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quarta-feira, 10 de abril de 2024

Robin e Marian

Título no Brasil: Robin e Marian
Título Original: Robin and Marian
Ano de Produção: 1976
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Richard Lester
Roteiro: James Goldman
Elenco: Sean Connery, Audrey Hepburn, Robert Shaw, Richard Harris, Nicol Williamson, Denholm Elliott

Sinopse:
Na velhice, o famoso Robin Hood (Sean Connery) tenta levar uma vida comum ao lado de sua mulher, Marian (Audrey Hepburn), só que o seu passado de aventuras e luta contra a tirania sempre voltam para cobrar seu preço.

Comentários:
Foi uma das primeiras tentativas de buscar uma certa realidade na lenda de Robin Hood. Como se sabe o personagem ficou marcado na memória do cinema como o aventureiro de roupa verde no famoso filme de Errol Flynn. Aqui você não encontrará nada parecido. O Robin é um homem já velho, tentando apenas viver um dia de cada vez, tentando ser feliz ao lado do amor de sua vida. a doce e bondosa Marian. Curiosamente por ter essa temática tão inovadora, o filme acabou sendo criticado na época de seu lançamento original. Uma falta de visão maior dos críticos. Já que nos anos seguintes o filme faria escola e sempre que Robin Hood era levado novamente ao cinema havia uma dose de realismo envolvido. Nada de apostar apenas em aventuras sem desenvolver todos os personagens dessa lenda medieval. Assim temos que reconhecer a importância dessa produção, por causa de seu roteiro que ousou fazer diferente. Outro ponto forte, bem óbvio, é o excelente elenco, contando não apenas com Sean Connery no papel de Robin Hood, mas também com a grande dama do cinema americano em sua era de ouro, Audrey Hepburn. E o que dizer de Richard Harris no papel do Rei Ricardo Coração de Leão? Simplesmente maravilhoso!

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Minha Bela Dama

Título no Brasil: Minha Bela Dama
Título Original: My Fair Lady
Ano de Lançamento: 1964
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: George Cukor
Roteiro: Alan Jay Lerner, George Bernard Shaw
Elenco: Audrey Hepburn, Rex Harrison, Stanley Holloway, Wilfrid Hyde-White, Gladys Cooper, Jeremy Brett

Sinopse:
Um professor de fonética e um estudioso da linguagem e sotaques das classes sociais da Inglaterra faz uma aposta com um amigo de que pode transformar uma mulher pobre e do povo em uma verdadeira lady da alta sociedade londrina apenas ensinando a ela como pronunciar corretamente as palavras e mudando seu comportamento social. Filme vencedor de oito categorias no Oscar, entre elas a de melhor direção e melhor filme. 

Comentários:
A atriz Audrey Hepburn sempre foi um símbolo de elegância e sofisticacão em Hollywood. Por essa razão eu pude perceber desde a primeira cena desse filme um certo desconforto dela em seu papel, a de uma mulher grossa que vende flores no meio das ruas de Londres. Apenas quando ela se propõe a ser uma mulher fina e elegante é que o filme finalmente engrena e passa a funcionar. O diretor George Cukor era um homossexual no armário e nesse filme ele soltou todos os aspectos mais íntimos de sua personalidade gay. Por isso o filme tem esse excesso de luxo, glamour, muitas plumas e paetês. Um filme inegavelmente bonito de se assistir, com tudo o que a presença de uma Audrey Hepburn tinha direito. É um filme longo, um musical com mais de 3 horas de duração, por isso se exige um certo comprometimento do espectador, mas não se preocupe, a trilha sonora é repleta de boas músicas e o filme não se torna cansativo em nenhum momento. É um belo clássico do cinema.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Um Caminho para Dois

Tecnicamente falando é uma comédia romântica, mas não se engane. O roteiro é muito bem escrito. Para começar não segue uma linha convencional no aspecto narrativo. O passado e o presente se intercalam sem cerimônia. O fim condutor é o de um casal passando férias no Sul da França. A maioria das cenas envolve viagens de carro e o que aconteceu com eles em diversos momentos de sua vida. No presente eles comemoram dez anos de casados. No passado surgem como namorados empolgados, cheios de paixão. No presente a coisa já é mais complicada. O casal já tem uma filha, já existe um certo cansaço com a rotina chata. Nem mesmo uma viagem de férias melhora a situação. A infidelidade também surge no horizonte dos dois.

O que mantém o interesse é a qualidade dos diálogos, muito bem afiados (e muitas vezes ácidos e sarcásticos) e o carisma à toda prova da atriz Audrey Hepburn. Quando ela fez o filme já não era mais a jovial atriz de seus primeiros filmes. Aqui ela já estava em uma idade mais madura, o que no final das contas combinou muito bem com o roteiro. Sua atuação casou muito bem com o estilo de Albert Finney. Ela, mais fina e delicada, sempre charmosa. Ele, mais durão, do tipo inteligente, mas que também sabe ser mais bronco. No final o casal passa mesmo muita veracidade. Eles estão excelentes em seus respectivos personagens. Então é isso. Esse é um daqueles filmes que provam que comédias românticas podem ser muito bem desenvolvidas, com inteligência, humor e romantismo, nas doses certas.

