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sábado, 23 de setembro de 2023

Guia de Episódios - Star Trek - Picard - Terceira Temporada

Guia de Episódios - Star Trek - Picard - Terceira Temporada - É curioso, mas o fato é que essa série só ficou realmente boa nessa terceira temporada. As duas primeiras temporadas são bem fracas e ruins, até mesmo para quem gosta muito de "Jornada nas Estrelas". Só nessa terceira temporada é que finalmente acertaram a mão nos roteiros e nos episódios, trazendo mais personagens da série original desse universo que foi "Jornada nas Estrelas - A Nova Geração". A culpa disso pode ser creditada no ator Patrick Stewart. Ele não queria que a série seguisse a antiga fórmula. Queria algo novo, mais dramático. Não deu certo! Assim penso que "Picard" terá uma sobrevida, pois será produzida uma quarta temporada. É esperar para ver. Já essa terceira temporada contou com 10 episódios sendo lançada originalmente em fevereiro de 2023. Segue abaixo os resumos dos episódios assistidos dessa série. São textos mais diretos, simples, contendo a informação básica sobre cada um dos episódios que compõem as temporadas em questão. Novos textos serão publicados, assim que novos episódios sejam assistidos e avaliados. 

Picard 3.01 - The Next Generation
A aposentadoria de Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) chega ao final quando ele precisa voltar ao espaço ao lado de seu antigo primeiro imediato Will Riker (Frakes). È uma situação limite onde seres que conseguem mudar sua forma planejam um grande golpe contra a federação. E no meio disso tudo Picard também descobre que tem um filho com a antiga oficial médica Beverly Crusher, que fazia parte da tripulação da segunda nave Enterpreise. Muita coisa nova para digerir, mas o velho comandante segue em frente, enfrentando novos desafios pelo universo, audaciosamente indo aonde ninguém jamais esteve!  / Picard 3.01 - The Next Generation (Estados Unidos, 2023) Direção: Douglas Aarniokoski / Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Gates McFadden. 

Picard 3.06 - The Bounty
Em sua jornada para provar sua inocência das acusações que estão lhe sendo feitas Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) reencontra velhos companheiros da Nova Geração, sendo o mais importante deles o androide Data (Brent Spiner). Só que agora ele ressurge em uma nova versão híbrida, misturando seus dados com o de outros indivíduos que criaram essa nova versão. E seu retorno pode ser a chave para vencer um ataque dos metamorfos contra a Federação. Episódio muito bom que resgata parte da própria história das séries Star Trek, inclusive mostrando as diversas naves que fizeram parte de várias séries que marcaram época. Muito saudosismo em um bom episódio dessa terceira temporada de Picard. Só fica complicado mesmo para o roteiro tentar criar uma justificativa para o envelhecimento do Data. Afinal androides nunca envelhecem! / Picard 3.06 - The Bounty (Estados Unidos, 2023) Direção: Dan Liu / Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Gates McFadden, Brent Spiner.

Picard 3.07 - Dominion
Os metamorfos colocaram seus seres em postos chaves da federação e depois que isso aconteceu a coisa toda fugiu do controle. E eles querem acima de tudo o filho de Jean-Luc Picard (Patrick Stewart). Não fica claro o que pretendem fazer com ele, mas tudo leva a crer que o rapaz seria mesmo uma peça fundamental para vencer a federação de uma vez por todas. Querem replicar, através de engenharia genética, o próprio Picard? Enquanto isso Picard tenta alcançar os dados do androide Data que ressurge em um ser híbrido que também tem memórias de outros androides, inclusive de um modelo considerado irmão de Data. O detalhe é que esse é um tipo psicótico que deseja o caos para o universo. Uma espécie de versão vilã do próprio comandante Data. / Picard 3.07 - Dominion (Estados Unidos, 2023) Direção: Deborah Kampmeier / Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Gates McFadden, Brent Spiner.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Caçado pelos Cães de Guerra

Título no Brasil: Caçado pelos Cães de Guerra
Título Original: Wild Geese II
Ano de Lançamento: 1985
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Columbia-EMI-Warner
Direção: Peter R. Hunt
Roteiro: Reginald Rose
Elenco: Scott Glenn, Laurence Olivier, Patrick Stewart, Edward Fox, Barbara Carrera, Robert Webber

Sinopse:
Um grupo de mercenários formado por ingleses e americanos é contratado para libertar o líder nazista alemão Rudolf Hess da prisão de Spandau em Berlim. Continuação do filme "Os selvagens cães de guerra". Com roteiro parcialmente baseado em fatos reais.

Comentários:
O primeiro filme foi um grande sucesso de bilheteria e, de certa forma, inaugurou uma nova forma de se produzir filmes de guerra. O mais importante seria dar ao espectador excelentes cenas de ação. Sendo que aspectos históricos seriam meramente secundários. É certamente o que acontece nessa sequência, pois o filme, apesar de trazer alguns aspectos históricos reais, tem muito mais ficção em sua história do que se pode perceber em um primeiro momento. Parte do elenco do primeiro filme não retornou para essa sequência, mas os produtores conseguiram ainda reunir um bom elenco, com destaque para o grande veterano do cinema clássico Laurence Olivier em ótima performance como o nazista Rudolf Hess. Esse foi um dos homens mais importantes na ascensão do partido de Hitler ao poder. Embora esse filme não seja em nada melhor do que o primeiro, pelo menos ainda temos esse grande ator em cena. Isso sem dúvida compensa assistir ao filme. E o faz relevante ainda nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de maio de 2021

A Última Nota

Filme bom, agradável de assistir. Conta a história do pianista clássico Sir Henry Cole (Patrick Stewart). Aclamado como um dos maiores instrumentistas da história da música inglesa, ele embarca para uma turnê nos Estados Unidos. Como já é um homem com uma certa idade ele pensa em parar definitivamente, apesar dos esforços em contrário de seu agente. Em Nova Iorque acaba conhecendo a jovem jornalista Helen Morrison (Katie Holmes). Apesar da diferença de idade entre eles, o pianista acaba se interessando por ela. E esse interesse lhe faz conceder uma entrevista exclusiva, algo que ele não costumava fazer.

