Cruise. Ele anda bastante preocupado com o fato de que "Top Gun: Maverick" vai chegar aos cinemas em data próxima para o seu próximo filme "Mission: Impossible - Dead Reckoning - Part One", o sétimo filme da franquia "Missão Impossível". O ator resumiu a questão dizendo: "Não é bom que dois filmes milionários como esses cheguem próximos aos cinemas. Um pode prejudicar o outro, mas enfim... são coisas que não podemos controlar". O filme tem previsão para chegar aos cinemas brasileiros em 26 de maio de 2022.

Marvel prepara lançamento do novo filme do Dr. Estranho no Brasil
- O filme "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" está programado para chegar nos cinemas brasileiros no próximo dia 6 de maio de 2022. O filme, segundo o diretor Sam Raimi, vai ser o mais louco, insano e ousado filme da Marvel lançado até agora! O cineasta diz que a Marvel lhe deu carta branca, liberdade total para elaborar esse novo filme e que ele não deixou por menos, deu asas sem limites para sua imaginação.

E Sam Raimi sabe do que diz. Ele foi o diretor de filmes incrivelmente inovadores no passado como "A Morte do Demônio" (filme de baixo custo que causou sensação em seu lançamento original) e "Uma Noite Alucinante 2" (uma sequência do primeiro filme com mais dinheiro e ousadia simbólica). Em termos de super-heróis e adaptações em quadrinhos ele sabe muito bem o que faz. Dirigiu a primeira trilogia do Homem-Aranha nos cinemas (de 2002 a 2007) e também adaptou para o cinema um personagem secundário em "Darkman - Vingança sem Rosto".

Sobre o novo filme Raimi explica: "Esse personagem da Marvel, o Doutor Estranho, é o mais interessante de todos porque ele lida com o mundo da magia, do sobrenatural, das dimensões paralelas. O céu é o limite quando se dirige um filme com esse tipo de personagem. Eu espero que o público fique assustado e ao mesmo tempo maravilhado com o que vai ver nesse novo filme. É um novo patamar dentro do universo da Marvel". Vamos então aguardar para ver como será esse novo filme.

Novo filme de James Bond terá russos como vilões máximos.
Putin será retratado como um assassino de nações! - A MGM prepara o roteiro do novo filme de James Bond. Ainda não se sabe muito sobre as novidades do próximo filme de 007, mas já se dá como certo o vilão do novo filme, nada menos do que o presidente da Rússia Putin. Ele será retratado no filme como um psicótico, um assassino de massas, um psicopata com alto poder de destruição. Algo não muito distante do que já sabe sobre o líder russo.

E qual ator será escolhido para ser o novo James Bond? Esse é o maior problema do novo filme. A produtora ainda procura por um nome ideal, uma escolha que tem se revelada complicada. Um dos produtores do novo filme declarou: Ainda vai levar um tempo. É uma decisão grande a se tomar. Não é só sobre escalar um papel, mas sobre repensar o caminho para onde estamos indo com os filmes".

De qualquer forma ter russos como vilões das histórias de James Bond não deixa de ser uma volta ao passado, às origens do famoso agente inglês. Em sua origem, nos primeiros livros e filmes, James Bond enfrentava justamente os russos. Era a guerra fria e a antiga União Soviética era a grande vilã do mundo civilizado. Agora as coisas, pelo visto, voltaram ao modo que sempre foram.

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de março de 2022

Irmão Urso

Título no Brasil: Irmão Urso
Título Original: Brother Bear
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: Aaron Blaise, Robert Walker
Roteiro: Tab Murphy
Elenco: Joaquin Phoenix, Jeremy Suarez, Rick Moranis

Sinopse:
Um caçador mata um urso. Ele alega acidente, mas para provar de seu próprio erro ele retorna como um urso para aprender as lições de preservação da natureza.

Comentários:
É uma animação tradicional com a marca da Walt Disney. Então os pais não precisam se preocupar nem com o roteiro amigável à família e nem tampouco com a qualidade técnica do desenho. Nem preciso dizer que o padrão de qualidade da Disney sempre foi, desde sua fundação, um dos melhores do mundo (isso, claro, se não for o melhor mesmo!). Para cinéfilos em geral vale a curiosidade de ouvir a voz de Joaquin Phoenix (sim, ele é o narrador da estorinha), naquele que acredito ser seu único trabalho para o público infantil. No mais indico esse "Irmão urso" para as crianças bem pequenas, abaixo dos 7 anos de idade. As lições de ecologia também são muito bem-vindas para os pequeninos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Contos Proibidos do Marquês de Sade

Seu nome deu origem ao termo "Sadismo" (Prática sexual que consiste em obter prazer com a dor e o sofrimento de outra pessoa; prazer experimentado com o sofrimento alheio; crueldade extrema) Como se pode perceber o famoso (ou seria infame?) Marquês de Sade entrou para a história. Obviamente ele se tornou um personagem histórico entrando pelas portas dos fundos mas mesmo assim não é de se ignorar sua fama. O filme começa mostrando o outrora vaidoso nobre em seus últimos dias, completamente insano (provavelmente por ter contraído sífilis) e em duelo com um médico da instituição onde está internado. Assim como Casanova, o decadente marquês se notabilizou por tentar difundir na Europa uma nova forma de se praticar e obter prazer com o sexo. Geralmente misturando violência, tortura e sexo, o famigerado Sade acabou colecionando inúmeros inimigos em sua vida. Seus últimos dias foram completamente inglórios.

