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domingo, 29 de setembro de 2024

Sonhos de um Sedutor

Título no Brasil: Sonhos de um Sedutor
Título Original: Play It Again, Sam
Ano de Lançamento: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Herbert Ross
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Diane Keaton, Tony Roberts, Jerry Lacy, Susan Anspach, Jennifer Salt

Sinopse:
Um crítico de cinema de Nova Iorque é abandonado pela esposa que lhe comunica que deseja o divórcio. Agora ele precisa arranjar uma nova namorada e isso definitivamente não vai ser algo fácil de arranjar, mesmo com a ajuda providencial de um casal de amigos e do próprio Humphrey Bogart que sai das telas de cinema para lhe dar uma ajudinha. 

Comentários:
Eu dei boas risadas com esse filme! Para um roteiro que tinha como objetivo justamente esse, não poderia haver elogio maior. Inclusive é um dos filmes preferidos do próprio Allen. Ele recentemente o colocou numa exclusiva lista de seus 10 melhores filmes, assim não há mesmo muito o que discutir. Woody Allen brinca com sua imagem pública e nunca se deu tão bem. O roteiro desse filme foi baseado numa peça escrita para o teatro. Provavelmente por essa razão seja tão divertida já que Allen antes do cinema ganhava a vida se apresentando em pequenos teatros de Nova Iorque. Nessas apresentações ele tinha mesmo que fazer rir seu público ou então era vaiado, colocado pra fora do palco. Inclusive a cena que mais me divertiu foi justamente a que ele recebe uma nova garota em seu apartamento. Essa cena foi tirada diretamente da peça teatral, de forma literal. Ele está totalmente nervoso com a situação, mas tenta disfarçar, o que dá origens a momentos de puro humor físico, o que nem sempre foi do feitio de Allen, que sempre preferiu um tipo de humor mais intelectual. Enfim, se tiver que assistir a apenas um filme dele, escolha esse. A diversão estará garantida. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

O Pai da Noiva 2

O primeiro filme com Steve Martin, "O Pai da Noiva", nada mais era do que um simpático remake de um filme clássico estrelado por Spencer Tracy. Mostrava as confusões e sentimentos conflitantes que se abatia sobre um pai nas vésperas de casamento de sua única filha. Além dos enormes gastos havia ainda a triste constatação por parte do pai de que sua amada garotinha havia crescido, se casaria com um homem e sairia de casa para sempre. O filme original sempre foi considerado uma das mais cativantes produções da era de ouro de Hollywood. Embora inferior o remake com Steve Martin também era muito bom, acima da média. Tinha uma mistura de ternura e comédia que funcionava muito bem. Como fez grande sucesso o estúdio, obviamente visando lucro fácil, resolveu investir em uma sequência. Péssima decisão...

Esse "O Pai da Noiva 2" é um prato requentado que tenta contar a mesma estória duas vezes. O pior é que não contente em ser oportunista ainda exagera no tom, quebrando uma das coisas que era um dos maiores méritos do filme anterior, a sutileza e a fina elegância. Nessa continuação tudo parece bem fora do convencional, os roteiristas sem rumo a tomar resolveram até mesmo criar uma absurda história em que o sr. George Banks (Martin) se descobriria pai naquela altura de sua vida! Que grande bobagem! Até o personagem Franck Eggelhoffer (Martin Short) que tanto sucesso fez no filme anterior retorna, de forma bem gratuita aliás. O equívoco é tão claro que até mesmo a fina e elegante Diane Keaton se perde no meio de muitas caras e bocas. Em suma, não adiante perder tempo com essa continuação. Se o enredo lhe atrair de alguma forma prefira ver o clássico original com Spencer Tracy ou então o próprio filme com Steve Martin, que ainda pode ser considerado bom, acima de tudo. Esse aqui é obviamente desnecessário e equivocado.

O Pai da Noiva 2 (Father of the Bride Part II, Estados Unidos, 1995) Estúdio: Sony Pictures / Direção: Charles Shyer / Roteiro: Albert Hackett, Frances Goodrich / Elenco: Steve Martin, Diane Keaton, Martin Short / Sinopse: O Pai da noiva do primeiro filme, o Sr. Banks (Martin), descobre para sua grande surpresa que será pai novamente pois sua esposa está grávida! A paternidade tardia certamente virará sua vida de cabeça para baixo!

Pablo Aluísio. 

domingo, 22 de agosto de 2021

Reds

Ontem revi o filme "Reds". É interessante que cada vez que se vê um filme novamente se muda a percepção sobre ele. Da outra vez que escrevi sobre "Reds" eu chamei mais a atenção para o lado político do filme. Afinal a história de um jornalista americano que vai até a Rússia para viver in loco as mudanças na sociedade durante a revolução russa realmente é um dos pontos fortes de seu roteiro. Entretanto dessa vez prestei mais atenção na personagem da esposa do jornalista John Reed (Warren Beatty), a também escritora Louise Bryant (Diane Keaton). Alguém tem dúvida que ela realmente amava muito esse homem? Que mulher teria coragem de viajar sozinha para a Rússia, em plena era do terror pós revolucionário, para tentar encontrar seu amado que havia desaparecido naquelas longas planícies? Em termos puramente emocionais poucas vezes o cinema mostrou uma mulher tão apaixonada e obstinada como essa. É um amor épico, sem dúvida.

E ainda dentro da perspectiva desse relacionamento outra coisa me chamou a atenção. O casal era comunista, socialista, progressista, se você preferir essa última palavra. Eles gostavam de ser ver como pessoas modernas em um relacionamento aberto. Ele poderia ter suas amantes, ela poderia ter seus momentos com outros homens quando bem entendesse. Porém essa convicção social mal chegou na página 2 como vemos no filme. Em pouco tempo de casados eles já brigavam pelas traições cometidas, em uma postura que ficaria bem adequada em um casal burguês, mas não em socialistas como eles. Enfim, revi o filme com novos olhos, novos ângulos. E sai plenamente satisfeito, o que mostra que sem dúvida, "Reds" é um grande filme sobre um grande amor que por acaso se passou durante a revolução russa.

Reds (Reds, Estados Unidos, 1981) Direção: Warren Beatty / Roteiro: Warren Beatty, Trevor Griffiths / Elenco: Warren Beatty, Diane Keaton, Jack Nicholson, Maureen Stapleton, Jerzy Kosinski / Sinopse: Casal americano de jornalistas decide viajar até a Rússia no exato momento em que está eclodindo uma revolução comunista no país. Socialistas por convicção, eles acabam entrando no olho do furacão que atinge aquela grande nação. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor direção (Warren Beatty), melhor atriz coadjuvante (Maureen Stapleton) e melhor direção de fotografia (Vittorio Storaro).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Presente de Grego

Essa expressão "Presente de Grego" é bem criativa. Como se sabe os gregos deram um belo cavalo de madeira para os troianos. Eles ficaram felizes pelo presente, coisa boa! Só que dentro do cavalo havia um exército para exterminar todos eles. Então deu para entender o que significa um presente de grego, não é mesmo? Uma grande cilada na verdade. Não, esse filme aqui obviamente não é sobre a guerra de Troia. O que temos é na realidade uma boa comédia, com toques de suave drama, envolvendo a talentosa atriz Diane Keaton. Ela interpreta uma executiva de Nova Iorque que sempre priorizou a carreira profissional ao invés de afundar em um casamento qualquer. Ela sempre teve uma visão bem racional do que queria e aí... de repente... o que acontece? Ela se vê com obrigações de cuidar de um bebezinho de colo! Uma completa saia justa e uma situação que ela definitivamente não estava esperando. Mais do que isso, algo que ela sempre evitou, um futuro que não queria de jeito nenhum.

