segunda-feira, 16 de setembro de 2024
Sangue Rebelde
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
Rifles para Bengala
segunda-feira, 11 de dezembro de 2023
A História de Rock Hudson - Parte 17
terça-feira, 12 de setembro de 2023
Anjo Escarlate
terça-feira, 1 de agosto de 2023
Sangue Acusador
segunda-feira, 31 de julho de 2023
A História de Rock Hudson - Parte 16
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
Amor à Italiana
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
A História de Rock Hudson - Parte 15
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
A História de Rock Hudson - Parte 14
Rock Hudson tinha hábitos puramente associados aos hetéros. Ele era aquele tipo que gostava de se vestir com ternos elegantes, da melhor linha masculina do mercado. Suas casas tinham decorações fortes, em que um homem heterossexual se sentiria confortável. Nenhum sinal de cultura gay em seus móveis ou quadros. Ele também gostava muito de fumar. Nos anos 1950 isso ainda era considerado algo charmoso e elegante e o cigarro não era visto como algo negativo, pelo contrário, fazia parte do charme de ser uma estrela de cinema. Aliás os grandes astros de Hollywood faziam peças publicitárias de marcas de cigarro, algo que seria bem comum e encarado como normal até meados dos anos 1980. O próprio Rock costumava brincar dizendo: "Espero que os cientistas descubram logo que o cigarro faz muito bem à saúde, que mata todos os germes do corpo, pois adoro fumar". Era normal em sua vida o consumo de dois a três maços de cigarro por dia - um tipo de hábito que levou muitas pessoas à morte ao longo de todos esses anos. O próprio Rock seria diagnosticado com câncer em seus últimos meses de vida.
Outro problema que seguiu Rock Hudson por toda a vida foi a bebida. Rock foi um sujeito bom de copo. No começo da carreira ele ainda não tinha tomado tanto gosto pela coisa, mas conforme foi virando um astro de cinema, participando das muitas festas que Hollywood ia promovendo, seu consumo de álcool foi ficando fora de controle. Gostava de beber whisky puro, sem gelo, estilo conhecido como "cowboy". Entre as obrigações que um ator de sucesso tinha que cumprir na capital do cinema estava a de ser extremamente sociável, e isso significava participar de muitos jantares e festas com os donos de estúdios, premiações e banquetes. E nesse processo a bebida estava sempre presente. Fazia parte. Rock não se fez de tímido e se entregou de corpo e alma ao copo. O problema é que em pouco tempo isso se tornou um hábito que que ele não conseguia mais abandonar. Acabou se tornando alcoólatra.
Após uma viagem ao Brasil ao lado do diretor de publicidade da MGM, Tom Clark, Rock decidiu convidá-lo para ir morar ao seu lado no "Castelo" (o nome pelo qual sua mansão nas colinas de Hollywood era conhecida). Isso só fez aumentar seu consumo de bebidas diariamente. Clark era tão beberrão como Rock e tudo virava pretexto para que eles, todos os dias, ficassem bêbados. Tom Clark também entendeu que Rock estava com a carreira declinando. Para conseguir novos papéis era importante ele reviver sua intensa vida social. Deveria promover jantares e encontros em sua casa. Assim encontraria diretores e produtores nas festas. Isso foi bom, mas também trouxe mais uma desculpa para Rock encher a cara todas as noites.
Rock também se aventurava de vez em quando na cozinha, inventando de preparar jantares gourmets para seus amigos e amantes. Quase sempre dava errado, mas o importante era a diversão. O amigo George Nader relembrou em entrevistas que Rock gostava muito de preparar pratos diferentes, exóticos, mas sua vontade de fazer jantares com pratos finos esbarrava em sua própria falta de jeito para cozinhar! Além disso Rock era conhecido por queimar todos os pratos - dias de churrasco então era um terror! Rock gostava de beber antes de jantar e por isso atrasava o máximo possível o começo de suas refeições. O reflexo disso é que tudo terminava queimado e até pegando fogo! Certa vez durante um churrasco com amigos Rock teve que jogar um balde de água em cima da carne que estava literalmente pegando fogo!!!
