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sábado, 1 de julho de 2023

Ilusões Perigosas

Título no Brasil: Ilusões Perigosas
Título Original: Haunted
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Lumière Pictures
Direção: Lewis Gilbert
Roteiro: James Herbert
Elenco: Aidan Quinn, Kate Beckinsale, Anthony Andrews, John Gielgud, Anna Massey, Geraldine Somerville

Sinopse:
Um professor cético visita uma remota propriedade britânica para desmascarar alegações de fenômenos psíquicos, mas logo se vê assombrado por um fantasma de seu próprio passado.

Comentários:
Eu gostei bastante desse filme quando o assisti pela primeira vez nos anos 90. Poderia definir essa produção como um filme de fantasmas, com o sabor dos antigos filmes de terror ingleses, mas com um roteiro mais de acordo com os tempos atuais, os tempos modernos. O personagem principal, um professor cético que tenta desvendar e desmascarar eventos sobrenaturais, é um grande achado dessa roteiro. Interpretado pelo ator Aidan Quinn, ele está realmente no centro dos acontecimentos. Outro destaque é a atriz Kate Beckinsale, que depois iria se consagrar numa longa série de filmes de terror sobre vampiros chamado "Anjos da Noite". Com um elegante fotografia e cenas externas muito bem construídas, essa produção de horror dos anos 90 é um grande achado. Infelizmente, anda meio esquecida nos dias atuais, mas ainda vale muito a pena conhecer.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de março de 2022

Na Ponta dos Pés

Título no Brasil: Na Ponta dos Pés
Título Original: Tiptoes
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Langley Productions
Direção: Matthew Bright
Roteiro: Matthew Bright
Elenco: Kate Beckinsale, Matthew McConaughey, Gary Oldman, Patricia Arquette, Peter Dinklage, Debbie Lee Carrington

Sinopse:
Steven (Matthew McConaughey) e Carol (Kate Beckinsale) são namorados, são felizes e pensam em se casar. Só que as coisas começam a ficar mais complicadas quando ela descobre que a família do namorado é formado por anões!

Comentários:
Esse filme supostamente deveria ser algo próximo de uma comédia romântica, mas o tema complica essas pretensões. Isso porque apresenta um tema dos mais delicados. A noiva que descobre que o irmão, os pais e muitos familiares do noivo são anões! E então, sabendo que o nanismo é hereditário, ela levará em frente esse romance? Vai se casar realmente? O roteiro do filme assim fica na corda bamba, no fio da navalha. Quer trazer humor, mas tem que ter cuidado para não cair no grotesco, na ofensa gratuita. Em alguns momentos tenta fazer humor, em outros cai no mais profundo drama. Eu sinceramente fiquei um pouco incomodado em vários momentos. A questão do nanismo é delicada, tem que ser tratada com uma certa seriedade, sensibilidade e consciência social. Por essa razão se a intenção era fazer uma comédia romântica, a coisa toda desandou lá pela segunda metade do filme.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Anjos da Noite 4

Essa franquia "Anjos da Noite" não se endireita mesmo. Quando pensamos que vai melhor a coisa desanda e cai na vala do lugar comum. Os últimos filmes até que conseguiam manter o mínimo interesse na luta entre lobisomens e vampiros mas esse "Anjos da Noite 4" coloca tudo a perder. O roteiro é muito vazio, derivativo e nulo para ser levado a sério. Ao que tudo indica houve problemas de negociação com o ator Scott Spedman (que faz um dos principais personagens da franquia, o híbrido Michael). Sem ele os roteiristas tiveram que rebolar para eliminar sua presença em cena (seu personagem aparece apenas congelado no filme). Segundo algumas fontes Spedman teria pedido um cachê maior e também maior destaque ao seu personagem nesse quarto filme e como não conseguiu chegar a um acordo foi eliminado da estória. Isso criou um buraco tão grande em "Anjos da Noite 4" que o filme ficou totalmente à deriva - fora o quase plágio com outra franquia, Aliens, pois aqui resolveram colocar também uma garotinha (interpretada pela inexpressiva atriz mirim India Eisley) para acompanhar a protagonista Selene (Kate Beckinsale)

Assim, com tantos problemas de roteiro, não me admirei em nada ao assistir ao filme. Eu já não esperava grande coisa, isso é certo, mas ficou pior do que pensei. Na falta de uma estrutura de roteiro melhor os diretores Måns Mårlind e Björn Stein (ambos de Identidade Paranormal) partiram para o uso e abuso de efeitos especiais em cada tomada. É verdade que alguns monstros são bem realizados, incluindo um mega lycan de 3 metros de altura, mas sem desenvolvimento maior tudo fica com cara de vídeo game mesmo. Nem sequer a mitologia que acompanha a franquia aqui foi minimamente desenvolvida, resultado numa obra oca em demasia. Para piorar o que já era bem ruim "Anjos da Noite 4" tem outro problema: é inconclusivo, deixando todos os desfechos para uma próxima continuação! Obviamente os produtores querem faturar mais uma grana numa possível quinta continuação! Haja paciência para agüentar tanto oportunismo.

Anjos da Noite 4 (Underworld: Awakening, Estados Unidos, 2012) Direção: Måns Mårlind, Björn Stein / Roteiro: :Len Wiseman, John Hlavin / Elenco: Kate Beckinsale, Michael Ealy, India Eisley / Sinopse: Forças humanas descobrem a existência dos clãs de vampiros e Lycons (lobisomens). Emcurralados os vampiros começam os planos de contra ataque contra sua existência.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de agosto de 2019

O Quarto dos Esquecidos

Título no Brasil: O Quarto dos Esquecidos
Título Original: The Disappointments Room
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Relativity Media
Direção: D.J. Caruso
Roteiro: D.J. Caruso, Wentworth Miller
Elenco: Kate Beckinsale, Mel Raido, Lucas Till, Duncan Joiner, Michaela Conlin, Michael Landes

Sinopse:
A arquiteta Dana Barrow (Kate Beckinsale) e seu marido David (Mel Raido) decidem mudar de vida. Eles resolvem comprar uma antiga casa no interior. Deixando a cidade grande para trás eles começam a perceber que o lugar, há muito abandonado, está assombrado por espíritos malignos. O lugar no passado foi residência de um cruel magistrado e palco de um crime sangrento e desumano.