É um filme introspectivo, com maravilhosa trilha sonora, o que não poderia ser diferente. Em determinado momento da história o veterano pianista entra em profunda crise existencial, viaja para a Alemanha, onde fica hospedado na antiga cidade onde morava o filósofo Friedrich Nietzsche. Ele passa a caminhar pelas pequenas ruas e rotas de caminhada pela natureza da região. No fundo jamais superou a morte da esposa, anos atrás, após ela cometer suicídio. Enfim, um bom filme dramático, com um protagonista absorvido em si mesmo, tentando encontrar um novo sentido para sua vida, já que nem o sucesso no piano consegue preencher esse vazio existencial.

A Última Nota (Coda, Inglaterra, Canadá, 2019) Direção: Claude Lalonde / Roteiro: Louis Godbout / Elenco: Patrick Stewart, Katie Holmes, Giancarlo Esposito, Christoph Gaugler / Sinopse: Pianista clássico consagrado entra em profunda crise existencial. Ao conhecer uma jovem jornalista americana ele percebe que poderá ter uma segunda chance no amor. Porém será que é exatamente isso que deseja nessa fase de sua vida?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Duna

Certa vez o diretor David Lynch disse em uma entrevista que tinha orgulho de todos os filmes que havia dirigido ao longo de sua carreira... menos de Duna! Pois é, renegado pelo próprio Lynch, essa ficção baseada na obra escrita por Frank Herbert continua a ser alvo de ódios e paixões. O que deu errado? No meu ponto de vista o maior problema aqui foi que Lynch simplesmente não conhecia e nem chegou a dominar direito o livro original. Assim ele meio que foi às cegas para o trabalho, sem se dar conta que o livro, ou melhor dizendo, a série de livros de Duna, tinha um grande número de fãs e admiradores. E foram justamente os leitores dos livros que mais se decepcionaram com esse filme.

Eu entendo bem esse tipo de sensação. Havia tanta coisa para trazer das páginas da literatura para o cinema que simplesmente ficou impossível adaptar direito, fazer essa transposição. O universo de Duna nos livros é cheio de detalhes, com dinastias, religiões, culturas próprias. No filme tudo é meio que jogado na cara do espectador. É o típico caso de um roteiro que não conseguiu dar conta daquilo que estava sendo adaptado. Aliás é bom dizer que o ritmo do filme surge ora truncado, mal editado, ora com pressa, para terminar logo tudo na base da correria. Ficou ruim, vamos ser bem sinceros. E as brigas do diretor com o produtor Dino De Laurentiis só serviu para piorar tudo. O que já era ruim, ficou ainda mais medonho.

Se o filme não apresenta um bom roteiro, pelas razões que já escrevi, pelo menos há boas ideias na direção de arte, figurinos, cenários, etc. Duna tem um estilo visual bem próprio, que procurava ser original. Em termos de efeitos especiais há algo curioso. Os efeitos que reproduzem as naves espaciais ficaram absurdamente datadas e envelhecidas. Vistas hoje em dia soam simplesmente horríveis. Por outro lado os vermes gigantes que se arrastam pelas areias do planeta Duna ainda convencem, mesmo após tantos anos. Pena que nada poderia salvar as cenas em que o protagonista literalmente monta nos bichanos, como se fosse um cavalo espacial. O problema aqui é do material original e não do filme propriamente dito. Sim, é ridículo, mas culpem o escritor, não David Lynch por esses momentos constrangedores.

Duna não foi um sucesso comercial. Considerada uma produção cara demais para a época (algo em torno de 40 milhões de dólares) o filme não trouxe retorno para seus produtores, o que ajudou a afundar ainda mais a  Dino De Laurentiis Company. As brigas no set de filmagens e os problemas de finalização do filme se tornaram lendários e acabaram mais conhecidos do que o filme em si, já que poucas pessoas foram ao cinema conferir o resultado final. Agora teremos uma nova versão, dirigida pelo competente Denis Villeneuve. Será que dessa vez vai dar certo? Não sabemos ainda, mas é curioso saber que essa segunda versão também tem enfrentado diversos problemas no set de filmagens e pós-produção. Para tornar tudo ainda pior há a questão da pandemia que jogou o filme para uma data ainda incerta. Pelo visto adaptar Duna para o cinema nunca vai ser mesmo algo fácil de se fazer.

Duna (Duna, Estados Unidos, Itália, México, 1984) Direção: David Lynch / Roteiro: David Lynch / Elenco: Kyle MacLachlan, Virginia Madsen, Patrick Stewart, Francesca Annis, Linda Hunt, Brad Dourif, Silvana Mangano, Kenneth McMillan, Sting / Sinopse: No distante e desértico planeta de Duna, uma especiaria é especialmente valorizada, considerada a maior fonte de riquezas do universo. Duas dinastias começam a lutar pelo controle daquele mundo, ao mesmo tempo em que o jovem Paul Atreides vai se firmando como o líder profetizado que iria trazer liberdade e paz para aquele lugar perdido do universo. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor som.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 12 de março de 2019

Os Franco Atiradores

Título no Brasil: Os Franco Atiradores
Título Original: Gunmen
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Laurence Mark Productions
Direção: Deran Sarafian
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Christopher Lambert, Mario Van Peebles, Patrick Stewart, Denis Leary, Kadeem Hardison, Brenda Bakke

Sinopse:
Quatrocentos milhões de dólares roubados são escondidos em um porto de um país da América do Sul. Quando o irmão de Dani Servigo (Christopher Lambert) é assassinado, justamente por não contar onde estava todo o dinheiro, o próprio Dani passa a ser o alvo dos criminosos.

