Considerado até hoje um dos maiores épicos da história de Hollywood. Essa superprodução foi fruto do empenho pessoal do produtor e diretor Cecil B. DeMille. Conhecido por pensar grande, para alguns sofria de uma certa megalomania, ele tinha verdadeira obsessão pelas histórias do velho testamento. Era um dos vários magnatas judeus da indústria cinematográfica americana. Ele já havia produzido uma versão de Moisés na era do cinema mudo, mas resolveu fazer o remake de sua própria obra, com mais tecnologia e recursos do cinema dos anos 50. Para isso ele não poupou recursos, inclusive se utilizando de diversas técnicas de efeitos especiais, sendo que o filme, apesar de ser indicado oito vezes ao Oscar, acabou vencendo apenas em uma categoria, justamente a de efeitos visuais. O filme também se notabilizou pelo visual, maquiagem, figurino e demais aspectos de produção, que foi obviamente milionária.
O resultado certamente soa grandioso na tela, não apenas pelos exageros de cenários, figurinos, etc, mas também pela longa duração do filme, o que assustou um pouco os donos de cinema da época, pois eles acreditavam que isso iria ser prejudicial nas bilheterias. Não foi, "Os Dez Mandamentos" se tornou uma das maiores bilheterias da época e acabou abrindo caminho para outras megaproduções que seguiam na mesma linha. Para o ator Charlton Heston esse clássico foi um divisor de águas pois interpretar Móises marcou para sempre sua carreira. Enfim, um dos filmes que melhor captaram o que Hollywood poderia fazer de melhor naquele período histórico.
Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments, Estados Unidos, 1956) Direção: Cecil B. DeMille / Roteiro: Dorothy Clarke, A.E. Southon / Elenco: Charlton Heston, Yul Brynner, Anne Baxter / Sinopse: O filme conta a história de Moisés (Heston), líder religioso e político do povo hebreu que liderou sua saída do Egito, onde viveram como escravos por longos anos. Filme premiado com o Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (John P. Fulton).
Pablo Aluísio.
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quinta-feira, 28 de julho de 2022
segunda-feira, 1 de junho de 2020
Crepúsculo dos Deuses
Denominar “Crepúsculo dos Deuses” como uma das maiores obras cinematográficas de todos os tempos é desnecessário. Poucas vezes foi realizado um filme tão humano, tão cruelmente verdadeiro como esse. Ao mostrar uma diva envelhecida, uma antiga estrela do passado, há muito esquecida do grande público, o filme na realidade cria um estudo da alma humana poucas vezes vista nas telas. Em termos de melancolia e nostalgia, essa é uma obra insuperável. A personagem Norma Desmond (Gloria Swanson) não é apenas uma atriz que perdeu sua estrela e sua fama, mas também uma pessoa psicologicamente em ruínas que tenta de todas as formas se agarrar em um passado glorioso para suportar viver no presente. Embora muitas pessoas não parem para pensar sobre isso, a trama de “Crepúsculo dos Deuses” é mais comum na vida real do que se imagina. Não são poucos os artistas que presenciam o fim de suas carreiras, muitas vezes prematuramente. Astros e estrelas que brilharam por momentos fugazes e após o sucesso inicial simplesmente deixam de atrair o público e somem dos holofotes, sendo descartados pelos grandes estúdios. Poucos são os grandes mitos que resistem ao passar do tempo. Norma é de certa forma um retrato em microscópio da realidade de centenas e centenas de artistas que não conseguem superar a terrível passagem do tempo. Vivendo de suas imagens joviais e trabalhando em um meio que valoriza acima de tudo a beleza e a juventude, muitos são simplesmente descartados após atingirem uma certa idade.
Assim não serão poucos os artistas que irão se identificar com Norma, uma mulher que vive do passado, das fotos amareladas pelos anos e das recordações do tempo em que era de fato um mito em celulóide. Pensando em delírio que ainda é uma estrela, ignora o fato que o tempo passou e não há mais retorno possível aos seus anos de glória, das ribaldas, da aclamação dos seus fãs que lotavam os cinemas para assistir seus filmes. O brilho, a fama, o sucesso e a riqueza ficaram em um passado distante. O filme é realmente magistral. Há uma narração em off do personagem de William Holden que é um dos textos mais bem escritos da história do cinema americano. Misturando ironia com melancolia latente, ele nos apresenta sua história, contando em detalhes como acabou conhecendo Norma e seu estranho mundo enclausurado. Vivendo em uma mansão decadente, literalmente caindo aos pedaços, ao lado do mordomo fiel Max (interpretado pelo cineasta Erich von Stroheim com raro brilhantismo), ela ainda pensa que é uma estrela no mundo fútil das celebridades de Hollywood. O fato porém é que a passagem do cinema mudo para o cinema sonoro simplesmente acabou com sua carreira.
