Título no Brasil: Demônios do Céu
Título Original: Dive Bomber
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Frank Wead
Elenco: Errol Flynn, Fred MacMurray, Ralph Bellamy, Alexis Smith, Robert Armstrong, Regis Toomey
Sinopse:
Um cirurgião militar se une a um piloto da Marinha para desenvolver um traje de alta altitude que protegerá os pilotos de desmaiar quando entrarem em um mergulho íngreme em aviões de guerra.
Comentários:
Filme sobre os bastidores das forças armadas americanas. O filme na verdade foi filmado antes da entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial. Foi dito por especialistas que os aviões mostrados no filme já estavam prestes a se aposentar. Também chama atenção os porta-aviões daquela época, bem pequenos se comparados com os que foram usados na guerra. Tudo isso foi compensado pelo grande talento de Michael Curtiz que rodou cenas maravilhosas em cores, aproveitando tudo o que tinha direito do Technocolor, um orgulho da Warner Bros na época em que o filme foi lançado nos cinemas. Em relação ao roteiro é bom, mas não desenvolve muitos os personagens. A verdadeira estrela dessa produção é a aviação militar dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
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terça-feira, 12 de abril de 2022
segunda-feira, 7 de março de 2022
A Morte Espera no 322
Filme noir que chegou a ser exibido recentemente no Brasil pelo canal Telecine Cult. Todos os elementos desse tipo de clássico estão presentes em cena. Há uma mulher fatal, que se relaciona com um ladrão de bancos e um policial, que ao contrário do que era normal ver em filmes policiais da época, apresenta uma postura nada condizente com a lei e a ordem. Quando descobre que há uma pequena fortuna em jogo (200 mil dólares) ele balança. Não demora muito e se junta à mulher do gângster para enganar a todos, ficando com a grana que obviamente foi fruto de um roubo. É um tira desonesto que vai ter que lidar com situações perigosas e delicadas. Não honra seu distintivo e nem está preocupado com isso. Ele tem como objetivo apenas pegar o dinheiro e desaparecer para sempre.
O roteiro desse filme foi escrito a partir do romance policial ""The Night Watch" escrito por Thomas Walsh. Curiosamente o roteiro ainda mesclou essa história base com elementos de outro livro da época, escrito por Bill S. Ballinger, Nessa mistura de literatura Pulp surge uma história das mais interessantes, onde os protagonistas são todos patifes, sem exceção. Com bom elenco e direção segura de Richard Quinem, eu destacaria a presença da atriz Kim Novak. Jovem e no auge de sua beleza, ela roubou o filme do astro principal, Fred MacMurray, que sem ter o mesmo carisma de Novak, acabou ficando totalmente ofuscado!
A Morte Espera no 322 (Pushover, Estados Unidos, 1954) Direção: Richard Quine / Roteiro: Roy Huggins / Elenco: Fred MacMurray, Kim Novak, Dorothy Malone, Philip Carey, E.G. Marshall / Sinopse: Policial corrupto resolve se unir a mulher de um chefe de quadrilha especializada em roubos a bancos, para dar um golpe em todos os envolvidos no crime.
Pablo Aluísio.
O roteiro desse filme foi escrito a partir do romance policial ""The Night Watch" escrito por Thomas Walsh. Curiosamente o roteiro ainda mesclou essa história base com elementos de outro livro da época, escrito por Bill S. Ballinger, Nessa mistura de literatura Pulp surge uma história das mais interessantes, onde os protagonistas são todos patifes, sem exceção. Com bom elenco e direção segura de Richard Quinem, eu destacaria a presença da atriz Kim Novak. Jovem e no auge de sua beleza, ela roubou o filme do astro principal, Fred MacMurray, que sem ter o mesmo carisma de Novak, acabou ficando totalmente ofuscado!
A Morte Espera no 322 (Pushover, Estados Unidos, 1954) Direção: Richard Quine / Roteiro: Roy Huggins / Elenco: Fred MacMurray, Kim Novak, Dorothy Malone, Philip Carey, E.G. Marshall / Sinopse: Policial corrupto resolve se unir a mulher de um chefe de quadrilha especializada em roubos a bancos, para dar um golpe em todos os envolvidos no crime.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 24 de junho de 2021
Aventura Sangrenta
Título no Brasil: Aventura Sangrenta
Título Original: The Far Horizons
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Pine-Thomas Productions
Direção: Rudolph Maté
Roteiro: Della Gould Emmons, Winston Miller
Elenco: Fred MacMurray, Charlton Heston, Donna Reed, Barbara Hale, William Demarest, Eduardo Noriega
Sinopse:
Após comprar o território da Louisiana, o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Thomas Jefferson, decide enviar uma expedição de exploração e reconhecimento daquelas terras. Os militares são comandados pelo capitão Meriwether Lewis (MacMurray) e pelo tenente William Clark (Heston). Na jornada eles encontram tribos nativas prontas para a guerra.
