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terça-feira, 15 de agosto de 2023

Asteroid City

Asteroid City
Existem pessoas que amam o cinema de Wes Anderson e outros que odeiam. Não parece haver meio termo. Bom, eu fico nesse espaço, nem idolatro e nem esculacho. Primeiro vejo o filme. Alguns gostei, outros não. Normal. O problema é que esse aqui se enquadra nos filmes chatos e absurdamente pretensiosos do Wes Anderson. E coloca chato nisso! Que filme irritante! As cenas não parecem seguir uma lógica narrativa, não muito bem delimitada. O roteiro tenta recriar a mente de um escritor de teatro que está montando sua nova peça. Ele só tem alguns elementos definidos, nada muito claro ou coerente. E o filme vai nessa mesma linha. Tem, em vários momentos, a iniciativa de tentar um humor baseado na fina ironia. Ok, tudo bem. Entretanto devo dizer... é um tipo de humor dos mais chatos que já vi na minha vida. Ruim demais até mesmo para chegar ao final do filme. Wes Anderson está afundado em sua própria egotrip. Essa é a verdade! 

Ao que tudo indica, a constante babação da crítica americana em relação aos seus filmes subiu à cabeça de Wes Anderson. Ele perdeu os limites, as estribeiras. Como tudo que faz é recebido pela crítica especializada como a segunda vinda do Messias, ele chegou na conclusão que pode fazer qualquer coisa que os elogios descabelados virão. E todo mundo vai ficar muito intrigado, satisfeito, mesmo que vários deles não tenham entendido nadica de nada. Pura tolice. O filme é ruim, não tem como negar. Eu achei o mais irritante de sua filmografia. No fim do primeiro ato já pensava em abandonar o filme no meio do caminho. Foi um verdadeiro sacrifício chegar ao fim. Os cacoetes cults de Wes Anderson atingiram os picos do Everest aqui. Masturbação completa de seu ego! O diretor está absolutamente deslumbrado consigo mesmo. Seria bom voltar para o Planeta Terra e parar de encher tanto o nosso saco! 

Asteroid City (Estados Unidos, 2023) Direção: Wes Anderson / Roteiro: Wes Anderson, Roman Coppola / Elenco: Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Tom Hanks, Edward Norton, Bryan Cranston / Sinopse: Um grupo de pessoas aleatórias, que não possuem nada em comum, vão parar no meio de uma pequena cidade do deserto chamada Asteroid City. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de março de 2023

O Pior Vizinho do Mundo

Título no Brasil: O Pior Vizinho do Mundo
Título Original: A Man Called Otto
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Playtone
Direção: Marc Forster
Roteiro: Hannes Holm, David Magee
Elenco: Tom Hanks, Mariana Treviño, Truman Hanks, Mack Bayda, Rachel Keller, Cameron Britton

Sinopse:
Otto (Tom Hanks) é um senhor idoso que após a morte da esposa decide que chegou o momento de acabar com sua própria vida, pois entende que já não existe mais sentido em continuar vivendo, ainda mais agora que está aposentado. Só que esse homem cheio de manias acaba sendo salvo desse fim trágico quando novos vizinhos se mudam para uma casa em frente da sua residência. 

Comentários:
Esse filme é na realidade o remake do filme europeu "Um Homem Chamado Ove", que eu inclusive assisti e escrevi resenha aqui no blog. Apesar do tema envolvendo um idoso que está sempre tentando encontrar um meio de se suicidar, não pense que o filme é mórbido ou dramático demais. Pelo contrário, é uma fita leve, que valoriza o lado mais humano dos personagens, sempre valorizando os pequenos prazeres que existem na vida cotidiana. O ator Tom Hanks assistiu ao filme original e gostou tanto que resolveu fazer sua versão nos Estados Unidos. Foi um projeto bem familiar. O filme foi produzido por sua própria companhia cinematográfica, sua esposa Rita Wilson é a produtora executiva e seu filho Truman Hanks interpreta o personagem Otto quando jovem. Gostei do clima de esperança e da boa mensagem dessa história. Já havia gostado do filme europeu e gostei igualmente desse novo filme do Tom Hanks. Boas mensagens como essa devem mesmo ser passadas em frente, quando mais pessoas atingirem, melhor. Sempre existem bons motivos para se continuar vivendo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Pinóquio

Essa nova versão de Pinóquio foi extremamente criticada. Diria até que muitos críticos foram ofensivos em relação a esse novo filme. E no meu ponto de vista tudo isso não teve razão de ser. Eu gostei dessa nova adaptação. Não há nada nela que venha a envergonhar a tradição dos estúdios Disney. Oitenta anos depois do primeiro filme, da primeira animação, temos uma releitura em live action. O resultado é, a meu ver, muito bom. Claro que ninguém iria inovar em termos de roteiro. O roteiro original, que contou com a supervisão do próprio Walt Disney, era muito interessante. Na realidade só existem 3 contos originais do Pinóquio. Então, Disney juntou os 3 em um só roteiro, como se fosse uma história linear. E o roteiro deste novo filme segue a mesma ideia do pioneiro Disney. Os 3 contos são divididos em 3 atos bem nítidos no filme. A origem de Pinóquio, primeiro ato. A ida de Pinóquio até a ilha dos prazeres é o segundo ato. Finalmente, o terceiro e último ato traz o conto do Pinóquio e a baleia.

Nada desmerece a longa tradição dos estúdios Disney em relação a esse personagem. Além disso, eu sou da opinião de que Pinóquio é a prova de falhas. O conto original tem sua beleza infantil imortal e os produtos que dele derivam seguem essa mesma linha. A animação da década de 1940 então, dispensa elogios. A música tema do filme é tão marcante que virou tema principal dos próprios estúdios Disney. Uma melodia deliciosa de se ouvir com sabor de infância feliz. Enfim, essa nova versão está aprovada e não vejo razões para que ela tenha sido tão criticada. O velho sabor nostálgico fala mais alto, certamente. 