Rock Hudson costumava dizer que três coisas lhe faziam feliz: O trabalho, a bebida e o sexo! Curiosamente não foi o trabalho, nem o cigarro e muito menos a bebida que iria destruir com sua vida, mas o sexo! Rock era gay e isso em uma época extremamente perigosa pois a AIDS ainda era uma doença desconhecida da medicina. O sexo era praticado sem proteção, e ninguém estava preocupado com DSTs. Como era rico e famoso, Rock teve muitos parceiros ao longo de sua vida, inclusive pessoas de San Francisco, a capital gay dos EUA, a primeira cidade onde o vírus realmente se espalhou, principalmente entre a comunidade gay local. Naquela época ser diagnosticado com AIDS era o mesmo que receber uma sentença de morte. Rock não conseguiu escapar da rápida proliferação da doença e menos de um ano depois de descobrir que tinha o vírus HIV estava morto. Seu legado foi ter assumido pouco antes de sua morte que era homossexual e que estava com AIDS. O escândalo criado fez a festa dos jornais sensacionalistas, mas também alertou as pessoas e fez com que autoridades públicas tomassem as devidas providências para que a nova doença fosse combatida. Um ato de coragem final que ajudou muitas pessoas ao redor do mundo, seja de forma direta ou indireta.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de novembro de 2022
Seminole
O argumento do filme é baseado em fatos reais. A tribo Seminole realmente lutou contra o exército americano na Flórida. O grande chefe Osceola também é um personagem real. Já o tenente Lance Cadwell (Rock Hudson) é totalmente fictício. O desfecho do filme também não condiz com a realidade dos fatos. O chefe Osceola não morreu conforme vemos na tela. Apesar disso e do fato de existir outros erros históricos no roteiro, não há como negar que "Seminole" é um western muito bom. Seus méritos surgem logo no começo do filme com uma curiosa inversão de valores - algo realmente raro na década de 1950. Aqui os índios não são vilões carniceiros e nem os soldados americanos são heróis virtuosos. Pelo contrário, o que vemos no roteiro é uma civilização tentando manter seus hábitos e costumes, seu estilo de vida, em vista da invasão do homem branco. Já era um sinal de mudança dos filmes retratando esse período histórico dos Estados Unidos. A mentalidade começava a mudar, mesmo que aos poucos.
Outra questão importante: o mais alto oficial americano na estória é simplesmente um sujeito antipático, que toma as decisões erradas. Em um grande trabalho de caracterização, o ator Richard Carlson compõe um major totalmente fora de controle, megalomaníaco e até mesmo psicótico em certos momentos. Assistindo ao filme, vendo as tropas atoladas no pântano da Flórida, me lembrei daquela frase que diz: "Não existe situação mais grave do que a de ser comandado por um idiota". É isso o que vemos aqui - uma tropa liderada por um completo inepto. Outro aspecto curioso do filme é o fato dele se passar na Flórida, no meio pantanoso, bem diferente dos faroestes que estamos acostumados a assistir, em longas planícies do deserto no oeste selvagem. Enfim, gostei bastante de "Seminole", um filme com pequenos erros históricos certamente, mas socialmente muito consciente. Um parente distante de produções como "Dança com Lobos" onde a questão do nativo americano foi tratada com respeito e seriedade.
Seminole (Seminole, Estados Unidos, 1953) Direção: Budd Boetticher / Roteiro: Charles K. Peck Jr. / Elenco: Rock Hudson, Anthony Quinn, Richard Carlson, Barbara Hale / Sinopse: Um tenente do exército americano é enviado para um forte localizado na Flórida. A região é constantemente fonte de tensão pois os nativos americanos não aceitam a presença do homem branco em suas terras ancestrais.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 7 de novembro de 2022
A História de Rock Hudson - Parte 13
O público agora estava começando a prestar a atenção em uma nova geração de atores que representavam homens comuns, com todos os problemas inerentes ao dia a dia, ao cotidiano. Novos astros surgiam como Al Pacino, Robert De Niro e Dustin Hoffman. Nenhum deles era exemplo de beleza masculina e nem lembravam em nada os antigos galãs ao velho estilo como Rock Hudson. O ator percebeu o que estava acontecendo ao seu redor. Aos mais próximos comentava estar surpreso ao ver o sucesso dessa nova geração que surgia chegando ao ponto de chamar todos eles de "monstrinhos" pois não eram nenhum exemplo de boa imagem - Pacino, por exemplo, mais parecia um pasteleiro de Nova Iorque.