Comentários:
Esse filme retrata os primórdios da conquista do Oeste, ainda em uma fase bem primitiva da história. Para se ter uma ideia a expedição Lewis / Clark foi provavelmente a primeira a entrar em contato com muitas das nações indígenas que viviam no oeste selvagem. O pretexto oficial de catalogar e reconhecer o vasto território da Louisiana era apenas parte da missão. Os militares iriam também para o Oeste, em busca da conquista da outra costa. A intenção era chegar até o Oceano Pacífico para reinvidcar todas as aquelas terras habitadas pelos índios americanos. O roteiro porém não se resume a isso. Ele também desenvolve muito bem a delicada relação pessoal entre os dois comandantes da expedição. Eles tinham disputado a mesma mulher antes da viagem e essa tensão continuava em alta durante a viagem rumo ao Oeste. E a situação piorava muito quando Clark decidia se envolver com uma bonita nativa chamada Sacajawea (interpretada pela atriz Donna Reed). Como se já não fosse insulto suficiente roubar a mulher que ele era apaixonado, o tenente ainda arranjava uma amante nativa no meio do caminho. Era muito ofensivo, na visão de Lewis. Enfim, grande filme, ótimo entretenimento e de quebra o espectador ainda conhece um capítulo importante da história dos Estados Unidos, naquele momento ainda uma jovem nação.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Far Horizons
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Pine-Thomas Productions
Direção: Rudolph Maté
Roteiro: Della Gould Emmons, Winston Miller
Elenco: Fred MacMurray, Charlton Heston, Donna Reed, Barbara Hale, William Demarest, Eduardo Noriega
Sinopse:
Após comprar o território da Louisiana, o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Thomas Jefferson, decide enviar uma expedição de exploração e reconhecimento daquelas terras. Os militares são comandados pelo capitão Meriwether Lewis (MacMurray) e pelo tenente William Clark (Heston). Na jornada eles encontram tribos nativas prontas para a guerra.
Comentários:
Esse filme retrata os primórdios da conquista do Oeste, ainda em uma fase bem primitiva da história. Para se ter uma ideia a expedição Lewis / Clark foi provavelmente a primeira a entrar em contato com muitas das nações indígenas que viviam no oeste selvagem. O pretexto oficial de catalogar e reconhecer o vasto território da Louisiana era apenas parte da missão. Os militares iriam também para o Oeste, em busca da conquista da outra costa. A intenção era chegar até o Oceano Pacífico para reinvidcar todas as aquelas terras habitadas pelos índios americanos. O roteiro porém não se resume a isso. Ele também desenvolve muito bem a delicada relação pessoal entre os dois comandantes da expedição. Eles tinham disputado a mesma mulher antes da viagem e essa tensão continuava em alta durante a viagem rumo ao Oeste. E a situação piorava muito quando Clark decidia se envolver com uma bonita nativa chamada Sacajawea (interpretada pela atriz Donna Reed). Como se já não fosse insulto suficiente roubar a mulher que ele era apaixonado, o tenente ainda arranjava uma amante nativa no meio do caminho. Era muito ofensivo, na visão de Lewis. Enfim, grande filme, ótimo entretenimento e de quebra o espectador ainda conhece um capítulo importante da história dos Estados Unidos, naquele momento ainda uma jovem nação.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 25 de março de 2021
A Nave da Revolta
Um filme clássico de guerra, sempre lembrado em listas de melhores do gênero. A história é das mais interessantes. O capitão Philip Francis Queeg (Humphrey Bogart) assume o comando do navio de guerra denominado Caine, durante a Segunda Guerra Mundial. Há anos a embarcação está precisando de reparos, além de contar com uma tripulação insubordinada e relapsa. Sua linha de comando dura e com forte ênfase nos menores detalhes, leva seu grupo de oficiais a entender que ele estaria passando por algum tipo de problema mental. Durante uma tempestade o tenente Steve Maryk (Van Johnson) resolve assumir o controle do navio. Seria esse um ato heroico ou um motim?
Logo no começo do filme a Marinha dos Estados Unidos deixa claro que nunca houve um motim na sua história e tudo o que o espectador irá assistir é mera ficção baseada no romance escrito por Herman Wouk, que inclusive venceu o Pulitzer, o mais prestigiado prêmio de literatura dos EUA. Certamente uma medida de precaução por parte das forças armadas. Afinal um motim é uma das piores coisas que podem acontecer dentro de um navio de guerra. É a quebra total e completa da hierarquia militar, colocando em risco a vida das pessoas, não apenas da tripulação, como também da sociedade em geral.
O roteiro é muito bem escrito, com destaque para quatro personagens centrais. O primeiro é o próprio capitão Queeg (Bogart), um militar que não aceita o menor deslize em relação ao regulamento da marinha. Para isso toma decisões absurdas que vão contra o bom senso. Também apresenta claros sinais de que não está bem mentalmente. O primeiro a perceber isso é o tenente Tom Keefer (MacMurray) que de certa forma se torna o estopim da destituição de seu comandante e Maryk (Johnson) que resolve arriscar tudo em um ato de extrema coragem para salvar o navio.