Aliás uma das coisas que mais atrapalharam a vida profissional da Diane Keaton foi aquele longo e conturbado relacionamento com Woody Allen. A partir do momento que ela se viu livre disso sua carreira começou a despontar, com ótimas películas. Coincidência? Penso que não! O diretor neurótico muitas vezes sabotava a carreira dela. Ela queria fazer um filme, ele dizia que não, que era melhor não aceitar, etc... Parecia sabotá-la no cinema. Com Allen fora de quadro ela finalmente começou a brilhar sozinha. Brilho próprio aliás nunca lhe faltou.

Presente de Grego (Baby Boom, Estados Unidos, 1987) Direção: Charles Shyer / Roteiro: Nancy Meyers, Charles Shyer / Elenco: Diane Keaton, Sam Shepard, Harold Ramis / Sinopse: J.C. Wiatt (Diane Keaton) é uma executiva bem sucedida de Nova Iorque que de repente descobre que uma parente distante lhe deixou um baby para ela cuidar! E agora, como ela vai conciliar seu trabalho com o trabalho de cuidar de uma criança?

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

As Filhas de Marvin

Título no Brasil: As Filhas de Marvin
Título Original: Marvin's Room
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Scott Rudin Productions, Tribeca Productions
Direção: Jerry Zaks
Roteiro: Scott McPherson
Elenco: Diane Keaton, Meryl Streep, Leonardo DiCaprio, Robert De Niro, Hume Cronyn, Gwen Verdon

Sinopse:
Após sofrer um derrame, Marvin passa a ser cuidado por sua filha Bessie (Diane Keaton). Vinte anos depois, ela descobre que está com leucemia e que nessa situação delicada de saúde precisará da ajuda de sua irmã Lee (Meryl Streep), que não vê há anos. O reencontro das duas irmãs vai acabar gerando um choque de personalidades.

Comentários:
Esse filme ainda hoje é considerado um dos melhores dramas produzidos nos anos 90. Foi produzido em parte pela produtora do ator Robert De Niro que generosamente interpreta o papel coadjuvante de um médico na história. Além de De Niro o filme ainda tem um elenco maravilhoso. Diane Keaton interpreta a irmã sofredora que passou a vida toda cuidando do pai doente, abrindo mão de sua própria vida pessoal. Meryl Streep é a irmã que foi embora, teve uma vida e passou todo esse tempo negligenciando seus familiares. Seu retorno não vai ser isento de crises e dramas. E completando esse ótimo elenco o filme ainda apresenta um jovem Leonardo DiCaprio interpretando um rapaz de 17 anos, vivendo todos os problemas emocionais de sua adolescência. Grande trabalho de atuação coletiva, o filme levou uma indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz para Diane Keaton. Em minha opinião foi pouco, Meryl Streep e Leonardo DiCaprio também mereciam indicações nas categorias de atriz e ator coadjuvante. Eles também estão ótimos nesse filme sensível e tocante que tampouco deixa de lado momentos de humor e desconcentração no meio de uma história dramática e até mesmo bem pesada.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

O Pai da Noiva

Título no Brasil: O Pai da Noiva
Título Original: Father of the Bride
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Charles Shyer
Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett
Elenco: Steve Martin, Diane Keaton, Martin Short, Kimberly Williams-Paisley, Kieran Culkin, George Newbern

Sinopse:
George Banks (Steve Martin) é aquele tipo de pai ao velho estilo. Ele sempre teve um ótimo relacionamento com a filha, mas agora ela vai se casar, o que acaba trazendo ao paizão uma série incrível de problemas e aborrecimentos com a festa e seus preparativos. Filme indicado ao MTV Movie Awards.

Comentários:
Esse filme na realidade é um remake de um antigo filme estrelado pelo ator Spencer Tracy chamado "O Papai da Noiva", lançado em 1950. Como também é uma daqueles histórias atemporais, tudo foi uma questão apenas de adaptar melhor para nossos dias. O diretor Charles Shyer sem dúvida fez um bom trabalho nessa nova versão, principalmente porque optou bastante em focar no trabalho do elenco. Steve Martin, como o pai da noiva, está excelente, embora sua caracterização fique um pouco diferente da de Spencer Tracy. Enquanto esse era durão e com voz de trovão, Martin é do tipo mais dócil, aquele tipo de pai amigo da filha, que nunca vai elevar a voz contra ela. O ator  Martin Short faz um tipo muito engraçado, um desses profissionais de casamento, muito afetado e cheio de trejeitos. O choque com o personagem de Martin rende as melhores piadas e os momentos mais engraçados do filme. De resto é um filme bem "Family Friendly" que era a marca registrada das produções açucaradas da Touchstone Pictures nos anos 90.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Linhas Cruzadas

Um filme feito por elas e para elas. Aqui a atriz Diane Keaton decidiu adaptar o livro escrito por Delia Ephron para o cinema. O interessante é que o roteiro acabaria sendo escrito também pela autora, o que criou um clima de autenticidade forte para o que se viu na tela depois. E partindo de seu prestígio pessoal Diane Keaton decidiu trazer um bom elenco para seu filme. Tudo feito na base da amizade pessoal. Convite de amigas para amigas. A primeira que aceitou participar foi a "namoradinha da América" (pelo menos até os anos 90) Meg Ryan. Ela já vinha tentando levantar sua carreira que vinha de mal a pior. A segunda a embarcar no projeto foi Lisa Kudrow. Vinda do sucesso da série "Friends" ela procurava consolidar sua carreira no cinema (algo que efetivamente nunca se concretizou, infelizmente).

Elas interpretavam três irmãs que descobriam após alguns anos que seu pai estava passando por inúmeros problemas, inclusive estando internado em um hospital de Los Angeles. Assim a reunião familiar se tornava inevitável. O filme procurou ter humor, mas sem esquecer também de desenvolver a personalidade de cada personagem, tudo colocando em primeiro plano a obsessão delas por longos telefonemas. Funcionou? Mais ou menos. Não é no final das contas um dos filmes mais memoráveis das carreiras delas. Obviamente Ryan e Lisa já fizeram coisas bem melhores. E nem vou falar de Diane Keaton pois seus filmes ao lado de Allen já ficariam anos luz desse filme meio esquecível. Então é isso, se gosta dessas atrizes arrisque, mas vá sabendo que não encontrará nada de muito relevante ou marcante. É um filme que funciona como mero passatempo e nada muito além disso.

