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sábado, 15 de julho de 2023

Marcado para Morrer

Título no Brasil: Marcado para Morrer
Título Original: The Hunted
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures 
Direção: J.F. Lawton
Roteiro: J.F. Lawton
Elenco: Christopher Lambert, John Lone, Joan Chen, Yoshio Harada, Yôko Shimada, Michael Warren

Sinopse:
Um empresário americano em visita a Nagoya, no Japão, conhece uma mulher no bar de um hotel. Voltando ao quarto dela, testemunha 3 ninjas a assassinando, com requintes de crueldade. O americano vê o rosto do chefe dessa quadrilha. Agora, ele se torna o alvo principal de um perigoso culto ninja.

Comentários:
O ator Christopher Lambert alcançou sucesso popular com o filme Highlander - O guerreiro imortal. Depois ele fez algumas outras fitas de sucesso, mas aos poucos a carreira dele foi caindo em um certo marasmo. Esse filme de ação lançado pela Universal nos anos 90, tentou reerguer Lambert. Levou a história para o Japão, o que trazia um certo sabor exótico e deu uma espada ao protagonista, afinal, ele ficou popular empunhando uma espada no filme do guerreiro imortal medieval escocês. O filme assim se propunha a ser uma fita de ação com ninjas, mas com um roteiro mais bem trabalhado, investindo em muitas cenas de lutas marciais. Não conseguiu ser um filme memorável, mas até que tem seus próprios méritos. Não, eu não diria que é um grande filme, mas para uma diversão ligeira no fim de semana até que funcionava na década dos anos 90.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Mortal Kombat

Título no Brasil: Mortal Kombat
Título Original: Mortal Kombat
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Ed Boon, John Tobias
Elenco: Christopher Lambert, Robin Shou, Linden Ashby, Cary-Hiroyuki Tagawa, Bridgette Wilson-Sampras

Sinopse:
Um grupo de desconhecidos lutadores de artes marciais são convocados a viajar até uma ilha misteriosa e distante para competir em um torneio de lutas cujo resultado decidirá o destino do mundo.

Comentários:
Acredite, eu assisti a esse filme em VHS, ainda nos agora distantes tempos das locadoras de vídeo. A marca Mortal Kombat ainda hoje é uma franquia milionária no mundo dos games, mas em termos cinematográficos esse filme foi recebido quase como um trash, um filme B sem qualidade nenhuma. A crítica malhou e massacrou impiedosamente o filme em seu lançamento original. E de fato não há muita arte nessa coisa de colocar dois lutadores brigando entre si. Mal termina um confronto, logo começa outro. OK, isso poderia ser muito adequado no mundo dos games, mas no cinema sempre é preciso trazer algo mais, como por exemplo, uma história, um enredo. E de certo modo esqueceram disso aqui! Mesmo assim, como eu ainda era jovem na época, até que o filme não me aborreceu muito. Questão de perspectiva etária. Hoje em dia provavelmente eu iria assistir a um filme como esse e achar um horror, mas enfim, os tempos são outros e essa versão de Mortal Kombat, apesar dos malhos que sofreu pela crítica, até que não desapontou tanto assim aos fãs dos jogos. Como eu disse, tudo é uma questão de percepção pessoal. Bom para uns, horrendo para outros.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

O Siciliano

Título no Brasil: O Siciliano
Título Original: The Sicilian
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Michael Cimino
Roteiro: Steve Shagan, baseado na obra de Mario Puzo
Elenco: Christopher Lambert, Terence Stamp, John Turturro, Joss Ackland, Barbara Sukowa, Giulia Boschi

Sinopse:
O filme conta a história de Salvatore Giuliano (Christopher Lambert). Uma figura histórica real e controversa que fez parte da história italiana. Ele era considerado um criminoso, um bandido, pela elite, pela igreja e pelos donos de terras. Já para o povo ele era visto como  um herói revolucionário, um homem corajoso que se destacou na luta pela independência da Sicília