O maior destaque desse "Contos Proibidos do Marquês de Sade" é o ator australiano Geoffrey Rush. Ele está perfeito no papel, embora como é de se esperar de um personagem morto há tantos anos, não haja fontes seguras sobre como era ou como agia o verdadeiro Sade. Tudo o que Rush teve acesso foram os próprios escritos deixados pelo personagem. A partir deles ele então começou a construir o seu perfil. O trabalho é realmente primoroso e merece todos os elogios. Sua companheira de cena também está muito bem. Kate Winslet interpreta Madeleine 'Maddy' LeClerc e sempre que surge em cena impressiona o espectador. Como se isso fosse pouco o filme ainda apresenta um excelente elenco de apoio com nomes como Joaquin Phoenix e Michael Caine. O filme foi recebido com certas reservas mas atribuo isso ao conteúdo do material, afinal Sade não foi bem visto nem quando era vivo e nem muito menos agora, morto e retratado nessa produção. Mesmo assim esse é um filme que merece ser visto pois de fato é um ótimo retrato desse personagem realmente controverso da história.

Contos Proibidos do Marquês de Sade (Quills, Estados Unidos, 2000) Direção: Philip Kaufman / Roteiro: Doug Wright / Elenco: Geoffrey Rush, Kate Winslet, Joaquin Phoenix / Sinopse: Cinebiografia de Donatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740 — Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814), nobre europeu que ganhou notoriedade por causa de sua vida escandalosa e de seus livros considerados obscenos para a época em que viveu.

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Um Sonho sem Limites

Título no Brasil: Um Sonho sem Limites
Título Original: To Die For
Ano de Produção:1995
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Columbia Pictures,
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Buck Henry
Elenco: Nicole Kidman, Matt Dillon, Joaquin Phoenix, Casey Affleck, Illeana Douglas, Alison Folland

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Joyce Maynard, o filme "Um Sonho sem Limites" conta a história de Suzanne Stone (Nicole Kidman), uma jovem jornalista que está disposta a tudo, tudo mesmo, para subir na carreira. E isso inclui usar de violência e crime para deixar de ser apenas a "garota do tempo" no telejornal local.

Comentários:
Esse foi um dos primeiros filmes de destaque na carreira de uma ainda bem jovem Nicole Kidman. Ela interpretou essa mocinha que, muito ambiciosa, acabava entrando por caminhos perigosos. É um roteiro que procura criticar a ambição sem freios de certas pessoas, principalmente se forem jovens e psicopatas demais para medir bem as consequências de seus atos. Além da Nicole Kidman que, nem preciso dizer, estava linda no filme, ainda havia um elenco de jovens atores que iriam se tornar grandes nomes em Hollywood nos anos que viriam. Entre eles Casey Affleck, que seria premiado com o Oscar por "Manchester à Beira-Mar" e, é claro, Joaquin Phoenix. Ainda bem jovem nessa produção, com longos cabelos pretos e lisos, quase irreconhecível para quem o conhece nos dias de hoje.  Naquela época ninguém poderia prever que no futuro ele seria indicado quatro vezes ao Oscar de melhor ator, sendo premiado finalmente por seu trabalho magistral de atuação em "Coringa". E ter Gus Van Sant na direção só melhorou ainda mais o que já era bom. Enfim, óitmo elenco com direção inspirada. Alguém pediria por algo a mais?

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de novembro de 2020

Hotel Ruanda

Título no Brasil: Hotel Ruanda
Título Original: Hotel Rwanda
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Terry George
Roteiro: Keir Pearson, Terry George
Elenco: Don Cheadle, Nick Nolte, Joaquin Phoenix, Sophie Okonedo, Fana Mokoena, Hakeem Kae-Kazim

Sinopse:
Com roteiro baseado em fatos reais, o filme "Hotel Ruanda" conta a história de Paul Rusesabagina (Don Cheadle), o gerente de um hotel na capital de Ruanda, uma país africano. Quando a guerra civil começa e um verdadeiro genocídio se alastra pelas ruas de sua cidade, ele tenta de todas as formas manter a salvo sua família, os empregados e os hóspedes no hotel onde trabalha.  Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Don Cheadle), melhor atriz coadjuvante (Sophie Okonedo) e melhor roteiro original.

Comentários:
Houve um genocídio em Ruanda. Naquela nação africana havia basicamente duas etnias, os Hutus e os Tutsis. Uma odiava a outra. Quando o presidente foi assassinado, uma grande explosão de insanidade e violência explodiu por todo o país. Os Hutus começaram uma limpeza étnica, matando a facões os membros da etnia Tutsi. Um crime contra a humanidade. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas foram mortas. Esse filme mostra tudo sob  a ótica de um gerente de hotel que tenta sobreviver no meio daquele banho de sangue. A sua situação é bem delicada, porque embora ele seja um Hutu, é casado com uma Tustsi. Além da história ser muito relevante do ponto de vista histórico, esse filme ainda apresenta um ótimo elenco de apoio, com destaque para Nick Nolte como um coronal da ONU, que tenta proteger os estrangeiros hospedados naquele hotel e Joaquin Phoenix como um jornalista, um correspondente de guerra, que consegue filmar as pessoas sendo mortas no meio da rua. Quando a civilidade acaba, começa a reinar a barbárie. E tudo isso, claro, sem deixar de destacar o ótimo trabalho do ator Don Cheadle. Enfim, um filme que também serve como um alerta. O ódio quando explode costuma destruir nações inteiras, desencadeando tudo em atos de isanidade e violência brutal.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Globo de Ouro 2020