Comentários:
É uma história baseada em fatos reais. De maneira em geral gostei desse novo filme de terror que procura seguir o caminho das antigas fitas sobre casas mal assombradas. Todos os elementos estão presentes, inclusive o fantasma de uma garotinha que em vida vivia escondida, reclusa, por seu próprio pai, um juiz que tinha vergonha do fato da filha ser portadora de deficiência. Um sujeito orgulhoso, frio, que no fundo não passava de uma canalha. A personagem de Kate Beckinsale procura reformar a casa que comprou (que no passado pertenceu a esse juiz e sua família) e vai descobrindo novos lugares dentro do imóvel, entre eles justamente o pequeno quarto onde a menina era mantida longe dos olhos dos outros moradores da cidade. Um ambiente pesado, cheio de energias ruins e negativas. Assim o roteiro vai explorando essa situação. O filme só não é melhor porque há uma certa pressa em desenvolver todos os acontecimentos. Como foi lançado no circuito comercial os produtores optaram por dar agilidade à trama, algo nem sempre bem-vindo nesse tipo de filme, que deveria explorar muito mais as nuances e o suspense desses quartos escuros e sombrios.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Amor & Amizade

Gosta de Jane Austen? Então vou deixar a dica desse filme aqui, uma adaptação de um de seus livros menos conhecidos chamado "Lady Susan". A estória é mais do que interessante, até porque mostra-se incrivelmente atual. Não importa que o livro tenha sido escrito há mais de 200 anos (sua data exata de escrita é 1794), mas sim que apresente um enredo que mostra que em muitos aspectos a sociedade continua a mesma, com pessoas interesseiras e dispostas a tudo para vencer na vida. Na trama conhecemos duas mulheres, mãe e filha. Elas estão arruinadas financeiramente. Nessa época vitoriana como uma mulher viúva e sua filha poderiam subir ou pelo menos se manter na mesma escala social? Muito simples, arranjando maridos, obviamente de preferência bem ricos.

Assim Lady Susan Vernon (Kate Beckinsale) começa fazer de tudo para que sua filha Frederica (Morfydd Clark) arranje um marido rico, o mais rapidamente possível. A moça porém não quer nem ouvir falar de casar com o ricaço Sir James Martin (Tom Bennett) já que definitivamente ela não o ama de jeito nenhum. E assim se desenrola a estória. Manipulações sociais de todos os lados, mulheres que só estão de olho no dinheiro dos futuros maridos, fofocas, traições, puxadas de tapete, parentes que são serpentes. O livro de Jane Austen, como frisei, foi escrito há séculos, mas mantém o mesmo frescor porque afinal mostra um lado nada lisonjeiro da alma humana. Por fim dois aspectos que merecem menção. O primeiro é que embora seja um filme bem realizado, não se trata de uma grande superprodução. É algo mais modesto e sutil. Segundo observação é que Kate Beckinsale consegue estar muito bem em sua atuação. Declamando longos diálogos, sem perder o fôlego, ela deixa claro que não é apenas boa para interpretar vampiras nos filmes com a marca "Anjos da Noite". Ela tem talento de verdade, se tiver dúvidas não deixe de conferir esse "Amor & Amizade".

Amor & Amizade (Love & Friendship, Estados Unidos, Inglaterra, França, 2016) Direção: Whit Stillman  / Roteiro: Whit Stillman / Elenco: Kate Beckinsale, Chloë Sevigny, Xavier Samuel, Morfydd Clark, Stephen Fry, Tom Bennett / Sinopse: Na era vitoriana, mãe e filha tentam arranjar maridos ricos pois estão arruinadas financeiramente. Sendo o caminho mais fácil elas tentam dar o velho e conhecido golpe do baú.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

O Aviador

Revi esse filme do grande Martin Scorsese. OK, rever pura e simplesmente a versão original seria algo meio óbvio. Assim procurei por essa versão especial, estendida, com quase três horas de duração. Como se sabe muitos diretores precisam fazer cortes para que seus filmes sejam comercialmente viáveis. Depois, mais tarde, eles finalmente fazem seu corte pessoal, acrescentando cenas deletadas, etc. Se você só viu a primeira versão, a original, não precisa se preocupar muito. As mudanças são pontuais. Algumas cenas duram mais, possuem maiores linhas de diálogo, mas é só. A narrativa segue a primeira espinha dorsal que Scorsese criou para seu filme que chegou aos cinemas em 2004. Como sabemos o roteiro conta a história real do bilionário Howard Hughes. Ele foi um dos homens mais ricos do mundo em sua época, mas sofria de diversos transtornos mentais. A riqueza acabou sendo sua ruína, pois sendo poderoso e intocável não se deixava passar por tratamentos psiquiátricos. Em razão disso foi ficando cada vez mais doido com o passar dos anos, criando uma rotina sombria, onde passava o tempo todo trancado dentro de uma sala escura, onde eram exibidos seus velhos filmes (ele também havia sido produtor e diretor em Hollywood). Obcecado por germes e bactérias, não conseguia mais viver como um homem normal, geralmente ficava sem roupas, urinando em garrafas, as mesmas que traziam leite, um dos poucos alimentos que admitia consumir. Não admitia ver mais ninguém e falava com seus subordinados através de uma porta trancada.

O filme obviamente foca nos primeiros anos de Hughes, quando ele era, digamos assim, mais normal. Namorando estrelas do cinema, comprando companhias aéreas e fechando grandes contratos com a força aérea, ele foi ficando cada vez mais rico a cada ano, enquanto a loucura ia também dominando sua mente. No filme já surgem os primeiros sintomas, com a obsessão de lavar as mãos até arrancar sangue, do pavor de tocar em outras pessoas, e da paranoia, representado pelas escutas que mandava instalar nas casas e telefones das mulheres com quem se relacionava. Depois de alguns anos virou um doido varrido e seu nome também virou sinônimo de milionário excêntrico e anormal. Leonardo DiCaprio interpreta o louco, mas não levou o Oscar. A velha maldição que o perseguiu por anos e anos. Quem se saiu melhor foi sua colega de cena, Cate Blanchett. Sinceramente falando não achei grande coisa sua interpretação. Ela interpreta a atriz Katharine Hepburn. Com cabelos naturais loiros (Hepburn tinha cabelos pretos) ela em pouco lembra a famosa estrela. Não merecia ter levado o Oscar. Quem merecia vencer mesmo era o diretor Martin Scorsese. Mestre em contar histórias, ele recriou nos mínimos detalhes os grandes momentos de Hughes. Só faltou mesmo mostrar o fim de sua vida, quando ele se tornou um homem completamente insano, afundado em sua própria loucura sem limites.

