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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

A Ilha da Garganta Cortada

Título no Brasil: A Ilha da Garganta Cortada
Título Original: Cutthroat Island
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Michael Frost Beckner
Elenco: Geena Davis, Matthew Modine, Frank Langella

Sinopse:
Nos tempos em que os piratas reinavam nos sete mares, uma jovem e destemida mulher assume o controle de um barco e vai até o Caribe com o firme objetivo de encontrar um tesouro escondido na Ilha da Garganta Cortada. Será uma aventura cheia de perigos e situações de risco. 

Comentários:
Quando eu assisti a esse filme pela primeira vez, eu pude perceber que Hollywood havia perdido a mão para fazer bons filmes de piratas. Na era de ouro dos grandes estúdios filmes sobre piratas formavam um estilo cinematográfico dos mais populares. Só que isso havia acontecido nos anos 30, 40 e 50. Depois disso perderam a fórmula dos bons filmes. Essa aventura assim sempre me pareceu muito artificial, nada convincente. Até que houve uma boa produção, com um orçamento que beirou os 100 milhões de dólares, mas as filmagens tiveram problemas. Marido e mulher dividiam as responsabilidades do filme, ele na direção, ela liderando o elenco. Não deu muito certo. Com um roteiro que era reescrito a cada semana de filmagem, esses problemas apareceram na tela. E tudo isso era uma pena pois o filme tinha tudo para dar certo. Não deu, lançado nos cinemas foi fracasso de bilheteria, levando a produtora Carolco à falência. A crítica malhou muito também. E de certa maneira jogou novamente o estilo de filmes de piratas na geladeira por anos a fio. Pois é, nem sempre Hollywood acertava em sua escolhas. 

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de junho de 2020

O Turista Acidental

Título no Brasil: O Turista Acidental
Título Original: The Accidental Tourist
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Frank Galati
Elenco: William Hurt, Kathleen Turner, Geena Davis, Bill Pullman, Amy Wright. David Ogden Stiers,

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Anne Tyler, o filme "O Turista Acidental" conta a história de um escritor de guias de viagem que está emocionalmente abalado e deprimido, mas que precisa seguir em frente com sua vida mesmo depois que seu filho morreu e seu casamento desmoronou.

Comentários:
Esse foi o filme mais importante da carreira do ator William Hurt. O filme concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor filme e roteiro adaptado. Levou a estatueta para casa na categoria de melhor atriz, prêmio dado a Geena Davis, quem diria... e ainda foi lembrado pela excelente trilha sonora escrita pelo maestro e mestre John Williams. E como se isso não fosse o bastante ainda foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme, no gênero drama. Ou seja, reconhecimento da crítica e dos grandes festivais de cinema, não faltou. Porém, em minha opinião, para gostar do filme mesmo você precisa estar no estado de espírito certo. Isso porque o roteiro procura seguir os passos dos sentimentos melancólicos do protagonista, que em suma é um homem deprimido, que basicamente odeia aquilo que faz, o seu trabalho. Escrever guias de viagens enquanto está arrasado por dentro, obviamente não é uma coisa fácil. Por isso voltamos ao ponto inicial. Para gostar plenamente do filme você precisa também gostar muito de William Hurt. O filme é dele, feito em cima de sua persona nas telas. É uma obra cinematográfica até mesmo fria, sem muito calor humano. Até porque em crises depressivas a mente age justamente assim, sem encotnrar calor e interesse em nenhum aspecto da vida.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

O Pequeno Stuart Little

Com o avanço da computação gráfica não houve mais limites para o cinema. Qualquer universo era possível, até mesmo trazer um simpático ratinho chamado Stuart Little para contracenar com atores de carne e osso. A tecnologia usada nesse filme foi a mesma de "Toy Story" só que ainda mais modernizada. O resultado ficou muito bom, principalmente para o público infantil. Essa foi uma tentativa da Columbia Pictures em entrar no acirrado e concorrido mundo da animação - um nicho cinematográfico que vale milhões de dólares no mundo todo. Para isso o estúdio torrou incríveis 120 milhões de dólares em sua produção, o tornando um dos filmes mais caros da história nesse segmento. É muito grana mesmo, não há como negar.

E a estorinha conta que enredo? Bom, temos uma família tipicamente americana que resolve adotar um filho, só que eles acabam adotando um ratinho, isso mesmo, um pequeno roedor com gestos adolescentes e voz juvenil de Michael J. Fox (ainda bastante jovial e sadio, sem demonstrar os problemas que o Mal de Parkinson causaram em sua vida). O resultado é simpático, fez sucesso e deu origem a continuações. Agora curiosamente o tal ratinho não conseguiu ser um sucesso no mundo das franquias de produtos. Pelo visto a aversão das pessoas por ratos acabou falando mais alto.