Comentários:
O roteiro desse filme foi inspirado no livro escrito por Mario Puzo, o mesmo autor de "O Poderoso Chefão". O talentoso cineasta Michael Cimino foi escolhido para dirigir a boa produção, que contou inclusive com um belo orçamento. Além disso o elenco trazia Christopher Lambert, um ator badalado na Europa por causa do sucesso de seus filmes recentes. Então por que com todos esses elementos o filme não deu certo como tantos esperavam? Em meu ponto de vista quem errou foi Michael Cimino. Ao longo de toda a sua carreira ele repetiu um erro em seus filmes. O corte final errado. Sempre Cimino se enrolava quando ia para a sala de edição para comandar o corte final de seus filmes. Geralmente ele deixava cenas desnecessárias e cortava momentos mais importantes do filme. E o pior é que quase sempre seus filmes ficavam longos demais... e muitas vezes bem chatos. O mesmo aconteceu aqui. Ele brigou com o estúdio, tentou lançar sua versão (que durava mais de 3 horas!) e no final acabou tendo que ceder. O que chegou ao público da época foi um filme picotado, para ser comercial. Alguns momentos ficaram sem sentido... a edição se tornou um desatre. Por isso se for assistir agora prefira uma versão mais modesta que o próprio Cimino montou, denominada Director's Cut. Essa, de todas as que asssiti, foi certamente a mais equilibrada.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Highlander 2 - A Ressurreição

Título no Brasil: Highlander 2 - A Ressurreição
Título Original: Highlander II - The Quickening
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, França
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Gregory Widen, Brian Clemens
Elenco: Christopher Lambert, Sean Connery, Virginia Madsen, Michael Ironside, Allan Rich, Phillip Brock

Sinopse:
O ano é 2024. A humanidade vive protegida embaixo de um escudo atmosférico vermelho, necessário após o fim da camada de Ozônio. O Imortal MacLeod (Lambert) vive nesse futuro escuro e sombrio. Até que um dia novos imortais surgem para desafiá-lo em duelos de espadas pelas ruas de sua cidade. Agora ele terá que vencer os combates, ao mesmo tempo em que tentará salvar o que restou do planeta.

Comentários:
Tinha tudo para ser um bom filme. O diretor Russell Mulcahy aceitou o convite para dirigir essa primeira sequência e até Sean Connery embarcou no projeto. O problema é que esqueceram de escrever um bom roteiro. A ideia de colocar o Highlander MacLeod em um futuro distópico foi muito, muito ruim. O roteiro absorveu paranoias ecológicas da época, como o fim da camada de ozônio, o que destruiu completamente seu visual. Aquela camada vermelha na atmosfera hoje em dia soa não apenas datada, como bem ridícula. O roteiro também apresenta coisas completamente forçadas, que não fazem o menor sentido. O personagem de Sean Connery, por exemplo, foi decapitado no filme anterior, ficando 500 anos morto. Aqui ele ressurge, sem maiores explicações. No máximo ele diz rapidamente que está agradecido a "magia". Que magia foi essa? Aliás praticamente todas as cenas com Connery são desperdiçadas. Ele retorna, faz uma ou duas piadinhas, como na cena da viagem de avião e depois na loja de roupas, em cenas de alívio cômico, e depois de poucos momentos marcantes simplesmente desaparece novamente. Sim, Connery deveria voltar, mais em bem elaboradas cenas de flashback, do passado, mas não nessas sequências sem graça e sem propósito. Para não dizer que o filme é todo ruim, pelo menos duas coisas se salvam. A boa direção de fotografia, resultando em belas cenas lembrando "Blade Runner" e o vilão interpretado por Michael Ironside. Fora isso, o filme afunda com suas bobagens, com sua mensagem ecológica chata e com os efeitos especiais, que envelheceram demais nesses anos todos. Enfim, um conceito muito legal com a mitologia dos imortais, personagens bacanas, que acabaram destruídos por um roteiro muito ruim.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Subway

Título no Brasil: Subway
Título Original: Subway
Ano de Produção: 1985
País: França
Estúdio: Les Films du Loup, TSF Productions
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson
Elenco: Christopher Lambert, Isabelle Adjani, Jean Reno, Richard Bohringer, Jean-Hugues Anglade, Jean-Pierre Bacrim