O Aviador (The Aviator, Estados Unidos, 2004) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: John Logan / Elenco: Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kate Beckinsale, John C. Reilly, Alec Baldwin, Alan Alda, Ian Holm / Sinopse: O filme conta a história do milionário Howard Hughes (DiCaprio). Investidor e construtor de aviões, acabou sucumbindo a uma grave doença mental em seus últimos anos. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett), Melhor Fotografia (Robert Richardson), Melhor figurino (Sandy Powell) e Melhor Direção de Arte (Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo). 

Pablo Aluísio. 

sábado, 6 de janeiro de 2018

Apenas um Garoto em Nova York

O filme se passa no meio editorial de Nova Iorque, mas no fundo é focado na família do jovem Thomas Webb (Callum Turner). Ele está naquela idade em que ainda não decidiu o que fazer. Ele terminou o colegial e não foi para a faculdade. Por isso passa os dias andando com a namorada Mimi pelas ruas da cidade. Durante uma noite de curtição em um restaurante ele pega seu próprio pai, Ethan Webb (Pierce Brosnan), aos beijos com uma desconhecida. Uma situação constrangedora e complicada de resolver, afinal ele deveria dizer para sua mãe da traição dele? Ou deveria varrer tudo para debaixo do tapete, evitando assim que seus pais se divorciassem?

De uma forma ou outra, Ethan começa a seguir os passos da amante do pai, Johanna (Kate Beckinsale). Descobre que ela trabalha no mercado de livros e pior do que tudo, acaba se apaixonando também por ela! Por fim fechando o círculo confuso de relacionamentos de sua vida pessoal, Ethan acaba conhecendo um escritor decadente e bêbado que mora no seu prédio, o outsider W.F. Gerald (Jeff Bridges). Autor de sucesso no passado, ele vive uma crise de criatividade, sempre procurando inspiração para sua próxima obra. Acaba encontrando na vida de Ethan o que procurava e traz a história do jovem para as páginas daquele que será seu futuro livro.

Embora tenha nuances de drama, esse filme não vai muito por esse caminho. Mesmo as situações mais dramáticas (como se apaixonar pela amante do pai) vai tendo resoluções mais ou menos brandas. O roteiro também sutilmente propõe que a cidade de Nova Iorque perdeu sua identidade nos últimos anos, deixando de ser a cidade artisticamente inspiradora do passado para se tornar apenas uma grande cidade, amorfa e sem graça. O triângulo amoroso envolvendo amante, pai e filho, curiosamente nem é a principal surpresa da trama, pois o personagem de Jeff Bridges revela ter algo a mais com Ethan do que ele jamais poderia imaginar. Em suma, um bom filme, que tenta ser sofisticado, retratando os moradores de Nova Iorque como pessoas mais intelectualizadas, mesmo sem escapar das armadilhas do destino que vão acontecendo com o passar dos anos.

Apenas um Garoto em Nova York (The Only Living Boy in New York, Estados Unidos, 2017) Direção: Marc Webb / Roteiro: Allan Loeb / Elenco: Pierce Brosnan, Jeff Bridges, Kate Beckinsale, Callum Turner, Cynthia Nixon, Kiersey Clemons / Sinopse: O jovem Thomas Webb (Callum Turner) descobre que seu pai, Ethan Webb (Pierce Brosnan), está tendo um caso amoroso fora do casamento com a bela e sensual Johanna (Kate Beckinsale). Enquanto não decide o que fazer, acaba conhecendo seu vizinho, um escritor decadente chamado W.F. Gerald (Jeff Bridges) que prontamente se coloca à sua disposição para resolver todos esses problemas em sua vida pessoal.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Anjos da Noite: Guerras de Sangue

Título no Brasil: Anjos da Noite - Guerras de Sangue
Título Original: Underworld - Blood Wars
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Anna Foerster
Roteiro: Cory Goodman, Kyle Ward
Elenco: Kate Beckinsale, Theo James, Tobias Menzies, Lara Pulver, Charles Dance

Sinopse:
A vampira Selene (Kate Beckinsale) agora é uma completa pária, tanto entre os lycans como entre os vampiros. Todos querem vê-la morta! As coisas mudam porém quando se descobre que sua filha poderia ser uma peça chave na guerra entre os clãs. A garotinha, uma híbrida, poderia conter o segredo para a vitória em uma guerra que já atravessa os séculos e não parece ter fim! Selene porém está disposta a defender sua filha a todo custo, sem pensar duas vezes. Após ser contactada para treinar os guerreiros vampiros, ela descobre que caiu em uma armadilha, uma traição que poderá custar sua existência.