Um Caminho para Dois (Two for the Road, Estados Unidos, 1967) Direção: Stanley Donen / Roteiro: Frederic Raphael / Elenco: Audrey Hepburn, Albert Finney, Eleanor Bron / Sinopse: A vida de um casal completando dez anos de casamento, em diversos momentos de suas vidas, a maioria deles passada em viagem de férias no sul da França.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Bonequinha de Luxo

O grande diferencial desse clássico vem do texto escrito por Truman Capote. Jornalista, intelectual, ele durante anos não levou Hollywood muito à sério. Quando finalmente sua obra literária foi adaptada para o cinema o resultado ficou simplesmente irretocável. O grande mérito desse clássico vem da construção dos personagens centrais. Holly (Audrey Hepburn) é uma mulher que deixou um passado banal para trás. Ela poderia facilmente se acomodar numa vidinha simples, morando no interior, casada e com um monte de filhos. Entretanto ela preferiu arriscar, ir para Nova Iorque, tentar uma vida diferente. Uma vida comum é reservada apenas para os medíocres. A vida na cidade grande é complicada e ela ganha seu sustento da maneira que for possível. No fundo é uma garota meio perdida, que vai vivendo um dia de cada vez, sempre procurando por glamour e beleza.

Paul Varjak (George Peppard) é um rapaz bonito, que sonha se tornar escritor. Enquanto isso não é possível ele também vai se virando. Acaba se tornando um amante profissional de uma senhora mais velha, uma madame rica e infeliz com seu próprio casamento. Holly logo entende a situação, mas não julga seu vizinho. No fundo ela também faz seus serviços de acompanhante (sutilmente apenas sugerido no roteiro do filme). E essas duas almas perdidas acabam se encontrando, nascendo daí uma verdadeira paixão. "Bonequinha de Luxo" fugiu dos padrões de moralismo da época. Seus protagonistas não são modelos de bom comportamento, longe disso. Além do roteiro primoroso, o filme ainda apresenta uma das trilhas sonoras mais belas da história do cinema. Basta os primeiros acordes de "Moon River" surgirem na tela para que o cinéfilo se entregue completamente. Um grande filme, apresentando ótimo roteiro, direção e todo o carisma da estrela Audrey Hepburn, aqui desfilando beleza e classe em seu filme mais famoso. Uma obra-prima do cinema. 

Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's, Estados Unidos, 1961) Direção: Blake Edwards / Roteiro: Truman Capote, George Axelrod / Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen, José Luis de Vilallonga, Mickey Rooney / Sinopse: Holly (Audrey Hepburn) vive em Nova Iorque. Ela acaba conhecendo seu novo vizinho de apartamento, o aspirante a escritor  Paul Varjak (George Peppard). E dessa amizade começa a nascer uma verdadeira paixão entre eles, namorados improváveis. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor música original ("Moon River" de Henry Mancini) e melhor trilha sonora incidental (Henry Mancini).

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de janeiro de 2021

Sabrina

Sabrina Fairchild (Audrey Hepburn) é a filha do chofer de uma rica família de Long Island. Ela nutre por muito anos uma paixão indisfarçável por David Larrabee (William Holden) o irresponsável e playboy filho mais novo do rico patrão de seu pai. Tempos depois vai a Paris para aprender a arte culinária da cozinha francesa e retorna completamente mudada, fina e elegante. Não demora muito a despertar a atenção dos irmãos Larrabee que agora irão disputar entre si o coração da bela jovem."Sabrina" é o mais elegante filme da carreira de Billy Wilder. Tudo é de muito bom gosto na produção - roupas de grife, trilha sonora de alto nível e um clima de sofisticação que impera em todas as cenas. Audrey Hepburn encontra em Sabrina um papel bem adequado ao seu estilo de interpretação. Seus pretendentes em cena, Humphrey Bogart e William Holden, também estão muito bem em seus respectivos personagens, dois irmãos que são opostos entre si, o primeiro trabalhador e responsável e o segundo um playboy incorrigível.

Durante muitos anos "Sabrina" virou um ícone dos filmes românticos em Hollywood tanto que daria origem até mesmo a uma série de publicações de mesmo nome que exploravam bem um clima de romance idealizado, escrito e consumido por jovens que sonhavam com seu príncipe encantado. Curiosamente no filme Audrey acaba tendo que escolher entre a paixão platônica de sua adolescência ou a figura de um homem mais equilibrado e seguro de si o que demonstra que nem sempre o homem de seus sonhos é aquele que você pensava ser o ideal. Outro fato interessante é perceber como Audrey, mesmo no começo de sua carreira, não se mostra intimidada de contracenar com o mito Bogart que aqui deixa de lado seus personagens cínicos e perigosos que desempenhava em seus outros filmes. Na verdade ele entrou no elenco na última hora pois o ator que havia sido escalado inicialmente, Cary Grant, não se recuperou de um acidente que havia sofrido e por determinação médica foi afastado do filme.

Já William Holden está bem diferente da imagem que estamos acostumados, ele surge em cena de cabelo pintado, um loiro falso que chama a atenção pelo exagero. "Sabrina" fez sucesso de público e crítica quando foi lançado. Concorreu a vários prêmios da Academia e levou o Oscar de Melhor Figurino (para Edith Head, uma veterana em Hollywood). Já o diretor Billy Wilder, que também assinava o roteiro, foi premiado pelo Globo de Ouro por seu belo texto. O filme ganharia uma nova versão na década de 90 com Harrison Ford mas esse remake era infinitamente inferior. Melhor ficar com o original mesmo, "Sabrina" é sem dúvidas uma ótima dica para o cinéfilo que procura um filme clássico com muita classe e elegância. Pode assistir sem receios que não vai se arrepender.