Suas opiniões sobre a irrelevância do cinema sonoro inclusive me lembraram do próprio Chaplin, que também em inúmeras vezes atacou a nova tecnologia. A atriz Gloria Swanson interpretando Norma é uma força da natureza. Impressionante a carga emocional que ela traz para seu papel. O curioso é que ela própria foi uma diva do cinema mudo, tal como sua personagem. Possessa e imersa completamente em sua interpretação, ficamos não menos do que impressionados pela força de seu talento. William Holden não fica atrás. Levemente cínico e incomodado com sua situação pessoal, ele esbanja aquele tipo de ironia que nasce da decepção consigo mesmo. Para o fã de cinema, o filme “Crepúsculo dos Deuses” traz ainda um verdadeiro presente. Em cena vemos o grande Cecil B. DeMille interpretando a si mesmo dentro dos estúdios da Paramount. DeMille foi um dos maiores nomes da indústria e vê-lo ali representando a si próprio é um deleite para qualquer amante da história da sétima arte. Outra presença marcante é a do ícone do humor Buster Keaton em uma participação particularmente melancólica. Sério e com olhar aterrorizado, ele participa de um estranho jogo de cartas com a diva em sua mansão, a mesma que foi usada como cenário de outro grande clássico, “Juventude Transviada” com James Dean.
Em conclusão, “Crepúsculo dos Deuses” merece toda o status cult que possui, todo o prestígio de grande clássico do cinema. É a obra prima definitiva do genial diretor e roteirista Billy Wilder, um mestre da era de ouro de Hollywood. É um desses filmes atemporais, que não envelhecem nunca e continuam tão maravilhosos como em seu lançamento. Delírios, traições, insanidade, compaixão e melancolia em um roteiro muito bem escrito, primoroso mesmo. Esse quadro completo compõe esse que é seguramente uma das maiores obras primas do cinema americano de todos os tempos. Simplesmente essencial.
Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, Estados Unidos, 1950) Direção: Billy Wilder / Roteiro: Charles Brackett, Billy Wilder, DM Marshman Jr. / Elenco: William Holden, Gloria Swanson, Erich von Stroheim, Nancy Olson, Cecil B. DeMille, Hedda Hopper, Buster Keaton / Sinopse: Norma Desmond (Gloria Swanson) é uma diva da era do cinema mudo que mora em uma grande mansão na Sunset Boulevard cercada apenas de seu mordomo fiel Max (Erich Von Stroheim). Por um acaso do destino, o roteirista desempregado Joe Gillis (William Holden) acaba indo parar na mansão de Norma após tentar fugir de credores do banco onde fez um empréstimo. Lá conhece a velha estrela e seu estranho mundo particular construído sobre velhas lembranças de um passado glorioso que não existe. Ela ainda pensa ser uma superstar no céu de Hollywood. Doce ilusão. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro, Trilha Sonora e Direção de Arte. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Diretor (Billy Wilder), Atriz (Gloria Swanson) e Trilha Sonora.
Pablo Aluísio.
Assim não serão poucos os artistas que irão se identificar com Norma, uma mulher que vive do passado, das fotos amareladas pelos anos e das recordações do tempo em que era de fato um mito em celulóide. Pensando em delírio que ainda é uma estrela, ignora o fato que o tempo passou e não há mais retorno possível aos seus anos de glória, das ribaldas, da aclamação dos seus fãs que lotavam os cinemas para assistir seus filmes. O brilho, a fama, o sucesso e a riqueza ficaram em um passado distante. O filme é realmente magistral. Há uma narração em off do personagem de William Holden que é um dos textos mais bem escritos da história do cinema americano. Misturando ironia com melancolia latente, ele nos apresenta sua história, contando em detalhes como acabou conhecendo Norma e seu estranho mundo enclausurado. Vivendo em uma mansão decadente, literalmente caindo aos pedaços, ao lado do mordomo fiel Max (interpretado pelo cineasta Erich von Stroheim com raro brilhantismo), ela ainda pensa que é uma estrela no mundo fútil das celebridades de Hollywood. O fato porém é que a passagem do cinema mudo para o cinema sonoro simplesmente acabou com sua carreira.