Comentários:
Uma das coisas que sempre me irritaram nessa franquia "Underworld" e que em todos os filmes, sem exceção, a fotografia sempre se mostrou extremamente escura, absurdamente negra, onde em determinados momentos o espectador não consegue ver nada - mesmo nas melhores salas de cinema! Aqui o velho problema continua o mesmo, principalmente quando os lobisomens atacam (seria uma forma de esconder o fato de que os efeitos especiais não são assim tão bons?). A única diferença mais notável nesse novo filme vem da direção de arte de uma forma em geral. O velho visual ao estilo Matrix foi substituído por algo mais na linha "Game of Thrones". Já era hora de mudanças! Claro, Selene continua com sua roupa de couro negro, mas fora isso, todos os demais personagens parecem ter saídos da famosa série! E as semelhanças não param por aí, os roteiristas criaram inclusive um clã de vampiros que vive isoladamente em terras do norte, um lugar completamente congelado por um inverno que parece eterno, tudo protegido por uma enorme muralha (uma óbvia referência à Patrulha da Noite). Pois bem, se há inovações nesses aspectos periféricos o mesmo não se pode dizer isso em relação ao roteiro. Eles seguiram na mesma linha, com Selene no meio da guerra entre vampiros e lycans. Esse é o quinto filme da franquia, por isso resolveram apostar no mais do mesmo, no que deu certo antes, sem mudar muitas coisas. Penso que os fãs vão gostar, porém os cinéfilos em geral, aqueles que apenas estão em busca de uma boa diversão, a coisa pode soar bem decepcionante. Além de praticamente não conseguir enxergar quase nada (por causa da escuridão das cenas) corre-se o risco de ficar entediado já nas primeiras sequências. Penso que chegou a hora de encerrar "Underworld" pois já se está andando em círculos há bastante tempo. Melhor encerrar antes de ficar completamente ridículo, não é mesmo? No geral é apenas mais um filme da série, sem nada muito interessante. Nenhum efeito especial exuberante e sem nenhuma mudança mais significativa em termos de roteiro. Enfim, um verdadeiro zero a zero no placar.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O Vingador do Futuro

Esse filme já foi lançado há algum tempo, mas até agora nunca tinha assistido. Ontem acabei conferindo. O que me levou a vê-lo foi o fato de que esse roteiro foi adaptado do livro "We Can Remember It for You Wholesale" de Philip K. Dick. Já havia sido filmado antes com Arnold Schwarzenegger em 1990. Assim esse novo é um remake, dessa vez estrelado por Colin Farrell e dirigido por Len Wiseman. Bom, como se trata de uma ficção era realmente de se esperar que novos efeitos especiais, bem mais avançados, se tornassem um dos grandes atrativos da produção. E realmente eles são excelentes. O interessante é que a colônia onde mora o protagonista, um operário chamado Douglas Quaid, me fez lembrar até mesmo das favelas do Rio de Janeiro. É bem nítido que essa foi a intenção dos responsáveis pelo design do filme. Claro, é uma favela high tech, porém ainda uma favela.

Nesse mundo onde Quaid vive só existem dois países restantes: um representando a Inglaterra, como a Metrópole, e outra a colônia, Austrália. Todos os dias Quaid e outros trabalhadores literalmente atravessam o planeta para ir trabalhar em uma Londres suja, escura e pós-apocalíptica. E como toda relação envolvendo colonialismo há uma clara tensão entre os dois polos, um de exploração e o outro de exaustão. É um mundo controlado por um regime autoritário que é combatido por rebeldes. Quaid pensa ser apenas um trabalhador comum, mas ele está enganado. Ao fazer uma visita a uma empresa chamada Total Recall ele acaba descobrindo que sua memória fora apagada e que ele na realidade é um agente federal infiltrado entre os rebeldes. A partir desse ponto o filme não para um só segundo, com ação desenfreada. Esse aliás é um dos pontos que achei mais negativo desse remake. Com tantas boas ideias de Dick a se explorar tudo acaba se resumindo em confrontos violentos entre o regime e a rebelião. Os soldados inclusive em lembraram das tropas imperiais de "Star Wars". É um confronto atrás do outro, sem pausa. Embora com ótima produção e muitos efeitos digitais de última geração esse novo "Vingador do Futuro" é meio decepcionante justamente pela insistência de ganhar o espectador apenas pela violência e ação. Faltou sutileza e paciência para explorar o mundo imaginado por esse excelente autor de ficção científica. 

O Vingador do Futuro (Total Recall, Estados Unidos, 2012) Direção: Len Wiseman / Roteiro: Kurt Wimmer, Mark Bomback / Elenco: Colin Farrell, Bryan Cranston, Kate Beckinsale, Jessica Biel / Sinopse: Homem comum, operário da Metropóle, descobre que sua vida é uma grande mentira, pois na verdade ele é um agente duplo infiltrado entre rebeldes para destruir os opositores de um regime ditadorial do futuro. Filme premiado pela Alliance of Women Film Journalists.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O Quarto dos Esquecidos

A premissa desse roteiro é até bem familiar para quem gosta de assistir filmes de terror. Uma família decide comprar uma antiga casa no interior. A ideia é tentar reconstruir a unidade familiar após a morte da caçula, uma garotinha recém nascida que morreu por causa de um acidente doméstico. Para Dana (Kate Beckinsale), que é arquiteta, também será uma boa oportunidade trabalhar na reforma daquele velho casarão. Há muito o que fazer e ela aos poucos vai descobrindo os lugares mais escondidos da residência. No sótão ela encontra um pequeno quarto, escondido, que parece ter sido construído no alto da casa justamente para que ninguém o encontrasse. Curiosamente o pequeno e claustrofóbico recinto não consta da planta original. Ao entrar naquela verdadeira cela ela sente uma energia negativa vindo em sua direção. Com o passar do tempo começa a ver aparições do espírito de uma garotinha que parece assustada e infeliz.

Procurando por respostas Dana começa a descobrir o passado daquela velha casa. Ela pertenceu a um juiz da cidade, um homem cruel e frio, que tinha um segredo a esconder. Sua filha nasceu com problemas de deficiência e ele a escondeu do mundo, por pura vergonha e canalhice. Aos poucos Dana vai ligando o passado com as assombrações que vão surgindo pelo meio do caminho. Não será algo fácil a se superar uma vez que ela própria também tem seus traumas pessoais, que vão se entrelaçando com o desespero que parece reinar naquele lugar. De maneira em geral "O Quarto dos Essquecidos" se mostra bem eficiente, embora apresente alguns problemas. Os produtores afirmam que a história do filme foi baseada em fatos reais e isso obviamente aumenta o interesse. Porém notei uma certa pressa em se contar tudo. Como o filme foi lançado nas salas de cinema, dentro do circuito mais comercial para consumo rápido, essa narrativa mais pop, digamos assim, prejudicou um pouco o suspense que poderia ter sido melhor explorado. As situações vão surgindo na tela de forma muito rápida, sem tempo para desenvolver com mais calma as cenas. Com isso o filme perde um pouco em termos de clima. De qualquer forma, mesmo com esse pequeno problema de pressa, ainda há um bom roteiro a se mostrar. Acabei gostando do filme, muito embora deva confessar que ele soa muitas vezes em grandes novidades. Como diversão mais pop porém funciona perfeitamente.