Tradicionalmente se diz que o Globo de Ouro é a prévia do Oscar. Bom, se isso se confirmar esse ano teremos algumas surpresas na premiação da Academia. Isso porque o filme vencedor da noite, na principal categoria de Melhor Filme - Drama, foi "1917" de Sam Mendes. Levou também o cobiçado prêmio de Melhor Direção. Quem estava esperando por isso? Praticamente ninguém. Até porque o filme nem havia estreado nos Estados Unidos ainda. Todos estavam esperando pela consagração de "O Irlandês", mas o filme de Scorsese decepcionou completamente na noite. Em termos de Globo de Ouro todo o seu elenco e equipe ficaram a ver navios. Robert De Niro ficou visivelmente aborrecido com isso tudo. O que não causou surpresa nenhuma (e assim espero que seja repetido no Oscar) foi a premiação de Joaquin Phoenix por "Coringa". Merecido demais. Mesmo competindo com outros gênios da atuação (Jonathan Pryce, por "Dois Papas" era o segundo mais cotado), não houve como deixar de premia-lo. Ele está excepcional no filme inspirado no vilão da DC Comics. Aliás que não façam uma continuação porque com um filme como esse não há a menor necessidade. É uma obra-prima cinematográfica.

Na categoria ator coadjuvante (que estava mais acirrada do que a de ator principal) o premiado foi Brad Pitt por "Era uma Vez em… Hollywood". Não era o meu preferido, mas não fiquei chateado por sua premiação. Ele está de fato muito bem no filme de Tarantino. Pelo visto dar uma surra em Bruce Lee foi um negócio e tanto para ele. O ator, que só havia sido premiado antes por "Doze Macacos" ficou claramente tocado pela premiação. Até se viu pedindo desculpas aos demais concorrentes que ele chamou de "Deuses da atuação". O bom e velho Pitt merece, tenho que dizer.

E por falar em Quentin Tarantino ele levou prêmios importantes na noite. O Globo de Ouro de Melhor Roteiro prova mais uma vez que o diretor é mesmo o rei das referências da cultura pop. Seu filme aliás é mais um exemplo disso. Só achei que deixaram de dizer algumas palavras em memória da atriz Sharon Tate. Ela não foi lembrada nos discursos e nem nas entrevistas. Furo complicado de entender. Russell Crowe foi premiado por "The Loudest Voice", porém ele não compareceu na cerimônia. O ator está na Austrália, tentando ajudar no desastre natural que se abate sobre seu país. Mandou um texto de conscientização sobre as mudanças climáticas globais. Foi algo bem conveniente.

Em termos de atrizes também surgiram surpresas.  Renée Zellweger venceu por "Judy – Muito Além do Arco-Íris". É uma espécie de retorno após uma fase muito ruim na carreira e na vida pessoal. Achei sua aparência bem melhor. Ela passou por uma série de cirurgias de reconstrução de seu antigo rosto e os resultados ficaram bons. Não é a mesma loirinha do passado, mas pelo menos agora podemos reconhecer ela de novo! Laura Dern foi também premiada como atriz coadjuvante por "História de um Casamento". Ela interpretou a advogada da esposa no filme. Essa produção também derrapou feio na premiação. E era o segundo filme favorito da noite, ao lado de Scorsese. Por fim tivemos homenagens a Tom Hanks (um sujeito muito bacana, com uma filmografia espetacular) e Ellen DeGeneres (que sempre considerei muito forçada e sem graça). Assim tivemos uma noite de erros e acertos. Nada muito diferente do que acontece também no Oscar.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Coringa

"Coringa" é um excelente filme! Poucas vezes um personagem de quadrinhos teve um tratamento tão perfeito em termos de desenvolvimento psicológico como o que vemos aqui nessa produção. O espectador inclusive vai se pegar torcendo para um dos vilões mais conhecidos da cultura pop. E isso é fruto da forma como sua história é tecida na tela. Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) é um pobre coitado. Ele tem problemas mentais, uma mãe doente em seu pequeno apartamento e todos os dias sai em busca de sua sobrevivência. E como ela é penosa. Trabalhando como palhaço no meio da rua acaba apanhando de um grupo de jovens delinquentes. Pior do que isso, além de ser muito mal pago ainda é alvo de todos os tipos de humilhações possíveis. Tem alma de artista, mas não tem talento para ser comediante de palco, como tanto sonha. Sua única apresentação é melancólica, depressiva e vira alvo de piadas de um apresentador de TV sem caráter (em mais um ótimo desempenho de Robert De Niro).

Enquanto consegue manter sua medicação Arthur consegue manter, a duras penas, um pé na sanidade. Quando o serviço social de que participa é fechado por corte de custos, Arthur fica sem remédios e ao "Deus dará". A partir desse ponto ele deixa cada vez mais de ser o sofrido Arthur para virar o Coringa, um palhaço criminoso que mata com um riso constrangido no rosto. O filme nesse ponto se torna dramaticamente muito rico, pois ao mesmo tempo que ficamos chocados com os crimes do "Joker", também sentimos uma compaixão pela situação que ele vive. E o curioso é que o roteiro também tem um toque de luta de classes. A família Wayne é retratada como parte de uma elite corrupta, sem sentimentos, mais preocupada em manter o fosso que a separa de uma cidade cheia de pobres e almas desesperadas. Esse aspecto do argumento vai tocar fundo em muitas pessoas - principalmente naquelas que cultivam um viés político mais à esquerda. Embora ele seja uma pessoa apolítica, seu ponto de vista com uma visão negativa do mundo é a que prevalece no filme.