Sabrina (Sabrina, Estados Unidos, 1954) Direção: Billy Wilder / Roteiro: Billy Wilder, Samuel Taylor, Ermst Lehman / Elenco: Audrey Hepburn, Humphrey Bogart, William Holden / Sinopse: Sabrina Fairchild (Audrey Hepburn) é a filha do chofer de uma rica família de Long Island. Ela nutre por muito anos uma paixão indisfarçável por David Larrabee (William Holden) o irresponsável e playboy filho mais novo do rico patrão de seu pai. Tempos depois vai a Paris para aprender a arte culinária da cozinha francesa e retorna completamente mudada, fina e elegante. Não demora a despertar a atenção dos irmãos Larrabee que agora irão disputar entre si o coração da bela jovem.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Quando Paris Alucina

Esse filme é uma divertida comédia que brinca com os bastidores de Hollywood. Um produtor acaba contratando um roteirista intrigado pelo título de seu roteiro que promete ser inovador. Com o nome de "A Moça que Roubou a Torre Eiffell" ele acaba encantando o magnata da indústria do cinema. A verdade porém é que o escritor não tem nada escrito, pois tudo não passa de um título bem bolado. Nas vésperas da entrega do roteiro ele então resolve partir para o tudo ou nada, usando inclusive os serviços de uma jovem e encantadora secretária para lhe ajudar. A proximidade iniciará uma improvável paixão entre ambos. Audrey Hepburn era maravilhosa. Sua presença nessa película só vem a confirmar o ditado que diz: Já não se fazem mais estrelas como antigamente! Audrey com todo o seu charme e elegância salva o filme de ser apenas um passatempo até levemente bobo, com figurinos e humor ingênuo, que hoje em dia poderia soar bem datados. O grande mérito é realmente do carisma de todo o elenco. A começar por Hepburn, passando por Holden e chegando em Tony Curtis, um ator que se tornou símbolo daquela era.

Muitos anos depois de ter feito essa produção a estrela máxima da elegância e finesse em Hollywood, a inigualável Audrey Hepburn, disse em uma entrevista que esse era o seu filme favorito dentre todos que fez ao longo de sua carreira. Eu entendo sua opinião. A produção é uma singela comédia romântica muito fina e elegante, igualzinha a ela, a Audrey. É um espelho cinematográfico dela mesma. Assim quem gosta dessa clássica atriz não poderá deixar de gostar desse simpático clássico do cinema.

Quando Paris Alucina (Paris - When It Sizzles, Estados Unidos, 1964) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Richard Quine / Roteiro: Julien Duvivier, Henri Jeanson / Elenco: William Holden, Audrey Hepburn, Tony Curtis, Mel Ferrer, Marlene Dietrich / Sinopse: Um roteirista de Hollywood promete escrever um roteiro inovador, só que na realidade ele não tem nada em mãos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Guerra e Paz

Baseado no romance escrito por Leo Tolstoy o filme "Guerra e Paz" conta a história de uma série de personagens que vivem na Rússia no momento em que sua nação é invadida por tropas comandadas por Napoleão Bonaparte. Entre os que sentem na pele os efeitos da guerra está Natasha Rostova (Audrey Hepburn), uma doce jovem da pequena nobreza e Pierre Bezukhov (Henry Fonda), um moscovita que se torna herdeiro de uma grande fortuna. Adaptar o romance "Guerra e Paz" para o cinema nunca foi algo simples ou fácil de fazer. Recentemente assisti a uma minissérie da BBC e mesmo nesse formato percebemos que ainda falta muito para trazer todo o universo de Tolstoy para a tela. Se é assim para uma série, imagine para um filme!

O diretor King Vidor sempre teve a mão pesada e aqui ela ficou ainda mais pesada por causa do material que precisou adaptar. O resultado foi um filme com três horas e meia de duração, com muitos personagens, que em muitas ocasiões se torna cansativo. A produção é ótima pois o filme foi rodado em Roma, nos estúdios da  Cinecittà, com produção do grande Dino De Laurentiis e Carlo Ponti, dois dos maiores produtores da história do cinema europeu, porém nem a grande pompa e luxo escondeu alguns problemas do roteiro. Para se ter uma ideia foram necessários nove roteiristas para se chegar numa versão final do texto. Mesmo assim não ficou tão tão bom.

Era necessário enxugar ainda mais a história, para que não ficasse tão dispersa. Bom, mesmo com eventuais problemas como esses que foram citados, é inegável que se trata de um grande filme, um daqueles épicos que não são feitos mais hoje em dia. Outro ponto que merece destaque é o elenco. Henry Fonda me pareceu um pouco perdido em seu personagem, que era muito mais jovem do que sua idade na época em que o filme foi feito. Sua presença ainda assim é um dos grandes atrativos do filme. Melhor se sai a bela e carismática Audrey Hepburn! Ela só não se torna melhor porque sua personagem não foi tão bem tratada pelo roteiro. Do jeito que ficou, por exemplo, sua paixão por um outro pretendente, enquanto seu noivo prometido está na guerra, acabou soando pouco verossímil. A questão é justamente essa, mesmo com três horas de duração o filme não conseguiu dar conta de tantos personagens complexos e relevantes para a trama. Adaptar Tolstoy para o cinema realmente nunca foi algo simples.

Guerra e Paz (War and Peace, Estados Unidos, Itália, 1956) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: King Vidor / Roteiro: Bridget Boland / Elenco: Henry Fonda, Audrey Hepburn, Mel Ferrer, Vittorio Gassman, Anita Ekberg, Tullio Carminati / Sinopse: Durante a Rússia Czarista um jovem acaba recebendo uma grande fortuna de herança. Ele porém não tem a experiência de vida e nem a vivência para lidar com essa riqueza. Pior do que isso, sua nação está prestes a ser invadida pelas tropas do general francês Napoleão Bonaparte, algo que mudará a vida de todas as pessoas daquele período histórico. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção (King Vidor), Melhor Fotografia (Jack Cardiff) e Melhor Figurino (Maria De Matteis).