Comentários:
Para quem conheceu Christopher Lambert no cinema atuando em filmes como "Greystoke - A Lenda de Tarzan", "Highlander" e "Subway", foi bem decepcionante rever o ator nesse filme de ação de baixo orçamento, com produção B, que embora tenha sido lançado no Brasil nos anos 90, pouca atenção chamou dos cinéfilos. Realmente é um filme muito fraco, uma fitinha que tem um roteiro que só serve como desculpas para as cenas de tiroteio. Lambert não tem muito o que fazer. Por isso os produtores escalaram Mario Van Peebles para fazer o trabalho mais braçal do filme. Não adianta muito. A única curiosidade fica por conta da participação de Patrick Stewart como o vilão! Logo ele que em pouco tempo iria ser escalado para ser o Capitão Picard de uma nova série de Jornada nas Estrelas que estava sendo planejada nessa mesma época. Algo que definitivamente iria mudar sua carreira para sempre, o afastando de vez de filmes ruins e fracos como esse.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Wilde Se Casa Novamente

Comédia romântica bem inofensiva e com pouca dramaticidade (praticamente zero nesse sentido) que a despeito de seus defeitos ainda traz um bom elenco. O enredo é bem leve. Depois de alguns anos de seu divórcio com o ator Laurence (John Malkovich), a ex-estrela do cinema, hoje aposentada, Eve Wilde (Glenn Close), resolve se casar novamente. O escolhido é o coroa com fama de mulherengo Harold (Patrick Stewart). A festa de casamento será em uma das belas casas de Eve. Todos são convidados, não apenas a numerosa família de Eve, como seu ex-marido, filhos e netos. Harold chega com suas filhas e uma amiga delas. O clima é ameno. Enquanto todos vão se conhecendo os preparativos do casamento são feitos. Até que Harold não consegue fugir de sua natureza de não deixar nenhum rabo de saia escapar e faz uma besteira na noite anterior à cerimônia.

Basicamente o filme se resume a isso. Embora o elenco conte com atores excelentes, nenhum deles faz muita força para atuar bem. Parece até que esse grupo de veteranos estava de férias e resolveu fazer um filme. Nada além disso. Glenn Close, em especial, uma atriz de tantos papéis fortes no passado, aqui surge completamente inócua, sem personalidade, sem nada a acrescentar. John Malkovich também não diz a que veio. Ele interpreta um velho ator que tenta se reafirmar se envolvendo com jovenzinhas de 20 e poucos anos. Até mesmo o sempre bom Patrick Stewart não consegue se sobressair. O achei bem abatido para falar a verdade. O peso dos anos chegou no velho capitão Picard. A única coisa que nos faz lembrar do grande ator que ele um dia foi é a voz, que continua poderosa e com dicção perfeita. Fora isso ele anda bem alquebrado durante o filme inteiro. Fica até complicado acreditar que ele consegue seduzir e transar com uma jovem de 20 anos, amiga de suas filhas. Então é isso. Um filme leve, indo para a categoria das produções sem importância. Só assista se gostar muito desses atores veteranos.

Wilde Se Casa Novamente (The Wilde Wedding, Estados Unidos, 2017) Direção: Damian Harris / Roteiro: Damian Harris / Elenco: Glenn Close, John Malkovich, Patrick Stewart, Minnie Driver / Sinopse: Atriz de cinema aposentada, Eve Wilde (Glenn Close) decide se casar novamente. Ela pretende levar ao altar o mulherengo inveterado Harold (Patrick Stewart). No dia do seu casamento então decide convidar toda a sua família, inclusive seu ex-marido Laurence (John Malkovich). As coisas porém não vão sair como planejado por ela.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de março de 2017

Logan

Esse texto contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu ao filme fique por aqui. Pois bem, "Logan" foi um filme muito esperado pelos fãs dos quadrinhos, justamente por encerrar a franquia principal dos X-Men que começou há exatos 17 anos. Também marca a despedida do ator Hugh Jackman ao personagem que o consagrou no cinema, o Wolverine. Com tantas despedidas era mesmo de se esperar por muito ansiedade por parte dos fãs. Depois que o filme foi lançado as reações foram muito boas, bem positivas. Falou-se até mesmo em obra prima! Será? Na verdade as reações de deslumbramento precisam baixar um pouco a bola. Tudo bem, concordo que "Logan" é um bom filme, mas qualificar como obra prima já é um pouco demais, coisa de fã mesmo. O roteiro não tem muitas novidades a não ser dois acontecimentos vitais para os que acompanharam essa saga por todos esses anos. Certamente o filme será lembrado para sempre como aquele em que Wolverine e o professor Charles Xavier chegaram ao fim de sua jornada. As mortes de dois personagens tão importantes realmente marcará esse filme pelos anos que virão. É o fim de um ciclo que começou e terminou bem - coisa cada vez mais rara em termos de franquias cinematográficas ultimamente.

Tirando isso porém temos um enredo comum, diria até banal. Logan vive uma crise existencial. Exagerando na bebida ele tenta ganhar a vida como motorista de limusines, enquanto tenta tratar o Professor Xavier que agora vive em uma velha instalação abandonada. O velho já está um pouco senil, abalado mentalmente. A vida medíocre de Logan sofre uma revés quando ele é procurado por uma mulher mexicana desconhecida. Ela quer sua ajuda. Ao trabalhar como enfermeira numa instalação secreta ela tomou contato com um grupo de crianças que não passavam de experimentos genéticos mutantes. Entre as crianças se encontra uma menina, com os mesmos poderes de Logan. Provavelmente seja sua filha. As crianças fogem e um grupo de brutamontes é enviado para localizar todas elas. Logan, mesmo sem querer, acaba se envolvendo bem no meio dessa caçada sangrenta. A espinha dorsal do roteiro é justamente essa: Logan fugindo e um grupo fortemente armado o perseguindo. Logan está ao lado da menina Wolverine e do Professor Xavier. Eles precisam sobreviver até chegarem a um lugar conhecido apenas como Éden. E isso é tudo. Por ter uma trama tão simples não consigo visualizar nada de muito especial em termos de roteiro. Nem os vilões me pareceram muito interessantes. O que acaba salvando o filme da banalidade completa é justamente o carisma de Hugh Jackman e Patrick Stewart (que também se despede da franquia). A garotinha filha de Logan é antipática e não cria muito empatia. Ela também segue muda por quase todo o filme.  Obviamente poderá até haver um link em relação aos garotos mutantes que surgem nesse filme, mas será que haverá algum interesse por eles futuramente? Duvido bastante. Assim, no final das contas, temos aqui uma despedida digna de todos esses personagens marcantes. Não é uma obra prima, repito, mas seguramente é um bom filme. Os fãs de Wolverine não terão muito o que reclamar, só os cinéfilos.