Nessa tabuleiro de tensões ainda há espaço para um recém saído tenente da academia militar, Willie Keith (Robert Francis), um jovem inexperiente que sequer consegue sair da sombra de sua mãe dominadora. O filme tem excelentes cenas para a época, com destaque para o momento em que o Caine enfrenta uma terrível tempestade. Depois do motim todos vão parar em uma corte marcial e o enredo dá uma guinada, virando um drama de tribunal militar. É sem dúvida um dos grandes filmes da carreira de Humphrey Bogart que inclusive concorreu ao Oscar de melhor ator. Em suma, temos aqui uma verdadeira obra prima do cinema clássico.
A Nave da Revolta (The Caine Mutiny, Estados Unidos, 1954) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Edward Dmytryk / Roteiro: Stanley Roberts, Michael Blankfort / Elenco: Humphrey Bogart, Robert Francis, José Ferrer, Van Johnson, Fred MacMurray, Tom Tully / Sinopse: Um motim se forma dentro de um navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos, colocando em alerta todos os envolvidos na crise. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Edward Dmytryk), melhor roteiro (Stanley Roberts, Michael Blankfort) e melhor ator (Humphrey Bogart).
Pablo Aluísio.
Logo no começo do filme a Marinha dos Estados Unidos deixa claro que nunca houve um motim na sua história e tudo o que o espectador irá assistir é mera ficção baseada no romance escrito por Herman Wouk, que inclusive venceu o Pulitzer, o mais prestigiado prêmio de literatura dos EUA. Certamente uma medida de precaução por parte das forças armadas. Afinal um motim é uma das piores coisas que podem acontecer dentro de um navio de guerra. É a quebra total e completa da hierarquia militar, colocando em risco a vida das pessoas, não apenas da tripulação, como também da sociedade em geral.
O roteiro é muito bem escrito, com destaque para quatro personagens centrais. O primeiro é o próprio capitão Queeg (Bogart), um militar que não aceita o menor deslize em relação ao regulamento da marinha. Para isso toma decisões absurdas que vão contra o bom senso. Também apresenta claros sinais de que não está bem mentalmente. O primeiro a perceber isso é o tenente Tom Keefer (MacMurray) que de certa forma se torna o estopim da destituição de seu comandante e Maryk (Johnson) que resolve arriscar tudo em um ato de extrema coragem para salvar o navio.
Nessa tabuleiro de tensões ainda há espaço para um recém saído tenente da academia militar, Willie Keith (Robert Francis), um jovem inexperiente que sequer consegue sair da sombra de sua mãe dominadora. O filme tem excelentes cenas para a época, com destaque para o momento em que o Caine enfrenta uma terrível tempestade. Depois do motim todos vão parar em uma corte marcial e o enredo dá uma guinada, virando um drama de tribunal militar. É sem dúvida um dos grandes filmes da carreira de Humphrey Bogart que inclusive concorreu ao Oscar de melhor ator. Em suma, temos aqui uma verdadeira obra prima do cinema clássico.
A Nave da Revolta (The Caine Mutiny, Estados Unidos, 1954) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Edward Dmytryk / Roteiro: Stanley Roberts, Michael Blankfort / Elenco: Humphrey Bogart, Robert Francis, José Ferrer, Van Johnson, Fred MacMurray, Tom Tully / Sinopse: Um motim se forma dentro de um navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos, colocando em alerta todos os envolvidos na crise. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Edward Dmytryk), melhor roteiro (Stanley Roberts, Michael Blankfort) e melhor ator (Humphrey Bogart).
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de janeiro de 2020
As Chuvas de Ranchipur
Para superar problemas no casamento o rico Lord inglês Albert Esketh (Michael Rennie) e sua elegante esposa Lady Edwina Esketh (Lana Turner) decidem viajar até a distante Índia, província do império britânico, para fazer turismo e comprar cavalos de raça para seu plantel na Inglaterra. Seu destino é a região de Ranchipur. Uma vez lá Lady Edwina acaba se apaixonando por um médico idealista, o Dr. Major Rama Safti (Burton), dando origem a um perigoso triângulo amoroso. Todo o intenso jogo romântico porém é interrompido por um enorme desastre natural que se abate sobre o exótico lugar. Aventuras exóticas em países distantes fizeram muito sucesso na época de ouro do cinema clássico americano. Havia um frescor em conhecer outras culturas sendo bastante para isso apenas a compra de um ingresso de cinema que custava poucos centavos de dólar. Assim houve no começo da década de 1950 um verdadeiro boom de interesse por parte do público diante desse tipo de filme.
E se o estúdio colocasse pitadas de romance com astros e estrelas de sucesso a boa bilheteria certamente seria certa. Todos esses ingredientes podem ser encontrados aqui em "The Rains of Ranchipur". Estrelado por Lana Turner e Richard Burton o roteiro explorava justamente esse nicho de mercado. Romance, aventura, terras exóticas e ação. Hoje em dia o filme é lembrado bastante por causa de seus bem realizados efeitos especiais (que chegaram a concorrer ao Oscar na categoria). De certa maneira é uma antecipação do que viria a se tornar bem popular algumas décadas depois, quando grandes desastres da natureza se tornavam o tema principal dos filmes que passaram a ser conhecidos como "cinema catástrofe". Tudo isso porque no enredo há um grande cataclisma natural. Se esse tipo de situação não lhe interessa é bom saber que a produção desfila um belo figurino em cena, principalmente nos trajes elegantes usados pelo personagem de Richard Burton. Lana Turner também não fica atrás, sempre tão fina e sofisticada. Em suma, uma aventura ao velho estilo, valorizado por um glamour tipicamente Hollywoodiano.