O Pequeno Stuart Little (Stuart Little, Estados Unidos, 1999) Direção: Rob Minkoff / Roteiro:  M. Night Shyamalan / Elenco: Michael J. Fox, Geena Davis, Hugh Laurie / Sinopse: Uma família resolve adotar um ratinho chamado "Stuart Little" (com voz de Michael J. Fox). O novo membro da família acaba se tornando o alvo preferido do gato de estimação Snowbell. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores efeitos especiais (John Dykstra, Jerome Chen e Henry F. Anderson III).

Pablo Aluísio.

O Pequeno Stuart Little 2

Título no Brasil: O Pequeno Stuart Little 2
Título Original: Stuart Little 2
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Minkoff
Roteiro: Douglas Wick
Elenco: Michael J. Fox, Geena Davis, Hugh Laurie, Nathan Lane, Melanie Griffith, Jonathan Lipnicki,

Sinopse:
Baseado no livro infantil escrito por  E.B. White, esse segundo filme mostra a jornada de Stuart e Snowbell pelo país, em resgate a um amigo que está passando por apuros. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria Efeitos Especiais. 

Comentários:
Como diria um amigo, "Esse rato é meio esquisito!". Pois é, essa coisa de fazer o protagonista muito realista, quase como um rato real, não chegou a agradar todo mundo. A única diferença dele para os ratos da natureza é que o Stuart Little anda sobre dois pés e usa suéter. Fora isso, os traços recriados por computador são idênticos. Pois bem, esse segundo filme nasceu obviamente do sucesso do primeiro, só que as coisas não deram muito certo, comercialmente falando. O filme custou 120 milhões de dólares e fracassou nas bilheterias. Com isso a franquia também foi deixada de lado. Esse segundo filme é piorzinho que o primeiro. A verdade pura e simples é que não havia mais enredo a contar, por isso fizeram mais uma sequência do tipo "igual, mas tentando ser diferente". Não colou, o público não comprou a ideia. A única coisa a se lamentar foi o bom trabalho que os atores fizeram na dublagem original. J. Fox, Geeena Davis, Nathan Lane (ótima comediante) e até Melanie Griffith tentaram, mas não deu certo. O filme realmente não fez sucesso.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Despertar de um Pesadelo

Título no Brasil: Despertar de um Pesadelo
Título Original: The Long Kiss Goodnight
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Shane Black
Elenco: Geena Davis, Samuel L. Jackson, Yvonne Zima
  
Sinopse:
Samantha Caine (Geena Davis) parece ser uma dona de casa comum, como tantas outras de sua idade. O que a diferencia é das demais é que ela sofre de uma rara amnésia que a impede de lembrar de fatos muito recentes. Samantha também não faz a menor ideia de quem ela realmente é: uma assassina profissional altamente treinada pelo serviço de inteligência dos EUA. Agora ela terá que enfrentar aqueles que desejam sua morte, como parte de uma grande operação de queima de arquivo.

Comentários:
Nem sempre orçamento generoso significa qualidade cinematográfica. Esse filme aqui chamado "The Long Kiss Goodnight" foi considerado uma das produções mais caras daquele ano, com muitas cenas de explosão, efeitos especiais e tudo o mais que o dinheiro pode comprar em Hollywood. Também teve uma campanha de marketing das mais agressivas. Nada disso evitou de ser um enorme fracasso de bilheteria - o filme sempre é colocado em listas dos maiores fracassos dos anos 90. A razão de ser de ter sido tornado uma bomba comercial (e artística) fica claro desde as primeiras cenas. Em poucas palavras: esse roteiro é muito estúpido e idiota. Para piorar ainda mais a atriz principal Geena Davis era casada na época com o diretor Renny Harlin, o que ajudou o filme a se tornar mais insuportável do que já era! Resultado de tantos erros: O filme afundou as carreiras tanto de Geena Davis, a grandalhona que vinha em uma boa maré de sucessos no cinema, e do arrogante Renny Harlin, que depois desse fiasco foi parar na rua da amargura, merecidamente aliás.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Uma Equipe Muito Especial

Título no Brasil: Uma Equipe Muito Especial
Título Original: A League of Their Own
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Penny Marshall
Roteiro: Kim Wilson, Kelly Candaele
Elenco: Tom Hanks, Geena Davis, Madonna, Rosie O'Donnell, Bill Pullman

Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial a liga de beisebol cria um campeonato disputado apenas por mulheres, uma vez que os homens estavam  lutando na Europa, no esforço de Guerra. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias Melhor Atriz (Geena Davis) e Melhor Canção Original ("This Used To Be My Playground" de Madonna e Shep Pettibone). Indicado ao Grammy na categoria Melhor Canção Original ("Now and Forever" de Carole King).