O elenco está excepcional. Desnecessário elogiar a atuação de Joaquin Phoenix, Ele está estupendo! Coloca inclusive o veterano Robert De Niro no bolso e ainda dá troco. A alma de Heath Ledger (que Deus o tenha em boa mãos) que me perdoe, mas ele foi superado nesse papel. Seu Coringa era excepcional, mas ainda era um coadjuvante em um filme de Batman. Aqui temos o palco inteiro para o vilão da DC Comics brilhar. E com um background de história pessoal tão rico fica mesmo complicado superar. Não é de hoje que elogio Phoenix, mas nesse filme ele não apenas superou todos os demais, ele superou a si mesmo. E isso definitivamente não é pouca coisa. Deixo meus aplausos para ele nesse trabalho memorável. Que o Oscar lhe faça justiça na próxima premiação. Torcerei por ele por uma questão de pura justiça e merecimento.

Coringa (Joker, Estados Unidos, Canadá, 2019) Direção: Todd Phillips / Roteiro: Todd Phillips, Scott Silver / Elenco: Joaquin Phoenix, Robert De Niro, Zazie Beetz / Sinopse: Arthur Fleck (Phoenix) vive um dia de cada vez. Ele mora com a mãe em um pequeno apartamento de Gotham City, uma cidade repleta de sujeira, crimes e violência. Fleck também precisa controlar sua doença mental, mas a cada dia isso vai se tornando cada vez mais complicado. A insanidade sempre parece estar batendo sua porta. E nessas ocasiões o Joker pode entrar em sua vida de uma vez por todas.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Johnny & June

Título no Brasil: Johnny & June
Título Original: Walk the Line
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James Mangold
Roteiro: James Mangold
Elenco: Joaquin Phoenix, Reese Witherspoon, Ginnifer Goodwin, Robert Patrick, Dallas Roberts 
  
Sinopse:
O filme é baseado em duas biografias, ambas escritas por Johnny Cash, chamadas "Man in Black" e "Cash: The Autobiography". Cash foi um cantor americano muito famoso que surgiu na mesma leva de artistas dos quais também fez parte Elvis Presley e Jerry Lee Lewis. Todos eles foram descobertos por Sam Phillips, o dono de uma pequena gravadora em Memphis chamada Sun Records. O roteiro assim narra a vida profissional de Cash, aliado a sua vida amorosa ao lado da mulher de sua vida, a também cantora June (interpretada pela atriz Reese Witherspoon). Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz (Reese Witherspoon).

Comentários:
Um bom filme que procura narrar a vida conturbada de Johnny Cash. Nos Estados Unidos ele foi um ídolo, principalmente por ter adotado uma postura mais country, apesar de suas origens roqueiras. A vida de Cash foi assustadoramente parecida com a de outros artistas que surgiram junto com ele, no mesmo período histórico, como por exemplo, Elvis Presley. Ambos vieram de origens humildes, foram descobertos pelo mesmo produtor (Sam Phillips da Sun Records) e depois escalaram os degraus da fama e do sucesso. Também caíram na tentação das drogas e pagaram um alto preço pelo vício. O único diferencial foi que Cash conseguiu sobreviver ao mundo das drogas, mas Elvis não. A duras penas Cash deu a volta por cima, muito em razão do amor que sentia por sua esposa June. Assim resolveu contar sua luta em livros bem interessantes que acabaram dando origem a esse filme. Joaquin Phoenix está muito bem como Cash, tanto nos momentos mais dramáticos como nas cenas de concertos e apresentações (o que não deixa de ser uma surpresa). O roteiro também se beneficia da própria vida de Cash, que certamente foi muito rica e interessante. Um drama romântico musical que merece ser conhecido pelo público em geral.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Você Nunca Esteve Aqui

Não adianta esperar que o ator  Joaquin Phoenix venha a interpretar uma pessoa normal. Isso está fora de seus planos há anos. Assim quando o vejo na lista de qualquer elenco já espero de antemão que venha personagens bizarros e estranhos pela frente. É justamente o que ocorre nesse seu novo filme. Phoenix interpreta um sujeito bem esquisito. Com barba messiânica, ao estilo profeta do velho testamento, ele mora com a mãe idosa em um pequeno apartamento. Vida dura. Aos poucos descobrimos que ele faz pequenos "serviços" para sobreviver. Entenda-se serviços sujos no submundo. Também fica claro desde o começo que ele tem muitos problemas psicológicos. Na verdade é um suicida em potencial. Seu novo serviço consiste em localizar uma garota menor de idade que está em um prostíbulo frequentado por pedófilos. Mais barra pesada impossível.

O sujeito não usa armas, para isso prefere martelos, daqueles de construção civil. Um único golpe na cabeça de seu opositor já resolve a questão. Claro que nas brigas ele também acaba se ferindo, mas isso não é problema. Ele consegue arrancar seus dentes quebrados com um alicate! Com a boca cheia de sangue dá um sorriso psicótico. Pois bem, o que parecia ser mais um servicinho sujo acaba trilhando outros caminhos. Figurões políticos pedófilos estão no meio de seu caminho e até mesmo os tiras parecem encobrir os crimes desses figurões. Perceba que a imagem de políticos em geral não é péssima apenas no Brasil, mas no mundo todo. Aqui eles são retratados como vermes imundos. O filme é pesado, sombrio e não abre margem para muitos clichês desse tipo de produção. Não é um filme de ação, está mais para drama existencial com cenas brutais. Se for o que estiver procurando é uma das melhores opções de Menu à disposição.