Sinopse:
Ao improvisar um roubo na casa de um magnata sombrio, Fred (Christopher Lambert) se refugia no universo hip e surreal do metrô de Paris e encontra seus habitantes variados, os capangas do magnata e sua jovem esposa desencantada. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Comentários:
É interessante notar como os filmes "envelhecem". Esse "Subway" parece tão envelhecido nos dias de hoje. Muito mais "velho" do que filmes que foram feitos nos anos 70, 60... Ecos de uma linguagem que procurava imitar a publicidade dos anos 80. Com isso tudo ficou terrivelmente datado. E pensar que na época em que o filme chegou aos cinemas tudo parecia ser o suprassumo da modernidade. Pois é, meus caros cinéfilos, ver o ator Christopher Lambert com penteado cyberpunk pelos subterrâneos de Paris era visto como algo ultra pós-modernidade. Hoje em dia tudo só soa mesmo bem antigo e fora de moda. Outro fato que chama a atenção é que Lambert conseguia com esse filme emplacar três sucessos na sua carreira. Os outros dois eram "Highlander" e "Greystoke", o que levou algumas apressadas e imoderadas revistas de cinema do Brasil elegerem o ator como o "astro da década". Menos, bem menos, até porque ele iria cair numa decadência em sua carreira que seria algo espantoso. Melhor rever Isabelle Adjani. Como ela era bonita! Provavelmente uma das atrizes mais bonitas da década de 1980, sem favor algum! De qualquer maneira se você tiver curiosidade em saber o que era exibido em cineclubes cult nos anos 80, esse "Subway" será um belo exemplo do tipo de filme que passava nesses ambientes.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Sobibor

O campo de concentração de Sobibor ficou bem conhecido na história da II Guerra Mundial porque foi lá que houve a maior fuga em massa de prisioneiros da guerra. Liderados por um comandante russo aprisionado, os prisioneiros mataram diversos oficiais alemães e deram origem a uma fuga onde mais de 400 pessoas fugiram das garras do nazismo. Quem é mais veterano em termos de cinefilia vai lembrar imediatamente de "Fuga de Sobibor", clássico de guerra com Rutger Hauer. É a mesma história, só que contada de um ponto de vista diferente. É fato que os nazistas eram porcos desumanos que faziam todo tipo de crime a atrocidade nesses campos, mas aqui fica mais evidente que eles eram também corruptos e ladrões, roubando pertences de judeus que eram levados para as câmeras de gás. O que era para ser levado ao Estado, ao Reich, era simplesmente roubado por esses militares, mostrando seu senso ético inexistente.

O elenco é todo formado por jovens atores, muitos desconhecidos, mas competentes em seu ofício. O único rosto mais conhecido é a do veterano  Christopher Lambert. Ele interrpeta um oficial do campo, um sujeito com doses de psicopatia que o torna temido até pelos outros nazistas. Em uma das cenas ele surta e confessa que no passado havia se apaixonado por uma judia, mas que fora impedido pelo pai de casar com ela, se tornando essa bagunça psicológica que ele se tornou. Pior para os judeus do campo pois ele além de violento também era extremamente desequilibrado, muitas vezes matando a esmo, fazendo dos pobres prisioneiros apenas alvos ambulantes. Enfim, gostei dessa nova versão e a recomendo, principalmente para as novas gerações. A história existe para se aprender com o passado, para que coisas como o nazismo não mais se repitam em nosso mundo.

Sobibor (Alemanha, Rússica, Polônia, 2018) Direção: Konstantin Khabenskiy / Roteiro: Michael Edelstein, Anna Tchernakova / Elenco: Konstantin Khabenskiy, Christopher Lambert, Mariya Kozhevnikova, Michalina Olszanska / Sinopse: O filme mostra o campo de concentração de Sobibor, semanas antes da maior fuga em massa de prisioneiros da II Guerra Mundial. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Highlander 4 - A Batalha Final

Título no Brasil: Highlander 4 - A Batalha Final
Título Original: Highlander - Endgame
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Douglas Aarniokoski
Roteiro: Eric Bernt
Elenco: Christopher Lambert, Adrian Paul, Bruce Payne, Lisa Barbuscia, Donnie Yen, Peter Wingfield

Sinopse:
Após viver décadas em um santuário afastado, o imortal Connor MacLeod (Lambert) precisa voltar à luta após o surgimento de outro imortal chamado Jacob Kell (Payne) que deseja destrui-lo. Para vencer a nova ameaça Connor passa então a contar com a ajuda de Duncan MacLeod (Paul), membro de seu antigo clã na Escócia.

