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segunda-feira, 4 de março de 2024

1900

Título no Brasil: 1900
Título Original: Novecento
Ano de Lançamento: 1976
País: Itália, França
Estúdio: Artemis Films
Direção: Bernardo Bertolucci
Roteiro: Giuseppe Bertolucci, Bernardo Bertolucci
Elenco: Robert De Niro, Gérard Depardieu, Dominique Sanda, Paolo Nicole, Francesco Napoli

Sinopse:
O filme conta a história de dois amigos de infância que vivem na virada do século XIX para o século XX. É um momento de intensa vida política em seu país e eles acabam, com o passar dos anos, ficando em lados opostos dessa visão política da vida. Na luta de classes do começo do século eles acabam em lados opostos, lutando um contra o outro. 

Comentários:
Eu me recordo quando esse filme foi lançado no Brasil em VHS pelo selo CIC nos anos 80. Foi um lançamento badalado porque, apesar de ser um filme antigo, dos anos 70, a crítica se debruçou em elogios e mais elogios. De certa forma foi um dos picos do cinema italiano, que se sentia forte o suficiente para contratar atores de Hollywood, gastando milhões em uma produção requintada. Apesar de tudo isso a favor nunca consegui gostar muito desse filme. Ele tem uma duração excessiva, excesso também de personagens, muitos secundários que entram e somem dentro da história, que muitas vezes é mal conduzida. Além disso o teor da mensagem do roteiro é claramente socialista e muitas vezes o filme se torna panfleto de propaganda da ideologia de esquerda. Enfim, nunca ficou entre os meus filmes preferidos nem do Bernardo Bertolucci e nem muito menos do Robert De Niro. Ao longo de suas carreiras eles fizeram coisa bem melhor. 

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Inimigo Público nº 1

Esse filme conta a história real do criminoso Jacques Mesrine (Vincent Cassel). Ele foi um dos mais infames assaltantes de bancos na França entre as décadas de 1960 e 1970. Ele serviu o exército francês na Argélia e participou de sessões de tortura contra membros da resistência daquela colônia. De volta a Paris decidiu que iria tomar um novo rumo em sua vida. Tentou arranjar alguns empregos regulares, mas o salário era ruim. Assim, segundo o exemplo de um amigo, entrou para o mundo do crime. Começou roubando casas, depois conheceu um criminoso mais graduado, interpretado pelo ator Gérard Depardieu, que lhe colocou em outro patamar, roubando bancos. Sua barra começou a ficar tão pesada em Paris que ele decidiu ir embora para Quebec, no Canadá. Uma vez lá continuou cometendo crimes, sequestrando um homem rico a quem prestou serviços antes de decidir sequestra-lo. Pego pela polícia foi deportado para a França, onde foi parar em uma prisão de segurança máxima, onde foi submetido a um regime de plena violação de seus direitos humanos. A tortura contra prisioneiros estava na ordem do dia dos guardas.

O interessante é que os produtores decidiram rodar dois filmes ao mesmo tempo. Como a história de Jacques Mesrine era bem farta em termos de crimes e fugas, decidiram que um só filme seria pouco para contar sua história. Esse primeiro filme assim conta apenas parte da sua história, algo complementado na parte 2. O ator Vincent Cassel, como sempre, está ótimo na pele desse criminoso celebridade. O roteiro também é um ponto positivo pois não glamoriza o bandido, mostrando inclusive suas piores partes, como espancar a própria mulher. Com boa produção reproduzindo os carros e roupas dos anos 60 e 70, esse filme se torna uma boa opção, tanto para quem gosta de filmes policiais, como para quem tem curiosidade de conhecer a vida desse criminoso francês.

Inimigo Público nº 1 (L'instinct de mort, França, 2008) Direção: Jean-François Richet / Roteiro: Abdel Raouf Dafri, baseado no livro escrito por Jacques Mesrine / Elenco: Vincent Cassel, Cécile de France, Gérard Depardieu / Sinopse: O filme conta a história do criminoso Jacques Mesrine, conhecido por seus assaltos a bancos, roubos a casas e assassinatos. Nesse primeiro filme o roteiro explora seus primeiros anos no mundo do crime, logo após deixar o exército francês.  