De uma forma ou outra o cinema havia mudado e Rock não fazia mais parte dessa nova revolução no modo de atuar e interpretar. Suas últimas comédias românticas não faziam mais sucesso e seu contrato com a Universal chegou ao fim. Rock nasceu dentro do estúdio, foi lapidado e criado dentro dos corredores da grande empresa mas agora a Universal ja não tinha mais interesse nele como profissional. De repente Rock se viu na condição de free lancer, algo que lhe apavorava pois sempre contou com a infraestrutura de seu estúdio para resolver tudo. Com as malas na mão o antigo astro de repente se viu sem ter para onde ir. Nesse momento crucial de sua carreira ele finalmente resolveu mudar de agente. Despediu Henry Wilson, seu empresário desde os primeiros filmes, e partiu para outra.
Outro problema é que apesar de toda a discrição em sua vida pessoal os boatos de que era gay começavam a ficar mais fortes. Um dos mais persistentes afirmava que ele havia se casado com um apresentador de TV famoso. No meio de tantos problemas Rock acabou sendo salvo pela televisão. Sem espaço no cinema ele acabou indo para a série "McMillian e Esposa" que logo se tornou um grande sucesso de audiência. Rock aproveitou o que tinha ao alcance da mão mas odiava com todas as forças o novo meio onde trabalhava. De fato apenas depois quando começou a ir para o teatro é que readquiriu o gosto por seu trabalho. O mundo havia mudado e para sobreviver é preciso mudar, evoluir, uma lição que Rock Hudson aprendeu do jeito mais duro.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
A História de Rock Hudson - Parte 12
A amizade começou no set. Rock Hudson geralmente se dava muito bem com as atrizes com quem contracenava. Geralmente criava uma bela amizade com elas. Em relação a Liz a primeira coisa que lhe chamou a atenção foi sua beleza. Rock costumava dizer a ela que nunca tinha visto nenhuma mulher tão bela com olhos tão marcantes. Elizabeth Taylor fazia pouco caso, dizendo a Rock que se achava parecida com Minnie, a namorada do ratinho Mickey Mouse da Disney.
O curioso é que por essa época Elizabeth ainda não sabia que Rock era gay e muitas vezes interpretava seus elogios como cantadas nada sutis. Enquanto foi vivo Rock jamais abriu o jogo a ela, embora em pouco tempo Liz tenha sabido por fofocas que Rock já havia se relacionado com homens em seu estúdio de coração, a Universal. Como estavam agora trabalhando na Warner, Liz procurou ser a mais discreta possível.
Assim o relacionamento entre eles jamais avançou para uma fase mais adulta, ficando bem juvenil, como dois jovens vivendo a melhor época de suas vidas. Rock gostava de piadas e da companhia de Liz e ambos festejaram bastante durante as filmagens de "Giant". Numa noite, com o frio à toda, Rock lembrou que ela e Liz tiveram a ideia de misturar chocolate derretido e Martini com gelo, dando origem a um novo drink, que acabaria se tornando bem popular nos Estados Unidos durante os anos 1950.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
Rock Hudson e o Western - Parte 3
terça-feira, 27 de setembro de 2022
Rock Hudson e o Western - Parte 2
terça-feira, 20 de setembro de 2022
A História de Rock Hudson - Parte 11
Realmente participar de algo assim mudaria sua vida. Os anos no mar, as tensões de trabalhar em um navio de guerra, tudo colaborou para que Rock voltasse da batalha como um outro homem. Quando Rock entrou na marinha ele era apenas um caipira tímido, que mal havia saído do seu bairro onde nasceu. Agora ele era um militar, um veterano de guerra, um marinheiro que conhecia vários lugares do mundo por onde seu navio passou. Curiosamente os anos no Pacífico, em pleno auge da guerra contra o Japão, nunca foi dos assuntos mais corriqueiros para ele. Mesmo quando estava ao lado de grandes amigos, Rock evitava comentar sobre aqueles anos!