Comentários:
Toda saga precisa de um final. A trajetória de Connor MacLeod chega ao seu desfecho final justamente nesse quarto filme da franquia "Highlander". Claro, passa longe de estar à altura do primeiro filme, que considero um verdadeiro clássico dos anos 80. Esse aqui tem até alguns (poucos) elementos que valem a pena, porém é notória a produção precária e a falta de novas ideias. Se tem um mérito é justamente de colocar um ponto final em tudo e não se deixar cair nos erros do filme anterior, esse sim o pior de toda a série. Um erro que fica nítido por outro lado é o fato do filme ser curto demais e cheio de flashbacks no passado que não acrescentam muito no enredo final. Fica a sensação de que tudo está muito apressado, sem tempo para desenvolver melhor as histórias paralelas que vão se fechando no clímax. O vilão é até bacana, o tal de Jacob Kell, mas o mesmo não se pode dizer de seus comparsas, um bando de sujeitos ridículos que pensam estar em algum filme de Mad Max. Então é isso. O quarto filme fecha a cortina e mesmo deixando a desejar não chega a ser péssimo ou ruim demais. Vale pelo desfecho e por encerrar esse arco narrativo. Depois dele as espadas dos imortais podem finalmente abaixar (talvez) para sempre no mundo do cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de março de 2019

Os Franco Atiradores

Título no Brasil: Os Franco Atiradores
Título Original: Gunmen
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Laurence Mark Productions
Direção: Deran Sarafian
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Christopher Lambert, Mario Van Peebles, Patrick Stewart, Denis Leary, Kadeem Hardison, Brenda Bakke

Sinopse:
Quatrocentos milhões de dólares roubados são escondidos em um porto de um país da América do Sul. Quando o irmão de Dani Servigo (Christopher Lambert) é assassinado, justamente por não contar onde estava todo o dinheiro, o próprio Dani passa a ser o alvo dos criminosos.

Comentários:
Para quem conheceu Christopher Lambert no cinema atuando em filmes como "Greystoke - A Lenda de Tarzan", "Highlander" e "Subway", foi bem decepcionante rever o ator nesse filme de ação de baixo orçamento, com produção B, que embora tenha sido lançado no Brasil nos anos 90, pouca atenção chamou dos cinéfilos. Realmente é um filme muito fraco, uma fitinha que tem um roteiro que só serve como desculpas para as cenas de tiroteio. Lambert não tem muito o que fazer. Por isso os produtores escalaram Mario Van Peebles para fazer o trabalho mais braçal do filme. Não adianta muito. A única curiosidade fica por conta da participação de Patrick Stewart como o vilão! Logo ele que em pouco tempo iria ser escalado para ser o Capitão Picard de uma nova série de Jornada nas Estrelas que estava sendo planejada nessa mesma época. Algo que definitivamente iria mudar sua carreira para sempre, o afastando de vez de filmes ruins e fracos como esse.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Bel Canto

Um filme fraco, apesar de contar com um bom elenco. Na estória um grupo de pessoas influentes da alta sociedade se reúne para a apresentação da cantora lírica Roxanne Coss (Julianne Moore). Tudo acontece em Lima, no Peru. No meio do concerto um grupo de guerrilheiros de esquerda invade o lugar e toma todas as pessoas presentes de reféns. Exige como resgate a libertação de todos os presos políticos do país, além da presença do presidente da república. Duas reivindicações impossíveis de serem cumpridas. Enquanto o impasse ocorre todos os reféns ficam nas mãos dos guerrilheiros. E aí começa o grande erro do filme. O roteiro começa a simpatizar com o grupo criminoso. Eles são retratados como revolucionários de boa índole! Como assim? São sequestradores que ameaçam pessoas inocentes de morte! A cantora até mesmo começa a ensinar e dar aulas de canto para um dos paramilitares. A partir daí o filme despenca por causa de todas as suas péssimas intenções.

Mal realizado e com um roteiro absurdo desses tudo vai por água abaixo. Não há salvação. Nem o bom elenco salva o filme. Julianne Moore já fez tantos filmes bons ao longo de sua carreira que esse aqui vai se tornar apenas uma mancha em sua filmografia. Christopher Lambert, que chegou a ser bem popular nos anos 80, ressurge para um papel de refém sem maior importância. Até Ken Watanabe não tem muito o que fazer. Enfim, um filme realmente fraco e sem mensagem. Pura perda de tempo.

Bel Canto (Estados Unidos, 2018) Direção: Paul Weitz / Roteiro: Paul Weitz, Anthony Weintraub / Elenco: Julianne Moore, Ken Watanabe, Christopher Lambert, María Mercedes Coroy, Sebastian Koch / Sinopse: Roxanne Coss (Julianne Moore) é uma cantora lírica americana que vai se apresentar em Lima, no Peru e lá acaba refém de um grupo guerrilheiro de esquerda.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Ave, César!