Logan (Logan, Estados Unidos, 2017) Direção: James Mangold / Roteiro: James Mangold, Scott Frank  / Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafne Keen / Sinopse: Logan (Jackman) tenta deixar o passado para trás, mas esse se recusa a deixá-lo em paz. A máscara de Wolverine e suas façanhas não o deixam seguir em frente. Após ser procurado por uma mulher desconhecida ele descobre que há uma menina com os seus poderes. Agora ele terá que lutar para protegê-la de um grupo corporativo que realiza experiências genéticas em crianças no México.

Pablo Aluísio.

Sala Verde

Título no Brasil: Sala Verde
Título Original: Green Room
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Broad Green Pictures
Direção: Jeremy Saulnier
Roteiro: Jeremy Saulnier
Elenco: Patrick Stewart, Anton Yelchin, Imogen Poots, Alia Shawkat, Kai Lennox, Samuel Summer
  
Sinopse:
Um grupo de jovens, membros de uma banda de hard rock, é contratado para tocar em um bar, frequentado por neonazistas e skinheads. O lugar é isolado, escondido na floresta, onde só entra gente barra pesada, racista, seguidores do White Power. Assim que eles começam a tocar são hostilizados pelo público, um bando de selvagens. Pior acontece logo após o show, pois um dos músicos acaba entrando sem querer em um quarto, onde uma garota acabou de ser morta, com uma facada na cabeça. Agora todos eles se tornam prisioneiros desse lugar mortal.

Comentários:
Achei bem fraca essa produção estrelada pelo ator Patrick Stewart. Ele interpreta o dono de um club barra pesada, onde se reúnem os seguidores dos mais variados movimentos de supremacia branca dos Estados Unidos. Nesse lugar rolam shows de rock pauleira, com punks violentos de todos os tipos. Ele não paga bem pelos concertos, mas sempre tem alguma banda nova que topa o convite. Uma dessas bandas acaba indo tocar lá, mas nos bastidores se encrenca ao testemunhar o corpo de uma garota que acabou de ser morta. Eles então tentam se mandar de lá, mas são impedidos por Darcy (Stewart), uma vez que agora todos eles são testemunhas de um crime de homicídio. Assim eles ficam presos numa sala, enquanto o gerente tenta descobrir o que fazer. Ele então toma a decisão de matar todos eles, em uma clara operação de queima de arquivo, só que os jovens reagem e assim começa um verdadeiro banho de sangue no club e na floresta que o cerca. Para piorar ainda mais a já critica situação, o lugar é usado como laboratório de fabricação de heroína e aí, como já se viu, tudo acaba se resumindo em se tentar manter vivo no meio do fogo cruzado. O roteiro é básico, com os homens comandados por Patrick Stewart tentando matar os jovens da banda, enquanto esses tentam sobreviver. Com 90 minutos de duração nisso se resume toda a sua trama. Fica complicado se importar muito com os jovens punks da banda de rock porque os personagens além de vazios são chatos demais. Um bando de garotos e garotas com cabelos pintados e aquele modo de ser bem idiotizado que caracteriza essa fase da vida de todo rebelde de butique. No saldo final o que temos nem é um filme tão sangrento e nem tão bom no quesito ação. O suspense não funciona, é inegavelmente bem fraco. É apenas um filme que procura entreter um pouco enquanto conta sua rasa história. Patrick Stewart, um ator tão talentoso, merecia algo bem melhor do que isso.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de março de 2017

X-Men 2

Título no Brasil: X-Men 2
Título Original: X-Men 2
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Zak Penn, David Hayter
Elenco: Famke Janssen, Patrick Stewart, Hugh Jackman, Ian McKellen, Halle Berry, Anna Paquin, Rebecca Romijn
  
Sinopse:
O grupo de mutantes conhecidos como X-Men são liderados pelo professor Charles Xavier (Patrick Stewart). Eles agora precisam enfrentar um novo desafio, um mutante assassino que está colocando em risco a vida do presidente dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que espalha terror e destruição por onde passa. Seu maior objetivo é destruir a escola de mutantes dirigida pelo professor Xavier. Quem será ele? Filme indicado ao Empire Award UK na categoria de Melhor ator (Hugh Jackman). Também indicado ao MTV Movie Awards.

Comentários:
Primeira continuação das aventuras do X-Men no cinema, ao custo de 110 milhões de dólares! É a tal coisa. Nunca fui leitor de quadrinhos, por isso não conheço muito os mutantes dos gibis, assim os filmes sempre foram praticamente minha única aproximação com esse universo criado por Stan Lee. De modo em geral eu gosto desses filmes com os X-Men. Claro, para quem nunca leu o material original, as coisas podem parecer um pouco mais complicadas, mas no quadro geral o roteiro explora mesmo essa situação de dualidade entre ter poderes especiais ao mesmo tempo em que se é alvo de discriminações na sociedade. Embora os roteiros desses filmes não fossem lá grande coisa, eles acabavam se salvando pelo elenco (sempre muito bom, bem escolhido) e pelos efeitos visuais (que, como sabemos, logo se tornam datados por causa do avanço da tecnologia, o que não deixa de ser uma pena). Outro aspecto que sempre me chamou atenção nessa franquia era o fato da extrema importância dada pelos roteiros à personagem de Jean Grey! Interpretada pela atriz Famke Janssen (que nunca conseguiu ter uma grande carreira no cinema). Se formos pensar bem a Grey, no final das contas, é sempre a protagonista das estórias, deixando personagens bem mais populares (e clássicos) como Wolverine e o próprio Professor Charles Xavier em segundo plano! Talvez os fãs dos quadrinhos possam explicar melhor. Para mim, por outro lado, sempre foi um aspecto que me impressionou. Então é isso, em tempos de lançamento de "Logan" nos cinemas, que traz a despedida final do ator Hugh Jackman de Wolverine, é sempre bom rever os antigos filmes da série. Não há nenhuma obra prima nessa franquia, nada é muito espetacular, mas sem dúvida todos os filmes acabam se tornando uma boa diversão.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Moby Dick