O Quarto dos Esquecidos (The Disappointments Room, Estados Unidos, 2016) Direção: D.J. Caruso / Roteiro: D.J. Caruso, Wentworth Miller / Elenco: Kate Beckinsale, Mel Raido, Lucas Till / Sinopse: Jovem família passa a ser assombrada por espíritos perturbados após se mudar para um velho casarão do interior. O lugar no passado foi residência de um cruel magistrado e palco de um crime sangrento e desumano.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de dezembro de 2016

10 Curiosidades - Anjos da Noite: Guerras de Sangue

10 Curiosidades - Anjos da Noite: Guerras de Sangue 

1. Está estreando em todo o Brasil hoje o novo filme da franquia Underworld. Nesse universo vampiros e lycons (lobisomens) disputam uma guerra violenta em um mundo repleto de monstros e seres mitológicos.

2. Inicialmente a atriz Kate Beckinsale não demonstrou muito interesse em voltar para a série. A personagem da vampira Selene já não lhe despertava mais o mesmo entusiasmo de antes. O estúdio Lakeshore porém lhe ofereceu um cachê irrecusável. Assim Kate acabou fechando contrato não apenas para a realização desse filme, mas também de um próximo, a sexta aventura Underworld.

3. Esse é o filme mais caro da franquia, com cenas rodadas em Praga na República Checa. O filme tinha data de previsão de estreia para junho de 2016, mas diversos atrasos atrapalharam o cronograma previsto.

4. O grande rival desse novo Underworld nas telas de cinema do mundo será o novo filme de outra franquia popular de terror, Resident Evil. É a primeira vez que filmes dessas séries batem de frente nas bilheterias, estreando no mesmo mês.

5. O elenco conta com cinco atores da série de grande sucesso "Game of Thronnes" entre eles Charles Dance (Thomas) que interpretou Tywin Lannister, Tobias Menzies (Marius) que interpretou Edmure Tully, James Faulkner que interpreta Randyll Tarly e Lara Pulver (Semira) que atuou como Lady Elissa Forrestor.

6. A direção foi entregue para a cineasta Anna Foerster. Esse será seu primeiro grande filme nas telas de cinema, pois antes ela se concentrava em dirigir séries de TV como "Outlander" e "Madam Secretary".

7. O roteirista Cory Goodman trabalhou em outros filmes de universos parecidos como "Padre" e "O Último Caçador de Bruxas".

8. A atriz Kate Beckinsale tem procurado diversificar sua carreira. Recentemente esteve no filme de suspense "O Quarto dos Esquecidos" (que ainda está em cartaz no Brasil) e no drama de época "Amor & Amizade" onde interpreta Lady Susan Vernon, uma viúva interesseira, personagem escrito pela romancista consagrada Jane Austin.

9. A crítica, como era de se esperar, recebeu esse novo filme com reservas. Não houve grandes elogios, mas tampouco as resenhas foram destruidoras. É um considerado um filme mediano dentro de seu gênero.

10. O filme custou 60 milhões de dólares e já recuperou seu investimento nas salas de cinema dos Estados Unidos e Europa.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de outubro de 2016

Amor & Amizade

Título no Brasil: Amor & Amizade
Título Original: Love & Friendship
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra, França
Estúdio: Westerly Films
Direção: Whit Stillman
Roteiro: Whit Stillman
Elenco: Kate Beckinsale, Chloë Sevigny, Xavier Samuel, Morfydd Clark, Stephen Fry, Tom Bennett
  
Sinopse:
Lady Susan Vernon (Kate Beckinsale) é um jovem viúva que precisa lidar com o fato de que está arruinada financeiramente. Sem dinheiro, ela vai morar com seu irmão. Para piorar tudo sua filha, Frederica (Morfydd Clark), é problemática, tendo sido expulsa da escola. Susan decide então arranjar um casamento promissor para ela com o tolo, fútil e rico Sir James Martin (Tom Bennett), porém a garota se recusa a se casar apenas por dinheiro. Com tantos problemas pela frente Lady Susan então resolve ela mesma arranjar um bom partido, se aproximando de Reginald DeCourcy (Xavier Samuel), herdeiro de uma rica e tradicional família inglesa. Os pais dele porém desaprovam completamente o romance. 

Comentários:
Filme baseado no romance "Lady Susan" de autoria da escritora Jane Austen, publicado originalmente em 1871. As obras dessa talentosa romancista se passam em uma Inglaterra vitoriana, onde as mulheres precisavam garantir seu futuro de qualquer maneira, muitas vezes entrando em um jogo de flerte e sedução que parecia não ter fim. Debaixo de tudo havia o mero interesse financeiro em se casar com um homem rico que lhes trouxesse uma vida confortável. Por isso a grande maioria das personagens de Jane Austen era formada por mulheres bem interesseiras, que acabavam também tendo que suprimir suas verdadeiras paixões em prol de um dote financeiro bem recompensador. Essas estórias mostravam acima de tudo o grande poder de manipulação das mulheres de uma maneira em geral. Nessa nova produção o diretor Whit Stillman tentou ser o mais fiel possível ao livro original. 