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Green Card

Título no Brasil: Green Card - Passaporte para o Amor
Título Original: Green Card
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Peter Weir
Roteiro: Peter Weir
Elenco: Gérard Depardieu, Andie MacDowell, Bebe Neuwirth, Gregg Edelman, Robert Prosky, Jessie Keosian

Sinopse:
Georges (Gérard Depardieu) é um imigrante francês que decide ficar nos Estados Unidos após seu visto perder a validade. Com isso logo fica ilegal naquele país. Sua saída seria conseguir o Green Card, mas para isso ele teria de se casar com uma americana. E ele realmente embarca em um casamento de fachada com Brontë (Andie MacDowell), para logo depois se descobrir apaixonado verdadeiramente por ela. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro original (Peter Weir).

Comentários:
Gérard Depardieu foi para os Estados Unidos e aí não teve jeito. Ele teve que dançar conforme a música tocada pelo cinemão americano mais comercial. Nada de filmes de arte, cult-movies, grandes pretensões artísticas, nada mais disso. Quando se entra para a indústria de cinema do Tio Sam o mais importante passa a ser fazer bilheteria, nada muito além disso. E esse filme é mais do que comercial. Não deixa de ser irônico o fato de que Gérard Depardieu caiu direto nos braços da Touchstone Pictures, companhia cinematográfica que pertencia ao grupo Disney. Era o selo do ratinho mais famoso do mundo que produzia filmes para toda a família. Os filmes da Touchstone criaram, de certa forma, o selo "family friendly" dentro da indústria de entretenimento, então nada de muito polêmico, nem forte e nem dramático demais poderia entrar nessa linha de filmes. Assim esse "Green Card" não passa de água com açúcar. E a presença da atriz Andie MacDowell ajudou a suavizar ainda mais o tom. Enfim, para quem sempre estava acostumado a ir para uma outra direção em sua carreira, esse "Green Card" foi mesmo uma mudança e tanto de rumos para Gérard Depardieu.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de julho de 2020

Cyrano

Título no Brasil: Cyrano
Título Original: Cyrano de Bergerac
Ano de Produção: 1990
País: França
Estúdio: Caméra One
Direção: Jean-Paul Rappeneau
Roteiro: Jean-Paul Rappeneau
Elenco: Gérard Depardieu, Anne Brochet, Vincent Perez, Jacques Weber, Pierre Maguelon, Josiane Stoléru

Sinopse:
Baseado na clássica peça escrita por Edmond Rostand, o filme conta a história de Cyrano de Bergerac (Gérard Depardieu), um homem de grande coração e inteligência que se apaixona pela bela Roxane (Anne Brochet). O problema é que ele tem receios de se declarar a ela, por se considerar muito feio.

Comentários:
Quando esse filme foi lançado não fazia muito tempo que Steve Martin havia conseguido um bom sucesso de bilheteria com uma comédia baseada nessa mesma obra. Então os francenses decidiram produzir essa versão clássica da obra original. E ficou excelente, a ponto de ter sido indicada ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor ator para o ótimo Gérard Depardieu. Revendo hoje seu trabalho chego na conclusão que ele deveria ter vencido mesmo. Porém quem levou o Oscar para casa foi a figurinista Franca Squarciapino por seu trabalho no filme, que é realmente maravilhoso, pois uma ampla pesquisa de roupas de época foi realizada para essa versão de Cyrano. E no mais o filme é um daqueles que aquecem o coração dos mais românticos. O pobre Cyrano escrevendo cartas e poemas para sua amada, mas sem coragem para se declarar. Ao invés disso seu material é utilizado por um jovem bonito, mas fútil e idiota de seu vilarejo. Aquele que tem alma e coração, não tem beleza. E o belo não tem nenhum valor interior. Quem disse que o mundo do amor era justo? Está aí Cyrano de Bergerac para demonstrar justamente o contrário.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de agosto de 2018

Napoleão

Essa é uma minissérie que chegou a ser lançada no Brasil no mercado de vídeo. Quando começa encontramos o imperador francês já decaído e vencido, exilado na ilha de Elba. Os ingleses o enviaram para lá para que fosse abandonado e esquecido até sua morte. Caso o tivessem matado teriam criado um mártir e isso definitivamente não era o desejo dos seus principais inimigos. É um produto muito bem cuidado, muito bem produzido. A reconstituição de época é primorosa com capricho em cada detalhe histórico. O ator que interpreta Napoleão, chamado Christian Clavier, também é muito parecido com o imperador. Além disso é bom ator, o que acrescenta muito no resultado final. Em termos de fidelidade da história também não há nada a criticar em seu roteiro.