As Chuvas de Ranchipur (The Rains of Ranchipur, Estados Unidos, Inglaterra, 1955) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: Jean Negulesco / Roteiro: Louis Bromfield, Merle Miller / Elenco: Lana Turner, Richard Burton, Fred MacMurray, Joan Caulfield / Sinopse: Um elegante e nobre casal inglês decide fazer uma viagem de turismo na exótica Índia, naquele momento uma colônia do poderoso império britânico. O que eles não poderiam prever é que iriam estar no país indiano bem no meio de um grande desastre natural. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Ray Kellogg e Cliff Shirpser).
Pablo Aluísio.
E se o estúdio colocasse pitadas de romance com astros e estrelas de sucesso a boa bilheteria certamente seria certa. Todos esses ingredientes podem ser encontrados aqui em "The Rains of Ranchipur". Estrelado por Lana Turner e Richard Burton o roteiro explorava justamente esse nicho de mercado. Romance, aventura, terras exóticas e ação. Hoje em dia o filme é lembrado bastante por causa de seus bem realizados efeitos especiais (que chegaram a concorrer ao Oscar na categoria). De certa maneira é uma antecipação do que viria a se tornar bem popular algumas décadas depois, quando grandes desastres da natureza se tornavam o tema principal dos filmes que passaram a ser conhecidos como "cinema catástrofe". Tudo isso porque no enredo há um grande cataclisma natural. Se esse tipo de situação não lhe interessa é bom saber que a produção desfila um belo figurino em cena, principalmente nos trajes elegantes usados pelo personagem de Richard Burton. Lana Turner também não fica atrás, sempre tão fina e sofisticada. Em suma, uma aventura ao velho estilo, valorizado por um glamour tipicamente Hollywoodiano.
As Chuvas de Ranchipur (The Rains of Ranchipur, Estados Unidos, Inglaterra, 1955) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: Jean Negulesco / Roteiro: Louis Bromfield, Merle Miller / Elenco: Lana Turner, Richard Burton, Fred MacMurray, Joan Caulfield / Sinopse: Um elegante e nobre casal inglês decide fazer uma viagem de turismo na exótica Índia, naquele momento uma colônia do poderoso império britânico. O que eles não poderiam prever é que iriam estar no país indiano bem no meio de um grande desastre natural. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Ray Kellogg e Cliff Shirpser).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
A Donzela de Salem
Título no Brasil: A Donzela de Salem
Título Original: Maid of Salem
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Frank Lloyd
Roteiro: Walter Ferris, Bradley King
Elenco: Claudette Colbert, Fred MacMurray, Harvey Stephens, Gale Sondergaard
Sinopse:
Baseado na obra teatral escrita por Bradley King, "Maid of Salem" narra a estória de um romance que floresce entre dois jovens moradores da pequena cidade de Salem, no Massachusetts, durante o século XVII. Eles se amam ardentemente, porém a rígida repressão moral e religiosa daquele sociedade os impede de serem inteiramente felizes. No meio de tanto temor de serem descobertos, acabam caindo nas garras de uma tradicional família que os acusam de estarem praticando atos de bruxaria na floresta local. A acusação acaba despertando o que há de pior naquelas pessoas.
Comentários:
Interessante filme que tenta mesclar romance e terror (no sentido mais estrito da palavra) em apenas um roteiro. A simples menção do nome da cidade de Salem já traz à tona um dos mais pavorosos eventos da chamada Inquisição Protestante nos Estados Unidos, quando dezenas de pessoas inocentes foram queimadas vivas em fogueiras por pastores e líderes religiosos locais que, a despeito de combaterem a presença do diabo na região, cometeram crimes terríveis. Tudo se revelaria anos depois como simples paranoia e fanatismo religioso. Esse contexto histórico foi apenas parcialmente aproveitado. Assim o que vemos aqui não é a história real, mas sim uma adaptação, onde o foco se transfere inicialmente para o romance entre duas pessoas extremamente apaixonadas. Como o amor deles acaba despertando ciúmes e ódio em alguns moradores eles logo se tornam vítimas de acusações infundadas, que apontavam o dedo em sua direção, os acusando, sem prova alguma, de que estavam cometendo atos de magia negra e bruxaria. Um absurdo completo. O drama é estrelado pela estrela Claudette Colbert, um dos nomes mais famosos em Hollywood naquela época. Conhecida por clássicos como "Aconteceu Naquela Noite" (1934), "Desde Que Partiste" (1944) e "Mulher de Verdade" (1942) ela empresta todo o seu talento para que o filme funcione plenamente. Um bom retrato da indústria americana daqueles tempos, em que não se deixava o aspecto puramente comercial dos filmes se sobrepor à fortes mensagens de racionalidade e tolerância.