Como são muitos os personagens ele resolveu apresentar breves introduções de cada um dentro da trama. Achei a ideia fora do comum e de certa maneira um pouco desnecessária. O elenco traz a atriz Kate Beckinsale como a protagonista. Eu costumo dizer que Kate foi injustamente estigmatizada como a vampira Selene da franquia "Anjos da Noite". Ela é muito mais talentosa do que se supõe. Nesse filme temos uma amostra disso. Ela tem ótimos diálogos (retirados diretamente da obra original) e se sai muito bem em seu papel. Alguns podem até dizer que ela de certa forma apresenta um pouco de ansiedade interpretando Lady Susan, declamando seu texto de uma maneira um pouco rápida demais, com certa pressa e impaciência. Não penso assim. A própria personagem vive uma situação ansiosa, tendo que resolver sua vida, arranjando bons partidos tanto para ela que ficou viúva como para a filha, que parece não ter tido ainda consciência da situação delicada em que vivem. Em termos gerais temos um bom filme, bastante sofisticado, elegante e coeso. Uma bem-vinda adaptação da sempre interessante (e atemporal) obra de Jane Austen.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de junho de 2016

Anjos da Noite 3 - A Rebelião

Título no Brasil: Anjos da Noite 3 - A Rebelião
Título Original: Underworld - Rise of the Lycans
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Patrick Tatopoulos
Roteiro: Danny McBride, Dirk Blackman
Elenco: Kate Beckinsale, Bill Nighy, Rhona Mitra, Michael Sheen
  
Sinopse:
Em um passado distante uma dinastia de vampiros aristocráticos mantém sob correntes os lycans (lobisomens) até que um deles começa uma verdadeira rebelião contra o que considera a escravidão de sua raça, dando origem a uma verdadeira guerra entre os dois monstros mitológicos do terror. Terceiro filme da franquia "Anjos da Noite" (Underworld).

Comentários:
Apesar de não ser muito fã dessa série "Underworld" eu tive a oportunidade de conferir esse terceiro filme nos cinemas. É um dos mais interessantes porque tem uma estória própria, quase como se fosse um prequel cinematográfico dos filmes anteriores. A atriz Kate Beckinsale, apesar de estar presente no material promocional e ter seu nome como chamariz de bilheteria, nem participa muito da trama. Na verdade os verdadeiros protagonistas são o aristocrático Viktor (Bill Nighy), a exótica Sonja (interpretada pela bonita e sensual atriz Rhona Mitra) e o selvagem Lucian (Michael Sheen, sempre interessante e esforçado em cena). Eles formam o núcleo central dos acontecimentos que levaram os lobisomens a se rebelarem contra a dominação dos vampiros. Criados como bestas e animais selvagens eles dão seu grito de liberdade, dando começo a uma insana guerra entre eles e os seres vampirescos. A direção ficou a cargo do francês Patrick Tatopoulos, aqui em seu primeiro trabalho importante como cineasta. Ele já havia trabalhado antes no primeiro filme como o responsável pela equipe técnica de efeitos especiais. Na direção acabou até mesmo surpreendendo. Em suma, um bom exemplar da franquia "Underworld" que pode até mesmo ser assistido sem os demais pois, como já afirmei, seu enredo é bem independente dos outros filmes da franquia.

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O Efeito da Fúria

Em uma lanchonete de Los Angeles um homem armado entra no estabelecimento e abre fogo contra clientes e funcionários. Ele parece ser uma pessoa normal, sem nenhum traço mais visível de psicopatia ou algo do gênero. Mirando em seus alvos o atirador tenta matar cada pessoa que está presente naquele recinto. A pequena Anna (Dakota Fanning) se esconde embaixo da mesa e de lá vê seu pai ser atingido por um tiro na cabeça. Seu sangue escorre por entre suas pernas, indo parar bem onde ela se encontra. A garçonete Carla (Kate Beckinsale) está atrás do balcão servindo os clientes quando começa o massacre. Ela se abaixa e tenta se esconder dos tiros. Com o celular também  tenta de todas as formas pedir socorro, ligando para o 911. Para Charlie (Forest Whitaker) nada mais parece fazer algum sentido. Ele entrou na lanchonete e se sentou no balcão em busca de um café. Intimamente se sente arrasado pois acabou de ser diagnosticado com um câncer maligno. Quando os tiros começam ele mal consegue esboçar uma reação. Está simplesmente em choque.

Tudo o que você leu no parágrafo anterior se desenvolve apenas na primeira cena de "Winged Creatures". O filme se concentra nessa triste realidade de violência sem sentido que surge dentro da sociedade americana, algo que se tornou tão habitual naquele país que nem mais chega a chamar tanta atenção. De repente um sujeito armado resolve abrir fogo contra pessoas inocentes, matando a esmo, sem qualquer explicação ou aviso. Para se ter uma ideia de como as coisas andam por lá, ontem quando assistia a esse filme ocorreu um novo massacre em uma pequena cidade americana do Arizona, quando um homem atirou dentro de uma fábrica, matando quatro pessoas e ferindo quase uma dezena de outras. O roteiro do filme não se preocupa em desvendar os motivos que levaram o atirador a matar as pessoas na lanchonete. Ao invés disso investe no trauma decorrente da chacina, mostrando a vida dos sobreviventes após o trágico evento. Assim o espectador passa a acompanhar o pós trauma na vida de cada personagem. A garçonete Carla (Beckinsale) é uma mãe solteira que não tem a menor vocação para cuidar de seu filho, um bebê que parece sempre estar chorando. A garotinha Anna (Fanning) acaba criando uma espécie de fanatismo religioso precoce para lidar com a morte brutal de seu pai e Charlie (Whitaker), que fora diagnosticado com câncer poucos momentos antes da tragédia na lanchonete, resolve gastar seu último centavo numa maratona de bebidas e jogos em um cassino da cidade. Por fim há a figura do médico Dr. Bruce Laraby (Guy Pearce) que escapou de morrer ao sair momentos antes do tiroteio começar na lanchonete. Ele trabalha salvando vidas, mas parece disposto a acabar com a vida da própria esposa, a envenenando. Em suma, um bom filme que valoriza as características de cada personagem em cena. Um retrato mais realista possível da violência que impera na sociedade americana atualmente.

O Efeito da Fúria (Winged Creatures, EUA, 2008) Direção: Rowan Woods / Roteiro: Roy Freirich / Elenco: Kate Beckinsale, Forest Whitaker, Guy Pearce, Dakota Fanning, Josh Hutcherson / Sinopse: Após o massacre em uma lanchonete de Los Angeles, um grupo de sobreviventes tenta levar as suas vidas em frente da melhor maneira possível, algo que definitivamente não será fácil já que a violência absurda a que foram submetidos deixou traumas psicológicos irreparáveis em cada um deles.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Anjos da Noite - A Evolução

Título no Brasil: Anjos da Noite - A Evolução
Título Original: Underworld - Evolution
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Lakeshore Entertainment
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Danny McBride, Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Scott Speedman, Bill Nighy
  
Sinopse:
"Underworld: Evolution" continua a saga da guerra entre os vampiros e os lobisomens. O enredo volta no tempo para mostrar os primórdios da antiga rivalidade entre as duas tribos que deram origem às criaturas que tentam se destruir na atualidade. Assim a vampira Selene (Kate Beckinsale) e o híbrido Michael (Scott Speedman) tentam desvendar os segredos de suas linhagens. Filme indicado a cinco categorias no Fangoria Chainsaw Awards. Também indicado nos prêmios MTV Movie Awards e Scream Awards.