Os irmãos Coen se enquadram naquele seleto grupo de cineastas que você deve acompanhar de perto, assistindo a todos os seus filmes, mesmo os que são apenas medianos. Eles são tão criativos que pelo menos alguma coisa relevante você encontrará em suas obras. Esse "Ave, César!" se propõe a ser uma comédia, uma sátira aos bons e velhos tempos da Hollywood dos anos clássicos. Porém o humor é tão sofisticado, que você terá que saber um pouco da história do cinema americano para se divertir completamente. Cada personagem, cada evento mostrado no filme, tem uma referência histórica com algo que efetivamente aconteceu no passado. A trama é relativamente simples e muito divertida. Um astro de Hollywood, um galã canastrão chamado Baird Whitlock (George Clooney), é sequestrado bem no meio das filmagens de um grande épico que conta a história de um general romano nos dias de Jesus. Levado a uma casa isolada ele encontra um grupo de roteiristas e escritores comunistas que tentam fazer sua cabeça sobre as injustiças do capitalismo. É obviamente uma referência aos anos do Macartismo, quando se iniciou uma verdadeira caça às bruxas contra profissionais de Hollywood que tivesse algum contato com o partido comunista. Tudo é levado numa fina ironia, muito bem desenvolvida.

O mais interessante é que o filme não fica por aí. Há inúmeras referências a diversos atores e diretores da era de ouro do cinema americano, passando por um ator cowboy que não tinha talento nenhum para atuar (mesclando Tom Mix a Audie Murphy), um dançarino de musicais que é na verdade o grande elo de ligação com os soviéticos (uma mistura de Errol Flynn com Gene Kelly), até uma atriz cheia de problemas pessoais, especializada em fazer filmes com danças em piscinas (numa óbvia referência à atriz sereia Esther Williams). E tentando contornar todas as situações delicadas surge Eddie Mannix (Josh Brolin), um sujeito contratado pelos estúdios cujo trabalho consistia basicamente em abafar escândalos, resolver problemas pessoais dos astros e estrelas, mantendo o estúdio funcionando normalmente.

É um bem humorado retrato da época em que imperava o Star System, quando os estúdios cuidavam pessoalmente de cada ator e atriz que estivesse sob contrato. Esse sistema durou até meados dos anos 1960, quando os grandes estúdios americanos se cansaram de exercer a função de babás de adultos infantilizados com problemas emocionais (algo que poderia ser dito de praticamente 90 por cento das estrelas). A partir daí cada um que cuidasse de sua própria vida. Assim esse "Ave, César!" é uma aula nostálgica, com muito bom humor, de um tempo que não existe mais. Gostei bastante desse filme. Bem produzido, com ótimo roteiro, é uma dessas produções inteligentes que estão cada vez mais raras ultimamente.

Ave, César! (Hail, Caesar!, Estados Unidos, 2016) Direção: Ethan Coen, Joel Coen / Roteiro: Ethan Coen, Joel Coen / Elenco: Josh Brolin, George Clooney, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Alden Ehrenreich, Channing Tatum, Frances McDormand, Jonah Hill, Christopher Lambert / Sinopse: Eddie Mannix (Josh Brolin) é um "faz tudo" de um grande estúdio de cinema em Hollywood que precisa resolver todos os problemas que vão surgindo envolvendo astros e estrelas. As coisas pioram quando o ator Baird Whitlock (George Clooney) é raptado por roteiristas comunistas que pedem 100 mil dólares de resgate. Filme indicado ao Oscar e ao BAFTA Awards na categoria Melhor Design de Produção (Jess Gonchor e Nancy Haigh).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Ressurreição - Retalhos de um Crime

Título no Brasil: Ressurreição - Retalhos de um Crime
Título Original: Resurrection
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Interlight Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Brad Mirman, Christopher Lambert
Elenco: Christopher Lambert, Leland Orser, Robert Joy, David Cronenberg, Peter MacNeill, Jayne Eastwood
  
Sinopse:
Dois detetives do departamento de homicídios da cidade de Chicago, John Prudhomme (Christopher Lambert) e Andrew Hollinsworth (Leland Orser), se unem para investigar e desvendar uma série de crimes violentos que aconteceram em ruelas sujas e abandonadas da periferia. No começo tudo parece de rotina, porém aos poucos as coisas vão ficando mais claras, revelando aos policiais um mundo sórdido de violência e brutalidade.

