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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Fahrenheit 451

Título no Brasil: Fahrenheit 451
Título Original: Fahrenheit 451
Ano de Produção: 1966
País: Inglaterra
Estúdio: Anglo Enterprises, Vineyard Film Ltd
Direção: François Truffaut
Roteiro: François Truffaut, Jean-Louis Richard
Elenco: Oskar Werner, Julie Christie, Cyril Cusack, Anton Diffring.

Sinopse:
Em uma sociedade opressora e violenta, onde os livros são proibidos pelo Estado, um bombeiro, Guy Montag (Oskar Werner), cuja principal função é localizar livros escondidos através de denúncias para queimá-los, acaba se apaixonando pela bela Clarisse (Julie Christie), uma apaixonada por literatura. A paixão fará com que Guy comece a questionar as ordens superiores e sua própria atividade dentro daquela sociedade.

Comentários:
Fahrenheit 451 é a temperatura em que ocorre a combustão na escala americana (onde não se usa Celsius mas Fahrenheit). Pois bem, esse foi o título do livro original que Truffaut resolveu adaptar para o cinema. Até hoje o filme é considerado uma de suas obras primas não apenas por seus méritos cinematográficos (todos inegáveis) mas também por sua mensagem, pois o roteiro funciona como uma denúncia contra sistemas opressores e governos tiranos. A mensagem do filme é clara, um luta contra regimes autoritários e de exclusão da Liberdade de pensamento e de expressão. Nesse tipo de ditadura não há espaço para discussão e nem debate e o livro representa justamente isso, a capacidade de pensar de cada pessoa, por isso devem sempre ser queimados! De qualquer maneira é aquele tipo de filme que levanta questionamentos, que faz pensar. Truffaut mostra carinho por seu filme, acima de tudo, apesar do tema explosivo que explora. Uma produção essencial não apenas para entender o grande diretor, mas também o mundo em que vivemos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Contatos Imediatos do Terceiro Grau

Título no Brasil: Contatos Imediatos do Terceiro Grau
Título Original: Close Encounters of the Third Kind
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures      
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Spielberg
Elenco: Richard Dreyfuss, François Truffaut, Teri Garr

Sinopse:
Roy Neary (Richard Dreyfuss) é um pacato homem comum que se vê imerso numa situação extraordinária. Ele acaba criando uma obsessão por seres de outro planeta, algo que vai minando sua vida pessoal e familiar. Mas Roy pensa estar indo pelo caminho certo. Sua busca o levará a uma situação jamais imaginada. Filme indicado a nove prêmios da Academia, inclusive Melhor Direção, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Direção de Arte. Vencedor do Oscar de Melhor Fotografia (Vilmos Zsigmond). Vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor Direção (Steven Spielberg) e Melhor Trilha Sonora (John Williams).

Comentários:
Um dos mais marcantes filmes da carreira de Steven Spielberg. O interessante é que tudo nasceu de um roteiro que ele havia escrito há muitos anos mas que não conseguia financiamento pois era um enredo de ficção que exigia um orçamento bastante generoso. O sucesso de seu filme anterior, o blockbuster "Tubarão", acabou lhe abrindo as portas para tocar em frente essa produção. Em certo sentido o enredo é uma homenagem ao filme "O Dia em que a Terra Parou" pois Spielberg sempre havia achado genial a forma como os extraterrestres tinham sido enfocados nesse clássico Sci-fi. Ao invés de monstros invasores, sedentos para dominar o planeta, eles eram retratados como fazendo parte de uma civilização superior que procurava entrar em contato com a humanidade para criar uma aliança de cooperação e fraternidade. O roteiro de "Close Encounters of the Third Kind" segue pelo mesmo caminho. Outro ponto muito positivo é que Spielberg não banaliza o encontro com os seres de outros planetas. Ele, ao contrário disso, cria todo um clima de suspense e ansiedade até o clímax que até hoje é lembrado. Na época Spielberg queria o que havia de melhor para a cena final e conseguiu, pois mesmo tendo se passado tantos anos a sequência ainda hoje impressiona pela qualidade técnica de seus ótimos efeitos especiais. Some-se a isso a brilhante trilha incidenal de John Williams. Um clássico moderno, sem a menor sombra de dúvida.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Os Incompreendidos

Título no Brasil: Os Incompreendidos
Título Original: Les Quatre Cents Coups
Ano de Produção: 1959
País: França
Estúdio: Les Films du Carrosse, Sédif Productions
Direção: François Truffaut
Roteiro: François Truffaut, Marcel Moussy
Elenco: Claire Maurier, Jean-Pierre Léaud, Albert Rémy

Sinopse:
Antoine Doinel tem apenas quatorze anos. Negligenciado pelos próprios pais ele não tem muito interesse pelos estudos. Seu passatempo preferido é ir ao cinema com seu grupo de amigos. Sua adolescência comum acaba sofrendo um abalo quando descobre que sua mãe tem um amante. A partir daí o garoto fica em uma encruzilhada na vida. Vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Cannes (1959).

Comentários:
Um exemplo do ótimo cinema de François Truffaut. Com rara sensibilidade ele joga um olhar muito poético (embora realista também) sobre os dramas, sonhos e anseios de um garoto entrando na adolescência da forma mais complicado possível. Afinal quando seus modelos caem por terra o que sobra? Nesse sentido o personagem Antoine Doinel é um achado. Mostra muito bem a complexidade de seus pensamentos e sua peculiar visão de vida. François Truffaut, o crítico que virou diretor talentoso, tem aqui o seu melhor filme em minha opinião. Gosto muito do final e da habilidade que François Truffaut mostra nesse momento em especial. Dizem que todo crítico de cinema é na verdade um cineasta frustrado. Bom, François Truffaut provou que esse pensamento é totalmente absurdo e sem noção. Duvida? Então assista a esse maravilhoso 'Os Incompreendidos.

Pablo Aluísio.