Comentários:
Eu assisti ao primeiro filme com reservas. Apesar de gostar bastante de filmes sobre vampiros em geral essa franquia Underworld nunca esteve entre as minhas preferidas. Em minha forma de entender são filmes bastante influenciados pela cultura game e pelo universo Matrix, embora poucos realmente parem para pensar sobre isso. O ritmo é sempre frenético, com muitas cenas de ação (bem elaboradas, é verdade, mas também vazias e destituídas de emoção). Os pontos realmente interessantes se resumem na bonita direção de arte (bebendo de fontes ao estilo vintage futurista) e o elenco. Kate Beckinsale é uma atriz versátil, que pula de filmes pop como esse diretamente para dramas mais bem elaborados. É uma mulher bonita, ao estilo clássica, que consegue manter os olhos do espectador interessados no que se passa na tela. O enredo em si não muda muito em relação ao filme original, seguindo a linha mais pop e comic. Mesmo assim, para não perder a franquia de vista, compensa ao menos uma visita.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Click

Título no Brasil: Click
Título Original: Click
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Frank Coraci
Roteiro: Steve Koren, Mark O'Keefe
Elenco: Adam Sandler, Kate Beckinsale, Christopher Walken, Henry Winkler, David Hasselhoff

Sinopse:
Michael Newman (Adam Sandler) é um arquiteto viciado em trabalho que em determinado momento de sua vida não consegue mais conciliar seus interesses de trabalho com sua família que passa a ser negligenciada. Certo dia se irrita completamente com o controle remoto de sua TV e deseja ter um controle remoto universal que controlasse inclusive o ritmo de sua vida, indo e voltando do passado e futuro de acordo com sua vontade.

Comentários:
Quem acompanha o blog sabe que nunca morri de amores pelo trabalho do comediante Adam Sandler. Agora tenho que admitir que se tivesse que escolher um de seus filmes que fossem minimamente assistíveis acho que escolheria esse Click. Não que seja um filme bom, pelo contrário, mas é um daqueles em que você pelo menos fica interessado em querer saber como tudo vai terminar. Além disso o roteiro dá uma guinada melancólica no final do enredo que nos deixa até mesmo admirados que algo assim esteja em uma fita com Adam Sandler. Outro ponto de interesse vem na presença de Christopher Walken que aqui vira uma caricatura de si mesmo, o que convenhamos não deixa de ser muito divertido. Enfim, arrisque, quem sabe você não tire algo de bom dessa pequena fábula sobre o tempo que nunca pára em nossas vidas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Van Helsing - O Caçador de Monstros

Título no Brasil: Van Helsing - O Caçador de Monstros
Título Original: Van Helsing
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Hugh Jackman, Kate Beckinsale, Richard Roxburgh

Sinopse:
Van Helsing (Hugh Jackman) é um especialista do Vaticano que trabalha com eventos e manifestações paranormais. Assim a Igreja Católica envia o caçador de monstros e seu aliado, Carl, para a Transilvânia. Seu objetivo é localizar e destruir o Conde Drácula que, ao que tudo indica, é uma criatura das trevas, um vampiro que se alimenta de sangue humano para continuar sua existência terrena. Chegando na região, Helsing acaba se aliando a uma princesa cigana chamada Anna Valerious (Beckinsale), que está determinada a acabar com uma antiga maldição em sua família, sendo que para isso deverá destruir o milenar vampiro.

Comentários:
Muitos detonam essa produção, chamam de porcaria cheia de efeitos digitais e oportunismo cinematográfico. Bom, talvez seja, porém não há como negar que há filmes que mesmo em sua ruindade conseguem divertir caso sejam encarados como meras diversões descompromissadas. "Van Helsing" vai bem por esse caminho. Ninguém em sã consciência vai assisti-lo pensando em encontrar alguma obra prima do cinema. Na época de seu lançamento foi criada uma expectativa tola sobre suas qualidades cinematográficas e isso gerou decepção no público. Já hoje em dia revendo em exibições nas TVs a Cabo e no PC a coisa já não aparenta mais ser tão desastrosa. Pra falar a verdade revi recentemente e olha que me diverti pra valer. Primeiro porque achei aquelas vampiras gostosonas aladas uma boa pedida, segundo porque em nenhum momento o filme em si se leva à sério. É aquele tipo de fita que você sabe que não foi realizada para ser dissecada, analisada em profundidade, nada disso, é um popcorn por excelência, para ver com os amigos da escola numa tarde sem nada pra fazer. Olhando sob esse ponto de vista (que é o certo, afinal de contas) posso dizer que "Van Helsing" diverte pacas! Pode assistir sem receio algum.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Anjos da Noite

Título no Brasil: Anjos da Noite
Título Original: Underworld
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Kevin Grevioux, Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Scott Speedman, Shane Brolly

Sinopse:
Selene (Kate Beckinsale), uma bela guerreira vampira, acaba se envolvendo numa milenar guerra entre vampiros e lobisomens. Por ser uma criatura da noite ela acaba se alinhando ao lado dos clãs vampirescos mas não consegue deixar de lado uma indisfarçável paixão para com Michael Corvin (Scott Speedman) que nas noites de lua cheia se torna um sanguinário lobisomem.