Título no Brasil: Moby Dick 
Título Original: Moby Dick 
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: American Zoetrope
Direção: Franc Roddam
Roteiro: Anton Diether
Elenco: Patrick Stewart, Henry Thomas, Bruce Spence, Hugh Keays-Byrne
  
Sinopse:
Moby Dick não é apenas uma baleia alpina do gênero cachalote. Na verdade é o próprio símbolo das forças da natureza, dos mares. Anos após o ataque quase mortal a um velho capitão ele descobre que terá a chance de reencontrar o feroz predador que arrancou uma de suas pernas em um ataque sangrento. Agora, obcecado em novamente reencontrar Moby Dick, ele percebe que o dia da sua vingança está chegando! Filme indicado pelo Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Minissérie de TV (Patrick Stewart).

Comentários:
Trata-se na realidade de uma minissérie que foi exibida nos Estados Unidos e Europa em dois grandes episódios. No Brasil tudo foi reunido em apenas um filme e lançado no mercado de vídeo. Sempre gostei dessa versão do clássico livro escrito por Herman Melville por uma simples razão: a presença do ator Patrick Stewart interpretando a vigorosa figura do capitão Ahab. Eu me recordo bem que quando foi lançado o filme foi criticado por alguns por não ter bom ritmo, de tudo se desenvolver de forma muito lenta e coisas do tipo. Bobagem, qualquer adaptação de "Moby Dick" precisa contar com o devido respeito ao texto original e isso significa dar um espaço para que os atores declamem os ótimos diálogos escritos originalmente pelo autor do livro. Não adianta simplesmente realizar um filme de ação, com matança de baleias assassinas. Isso, nos dias de hoje, soaria até meio ofensivo. O que vale mesmo é explorar a luta de um homem contra seus traumas e demônios interiores, mesmo que eles acabem sendo personificados por um animal irracional que apenas luta pela sua sobrevivência. Com boa reconstituição história e elenco acima da média esse "Moby Dick" dos anos 90 feito para a TV se mostra, de forma surpreendente, como uma das melhores adaptações já produzidas. Ah e antes que me esqueça aqui vai outra informação preciosa: a série foi produzida por Francis Ford Coppola. Vale conferir.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O Príncipe do Egito

Título no Brasil: O Príncipe do Egito
Título Original: The Prince of Egypt
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Brenda Chapman, Steve Hickner
Roteiro: Philip LaZebnik, Nicholas Meyer
Elenco: Val Kilmer, Ralph Fiennes, Michelle Pfeiffer, Sandra Bullock, Patrick Stewart, Helen Mirren
  
Sinopse:
Baseado no texto bíblico, "O Príncipe do Egito" conta a história de Moisés (Val Kilmer). Originário do povo judeu ele é abandonado nas águas do Rio Nilo. Encontrado por uma mulher pertencente à família real do Egito acaba sendo criado como um verdadeiro príncipe da realeza daquela antiga nação, até descobrir suas origens. Chamado por Deus para libertar seu povo, Moisés começa uma verdadeira saga pessoal que marcaria a história para sempre. Filme vencedor do Oscar na categoria melhor canção original ("When You Believe" de Stephen Schwartz). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.

Comentários:
Quando Spielberg criou o novo estúdio DreamWorks ele bem sabia que para vencer nesse concorrido mercado cinematográfico, ele teria que vencer também no mundo da animação. Não era fácil. Havia obviamente o domínio completo da Disney, algo consolidado por anos e anos de tradição. Fora o estúdio do Mickey Mouse havia igualmente vários outros estúdios consolidados no meio. Assim abrir um canal de sucesso foi um dos grandes obstáculos para Spielberg e sua empresa. "O Príncipe do Egito" tinha uma proposta bem inovadora, adaptando o velho testamento para um longa-metragem de animação. A história de Moisés, amplamente conhecida, ganhou assim sua versão animada. Ficou realmente muito bom, porém o peso de ser comparado com o grande clássico da era de ouro "Os Dez mandamentos" cobrou o seu preço. A animação do estúdio de Spielberg não foi considerada tão grandiosa ou marcante como o filme original. Também pudera, era uma comparação absurda e fora de propósito. De toda forma a indicação segue valendo. Do que a DreamWorks produziu ao longo de todos esses anos em termos de desenhos animados, esse é seguramente um de seus melhores momentos na sétima arte. Vale muito a pena conferir.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Jornada nas Estrelas - Insurreição

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas - Insurreição
Título Original: Star Trek - Insurrection
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Frakes
Roteiro: Rick Berman
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Brent Spiner, F. Murray Abraham
  
Sinopse:
Data (Brent Spiner) descobre que no planeta conhecido como Ba'ku há um tipo de radiação que deixa todos os seus habitantes jovens. Tal descoberta obviamente começa a despertar a cobiça daqueles que desejam explorar esse tipo de fenômeno raro. Para o Capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) todo a população do planeta deve ser mantida onde está, seguindo a primeira diretriz da federação, mas seu superior, o Almirante Matthew Dougherty (Anthony Zerbe) pensa de forma bem diferente.