Comentários:
O ator Christopher Lambert escreveu o roteiro e produziu esse filme. Para a direção chamou o australiano Russell Mulcahy com quem já havia trabalhado nos filmes "Highlander: O Guerreiro Imortal" e "Highlander II: A Ressurreição". Se a parceria havia dado certo antes, muito provavelmente daria de novo. O problema é que o filme foi realizado com um orçamento restrito e uma péssima distribuição. No Brasil, por exemplo, sequer conseguiu espaço no circuito comercial de cinemas, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo VHS. Também é importante salientar que a carreira de Christopher Lambert estava em baixa quando o filme foi lançado, o que não ajudou em nada na sua divulgação. Aliás essa é uma produção que segue sendo bem desconhecida nos dias atuais, pois poucos a assistiram. No geral é um filme policial apenas na média, que se apoia bastante no carisma de Lambert. O roteiro é de certa forma banal e nem mesmo a curiosa presença do diretor David Cronenberg no elenco consegue despertar muita atenção. Entre os filmes que exploram serial killers (os assassinos em série), um velho filão do cinema americano, esse é seguramente um dos menos conhecidos. Hoje em dia funciona apenas como mera curiosidade e nada mais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Highlander 3 - O Feiticeiro

A franquia Highlander começou muito bem, mas em pouco tempo afundou completamente. Esse terceiro filme, por exemplo, é uma lástima completa. Não gostei na época que assisti pela primeira vez e continuo não gostando de praticamente nada nos dias de hoje. A produção é mal feita, mal realizada e o roteiro é completamente confuso e sem foco algum. Christopher Lambert retornou ao personagem Connor MacLeod para enfrentar Mario Van Peebles, que interpreta Kane, misto de imortal e bruxo, feiticeiro que nas horas vagas pratica o mal em sua essência. Poderia ser bacana, mas o resultado é fraco demais.

Os efeitos especiais são constrangedores e ficamos realmente com pena do diretor Andrew Morahan. Ele deveria ter sido mais inteligente. Se não havia dinheiro suficiente para encher a fita de efeitos, então que procurasse contar um enredo em que eles não fossem necessários. Entre ter efeitos especiais ruins e mal feitos e não tê-los, é óbvio que é bem melhor seguir a segunda opção. O filme é mal produzido em minha opinião porque foi realizado por produtores independentes, fora dos Estados Unidos. Sem distribuição, sem capricho e cuidado, o filme foi um tremendo fracasso comercial - merecidamente, é bom salientar.
 
Highlander 3 - O Feiticeiro (Highlander III: The Sorcerer, Inglaterra, Canadá, França, 1994) Direção: Andrew Morahan / Roteiro: Gregory Widen, Brad Mirman / Elenco: Christopher Lambert, Mario Van Peebles, Deborah Kara Unger / Sinopse: Terceiro filme da franquia Highlander, dessa vez com o personagem enfrentando um vilão com poderes sobrenaturais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Greystoke, a Lenda de Tarzan

Garoto sobrevive a um terrível acidente na selva africana. Retirado dos escombros por macacos ele acaba sendo criado por seus pais adotivos primatas. Anos depois é encontrado por pesquisadores ingleses que fascinados por sua história descobrem que ele é o único sobrevivente da linhagem da importante família aristocrata Greystoke. Tarzan foi criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs em 1918 e desde então sua simbiose com o mundo do cinema tem sido plena. Segundo estimativas já foram feitos mais de 100 filmes com o personagem o que não deixa de ser bem curioso uma vez que Tarzan surgiu na literatura na mesma época em que o próprio cinema se tornava muito popular como diversão preferida das massas. Unindo aventura, paisagens exóticas e heroísmo não é de se admirar que Tarzan tenha sido adotado tão rapidamente pela sétima arte. Suas estórias caíram como uma luva no gosto das platéias. Seu reinado inclusive não parece ter fim pois já está em produção um novo filme com o Rei das Selvas que será lançado no ano que vem. 