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de outubro de 2019

Sabrina

Sabrina Fairchild (Audrey Hepburn) é a filha do chofer de uma rica família de Long Island. Ela nutre por muito anos uma paixão indisfarçável por David Larrabee (William Holden) o irresponsável e playboy filho mais novo do rico patrão de seu pai. Tempos depois vai a Paris para aprender a arte culinária da cozinha francesa e retorna completamente mudada, fina e elegante. Não demora muito a despertar a atenção dos irmãos Larrabee que agora irão disputar entre si o coração da bela jovem. "Sabrina" é o mais elegante filme da carreira de Billy Wilder. Tudo é de muito bom gosto na produção - roupas de grife, trilha sonora de alto nível e um clima de sofisticação que impera em todas as cenas. Audrey Hepburn encontra em Sabrina um papel bem adequado ao seu estilo de interpretação. Seus pretendentes em cena, Humphrey Bogart e William Holden, também estão muito bem em seus respectivos personagens, dois irmãos que são opostos entre si, o primeiro trabalhador e responsável e o segundo um playboy incorrigível.

Durante muitos anos "Sabrina" virou um ícone dos filmes românticos em Hollywood tanto que daria origem até mesmo a uma série de publicações de mesmo nome que exploravam bem um clima de romance idealizado, escrito e consumido por jovens que sonhavam com seu príncipe encantado. Curiosamente no filme Audrey acaba tendo que escolher entre a paixão platônica de sua adolescência ou a figura de um homem mais equilibrado e seguro de si o que demonstra que nem sempre o homem de seus sonhos é aquele que você pensava ser o ideal. Outro fato interessante é perceber como Audrey, mesmo no começo de sua carreira, não se mostra intimidada de contracenar com o mito Bogart que aqui deixa de lado seus personagens cínicos e perigosos que desempenhava em seus outros filmes. Na verdade ele entrou no elenco na última hora pois o ator que havia sido escalado inicialmente, Cary Grant, não se recuperou de um acidente que havia sofrido e por determinação médica foi afastado do filme. Já William Holden está bem diferente da imagem que estamos acostumados, ele surge em cena de cabelo pintado, um loiro falso que chama a atenção pelo exagero. "Sabrina" fez sucesso de público e crítica quando foi lançado. Concorreu a vários prêmios da Academia e levou o Oscar de Melhor Figurino (para Edith Head, uma veterana em Hollywood). Já o diretor Billy Wilder, que também assinava o roteiro, foi premiado pelo Globo de Ouro por seu belo texto. O filme ganharia uma nova versão na década de 90 com Harrison Ford mas esse remake era infinitamente inferior. Melhor ficar com o original mesmo, "Sabrina" é sem dúvidas uma ótima dica para o cinéfilo que procura um filme clássico com muita classe e elegância. Pode assistir sem receios que não vai se arrepender.

Sabrina (Sabrina, EUA, 1954) Direção: Billy Wilder / Roteiro: Billy Wilder, Samuel Taylor, Ermst Lehman / Elenco: Audrey Hepburn, Humphrey Bogart, William Holden / Sinopse: Sabrina Fairchild (Audrey Hepburn) é a filha do chofer de uma rica família de Long Island. Ela nutre por muito anos uma paixão indisfarçável por David Larrabee (William Holden) o irresponsável e playboy filho mais novo do rico patrão de seu pai. Tempos depois vai a Paris para aprender a arte culinária da cozinha francesa e retorna completamente mudada, fina e elegante. Não demora a despertar a atenção dos irmãos Larrabee que agora irão disputar entre si o coração da bela jovem.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

O Passado Não Perdoa

Título no Brasil: O Passado Não Perdoa
Título Original: The Unforgiven
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Huston
Roteiro: Ben Maddow, baseado no livro de Alan Le May
Elenco: Burt Lancaster, Audrey Hepburn, Audie Murphy, Lillian Gish
  
Sinopse:
O filme narra as lutas do clã Zachary. O patriarca foi morto há muitos anos pela tribo Kiowa. Agora a liderança da família pertence ao irmão mais velho, Ben Zachary (Burt Lancaster). Ao mesmo tempo em que negocia gado ele precisa manter a salvos seus irmãos mais jovens, entre eles Cash (Audie Murphy) e Rachel (Audrey Hepburn). Essa última tem traços indígenas, o que leva algumas pessoas da região a desconfiarem de que ela na verdade seria Kiowa. A relativa tranquilidade dos Zacharys muda completamente quando guerreiros nativos voltam para seu rancho. Eles querem Rachel, o que dará origem a uma nova guerra entre brancos e índios.

Comentários:
Só o simples fato de ter sido dirigido pelo mestre John Huston já chama a atenção. Quem conhece a obra desse cineasta sabe muito bem que ele nunca rodou filmes banais, que caíssem no lugar comum. É verdade que Huston não realizou muitos filmes de faroeste ao longo de sua carreira, mas quando o fez certamente caprichou. Não há outra qualificação para essa produção, trata-se de mais uma obra prima da filmografia desse talentoso diretor. O roteiro mostra a vida da família Zachary. Eles vivem há décadas em um rancho em um território dominado pela tribo Kiowa. De tempos em tempos ocorrem matanças entre brancos e nativos. Depois de um longo período de paz eles retornam. Querem Rachel (Hepburn) que eles alegam ter sido raptada de sua tribo no passado. Acontece que Rachel já é uma mulher adulta, plenamente integrada à sociedade civilizada. Ela jamais seria levada de volta para as montanhas onde vivem os Kiowas. Para Ben (Lancaster) essa hipótese jamais poderia ser nem ao menos cogitada. A recusa dele para os Kiowas eleva à tensão ao máximo, o que desencadeia uma nova era de conflitos entre os brancos e índios da região. 