Pablo Aluísio.
Título Original: Maid of Salem
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Frank Lloyd
Roteiro: Walter Ferris, Bradley King
Elenco: Claudette Colbert, Fred MacMurray, Harvey Stephens, Gale Sondergaard
Sinopse:
Baseado na obra teatral escrita por Bradley King, "Maid of Salem" narra a estória de um romance que floresce entre dois jovens moradores da pequena cidade de Salem, no Massachusetts, durante o século XVII. Eles se amam ardentemente, porém a rígida repressão moral e religiosa daquele sociedade os impede de serem inteiramente felizes. No meio de tanto temor de serem descobertos, acabam caindo nas garras de uma tradicional família que os acusam de estarem praticando atos de bruxaria na floresta local. A acusação acaba despertando o que há de pior naquelas pessoas.
Comentários:
Interessante filme que tenta mesclar romance e terror (no sentido mais estrito da palavra) em apenas um roteiro. A simples menção do nome da cidade de Salem já traz à tona um dos mais pavorosos eventos da chamada Inquisição Protestante nos Estados Unidos, quando dezenas de pessoas inocentes foram queimadas vivas em fogueiras por pastores e líderes religiosos locais que, a despeito de combaterem a presença do diabo na região, cometeram crimes terríveis. Tudo se revelaria anos depois como simples paranoia e fanatismo religioso. Esse contexto histórico foi apenas parcialmente aproveitado. Assim o que vemos aqui não é a história real, mas sim uma adaptação, onde o foco se transfere inicialmente para o romance entre duas pessoas extremamente apaixonadas. Como o amor deles acaba despertando ciúmes e ódio em alguns moradores eles logo se tornam vítimas de acusações infundadas, que apontavam o dedo em sua direção, os acusando, sem prova alguma, de que estavam cometendo atos de magia negra e bruxaria. Um absurdo completo. O drama é estrelado pela estrela Claudette Colbert, um dos nomes mais famosos em Hollywood naquela época. Conhecida por clássicos como "Aconteceu Naquela Noite" (1934), "Desde Que Partiste" (1944) e "Mulher de Verdade" (1942) ela empresta todo o seu talento para que o filme funcione plenamente. Um bom retrato da indústria americana daqueles tempos, em que não se deixava o aspecto puramente comercial dos filmes se sobrepor à fortes mensagens de racionalidade e tolerância.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Audácia de um Forasteiro
Faroeste B estrelado pelo veterano ator Fred MacMurray (50 anos de carreira e quase 100 filmes no curriculum!). Aqui ele faz um tipo que nem era tão comum dentro de sua filmografia. Para falar a verdade sua persona em cena como um cowboy casca grossa e fugitivo não convence muito. Ele tinha cara de bonachão e se saía melhor em comédias ou filmes família como os que realizou nos estúdios Disney. Ao seu lado em cena pelo menos um ator de faroeste de verdade: James Coburn. Muito jovem ele interpreta um capanga da quadrilha local. "Audácia de um Forasteiro" estava há muitos anos sem passar no Brasil mas recentemente ele foi exibido pela Rede Record que detém seus direitos. Infelizmente tantos nos EUA como no Brasil o filme permanece inédito no mercado de DVD e Blu-Ray.
O filme foi feito na Columbia no auge da popularidade dos filmes de bang-bang. Como esse tipo de western sempre dava bilheteria os filmes eram rodados em escala industrial, um atrás do outro, geralmente aproveitando as mesmas locações e os mesmos cenários. O filme foi dirigido por Paul Wendkos, outro profissional veterano com mais de 100 filmes em sua lista! O interessante é que assim como MacMurray ele também não era especialista em filmes de western! Enfim, o filme é isso, um faroeste curto, rápido e direto para ser exibido nas matinês dos cinemas nos anos 50. Vale como curiosidade.
Audácia de Um Forasteiro (Face of a Fugitive, EUA, 1959) Direção de Paul Wendkos / Roteiro: David T. Chantler e Daniel B. Ullman / Elenco: Fred MacMurray, Lin McCarthy, James Coburn e Dorothy Green / Sinopse: Pistoleiro mata um xerife e foge para uma pequena cidade onde muda de identidade e se envolve numa disputa de terras públicas.
Pablo Aluísio.
O filme foi feito na Columbia no auge da popularidade dos filmes de bang-bang. Como esse tipo de western sempre dava bilheteria os filmes eram rodados em escala industrial, um atrás do outro, geralmente aproveitando as mesmas locações e os mesmos cenários. O filme foi dirigido por Paul Wendkos, outro profissional veterano com mais de 100 filmes em sua lista! O interessante é que assim como MacMurray ele também não era especialista em filmes de western! Enfim, o filme é isso, um faroeste curto, rápido e direto para ser exibido nas matinês dos cinemas nos anos 50. Vale como curiosidade.