Muito se especulou sobre o que teria acontecido de verdade com Rock na guerra. Ele costumava brincar, dizendo que havia passado quase toda a guerra descascando batatas no porão do navio, mas isso provavelmente era apenas uma pequena parte da verdade. Era uma piada de Rock para divertir seus amigos em Hollywood. Ele havia feito parte da tripulação de marinheiros de um cruzador da Marinha de guerra dos Estados Unidos na chamada batalha do Pacífico, a mais brutal guerra marinha da história. O navio era uma arma poderosa de guerra, enviada para enfrentar diretamente outros navios do Japão imperial. Não era brincadeira de criança. Muito provavelmente Rock presenciou atrocidades na II Guerra Mundial, mas essas lembranças ele queria apagar da mente. Rock era conhecido por não se abrir emocionalmente com ninguém. Ele nunca baixava a guarda sobre isso. Nem seus amigos mais próximos conseguiam tirar alguma confissão emocional do ator. Ele era completamente fechado. Por isso deixou também todas as suas lembranças da guerra bem fechadas, sem compartilhar com mais ninguém.
O que Rock mais gostava de lembrar era a chegada de sua frota no porto de Los Angeles após longos anos no mar enfrentando os japoneses. Esse dia para Rock foi realmente inesquecível, a tal ponto que ele se lembrava inclusive da música que estava tocando para os marinheiros - curiosamente o último sucesso de Doris Day, cantora e atriz que se tornaria uma de suas parceiras em Hollywood! Isso porém parecia tão distante quanto a Lua! Imagine todos aqueles militares, que tinham ficado anos no mar, voltando para os Estados Unidos após voltar da II Guerra Mundial Mundial, o mais sangrento conflito armado da história! Deve ter sido uma forte emoção voltar a ver o porto e as terras americanas à vista.
Rock desembarcou em Los Angeles para lutar por um sonho. O seu navio iria até San Francisco, mas Rock desembargou antes. O que ele estaria planejando? Durante seus anos na marinha muitos colegas de farda disseram a ele que seu lugar era o cinema, pois ele parecia um galã de filmes românticos. O que começou como uma brincadeira porém tinha um fundo de verdade e Rock resolveu apostar nisso. Ele agora queria ser ator! Era um velho sonho da juventude. Como ele estava de volta, como ele havia feito sua parte pelo seu país, agora era hora de tentar construir um futuro para ele. Rock sabia que uma vez em Hollywood as portas dos estúdios iriam acabar se abrindo para ele! Claro havia muito o que fazer, inclusive estudar, mas Rock sabia em qual porta bater! Havia um departamento de treinamento nos estúdios Universal. Era para novatos. O lugar ideal para Rock Hudson começar sua carreira no cinema!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de setembro de 2022
Rock Hudson e o Western - Parte 1
E a estréia de Rock no gênero veio em grande estilo. O filme era "Winchester '73" de Anthony Mann. Estrelado pelo grande James Stewart, o elenco ainda trazia coadjuvantes de luxo entre eles a estrela Shelley Winters. O papel de Rock era pequeno e de certa maneira quase inexpressivo, mas isso no fundo não importava. O mais importante é que Rock iria desembarcar em uma viagem de promoção do filme no meio oeste americano. Isso significava desfilar em carro aberto em pequenas cidades ao lado dos outros astros da fita. Em uma delas Rock foi ovacionado pelo público que começou a gritar seu nome com raro entusiasmo. Rock ficou ao mesmo tempo assustado e lisonjeado pela homenagem. Era óbvio que sua estampa se revelava irresistível para o público feminino em geral. Os executivos da Universal estavam atentos às reações e perceberam que Rock tinha potencial, muito potencial em seu futuro.