Suas opiniões sobre a irrelevância do cinema sonoro inclusive me lembraram do próprio Chaplin, que também em inúmeras vezes atacou a nova tecnologia. A atriz Gloria Swanson interpretando Norma é uma força da natureza. Impressionante a carga emocional que ela traz para seu papel. O curioso é que ela própria foi uma diva do cinema mudo, tal como sua personagem. Possessa e imersa completamente em sua interpretação, ficamos não menos do que impressionados pela força de seu talento. William Holden não fica atrás. Levemente cínico e incomodado com sua situação pessoal, ele esbanja aquele tipo de ironia que nasce da decepção consigo mesmo. Para o fã de cinema, o filme “Crepúsculo dos Deuses” traz ainda um verdadeiro presente. Em cena vemos o grande Cecil B. DeMille interpretando a si mesmo dentro dos estúdios da Paramount. DeMille foi um dos maiores nomes da indústria e vê-lo ali representando a si próprio é um deleite para qualquer amante da história da sétima arte. Outra presença marcante é a do ícone do humor Buster Keaton em uma participação particularmente melancólica. Sério e com olhar aterrorizado, ele participa de um estranho jogo de cartas com a diva em sua mansão, a mesma que foi usada como cenário de outro grande clássico, “Juventude Transviada” com James Dean.
Em conclusão, “Crepúsculo dos Deuses” merece toda o status cult que possui, todo o prestígio de grande clássico do cinema. É a obra prima definitiva do genial diretor e roteirista Billy Wilder, um mestre da era de ouro de Hollywood. É um desses filmes atemporais, que não envelhecem nunca e continuam tão maravilhosos como em seu lançamento. Delírios, traições, insanidade, compaixão e melancolia em um roteiro muito bem escrito, primoroso mesmo. Esse quadro completo compõe esse que é seguramente uma das maiores obras primas do cinema americano de todos os tempos. Simplesmente essencial.
Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, Estados Unidos, 1950) Direção: Billy Wilder / Roteiro: Charles Brackett, Billy Wilder, DM Marshman Jr. / Elenco: William Holden, Gloria Swanson, Erich von Stroheim, Nancy Olson, Cecil B. DeMille, Hedda Hopper, Buster Keaton / Sinopse: Norma Desmond (Gloria Swanson) é uma diva da era do cinema mudo que mora em uma grande mansão na Sunset Boulevard cercada apenas de seu mordomo fiel Max (Erich Von Stroheim). Por um acaso do destino, o roteirista desempregado Joe Gillis (William Holden) acaba indo parar na mansão de Norma após tentar fugir de credores do banco onde fez um empréstimo. Lá conhece a velha estrela e seu estranho mundo particular construído sobre velhas lembranças de um passado glorioso que não existe. Ela ainda pensa ser uma superstar no céu de Hollywood. Doce ilusão. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro, Trilha Sonora e Direção de Arte. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Diretor (Billy Wilder), Atriz (Gloria Swanson) e Trilha Sonora.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 27 de junho de 2018
Sansão e Dalila
Sansão e Dalila é certamente uma das histórias mais conhecidas do velho testamento. Em sua trama desfilam bravos guerreiros, mulheres fatais e a rejeição à idolatria do povo conhecido como Filisteu. Embora citado na Bíblia a história de Sansão é muito lacunosa pois o texto original não entra em maiores detalhes sobre sua vida pessoal. Sansão de certa forma parece ser uma adaptação do semi Deus Hércules da mitologia clássica. Aqui todos os elementos estão presentes: a força sobre-humana, a luta contra o opressor estrangeiro e a fé que move montanhas, ou no caso de Sansão, derruba colunas de um templo pagão dedicado a um falso Deus. Mesmo com tantos pontos omissos do texto sagrado os roteiristas fizeram um bom trabalho pois o filme é sem dúvida uma boa aventura com cenas marcantes - como a luta de Sansão contra um leão e o clímax final onde ele derruba todo um templo apenas com a força de sua fé inabalável. Uma bela matinê no final das contas.