Você Nunca Esteve Aqui (You Were Never Really Here, Estados Unidos, 2017) Direção: Lynne Ramsay / Roteiro: Lynne Ramsay, baseado no romance escrito por Jonathan Ames / Elenco: Joaquin Phoenix, Judith Roberts, Ekaterina Samsonov / Sinopse: Veterano na guerra do Afeganistão, Joe (Phoenix) ganha a vida agora fazendo pequenos e grandes serviços sujos. Um sujeito brutal que usa martelos de construção civil para esmagar os crânios daqueles que ficam em seu caminho. Agora ele é contratado para localizar uma garota menor de idade que está semi escravizada em um prostíbulo para pedófilos. Entre os envolvidos estão figurões do mundo político, entre eles o próprio governador do estado. Filme premiado no Cannes Film Festival nas categorias de Melhor Ator (Phoenix) e Melhor Roteiro.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de abril de 2018

Maria Madalena

Esse filme entrou em cartaz nos cinemas brasileiros durante essa Páscoa. É uma boa oportunidade para conferir a história de Maria Madalena sob sua ótica pessoal. Figura bastante importante no Novo Testamento, aqui os roteiristas tomaram uma série de liberdades com sua vida. Muitas das coisas que o espectador verá na tela não estão relatadas nos evangelhos. Isso porém não atrapalha em nada o resultado final, que achei muito bom e satisfatório. Maria (Rooney Mara) é uma jovem judia do século I que vive às margens do Mar da Galileia. Ela mora em Magdala (daí seu sobrenome usado nos evangelhos). Vivendo da pesca ela resiste á pressão familiar para se casar com um homem conhecido como Efrain. Isso leva seu pai a entender que ela estaria possuída por demônios. Essa situação conflituosa a leva a conhecer um jovem judeu que prega pelas estradas da Galileia. Ele é Jesus de Nazaré (interpretado por Joaquin Phoenix).

Depois desse primeiro encontro ela passa a seguir as pregações de seu mestre, se tornando uma das mais devotadas seguidoras de sua palavra. O filme assim vai mostrando as passagens mais importantes da vida de Jesus. Seus milagres, as curas, a viagem até Jerusalém, sua entrada na cidade, a revolta contra os vendilhões do templo, sua prisão, crucificação e ressurreição. Maria Madalena está sempre presente nesses momentos cruciais (algo de acordo com as escrituras). Ela foi de fato uma testemunha ocular de tudo o que aconteceu. Sua figura histórica aliás sempre foi alvo de controvérsias. Em determinado momento intérpretes da Bíblia a qualificaram como uma prostituta que Jesus trouxe de volta à Luz. Isso porém nunca é dito diretamente pela Bíblia. Hoje em dia a Igreja recuperou sua imagem, pois afinal ela foi a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado, em toda a sua glória. Por fim algo importante que salvou o filme do sensacionalismo. Os roteiristas não caíram na armadilha de colocar Maria Madalena como esposa de Jesus, algo que não tem base bíblica nenhuma, uma invenção  baseada em boatos e livros pseudo históricos. Assim preservou o legado mais importante dela, sua fé e fidelidade à mensagem do Messias.

Maria Madalena (Mary Magdalene, Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, 2018) Direção: Garth Davis / Roteiro: Helen Edmundson, Philippa Goslett / Elenco: Rooney Mara, Joaquin Phoenix, Chiwetel Ejiofor / Sinopse: Maria (Rooney Mara) vive na Galileia do século I. Um região pobre, de pescadores, sob dominação do Império Romano. Sua vida muda completamente quando ela conhece Jesus (Phoenix), um pregador que traz uma nova mensagem de paz e amor ao próximo. Roteiro baseado em parte no Novo Testamento.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de abril de 2017

8mm - Oito Milímetros

Título no Brasil: 8mm - Oito Milímetros
Título Original: 8MM
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Andrew Kevin Walker
Elenco: Nicolas Cage, Joaquin Phoenix, James Gandolfini
  
Sinopse:
O detetive particular Tom Welles (Nicolas Cage) é contratado por uma rica senhora, agora viúva, que descobriu um material perturbador no cofre do marido falecido. É um filme e ao que tudo indica ele traz cenas reais de um assassinato. Ela quer descobrir a origem e a veracidade das filmagens. Cabe a Welles agora investigar, indo para o submundo da pornografia e criminalidade da cidade. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.

Comentários:
O cineasta Joel Schumacher sempre foi conhecido pela irregularidade em sua filmografia. Ele tanto conseguiu dirigir bons filmes, como verdadeiras bombas ao longo de sua carreira. Esse aqui fica no meio termo. Na verdade pode-se considerar até um bom filme, principalmente por explorar um tema bem complicado, o submundo dos chamados "snuff films", filmes trazendo imagens reais de crimes como assassinatos, estupros, etc. Algo direcionado mais para um público bem doentio. Ao ser contratado por uma viúva rica ele cai fundo no pior submundo de Los Angeles e lá descobre todos os tipos de perversões e taras sexuais. Além do bom roteiro outro aspecto que chama a atenção nessa produção é o elenco de apoio. Não é para menos, temos aqui um ótimo Joaquin Phoenix, em um papel bem estranho e fora dos padrões e James Gandolfini, da série de sucesso "Família Soprano" como um sujeito bem desprezível. Em suma, " 8mm - Oito Milímetros" é um bizarro passeio pelo submundo da alma humana, algo que acaba destruindo até mesmo a vida familiar e profissional do detetive, protagonista da fita. Entre os vários filmes de Joel Schumacher esse é certamente um dos que valem a pena ser conhecidos, embora não seja indicado para pessoas de estômagos fracos.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de março de 2017

Pela Vida de um Amigo

Título no Brasil: Pela Vida de um Amigo
Título Original: Return to Paradise
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Filmed Entertainment
Direção: Joseph Ruben
Roteiro: Pierre Jolivet, Olivier Schatzky
Elenco: Vince Vaughn, Anne Heche, Joaquin Phoenix, Vera Farmiga, Jada Pinkett Smith, David Conrad
  
Sinopse:
Lewis McBride (Joaquin Phoenix) é um americano que após passar férias na Malásia, acaba sendo acusado de tráfico de drogas. Preso e julgado, ele é condenado à morte em oito dias. Sua única saída é contar com o apoio de amigos que estavam com ele na ocasião e que poderiam assumir também suas culpas pelas drogas apreendidas, só que isso vai parecendo cada dia mais improvável. Filme indicado ao Csapnivalo Awards nas categorias de Melhor Atriz (Anne Heche) e Melhor Ator (Joaquin Phoenix).