Eu sempre considerei Napoleão Bonaparte uma das figuras mais contraditórias que já existiu. Auto proclamado herdeiro dos ideais da revolução francesa, assim que assumiu o poder começou a se comportar como um antigo monarca dos tempos do absolutismo. Esqueceu os fundamentos da República francesa e se tornou imperador - um título de nobreza que dizia querer destruir. Dizia-se libertador, mas invadiu as demais nações, levando milhares de pessoas à morte. Era realmente um sanguinário e um hipócrita. Nessa série temos mais uma oportunidade de focar em sua controversa figura. Assista e tire suas próprias conclusões.

Napoleão (Napoléon, França, 2002) Direção: Yves Simoneau / Roteiro: Didier Decoin, Max Gallo / Elenco: Christian Clavier, Isabella Rossellini, Gérard Depardieu / Sinopse: Após alguns anos da Revolução Francesa um jovem e desconhecido militar chamado Napoleão Bonaparte assume o poder na França. Sedento por glória e poder infinito, ele decide conquistar toda a Europa, levando seus exércitos a combaterem todas as nações que ficassem em seu caminho, mas acaba sendo vencido nas frias e selvagens estepes russas. Com seu exército em frangalhos após essa desastrosa campanha militar, acaba sendo derrotado pelos ingleses que o enviam para uma ilha remota no meio do oceano.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Danton - O Processo da Revolução

Na escola aprendemos que a Revolução Francesa foi uma maravilha, um momento importante onde o povo e a classe burguesa finalmente tomaram o poder, deixando para trás a tirania do antigo regime, da monarquia absoluta. Os professores esquecem de dizer que foi um período sanguinário, comandado por fanáticos que no final das contas implantaram uma outra espécie de tirania, essa bem pior, baseada no puro terror. A história do escritor, jornalista e orador Georges Jacques Danton foi um retrato perfeito disso. Ele foi um dos principais nomes da Revolução Francesa, um homem admirado por todo o povo francês. Quando os revolucionários já tinham guilhotinado toda a nobreza e grande parte do clero, começou um processo de autofagia dentro da própria revolução, onde os revolucionários começaram a mandar para a morte os próprios revolucionários que de alguma forma estivessem incomodando. Era outra tirania sangrenta que havia nascido.

No filme temos a volta de Danton a Paris. Maximilien de Robespierre está no poder, no comando de um comitê de terror. Danton chega para defender a liberdade de expressão, a possibilidade de criticar as coisas erradas que andam acontecendo com o governo. Nesse processo acaba batendo de frente com Robespierre que naquele momento já tinha deixado todos os princípios da Revolução para trás, implantando um regime de puro terror, levando milhares de pessoas para a morte. Era o fracasso completo da ideologia de liberdade que havia sido o principal motor da própria Revolução. O filme de Andrzej Wajda se desenvolve assim nesse verdadeiro duelo de ideias e posições, de um lado Danton ainda levantando a bandeira dos princípios que acreditava, do outro Robespierre, embriagado pelo poder absoluto. Uma triste ironia de uma revolução que levou milhares de pessoas à morte em nome de ideais que nem os próprios revolucionários acreditavam ou colocavam em prática. No fundo era tudo mesmo uma briga pelo poder absoluto.

Danton - O Processo da Revolução (Danton, França, 1983) Direção: Andrzej Wajda / Roteiro:  Jean-Claude Carrière, Stanislawa Przybyszewska / Elenco: Gérard Depardieu, Wojciech Pszoniak, Anne Alvaro / Sinopse: Durante o período conhecido como "O terror", o revolucionário Maximilien de Robespierre, com plenos poderes em mãos, começa a aniquilar todos os focos de oposição. Basta um texto, um artigo de críticas, para que o autor seja enviado para a guilhotina. É nesse momento que retorna a Paris o escritor Georges Jacques Danton que vem justamente para bater de frente com a tirania do comitê liderado por Robespierre. Filme  vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Também premiado pelo César Awards na categoria de Melhor Direção.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de setembro de 2017