Pinóquio (Pinocchio, Estados Unidos, 2022) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Robert Zemeckis / Elenco: Tom Hanks, Joseph Gordon-Levitt, Benjamin Evan Ainsworth / Sinopse: O sonho do velho Geppetto sempre foi ter um filho. Artesão de madeira talentoso, um dia ele resolve criar um boneco de Pinho. E o chama de Pinóquio. Seu desejo seria que aquele artefato de madeira ganhasse vida. E ele faz um desejo para isso. A Fada Azul ouve suas preces e transforma Pinóquio em um ser animado, com vida e consciência. E assim, esse novo boneco ganha vida e vai conhecer as experiências de menino, as pessoas e a maldade humana. Ao seu lado, em suas aventuras, surgindo como sua consciência, segue o pequeno Grilo Falante.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Elvis

Título no Brasil: Elvis
Título Original: Elvis
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Baz Luhrmann, Sam Bromell
Elenco: Tom Hanks, Austin Butler, Olivia DeJonge, Helen Thomson, Richard Roxburgh, Kelvin Harrison Jr.

Sinopse:
Em seus últimos momentos de vida, o Coronel Tom Parker (Tom Hanks) relembra seus anos ao lado de Elvis Presley (Austin Butler). Acima de tudo ele quer deixar claro que não foi um dos responsáveis pela morte do artista, mas que sim o levou ao sucesso que alcançou!

Comentários:
Finalmente assisti a esse filme que tem sido tão badalado e falado nas últimas semanas. Depois de conferir cheguei na conclusão de que não é tudo aquilo que se disse sobre ele. Não é um filme ruim, longe disso, mas também vamos convir que não é nenhuma maravilha da perfeição. O roteiro é superficial, apressado e se atropela em sua ansiedade. Eu até gostei da ideia de colocar o Coronel Tom Parker como um narrador não confiável, um homem envelhecido que através de suas memórias tenta se defender das acusações de que ele teria sido um dos responsáveis pela morte de Elvis. Esse roteiro baseado em lembranças, trazendo um longo flashback, justifica inclusive as omissões e erros na história e na cronologia. Um homem idoso, no final de sua vida, não iria lembrar tudo com perfeição. O problema vem mesmo da superficialidade de não se aprofundar em nada. A pressa é a inimiga da perfeição.

Baz Luhrmann, um diretor qie gosta de luxo e exageros estéticos, se mostra à vontade nas cenas de palco, já nos momentos mais dramáticos deixa a desejar. Profundidade emocional dos personagens não é o seu forte. Austin Butler segue no mesmo caminho, se saindo bem nos momentos em que interpreta o jovem Elvis no palco. Quando chega os anos 70, a maquiagem fica esquisita e ele apenas passa raspando nos momentos mais dramáticos. Em termos de atuação gostei muito mais de Tom Hanks. A experiência do veterano e talentoso ator fez a diferença, mesmo com o sotaque incomum. Entre aspectos positivos e negativos, o filme consegue segurar a atenção, sendo um interessante cartão de apresentação para o público mais jovem, justificando de certa maneira seu dinamismo. Já para quem é fã de longa data de Elvis não tem jeito, o filme vai soar bem superficial mesmo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Cinema News - Edição XIV

Novo Livro sobre Vivien Leigh conta segredos da vida da famosa atriz de Hollywood - Um novo livro lançado essa semana nos Estados Unidos conta segredos e fatos desconhecidos da atriz Vivien Leigh, que ficou internacionalmente famosa por causa do clássico do cinema "E o Vento Levou". O livro intitulado "Truly, Madly" traz um perfil biográfico da atriz, construído por anos de pesquisas por seu autor. Um dos enfoques principais da obra foi o conturbado relacionamento que a atriz teve por anos com o ator e diretor Laurence Olivier. Foi um romance tumultuado, não feliz, perturbado pelas inúmeras traições de seu marido, algumas vezes bem debaixo do nariz de Vivien Leigh.

Ela tinha uma personalidade emocional frágil e muitas vezes procurava a solução para suas dores emocionais através de remédios. Aos poucos foi se tornando hipocondríaca. Cartas pessoais da atriz revelam que ela tomou uma overdose de pílulas durante as filmagens de "E o Vento Levou", fato que poucos conheciam pois o estúdio abafou tudo na época. Ela se sentiu tão pressionada durante a produção do filme que se entupiu de remédios, quase morrendo nesse processo. Era tão jovem e de repente toda a responsabilidade de Hollywood foi colocada em suas costas. Ela não resistiu e quase morreu.

Segundo o autor do livro a atriz Vivien Leigh sofria de bipolaridade. Ela tinha inúmeras alterações de humor ao longo do dia o que deixava exaustos os que conviviam ao seu lado. Ora era uma pessoa maravilhosa, muito delicada e atenciosa, ora virava uma megera insuportável, tratando todo mundo mal. E essa mudança de personalidade acontecia em questão de segundos. De uma forma ou outra ela nunca foi diagnosticada corretamente, deixando esse distúrbio sem tratamento, o que talvez tenha contribuido para sua morte precoce em 1967.

Outro aspecto interessante é que o livro mostra os diversos problemas de saúde (reais e imaginários) que ela sofreu durante sua vida. Vivien Leigh sofria de problemas estomacais e até mesmo de uma grave alergia oos olhos o que fazia com que as filmagens de seus filmes fossem constantemente interrompidas. Ela morreu de tuberculose aos 53 anos de idade. A doença havia se tornado o grande terror de sua vida em seus meses finais de vida, algo que ela não conseguiu superar. 

Liza Minnelli sofre de doença neurológica grave e depressão - Seu estado de saúde chamou a atenção na noite do Oscar. Ela foi um dos grandes talentos a surgir em Hollywood. Atriz, dançarina e cantora, trazia a vida na arte como herança de sua mãe Judy Garland. Hoje aos 76 anos de idade, Liza vive um drama. Seu estado de saúde chamou atenção depois que ela apareceu na noite do Oscar para entregar o prêmio de melhor filme. De cadeira de rodas, ela não pareceu estar muito bem, embora tenha tentado passar uma boa imagem para o público.

Ela sofre de encefalite viral, uma grave doença de natureza neurológica. Alguns meios de comunicação divulgaram que ela estaria sofrendo de Mal de Parkinson, por causa dos tremores nas mãos que deixou transparacer na noite do Oscar, mas as informações não procedem. A encefalite viral traz sérios danos cerebrais e não tem cura, só podendo ser tratada para evitar danos maiores ao paciente. Também causa morbidades como a escoliose, o que impede o paciente de andar após algum tempo. Essa é a causa da falta de locomoção da atriz.