Linhas Cruzadas (Hanging Up, Estados Unidos, 2000) Direção: Diane Keaton/ Roteiro: Delia Ephron / Elenco: Diane Keaton, Meg Ryan, Lisa Kudrow / Sinopse: Três irmãs, muitos problemas, vidas sentimentais confusas e um pai em um leito de hospital. Filme baseado no best-seller escrito por Delia Ephron, feito especialmente para o público feminino.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de dezembro de 2018

A Última Noite de Bóris Grushenko

Filme da fase ainda inicial da carreira de Woody Allen. Não deixa de ser interessante assistir a uma comédia como essa para perceber bem como o humor do cineasta foi mudando com o passar do tempo. Aqui temos um estilo bem mais simples, apelando até mesmo para alguns momentos pastelão! Allen ainda usava sua imagem, a de baixinho, magro e de óculos, como muleta para fazer o público rir. Só em momentos mais pontuais arriscava encaixar algum diálogo mais bem elaborado, mas inteligente. O roteiro é praticamente uma paródia do clássico da literatura "Guerra e Paz". O cenário é o mesmo, nos tempos da Rússia czarista, prestes a ser invadida pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Allen interpreta o protagonista, um sujeito que só quer viver sua vida em paz, escrevendo seus péssimos poemas, mas que é jogado no meio da guerra pois naqueles tempos era impensável não defender a grande nação dos invasores estrangeiros. Uma oportunidade para Allen criar situações divertidas e engraçadas.

Assim Woody Allen usa do estilo de vida militar para fazer suas piadas, nenhuma particularmente muito original. Charles Chaplin e Jerry Lewis já tinham explorado esse mesmo tema em seus filmes. O resultado assim se torna bem mediano. Gostaria inclusive de saber o que Allen, após tantos anos, acharia ao rever um filme como esse, de seus primórdios. Acredito que ele teria até mesmo uma pontinha de vergonha pelas cenas mais apelativas, como aquela em que ele se torna uma bala de canhão, literalmente. No mais ainda vale pela presença de uma jovem e bela Diane Keaton, também tentando emplacar no cinema, fazendo humor. Fora isso é preciso reconhecer também que esse filme envelheceu muito mal. Hoje em dia dificilmente arrancaria gargalhadas dos fãs atuais do diretor.

A Última Noite de Bóris Grushenko (Love and Death, Estados Unidos, 1975) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Woody Allen, Diane Keaton, Georges Adet / Sinopse: Durante a invasão de Napoleão Bonaparte na Rússia, um jovem intelectual e poeta acaba sendo enviado para o campo de batalha. Desajeitado e nada vocacionado para a guerra acaba virando um herói nacional! Filme premiado no Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de outubro de 2018

Reds

Já que o tema envolvendo ideologias políticas anda tão em voga no Brasil por causa da recente eleição, vale lembrar desse excelente filme chamado "Reds". Seu roteiro foi baseado em fatos reais, na história do jornalista americano John Reed que no começo do século XX foi até a Rússia cobrir a revolução que acontecia naquela grande nação. O regime do czar virava ruínas, enquanto os comunistas, naquela ocasião chamados de bolcheviques, tomavam o poder com sangue e fúria. O filme tem quase um estilo documental, porém investindo também numa boa dramaturgia, especialmente valorizada pelo maravilhoso elenco (afinal quem teria o luxo de ter um nome como Jack Nicholson como mero coadjuvante na época?). Foi um projeto bem pessoal do ator Warren Beatty, que não apenas atuou no filme como também produziu, escreveu o roteiro e o dirigiu!

O resultado para muitos soou um pouco excessivo e pesado. Com quase 200 minutos de duração, tem que realmente ter disposição para encarar sua longa duração. Outro aspecto que muitos reclamaram foi do claro viés esquerdista de seu roteiro. Sobre isso, bom, não haveria como mudar. Como o roteiro foi baseado no livro do próprio jornalista retratado na história chamado "Dez Dias que Abalaram o Mundo" e como ele era um socialista de carteirinha, não havia como fazer de outro modo. A visão na tela não deixa de ser do John Reed real, da história. De qualquer modo, como puro cinema, "Reds" ainda é um filme muito bom, que deve ser conhecido por essa nova geração de cinéfilos que está aí.

Reds (Estados Unidos, Inglaterra, 1981) Direção: Warren Beatty / Roteiro: Warren Beatty, Trevor Griffiths / Elenco: Warren Beatty, Diane Keaton, Jack Nicholson, Paul Sorvino, Maureen Stapleton, Edward Herrmann, M. Emmet Walsh / Sinopse: O filme retrata a revolução russa comunista sob a ótica de um jornalista americano que foi até o país cobrir os acontecimentos históricos. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Maureen Stapleton), Melhor Direção (Warren Beatty) e Melhor Direção de Fotografia (Vittorio Storaro).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

The Young Pope

Título Original: The Young Pope
Título no Brasil: Não Definido
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra, Itália
Estúdio: HBO, Canal+
Direção: Paolo Sorrentino
Roteiro: Paolo Sorrentino, Umberto Contarello
Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando, Scott Shepherd
  
Sinopse:
Série em 10 episódios que conta a estória ficcional do primeiro Papa americano, Pio XIII (Jude Law). Criado em um orfanato católico, muito ligado a uma freira chamada Irmã Mary (Diane Keaton) ele é eleito pelo conclave romano mesmo tendo pouca idade e pouca experiência como Cardeal. Uma vez no trono de Pedro o novo Papa começa a jogar a intensa política dos corredores do Vaticano, procurando descobrir as conspirações em sua volta, ao mesmo tempo em que deseja mudar certos aspectos da Igreja. Dono de um estilo único ele parece disposto a abalar as estruturas do poder religioso.