Comentários:
Traficar drogas ou pelo menos levar algum tipo de droga em suas malas para certos países do mundo pode ser uma péssima ideia. É justamente isso que o roteiro desse filme explora, a prisão e condenação à morte de um americano em um país da Ásia, a Malásia. Em lugares como esse não existe escapatória - a morte, caso seja preso, é praticamente certa! Recentemente inclusive tivemos vários casos de jovens brasileiros que foram pegos justamente nessa situação, tentando entrar em países da Ásia - como as Filipinas - carregando drogas em suas bagagens. Há uma brasileira atualmente no corredor da morte por lá e outro brasileiro foi executado há mais ou menos dois anos. Dessa forma o tema do roteiro, apesar dos anos passados, tem se mostrado bem atual. É um filme com uma história triste. Um americano condenado à morte, precisando da ajuda de "amigos" (entre aspas mesmo), para que eles assumam parte da culpa, evitando assim que ele seja morto por enforcamento - um método pouco humanitário de ser executado na pena capital. O filme de uma forma em geral é bom, valorizado por esse interessante elenco, onde todos os atores ainda estavam na fase inicial da carreira. Um bando de gente talentosa que iria trilhar caminhos diferentes na carreira, mas que aqui, unidos, acabaram fazendo um belo trabalho de atuação. Por essas e outros recomendo bastante essa fita bem acima da média, capaz de mostrar o realismo brutal de uma condenação à morte, algo que é raramente mostrado pelo cinema americano.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O Homem Irracional

"Quando eu era jovem queria mudar o mundo. Hoje cheguei na conclusão de que tudo o que eu consegui me tornar foi em um intelectual passivo e broxa!" - Assim, com esse pensamento demolidor, o professor de filosofia Abe Luccas (Joaquin Phoenix) se auto define nesse novo filme do cineasta Woody Allen. Esse "O Homem Irracional" assim começa muito bem. Há um protagonista interessante, um professor fracassado, depressivo, que procura por um sentido maior em sua vida. Pena que depois de pouco tempo desse começo promissor o roteiro se perca, tentando ser pop e comercial demais - um problema que que tem se repetido nos filmes mais recentes de Allen. O diretor parece ter optado por fazer um filme de humor negro sobre um assassino improvável, que só desejava mesmo encontrar um sentido na sua vida, mesmo que usando dos meios mais absurdos e irracionais. Para trazer essa dose de cianureto para cada momento, Allen usa e abusa de uma narração em off, que vai explicando aos poucos as motivações e pensamentos do casal protagonista. Ele, um professor com problemas pessoais que toma uma atitude extremista e ela uma aluna apaixonada platonicamente pelo professor que ela considera o mais inteligente, o mais interessante e o mais cativante homem que ela já conheceu na sua vida. No fundo não passando de uma garota inteligente, mas boba, ela vai se envolvendo em uma situação limite.

Fazendo uma comparação rápida com os antigos filmes do diretor, principalmente os que ele dirigiu nas décadas de 70 e 80, ficamos com aquela sensação incômoda que Allen escolheu o caminho mais fácil. Ao invés de investir em excelentes diálogos, na conturbada vida pessoal de seu protagonista, tirando dramas existenciais de sua vida, o diretor preferiu investir em uma trama com um assassinato meio bobo, explicações pouco convincentes e um final de comédia da Sessão da Tarde. É uma pena que ao fazer tantas concessões comerciais Allen tenha perdido a chance de dirigir mais uma pequena obra prima em sua rica filmografia.

O Homem Irracional (Irrational Man, Estados Unidos, 2015) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Joaquin Phoenix, Emma Stone, Parker Posey / Sinopse: Professor universitário em crise encontra um novo sentido na vida ao planejar o assassinato de um juiz. Ele quer sentir o gosto e as experiências de matar um ser humano, enquanto se envolve com uma aluna e outra professora da universidade onde começa a trabalhar. Filme indicado ao prêmio da Alliance of Women Film Journalists e ao Jupiter Award na categoria Melhor Atriz (Emma Stone).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Círculo de Paixões

Título no Brasil: Círculo de Paixões
Título Original: Inventing the Abbotts
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Pat O'Connor
Roteiro: Sue Miller, Ken Hixon
Elenco: Liv Tyler, Jennifer Connelly, Joaquin Phoenix, Kathy Baker, Billy Crudup, Will Patton
  
Sinopse:
Durante a década de 1950 dois irmãos da classe trabalhadora, Doug Holt (Joaquin Phoenix) e Jacey Holt (Billy Crudup), acabam se interessando pelas filhas da rica e aristocrata família Abbott. O preconceito social e as barreiras que separam a realidade de todos aqueles jovens acabam se tornando um empencilho para que as verdadeiras paixões entre eles se concretizem. Filme inspirado em fatos reais.