Liza Minnelli também passa por dificuldades financeiras. Ela mora em um pequeno apartamento em West Hollywood; Amigos ajudam nas despesas mensais, além do pagamento de tratamento médico. O dinheiro que ganhou em seus dias de sucesso se foi. Ela inclusive vendeu sua coleção de arte há alguns anos por preços bem abaixo do mercado. Estava precisando de dinheiro urgente. Pessoas próximas também dizem que Liza tem lutado contra a depressão que piora sua qualidade de vida. Esperamos que a atriz supere as adversidades.

Ewan McGregor se casa em Hollywood pela terceira vez! - Ewan McGregor e Mary Elizabeth Winstead são oficialmente marido e mulher. Eles se casaram em uma pequena cerimônia no fim de semana, disse uma fonte próxima ao casal para a revista People. Família e amigos compareceram ao casamento ao ar livre, que contou com um menu da fazenda do avô do noivo à mesa, disse a fonte ao canal. "Foi lindo e alegre." O caminho para o casamento não foi fácil para McGregor – que divide o filho Laurie, de 10 meses, com Winstead, e os filhos Clara, 26, Jamyan, 20, e Anouk, 11, e Esther, 20, com a ex-esposa Eve Mavrakis. Esse é o terceiro casamento do ator.

Em outubro de 2017, McGregor e Winstead foram vistos se beijando em um restaurante de Londres, provocando rumores de que o ator escocês havia se separado de Mavrakis após quase 22 anos de casamento. No início daquele ano, Winstead se separou de seu marido Riley Stearns após sete anos de casamento. Em setembro passado, os atores - que também co-estrelaram em Aves de Rapina - compareceram ao Emmy Awards 2021 em conjuntos pretos correspondentes. McGregor falou sobre Winstead e seus filhos durante seu discurso de aceitação depois que ele levou para casa o prêmio de Melhor Ator Principal em Série da Netflix.

"Mary, eu te amo muito. Vou levar isso para casa e mostrar ao nosso novo garotinho, Laurie", disse ele na época. "E para minhas lindas garotas, que eu sei que estão assistindo, Clara, Esther, Jamyan e Anouk, olá para vocês também. Muito obrigado a todos!" Embora o casal não tenha anunciado publicamente um noivado, um anel de diamante foi visto no dedo anelar de Winstead quando o casal compareceu ao Producers Guild Awards em Los Angeles em março. A imprensa foi mantida longe do casamento pois o casal exigiu privacidade absoluta para a cerimônia de casamento.

Homem do Norte: Novo filme sobre Bárbaros é sucesso de bilheteria nos Estados Unidos - O novo filme sobre bárbaros em guerra violenta contra a dominação da Roma Imperial  já é considerado um dos grandes sucessos de bilheteria da temporada. O filme já está, na semana de seu lançamento, em quarto lugar entre os filmes mais assistidos nos cinemas dos Estados Unidos e Europa. "Homem do Norte" já é considerado também um sucesso de crítica pois há boas avaliações sobre o filme entre a crítica especializada nos Estados Unidos.

A história se passa em um mundo brutal onde bárbaros invadem as fronteiras do norte do Império Romano, causando morte e destruição. Dirigido por Robert Eggers e contando no elenco com Alexander Skarsgård, Nicole Kidman e Claes Bang, o filme pode ser considerado um retorno aos sucessos do passado, ao estilo "Conan, o Bárbaro". O roteiro explora a saga de um jovem bárbaro que toma como projeto de vida a vingança depois que seu pai é morto por seu próprio tio.

A história do filme se passa no distante ano de 914. O ator sueco Alexander Skarsgård é mais conhecido pelo público brasileiro por ter interpretado o vampiro Eric Northman na série de sucesso "True Blood". Ele também se saiu bem ao atuar como Tarzan no bom filme "A Lenda de Tarzan". Esse novo filme onde ele interpreta um bárbaro do norte nos tempos brutais da dominação de Roma realmente promete!

Priscilla Presley aprova ator que interpreta Elvis em novo filme - A atriz e empresária Priscilla Presley aprovou o trabalho de atuação do ator Austin Butler que interpreta seu ex-marido em novo filme contando a história do aclamado cantor, considerado o Rei do Rock. O filme foi exibido para Priscilla em uma sessão especial e privada apenas com familiares de Elvis. O filme ainda não chegou nas salas de cinema, mas tem lançamento previsto para breve (com data de lançamento nos EUA no dia 24 de junho). 

Priscilla falou sobre o que assistiu: "Esta é uma história sobre a relação de Elvis com o Coronel Tom Parker (no filme interpretado pelo ator Tom Hanks). É uma história verdadeira, e contada da forma brilhantemente criativa que só Baz Luhrmann, diretor do filme, com o seu jeito artístico único, poderia ter entregado".

Priscilla também compareceu ao lado do jovem ator para uma sessão de gala especial. A viúva de Elvis estava elegantemente vestida. Para o trabalho de Austin Butler ela só deixou elogios, dizendo que seu trabalho no filme estava ótimo e que não teria nada de ruim a dizer sobre ele. Bom, se a Priscilla, que viveu tantos anos ao lado de Elvis gostou, quem somos nós para discordar de sua opinião?

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Da Terra à Lua

Essa minissérie foi produzida por Tom Hanks. O ator havia ficado muito interessado na jornada que levou os primeiros homens à Lua, então nada mais natural do que contar a saga do projeto espacial Apollo. Dividido em episódios temáticos, a série é perfeita em vários sentidos. Não apenas por resgatar toda a história, mas também por mostrar os desafios que a ciência precisou enfrentar para vencer esse grande obstáculo de se colocar um ser humano andando nas areias da Lua. Obviamente Tom Hanks ficou inspirado após atuar em Apollo 13. Ele ficou perplexo ao saber que nada nesse sentido havia sido feito antes. Então através de sua produtora em parceria com a HBO resolveu contar toda a história. O material além de importante do ponto de vista histórico, ficou perfeito como produto de entretenimento.

O projeto Apollo foi muito bem sucedido. Não apenas colocou o primeiro homem na Lua como também foi um projeto sem mortes, sem eventos fatais, como havia acontecido tragicamente antes com o projeto Mercury. Em plena guerra fria os Estados Unidos tinham grande motivação política para vencer a corrida espacial da União Soviética. Foi uma questão bastante ligada a essa rivalidade entre as super potências internacionais. Infelizmente depois que o homem finalmente caminhou na Lua o projeto foi perdendo o interesse e apoio popular. As últimas missões foram canceladas pelo Congresso americano, eram caras demais. De qualquer forma a "maior aventura do homem" está detalhada aqui. Item de colecionador para se ter na coleção pessoal.