Viktor

O roteiro desse filme não necessariamente é aquele tipo que esperaríamos encontrar em uma fita estrelada por Gérard Depardieu. Está mais para Charles Bronson. Explico. A trama é bem simples. Depardieu interpreta um envelhecido membro da máfia russa. Após ficar sete anos preso na França por seus crimes ele volta às ruas. Sua primeira atitude é ir atrás do seu filho, que não vê há anos. Então descobre que ele foi assassinado, provavelmente por um contrabandista russo de diamantes. De volta a Moscou, Viktor (Depardieu) decide então fazer justiça pelas próprias mãos. Ele arma ciladas, onde vai pegando um a um do grupo de responsáveis pela morte de sua filho, um rapaz que tinha problemas com drogas.

Primeiro Viktor aponta sua fúria contra um advogado, que trabalhava com o traficante, depois... bom, se você já assistiu a algum filme de vingança com Charles Bronson já sabe do que estou falando. Um ponto positivo (já que o roteiro é previsível) é o fato do filme ter sido rodado na Russia e em outros lugares da federação russa, como a Chechênia, por exemplo. Isso trouxe um belo cenário para as cenas, algo que não estamos acostumados a encontrar em filmes de ação como esse. Outro destaque é a presença da bela Elizabeth Hurley no elenco. A inglesa interpreta uma antiga paixão de Viktor que ele reencontra. Pena que a química de sedução entre os dois é quase nula, muito pouco verossímil para o espectador. Então é basicamente isso. Como o velho Bronson não está mais vivo era de se esperar que roteiros como esse ficassem à deriva em busca de algum ator famoso, ate que o encontrasse. Gérard Depardieu fisgou a isca. Pena que o resultado seja bem mediano realmente.

Viktor (Viktor, França, Rússia, 2014)  Direção: Philippe Martinez / Roteiro: Philippe Martinez / Elenco: Gérard Depardieu, Elizabeth Hurley, Evgeniya Akhremenko  / Sinopse: Viktor (Depardieu) é um antigo membro da máfia russa que após ficar sete anos preso na França retorna à liberdade. Agora ele almeja vingar a morte de seu filho, que foi executado por um traficante de diamentes de Moscou. Armado até os dentes, ela saiu em busca de satisfazer sua sede de vingança.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Vatel - Um Banquete para o Rei

Título no Brasil: Vatel - Um Banquete para o Rei
Título Original: Vatel
Ano de Produção: 2000
País: França, Inglaterra, Bélgica
Estúdio: Miramax Films
Direção: Roland Joffé
Roteiro: Jeanne Labrune, Tom Stoppard
Elenco: Gérard Depardieu, Uma Thurman, Tim Roth, Julian Sands, Julian Glover, Richard Griffiths
  
Sinopse:
Em 1671 o Rei da França Louis XIV (Julian Sands) decide passar três dias na propriedade de um conde francês, que no passado foi seu inimigo, mas que agora poderá se tornar um aliado importante em uma nova guerra que o monarca francês pretende se envolver. Para que a visita seja um sucesso, onde tudo dê certo, o conde contrata os serviços do mestre de cerimônias François Vatel (Gérard Depardieu). Caberá a ele administrar todos os eventos da visita real ao Château de Chantilly. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Direção de Arte (Jean Rabasse e Françoise Benoît-Fresco). Vencedor do César Awards na categoria de Melhor Design de Produção (Jean Rabasse).