Audácia de Um Forasteiro (Face of a Fugitive, EUA, 1959) Direção de Paul Wendkos / Roteiro: David T. Chantler e Daniel B. Ullman / Elenco: Fred MacMurray, Lin McCarthy, James Coburn e Dorothy Green / Sinopse: Pistoleiro mata um xerife e foge para uma pequena cidade onde muda de identidade e se envolve numa disputa de terras públicas.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
A Mulher que Soube Amar
Título no Brasil: A Mulher que Soube Amar
Título Original: Alice Adams
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: George Stevens
Roteiro: Dorothy Yost
Elenco: Katharine Hepburn, Fred MacMurray, Fred Stone
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Booth Tarkington, o filme narra a história de Alice Adams (Katharine Hepburn), uma jovem pobre, de origem humilde, que se encanta com a vida dos ricos e famosos. Após ser convidada para uma festa de grã-finos de sua cidade, ela descobre que a barreira social pode ser tão complicada de se superar como qualquer outro preconceito existente na sociedade. Apaixonada pelo rico e bonitão Arthur Russell (Fred MacMurray), ela precisará superar várias barreiras para concretizar sua paixão. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz (Katharine Hepburn).
Comentários:
Bom drama social que investe no problema sempre presente do chamado preconceito social. A personagem de Katharine Hepburn é filha de um simples trabalhador, que inclusive se encontra sem trabalhar por problemas de saúde. Ela sonha com a vida luxuosa dos ricos, mas não tem condições financeiras de viver no meio de todo daquele luxo e ostentação. Tão pobre é que precisa sempre reformar o mesmo vestido barato para frequentar as festas ricas às quais consegue ser convidada. Sem dinheiro para comprar um belo buquê de flores na floricultura da cidade precisa ir ao campo para colher ela mesma as flores que estarão em seu próprio arranjo floral feito de forma artesanal, em sua própria casa. Para piorar descobre da pior maneira possível que sua condição social também a impede de se entrosar completamente com as garotas ricas de sua idade, ficando geralmente escanteada e ignorada nos grandes bailes festivos. Sua roupa modesta, fruto de remendos e reformas, também não passa despercebida pelas meninas ricas, que não deixam de fazer comentários maldosos sobre isso. Apesar de toda essa situação desfavorável ela mantém uma personalidade feliz e vibrante, sempre falando muito para expressar seus sentimentos. Quando encontra com Arthur, um sujeito rico e elegante, acaba percebendo que finalmente pode ter encontrado a felicidade em sua vida. Duas coisas chamam a atenção nesse belo romance social. A primeira é a jovialidade de Katharine Hepburn como Alice Adams! Ela está esfuziante, com muita vontade de atuar bem. Isso transparece claramente na tela. A segunda é a presença do galã Fred MacMurray, também ainda bastante jovem, esbanjando olhares cândidos (e em certos aspectos bem canastrões também). E pensar que anos depois ele iria se especializar em filmes de faroeste e comédias da Disney. Enfim, um bom filme valorizado por um roteiro bem escrito e a sempre correta direção do mestre George Stevens, aqui já explorando o lado menos louvável do ser humano.
Pablo Aluísio.
Título Original: Alice Adams
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: George Stevens
Roteiro: Dorothy Yost
Elenco: Katharine Hepburn, Fred MacMurray, Fred Stone
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Booth Tarkington, o filme narra a história de Alice Adams (Katharine Hepburn), uma jovem pobre, de origem humilde, que se encanta com a vida dos ricos e famosos. Após ser convidada para uma festa de grã-finos de sua cidade, ela descobre que a barreira social pode ser tão complicada de se superar como qualquer outro preconceito existente na sociedade. Apaixonada pelo rico e bonitão Arthur Russell (Fred MacMurray), ela precisará superar várias barreiras para concretizar sua paixão. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz (Katharine Hepburn).
Comentários:
Bom drama social que investe no problema sempre presente do chamado preconceito social. A personagem de Katharine Hepburn é filha de um simples trabalhador, que inclusive se encontra sem trabalhar por problemas de saúde. Ela sonha com a vida luxuosa dos ricos, mas não tem condições financeiras de viver no meio de todo daquele luxo e ostentação. Tão pobre é que precisa sempre reformar o mesmo vestido barato para frequentar as festas ricas às quais consegue ser convidada. Sem dinheiro para comprar um belo buquê de flores na floricultura da cidade precisa ir ao campo para colher ela mesma as flores que estarão em seu próprio arranjo floral feito de forma artesanal, em sua própria casa. Para piorar descobre da pior maneira possível que sua condição social também a impede de se entrosar completamente com as garotas ricas de sua idade, ficando geralmente escanteada e ignorada nos grandes bailes festivos. Sua roupa modesta, fruto de remendos e reformas, também não passa despercebida pelas meninas ricas, que não deixam de fazer comentários maldosos sobre isso. Apesar de toda essa situação desfavorável ela mantém uma personalidade feliz e vibrante, sempre falando muito para expressar seus sentimentos. Quando encontra com Arthur, um sujeito rico e elegante, acaba percebendo que finalmente pode ter encontrado a felicidade em sua vida. Duas coisas chamam a atenção nesse belo romance social. A primeira é a jovialidade de Katharine Hepburn como Alice Adams! Ela está esfuziante, com muita vontade de atuar bem. Isso transparece claramente na tela. A segunda é a presença do galã Fred MacMurray, também ainda bastante jovem, esbanjando olhares cândidos (e em certos aspectos bem canastrões também). E pensar que anos depois ele iria se especializar em filmes de faroeste e comédias da Disney. Enfim, um bom filme valorizado por um roteiro bem escrito e a sempre correta direção do mestre George Stevens, aqui já explorando o lado menos louvável do ser humano.