Essa transição de ator desconhecido para astro não se deu porém do dia para a noite. Rock iria ainda transitar por outros gêneros antes de voltar a usar um chapéu em cena. Isso voltaria a acontecer em "Coração Selvagem". Esse foi um típico bangue-bangue, com nativos, cavalaria, soldados confederados e muito ouro roubado sendo disputado por todos os gananciosos personagens. Ao contrário do faroeste anterior, até hoje considerado um dos melhores de sua época, "Tomahawk" (era seu nome original) foi recebido friamente por público e crítica. Também pudera, a fita não era muito expressiva, não tinha um roteiro consistente e tudo parecia falso em cena (para se ter uma ideia, nem a linda Yvonne De Carlo conseguia convencer muito com sua personagem mestiça). Embora tenha sido dirigido por um bom diretor, o experiente George Sherman, o faroeste caiu no limbo e foi logo esquecido após uma medíocre carreira comercial nos cinemas.
Depois disso Rock Hudson ganhou seu primeiro papel de destaque no drama esportivo "O Demolidor". Com a estrela em ascensão ele logo foi escalado para "E o Sangue Semeou a Terra", outro clássico absoluto do western americano, novamente dirigido por Anthony Mann e estrelado por James Stewart. Ao contrário de "Winchester '73" onde Rock teve uma pequena participação, aqui em "Bend of the River" as coisas pareciam bem melhores. Rock interpretava Trey Wilson, um personagem bem mais consistente com ótimas cenas para que Rock chamasse mais atenção do público. As oportunidades de atuar melhor deixaram Rock bem entusiasmado. Por essa época (o filme foi rodado em 1952) o ator foi entendendo melhor como rodavam as engrenagens do chamado Star System. Ele criou uma rede de amizades e relações no meio cinematográfico que iriam trazer ótimos frutos para sua carreira. Embora não estivesse focado em se tornar um novo astro cowboy, Rock sabia que os faroestes eram vitrines maravilhosas para que ele se tornasse mais popular a cada dia. E sua relação com esse tipo de filme não iria terminar por aí, pelo contrário, muitos outros filmes marcantes viriam nos anos seguintes...
Pablo Aluísio.
terça-feira, 16 de agosto de 2022
Bando de Renegados
O homem que matou tem irmãos e eles querem vingança. Passam a persegurir Hardin pelas cidadezinhas por onde ele passa. Hardin é bom no gatilho. Logo mata mais um dos irmãos e passa a ser um dos "criminosos" mais procurados do velho oeste. Até mesmo os Texas Rangers passam a caça-lo pelo oeste americano. Só que Hardin, astuto, sempre consegue fugir. E mais acusações de assassinatos vão surgindo, colocando ele numa situação onde não existe mais volta. Assim como aconteceu em "Assim Caminha a Humanidade", Rock Hudson interpreta um personagem que vai desde sua juventude até sua velhice. O roteiro do filme é baseado em suas próprias palavras, por isso Hardin é quase sempre um injustiçado, um homem que luta para provar sua inocência. Ele não quer perdão, apenas que entendam seu ponto de vista. Ótimo faroeste, onde Rock Hudson mais uma vez prova porque foi um dos galãs mais populares da história do cinema americano.