Huston não se contenta em apenas contar um filme onde nativos são vilões e colonizadores brancos são mocinhos. Ele procura desenvolver cada personagem, cada membro da família Zachary. Com um elenco maravilhoso em mãos, Huston criou um filme que é considerado um dos melhores da década de 1960. Além dos familiares protagonistas da estória, Huston inseriu um personagem por demais interessante, um homem velho em roupas de soldado confederado que passa de tempos em tempos proclamando profecias e trechos do velho testamento, tal como se fosse um profeta do velho oeste. Outro aspecto que chama a atenção é o tema do racismo. Em pleno auge da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, Huston soube como poucos tratar sobre o tema racial de uma forma extremamente inteligente. Se formos analisar atentamente veremos que esse faroeste tem como tema central justamente a diferença de raças e o preconceito sempre latente na mente humana. Em conclusão, temos aqui um excelente filme, genial realmente. Tudo acontece no seu devido tempo e Huston se mostra mais uma vez como um verdadeiro artesão da sétima arte. "The Unforgiven" é item obrigatório em qualquer coleção de western de respeito. Não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Além da Eternidade

Na década de 1980 nenhum cineasta obteve mais sucesso ou foi mais famoso do que Steven Spielberg. De fato aqueles foram seus mais bem sucedidos anos. Curiosamente depois de uma década de tantos filmes de fantasia e ficção o diretor resolveu fechar os anos 80 com algo completamente diferente. Seu novo projeto era um filme que saia bastante de sua zona de conforto habitual. Nada de extraterrestres e nem aventuras com arqueólogos aventureiros, aqui Steven Spielberg resolveu realmente inovar participando do primeiro remake de sua carreira! Como se isso não bastasse era ainda um filme romântico, como os da era de ouro de Hollywood. “Além da Eternidade” é na realidade uma refilmagem de “Dois no Céu”, clássico de 1943, estrelado por Spencer Tracy e dirigido por Victor Fleming. O argumento é bem espiritualista: um piloto de combate a incêndios florestais morre durante uma das missões. O problema é que ele deixa assuntos inacabados na Terra. Sua tarefa agora é voltar ao plano físico para ajudar sua antiga paixão, que ficara destruída emocionalmente após sua morte, a reencontrar o caminho da felicidade em sua vida.

Steven Spielberg fez algumas modificações em relação ao filme anterior. Em “Dois no Céu” a ação se passava durante a II Guerra Mundial e o aviador morto era um comandante militar. Aqui o diretor resolveu modificar o personagem, o colocando como um aviador de combate a incêndios florestais. O personagem entregue a Richard Dreyfuss também se tornou mais jovial e atuante, se concentrando menos no humor do filme original para dar mais espaço ao drama e ao romantismo nessa nova releitura da estória. Já a trilha sonora se concentrava bastante em sucessos do surgimento do rock americano da década de 50 e 60, com destaque para a balada maravilhosa “Smoke Gets In Your Eyes”, gravação imortal dos Platters em 1958. O resultado porém fica abaixo dos demais filmes de Spielberg. Ele parece perder o controle da pieguice em um roteiro tão romântico como esse. O que era para ser puro lirismo se perde em um filme com muitas boas intenções mas que termina apenas com resultados meramente medianos. De certa forma o elenco é quem salva por completo a produção. Basta lembrar que a grande atriz Audrey Hepburn dá o ar de sua graça nas telas pela primeira vez em muitos anos – algo que ela não fazia desde o começo da década, em 1981, com o filme “Muito Riso e Muita Alegria”. Sua personagem não é tão marcante (ela interpreta um anjo) mas quando aparece realmente rouba todas as atenções para si. Infelizmente essa seria sua última aparição no cinema. Só esse fato já justificaria a existência do filme. De qualquer modo fica o registro desse “Spielberg menor” que no final das contas foi salvo pela deslumbrante aparição final do mito Hepburn. Vale a pena ser conhecido (ou redescoberto). 

Além da Eternidade (Always, Estados Unidos, 1989) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Jerry Belson, baseado no filme “Dois no Céu” de 1943 / Elenco: Richard Dreyfuss, Holly Hunter, Brad Johnson, John Goodman, Audrey Hepburn / Sinopse: Pete Sandich (Richard Dreyfuss) é um piloto de combate a incêndios florestais que morre tragicamente durante uma das missões. O problema é que ele deixa assuntos inacabados na Terra. Sua tarefa agora é voltar ao plano físico para ajudar sua antiga paixão, que ficara destruída emocionalmente com sua morte, a reencontrar o caminho da felicidade em sua vida.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Grace Kelly / Audrey Hepburn

Grace Kelly
Na foto a atriz Grace Kelly beija o Oscar vencido por sua atuação no filme "Amar é Sofrer" (EUA, 1954). O drama foi dirigido por George Seaton, com roteiro baseado na peça teatral escrita por Clifford Odets. Ao lado da atriz que mais tarde se tornaria princesa de Mônaco ainda brilharam o cantor Bing Crosby (provando que também podia atuar convincentemente) e o ator William Holden (em um dos momentos mais populares e bem sucedidos de toda a sua carreira). Grace Kelly havia sido indicada no ano anterior pelo filme "Mogambo" do grande mestre John Ford, mas na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante. Infelizmente não venceu. Um ano depois veio sua grande chance com uma personagem dramática e romântica, bem de acordo com o modelo que os membros da Academia gostavam de premiar. Apesar de todo o sucesso em sua carreira do cinema Grace Kelly abandonaria definitivamente as telas em 1956 com o musical "Alta Sociedade". Para muitos essa foi uma perda que jamais foi superada pois Kelly foi de fato uma das grandes estrelas da sétima arte em sua fase áurea. 