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de agosto de 2016
A Mancha de Sangue
Título no Brasil: A Mancha de Sangue
Título Original: At Gunpoint
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Alfred L. Werker
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Fred MacMurray, Dorothy Malone, Walter Brennan, Tommy Rettig, Skip Homeier, Irving Bacon
Sinopse:
Durante um assalto a banco na pequena cidadezinha de Plainview, no Texas, o xerife é morto pelos criminosos. Ao passarem pela rua principal da cidade em fuga, um comerciante chamado Jack Wright (Fred MacMurray) resolve atirar nos ladrões e o líder do bando é morto com um tiro certeiro, caindo de seu cavalo. O resto do grupo foge. Dias depois começam os rumores que eles estarão de volta para vingar a morte do chefe da quadrilha. Isso coloca Jack em uma situação delicada, já que ele nunca foi um pistoleiro e não sabe como enfrentará os bandoleiros quando eles retornarem. Pior do que isso, as pessoas da cidade decidem lhe abandonar à própria sorte.
Comentários:
O tema desse bom faroeste é a covardia. O protagonista Jack Wright (Fred MacMurray) é apenas um comerciante pacato da cidade que mata um violento criminoso durante um assalto a banco de sua cidade. Isso o torna alvo do restante da quadrilha que jura vingar a morte do comparsa. Jack não é um às do gatilho, não tem experiência com armas e nem nada do tipo. Ele é apenas um pai de família que tentou proteger seus entes queridos e agora se vê a mercê de criminosos sem ter como vencê-los em um duelo - que parece estar cada vez mais próximo. Depois da morte do xerife de Plainview ninguém também parece disposto a aceitar o cargo. Nem mesmo um Marshall federal que passou pela cidade para investigar o assassinato parece disposto a ficar por lá quando a quadrilha retornar. O roteiro desse filme me lembrou em certo aspecto do clássico western "Matar ou Morrer" onde o ator Gary Cooper interpretava um xerife que era abandonado pela cidade inteira, tendo que enfrentar sozinho um bando de renegados e criminosos. Esse filme lançado três anos depois bebia da mesma fonte do faroeste com Cooper, mas claro com pretensões bem mais modestas. Não há nada que lembre a tensão psicológica sufocante criada pelo diretor Fred Zinnemann naquele clássico absoluto do western americano, porém isso não quer dizer que "A Mancha de Sangue" seja fraco ou destituído de qualidades. Pelo contrário. Gostei bastante do desenvolvimento do enredo, principalmente pela direção ágil e eficaz do diretor Alfred L. Werker que deu um ritmo muito bom para o filme. Outra escolha que me pareceu muito acertada foi colocar o ator Fred MacMurray para interpretar o protagonista. Ele tinha um jeito de "Paizão" que combinou muito bem com seu personagem, um homem comum, honesto, que se vê numa situação que lhe foge ao controle. O clímax reafirma a bravura do homem que foi para o oeste, onde todos pareciam dispostos a se sacrificar para criar uma terra de lei e ordem, onde todo mundo pudesse viver em paz. Em suma, deixo a indicação desse pequeno, mas muito interessante faroeste. Os fãs do gênero certamente não terão do que reclamar.
Pablo Aluísio.
Título Original: At Gunpoint
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Alfred L. Werker
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Fred MacMurray, Dorothy Malone, Walter Brennan, Tommy Rettig, Skip Homeier, Irving Bacon
Sinopse:
Durante um assalto a banco na pequena cidadezinha de Plainview, no Texas, o xerife é morto pelos criminosos. Ao passarem pela rua principal da cidade em fuga, um comerciante chamado Jack Wright (Fred MacMurray) resolve atirar nos ladrões e o líder do bando é morto com um tiro certeiro, caindo de seu cavalo. O resto do grupo foge. Dias depois começam os rumores que eles estarão de volta para vingar a morte do chefe da quadrilha. Isso coloca Jack em uma situação delicada, já que ele nunca foi um pistoleiro e não sabe como enfrentará os bandoleiros quando eles retornarem. Pior do que isso, as pessoas da cidade decidem lhe abandonar à própria sorte.