Comentários:
Esse foi o penúltimo filme para o cinema com a tripulação do Capitão Jean-Luc Picard e sua nova geração. O roteiro já dava claros sinais de desgaste, não apenas pelos anos em que a série ficou no ar, mas também pela falta de novas ideias para os longas lançados no cinema. Esse "Star Trek - Insurrection" até tem um bom argumento, discutindo os limites em que um oficial da frota estelar pode ultrapassar. Na trama Picard entrava em conflito com seu superior pois esse desejaria explorar um planeta distante e pacífico, retirando de lá todos os nativos. Essa decisão seria um ato abusivo, que claramente rompia com a primeira diretriz da frota (aquela em que os exploradores não poderiam influenciar nas civilizações onde chegariam). Dessa insubordinação em se recusar a cumprir ordens arbitrárias nasceria uma verdadeira insurreição por parte de Picard e seus subordinados na Enterprise. Mesmo com essa premissa interessante o filme apresenta vários problemas, entre eles uma falta de ritmo que irrita. Provavelmente isso se deu ao fato do filme ter sido dirigido pelo ator Jonathan Frakes que interpretava o comandante William T. Riker. Embora ele tivesse experiência em dirigir episódios da série na TV, o fato é que o cinema tem suas próprias características que Frakes demonstrou não conhecer direito. De qualquer forma para os fãs de "Star Trek" o filme pode até ser considerado bom. Já para o resto do público ele parecerá apenas bem razoável.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Teoria da Conspiração

Título no Brasil: Teoria da Conspiração
Título Original: Conspiracy Theory
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Donner
Roteiro: Brian Helgeland
Elenco: Mel Gibson, Julia Roberts, Patrick Stewart, Cylk Cozart, Terry Alexander, Brian J. Williams
  
Sinopse:
Jerry Fletcher (Mel Gibson) é um sujeito que vê conspirações governamentais em praticamente tudo! Nada escapa de seu "radar" sobre teorias de conspirações das mais diversas. Ninguém o leva muito à sério, já que com os anos Fletcher acabou ganhando a fama de ser meio louco, até o dia em que ele resolve denunciar uma nova conspiração que se revela verdadeira! A partir daí sua vida vira um caos completo e ele passa a ser perseguido por pessoas que nem ele sabe quem realmente são! Filme premiado no ASCAP Film and Television Music Awards.

Comentários:
Esse filme é do tempo em que Mel Gibson era um dos maiores campeões de bilheteria do cinema. Todos os seus filmes eram lançados com uma grande campanha de marketing e invariavelmente se tornavam grandes sucessos. Ele estava sempre presente nas listas dos mais bem pagos de Hollywood, recebendo cachês milionários por cada novo filme que estrelava. Era um astro de primeira grandeza. O roteiro brinca com a figura do teorista de conspirações, algo muito comum nos Estados Unidos. Geralmente pertencente a certos grupos de pessoas paranoicas, esse tipo de pessoa enxergava teorias de todos os tipos envolvendo aliens, espiões, conspirações, mercado internacional, seja o que for. O grande vilão em todas as conspirações, como não poderia deixar de ser, era o governo americano. No Brasil esse tipo que era até bem raro está também se tornando bem comum. De qualquer forma o filme aposta mais uma vez no poder de atrair bilheteria do ex-astro Mel Gibson. E ele se saiu muito bem ao lado do diretor  Richard Donner que o havia dirigido com grande êxito nos quatro filmes da franquia "Máquina Mortífera". Aqui o destaque vai para o roteiro, bem intrigado, cheio de reviravoltas, além é claro das boas cenas de ação (especialidades do cineasta Donner). De maneira em geral foi uma das grandes produções de Hollywood daquele ano. Mel Gibson era realmente um dos mais populares astros de todos os tempos. Pena que esses dias andam distantes, bem distantes.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de junho de 2016

Logan

"Logan" é um bom filme. Oficialmente ele marca o fim dessa longa franquia "X-Men" nos cinemas. O ator Hugh Jackman também se despediu de seu personagem mais famoso, o Wolverine, o membro do grupo com garras de metal. Ele inclusive esteve no Brasil e esbanjou simpatia, dando autógrafos, sendo atencioso com os fãs e as crianças, participando de entrevistas em talk shows, etc. Em meu ponto de vista o que mais diferenciou esse filme de todos os outros foi seu roteiro. É um texto dramático, diria melancólico e até triste. O clima que impera de maneira em geral é de desilusão. Não há muitos cenas de ação, mas as que foram inseridas na trama não fazem feio.

Talvez o filme soasse melhor se fosse mais cultura pop e menos drama. Em determinados momentos o filme cai em uma perigosa monotonia, principalmente quando os personagens mais jovens tomam conta da tela. Patrick Stewart segue o clima geral de nuvens negras no horizonte e surge bem envelhecido, praticamente acabado, dando saudades do Professor X dos primeiros filmes. O curioso é que os quadrinhos atuais seguiram os rumos desse filme, dando origem a uma nova linha de gibis chamada "Velho Logan". Basicamente o mesmo estilo, com Logan caminhando para um destino que parece tudo, menos promissor. De uma forma ou outra o filme vale a pena, apesar de tudo. A Academia reconheceu os méritos do roteiro e o filme ganhou uma inesperada indicação ao prêmio de melhor roteiro adaptado, algo raríssimo de acontecer em se tratando de filmes adaptados de heróis dos quadrinhos. Por essa nem o velho Logan poderia esperar.

Logan (Logan, Estados Unidos, 2017) Direção: James Mangold / Roteiro: James Mangold, Scott Frank / Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafne Keen  / Sinopse: O velho Logan (Jackman), desiludido e cansado da vida, vê seu fim se aproximando. Antes de tudo desabar ele tenta salvar mais uma vez seu antigo mentor, o Professor Xavier (Stewart) que se encontra muito doente, em estado lastimável, terminal. Enquanto tudo isso acontece uma nova geração de mutantes surge, talvez para se tornarem herdeiros do legado dos pioneiros.

Pablo Aluísio. 

domingo, 10 de maio de 2015

Jornada nas Estrelas: Generations

Bom filme que tenta unir as pontas entre duas gerações de atores da franquia "Star Trek". De um lado a equipe comandada pelo lendário Capitão Kirk (William Shatner) e do outro a nova geração capitaneada pelo comandante Jean-Luc Picard (Patrick Stewart). Para conciliar a falta de lógica de juntar em um mesmo enredo duas tripulações que viveram suas histórias em tempos diferentes da saga Jornadas nas Estrelas, os roteiristas acabaram dando um jeito, manipulando o espaço-tempo entre as duas equipes da Enterprise. O resultado desse malabarismo temporal é meio complicado de engolir, mas uma vez ultrapassado esse mal estar inicial as coisas até que ficam divertidas, principalmente se formos comparar a diferença de estilos entre Picard e Kirk. 