Audrey Hepburn
Audrey Hepburn acaricia seu Oscar após ser premiada por sua atuação no filme "A Princesa e o Plebeu". Dirigido por William Wyler e com um ótimo elenco que contava ainda com Gregory Peck, Audrey Hepburn e Eddie Albert, o filme foi inicialmente recebido como uma comédia romântica leve e sem pretensão, nada parecida com os habituais vencedores do Oscar. Geralmente as atrizes premiadas pela Academia na época eram escaladas para filmes dramáticos, pesados até, com história edificantes. Audrey assim surpreendeu por ter vencido por uma personagem tão leve e carismática. Ícone da elegância, sofisticação e finesse, Audrey se tornaria campeã de indicações ao prêmio Oscar. Além de ter vencido na primeira indicação por "A Princesa e o Plebeu" (1954), ela ainda seria indicada por "Sabrina" (1955), "Uma Cruz à Beira do Abismo" (1959), "Bonequinha de Luxo" (1961), e "Um Clarão nas Trevas" (1967). Pelo conjunto da obra e seus trabalhos  assistenciais ainda foi homenageada em 1993 com o prêmio humanitário Jean Hersholt dado pela própria Academia.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

85 Anos de Audrey Hepburn

Segue texto escrito em maio de 2014. Se estivesse viva a belga Audrey Kathleen Ruston ou como ficou internacionalmente conhecida, Audrey Hepburn, estaria completando nesse dia 4 de maio seu aniversário de 85 anos de idade. Audrey foi durante décadas símbolo de elegância e finesse feminina em (poucos) 31 filmes de que participou. É até de se admirar que ela tenha virado um mito da sétima arte com uma filmografia tão pequena, isso em uma época em que era comum atrizes e atores atingirem a marca das cem produções. Qual afinal foi seu diferencial? Audrey Hepburn era de certa forma a antítese das estrelas de cinema que se destacavam por uma sensualidade mais latente, quase vulgar. O símbolo máximo era Marilyn Monroe com toda a sua sexualidade à flor da pele. Audrey não era loira, nem alta, não tinha seios fartos e nem bumbum arrebitado. Na verdade seu estilo era bem outro, mais contido, sem roupas extravagantes, mas extremamente finas e elegantes. Não tardou e virou um símbolo também do mundo da alta costura.

Assim sua imagem ficou associada a outro padrão de beleza. Não a da loira sensual mas sim da mulher que primava pela sofisticação no estilo de se vestir e se comportar. Como havia nascida na Europa ela herdou todo o requinte do velho continente. Sua estreia nas telas se deu no distante ano de 1951 quando interpretou uma simples recepcionista em "One Wild Oat". Era apenas uma jovenzinha tentando chamar a atenção, aceitando o que aparecia pela frente, inclusive personagens inexpressivos que nem nomes possuíam. Sua sorte porém mudaria completamente dois anos depois quando estrelou ao lado de Gregory Peck o clássico romântico "A Princesa e o Plebeu". Depois desse filme sua persona nas telas ficou definida para sempre. Audrey interpretaria uma série de mulheres elegantes, simples mas sofisticadas, com um bom gosto para o mundo da moda à toda prova.

Um ano depois arrasou em "Sabrina", romance sofisticado dirigido pelo grande Billy Wilder. O cineasta que havia perdido a cabeça com as manias de Marilyn Monroe em "Quanto Mais Quente Melhor" viu em  Audrey Hepburn o tipo de atriz que tanto procurava. Ótima profissional, sempre com o texto na ponta da língua, além de muito educada, fina e requintada. Ao longo da carreira Hepburn sempre tivera a sorte grande de contracenar com grandes ídolos da história de Hollywood. Já tinha tido a sorte de dividir a tela com Gregory Peck e em "Sabrina" novamente atuou ao lado de dois grandes nomes do cinema americano,  Humphrey Bogart e William Holden. O filme fez grande sucesso de bilheteria e até hoje é visto como um modelo para os filmes românticos.

Parecia que Audrey havia chegado ao topo da carreira após esses excelentes filmes mas para sua surpresa o melhor ainda estaria por vir. O clássico "Guerra e Paz", a simpática "Cinderela em Paris" e o drama "Uma Cruz à Beira do Abismo" consolidaram sua carreira de uma vez por todas. Por suas atuações ela deixou de ser simplesmente considerada uma atriz bonita que interpretava personagens gracinhas para ser levada à sério também como profissional séria e respeitada. A Academia já tinha reconhecido isso. Ela foi indicada cinco vezes ao Oscar, tendo vencido justamente por "A Princesa e o Plebeu".