Episódios Comentados:

The Young Pope 1.01 - First Episode
Vou aqui comentar os episódios que for assistindo, de forma gradual. Nesse primeiro episódio, como era de se esperar, os personagens são apresentados ao público. Um fato interessante é que a primeira cena, onde o novo Papa parece emergir de uma montanha de corpos de bebês, tudo na verdade não passaria de um pesadelo que acomete o sumo pontífice na noite anterior a sua primeira homilia ao rebanho católico. Depois conforme o episódio avança vamos tomando conhecimento dos fatores que levaram aquele Papa americano tão jovem ao poder. Um grupo de cardeais o elegeu como uma espécie de marionete de seus interesses. Seus planos de dominação porém caem por terra porque logo no primeiro dia de seu pontificado. O novo Papa começa a tomar decisões próprias, limitando e confrontando o poder da cúria ao seu redor. Um aspecto curioso dessa nova série que o espectador mais atento vai logo perceber é que tudo se desenvolve sobre uma fina camada de ironia, quase desbancando para o humor negro. Isso leva a cenas supostamente absurdas, de puro nonsense, que depois ou se revelam sonhos e pesadelos, ou devaneios alucinados da mente do novo Papa. Ele inclusive tem hábitos fora do comum, como fumar e usar um padre de confissões para saber tudo o que está acontecendo pelos corredores do Vaticano. Ainda é prematuro para julgar uma série pelo primeiro episódio, mas posso adiantar que há uma boa produção, um roteiro no mínimo interessante e um bom elenco. Se a série vai pegar realmente, aí já é uma questão de tempo. Não há outro caminho a seguir a não ser acompanhar os próximos episódios para ver no que tudo isso vai dar. / The Young Pope 1.01 - Pilot (Estados Unidos, França, Inglaterra, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino, Umberto Contarello / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando, Scott Shepherd.

The Young Pope 1.02 - Episode 1.2
Essa série é bem fora do comum. Não pelo fato de mostrar a vida de um Papa, a do primeiro Papa americano da história, aqui chamado de Pio XIII, mas sim por alguns caminhos que o roteiro gosta de tomar. Logo em seus primeiros dias no poder o Sumo Pontífice compra brigas com vários cardeais da cúpula da Igreja. Suas decisões são imprevisíveis e todos em Roma sentem isso. Ele não parece disposto a seguir convenções. Visitado pela diretora de campanha de marketing do Vaticano ele recusa de forma cabal o uso de sua imagem em produtos. Ele se considera - pelo menos assim diz ser - um nada! Ele não quer nem ao menos ser visto em jornais, TVs e a mídia em geral. Ora, uma das funções do Papa é sair pelo mundo, pregando o evangelho. Virar um ícone na mídia é consequência natural. Para Pio XIII porém isso está fora dos planos e ele se esconde nas sombras até mesmo quando resolve fazer sua primeira homilia na sacada da Basílica de São Pedro. Essa cena aliás é de grande impacto porque o diretor Paolo Sorrentino resolveu usar uma trilha sonora apoteótica, quase apocalíptica! O Papa havia recebido uma carta de um garotinho americano dizendo que não conseguia acreditar em Deus. O que ele deveria fazer então? Essa carta inflama o novo Papa que resolve literalmente jogar os cachorros em cima dos fiéis, fazendo um discurso duro, pesado e também desastroso em seus efeitos. Jude Law está muito bem como esse Papa Pio XIII. Ele tem um olhar de que está escondendo algo bem sério. Firme em suas decisões, parece disposto a levar bem à sério seu cargo. Em uma das cenas mais interessantes desse episódio ele confronta abertamente um jovem cardeal sobre as suspeitas de que ele seria homossexual. Em outro momento resolve soltar um canguru dado de presente por católicos australianos nos jardins seculares do Vaticano. Some-se a isso a crescente tensão que vai se criando em torno de sua relação com Mary Sister (Keaton), que pode ser inclusive sua mãe que ele pensa jamais ter conhecido. Enfim, mais uma, no mínimo, instigante série com o selo HBO. Para não perder de vista. / The Young Pope - Episode 1.2 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando, Javier Cámara, Scott Shepherd, Cécile De France.