Comentários:
O tema desse bom faroeste é a covardia. O protagonista Jack Wright (Fred MacMurray) é apenas um comerciante pacato da cidade que mata um violento criminoso durante um assalto a banco de sua cidade. Isso o torna alvo do restante da quadrilha que jura vingar a morte do comparsa. Jack não é um às do gatilho, não tem experiência com armas e nem nada do tipo. Ele é apenas um pai de família que tentou proteger seus entes queridos e agora se vê a mercê de criminosos sem ter como vencê-los em um duelo - que parece estar cada vez mais próximo. Depois da morte do xerife de Plainview ninguém também parece disposto a aceitar o cargo. Nem mesmo um Marshall federal que passou pela cidade para investigar o assassinato parece disposto a ficar por lá quando a quadrilha retornar. O roteiro desse filme me lembrou em certo aspecto do clássico western "Matar ou Morrer" onde o ator Gary Cooper interpretava um xerife que era abandonado pela cidade inteira, tendo que enfrentar sozinho um bando de renegados e criminosos. Esse filme lançado três anos depois bebia da mesma fonte do faroeste com Cooper, mas claro com pretensões bem mais modestas. Não há nada que lembre a tensão psicológica sufocante criada pelo diretor Fred Zinnemann naquele clássico absoluto do western americano, porém isso não quer dizer que "A Mancha de Sangue" seja fraco ou destituído de qualidades. Pelo contrário. Gostei bastante do desenvolvimento do enredo, principalmente pela direção ágil e eficaz do diretor Alfred L. Werker que deu um ritmo muito bom para o filme. Outra escolha que me pareceu muito acertada foi colocar o ator Fred MacMurray para interpretar o protagonista. Ele tinha um jeito de "Paizão" que combinou muito bem com seu personagem, um homem comum, honesto, que se vê numa situação que lhe foge ao controle. O clímax reafirma a bravura do homem que foi para o oeste, onde todos pareciam dispostos a se sacrificar para criar uma terra de lei e ordem, onde todo mundo pudesse viver em paz. Em suma, deixo a indicação desse pequeno, mas muito interessante faroeste. Os fãs do gênero certamente não terão do que reclamar.
Pablo Aluísio.
sábado, 4 de fevereiro de 2006
Atiradores do Texas
Título no Brasil: Atiradores do Texas
Título Original: The Texas Rangers
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: King Vidor
Roteiro: King Vidor, Elizabeth Hill
Elenco: Fred MacMurray, Jack Oakie, Jean Parker
Sinopse:
Jim Hawkins (Fred MacMurray) e seu parceiro Wahoo Jones, são dois ladrões de diligências que resolvem fugir para o Texas, onde pretendem se encontrar com um ex-membro de sua quadrilha, Sam McGee (Lloyd Nolan). No novo estado descobrem que as coisas não serão simples, pois na região atua um grupo de Texas Rangers durões, que não admitem roubos e crimes nas redondezas.
Comentários:
Um bom faroeste sobre redenção e desejo de começar tudo de novo na vida. Os dois principais personagens são bandidos que depois que se mudam para o Texas começam a pensar em se unir ao grupo Texas Rangers, ou seja, homens da lei. Usando da conhecida frase: "Se não pode destruí-los, junte-se a eles", o diretor King Vidor (que inclusive criou a estória e o enredo do filme), tenta colocar em prova a tese de que antigos foras da lei não conseguiriam andar na linha, mesmo que isso fosse vantajoso para suas vidas. Um tipo de defesa de um suposto DNA criminoso! Teorias sociológicas à parte, o que temos aqui é um bom western, valorizado pela presença do subestimado ator Fred MacMurray. Um artista muito eclético, que desfilou por praticamente todos os gêneros, inclusive em filmes da Disney nos anos 60. Aqui ele está bem jovem e com pinta de se tornar um galã de esporas, algo que não se confirmou. De qualquer forma pelo talento de King Vidor, assistir a fita vale muito a pena, mesmo nos dias de hoje. É diversão ao velho estilo na certa.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Texas Rangers
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: King Vidor
Roteiro: King Vidor, Elizabeth Hill
Elenco: Fred MacMurray, Jack Oakie, Jean Parker
Sinopse:
Jim Hawkins (Fred MacMurray) e seu parceiro Wahoo Jones, são dois ladrões de diligências que resolvem fugir para o Texas, onde pretendem se encontrar com um ex-membro de sua quadrilha, Sam McGee (Lloyd Nolan). No novo estado descobrem que as coisas não serão simples, pois na região atua um grupo de Texas Rangers durões, que não admitem roubos e crimes nas redondezas.
Comentários:
Um bom faroeste sobre redenção e desejo de começar tudo de novo na vida. Os dois principais personagens são bandidos que depois que se mudam para o Texas começam a pensar em se unir ao grupo Texas Rangers, ou seja, homens da lei. Usando da conhecida frase: "Se não pode destruí-los, junte-se a eles", o diretor King Vidor (que inclusive criou a estória e o enredo do filme), tenta colocar em prova a tese de que antigos foras da lei não conseguiriam andar na linha, mesmo que isso fosse vantajoso para suas vidas. Um tipo de defesa de um suposto DNA criminoso! Teorias sociológicas à parte, o que temos aqui é um bom western, valorizado pela presença do subestimado ator Fred MacMurray. Um artista muito eclético, que desfilou por praticamente todos os gêneros, inclusive em filmes da Disney nos anos 60. Aqui ele está bem jovem e com pinta de se tornar um galã de esporas, algo que não se confirmou. De qualquer forma pelo talento de King Vidor, assistir a fita vale muito a pena, mesmo nos dias de hoje. É diversão ao velho estilo na certa.
Pablo Aluísio.
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