Em termos de elenco temos Victor Mature como Sansão. Ele era um ator de poucos recursos dramáticos. Forte e adequado fisicamente ao papel tenta contornar sua falta de talento com carisma e eloquência ao declamar o texto de seu personagem. Seus melhores momentos são justamente àqueles em que a força física se torna mais importante, como a que ele surge cego e aprisionado em um grande moinho de grãos. Já a Dalila é interpretada pela bela Hedy Lamarr, considerada uma das mais bonitas atrizes da história de Hollywood. Sua interpretação é apenas correta. Dalila é em essência uma personagem complexa que ama e odeia Sansão na mesma intensidade. Curiosamente Lamarr se sai bem em cena, embora em nenhum momento sua atuação salte aos olhos. Se não é brilhante pelo menos não compromete o que é um ponto positivo.
A produção foi assinada por Cecil B. DeMIlle, um produtor completamente megalomaníaco. Se havia uma produção épica milionária em projeto ele era a pessoa certa para tornar realidade esse filme.Aqui ele até está de certa forma mais controlado. O filme não tem grandes cenas de multidão e nem batalhas épicas. Na realidade a trama, mais centrada no relacionamento de Sansão e Dalila, não dá margens a cenas grandiosas demais como em outros filmes dele. A única sequência mais exigente nesse aspecto é a cena final no templo filisteu mas mesmo essa, se comparada com outras momentos de DeMille no cinema, soa modesta. Os figurinos porém são realmente excessivos com muito uso de brilho e dourado. A figurinista Edith Head parece querer compensar a falta de exuberância do resto do filme com suas roupas chamativas e coloridas.
O filme também foi dirigido também por DeMille que não se contentou apenas em produzi-lo. Aqui talvez esteja a maior falha de "Sansão e Dalila". A direção de atores deixa realmente a desejar. DeMille parecia ser um grande diretor de multidões, do coletivo, já no nível individual ele se sai pior. Nada nesse aspecto se sobressai, nem nas várias sequências de Sansão e Dalila juntos. Pelo menos ele não errou no corte da duração e fez um filme mais enxuto evitando produções longas demais. Nesse aspecto acertou.
Sansão e Dalila (Samson and Delilah, EUA, 1949) Direção e Produção: Cecil B. DeMille / Roteiro: Jesse Lasky Jr, Fredric M. Frank baseado em história do Velho Testamento / Elenco: Hedy Lamarr, Victor Mature, George Sanders / Sinopse: Sansão (Victor Mature) é um judeu que se apaixona pela filesteia Semadar (Angela Lansbury). Essa é a irmã mais velha de Dalila (Hedy Lamarr) que também sente atração pelo forte Sansão. O destino porém os unirá em uma história de paixão, poder, traição e fé. Baseado no livro dos juízes do velho testamento da Bíblia.
Pablo Aluísio.
Em termos de elenco temos Victor Mature como Sansão. Ele era um ator de poucos recursos dramáticos. Forte e adequado fisicamente ao papel tenta contornar sua falta de talento com carisma e eloquência ao declamar o texto de seu personagem. Seus melhores momentos são justamente àqueles em que a força física se torna mais importante, como a que ele surge cego e aprisionado em um grande moinho de grãos. Já a Dalila é interpretada pela bela Hedy Lamarr, considerada uma das mais bonitas atrizes da história de Hollywood. Sua interpretação é apenas correta. Dalila é em essência uma personagem complexa que ama e odeia Sansão na mesma intensidade. Curiosamente Lamarr se sai bem em cena, embora em nenhum momento sua atuação salte aos olhos. Se não é brilhante pelo menos não compromete o que é um ponto positivo.
A produção foi assinada por Cecil B. DeMIlle, um produtor completamente megalomaníaco. Se havia uma produção épica milionária em projeto ele era a pessoa certa para tornar realidade esse filme.Aqui ele até está de certa forma mais controlado. O filme não tem grandes cenas de multidão e nem batalhas épicas. Na realidade a trama, mais centrada no relacionamento de Sansão e Dalila, não dá margens a cenas grandiosas demais como em outros filmes dele. A única sequência mais exigente nesse aspecto é a cena final no templo filisteu mas mesmo essa, se comparada com outras momentos de DeMille no cinema, soa modesta. Os figurinos porém são realmente excessivos com muito uso de brilho e dourado. A figurinista Edith Head parece querer compensar a falta de exuberância do resto do filme com suas roupas chamativas e coloridas.