The Young Pope 1.03 - Episode 1.3
Mais um episódio muito bom dessa nova série. Aqui um velho cardeal, já cansado pelos anos vividos, encontra o Papa Pio XIII nos jardins do Vaticano e lhe diz uma frase emblemática: "Vossa Santidade é tão jovem, mas tem ideias tão antigas!". Realmente os primeiros dias desse papado da ficção são mesmo de assustador os fiéis. Ele se recusa a aparecer publicamente e traz uma mensagem de medo e até mesmo terror. Seu grande mentor é o Cardeal Spencer, um homem ambicioso que acreditava piamente que seria eleito no Conclave. Ao invés disso foi eleito seu pupilo, um cardeal americano, algo que jamais aconteceu na história da Igreja Católica. Inicialmente Pio XIII pede para que ele o ajude no papado, mas ferido em seu próprio orgulho pessoal, ele se recusa. Tudo muda quando ele é confrontado por um dos mais antigos veteranos sobre sua lealdade e amor à Igreja. A partir daí tudo muda. Uma das melhores coisas desse roteiro acontece quando Pio XIII recebe Spencer para uma conversa franca. Ele explica ao seu antigo mestre que tem um grande plano para a Igreja, mas Spencer o conhece muito bem para saber que psicologicamente ele ainda é um menino que foi abandonado pelos pais nos portões de um orfanato católico muitos anos atrás e que por isso estaria disposto a literalmente se vingar do mundo. Enfim, revelar mais seria equivocado de minha parte. Basta apenas dizer que o roteiro vai aos poucos desvendando os traumas, obsessões e marcas psicológicas que marcam esse sumo pontífice. Para uma série dos dias atuais essa profundidade psicológica explorada em um dos personagens já está de muito bom tamanho, vamos ser sinceros. / The Young Pope 1.03 - Episode 1.3 (Estados Unidos, Itália, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.04 - Episode 1.4 
Enquanto o país vai derretendo com mais uma crise política aproveitei o tempo livre para assistir mais alguns episódios das séries que acompanho. Dentre elas uma das melhores é "The Young Pope". Nesse quarto episódio da primeira temporada as intrigas palacianas no papado do Papa Pio XIII continuam. Aqui surge um novo vidente. Um sujeito com cara de maluco, um criador de ovelhas, que diz ver e ouvir a virgem Maria. Ele aparece na TV, enquanto o Papa fuma tranquilamente seu cigarro. Essa cena, diga-se de passagem, ficou hilária por causa da cara cínica que Jude Law faz! Impagável. Outro ponto divertido desse episódio surge quando o Papa recebe a visita da primeira ministra da distante e fria Groenlândia. Os católicos por lá são minoria, embora tenha sido a primeira religião a chegar na ilha, cinco séculos atrás. O Papa então pergunta o que estaria por baixo de tanto gelo naquele distante lugar. Com a premier meio embaraçada ele conclui: "Acho que Deus está por baixo de todo aquele gelo!". Um diálogo muito espirituoso e bem escrito, demonstrando que os roteiros dessa série são bem caprichados. Em outro momento no mínimo curioso o Papa comunica ao seu secretário geral que todos os gays do clero devem ser expulsos! A reação do velho cardeal é igualmente divertida. Enfim, se existe uma boa série em cartaz atualmente essa é "The Young Pope", mesmo com sua ironia de humor negro. / The Young Pope 1.04 - Episode 1.4 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.05 - Episode 1.5
O Papa Pio XIII (Jude Law) não é um homem de moderação. Ele resolve assim usar as roupas mais extravagantes, as mais suntuosas e manda trazer de novo a tiara romana, uma coroa usada pelos papas da idade média. Cheia de jóias e materiais preciosos, passa longe da humildade. Em sua forma de ver o povo deve ir atrás da igreja e não o contrário. Enquanto o novo Papa vai armando sua nova visão de mundo, alguns cardeais começam uma conspiração contra ele. Algumas fotos são tiradas com o Papa e a jovem loirinha, que trabalha no Vaticano, tudo com o objetivo de constrangê-lo ou quem sabe promover um escândalo, com a renúncia do Papa. Mas nada saiu do mero planejamento. Enquanto isso o Papa reencontra seu velho amigo, o Cardeal Dussolier (Scott Shepherd). Eles foram criados juntos no mesmo orfanato. O Cardeal agora trabalha em Honduras, um país assolado pelo poder dos traficantes de drogas e é chamado pelo Papa para Roma, para lhe ajudar em seu novo papado. Juntos eles recordam dos velhos tempos, saindo para dar algumas voltas. Compram cigarros, fumam e fazem um lanche com fast food. Afinal o papa é pop! / The Young Pope 1.05 - Episode 1.5 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.06 - Episode 1.6
O Papa Pio XIII (Jude Law) se encontra com o primeiro ministro da Itália. Um político com cara de formiga, muito astuto e metido a espertinho, inteligentinho. Querendo dar uma de politicamente correto o político tenta confrontar o Papa, mas leva uma lição de como se deve realmente temer o poder do Vaticano. Astuto de verdade é o Papa, não aquele sujeito que pensa ser o dono da bola. Depois o Papa decide visitar a loirinha que acabou ganhando seu afeto. O hospital é todo fechado para a visita do líder da igreja católica. Ele vai lá e num momento de distração acaba deixando o bebê recém nascido escapar de seus braços. Depois de volta ao Vaticano, uma grande cerimônia é celebrada na Capela Sistina. O Papa decide nomear um novo cardeal, para ir até os Estados Unidos resolver uma questão da igreja. O sujeito tem problema com bebidas e não parecer ser o mais indicado, mas vale a decisão papal. Por fim há uma cena interessante nesse episódio quando um cardeal morre na sala de jantar da cúria. Quando ele cai, falecido, um observador irônico decreta: "Ele morreu da mesma coisa que a nossa igreja vai morrer: de velhice!" / The Young Pope 1.05 - Episode 1.6(Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.07 - Episode 1.7
Há um boato circulando dentro das altas esferas de poder do Vaticano. Dizem os cardeais que o novo Papa Pio XIII (Jude Law) simplesmente não acredita em Deus! Ele seria ateu! Haveria absurdo maior na história da Igreja Católica? Acredito que não! O próprio Papa parece bem decepcionado com seu papado e chega até mesmo a falar em renúncia. Enquanto as coisas vão ficando ruins no Vaticano ele vai se aproximando ainda mais do jovem casal com quem parece ter uma aproximação fora do comum. Órfão, ele parece ter uma fixação com as questões familiares. E é justamente em cima disso que uma cena é armada. Um casal, se dizendo os verdadeiros pais do Papa, o visitam no Vaticano. O Papa porém não nasceu ontem e sabe que tudo não passa de uma armação. Ele diz que sua mãe não tem o mesmo cheiro que ele se lembra e por isso a farsa é desmontada. Esse porém não é o único desapontamento do Papa. Seu grande amigo e fiel aliado, o Cardeal Dussolier (Scott Shepherd), é assassinado em Honduras. Ele caiu em uma emboscada armada pelo principal chefe do tráfico do país. Morto com um tiro, é deixado agonizando no meio da estrada, no meio do nada, para apodrecer, voltando ao pó de onde viera! Tal como preconizada pelas escrituras sagradas! /  The Young Pope 1.07 - Episode 1.7 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.08 - Episode 1.8
Aconselhado por sua relações públicas, o Papa Pio XIII (Jude Law) resolve fazer sua primeira viagem internacional, algo que imediatamente chama a atenção da imprensa mundial, uma vez que o novo papa não se deixa fotografar e nem aparecer publicamente. A viagem é programada para a miserável África. Lá uma freira montou um centro de ajuda aos pobres, mas o Papa descobre que ela na verdade é uma cretina que usa a água, tão escassa na região, para chantagear as pessoas em seu favor. Pior do que isso, a freira é lésbica e troca até mesmo favores sexuais em troca do precioso líquido. Para piorar o país é dominado por um daqueles ditadores africanos sanguinários que todos conhecem tão bem. Na visita há um encontro programado entre o Papa e o ditador, mas ele não aparece. Ao invés diz proclama um discurso nos alto falantes falando sobre paz e harmonia. O discurso é excelente, dizendo que enquanto não houver paz ninguém terá a honra de sua presença e nem a de Deus. É um raro momento de acerto em um Papado que parecia mergulhar no desastre completo! / The Young Pope 1.08 - Episode 1.8 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.09 - Episode 1.9
Esse foi um dos episódios que mais gostei até o momento. Nele acompanhamos a luta solitária do enviado do Papa até os Estados Unidos. Sua missão é descobrir se uma alta autoridade da Igreja esteve mesmo envolvido em casos de pedofilia. Como o sujeito é poderoso e influente fica bem complicado de arranjar testemunhas, mas eis que surge seu próprio filho para desmascará-lo. Além dele o cardeal Gutierrez (Javier Cámara) descobre imagens comprometedoras do arcebispo Kurtwell (Guy Boyd) com o jovem. Ele chegou até a inaugurar uma quadra de tênis apenas para safisfazer os desejos do rapaz! Outro ponto importante desse episódio é a morte do cardeal Michael Spencer (James Cromwell). Seu diálogo final com o papa é bem emocionante e sugere que Pio XIII é capaz até de fazer milagres! Enfim, belo episódio, mostrando toda a qualidade dessa série que é realmente acima da média. / The Young Pope 1.09 - Episode1.9 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino, Umberto Contarello / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.10 - Episode 1.10
Essa série caminhou muito bem... até esse episódio final (final mesmo, a série acaba aqui!). Os roteiros foram bem escritos de uma maneira em geral, com uma ou outra bobeirinha no meio dos episódios. O mais bizarro de tudo foi investir na figura de um Papa chamado Pio XIII (nome que aliás poderá ser adotado em algum momento da história) que foge completamente dos padrões da igreja católica. Ele não quer aparecer em público, evita exibições e aparições públicas (por achar puro exibicionismo) e abomina os holofotes. Ao invés disso acaba adotando uma retórica dura (dura demais para a maioria dos fiéis!). A série também insinua que ele teria o dom dos milagres, curando pessoas à beira da morte ou então fazendo com que casais com problemas de fertilidade tenham filhos! Esse episódio final tem algumas cenas extremamente interessantes, como aquela em que Pio XIII se vê diante de todos os papas do passado, ali, materializados ao seu lado! São facilmente identificáveis os papas João XXIII (o Papa Bondoso) e Júlio II (um dos mais famosos Papas imperadores da história). Pena que diante de uma ideia tão boa os roteiristas não tenham explorado mais esse estranho encontro sobrenatural de uma forma mais criativa, explorando mais a situação surreal! Dito isso devo também dizer que achei a cena final um tanto decepcionante (principalmente com aquele globo terrestre, bem fraquinho, beirando a breguice!). Mesmo assim com esse tropeção final não vou deixar de elogiar "The Young Pope". Particularmente gostei mesmo da série e olha que me considero um bom católico. Não ofendeu a fé das pessoas e nem virou galhorfa. Valeu a pena ter acompanhado os dez episódios. Na pior das hipóteses foi uma série inteligente e divertida. / The Young Pope - Episode 1.10 (Estados Unidos, Itália, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino, Umberto Contarello / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando, James Cromwell, Javier Cámara, Scott Shepherd.
                      
Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro

Título no Brasil: Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro
Título Original: Mad Money
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Big City Pictures, Granada Entertainment
Direção: Callie Khouri
Roteiro: Glenn Gers, John Mister
Elenco: Diane Keaton, Queen Latifah, Katie Holmes

Sinopse:
Bridget Cardigan (Diane Keaton) é surpreendida ao saber que está prestes a perder sua confortável vida e casa, quando seu marido é demitido. Ela sai, então, em busca de um emprego. Após ter ficado anos sem trabalhar, ela consegue uma vaga no banco da reserva federal americana. Aos poucos, descobre que tem muito em comum com suas novas companheiras de trabalho.

Comentários:
Definitivamente não deu muito certo esse "Mad Money". A ideia era fazer uma comédia sobre três mulheres que resolvem fazer uma loucura para finalmente mudarem suas vidas de uma vez por todas. Obviamente o marketing da produção se apoiava completamente na presença de Katie Holmes, que de estrelinha de TV passou a celebridade por causa de seu casamento com o galã Tom Cruise. Mas ela não tem vocação para ser uma estrela de primeira grandeza, essa é a simples verdade. Até mesmo a sempre fina e elegante Diane Keaton perde a compostura nesse roteiro vulgar que fica mais adequado para a verve cômica de Queen Latifah, essa sim bem mais á vontade com a proposta do filme em si. Assim o resultado final é bem decepcionante e não vale a pena. Melhor perder tempo lendo as fofocas do casal Holmes / Cruise do que ver esse filme muito fraquinho e sem relevância.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Manhattan

Título no Brasil: Manhattan
Título Original: Manhattan
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Jack Rollins & Charles H. Joffe Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen, Marshall Brickman
Elenco: Woody Allen, Diane Keaton, Meryl Streep, Mariel Hemingway

Sinopse:
Isaac (Woody Allen) é um sujeito muito mal resolvido na vida sentimental. Ele acabou de se divorciar de Jill (Meryl Streep) mas não consegue cortar os laços afetivos com ela. Ao mesmo tempo está indeciso entre qual mulher ficará, Mary (Diane Keaton) ou Tracy (Mariel Hemingway), uma jovem estudante? No meio de tantas dúvidas resolve escrever um livro sobre aspectos pessoais de sua própria vida. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Mariel Hemingway) e Melhor Roteiro Original (Woody Allen, Marshall Brickman). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama.

Comentários:
Um dos filmes mais queridos da carreira de Woody Allen. Por essa época o diretor e ator já estava deixando completamente de lado sua imagem de humorista trapalhão para assumir uma postura bem mais cult e intelectual. "Manhattan" é bem isso. Uma tentativa (muito bem sucedida, aliás) de ser visto finalmente como diretor autoral, com conteúdo, que tinha algo relevante a dizer. Hoje em dia Allen está fazendo uma verdadeira tour mundial realizando filmes em diversas cidades mundo afora mas não é segredo para ninguém que ele ama mesmo é a cosmopolita Nova Iorque. Quem duvida ainda da afirmação precisa ver (ou rever) esse filme para entender. Allen adota um tom de carinho mesmo pela cidade, fazendo um painel muito amoroso com os recantos da grande maçã. Já em relação ao roteiro, sobre um homem de quarenta e poucos anos envolvido em diversos problemas amorosos não podemos deixar de fazer uma ligação com a própria vida do diretor. Os filmes de Allen sempre foram em maior ou menor grau apenas autobiografias disfarçadas em celuloide. Recentemente o diretor foi acusado por um de seus filhos adotivos de ter mantido relações indecorosas quando ela ainda era menor de idade. Pois bem, nesse roteiro Allen também se vê apaixonado por uma garota de apenas 17 anos! A vida imita a arte? Quem sabe...

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de maio de 2014

O Poderoso Chefão II

Título no Brasil: O Poderoso Chefão II
Título Original: The Godfather Part II
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: Francis Ford Coppola, Mario Puzo
Elenco: Al Pacino, Robert De Niro, Robert Duvall, Diane Keaton, John Cazale, Lee Strasberg 

Sinopse:
Nova Iorque. Década de 1920. Vito Corleone (Robert De Niro) é um imigrante italiano que tenta subir na vida na grande metrópole americana. Vindo de baixo, acaba sendo alvo de criminosos que querem extorquir e se aproveitar de seu pequeno negócio. Sem outra alternativa resolve reagir contra as injustiças, nascendo daí uma das mais poderosas famílias mafiosas dos Estados Unidos. 

Na outra linha narrativa, Michael Corleone (Al Pacino) começa a se envolver cada vez mais nas atividades ilícitas de seu clã, ao tentar ampliar os negócios dos Corleones através de Nevada e de Cuba, prestes a passar por uma grande revolução comunista. Filme indicado a onze prêmios da academia, sendo vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção (Francis Ford Coppola), Melhor Roteiro (Francis Ford Coppola, Mario Puzo), Melhor Ator Coadjuvante (Robert De Niro), Melhor Direção de Arte e Melhor Música. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria Melhor Ator (Al Pacino).

Comentários:
Considerado por grande parte da crítica americana como o melhor filme da saga "The Godfather", o que não deixa de ser curioso pois quando o projeto da produção foi anunciado nos anos 70 muitos criticaram a proposta, afinal de contas o primeiro filme foi considerado um clássico absoluto, uma obra de arte completa. Fazer uma continuação era visto como algo indigno. Para surpresa de toda essa gente o fato é que "The Godfather Part II" se mostrou um filme não apenas à altura do primeiro, mas também em certos aspectos bem superior. O roteiro, brilhantemente escrito por Francis Ford Coppola e Mario Puzo, não apenas se limitou a levar em frente o enredo do filme original, mas também desenvolveu de forma genial o passado de Vito Corleone, aqui interpretado de forma irrepreensível por Robert De Niro. 