No meio de tantas produções é complicado escolher o melhor filme já feito sobre o Homem Macaco mas de uma coisa tenho certeza: esse é certamente um dos melhores. Gostei muito do argumento procurando ser o mais realista possível. O cuidado na recriação do contexto histórico em que Tarzan surge (bem no meio da época Vitoriana) também é um dos pontos altos da produção. Até o excelente resultado dos atores na pele de animais chama a atenção mesmo nos dias atuais. A caracterização da família primata de Tarzan, por exemplo, é tecnicamente perfeita. A direção ficou a cargo do sensível cineasta britânico Hugh Hudson. Após se consagrar com "Carruagens de Fogo" e esse "Greystoke" ele cometeu o erro de aceitar a direção de uma superprodução chamada "Revolução". Apesar de contar com a presença sempre marcante de Al Pacino no elenco o roteiro era confuso, sem foco e disperso. Para piorar Hugh resolveu filmar várias cenas com a câmera na mão o que acabou deixando parte do público literalmente tonto. A crítica não perdoou e o filme foi bombardeado se tornando um dos maiores fracassos comerciais da história do cinema americano. O desastre praticamente acabou com sua carreira o que é uma pena pois ele demonstrou tanto aqui como em "Carruagens de Fogo" que sabia muito bem dirigir filmes de época. Infelizmente em Hollywood o sucesso comercial ou não de um filme acaba determinando o destino das carreiras dos cineastas e Hudson ficou marcado para sempre com esse fracasso, não conseguindo mais voltar para os holofotes. De qualquer maneira fica a dica, Greystoke, um marco na longa trajetória de Tarzan no cinema.  

Greystoke, A Lenda de Tarzan (Greystoke: The Legend of Tarzan, Lord of the Apes, Estados Unidos, Inglaterra, 1984) Direção: Hugh Hudson / Roteiro: Robert Towne baseado na obra de Edgar Rice Burroughs / Elenco: Christopher Lambert, Andie MacDowell, Ian Holm, Ralph Richardson, James Fox / Sinopse: O filme narra a origem do famoso personagem Tarzan. Filho de uma família aristocrata britânica sofre um acidente e é criado por macacos nas florestas da África. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Highlander, O Guerreiro Imortal

Antes que estraguem de vez com Highlander em mais um remake idiota resolvi conferir o original mais uma vez. Concordo com a opinião dominante: Highlander jamais deveria ter tantas continuações horríveis como teve. É um filme que se fecha em si mesmo, não tendo lógica nenhuma os filmes que vieram depois. Em termos narrativos o filme é bem eficiente com duas linhas narrativas bem enxutas (uma no passado mostrando sua origem nas terras altas escocesas) e outra no presente (onde ele se esconde sob uma falsa identidade em Nova Iorque). O roteiro não perde muito tempo com detalhes, é uma fita que nasceu para ser ágil, sem muita perda de tempo, o que transparece inclusive na explicação da origem dos imortais (que no fundo não são explicados, como se fossem frutos apenas de um evento natural).

No elenco a curiosidade fica por conta da caracterização de Sean Connery. Para uma pessoa que se orgulha das tradições escocesas fica no mínimo estranho ele aparecer como um misto de espanhol / egípcio em cena! Sua participação não é lá grande coisa mas dentro do contexto consegue ser marcante. O filme envelheceu, obviamente, principalmente em seus efeitos especiais. Na cena final a animação utilizada fica muito evidente. De qualquer forma a trilha sonora do Queen é muito adequada (mais até do que me lembrava) e Lambert não compromete (apesar de ser apático em alguns momentos). Enfim é isso. Highlander deveria ter ficado por aqui mas a ganância fez surgir várias continuações toscas e um remake que vem por aí que provavelmente vai ser igualmente horrível. Highlander era imortal mas no cinema conseguiram matar o personagem.

Highlander, O Guerreiro Imortal (Highlander, Estados Unidos, 1986) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Gregory Widen, Gregory Widen / Elenco: Christopher Lambert, Roxane Hart, Clancy Brown, Sean Connery, Beatie Edney / Sinopse:: Connor MacLeod (Christopher Lambert) faz parte de uma estranha linhagem de imortais que se enfrentam ao longo dos séculos entre eles para cumprir a lenda que afirma só poder existir um imortal.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

A Saga Highlander

Highlander tinha tudo para ser uma das grandes sagas da história do cinema. Porém tudo acabou muito cedo. Já no segundo filme já tínhamos uma ideia da lambança que os produtores e roteiristas iriam fazer. Como se sabe os filmes contam a história do Highlander Connor MacLeod interpretado nos quatro filmes por Christopher Lambert. Ele seria apenas um guerreiro do século XVI se não fosse por um detalhe: MacLeod era um ser imortal, que passaria a eternidade lutando contra outros imortais, até que sobrasse apenas um. Era o destino de todos os que não poderiam morrer pelos meios tradicionais. Muitos duelos e lutas pelos séculos, atravessando a história da humanidade.