O filme também foi dirigido também por DeMille que não se contentou apenas em produzi-lo. Aqui talvez esteja a maior falha de "Sansão e Dalila". A direção de atores deixa realmente a desejar. DeMille parecia ser um grande diretor de multidões, do coletivo, já no nível individual ele se sai pior. Nada nesse aspecto se sobressai, nem nas várias sequências de Sansão e Dalila juntos. Pelo menos ele não errou no corte da duração e fez um filme mais enxuto evitando produções longas demais. Nesse aspecto acertou.
Sansão e Dalila (Samson and Delilah, EUA, 1949) Direção e Produção: Cecil B. DeMille / Roteiro: Jesse Lasky Jr, Fredric M. Frank baseado em história do Velho Testamento / Elenco: Hedy Lamarr, Victor Mature, George Sanders / Sinopse: Sansão (Victor Mature) é um judeu que se apaixona pela filesteia Semadar (Angela Lansbury). Essa é a irmã mais velha de Dalila (Hedy Lamarr) que também sente atração pelo forte Sansão. O destino porém os unirá em uma história de paixão, poder, traição e fé. Baseado no livro dos juízes do velho testamento da Bíblia.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 19 de abril de 2018
Jornadas Heróicas
Em 1865 com o fim da Guerra da Secessão o Presidente Abraham Lincoln passa a preocupar-se com o futuro dos milhares de soldados que ainda voltavam do conflito sem muitas oportunidades de emprego e sem moradia. O sonho do presidente é que o oeste americano se transformasse no novo eldorado para esses milhares de soldados. O que o presidente não sabia era que um grupo formado por oficiais e alguns soldados da união planejava a venda de vários rifles de repetição para os índios; prática que era terminantemente proibida. Porém o pior acontece, e em 15 de abril de 1865, pouco depois do fim da guerra, Lincoln é assassinado dentro do Teatro Ford por John Wilkes Booth. A partir daí o contrabando de armas para as tribos Cheyennes e Sioux, liderado pelo negociante inescrupuloso John Lattimer (Charles Bickford) aumenta de tal forma que chega aos ouvidos do General Custer.
Preocupado, Custer manda convocar Wild Bill Hickok (Gary Cooper) e Buffalo Bill (James Ellison) para liderar um ataque que impeça que mais rifles de repetição caia nas mãos dos índios. Jornadas Heróicas (The Plainsman - 1936) é um faroeste fantástico com cenas impressionantes de batalha e com um elenco de primeira grandeza que conta com nomes de peso, como: Gary Cooper, Jean Arthur, James Ellison e Charles Bickford. Na verdade, o longa com a assinatura inconfundível do diretor Cecil B.DeMille, não é um faroeste comum. Requintado e travestido de épico - bem típico do grande diretor - Jornadas Heróicas mistura figuras lendárias do velho oeste americano como Wild Bill Hicock, Buffalo Bill, Jane Calamidade, General Custer e o Presidente Abraham Lincoln. Destaque também para as cenas de batalha que foram todas filmadas no estado de Montana, terra natal do ator Gary Cooper. Como curiosidade uma rápida aparição no final do ator Anthony Quinn que na época tinha 20 anos e faz o papel de um jovem índio Cheyenne.
Jornadas Heróicas (The Plainsman, EUA, 1936) Direção: Cecil B. DeMille / Roteiro: Courtney Ryley Cooper, Frank J. Wilstach / Elenco: Gary Cooper, Jean Arthur, James Ellison, Charles Bickford, Helen Burgess / Sinopse: Clássico da filmografia de Cecil B. DeMille estrelado por Gary Cooper e Jean Arthur. O filme narra o encontro entre grandes lendas do oeste americano como Wild Bill Hickok (Gary Cooper), Jane Camalidade (Jean Arthur), Buffalo Bill Cody, George Armstrong Custer e Abrahan Lincoln em um enredo com muita ação, emoção e aventura..
Telmo Vilela Jr.