Bando de Renegados (The Lawless Breed, Estados Unidos, 1952) Direção: Raoul Walsh / Roteiro: Bernard Gordon, William Alland, baseados no livro "The life of John Wesley Hardin", escrito por John Hardin / Elenco: Rock Hudson, Julie Adams, Mary Castle, John McIntire / Sinopse: O filme conta a história real de John Wesley Hardin (Rock Hudson), um dos homens mais procurados no velho oeste, acusado de várias mortes.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de julho de 2022
Confidências à Meia Noite
Já Doris Day atribui ao filme à sua fama de "Virgem profissional" e diz não entender a razão. No filme sua personagem se recusa a ir para a cama com o conquistador barato vivido por Hudson. Isso criou e ajudou muito na imagem de "Sandy" dos anos 60, mas segundo Doris aqui ela não interpretava uma "virgem" mas sim uma mulher independente, inserida no mercado de trabalho, profissional, que pela primeira vez tinha o direito de escolher o homem com quem queria se casar - ou não casar, de acordo única e exclusivamente com sua consciência. O filme foi divisor de águas também porque acabou criando um dos filões mais usados em Hollywood - o da comédia romântica! Antes de Pillow Talk (Conversa de Travesseiro, seu título original) os estúdios não prestavam muito atenção nesse estilo. Com o sucesso do filme eles começaram a investir mais no gênero - que atingiria seu auge vinte anos depois, nos anos 80. Uma fórmula que até hoje não demonstra sinais de desgaste perante o público, principalmente feminino.
Confidências à Meia Noite (Pillow Talk, Estados Unidos, 1959) Direção de Michael Gordon / Roteiro de Stanley Shapiro e Maurice Richlin / Elenco: Rock Hudson, Doris Day, Tony Randall / Sinopse: Jovem playboy (Rock Hudson) se faz passar por uma caipirão para conquistar sua vizinha (Doris Day) que implica com ele por causa da linha de telefone que ambos dividem.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de julho de 2022
Assim Caminha a Humanidade
Entretanto o filme se notabilizou mesmo dentro da história do cinema por ter sido o último da carreira de James Dean. Ele terminou sua participação e antes que o filme fosse editado e concluído, ele se espatifou com seu carro em uma estrada de Salinas. O jovem ator era apaixonado por carros velozes e participava ativamente de corridas que eram realizadas na Califórnia. Com sua morte o público ficou muito ansioso para ver o filme. Quando chegou nas telas "Giant" causou sensação, principalmente pelo fato de que era um filme bem longo, centrado, sério, sem pressa de contar sua história, que havia sido baseada no best-seller escrito por Edna Ferber. Sem dúvida um tipo de cinema grandioso que já não se faz mais nos dias atuais.
Assim Caminha a Humanidade (Giant, Estados Unidos, 1955) Direção: George Stevens / Roteiro: Fred Guiol, Ivan Moffat, baseados no romance escrito por Edna Ferber / Elenco: Elizabeth Taylor, Rock Hudson, James Dean / Sinopse: O filme conta a história de um casal, dono de vastas terras no Texas. E quando um de seus empregados encontra petróleo em seu pequeno rancho, as camadas sociais mudam de posição, onde um antigo empregado se torna mais rico que seu patrão, criando uma certa tensão entre todos os personagens. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor direção (George Stevens).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de maio de 2022
O Embaixador
Título Original: The Ambassador
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Northbrook Films
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Ronald M. Cohen
Elenco: Robert Mitchum, Ellen Burstyn, Rock Hudson, Donald Pleasence, Fabio Testi, Chelli Goldenberg
Sinopse:
O embaixador dos Estados Unidos em Israel tenta construir um acordo de paz entre judeus e palestinos, mas nesse processo acaba virando alvo de grupos extremistas e terroristas, colocando sua vida em risco. Roteiro baseado no romance escrito por Elmore Leonard.
Comentários:
Rock Hudson já estava com AIDS quando viajou para o deserto de Isreal para trabalhar nesse thriller político. Ele queria voltar ao cinema após ter algumas experiências na TV. Esse seria seu último filme a ser exibido nos cinemas. Uma boa produção, com um roteiro que até mantém o interesse, mas que no geral se revelava ser um filme de mediano para fraco. Rock não era o astro do filme, esse posto coube a outro veterano, Robert Mitchum, um ator dos velhos tempos que Rock conhecia muito bem, mas que até aquele momento não tinha tido o privilégio de trabalhar ao seu lado. De uma forma ou outra a perda de peso ficou bem claro nas filmagens, o que fez com que Rock procurasse um médico quando retornou aos Estados Unidos, sabendo a partir daí que estava com o temido virus, naqueles tempos uma verdadeira sentença de morte.
Pablo Aluísio.