Comentários:
Qualquer filme passado nos anos 50 me interessa. Sempre gostei da cultura (em especial da música e do cinema) daquele período. Esse filme lançado no final dos anos 90 procurava resgatar os costumes, as modas e a maneira como os jovens se relacionavam naquela época bem moralista e conservadora. O roteiro é muito bom, nostálgico e romântico na medida certa, sem porém fugir do realismo. Em termos de reconstituição histórica também não há o que reclamar. Já para o cinéfilo em geral o grande destaque vai mesmo para o elenco formado por atores jovens e talentosos. É interessante notar que todos eles iriam se tornar bem famosos nos anos seguintes. Jennifer Connelly foi certamente uma das adolescentes mais bonitas do mundo. Ela tinha um rosto angelical e aqui representava praticamente seu primeiro papel adulto, fugindo do estigma de ter sido a garotinha do filme "Labirinto". Embora hoje em dia ela seja uma mulher ainda muito interessante, pode-se dizer que em termos puramente estéticos, relacionados à sua beleza, ela perdeu um pouco de seu charme natural. Ficou, diria, mais "masculinizada" com os anos, com músculos e uma expressão facial mais forte e menos feminina. Já Liv Tyler tentava se tornar uma estrela de primeira grandeza em Hollywood quando esse filme foi lançado. Na realidade ela nunca viria a ser uma, porém naqueles distantes anos 90 já havia se tornado uma popular atriz teen, dessas que estavam em todas as capas de revistas para adolescentes. Por fim Joaquin Phoenix, também bem jovem e com cabelo cheio de brilhantina, procurava escapar dando uma de galãzinho. Obviamente que sua carreira não iria seguir por esse caminho. Phoenix sempre se deu muito melhor com tipos estranhos, até bizarros. Então é isso, se você tiver interesse em conhecer todos esses atores e atrizes atuando em suas juventudes, "Inventing the Abbotts" é certamente uma boa opção.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Brigada 49

Título no Brasil: Brigada 49
Título Original: Ladder 49
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jay Russell
Roteiro: Lewis Colick
Elenco: Joaquin Phoenix, John Travolta, Jacinda Barrett
  
Sinopse:
Jack Morrison (Phoenix) é um jovem bombeiro que precisa lidar com a sua conturbada vida pessoal, pois é casado com uma mulher problemática, e sua nova profissão, salvando vidas em situações excepcionalmente perigosas. Sob a supervisão do Capitão Mike Kennedy (Travolta) ele precisa colocar tudo em sua vida nos eixos. Filme indicado ao BMI Film & TV Awards.

Comentários:
Assisti ainda nos tempos do VHS. A recordação, embora um pouco apagada pelo tempo, é a de que gostei do filme. Essa produção foi realizada três anos após os atentados de 11 de setembro quando os bombeiros ganharam definitivamente a pecha de heróis. Eles obviamente já eram vistos assim pela sociedade, mas depois daquele trágico ataque terrorista ficaram ainda mais consagrados dentro do imaginário popular. O filme também faz parte de uma boa fase nas carreiras tanto de Travolta como de Phoenix. O primeiro ainda não tinha engordado e perdido de certo modo o prazer pelo cinema (a morte de um de seus filhos parece ter sido devastador nesse aspecto). O outro ainda era uma grata revelação do cinema americano (e de fato Phoenix se tornaria no mínimo um dos atores mais interessantes nos anos que viriam). O roteiro explora tanto o aspecto pessoal de seus personagens (suas vidas pessoais, relacionamentos, etc) como cenas de ação explorando o combate a incêndios e tragédias. Bem balanceado, é realmente um bom programa para uma tarde sem nada melhor para ver. Recomendaria sem receios, até porque os bombeiros merecem sempre a homenagem, principalmente partindo de bons filmes como esse. Confira se por acaso ainda não assistiu. Vai valer a pena.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Ela

Título no Brasil: Ela
Título Original: Her
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix, Amy Adams, Scarlett Johansson

Sinopse:
Theodore (Joaquin Phoenix) tem um emprego chato, uma vida amorosa praticamente inexistente e um cotidiano muito enfadonho. Sua existência aborrecida acaba ganhando um novo colorido quando ele adquire um programa de computador com inteligência artificial que se relaciona com ele, dividindo as experiências de vida e lhe dando conselhos pessoais. Não demora muito e Theo acaba se apaixonando por seu próprio sistema operacional! Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Roteiro Original (Spike Jonze).

Comentários:
Spike Jonze não é um cineasta comum. Ele nunca procura o convencional ou o lugar comum, pelo contrário, para Jonze o que importa mesmo é o estranho, o incomum e até mesmo o bizarro. Foi assim na maioria de suas obras como por exemplo "Quero Ser John Malkovich" (1999) ou o mais que estranho "Adaptação" (2002). Assim não é nenhuma novidade que Spike Jonze tenha escolhido como tema para esse seu novo filme um absurdo relacionamento amoroso envolvendo um homem solitário e seu... sistema operacional. Ok, em tempos onde a tecnologia invade todos os aspectos da vida pessoal de cada usuário era de se supor que algo assim seria explorado mais cedo ou mais tarde pelo cinema. O curioso é que Jonze consegue não apenas contar sua estória de forma muito inteligente, como também cria uma insuspeita identidade com o espectador, que de repente se vê bem próximo das situações mostradas na tela, para seu próprio espanto. Obviamente que para contar um enredo desses seria necessário ter um grande ator em cena, até porque ele praticamente contracenaria sozinho durante a maioria das cenas. Joaquin Phoenix se mostra em todos os momentos ser a escolha ideal. Ele, que já é conhecido por ser um cara bem estranho em sua vida pessoal, se entregou completamente ao personagem, trazendo uma carga de veracidade ímpar para o filme. Em tempos de tanta tecnologia ao nosso redor, o romance mostrado aqui nem aparenta ser tão surreal, para surpresa geral de quem o assistir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Amantes