Preocupado, Custer manda convocar Wild Bill Hickok (Gary Cooper) e Buffalo Bill (James Ellison) para liderar um ataque que impeça que mais rifles de repetição caia nas mãos dos índios. Jornadas Heróicas (The Plainsman - 1936) é um faroeste fantástico com cenas impressionantes de batalha e com um elenco de primeira grandeza que conta com nomes de peso, como: Gary Cooper, Jean Arthur, James Ellison e Charles Bickford. Na verdade, o longa com a assinatura inconfundível do diretor Cecil B.DeMille, não é um faroeste comum. Requintado e travestido de épico - bem típico do grande diretor - Jornadas Heróicas mistura figuras lendárias do velho oeste americano como Wild Bill Hicock, Buffalo Bill, Jane Calamidade, General Custer e o Presidente Abraham Lincoln. Destaque também para as cenas de batalha que foram todas filmadas no estado de Montana, terra natal do ator Gary Cooper. Como curiosidade uma rápida aparição no final do ator Anthony Quinn que na época tinha 20 anos e faz o papel de um jovem índio Cheyenne.
Jornadas Heróicas (The Plainsman, EUA, 1936) Direção: Cecil B. DeMille / Roteiro: Courtney Ryley Cooper, Frank J. Wilstach / Elenco: Gary Cooper, Jean Arthur, James Ellison, Charles Bickford, Helen Burgess / Sinopse: Clássico da filmografia de Cecil B. DeMille estrelado por Gary Cooper e Jean Arthur. O filme narra o encontro entre grandes lendas do oeste americano como Wild Bill Hickok (Gary Cooper), Jane Camalidade (Jean Arthur), Buffalo Bill Cody, George Armstrong Custer e Abrahan Lincoln em um enredo com muita ação, emoção e aventura..
Telmo Vilela Jr.
sábado, 3 de junho de 2006
Legião de Heróis
Título no Brasil: Legião de Heróis
Título Original: North West Mounted Police
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Alan Le May, Jesse Lasky Jr
Elenco: Gary Cooper, Madeleine Carroll, Paulette Goddard, Preston Foster, Robert Preston, George Bancroft
Sinopse:
A história do filme se passa em 1885. Dusty Rivers (Cooper) é um Texas Ranger que viaja para o Canadá para prender um caçador procurado por assassinato e roubo. O criminoso cruzou a fronteira e passou a incitar os nativos da região em uma rebelião contra o governo canadense. O clima passa a ser de guerra. Caberá a Rivers prender o procurado para evitar um banho de sangue. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor edição e melhor direção de fotografia.
Comentários:
Um faroeste diferente, cuja história se passa no frio Canadá e não nas longas areias do deserto do velho oeste dos Estados Unidos. Nem preciso escrever que a direção de fotografia ficou belíssima, justamente por causa das locações em regiões especialmente belas daquele país montanhoso e gelado. Acabou vencendo o Oscar de forma mais do que merecida. Além disso o filme se destaca também por ter dois nomes importantes na história do cinema americano. O primeiro é Cecil B. DeMille, lendário produtor e magnata do cinema na era de ouro de Hollywood. O interessante é que ele gostou tanto do roteiro do filme que decidiu dirigir, algo que nem sempre fazia, uma vez que se notabilizou mesmo por ser um grande produtor na velha Hollywood. Gary Cooper é o outro nome que se destaca e logo chama a atenção. Considerado um dos grandes atores de estilo faroeste do cinema americano, esse veterano das telas está em seu papel habitual, a do homem honesto e íntegro, que deseja fazer cumprir a lei, custe o que custar. Em conclusão temos aqui um clássico do western que se destaca justamente por suas peculiaridades. Grande filme!
Pablo Aluísio.
Título Original: North West Mounted Police
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Alan Le May, Jesse Lasky Jr
Elenco: Gary Cooper, Madeleine Carroll, Paulette Goddard, Preston Foster, Robert Preston, George Bancroft
Sinopse:
A história do filme se passa em 1885. Dusty Rivers (Cooper) é um Texas Ranger que viaja para o Canadá para prender um caçador procurado por assassinato e roubo. O criminoso cruzou a fronteira e passou a incitar os nativos da região em uma rebelião contra o governo canadense. O clima passa a ser de guerra. Caberá a Rivers prender o procurado para evitar um banho de sangue. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor edição e melhor direção de fotografia.