Comentários:
Como o tempo passa rápido! Lá se vai mais de um década da estréia da franquia "Underworld" nos cinemas. Tudo começou justamente com essa produção que foi lançada sem grandes pretensões mas que acabou caindo no gosto do público americano. Há uma clara tentativa de aproximar a mitologia dos vampiros e lobisomens com as novas tendências do cinema Sci-fi ao estilo "Matrix". Até os figurinos nos lembram disso. O enredo também tem um jeitão de adaptação de quadrinhos que deixa tudo com um estilo muito pop pipoca, o que desagradou a alguns fãs mais tradicionalistas do gênero horror. Em certos momentos também lembra o mal sucedido "Van Helsing" que curiosamente não deu certo nas bilheterias mas inaugurou um novo estilo, com muitos efeitos digitais e pouco roteiro. No final das contas quem segura o filme mesmo é o carisma da atriz Kate Beckinsale que aqui contracena com o galã televisivo da série "Felicity", Scott Speedman. Os efeitos ficariam melhores nos próximos filmes mas esse aqui já tem todos os ingredientes que fizeram o sucesso da franquia nos anos seguintes. Vale a pena rever para tentar entender porque a série deu tão certo, mesmo não havendo nenhuma obra prima entre as sequências.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de outubro de 2013

Pearl Harbor

Nas vésperas do ataque à base da marinha americana em Pearl Harbor, fato histórico que motivou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, o militar Rafe (Ben Affleck) acaba se apaixonando pela bela enfermeira de base Evelyn (Kate Beckinsale). Enquanto isso seu grande amigo Danny (Josh Hartnett) entra para as força aérea americana para lutar em uma provável guerra que está prestes a eclodir. O destino de ambos se cruzarão após o infame ataque a Pearl Harbor. Para muitos críticos de cinema o fato é que não se fazem mais bons filmes de guerra como antigamente. Nem toda a tecnologia do mundo em efeitos digitais consegue mudar esse panorama. Essa produção é sempre citada como um exemplo disso. Na verdade "Pearl Harbor" foi uma tentativa de repetir o sucesso de Titanic. O esquema do roteiro é praticamente o mesmo: um lindo romance bem no meio de um grande acontecimento histórico.
Não deu lá muito certo. O casal protagonista não mostra química entre si: Ben Affleck (mais canastrão do que nunca) e Kate Beckinsale simplesmente não convencem.

De bom o filme tem a melhor e a mais perfeita reconstituição em computação gráfica do ataque à base americana no Havaí mas isso, sob um ponto de vista crítico, é muito pouco para justificar tanta trama desnecessária e cansativa. O filme é longo demais e pretensioso além da conta. Também pudera, o diretor é um dos mais vazios de sua geração em Hollywood. Não há como negar, dessa safra de cineastas Michael Bay só não é pior mesmo que Roland Emmerich! Ambos não conseguem fazer cinema de verdade. Recentemente Bay abriu o jogo e confessou que faz filmes para adolescentes, daqueles que infestam os multiplex de shopping centers da vida. Assim esse "Pearl Harbor" passa longe de ser um filme do naipe de "A Um Passo da Eternidade". Aliás comparar as duas obras chega mesmo a ser uma grande heresia.

Pearl Harbor (Idem, Estados Unidos, 2001) Direção: Michael Bay / Roteiro: Randall Wallace / Elenco: Ben Affleck, Kate Beckinsale, Josh Hartnett, Cuba Gooding Jr, Jon Voight, Alec Baldwin / Sinopse: Dois amigos, que se consideram irmãos, vivenciam momentos diferentes em suas vidas antes e depois do grande ataque japonês ao porto militar americano de Pearl Harbor no Havaí durante a Segunda Guerra Mundial.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Van Helsing

Van Helsing surgiu no romance Drácula em 1897. Como todos sabem ele era é o antagonista do vampiro mais famoso de todos os tempos. Aqui nesse filme o foco muda bastante. Van Helsing (interpretado pelo Wolverine em pessoa, o ator Hugh Jackman) deixa de ser um pesquisador sério, cientista e mestre do ocultismo, para se tornar um tipo de agente secreto do Vaticano. Sua missão é caçar todos os tipos de monstros sobrenaturais que existem sobre a face da Terra. Logo no começo do filme ele enfrenta outro personagem famoso da literatura, o  Mr. Hyde (do livro "O Médico e o Monstro"). Obviamente que o alter-ego maligno do gentil Dr. Jekyll é agora um efeito digital de última geração. Aliás praticamente todos os monstros seguem por esse caminho. A boa noticia é que o roteiro traz à tona uma grande galeria deles, passando por lobisomens, vampiros e até mesmo o monstro de Frankenstein. A trama, se é que podemos chamar assim, mostra os esforços do lendário Conde Vladislaus Dracula (Richard Roxburgh) em dar vida à sua prole usando da mesma tecnologia criada pelo brilhante cientista Dr. Victor Frankenstein. Some-se a isso uma atlética e guerreira cigana  Anna Valerious (Kate Beckinsale, dando um tempo em sua franquia "Anjos da Noite") e você terá bem uma ideia do que se trata esse filme.

Eu me recordo que quando "Van Helsing" foi lançado ele foi bombardeado por uma avalanche de críticas negativas. Muitos qualificaram o filme de ser apenas uma grande bobagem turbinada com efeitos digitais de última geração. De fato não há como negar, "Van Helsing" é mesmo uma daquelas produções que só existem mesmo para explorar os limites dos efeitos de computação gráfica. O roteiro é um tanto quanto bobo e não vale a pena tentar comparar com os grandes filmes de terror do passado. Aliás é bom chamar atenção para o fato de que essa nova versão não proporciona qualquer medo ao espectador já que tudo é tão estilizado e fake que não há qualquer possibilidade de sentir algum calafrio. Na verdade é um produto feito para adolescentes em busca de diversão pipoca e nada mais. O que sobra no final é apenas uma aventura que se utiliza de personagens famosos do mundo do terror para preencher os espaços em branco dessa grande e vazia produção. Mesmo assim procure conhecer se ainda não viu, quem sabe não conseguirá pelo menos uma diversão ligeira no final da tarde.

Van Helsing - O Caçador de Monstros (Van Helsing, Estados Unidos, 2004) Direção: Stephen Sommers / Roteiro: Stephen Sommers / Elenco: Hugh Jackman, Kate Beckinsale, Richard Roxburgh / Sinopse: Van Helsing (Jackman) é um agente do Vaticano que é enviado até a Transilvânia para localizar e matar o terrível Conde Drácula. O problema é que ele não estará só!

Pablo Aluísio.