Da Terra à Lua (From the Earth to the Moon, Estados Unidos, 1998) Direção: Tom Hanks, David Frankel, David Carson / Roteiro: Remi Aubuchon, Amy Brooke Baker / Elenco: Tom Hanks, Nick Searcy, Lane Smith, David Andrews / Sinopse: Minissérie em 12 episódios que conta em detalhes o projeto Apollo da Nasa que levaria o primeiro homem a pisar na Lua. Premiado pelo Primetime Emmy Awards em 3 categorias.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Finch

Finch (Tom Hanks) vive em um mundo devastado. Em um futuro próximo mudanças climáticas destruíram a vegetação da Terra. Os animiais ficaram sem alimento. A radiação ultravioleta do Sol matou milhões. A temperatura aumentou. Poucos sobreviveram. Finch vive em uma fábrica abandonada. Quando necessário ele sai de sua "toca" para ir atrás de alimentos em supermercados abandonados e destruídos. Ele vive sozinho ao lado de seu cão. Um dia decide construir um robô para lhe ajudar no dia a dia. Finch era engenheiro antes do grande cataclisma. Sua invenção se revela excepcional. O robô não apenas apresenta uma grande carga de aprendizado, como também começa a revelar traços de sentimentos bem humanos. Vagando por um mundo destruído, fugindo de grandes tempestadoes, FInch decide ir até San Francisco. Seu pai havia lhe enviado um cartão postal de lá, o único que recebeu em toda a sua vida.

Esse filme é muito bom. O cenário pós-apocalíptico e o clima de ficção em um mundo desolado, é apenas pano de fundo para mostrar o lado humano do protagonista e de seu novo invento, um robô meio desajeitado, algumas vezes agindo de forma boba, mas que acaba se revelando bem mais do que poderia prever seu criador. O roteiro também aproveita para passar essa mensagem ecológica que a humanidade precisa cuidar do planeta Terra antes que seja tarde demais. Isso porém é passado de forma sutil, sem ser panfletário ou algo do tipo. No final é um belo filme sobre uma viagem em busca de si mesmo, das coisas que realmente importam na vida humana.

Finch (Finch, Estados Unidos, 2021) Direção: Miguel Sapochnik / Roteiro: Craig Luck, Ivor, Powell / Elenco: Tom Hanks, Caleb Landry Jones, Marie Wagenman / Sinopse: O filme conta a história de um homem e seu robô, tentando sobreviver em um planeta Terra completamente devastado por causa de mudanças climáticas. Filme produzido por Robert Zemeckis, diretor do filme "De Volta Para o Futuro".

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Relatos do Mundo

Título no Brasil: Relatos do Mundo
Título Original: News of the World
Ano de Produção:  2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Playtone Pictures
Direção: Paul Greengrass
Roteiro: Paul Greengrass, Luke Davies
Elenco: Tom Hanks, Helena Zengel, Tom Astor, Travis Johnson, Andy Kastelic, Ray McKinnon

Sinopse:
Após o fim da guerra civil americana, um ex-capitão do exército ianque conhecido apenas como Kidd (Tom Hanks) passa a ganhar a vida lendo as notícias dos Estados Unidos e do mundo para os caipiras que encontra em sua viagem no velho oeste. Em uma dessas andanças acaba encontrando uma jovem que foi raptada por nativos. A partir daí ele se dedica a entregar a garota para sua família de origem.

Comentários:
De uma safra bem mais recente de filmes de faroeste, esse "Relatos do Mundo" pode ser considerado o melhor já produzido nos cinco últimos anos. A produção é perfeita, classe A e a história é daquelas que edificam, divertem e sensibilizam ao mesmo tempo. Tom Hanks, como sempre, interpretando um personagem de boa índole, um homem que se dispõe a ajudar uma garota perdida, que fora vítima de rapto, algo tristemente comum naqueles tempos selvagens. Ela leva a menina consigo com a clara intenção de entregá-la aos seus familiares, mas no meio da jornada descobre que encontrou um verdadeiro tesouro ao se unir com ela. Tanto que isso fica bem claro no desfecho do filme quando o personagem de Tom Hanks descobre que os verdadeiros familiares da garota nem são boas pessoas, muito pelo contrário, é gente endurecida pelas lutas da vida, destituídas de humanidade. Um filme excelente sob todos os pontos de vista. Uma excelente obra cinematográfica que inclusive foi indicada em quatro categorias do Oscar, todas merecidas. Assim deixo a dica desse ótimo western. Se ainda não viu não vá perder mais tempo. Corra para assistir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

A Fogueira das Vaidades

Título no Brasil: A Fogueira das Vaidades
Título Original: The Bonfire of the Vanities
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Michael Cristofer
Elenco: Tom Hanks, Bruce Willis, Melanie Griffith, Morgan Freeman, Kim Cattrall, Kevin Dunn

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Tom Wolfe, o filme "A Fogueira das Vaidades" conta a história de um choque violento de classes sociais. Depois que sua amante atropela um jovem adolescente negro, um figurão de Wall Street vê sua vida se desfazer sob os holofotes da imprensa sensacionalista

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme, um grande sucesso. Elenco recheado de astros e estrelas de Hollywood, um bom diretor e um livro de sucesso como base do roteiro. Só que ao invés disso "A Fogueira das Vaidades" se tornou um dos grandes fracassos do cinema americano nos anos 90. O que deu errado? Acredito que o problema principal veio do roteiro mal escrito. Perceba que a fina ironia do texto original escrito pelo autor Tom Wolfe simplesmente se perdeu nessa adaptação. Tudo ficou truncado, resultando em um filme realmente ruim de se assistir. Além disso o elenco não pareceu se encaixar bem, nem mesmo Tom Hanks parece bem. Inclusive considero esse seu pior filme. E assim o que era para ser um sucesso, uma obra-prima, afundou de forma absoluta. Pena que um livro tão interessante tenha resultado em um filme tão fraco. E o pior de tudo é que como o filme foi malhado pela crítica e o público não se interessou em assistir, provavelmente não haverá uma tentativa de adaptação do livro mais uma vez para o cinema. Bom material que se perdeu de forma definitiva na sétima arte.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

É Difícil Dizer Adeus

Título no Brasil: É Difícil Dizer Adeus
Título Original: Every Time We Say Goodbye
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Moshé Mizrahi
Roteiro: Moshé Mizrahi
Elenco: Tom Hanks, Cristina Marsillach, Benedict Taylor, Anat Atzmon, Gila Almagor, Moni Moshonov

Sinopse:
Um piloto norte-americano, de formação protestante, durante a Segunda Guerra Mundial, conhece uma jovem garota judia e se apaixona por ela enquanto está servindo as forças armadas dos Estados Unidos em Jerusalém. Embora suas origens fossem diversas, eles acabam lutando por esse amor, apesar das adversidades.