Assim não são poucos os que acham que na realidade se trata de dois (grandes) filmes em apenas um só! O espectador acaba conhecendo as origens da família Corleone, mostrando que na realidade Don Vito era apenas um imigrante italiano tentando vencer na América honestamente e que precisou trilhar o caminho da violência para proteger seus entes queridos. Na outra linha narrativa o espectador também começa a ver a transformação de Michael Corleone (Pacino). Criado para se tornar o orgulho da família, afastado do lado criminoso de suas atividades, ele acaba ficando no meio do fogo cruzado por diversas circunstâncias que lhe fogem das mãos. Seu destino então se torna traçado a partir desses acontecimentos. Não restam dúvidas, o filme é de fato uma obra prima da sétima arte, um dos melhores da história do cinema americano. Simplesmente maravilhoso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O Poderoso Chefão III

Título no Brasil: O Poderoso Chefão III
Título Original: The Godfather: Part III
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Zoetrope Studios
Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: Mario Puzo, Francis Ford Coppola
Elenco: Al Pacino, Diane Keaton, Andy Garcia, Talia Shire, Eli Wallach, Joe Mantegna, George Hamilton, Bridget Fonda, Sofia Coppola 

Sinopse: 
Tentando legalizar as atividades de sua família, o agora chefão Don Michael Corleone (Al Pacino) tenta se tornar um homem respeitável. Ao lado de um pupilo ao qual tem grandes esperanças ele combate velhos e novos inimigos de seu grupo. Também vê uma oportunidade de lavar o dinheiro de suas atividades criminosas usando o Banco do Vaticano. A morte do Papa João Paulo I porém trará alguns problemas para seus planos iniciais. indicado a sete Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor (Francis Ford Coppola) e Melhor Ator Coadjuvante (Andy Garcia).

Comentários:
Terceira parte da genial franquia "The Godfather". Esse filme tive o prazer de assistir no cinema. Foi uma das produções mais comentadas do ano. O problema básico era que os dois primeiros filmes sempre foram considerados clássicos absolutos da história do cinema - tanto que foram os grandes vencedores do Oscar em seus respectivos anos - e por isso houve uma verdadeira comoção quando a Paramount anunciou que iria fazer a terceira parte da saga. As filmagens foram extremamente complicadas e polêmicas. Coppola resolveu escalar sua filha, Sofia, para um dos papéis e isso caiu como uma bomba no meio cinematográfico. Acusações de nepotismo barato vieram de todas as partes. De fato Sofia (que anos depois iria se revelar uma cineasta talentosa) era muito fraca como atriz. Mesmo assim não há como negar que estamos na presença de um belo filme. Sim, é bem inferior ao primeiro e segundo "Poderoso Chefão" mas isso não o desmerece. Há todo um enredo muito bem estruturado em seu roteiro, além disso não há como negar o fato de que Al Pacino está perfeito na pele de Don Michael Corleone. Não é uma obra prima certamente mas também não deixa de ser um grande filme. Se puder assistir não perca!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O Casamento do Ano

Comédias românticas sobre casamentos já estão saturadas mas Hollywood persiste nesse prato requentado. Chega agora aos cinemas mais um filme nesse estilo, o diferencial é o ótimo elenco composto por grandes nomes como Robert De Niro, Susan Sarandon, Diane Keaton e Robin Williams. Pena que tantos atores talentosos não tenham muito com o que trabalhar. O fato é que o roteiro de "O Casamento do Ano" não traz nenhuma novidade. Na estória somos apresentados a uma família bem disfuncional. Os pais, Don (Robert De Niro) e Ellie (Diane Keaton), estão divorciados e o ex-marido vive com sua amante, Bebe (Susan Sarandon). Os três filhos são bem diferentes entre si. Lyla (Katherine Heigl) é uma advogada com o casamento em crise. Ela tenta engravidar há muito tempo mas sem sucesso. Após brigar com o marido chega para o casamento de seu irmão mais jovem, Alejandro (Ben Barnes), que é colombiano de nascimento. Ele foi adotado ainda garoto por seus pais americanos para estudar e crescer na vida. Já o irmão do meio, Jared (Topher Grace), é médico mas tem uma vida sentimental confusa e mal resolvida.

As coisas começam a ficar confusas quando Alejandro convida sua mãe natural, uma colombiana conservadora, católica fervorosa para seu casamento. Com medo da desaprovação dela ele tenta esconder o fato de que seus pais adotivos são divorciados e inventa uma farsa que ainda são casados, o que dará origem a muitas confusões durante sua cerimônia de casamento. São muitos personagens em cena e nenhum deles chega a ser bem desenvolvido. O papel de Robin Williams, como um padre católico beberrão, por exemplo, poderia dar margem a muita cenas divertidas e engraçadas mas infelizmente é outro que segue o caminho do desperdício. Esse é aquele tipo de filme que começa até divertido mas que vai decaindo, decaindo até o espectador finalmente entender que nada mais de interessante vai acontecer. Espero que depois de mais essa comédia insossa sobre casamentos Hollywood finalmente desista de fazer mais filmes desse tipo. Já deu o que tinha que dar.

O Casamento do Ano (The Big Wedding, Estados Unidos, 2013) Direção: Justin Zackham / Roteiro: Justin Zackham, Jean-Stéphane Bron / Elenco: Robert De Niro, Katherine Heigl, Diane Keaton, Amanda Seyfried, Topher Grace, Susan Sarandon, Robin Williams, Ben Barnes / Sinopse: O casamento do jovem Alejandro (Barnes) e sua jovem noiva,  Missy (Amanda Seyfried), se torna uma grande confusão quando se unem na cerimônia sua família adotiva e natural.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de abril de 2012

Alguém Tem Que Ceder

Harry Langer (Jack Nicholson) é um executivo milionário da indústria da música que gosta de se relacionar com garotas bem mais jovens do que ele. Sua namorada Marin (Amanda Peet), que tem idade para ser sua filha, decide então lhe apresentar sua mãe, Erica (Diane Keaton) em sua casa de praia. Durante a visita porém Harry começa a passar mal e sofre uma parada cardíaca. Sob os cuidados de Erica e do médico boa pinta Julian (Keanu Reeves) ele começa a se recuperar. De repente nota que está começando a se interessar romanticamente pela mãe de sua namorada! Erica, por sua vez, também está começando a se interessar por um homem mas não por ele e sim pelo jovem médico bonitão. Sem perceber acaba se formando um triângulo amoroso entre todos eles. "Alguém Tem Que Ceder" é uma comédia romântica com excelente elenco que tenta vender esse gênero para um público mais maduro. Jack Nicholson dá uma pausa em seus personagens mais introspectivos e profundos para surgir em cena na pele do cafajeste Harry, um sujeito bem vazio que gosta mesmo é de um bom rabo de saia juvenil. Ao se deparar com uma mulher mais velha, interessante e atraente, ele acaba repensando sua própria forma de ver as mulheres. Pronto para uma nova experiência ele tenta conquistar a mãe de sua jovem namorada, o problema é que para ser bem sucedido vai ter que vencer a competição com o médico interpretado por Keanu Reeves (novamente disponibilizando ao seu público mais uma atuação ao seu estilo, ou seja, bem medíocre).