Comentários:
Durante a Segunda Guerra Mundial a liga americana de beisebol ficou suspensa por causa do esforço de guerra. Com os homens lutando na Europa e no Pacífico não sobraram jogadores suficientes para compor os quadros das equipes. Sem alternativas tentou-se criar uma liga feminina de beisebol para substituir a ala masculina do esporte. Eu nunca tinha assistido a esse filme na íntegra, só cenas avulsas, uma parte aqui, outra acolá. Finalmente agora resolvi assistir de forma completa. Dentro da proposta do cinema convencional e familiar de Penny Marshall até que não é um filme ruim ou chato, muito pelo contrário. Muita gente torce o nariz ao tema, principalmente no Brasil, por causa do esporte retratado, o beisebol. Como os brasileiros não entendem bulhufas dele o filme naufragou nas bilheterias em nosso país. Devo dizer que isso não é empecilho para gostar ou não de "Uma Equipe Muito Especial", pois o roteiro centra muito mais na história das duas irmãs, que são as personagens principais, do que no esporte em si.

O elenco de apoio é muito bom, contando com Madonna (ainda com um visual que me lembrou muito sua carreira nos anos 80) e Rosie O'Donnell (antes de assumir publicamente que era lésbica, o que de certa forma afundaria sua carreira anos depois). A grandalhona Geena Davis, que hoje anda sumida, era um nome badalado no comecinho dos anos 90. Por fim temos ainda uma atuação um pouco destemperada e exagerada de Tom Hanks. Super premiado na época, ele aqui relaxa um pouco, chegando inclusive a lembrar seus personagens mais escrachados da década de 80. Seu personagem é a de um treinador beberrão e rabugento que no fim da carreira se vê na complicada missão de treinar um time de garotas! Outro ponto positivo dessa produção é saber que tudo foi baseado em fatos reais, como se pode ver nas cenas finais do filme, onde as verdadeiras jogadoras são homenageadas. Enfim, é uma boa diversão, tem seus problemas mas no final diverte. mesmo que você não entenda nada do que está acontecendo nos jogos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Thelma & Louise

Existem filmes que nascem pequenos e despretensiosos e depois ganham a simpatia do público, se tornando grandes sucessos de bilheteria. Com o passar dos anos acabam também sendo considerados pequenas obras cultuadas, elevando seu status, se transformando em cult movies. Um exemplo perfeito disso temos aqui com "Thelma & Louise". A Warner bancou a realização do filme, porém jamais apostou muito nele. Foi lançado discretamente nos Estados Unidos e ganhou poucas resenhas significativas nas revistas de cinema da época. O público (especialmente o feminino) porém adorou o filme e assim começou uma propaganda boca a boca que acabou se refletindo nas bilheterias, tornando "Thelma & Louise" o grande campeão de venda de ingressos daquela temporada. O que explicaria esse tipo de fenômeno? Em minha forma de ver a situação o filme caiu nas graças do espectador porque explorava algo que diz respeito a muitas mulheres pelo mundo afora. As duas personagens principais são esposas frustradas, atoladas em casamentos ruins e relacionamentos destrutivos, que procuram encontrar uma saída para essa encruzilhada que se tornou suas vidas. Para elas o que deveria ser a felicidade de um casamento perfeito acabou se transformando em algo insuportável de tolerar. Então elas simplesmente pegam um carro e caem na estrada, procurando pela liberdade que sempre desejaram.

Não é complicado de entender que a fórmula e o segredo do filme se concentram justamente nisso, nessa situação de dar um basta a uma vida de fachada, infeliz e reprimida, para finalmente buscar o que se deseja, sair pelo mundo em busca de aventuras e ser feliz de uma vez por todas. Some-se a isso a bela atuação da dupla Susan Sarandon e Geena Davis e você entenderá porque afinal o filme fez tanto sucesso. De quebra ainda trouxe um jovem Brad Pitt, ainda desconhecida na época, como um cowboy sensual que seduz uma delas. Que mulher não ficaria extasiada com algo assim? A sociedade muitas vezes massacra a posição da mulher, geralmente a colocando numa situação de submissão e repressão. O enredo de "Thelma & Louise" funcionava justamente como uma válvula de escape para tudo isso. Olhando sob esse ponto de vista realmente o resultado foi acima das expectativas.