Comentários:
O filme é uma tentativa de reviver aqueles antigos filmes das décadas de 1940, 1950, onde havia um pano de fundo da guerra e um amor inesquecível entre os dois protagonistas, aqui lutando por um romance que parece fadado a terminar. Entretanto esse casal apaixonado não se rende, fazendo de tudo para continuarem juntos. Será que nesse filme dos anos 80 essa antiga fórmula de fazer cinema ainda funcionou? Olha, o filme é bom, mas há sim uma certa superficialidade envolvida na trama que nem é tão especial como se pensa. Quem for atrás de cenas de ação da guerra, melhor esquecer. A guerra, como já escrevi, é mero pano de fundo. Essa história, apesar de se passar em um período histórico de guerra mundial, se concentra mais na paixão, no amor dos personagens. No fundo é apenas um filme romântico, uma remodelagem de mais uma produção ao estilo Love Story. Se for isso que você estiver buscando, então aproveite bem o filme. Vai ser no mínimo interessante.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de março de 2021

Relatos do Mundo

Esse novo filme do ator Tom Hanks é realmente excelente. Ele interpreta um ex-capitão do exército que com o fim da guerra civil procura por outro meio para ganhar a vida. E esse novo trabalho seria dos mais interessantes. Basicamente ele iria ler as notícias dos principais jornais americanos nas cidades mais distantes e inóspitas do oeste americano. É bom lembrar que nos tempos do velho oeste a maioria da população não era alfabetizada. O personagem de Tom Hanks assim lia para toda essa massa de pessoas sem qualquer instrução formal de educação.

E numa dessas viagens ele acaba se deparando com uma carruagem virada no meio da estrada. Ela foi atacada. Apenas uma sobrevivente, uma garotinha de cabelos loiros e olhos azuis. O que não combina é o fato dela estar vestida com roupas de índios. Pior do que isso, ela não fala uma palavra em inglês, só sabendo se comunicar com o idioma Kiowa. O que teria acontecido com aquela menina? Olhando documentos encontrados dentro da carruagem, o velho capitão descobre que ela foi resgatada de uma tribo indígena. Seus pais foram mortos e ela foi raptada por nativos. Acabou sendo criada por eles.

O filme então se desenvolve na busca pelos únicos parentes brancos ainda vivos da menina. O capitão e a garota então passam a viajar em direção ao sul do Texas, onde ele pretende entregá-la para seus tios, que ainda vivem em uma comunidade agrícola. Acontece que nessa jornada quem acaba encontrando um novo sentido para sua vida é o próprio ex-capitão. E essa viagem, toda feita em cima de uma precária carruagem com poucos pertences, não será isenta de problemas e perigos, principalmente por bandoleiros e bandidos de todas as espécies.

Filme realmente excelente. O curioso é que não me lembro de ter visto Tom Hanks em um filme de faroeste. E ele se sai muito bem. Parece que nessa altura de sua carreira o ator simplesmente não faz mais filmes ruins ou fracos. Dono de sua própria produtora de cinema, ele só escolhe o melhor. Alguns poderão encontrar algumas semelhanças com o clássico do western "Bravura Indômita", porém acho essa comparação um pouco precipitada. A despeito dos dois personagens principais serem um veterano e uma garota, pouco mais se assemelha entre as duas produções. De qualquer forma é cinema de primeira qualidade. Um dos melhores filmes do ano, sem a menor sombra de dúvidas. Está mais do que recomendado aos cinéfilos em geral.

Relatos do Mundo (News of the World, Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Greengrass / Roteiro: Paul Greengrass / Elenco: Tom Hanks, Helena Zengel, Tom Astor / Sinopse: Veterano da guerra civil que ganha sua vida lendo jornais para trabalhadores e bandoleiros analfabetos no velho oeste, encontra em uma de suas viagens uma garotinha loira que foi criada por índios. Ele então decide que a levará para seus parentes brancos ainda vivos. Uma jornada longa e perigosa aos confins do Texas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som, melhor design de produção, melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard) e melhor direção de fotografia (Dariusz Wolski). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora e melhor atriz coadjuvante (Helena Zengel).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

O Homem do Sapato Vermelho

Título no Brasil: O Homem do Sapato Vermelho
Título Original: The Man with One Red Shoe
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Stan Dragoti
Roteiro: Francis Veber, Yves Robert
Elenco: Tom Hanks, Lori Singer, Dabney Coleman, Charles Durning, Carrie Fisher, Edward Herrmann

Sinopse:
Por causa de uma guerra interna, nos bastidores da CIA, uma informação falsa é plantada. Essa afirma que um agente duplo está chegando ao aeroporto. Como forma de identificação ele está usando um sapato vermelho. Para azar do jovem Richard (Tom Hanks) ele chega no aeroporto usando tênis vermelhos e passa a ser confundido com esse suposto perigoso agente secreto.