Comentários:
Outro filme que gira em torno da figura de Louis XIV, o "Rei Sol". A diferença básica de seu roteiro é que tudo se concentra não na figura real, mas sim no trabalho minucioso e exaustivo de François Vatel (Gérard Depardieu), o empregado do conde anfitrião, que precisará tomar todos os cuidados para que tudo saia conforme o planejado na visita do rei nas terras de seu patrão. E isso não é algo fácil. Ele precisará lidar com uma corte inteira (que sempre seguia os passos do rei). Pessoas mimadas, muitas vezes indisciplinadas e arrogantes, que exigiam o melhor em termos de serviços, sem facilitar o trabalho de ninguém em troca. O próprio Louis XIV é um exemplo disso. Embora viajasse com a sua Rainha, ele tinha várias cortesãs, mulheres que frequentavam sua cama, em casos escandalosos e notórios. Uma delas seria a dama de companhia Anne de Montausier (Uma Thurman), que cai nas graças do monarca justamente em sua visita ao conde. E por mais incrível que isso possa parecer, embora se torne cortesã real, ela nutre simpatias mesmo por Vatel, o homem comum, trabalhador e esforçado. Ter que lidar com a nobreza da corte se mostra assim seu trabalho mais árduo. Para se ter uma ideia de como era até mesmo perigoso lidar com a nobreza, em determinado momento do filme o irmão do rei se engraça por um menino protegido por Vatel. Embora o roteiro não deixe tudo muito claro, fica-se subentendido que o irmão de Louis seria pedófilo e estaria tentando abusar da criança. Agora imaginem a situação complicada para Vatel, ter que salvar a pele do garoto sem criar um problema com o membro da família real (o que em tempos de absolutismo poderia lhe custar a própria vida). Em termos de elenco não há o que reclamar, pois todos os atores estão excepcionalmente bem em cena. Entre os destaques poderia lembrar da excelente presença de Tim Roth como o maquiavélico Marquês de Lauzun e, é claro, como não poderia deixar de ser, a sempre marcante presença de Gérard Depardieu. Ele sempre fez valer qualquer tipo de papel que representasse. Esse filme não é exceção. É um desses atores ímpares na história do cinema. Simplesmente genial.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

1492 - A Conquista do Paraíso

Título no Brasil: 1492 - A Conquista do Paraíso
Título Original: 1492 - Conquest of Paradise
Ano de Produção: 1992
País: França, Espanha
Estúdio: Gaumont, Légende Entreprises, France 3 Cinéma
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Rose Bosch
Elenco: Gérard Depardieu, Armand Assante, Sigourney Weaver, Frank Langella
  
Sinopse:
Cristovão Colombo (Gérard Depardieu) é um aventureiro e navegador que tem uma ideia que ele considera genial. Para atingir as cobiçadas Índias orientais bastaria navegar na direção oposta, ou seja para o ocidente, pois Colombo tinha plena certeza e convicção que a Terra seria na realidade redonda e não plana como era acreditado em sua época. Para dar suporte a sua ousada expedição porém Colombo precisa antes convencer o casal de monarcas Isabel e Fernando para financiar sua volta ao mundo pelos oceanos.

Comentários:
Em 1992 o mundo celebrou os 500 anos da chegada de Cristovão Colombo no Novo Mundo. Sua visão à frente de seu tempo, sua coragem e determinação pessoal, certamente daria origem a um grande filme. "1492 - Conquest of Paradise" porém se mostra apenas razoável, o que me deixou realmente perplexo na época que o assisti pela primeira vez, uma vez que a direção havia sido entregue para o genial Ridley Scott. Mas afinal de contas o que deu errado? Olhando-se para trás podemos compreender que nem sempre um grande evento histórico dá origem a grandes filmes. O maior problema desse épico é justamente sua falta de vocação para ser um filme épico ao velho estilo, com cenas deslumbrantes e momentos impactantes. Scott não soube muito bem posicionar sua história. O clímax do enredo deveria ter sido a chegada de Colombo na América, ao colocar seus pés triunfantes numa praia selvagem de águas cristalinas, porém o cineasta perdeu uma boa oportunidade de ser conciso e eficiente e acabou se alongando demais na história, indo um pouco longe demais. Detalhes históricos demais envolvendo política e intrigas palacianas também prejudicaram o impacto que a obra deveria ter. Claro que Ridley Scott continuou com seu talento para realizar grandes imagens, porém até isso acabou sendo pulverizado por um texto que explora aspectos demais para apenas um filme (talvez se fosse uma série a coisa seria melhor digerida e desenvolvida). Do jeito que ficou a fita se tornou em muitos momentos entediante, o que é simplesmente inadmissível de acontecer em um enredo de aventuras como esse. Talvez em uma próxima ocasião acertem a mão, fazendo jus ao legado histórico dessa grande figura chamada Cristovão Colombo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O Homem da Máscara de Ferro

Título no Brasil: O Homem da Máscara de Ferro
Título Original: The Man in the Iron Mask
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: United Artists
Direção: Randall Wallace
Roteiro: Randall Wallace
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jeremy Irons, John Malkovich, Gérard Depardieu, Gabriel Byrne, Peter Sarsgaard
  
Sinopse:
Na França, durante o auge do absolutismo do reinado de Louis XIV, um grupo de mosqueteiros aposentados resolve ajudar Philippe (Leonardo DiCaprio), irmão gêmeo do cruel monarca francês, que foi encarcerado em uma masmorra com uma torturante máscara de ferro, para que ninguém possa ver sua face. Filme baseado no livro escrito pelo aclamado autor Alexandre Dumas. Filme indicado ao European Film Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Gérard Depardieu).