Só que não souberam aproveitar o personagem ao longo dos filmes. Com um personagem que poderia viver em qualquer época os roteiristas jogaram ele no filme "Highlander 2 - A Ressurreição" em um mundo distópico, meio Blade Runner, meio Mad Max. Não ficou bom em nenhum aspecto. Uma péssima ideia. A ideia de copiar outros filmes ao invés de desenvolver sua própria mitologia estragou a franquia muito rapidamente. A culpa aqui pode ser creditada facilmente aos roteiristas que não capricharam, não procuraram pela originalidade. E isso foi destruindo o personagem ao longo dos filmes.

Em "Highlander 3: O Feiticeiro" o protagonista até enfrentou um bom vilão, interpretado pelo ator  Mario Van Peebles, porém o estrago estava feito. O diretor Andrew Morahan só conseguiu mesmo dirigir um filme genérico de ação. E a direção de arte, além dos efeitos especiais, deixaram muito a desejar. O quarto filme chamado "Highlander 4: A Batalha Final" já mostrava que a saga havia caído na vala comum dos filmes de pequeno orçamento.  Um diretor desconhecido chamado Douglas Aarniokoski foi contratado. A Dimension Films comprou os direitos dos personagens, mas não fez nada muito interessante com eles. Nesse quarto filme o único mérito foi fechar mesmo, de forma praticamente definitiva, a história de Connor MacLeod no cinema. Não foi em nenhuma hipótese uma grande cena, mas pelo menos o personagem encerrou sua participação na franquia original. Ele finalmente morre durante o filme. Pois é, imortais podem morrer, mas apenas se forem decapitados com uma espada por outros imortais. Regras que foram impostas no primeiro filme e seguidas desde então.

Aliás por falar no primeiro filme... esse foi mesmo o único grande filme dessa saga. Lançado em 1986, "Highlander - O Guerreiro Imortal" segue sendo um clássico dos anos 80. Além do ótimo elenco, que tinha a honra de trazer Sean Connery como coadjuvante nessa mitologia que nasceu nas terras altas da Escócia (logo ele que sempre teve grande orgulho de ser escocês), o filme ainda presenteava o público com uma trilha sonora em parte assinada pelo Queen. Além disso todos os méritos também vão para o diretor australiano Russell Mulcahy. Ele era jovem e cheio de ideias excelentes para o filme como um todo. Esse primeiro filme é daqueles em que todos os elementos parecem estar bem colocados.  Pena que com o passar dos anos nada tenha sido feito de bom dessa mitologia dos imortais. Recentemente um remake foi anunciado, mas será que podemos esperar por alguma coisa boa? É complicado acreditar que sim.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de julho de 2006

Tashunga

Título no Brasil: Tashunga
Título Original: North Star
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Nils Gaup
Roteiro: Heck Allen, Gilles Béhat
Elenco: James Caan, Christopher Lambert, Catherine McCormack, Burt Young, Jacques François, Morten Faldaas

Sinopse:
A história do filme se passa durante a corrida do ouro no Alasca no final de 1800. Um ambicioso criminoso passa a eliminar proprietários de ranchos isolados para ficar com suas terras, até que precisa enfrentar um nativo que vai lutar pelas terras de seus ancestrais. 

Comentários:
Eu costumo dizer que alguns filmes foram feitos na época errada. É o caso desse faroeste dos anos 90. Se esse roteiro tivesse sido filmado nos anos 50 com John Wayne ou até mesmo com Randolph Scott no elenco, certamente teríamos mais um clássico do western em mãos. Só que na década de 90 já havia outro tipo de percepção, nem sempre muito positiva, sobre esse tipo de produção. É um bom filme, muito embora tenha alguns problemas de ritmo. O que vale muito a pena é a ambientação onde a história se passa porque o Alasca é uma terra muito inóspita e selvagem, um lugar onde realmente apenas os mais fortes poderiam prosperar e sobreviver. E o mais interessante de tudo é ver a dinâmica entre esse personagens, entre o colonizador branco e o selvagem nativo. Na luta entre eles acabamos ficando com uma dúvida sempre presente. Quem seria realmente o verdadeiro selvagem?

Pablo Aluísio.