Comentários:

Comédia dos anos 80, trazendo um jovem e garotão Tom Hanks estrelando uma comédia que na verdade era uma paródia aos filmes de espionagem. Imagine todo aquele universo de espiões caindo de paraquedas na vida de uma pessoa comum, no cotidiano de um rapaz dos anos 80 que apenas passa a ser confundido com alguém perigoso, que precisa ser eliminado. James Bond não se sairia melhor do que ele, como podemos ver durante o filme. O material original chamado "Le grand blond avec une chaussure noire" é francês. Os americanos apenas adaptaram a ideia central nesse filme. E digo que ficou muito bom, divertido, uma diversão que agrada, muito em parte por causa do sempre presente carisma de Tom Hanks, que sempre passa a imagem de ser muito gente boa. E para quem é fã de "Star Wars" o filme ainda traz a presença da atriz Carrie Fisher. Não fazia muito tempo ela havia terminado sua participação em "O Retorno de Jedi" e procurava por novos rumos na sua carreira. Pois é, acabou indo parat nessa comédia do simpático Hanks.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de setembro de 2020

Um Lindo Dia na Vizinhança

Em um mundo onde as pessoas parecem estar mais amargas e sem esperanças a cada dia, é sempre bom se deparar com um filme como esse, cheio de boas intenções em seu roteiro, tentando passar uma mensagem positiva para a frente. E o melhor de tudo é saber que a história é baseada em fatos reais. Durante a década de 1980 um jornalista cético e com problemas para superar questões emocionais e familiares, interpretado pelo bom ator Matthew Rhys, é designado para entrevistar um conhecido apresentador de programas infantis, o bondoso e carismático Mr. Rogers (Tom Hanks). No começo esse jornalista chamado Lloyd Vogel (Matthew Rhys) acha aquilo uma grande chatice e uma perda de tempo completa. Afinal ele sempre foi um jornalista investigativo que escrevia sobre grandes temas polêmicos. Entrevistar um animador de programas para crianças realmente soava para ele como o fim da picada. O que não sabia é que esse encontro, com uma pessoa de personalidade e pensamentos tão diferentes dos seus, iria mudar sua vida para sempre. O Mr. Rogers era acima de tudo um bom homem. Ele não era apenas um personagem infantil, mas um ser humano com enorme coração, também atrás das câmeras. No começo a aproximação entre eles se torna um pouco complicada, mas devagarinho vão se tornando amigos de verdade.

A lição de vida desse roteiro porém não se resume a colocar dois personagens tão diferentes interagindo entre si. Esse aspecto é apenas um pano de fundo. Esse filme na verdade é sobre superar a raiva e as mágoas do passado, principalmente em relação aos familiares. O jornalista do filme sempre teve um péssimo relacionamento com o pai. Ele tinha certa razão em se sentir muito magoado com fatos do passado, mas tenta superar tudo após ser aconselhado pelo sábio e vivido Mr. Rogers. Não é questão de ser traído e enganado, mas sim de perdoar e ser perdoado, de superar as coisas ruins do passado para se ter um presente e um futuro melhores.

E mais uma vez Tom Hanks está de parabéns por seu trabalho nesse filme. Ele realmente incorporou seu personagem com aquele talento que todos já conhecemos. No Brasil o tal Mr. Rogers não é conhecido, porque seu programa de TV nunca foi exibido em nosso país. Porém nos Estados Unidos ele sempre foi um ícone. Falecido em 2003, esse filme é uma bela homenagem não apenas ao seu trabalho como homem de TV, mas principalmente por seu lado humano, o que no final sempre foi seu maior legado. Todos esses elementos resultaram em um belo filme, especialmente indicado para esses tempos conturbados em que vivemos.

Um Lindo Dia na Vizinhança (A Beautiful Day in the Neighborhood, Estados Unidos, 2019) Direção: Marielle Heller /  Roteiro: Micah Fitzerman-Blue, Noah Harpster / Elenco: Tom Hanks, Matthew Rhys, Chris Cooper, Susan Kelechi Watson / Sinopse: Um jornalista com problemas de relacionamento com seu pai, passa a entender a força do perdão e da superação de mágoas do passado após conhecer um apresentador de programas infantis conhecido como Mr. Rogers (Hanks). Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Tom Hanks).

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O Resgate do Soldado Ryan

Título no Brasil: O Resgate do Soldado Ryan
Título Original: Saving Private Ryan
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks, Paramount Pictures
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Robert Rodat
Elenco: Tom Hanks, Matt Damon, Tom Sizemore, Vin Diesel, Edward Burns, Ted Danson

Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial, o capitão Miller (Tom Hanks) recebe ordens para formar um pequeno grupo de soldados para encontrar o soldado Ryan no front de batalha. Ele seria o único sobrevivente de sua família, após seus irmãos terem sido mortos em confronto com os inimigos. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Steven Spielberg), melhor ator (Tom Hanks), melhor direção de fotografia (Janusz Kaminski), melhores efeitos especiais, som e edição.

Comentários:
Esse filme já é considerado um clássico moderno. Dentro da filmografia de Steven Spielberg é certamente um dos cinco melhores momentos da carreira do diretor e dentro do imenso campo de filmes feitos sobre a II Guerra Mundial também se destaca completamente. Eu colocaria facilmente essa produção na seleta lista dos cinco melhores filmes já feitos sobre aquele grande conflito mundial. A cena em que os aliados desembarcam nas praias da Normandia, durante o Dia D, é simplesmente perfeita e irretocável. Ali o cinema de Spielberg atingiu patameres de quailidade cinematográfica e perfeição que nunca mais foi superado, por produção nenhuma após o lançamento desse filme. Eu tive o prazer de assistir a esse espetáculo no cinema e posso dizer que é uma das sequências mais brilhantes da história do cinema americano. Além da qualidade absurda da reconstituição de época, o filme também se destacava por seu bom roteiro, que também priorizava o lado humano dos combatentes e da população civil que era atingida em cheio no meio dessa guerra sem limites. Enfim, falar mais seria desnecessário. Esse é um dos grandes filmes da II guarra já realizados. Nota 10 com louvor!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Greyhound

Título no Brasil: Greyhound - Na Mira do Inimigo
Título Original: Greyhound
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Aaron Schneider
Roteiro: Tom Hanks
Elenco: Tom Hanks, Elisabeth Shue, Stephen Graham, Matt Helm, Craig Tate, Rob Morgan

Sinopse:
Com roteiro baseado no livro The Good Shepherd, escrito por C.S. Forester, o filme conta a história do capitão Krause (Tom Hanks). Durante a Segunda Guerra Mundial ele é designiado para comandar o destróier americano Greyhound. Sua primeira missão é escoltar um comboio de navios americanos com destino a Liverpool, na Inglaterra. No meio da jornada surgem submarinos da Marinha nazista, com a missão de afundar todos os navios do comboio.