Comentários:
Um elenco acima da média valorizado por uma produção luxuosa. Esses são os principais méritos de mais uma refilmagem dessa conhecida estória. Se trata da sexta adaptação para as telas do famoso livro. Para se ter uma ideia a primeira versão foi realizada em 1929 com William Bakewell no papel principal. Depois vieram novos remakes em 1939, 1977 (com Richard Chamberlain como Phillipe), 1979 (filme com o título de "O Quinto Mosqueteiro" estrelado por Beau Bridges) e finalmente "O Homem com a Máscara de Ferro" de 1985. Nessa versão de Randall Wallace (o roteirista de "Coração Valente") se optou por realizar um filme com foco mais na diversão, embora sem deixar de lado a carga dramática do livro original. Wallace se preocupou especialmente em desenvolver os personagens dos mosqueteiros, procurando tornar todos mais humanos, com características próprias de cada um. Leonardo DiCaprio também está muito bem em dois personagens. Em um deles, a do Rei Luís XIV, se mostra arrogante, cruel e sanguinário. Um monarca que não perde muito tempo com aspectos morais ou éticos de seus atos condenáveis. No outro, como Philippe, ele muda de personalidade, se revelando um jovem oprimido, mas com uma grande humanidade. Embora não tenha sido realizado nenhuma versão que podemos afirmar com segurança ser a adaptação definitiva do livro, essa aqui se mostra bem superior às demais. Um bom filme, com muita ação, baseado em um dos romances mais conhecidos da literatura mundial.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Missão Babilônia

Título no Brasil: Missão Babilônia
Título Original: Babylon A.D
Ano de Produção: 2008
País: Inglaterra, França
Estúdio: StudioCanal
Direção: Mathieu Kassovitz
Roteiro: Mathieu Kassovitz
Elenco: Vin Diesel, Michelle Yeoh, Mélanie Thierry, Charlotte Rampling, Gérard Depardieu

Sinopse:
Baseado na obra de Maurice G. Dantec, "Babylon A.D" mostra os eventos que ocorrem quando o veterano e mercenário Toorop (Vin Diesel) é contratado para levar uma jovem até os Estados Unidos em segurança. O mundo ao redor está desmoronando em violência extrema e caos social, por isso a viagem não será das mais tranquilas. Além disso a jovem guarda um enorme segredo que mudará inclusive a ciência e a religião tal como conhecemos.

Comentários:
"Missão Babilônia" surpreende. No começo você pensa que vai assistir mais um filme estrelado pelo brucutu Vin Diesel mas assim que o filme começa você vai percebendo que tem algo interessante no ar. A estrutura do roteiro é na média - a velha coisa de cara durão tendo que levar duas mulheres sãs e salvas para os Estados Unidos. Até aí tudo bem. O que há de diferente nessa produção é seu sub texto que consegue se conectar com ícones religiosos tradicionais (como a virgem Maria) sem com isso se tornar nem ofensivo e nem desrespeitoso. A garota que fica sob a proteção do personagem de Vin Diesel não é uma jovem comum. Ela guarda um segredo que se revelará a grande sacada do filme (e que obviamente por respeito a você leitor não vou entregar aqui nessa resenha). Quando tudo é finalmente revelado você pensa consigo mesmo: "Olha, isso foi intrigante e interessante!". A produção também me chamou bastante a atenção pois a trama é passada em um futuro não muito distante e o planeta, superpovoado, não se transformou em um lugar bacana para se viver, muito pelo contrário, o clima é sufocante, as cidades opressivas e o ambiente como um todo bem hostil contra todo mundo. O filme também apresenta um elenco de apoio com atores de classe como Charlotte Rampling (sempre com muita elegância em cena) e Gérard Depardieu (usando uma maquiagem sutil mas bem chamativa). Olhando sob esse ponto de vista "Babylon A.D" é de fato uma caixinha de surpresas.

Pablo Aluísio.