Comentários:
Um faroeste diferente, cuja história se passa no frio Canadá e não nas longas areias do deserto do velho oeste dos Estados Unidos. Nem preciso escrever que a direção de fotografia ficou belíssima, justamente por causa das locações em regiões especialmente belas daquele país montanhoso e gelado. Acabou vencendo o Oscar de forma mais do que merecida. Além disso o filme se destaca também por ter dois nomes importantes na história do cinema americano. O primeiro é Cecil B. DeMille, lendário produtor e magnata do cinema na era de ouro de Hollywood. O interessante é que ele gostou tanto do roteiro do filme que decidiu dirigir, algo que nem sempre fazia, uma vez que se notabilizou mesmo por ser um grande produtor na velha Hollywood. Gary Cooper é o outro nome que se destaca e logo chama a atenção. Considerado um dos grandes atores de estilo faroeste do cinema americano, esse veterano das telas está em seu papel habitual, a do homem honesto e íntegro, que deseja fazer cumprir a lei, custe o que custar. Em conclusão temos aqui um clássico do western que se destaca justamente por suas peculiaridades. Grande filme!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 7 de março de 2006
Aliança de Aço
Título no Brasil: Aliança de Aço
Título Original: Union Pacific
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Walter DeLeon, Gardner Sullivan
Elenco: Barbara Stanwyck, Joel McCrea, Akim Tamiroff, Robert Preston, Lynne Overman, Brian Donlevy
Sinopse:
O Presidente Lincoln assina a autorização para a construção de uma grande ferrovia cortando todo o território dos Estados Unidos, com parada final na Califórnia. Isso cria uma série de intrigas entre diversas pessoas interessadas nesse novo empreendimento.
Comentários:
Foi um dos últimos trabalhos de Cecil B. DeMille no cinema. Esse diretor e produtor foi sem dúvida um dos mais importantes da história de Hollywood. Ele pensava seus filmes como espetáculos, como eventos. Para ele não havia espaço para o simples, o medíocre. Os filmes tinham que ser grandiosos, com produções milionárias, milhares de figurantes, cenários absurdamente caros, etc. Aqui ele fez da construção da ferrovia Union Pacific um espetáculo cinematográfico. Como tudo que dizia respeito a Cecil B. DeMille esse filme também se caracterizava pelo exagero. Ele trouxe trens de época, redobrou os custos da Paramount para reconstruir aquele dias perdidos no passado. O filme foi indicado na categoria efeitos especiais, mas a verdade é que praticamente tudo o que se vê na tela existia de fato. Já o roteiro tem alguns problemas. Há excesso de personagens, mas isso no final não tira os méritos de DeMille. Aqui ele deixou mais uma vez as marcas de sua conhecida megalomania. É cinema produzido para encher os olhos do espectador.
Pablo Aluísio.
Título Original: Union Pacific
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Walter DeLeon, Gardner Sullivan
Elenco: Barbara Stanwyck, Joel McCrea, Akim Tamiroff, Robert Preston, Lynne Overman, Brian Donlevy
Sinopse:
O Presidente Lincoln assina a autorização para a construção de uma grande ferrovia cortando todo o território dos Estados Unidos, com parada final na Califórnia. Isso cria uma série de intrigas entre diversas pessoas interessadas nesse novo empreendimento.
Comentários:
Foi um dos últimos trabalhos de Cecil B. DeMille no cinema. Esse diretor e produtor foi sem dúvida um dos mais importantes da história de Hollywood. Ele pensava seus filmes como espetáculos, como eventos. Para ele não havia espaço para o simples, o medíocre. Os filmes tinham que ser grandiosos, com produções milionárias, milhares de figurantes, cenários absurdamente caros, etc. Aqui ele fez da construção da ferrovia Union Pacific um espetáculo cinematográfico. Como tudo que dizia respeito a Cecil B. DeMille esse filme também se caracterizava pelo exagero. Ele trouxe trens de época, redobrou os custos da Paramount para reconstruir aquele dias perdidos no passado. O filme foi indicado na categoria efeitos especiais, mas a verdade é que praticamente tudo o que se vê na tela existia de fato. Já o roteiro tem alguns problemas. Há excesso de personagens, mas isso no final não tira os méritos de DeMille. Aqui ele deixou mais uma vez as marcas de sua conhecida megalomania. É cinema produzido para encher os olhos do espectador.
Pablo Aluísio.
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