Em 1961 Audrey Hepburn realizou aquele que é considerado o maior clássico de sua carreira, "Bonequinha de Luxo". O roteiro era do grande escritor Truman Capote e a direção de Blake Edwards combinou perfeitamente com o texto, ora irônico, ora mordaz, mas sempre por demais intrigante e inteligente. A atuação como Holly Golightly entrou definitivamente no inconsciente coletivo da sétima arte e sua imagem com aquele figurino se tornaria definitiva para Hepburn em sua carreira. Ela recebeu mais uma indicação ao Oscar e mais uma aclamação popular pois o filme foi mais um grande sucesso de bilheteria.

A partir daí sua carreira foi recheada de bons filmes que ela foi realizando com certa regularidade até 1967. Nesse ano, após realizar o ótimo "Um Clarão nas Trevas", Audrey Hepburn decidiu que era hora de dar uma parada. Retirou-se do cinema e ficou por longos nove anos fora das telas. Queria repensar sua carreira e retomar aspectos de sua vida pessoal que para ela tinham sido deixados de lado. Só voltaria mesmo em 1976 com o subestimado "Robin e Marian". Foi uma experiência válida mas não muito prazerosa para a atriz que tinha focado sua vida em outros interesses, inclusive assuntos humanitários, causa que ela defenderia até o fim de seus dias.

Audrey Hepburn deu adeus definitivamente à sétima arte em 1989 no lírico "Além da Eternidade" de Steven Spielberg. O diretor utilizou de toda a sua influência para que o mito voltasse para uma última aparição. Ela interpretava um anjo, algo muito adequado aliás. Embora não tenha sido um grande filme a produção cumpriu bem seus objetivos. Sem dúvida uma despedida digna do cinema para um de seus maiores mitos. Hepburn morreria alguns anos depois, com apenas 63 anos, em sua propriedade particular na Suíça, na cidade de Tolochenaz.

O Melhor de Audrey Hepburn
A Princesa e o Plebeu (1953)
Sabrina (1954)
Cinderela em Paris (1957)
Uma Cruz à Beira do Abismo (1959)
Bonequinha de Luxo (1961)
Infâmia (1961)
Charada (1963)
Minha Bela Dama (1964)
Um Clarão nas Trevas (1967)
Robin e Mariah (1976)

Pablo Aluísio.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Audrey Hepburn / Paul Newman / Jean Simmons


Audrey Hepburn - Bonequinha de Luxo
Uma das imagens mais populares da época, Audrey Hepburn no papel de Holly Golightly no clássico Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's, EUA, 1961) dirigido por Blake Edwards. O autor Truman Capote, que escreveu o roteiro baseado em seu próprio texto original, entendia que Hollywood jamais faria o filme. O teor era considerado muito ousado para aqueles tempos moralistas e conservadores. Curiosamente para Capote o segredo da boa aceitação do filme veio da presença de Audrey Hepburn como a protagonista, uma atriz tão sofisticada, elegante e fina, que tudo o que poderia ser considerado vulgar seria facilmente digerido pelo público em geral. Ele estava certo. O filme logo se tornou sucesso de público e crítica, sendo vencedor de dois Oscars, todos na categoria musical, fruto do maravilhoso trabalho do maestro e compositor Henry Mancini. Também levou indicações importantes, como Melhor Filme, Roteiro e Direção de Arte. Já a diva Audrey Hepburn teve também seu excelente trabalho reconhecido, sendo indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro. Atualmente Bonequinha de Luxo é considerado um dos grandes clássicos do cinema americano em sua era de ouro, merecidamente aliás.


Paul Newman
Paul Newman não foi apenas um grande ator, estrelando filmes inesquecíveis. Ele também cultivou a imagem de ser um exemplo de bom cidadão e marido. Casado por 50 anos com a mesma mulher, Joanne Woodward, ele teve esse aspecto de sua biografia um pouco abalado com o lançamento do livro "Paul Newman: Uma Vida" do jornalista americano Shawn Levy. Durante pesquisas para a elaboração da biografia o autor descobriu que Newman teve um caso extraconjugal com a jornalista Nancy Bacon durante um ano e meio. Eles se conheceram durante as filmagens do clássico Butch Cassidy. Outro aspecto pouco conhecido do grande público era o alcoolismo de Newman, algo que o assombrou por toda a sua vida.


Paul Newman - Newman´s Own
O ator Paul Newman não era apenas um bom ator, mas também um astuto homem de negócios. Nos anos 60 ele resolveu investir parte do dinheiro ganho na profissão de ator no mundo concorrido dos alimentos. Fundou sua própria marca de produtos e ganhou uma fortuna com as vendas. A empresa Newman´s Own virou uma febre nos Estados Unidos, vendendo todos os tipos de produtos alimentícios. Em pouco tempo o ator estava fazendo uma fortuna com os números do sucesso de seus produtos. Curiosamente embora não precisasse mais atuar Paul decidiu continuar no cinema, por pura paixão pela sétima arte.


Paul Newman e Joanne Woodward 
Paul Newman e a esposa Joanne Woodward estudam um script em seu camarim nos estúdios da MGM em Hollywood. Esse foi um casal sui generis na capital do cinema. Em uma profissão onde casamentos duravam poucos anos, algumas vezes até poucos meses, eles continuaram juntos por décadas, quebrando o velho estigma que casamentos de pessoas famosas simplesmente não duravam. Observador da vida a dois, Paul Newman costumava resumir seu pensamento na seguinte frase: "A felicidade no casamento não é algo que simplesmente acontece, um bom casamento deve ser criado. Na arte do casamento, as coisas grandes são as coisas pequenas. É lembrar de dizer um “eu te amo” uma vez ao dia pelo menos. É ter um sentimento mútuo de valores comuns. É enfrentar o mundo lado a lado."