Thelma & Louise (Thelma & Louise, Estados Unidos, 1991) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Callie Khouri / Elenco: Susan Sarandon, Geena Davis, Harvey Keitel, Brad Pitt, Michael Madsen / Sinopse: Thelma (Geena Davis) e Louise (Susan Sarandon) são duas amigas que resolvem dar uma guinada na vida. Cansadas de seus relacionamentos ruins e doentios elas resolvem pegar a estrada, buscando por aventuras na rota 66. Filme vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original (Callie Khouri). Também indicado na categorias de Melhor Atriz (Susan Sarandon e Geena Davis, ambas indicadas), Direção, Fotografia e Edição. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A Ilha da Garganta Cortada

Título no Brasil: A Ilha da Garganta Cortada
Título Original: Cutthroat Island
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Michael Frost Beckner, James Gorman
Elenco: Geena Davis, Matthew Modine, Frank Langella

Sinopse:
Morgan (Geena Davis) é uma aventureira, uma pirata dos mares, que está decidida a encontrar um enorme tesouro enterrado numa ilha do caribe. Para sua missão ser bem sucedida porém ela terá que enfrentar uma fila de rivais mal encarados e dispostos a tudo para colocar suas mãos na fortuna perdida! Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria pior direção.

Comentários:
Muitos anos antes de Johnny Depp e a Disney ressuscitarem com grande êxito comercial os filmes de capa e espada com "Piratas do Caribe" houve essa tentativa muito mal sucedida de trazer os velhos bucaneiros dos sete mares de volta para as telas de cinema. O filme era dirigido pelo marido da atriz Geena Davis, o diretor especialista em explosões Renny Harlin, e contava com um bom elenco de apoio. A direção de arte também era bonita e bem feita mas... o roteiro, bobo e derivativo, não conseguiu enganar ninguém. Lançado em pleno verão americano - uma das épocas mais concorridas do circuito comercial - "Cutthroat Island" afundou ruidosamente nas bilheterias, tal como uma nau cheia de piratas fugindo dos navios reais de vossa majestade. O público não comprou a ideia de ir ver um filme novo com sabor das antigas fitas estreladas por Errol Flynn. O péssimo resultado comercial foi um duro golpe para a companhia Carolco que praticamente fechou as portas por causa dos custos não recuperados. No final das contas a única garganta cortada foi mesmo a do estúdio.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A Mosca

Na década de 1950 o cinema de ficção americano deu origem a uma série de filmes maravilhosamente nostálgicos onde conviviam lado a lado o medo das novas tecnologias com a criação de monstros sedentos de sangue. Um dos mais significativos nesse sentido foi o clássico “A Mosca da Cabeça Branca" de 1958. O enredo era um charme. Um cientista em busca da possibilidade de transportar matéria entre dois pontos eqüidistantes acabava entrando em sua própria máquina. Era sua tentativa de transformar o teletransporte em uma realidade. Por um erro porém um inseto, uma mosca, entrava dentro do compartimento na mesma hora em que a experiência era realizada. Diante da situação de ter dois corpos diversos para transportar a máquina de teletransporte acabou criando uma fusão entre o DNA humano e o da mosca, criando nesse processo um monstro. O cientista assim via se transformando no inseto aos poucos, vendo seu organismo passar por um terrível processo de transformação. No filme original a mudança acontecia na cabeça e nas mãos do cientista apenas, já nesse remake realizado praticamente trinta anos depois, já na década de 1980, a fusão se tornava completa transformando o corpo do cientista em uma matéria disforme, apodrecida, deformada.

O diretor David Cronenberg criou assim uma obra aterrorizadora que chamou muito a atenção em seu lançamento por causa da maquiagem perfeita do monstro. Desnecessário dizer que a fita logo se tornou um grande sucesso de bilheteria nos cinemas e depois repetiu o êxito quando chegou nas locadoras de fitas VHS (no auge do sucesso do videocassete). O ator Jeff Goldblum passou certamente por um processo dos mais dolorosos pois a maquiagem pesada em determinado momento do filme tomou conta de todo o seus corpo. Eram horas e horas de maquiagem, o que no final acabou valendo muito a pena haja visto o resultado que vemos nas telas. É curioso que “A Mosca” mesmo sendo produzido em uma era pré-digital consegue ser muito mais verossímil e convincente do que os filmes atuais feitos com tecnologia de computação gráfica. A sensação de se ver algo real, na tela, mesmo que seja uma maquiagem cinematográfica, causa certamente maior impacto no público. Assim não deixe de ver esse pequeno clássico do cinema de terror dos anos 80 – e por favor esqueça sua péssima continuação, “A Mosca 2” que realmente é um horror de filme (no mal sentido).

A Mosca (The Fly, Estados Unidos, 1986) Direção: David Cronenberg / Roteiro: George Langelaan, Charles Edward Pogue / Elenco: Jeff Goldblum, Geena Davis, John Getz / Sinopse: Cientista tenta chegar ao teletransporte mas por um erro acaba tendo seu DNA fundido a de uma mosca que adentrou a máquina no momento em que se realizava seu teletransporte de matéria. Agora terá que lidar com as terríveis transformações pelas quais passa seu novo organismo.

Pablo Aluísio