Quem segura as pontas do filme mesmo é a dupla Nicholson e Keaton. Ex-musa de Woody Allen aqui Diane Keaton surge bem mais bonita, sofisticada, com belo figurino. Sua química ao lado do velho Jack funciona muito bem e juntos são responsáveis pelos melhores momentos do filme que, apesar de não ser uma maravilha, funciona como bom passatempo descompromissado, especialmente recomendado para mulheres mais maduras que conservam seu romantismo intacto. A diretora e roteirista Nancy Meyers optou por algo bem leve, soft. Evita apelar para o dramalhão e realiza uma boa crônica de costumes, com ênfase nos relacionamentos em que há uma grande diferença de idade entre os envolvidos (geralmente homens bem mais velhos com mulheres jovenzinhas). O saldo final é agradável, além do mais é sempre um prazer renovado rever o grande Jack Nicholson, mesmo que seja em filmes considerados menores de sua rica filmografia.

Alguém Tem Que Ceder (Something's Gotta Give, Estados Unidos, 2003) Direção e Roteiro: Nancy Meyers / Elenco: Jack Nicholson, Diane Keaton, Amanda Peet, Keanu Reeves, Jon Favreau, Michael J. Fox. / Sinopse: Harry Langer (Jack Nicholson) é um homem bem mais velho que namora a jovem Marin (Amanda Peet) mas acaba se apaixonando por sua mãe, a bela e madura Erica (Diane Keaton).

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lista de Filmes - Edição III

Encurralados
A dinâmica de uma família perfeita é arruinada pela trama brutalmente eficiente de um sequestrador. Esse é um thriller de suspense e tensão estrelada pelo ator Pierce Brosnan. Aliás durante entrevistas para o lançamento do filme o próprio ator se viu perguntando o que fazer depois de interpretar um dos personagens mais famosos do cinema, no caso James Bond, o 007? E ele mesmo respondeu, afirmando que não poderia parar, indo sempre em busca de bons filmes, bons roteiros. E disse que seu espelho era Sean Connery. Bom, a carreira de Pierce Brosnan passou longe da importância de Connery, mas até que ele manteve um certo nivel nas produções que atuou. Essa é uma delas. Um bom filme, nada muito especial ou memorável, mas ainda assim um bom entretenimento. E de quebra ainda trazia Gerard Butler como coadjuvante de luxo. / Encurralados (Butterfly on a Wheel, Estados Unidos, Inglaterra, 2007) Direção: Mike Barker / Roteiro: William Morrissey / Elenco: Pierce Brosnan, Maria Bello, Gerard Butler.

Plano B
Uma contadora que desconfia que matou por acidente três mafiosos acaba sendo promovida por um de seus clientes. Esse filme não deixa de ser uma comédia de humor negro, com roteiro bastante leve e bem humorado. O problema é que esse estilo pertence ao cinema inglês, é um estilo puramente britânico. Quando os americanos tentam copiar nunca conseguem chegar em um nível perfeito, como os ingleses estão acostumados a atingir há anos. O que vale a pena mesmo aqui é acompanhar o trabalho da atriz Diane Keaton, que sempre considerei muito talentosa e subestimada pelos estúdios. Ela nunca teve o reconhecimento merecido dentro da indústria cinematográfica, nunca foi uma estrela de primeira grandeza. De qualquer maneira nunca é tarde para tentar superar esse tipo de injustiça. Esse filme não está à altura de seu talento como atriz, mas pelo menos a colocou em um patamar de maior reconhecimento dentro do cinema americano. / Plano B (Plan B, Estados Unidos, Canadá, 2001) Direção: Greg Yaitanes / Roteiro: Lisa Lutz / Elenco: Diane Keaton, Paul Sorvino, Frank Pellegrino, Anthony DeSando.

Entrando numa Fria Maior Ainda
O inferno começa quando a família Byrnes conhece a família Focker pela primeira vez. É a continuação do filme "Entrando numa Fria". Essa franquia de filmes de comédia fez sucesso de bilheteria, gerando mais continuações. Tudo se baseando em situações de constrangimento quando um carinha se apaixona por uma garota que tem uma família para lá de problemática. Tem alguns momentos divertidos, mas no geral sempre me pareceu meio sem graça. O ator Robert De Niro, pela grandeza de sua carreira, nem deveria ter entrado nesse tipo de filme, sendo esse tipo de escolha realmente uma fria! Pena que no caso os dólares falaram bem mais alto. E sobre o Ben Stiller... bem, o que posso dizer? Sempre achei esse comediante muito chato. Nunca gostei de seu tipo de humor. Fraco demais. / Entrando numa Fria Maior Ainda (Meet the Fockers, Estados Unidos, 2004) Direção:  Jay Roach / Roteiro: Greg Glienna, Mary Ruth Clarke / Elenco: Ben Stiller, Robert De Niro, Barbra Streisand, Blythe Danner

11 de Setembro
Documentário europeu sobre um dos maiores atentados terroristas da história, em Nova Iorque, no dia 11 de setembro de 2001. O filme procura mostrar os efeitos dos ataques terroristas de 11 de setembro, com depoimentos de pessoas que viveram aquele momento. Produzido em 2002, ainda sob o impacto do que havia acontecido, quase no calor do momento, esse filme é, ainda nos dias de hoje, um bom retrato de tudo o que ocorreu. Ficou na grade de programação do canal HBO por anos. Hoje em dia é especialmente indicado para alunos de história que estejam de busca de material de estudo para entender melhor aqueles trágicos e marcantes eventos. Também é uma homenagem a todos que perderam suas vidas naquele dia. / 11 de Setembro (11'09''01 - September 11, Inglaterra, França, 2002) Direção: Youssef Chahine, Amos Gitai / Roteiro: Alain Brigand, Youssef Chahine / Elenco: Maryam Karimi, Mohamad Dolati, Agelem Habibi.

A Corporação
Documentário que aborda o conceito de corporação ao longo da história recente até o domínio atual das grandes empresas dentro da economia mundial. Tema mais atual do que nunca. As empresas multinacionais, grandes corporações do capital, seguem dominando amplos setores econômicos, sendo muitas vezes (quase sempre, aliás) mais poderosos do que muitos países. Esse filme, com roteiro extremamente inteligente e bem escrito, procura desvendar os mecanismos que tornaram essas corporações tão poderosas. Recentemente inclusive temos um novo capítulo dessa história, com várias empresas de alta tecnologia sendo processadas dentro dos Estados Unidos por domínio de mercado e destruição da concorrência. Um filme para se assistir com atenção, especialmente indicado para estudiosos de direito econômico. / A Corporação (The Corporation, Estados Unidos, 2003) Direção: Mark Achbar, Jennifer Abbott / Roteiro:  Joel Bakan, baseado no livro "The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power" / Elenco: Mikela Jay, Rob Beckwermert, Christopher Gora.

Pablo Aluísio.