Esse é um filme sobre sentimentos. Logo na primeira cena Leonard Kraditor (Joaquin Phoenix) caminha por um píer de Nova Iorque. Tempo gelado. Sem pensar duas vezes ele se joga na água congelantes do oceano. Seria trágico se não fosse patético. Essa é mais uma de muitas tentativas de suicídio em sua vida. Tudo por causa de mais uma desilusão amorosa. Depois de dois anos de noivado a mulher que ele achava ser a ideal para sua vida simplesmente resolveu ir embora, o deixando completamente devastado. Leonard vive com os pais, trabalha na pequena loja de seu pai e não vê muitos motivos para seguir em frente com sua vida. Isso dura até conhecer a vizinha de prédio, a bela e atraente Michelle Rausch (Gwyneth Paltrow), uma garota dos sonhos. Mesmo machucado, Leonard resolve investir no seu novo interesse romântico, mas ela já tem um complicado relacionamento com um homem casado, com filhos, numa situação nada resolvida. Para piorar ainda mais sua vida sentimental seus pais querem que ele se acerte com Sandra (Vinessa Shaw) que parece ser uma boa pretendente para acabar com sua solteirice persistente e duradoura.

Bom filme. O diretor James Gray tenta contar um enredo envolvendo um triângulo amoroso dos mais improváveis. Todos os personagens apresentam algum tipo de problema emocional. Leonard foi diagnosticado como bipolar alguns anos atrás. Por essa razão ele não consegue lidar muito bem com perdas. Michelle vem de uma família com problemas mentais e não consegue se acertar na vida. Sandra mais parece uma solteirona desesperada para se casar com alguém, seja ele quem for. Ela tem vários problemas de auto estima o que trava sua vida amorosa. Como se vê os protagonistas passam longe da imagem de figuras românticas idealizadas, princesas e príncipes montados em cavalos brancos. Ao invés disso são pessoas comuns, tentando levar a vida, mesmo com vários obstáculos pelo meio do caminho. Gosto muito do estilo de interpretação de Joaquin Phoenix. Ele sempre parece perfeito para personagens limítrofes, esquisitões. Até hoje não sei se ele é assim mesmo na vida real ou se é algum tipo de fórmula que ele sempre usa para dar veracidade em seus trabalhos. Provavelmente seja o primeiro caso, quem sabe... De qualquer maneira funciona muito bem. Já Gwyneth Paltrow sempre surge muito elegante e sofisticada, mesmo quando seus papéis são de garotas à beira de um surto psicótico. Em suma, temos aqui um bom filme, ideal para assistir a dois.

Amantes (Two Lovers, EUA, 2008) Direção: James Gray / Roteiro: James Gray, Ric Menello / Elenco: Joaquin Phoenix, Gwyneth Paltrow, Isabella Rossellini, Vinessa Shaw, Samantha Ivers / Sinopse: Leonard (Phoenix) vê uma oportunidade de se recuperar do enorme fora que levou de sua noiva ao conhecer sua vizinha, a bela e sensual Michelle (Paltrow). Seus pais porém querem que ele se case com outra jovem, Sandra (Shaw), a filha de um amigo de seu pai. Filme indicado à Palma de Ouro do Cannes Film Festival. Também indicado ao Independent Spirit Awards nas categorias de Melhor Atriz (Gwyneth Paltrow) e Melhor Direção (James Gray).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Os Donos da Noite

Título no Brasil: Os Donos da Noite
Título Original: We Own the Night
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: James Gray
Roteiro: James Gray
Elenco: Joaquin Phoenix, Mark Wahlberg, Eva Mendes, Robert Duvall 

Sinopse:
Bobby Green (Joaquin Phoenix) é um gerente de uma boate em Nova Iorque que pertence a um rico e influente chefão da máfia russa instalada nos Estados Unidos. O problema básico de Green é que ele é de uma família de tiras que está inclusive de olho em seu patrão. E agora, como conciliar esses dois lados completamente opostos de sua vida? Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes e ao César Awards na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

Comentários:
Um belo filme que foi consagrado pela crítica francesa, a tal ponto que conseguiu uma honrosa indicação ao prêmio máximo do cinema europeu, a Palma de Ouro em Cannes. Com roteiro muito bem trabalhado e excelentes atuações (em especial Joaquin Phoenix, sempre muito talentoso e intenso), o filme resgata parte do clima nostálgico dos anos 1980, onde o enredo se passa. Para surpresa de muitos até mesmo o mediano (para não dizer sofrível) Mark Wahlberg consegue convencer. Assim a película logo se torna a mais significativa da carreira do cineasta James Gray, que havia se destacado bastante com seus dois filmes anteriores, "Fuga para Odessa" (com Tim Roth e Edward Furlong, onde também retratava uma família vivendo no submundo de Nova Iorque) e "Caminho Sem Volta" (curiosamente o primeiro que realizou em parceria com os atores Mark Wahlberg e Joaquin Phoenix). Esse "We Own the Night" inclusive pode ser considerado o desfecho de sua trilogia sobre as famílias criminosas de sua cidade do coração, a grande maçã, Nova Iorque. Um drama policial envolvente e acima da média que vale a pena conferir.

Pablo Aluísio.