Comentários:
Muito bom esse filme. Aliás devo dizer que é um filme de guerra ao velho estilo, como há muito não se via sendo produzido. O enredo é rápido e eficaz, feito para um público que deseja ver grandes batalhas navais. E aqui temos navios de guerra dos Estados Unidos enfrentando submarinos alemães, conhecidos pela sigla U-Boat. O objetivo dos americanos é proteger um grande comboio de navios mercantes no Atlântico Norte. Já a marinha da Alemanha nazista tem como missão afundar todos eles, não apenas para prejudicar os inimigos, mas também para sufocar a economia da Inglaterra, que precisava desses comboios com alimentos, mercadorias e também soldados que iriam lutar ao lado dos ingleses. O filme vai direto ao ponto. Há uma breve cena no começo mostrando o capitão de Tom Hanks pedindo a mão de uma mulher em casamento (sem sucesso) e depois o roteiro vai logo para o meio do Oceano onde toda a ação vai se desenrolar. E de repente o espectador se sente no meio da batalha, quando os navios dos aliados são cercados por seis submarinos alemães. Uma arma de guerra realmente mortal, como vemos nos acontecimentos retratados no filme. Como destruir um submarino se não há como vê-lo, apenas seguindo pistas deixadas pelo sonar? Outro aspecto digno de nota é que o militar interpretado por Tom Hanks é um homem de fé, capaz inclusive de lamentar a morte do inimigo. Além disso ele tem uma certa insegurança no comando, pois aquele teria sido o primeiro navio de guerra a comandar e ainda mais em uma situação limite, que exigiria todos os seus talentos como marinheiro. Enfim, ótimo filme de guerra. Um dos melhores já lançados nos últimos anos. Não deixe de conferir não apenas o talento de Hanks como ator, mas também como escritor, pois ele mesmo escreveu o roteiro. Ficou muito bom.

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de maio de 2020

Uma Dupla Quase Perfeita

Título no Brasil: Uma Dupla Quase Perfeita
Título Original: Turner & Hooch
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Roger Spottiswoode
Roteiro: Dennis Shryack, Michael Blodgett
Elenco: Tom Hanks, Mare Winningham, Craig T. Nelson, Reginald VelJohnson, Scott Paulin, J.C. Quinn

Sinopse:
Scott Turner (Tom Hanks) é um detetive desastrado que precisa adotar um enorme cão indisciplinado chamado Hooch para ajudá-lo a encontrar um assassino. E as coisas só pioram quando ele sai com seu "parceiro" em busca do criminoso foragido.

Comentários:
Acredite, esse filme foi um tremendo sucesso de bilheteria nos anos 80. Na época se tornou a maior bilheteria da carreira de Tom Hanks... quem diria que algo assim iria acontecer? E qual era o segredo então? Um veterano do cinema certa vez disse que o segredo para qualquer filme fazer sucesso era colocar um cão como protagonista. Havia acontecido com Lessie e com Rin-Tin-Tin no passado... então era até previsível que isso viesse a acontecer de novo. E de fato a fórmula ainda se mostrou certeira. E claro, ter um comediante talentoso como Hanks ajudou ainda mais a vender o filme. Curiosamente o sucesso desse filme deu origem a uma verdadeira fila de filmes que tentavam nadar na onda do sucesso, criando uma série de imitações, algumas bem ruins, que foram direto para o mercado de VHS. Já Tom Hanks recusou uma verdadeira fortuna para fazer uma continuação. Ele queria melhorar sua carreira como ator, ganhar um certo respeito, algo que seria complicado alcançar se contracenasse novamente com um cachorro babão. Acontece em Hollywood.  Apesar de tudo isso devo dizer que o filme é bem divertido. Ainda hoje funciona como passatempo leve e inofensivo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de março de 2020

O Expresso Polar

Título no Brasil: O Expresso Polar
Título Original: The Polar Express
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis
Elenco: Tom Hanks, Chris Coppola, Michael Jeter, Nona Gaye, Peter Scolari, Brendan King

Sinopse:
Na véspera de Natal, um jovem garoto embarca em uma aventura mágica em direção ao Pólo Norte. Ele embarga em um trem encantado chamado Polar Express. E na viagem aprende sobre amizade, bravura e o espírito do Natal.

Comentários:
Robert Zemeckis adaptou a novela de  Chris Van Allsburg e escreveu o roteiro desse filme. Só que ao invés de dirigir um filme convencional, com atores de carne e osso, ele decidiu ir por outro caminho, usando a computação gráfica. Utilizando a técnica de captação de movimentos, ele pensou que iria fazer algo próximo da perfeição. Não deu. Eu tive a oportunidade de assistir a esse filme no cinema, com a melhor projeção possível. E sinceramente falando não gostei do visual. Algo soou muito artificial, pouco realista. Claro, jamais seria igual ao mundo real, mas devo dizer que mesmo sob esse ponto de vista a imagem final deixou a desejar, em meu ponto de vista. O curioso é que todas as indicações ao Oscar vieram da parte sonora do filme. Expresso Polar foi indicado nas categorias de Melhor Música Original, Melhor Edição e mixagem de som. Tom Hanks sempre foi um dos atores que mais gostei no cinema. Para preservar sua simpatia e carisma o seu personagem digital não foge em nada de sua imagem real. A única diferença veio de um bigode chamativo. Enfim, não gostei muito. Porém devo dizer que não fazia parte do público alvo dessa produção, quando o assisti. Muito provavelmente as crianças vão apreciar mais. E isso, no final das contas, era o que desejava seus realizadores.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Globo de Ouro 2020

Tradicionalmente se diz que o Globo de Ouro é a prévia do Oscar. Bom, se isso se confirmar esse ano teremos algumas surpresas na premiação da Academia. Isso porque o filme vencedor da noite, na principal categoria de Melhor Filme - Drama, foi "1917" de Sam Mendes. Levou também o cobiçado prêmio de Melhor Direção. Quem estava esperando por isso? Praticamente ninguém. Até porque o filme nem havia estreado nos Estados Unidos ainda. Todos estavam esperando pela consagração de "O Irlandês", mas o filme de Scorsese decepcionou completamente na noite. Em termos de Globo de Ouro todo o seu elenco e equipe ficaram a ver navios. Robert De Niro ficou visivelmente aborrecido com isso tudo. O que não causou surpresa nenhuma (e assim espero que seja repetido no Oscar) foi a premiação de Joaquin Phoenix por "Coringa". Merecido demais. Mesmo competindo com outros gênios da atuação (Jonathan Pryce, por "Dois Papas" era o segundo mais cotado), não houve como deixar de premia-lo. Ele está excepcional no filme inspirado no vilão da DC Comics. Aliás que não façam uma continuação porque com um filme como esse não há a menor necessidade. É uma obra-prima cinematográfica.