Esse último sempre foi o típico canastrão de ação dos anos 1960 (quando a série televisiva original surgiu nos Estados Unidos) e o segundo sempre se caracterizou por ser bem mais sério, contido e íntegro em seus ideais. Eu sempre preferi Picard por causa de sua personalidade mais realista e forte, já que o estilo de Kirk nunca me convenceu - uma pessoa como ele, que mais parecia um caminhoneiro espacial, dificilmente receberia o comando de uma nave como a Enterprise em um mundo real. De qualquer maneira como "Star Trek" é acima de tudo um produto de cultura pop, pura diversão, o filme acabou cumprindo seus objetivos. Aliás mais divertido mesmo que o próprio filme em si foi a indicação do Framboesa de Ouro para William Shatner na categoria Pior Ator Coadjuvante. Pelo visto os dias dos grandes canastrões acabaram mesmo.

Jornada nas Estrelas: Generations (Star Trek: Generations, Estados Unidos, 1994) Direção: David Carson / Roteiro: Rick Berman / Elenco: Patrick Stewart, William Shatner, Malcolm McDowell, Jonathan Frakes.  / Sinopse: Com a ajuda do Capitão Kirk, capitão da nave Enterprise em seu passado remoto, o Capitão Picard deve parar um cientista louco disposto a matar e destruir civilizações inteiras em uma escala planetária para entrar em uma matriz espacial.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Força Sinistra

Uma raça de vampiros do espaço chega a Londres e infecta a população, iniciando uma descida apocalíptica ao caos. Roteiro baseado no romance de ficção e terror chamada "Space Vampires". Eis a sinopse, típica de filmes mais antigos, dos anos 50, por exemplo, mas que é justamente a trama desse filme dos anos 80, para surpresa de muitos.Eu era um jovem adolescente quando esse filme chegou nas telas de cinema na cidade onde vivia. É uma mistura de ficção e terror em uma produção inglesa (em sua maioria) que chamou a atenção da crítica. ]

Em termos de público o filme não fez muito sucesso, mas acabou ficando bem conhecido. O elenco, além dos efeitos especiais, formava o ponto de atração. Patrick Stewart, que depois iria virar o Capitão Picard na nova série de "Star Trek" trabalhou no filme. E nunca é demais citar também a presença da bela Mathilda May que passa o filme inteiro praticamente nua, interpretando uma das vampiras do espaço. A galera da época, claro, não reclamou daquela linda mulher nua desfilando pela tela!

Força Sinistra (Lifeforce, Estados Unidos, 1985) Estúdio: Cannon Films / Direção: Tobe Hooper / Roteiro: Colin Wilson / Elenco: Steve Railsback, Mathilda May, Peter Firth, Patrick Stewart, Michael Gothard, Nicholas Ball / Sinopse: Estranhos seres, vindos do espaço sideral, vampirizam suas vítimas, sucando suas energias vitais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Jornada nas Estrelas - Primeiro Contato

Título no Brasil: Jornada nas Estrelas - Primeiro Contato
Título Original: Star Trek - First Contact
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Frakes
Roteiro: Rick Berman, baseado na obra de Gene Roddenberry
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Brent Spiner, LeVar Burton 

Sinopse:
No futuro, mais precisamente no século XXIV, o planeta Terra sofre uma nova e perigosa ameaça. Uma raça de extraterrestres denominada Borg, caminha em direção ao nosso mundo com o objetivo de assimilar a humanidade e todos os recursos naturais de sua biosfera. Apenas o comandante Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) e sua tripulação a bordo da nave interestelar Enterprise podem deter o avanço dessa terrível ameaça para a sobrevivência da Terra. 

Comentários:
Em 1987 surgiu na TV americana a série "Jornada nas Estrelas: A Nova Geração". Era uma forma de trazer de volta para a telinha o universo de "Star Trek" que havia encantado os fãs na década de 1960. Novos personagens, novas aventuras e roteiros bem trabalhados garantiram o sucesso do programa que ficou no ar até 1994. Depois de sete temporadas e 176 episódios estava mais do que claro que o projeto havia dado muito certo na TV, mas a dúvida que todos queriam saber é se emplacaria também no cinema. A resposta veio finalmente com o primeiro filme "Jornada nas Estrelas: Generations" que foi muito bem sucedido comercialmente. Esse filme aqui "Jornada nas Estrelas - Primeiro Contato" é o segundo filme da nova franquia. Se no anterior os produtores sentiram uma certa necessidade de ainda usar personagens clássicos, em "Star Trek: First Contact" temos finalmente uma produção realizada exclusivamente para os novos fãs que acompanharam toda a saga da nova Enterprise comandada pelo capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart). Roteiro extremamente preciso, sem pontas soltas, esse filme é considerado por muitos como o melhor da nova tripulação e isso se deve principalmente aos vilões, os Borgs, uma raça a meio caminho entre o mundo orgânico e a mais pura tecnologia cibernética. Esses personagens já tinham sido explorados com enorme êxito na série e agora ganharam as telas do cinema no mundo todo. O resultado é de fato acima da média. Com excelentes efeitos especiais e uma maquiagem primorosa (que inclusive foi indicada ao Oscar na categoria) esse foi de fato o filme que consolidou o espaço de Picard e os novos personagens na sétima arte. Para ver e rever sempre, pois uma boa estória jamais fica datada como bem está provado aqui nessa bela produção.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

X-Men - Dias de um Futuro Esquecido

Título no Brasil: X-Men - Dias de um Futuro Esquecido
Título Original: X-Men - Days of Future Past
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Simon Kinberg, Jane Goldman
Elenco: Patrick Stewart, Ian McKellen, Hugh Jackman, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Halle Berry, Ellen Page, Peter Dinklage

Sinopse:
Em um futuro próximo e caótico os mutantes estão chegando ao fim de sua existência graças a uma arma de última geração desenvolvida pelo governo americano que tem como missão definitiva destruir todos os mutantes da face da Terra. Para mudar esse destino sombrio, o professor Charles Xavier (Stewart) decide que Logan (Jackman) deve retornar ao passado, mais precisamente em 1973 para desviar o curso da história, evitando que Raven (Jennifer Lawrence) cometa um erro que irá custar caro para o futuro de todos os mutantes do planeta.