Jean Simmons
Pelo visto o cão não é apenas o melhor amigo do homem, mas das mulheres também. A linda atriz Jean Simmons posa na foto ao lado de seu cãozinho de estimação, eterno amigo que ela fazia questão de levar para todos os lados. Um caso de amor entre dono e animalzinho de estimação para nos inspirar nesse fim de noite. 

quarta-feira, 28 de março de 2007

Audrey Hepburn

Audrey Hepburn
A atriz foi durante décadas sinônimo de elegância, sofisticação e glamour. Em uma carreira tão marcante, de tantos filmes inesquecíveis, se destacam dentre outros “Bonequinha de Luxo”, “Sabrina”, “A Princesa e o Plebeu”, “Uma Cruz à Beira do Abismo”, "Infâmia" e “Minha Bela Dama”. Em todos esses seus clássicos foi bastante elogiada pela crítica. Foi um caso até raro de atriz que conseguia agradar igualmente ao público e aos críticos de cinema. Tinha praticamente unanimidade nesse aspecto. Todos pareciam gostar dela.

Sua filmografia não é longa. Comparada com os demais astros e estrelas de sua época ela realmente fez poucos filmes. Foram apenas 34 filmes como atriz. A estreia se deu na TV, em 1949, um filme simples. Era uma garotinha. Seu primeiro filme mesmo, considerada por ela mesma, foi "O Mistério da Torre", lançado em 1951.

 Ela foi indicada seis vezes ao Oscar! Por anos ela se considerou azarada pois nunca conseguia ser premiada. Já caminhava para o rol de grandes nomes da história de Hollywood que tinham sido injustiçados pela Academia quando sua sorte mudou. Finalmente em 1953 ela finalmente foi premiada por seu trabalho no filme "A Princesa e o Plebeu" onde contracenava com o ótimo Gregoy Peck. Reconhecendo o excelente trabalho dos demais envolvidos no filme dedicou o prêmio ao colega de cena e ao diretor William Wyler. Era considerada uma profissional disciplinada, amiga e humilde dentro do set de filmagens. Sua gratidão com quem havia lhe ajudado estava em toda parte por onde atuava.

Sua última aparição no cinema se deu pelas mãos de Steven Spielberg. Ela apareceu pela última vez em "Além da Eternidade" de 1989. Fazia anos que estava afastada do trabalho de atriz. Apenas após muita insistência de Spielberg ela finalmente aceitou voltar para uma despedida final do cinema. E foi um belo gesto de adeus.  Após a aposentadoria no cinema se destacou por seu empenho em causas humanitárias e de ajuda aos países mais pobres. Ela faleceu no dia 20 de janeiro de 1993 em sua casa na Suíça. Ela havia deixado os Estados Unidos em busca de um lugar mais tranquilo para viver. Tinha apenas 63 anos de idade quando partiu. Deixou saudades em todos os cinéfilos mundo afora. Audrey Hepburn foi um mito eterno da sétima arte.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de outubro de 2006

Audrey Hepburn

Audrey Hepburn
A atriz foi durante décadas sinônimo de elegância, sofisticação e glamour. Em uma carreira tão marcante, de tantos filmes inesquecíveis, se destacam dentre outros “Bonequinha de Luxo”, “Sabrina”, “A Princesa e o Plebeu”, “Uma Cruz à Beira do Abismo”, "Infâmia" e “Minha Bela Dama”. Em todos esses seus clássicos foi bastante elogiada pela crítica. Foi um caso até raro de atriz que conseguia agradar igualmente ao público e aos críticos de cinema. Tinha praticamente unanimidade nesse aspecto. Todos pareciam gostar dela.

Sua filmografia não é longa. Comparada com os demais astros e estrelas de sua época ela realmente fez poucos filmes. Foram apenas 34 filmes como atriz. A estreia se deu na TV, em 1949, um filme simples. Era uma garotinha. Seu primeiro filme mesmo, considerada por ela mesma, foi "O Mistério da Torre", lançado em 1951.

 Ela foi indicada seis vezes ao Oscar! Por anos ela se considerou azarada pois nunca conseguia ser premiada. Já caminhava para o rol de grandes nomes da história de Hollywood que tinham sido injustiçados pela Academia quando sua sorte mudou. Finalmente em 1953 ela finalmente foi premiada por seu trabalho no filme "A Princesa e o Plebeu" onde contracenava com o ótimo Gregoy Peck. Reconhecendo o excelente trabalho dos demais envolvidos no filme dedicou o prêmio ao colega de cena e ao diretor William Wyler. Era considerada uma profissional disciplinada, amiga e humilde dentro do set de filmagens. Sua gratidão com quem havia lhe ajudado estava em toda parte por onde atuava.

Sua última aparição no cinema se deu pelas mãos de Steven Spielberg. Ela apareceu pela última vez em "Além da Eternidade" de 1989. Fazia anos que estava afastada do trabalho de atriz. Apenas após muita insistência de Spielberg ela finalmente aceitou voltar para uma despedida final do cinema. E foi um belo gesto de adeus.  Após a aposentadoria no cinema se destacou por seu empenho em causas humanitárias e de ajuda aos países mais pobres. Ela faleceu no dia 20 de janeiro de 1993 em sua casa na Suíça. Ela havia deixado os Estados Unidos em busca de um lugar mais tranquilo para viver. Tinha apenas 63 anos de idade quando partiu. Deixou saudades em todos os cinéfilos mundo afora. Audrey Hepburn foi um mito eterno da sétima arte.

Pablo Aluísio.