Na categoria ator coadjuvante (que estava mais acirrada do que a de ator principal) o premiado foi Brad Pitt por "Era uma Vez em… Hollywood". Não era o meu preferido, mas não fiquei chateado por sua premiação. Ele está de fato muito bem no filme de Tarantino. Pelo visto dar uma surra em Bruce Lee foi um negócio e tanto para ele. O ator, que só havia sido premiado antes por "Doze Macacos" ficou claramente tocado pela premiação. Até se viu pedindo desculpas aos demais concorrentes que ele chamou de "Deuses da atuação". O bom e velho Pitt merece, tenho que dizer.

E por falar em Quentin Tarantino ele levou prêmios importantes na noite. O Globo de Ouro de Melhor Roteiro prova mais uma vez que o diretor é mesmo o rei das referências da cultura pop. Seu filme aliás é mais um exemplo disso. Só achei que deixaram de dizer algumas palavras em memória da atriz Sharon Tate. Ela não foi lembrada nos discursos e nem nas entrevistas. Furo complicado de entender. Russell Crowe foi premiado por "The Loudest Voice", porém ele não compareceu na cerimônia. O ator está na Austrália, tentando ajudar no desastre natural que se abate sobre seu país. Mandou um texto de conscientização sobre as mudanças climáticas globais. Foi algo bem conveniente.

Em termos de atrizes também surgiram surpresas.  Renée Zellweger venceu por "Judy – Muito Além do Arco-Íris". É uma espécie de retorno após uma fase muito ruim na carreira e na vida pessoal. Achei sua aparência bem melhor. Ela passou por uma série de cirurgias de reconstrução de seu antigo rosto e os resultados ficaram bons. Não é a mesma loirinha do passado, mas pelo menos agora podemos reconhecer ela de novo! Laura Dern foi também premiada como atriz coadjuvante por "História de um Casamento". Ela interpretou a advogada da esposa no filme. Essa produção também derrapou feio na premiação. E era o segundo filme favorito da noite, ao lado de Scorsese. Por fim tivemos homenagens a Tom Hanks (um sujeito muito bacana, com uma filmografia espetacular) e Ellen DeGeneres (que sempre considerei muito forçada e sem graça). Assim tivemos uma noite de erros e acertos. Nada muito diferente do que acontece também no Oscar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Sintonia de Amor

Título no Brasil: Sintonia de Amor
Título Original: Sleepless in Seattle
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Jeff Arch, Nora Ephron
Elenco: Tom Hanks, Meg Ryan, Ross Malinger, Bill Pullman, Rita Wilson, Victor Garber,

Sinopse:
Sam Baldwin (Tom Hanks) é um viúvo que tenta reconstruir sua vida após perder sua esposa. Annie Reed (Meg Ryan) é uma ouvinte de um programa de rádio que acaba conhecendo a história de Sam, se apaixonando por ele platonicamente. Algum tempo depois eles prometem se encontrar para dar início a uma grande história de amor.

Comentários:
Esse filme é na verdade um remake, uma refilmagem de um clássico do passado chamado "Tarde Demais Para Esquecer". Se no filme original tínhamos a dupla romântica formada pelo casal Cary Grant e Deborah Kerr. aqui temos a "namoradinha da América" Meg Ryan se apaixonando por Tom Hanks. O curioso é que Hanks que havia chegado ao sucesso com comédias escrachadas acabou se saindo muito bem em seu personagem. Ele e Meg Ryan formaram uma parceria de sucesso no cinema dos anos 90, com excelentes resultados comerciais nas bilheterias. Outro fato curioso é que o amor da vida do ator também esteve nesse filme, mas no caso não foi Meg Ryan, mas sim Rita Wilson que estava no elenco coadjuvante. Eles acabariam se casando. O filme acabou ganhando duas indicações ao Oscar, de melhor roteiro adaptado e melhor música (com a bela canção "A Wink and a Smile"). No mais é um filme bonito, que lida bem com seu romantismo, sem soar datado ou cafona. Tudo está muito bem encaixado nessa nova versão de uma antiga história de amor. Só não vale comparar com o clássico original, porque aí também seria pedir demais dos deuses do cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de março de 2018

Irmãos de Guerra

Assisti na HBO quando foi exibida pela primeira vez no Brasil. O que dizer dessa minissérie? É excelente, com ótima reconstituição histórica, procurando ser o mais fiel possível aos acontecimentos reais. Também pudera, tudo foi produzido por Steven Spielberg (dispensa maiores comentários) e Tom Hanks (pupilo do mestre, seguindo seus passos como produtor executivo de sucesso). No enredo acompanhamos a companhia Easy, grupo de paraquedistas das forças aliadas que eram geralmente deslocados para além das linhas inimigas. Em jogo a invasão da Alemanha, já carcomida e praticamente derrotada, nos últimos dias da guerra.

Obviamente o roteiro explora a figura dos soldados, mas curiosamente não elege nenhum deles para ser uma espécie de protagonista. Assim as histórias são contadas sem um foco permanente, sempre sob uma visão mais coletiva da situação. A minissérie teve 10 episódios, exibidos entre setembro e novembro de 2001. Não houve uma segunda temporada porque isso não estava mesmo nos planos de Spielberg. Foi mais um caso de se contar uma boa história sem se preocupar em transformar tudo em franquia comercial. O mais importante foi mesmo o resgate histórico. Quem acabou ganhando foi o público que foi presentado com uma das melhores séries sobre a II Guerra Mundial. Se ainda não assistiu não deixe de conferir.

Irmãos de Guerra (Band of Brothers, Estados Unidos, 2001) Direção: David Frankel, Mikael Salomon, Tom Hanks / Roteiro: Stephen Ambrose, E. Max Frye / Elenco: Scott Grimes, Damian Lewis, Ron Livingston / Sinopse: O filme conta a história real da companhia Easy. Grupo de paraquedistas americanos que cumpriram diversas missões especiais durante a II Guerra Mundial, com destaque para sua atuação na batalha das Ardenas. Premiado com o Globo de Ouro na categoria de Melhor Minissérie.

Pablo Aluísio.