Comentários:
Essa franquia realmente mantém um excelente nível em termos de qualidade. Embora tenha se subdividido em outras franquias - como a do Wolverine - o fato é que X-Men continua rendendo bons frutos no mundo do cinema. Esse novo filme intitulado "X-Men - Dias de um Futuro Esquecido" sem dúvida traz o melhor e mais bem trabalhado roteiro da série. Muito bem escrito, com ótimas reviravoltas e um argumento bem desenvolvido, surpreendentemente inteligente. Geralmente filmes que exploram voltas ao passado ou se tornam pequenas obras primas (como "De Volta Para o Futuro", a mais precisa e lembrada referência) ou então se enrolam completamente, deixando um gostinho de decepção no ar. Aqui felizmente o espectador pode ficar tranquilo, pois embora o filme apresente duas linhas narrativas (uma no futuro e outra no passado), as duas pontas que unem as estórias se completam maravilhosamente bem. O diretor Bryan Singer demonstra que é plenamente possível realizar um blockbuster milionário sem em momento algum ofender ou subestimar a inteligência do espectador, pelo contrário, ele aqui dá uma aula de cinema em cineastas infantilóides como Michael Bay, que acreditam em explosões e mais explosões, sem conteúdo algum. Assim a conclusão a que chegamos é que esse novo X-Men é, não apenas um grande filme de heróis em quadrinhos, mas também um belo exemplar de filme Sci-Fi como há tempos não se via.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Star Trek - Nêmesis

Título no Brasil: Star Trek - Nêmesis
Título Original: Star Trek - Nemesis
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Stuart Baird
Roteiro: John Logan, baseado na obra de Gene Roddenberry
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Brent Spiner, LeVar Burton, Michael Dorn, Tom Hardy

Sinopse:
Após um tempo necessário para reparos técnicos a nave Enterprise é novamente enviada para uma importante missão nos confins do universo. O capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) e os membros de sua tripulação precisam ir até o distante planeta Romulus para costurar um tratado de paz entre os romulanos e a Federação. O problema é que há uma rebelião em larga escala naquele mundo liderado pelo rebelde Shinzou (Tom Hardy) que não medirá esforços para destruir todos os planos de paz.

Comentários:
Esse filme marcou a despedida da tripulação da "Nova Geração" dos cinemas. Após quatro filmes a Paramount estava planejando um novo rumo para a franquia e o elenco da nova série não fazia mais parte dos planos do estúdio. Também pudera, havia vários problemas rondando a produção. O envelhecimento do ator Brent Spiner era um deles. Não havia mais como esconder que Data, apesar de ser um androide, estava ficando cada dia mais envelhecido. Patrick Stewart também estava pulando fora do barco. Ele era muito agradecido à Paramount pelo ótimo papel de Jean-Luc Picard mas também estava cansado e queria partir para outros desafios, como na série de filmes dos X-Men. Muito provavelmente o clima de despedida tenha atrapalhado o resultado final. É um bom filme certamente mas se tornou também um constrangedor fracasso de bilheteria. Nesse caso a culpa realmente foi do estúdio que resolveu lançar "Star Trek - Nemesis" no mesmo fim de semana em que chegava nas telas o tão esperado "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres". O resultado foi desastroso. Com essa bilheteria decepcionante (meros 40 milhões de dólares) a Paramount então resolveu encerrar de vez a saga da Nova Geração. De uma forma ou outra, mesmo com o mal resultado comercial, não se pode ignorar as qualidades desse "Star Trek" que surge bem mais corrosivo e ousado do que o habitual. Em termos de valor artístico não há como negar que a despedida do capitão Jean-Luc Picard e sua tripulação foi mais do que digna, foi marcante de fato.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de março de 2014

X-Men - O Confronto Final

Título no Brasil: X-Men - O Confronto Final
Título Original: X-Men - The Last Stand
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Simon Kinberg, Zak Penn
Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Halle Berry, Anna Paquin, Ben Foster, Famke Janssen

Sinopse:
Há uma nova mudança no mundo da ciência. Pesquisas demonstram que finalmente existe uma cura para os mutantes ao redor do mundo. Agora eles simplesmente poderão levar vidas normais caso queiram, mas será que todos querem mesmo que isso venha a acontecer? Essa porém não é apenas a única nova mudança na vida do professor Xavier (Patrick Stewart) e seus X-Men. Ao contrário do que todos pensavam Jean Grey (Famke Janssen) ressurge viva! Ela não havia morrido como todos pensavam. O problema é que não parece mais a mesma pessoa.

Comentários:
Esse novo filme dos personagens X-Men inovou em vários aspectos. Saiu o diretor Brian Singer, que havia feito um belo trabalho nos filmes anteriores e entrou Bratt Ratner, o que inicialmente desagradou muitos fãs. Depois o roteiro foi escrito para incorporar novos personagens na saga, entre eles o Fera (Kesley Grammer) e o Anjo (Ben Foster). Houve também uma clara preocupação em explorar ainda mais o conflito entre mutantes e pessoas normais dentro da sociedade, uma óbvia metáfora sobre o mundo em que vivemos e a forma como são tratadas as minorias. Embora o retorno de Jean Grey tenha parecido uma jogada forçada de marketing para promover o filme com a presença da personagem, sempre tão carismática, o fato é que se trata de um dos bons filmes da franquia X-Men. Tem um roteiro sem pontas soltas e bem equilibrado no desenvolvimento dos personagens em doses exatas (realizar qualquer filme com tantos personagens sempre é complicado).

Pablo Aluísio.